Romanos Capitulo 01

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Romanos_capitulo_01

Citation preview

Pau=lov a)po/stolov, ou)k a)p ) a)nqrw/pwn ou)de_ a)nqrw/pou a)lla_ dia_ )Ihsou= Xristou= kai_ Qeou= patro_v tou= e)gei/rantov au)to_n e)k nekrw=n

COMENTRIO EXEGTICO DAS CARTAS DE PAULO

COMENTRIO EXEGTICO DAS CARTAS DE PAULOROMANOS

Volume 01

Uma abordagem comparativa entre as principais tradues em Portugus VERSCULO POR VERSCULO

PRIMEIRA EDIOTodos os direitos reservados ao autor:

Comentrio Exegtico das Cartas de Paulo versculo por versculo / Jean Carlos. So Paulo: , 2011 (Coleo teolgica) Obra em 4 v.

ndices para catlago sistemtico: 1. Bblia. Apocalipse Crtica e interpretao 2. Arrebatamento 3. Escatologia geral. 4. Exegese Paulina. 5. hermenutica I. Titulo. II. Srie. DIAGRAMAO

CAPA

DIGITAO DO PORTUGUS

DIGITAO DO GREGO E HEBRAICOProfessor Jean Carlos

PREFCIO

Sumrio

I. QUESTES PRELIMINARES DA OBRA AOS ROMANOSAgradecimentos..........................................................Apresentao da obra......................................Abreviaturas gerais da obra....................................Verses usadas no quadro comparativo.....................Informaes gramaticais..............................................Informaes sobre os manuscritos nesta obra.................

II. QUESTES HISTRICAS DA CARTAS AOS ROMANOSIntroduo geral estudo...........................O Evangelho em Roma....................Definio de exegese para uso na obra.....................

III - COMENTRIO EXEGTICO DA CARTA AOS ROMANOSCaptulo 1 ..................................................................Captulo 2........................................................................Captulo 3 ...................................................................Captulo 4 ........................................................................Captulo 5 ......................................................................Captulo 6 ...............................................................Captulo 7 ..................................................................Captulo 8........................................................................Captulo 9 ...................................................................Captulo 10 ........................................................................Captulo 11 ......................................................................Captulo 12 ...............................................................Captulo 13 ..................................................................Captulo 14........................................................................Captulo 15...................................................................Captulo 16 ........................................................................

Concluso ...................................................Bibliografia usada na obra..............................................

I. QUESTES PRELIMINARESDA OBRA AOS ROMANOS

Agradecimentos

Ao grande e Eterno Deus, por ter-me agraciado com esse to maravilhoso dom da escrita, principalmente nesta rea, exegtica. minha querida esposa, Joseane, que tem compreendido integralmente o meu ministrio: ensinar por meio da escrita. As vezes se faz necessrio de privar para poder se concentrar em textos gregos.

Quero agradecer ao Sr. Luiz Antonio, Presidente do grupo, da qual inclui a nova, mais com viso ampla, Editora gape (substantivo grego para amor), pela confiana em nossa modesta obra, ser uma aposta, mais estou confiante neste trabalho. Um especial agradecimentos aos pastores e mestres em Bblia: Elio e Henrique, pelas observaes, sugestes e porque no, crticas, que fizeram-me abrir o horizonte gramatical e em um grande concluso: realmente preciso deixar esta obra 'redondinha' (frase do pastor Henrique).

Ao presidente da AD ministrio do Ipiranga, Pr. Alcides Fvaro e toda a presidncia, ao nosso pastor setorial, Jos Leanti Pinto e aos demais pastores da AD ministrio do Ipiranga em especial os pastores: Carlos Bernades, Antonio Evangelista, missionrio Estevo entre outros.

Ao pastor Arieuston Gomes, Secretrio executivo da Semadi (secretaria de misses das Assembleias de Deus Ipiranga), Elias Severo (conhecido como Severiano) e sua esposa, cantora Josy Severo.

Tambm agradeo a todos os pastores de regionais, setores do Ministrio de Perus onde destaco alguns: Daniel (Mairipor), Davi Bispo (Remdios), Antonio Lopes (Franco Da Rocha), aos pastores Sudeli, Paulo, Josias, Ari no setor de vila perus, Nerival Accioly (Mau), Mailtom Santos (presidente da regional em Francisco Morato), Custdio Valrio, Antonio Baleeiro, Davi Gregrio, Andr Reis, Jucelino Macedo, Valter Oliveira, Jesiel Pontes, Edney Gonsalves (Francisco Morato) e congregaes que apiam e nos convidam para aulas, pregaes e palestras.

Aos pastores do Ministrio de Madureira em So Paulo e no Brasil que apiam e nos convidam para aulas, pregaes e palestras, so eles: Jasom Secundo, presidente em Carapicuba, o seu primo, Davi Secundo presidente da AD em Curitiba PR, aos pastores em Suzano, campo de Mogi das Cruzes, em especial ao querido pastor Eliseu Santos, Jaquel, Antonio (Vila Piau), Jaime (Marlia) e tantos outros homens de Deus de Madureira.

Aos pastores do Ministrio de Belm em So Paulo e no Brasil que apiam e nos convidam para aulas, pregaes e palestras, Dr. Reinaldo Vasconcelos diretor da FACETEOS (Osasco), Gersom em (Francisco Morato), Paulo Magalhes (responsvel pelo abenoado setor 25), Messias Sabino, ambos em Caieiras SP, entre outros homens de Deus.

Aos pastores da AD no Rio Grande Do Norte, em especial ao Pastor Francisco Oliveira e ao Patriarca Ccero, ambos na cidade Baranas (local onde ouvi a primeira promessa de meu ministrio do ensino) onde me receberam carinhosamente, tambm aos pastores de Mossor.Aos pastores da AD em Fortaleza em especial pastor Paulo Pinho, aos pastores do Piau e Maranho em especial o pastor Joo Batista.

Aos pastores da AD ministrio Paulistano em especial ao Dr. Eliel e pastor Eli, entre outros obreiros deste abenoado ministrio.

Aos pastores de vrias igrejas, comunidades em So Paulo e no Brasil que apiam e nos convidam para aulas, pregaes e palestras, se fosse cit-los precisaria um livro somente para isto.

Aos meus alunos, em todos os pontos, seminrios e faculdades de So Paulo, que tm aprendido com as minhas simples interpretaes e exegeses das Escrituras!

Professor Jean CarlosCarapicuba, SP, 27 de Maro 2012

Apresentao da obra

A fim de um melhor aproveitamento desta obra, colocarei abaixo tudo que o (os) leitores (as) encontrar (o) ao longo de toda obra.

a) Procuro desvendar algumas dificuldades tradultolgicas apresentadas nas verses encontradas ao longo das epstolas do apstolo Paulo; b) Todos os versculo conter discusses gramaticais, anlise sinttica e comentrios etimolgicos dos respectivos termos em foco;

c) Ao longo da Obra o leitor poder encontrar algum grfico representativo, sei que no usual, mais ser necessria para ajuda visual do contedo exegtico da obra;

d) Absolutamente todos os versculos sero acentuados, escritos e comentados as principais palavras do mesmo;

e) A obra contar com uma ampla lista de abreviaturas que se espalharo ao longo da texto, que o leitor dever consultar para eventuais esclarecimentos;

f) Absolutamente todos os versculos tero o seguinte padro didtico e metodolgico, conforme a descrio abaixo:- O respectivo versculo em Portugus, no caso, Almeida Revista Corrigida;

- Uma traduo exegtica opcional o comparativa para que com isso o leitor fao suas comparaes (esta traduo exegtica no ser tida como definitiva, mais apenas comparativa);

- Todos os versculos em grego utilizados sero de ALLAND, kurt. The Greek New Testament. United Bible, 1984;

- Todos os versculos contendo uma traduo ao p da letra, conhecida como traduo literal;

- Todos os versculos contendo os versculo transliterados do texto grego (texto transliterado aquele que mostra a forma de leitora de outro idioma).

g) No caso de posies teolgicas de difcil entendimento, dupla finalidade, relato incompleto ou posio do autor obscura, colocarei as posies dos eruditos e a obra recebero emendas dos pastores: Henrique e Elo.

ABREVIATURASa.C. Antes de Cristod. C. Depois de CristoAbl AblativoAc AcusativoAdj. adjetivoAor AoristoARA Almeida Revista e AtualizadaARC Almeida Revista e CorrigidaAlfalit Verso Alfalit da Bblia em PortugusAT Antigo TestamentoECA Edio Contempornea de AlmeidaAt. ativoGr. GregoS. Versculos seguintesImpf. imperfeitoPart. particpioPass. - passivoImpr. imperativoInd. indicativoKJA. - King James AtualizadaMd. mdioNVI Nova Verso InternacionalNTLH. - Nova Traduo na Linguagem de Hoje NT Novo TestamentoPass. passivoSubst. substantivoPron. pronome

Verses usadas no quadro comparativo nesta obra

Ao longo da obra o leitor encontrar vrios quadros comparativos de algumas tradues em Portugus nas quais descrevo abaixo:

ARC - A BBLIA SAGRADA: Traduzida por Joo Ferreira de Almeida. Edio Revista e Corrigida. So Paulo: Sociedade Bblica do Brasil, 1995.

ARA - A BBLIA SAGRADA: Traduzida por Joo Ferreira de Almeida. Edio Revista e Atualizada. So Paulo: Sociedade Bblica do Brasil, 1993.

ECA - A BBLIA SAGRADA: Traduzida por Joo Ferreira de Almeida. Edio Contempornea de Almeida. So Paulo: Editora Vida, 1998

NVI - A BBLIA SAGRADA: Nova Verso Internacional. So Paulo: Editora vida Nova, 2000.

KJA - A BBLIA SAGRADA: Traduzida pelo Comit Internacional e Permanente de Traduo da Bblia King James. So Paulo: Abba Press, 2007.

INFORMAES GRAMATICAIS UTILIZADAS AO LONGO DA OBRA

Substantivo: Palavra flexiva com que se nomeiam os seres, animados ou inanimados, concretos ou abstratos, as coisas ou partes delas, os estados, as qualidades, as aes, objetos, pores, sentimentos, sensaes, fenmenos etc. Na lngua grega, os substantivos so flexionados em caso, gnero e nmero. Em portugus, so caracterizadas por um gnero (masculino ou feminino) e um nmero (singular ou plural).

Verbo: Palavra varivel que expressa, do ponto de vista semntico, as noes de ao, processo ou estado, e, do ponto de vista sinttico, exercem a funo de ncleo do predicado das oraes. Na lngua grega, os verbos possuem tempo, modo, voz, nmero e pessoa.

Adjetivo: Palavra de natureza nominal que se junta ao substantivo para modificar o seu significado, acrescentando-lhe uma caracterstica. Na lngua grega, os adjetivos so flexionados em caso, gnero e nmero.

Pronome: Palavra que se emprega ao invs de um nome, exercendo a funo de nome, adjetivo ou de uma orao que a segue ou antecede. Na lngua grega, so flexionados em caso, gnero e nmero.

Preposio: Palavra inflexiva, transitiva (pede um complemento de objeto), que subordina o elemento que introduz, dito consequente, marcando a sua funo. A preposio pode ser:

a) simples: a, ante, aps, at, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trs. Incluem-se neste caso algumas formas adjetivas, tais como: conforme, consoante, durante, exceto, salvo etc.; b) composta: (locuo prepositiva): neste caso geralmente formada por um advrbio seguido de uma preposio, ou precedido e seguido de preposies: por sobre, ao lado de, por baixo de, etc

Informaes sobre os manuscritos nesta obra

Este captulo se faz necessrio pelo motivo de precisarmos de fazer vrias citaes ao assunto. Basicamente, existem trs categorias de manuscritos:

a) Manuscritos do Novo Testamento Grego em letras conhecidos como letras maisculas (ou Unciais) - manuscritos em caracteres maisculos, escritos em velino e pergaminho. Os escritos dos sculos III e utilizados at o sculo XI. Existem cerca de 322 Unciais. estes manuscritos possuem um nmero e um smbolo conforme alguns resumos abaixo:

01Sinaiticussculo IV02AAlexandrinussculo V03BVaticanussculo IV04CEphraemi Rescriptussculo V05DeaBezae Cantabrigiensissculo V06DpClaromontanussculo VI07EeBasilensissculo VIII08EaLaudianussculo VI09FeBoreelianussculo IX010FpCodex Augiensissculo IX

b) Manuscritos do Novo Testamento Grego em letras conhecidos como letras minsculas (ou Cursivas). Este mtodo fora elaborado definitivamente a partir de 1908, pelo erudito C. R. Gregory, onde classificou os Unciais conforme o descrito acima e os cursivos ou minsculos por numerais em algarismo Arbicos. J os manuscritos em Papiros, so representados pela letra 'P'.

At agora permanece mistrio o estilo da escrita cursiva. Agora, est certo que estas mudanas no estilo e/ou no tipo escrita comearam a surgir somente a partir do sexto sculo, o que eventualmente levou (no nono sculo) ao manuscrito cursivo, ou em minsculas, escrito em letras menores, muitas delas emendadas num estilo de escrita corrente ou fluente. Alguns apostam no motivo de espao para criao dos Cursivos.

c) Manuscritos em papiro. Entre os cdices em papiro encontrados no Egito por volta de 1930 encontravam-se papiros bblicos de grande importncia, anunciando-se a sua compra em 1931. Alguns destes cdices em grego (datando do segundo ao quarto sculos) consistem em partes de oito livros do VT (Gnesis, Nmeros, Deuteronmio, Isaas, Jeremias, Ezequiel, Daniel e Ester), e trs deles contm partes de 15 livros do NT. A maioria destes papiros bblicos foi comprada por um colecionador americano de manuscritos, A. Chester Beatty, e eles so agora preservados em Dublim, na Irlanda. Os demais foram adquiridos pela Universidade de Michigan e por outros.A designao internacional para os papiros bblicos um "P" maisculo, seguido por um pequeno nmero elevado.

II. QUESTES HISTRICASDA CARTA AOS ROMANOS

Introduo geral estudo da obra

O apstolo Paulo nasceu mais ou menos na mesma altura que Cristo. O seu nome de circunciso era Saulo e provavelmente foi-lhe tambm dado na infncia o nome de Paulo para que o usasse no mundo gentlico, assim como Saulo seria o nome hebraico. De acordo com a prpria Bblia ele era natural de Tarso, a capital da Cilcia, uma das provncias romana no primeiro sculo, a sudeste da sia Menor.

De acordo com os historiadores esta cidade ficava nas margens do Rio Cidro, que era navegvel at aqui, formando-se, assim, um vasto centro de trfego comercial com muitos pases ao longo das praias mediterrnicas e tambm com pases da sia Menor Central. Tornou-se, deste modo, numa cidade que se distinguiu pela riqueza dos seus habitantes.

Tarso era tambm a sede de uma famosa universidade com uma reputao ainda maior do que as universidades de Atenas e Alexandria, as outras universidades que existiam na altura. Aqui nasceu Saulo e aqui passou a sua juventude, sem dvida gozando da melhor educao que a sua cidade natal podia oferecer. O seu pai pertencia faco judaica mais estrita

- os Fariseus. Era da tribo de Benjamim, de sangue judeu puro e no misturado (At 23: 6; Fp 3: 5). A Bblia no encontramos tantas ou quase nada sobre a sua me; mas existem razes para concluir que ela era uma mulher pia e que exerceu toda a sua influncia materna na moldagem do carter do seu filho. isso que, mais tarde, ele pde dizer de si prprio: que, desde a sua infncia, era segundo a justia que h na lei, irrepreensvel (Fp 3: 6). Lemos sobre a sua irm e o filho desta (At 23: 16) e sobre outros familiares (Rm 16:7, 11, 12). Embora judeu, o seu pai era um cidado romano. No se sabe como conseguiu este privilgio.

Pode ser comprado, ou ganho atravs de servios notveis para o Estado, ou adquirido de vrias outras maneiras; de qualquer maneira, o seu filho nascera livre. Era um privilgio valioso e que se provou ser muito ltil para Paulo, embora talvez no da maneira que o seu pai imaginara.

Tendo-se completado a sua educao preliminar, Saulo foi enviado, quando tinha cerca de treze anos, para a grande escola judaica relacionada com a instruo sagrada, em Jerusalm, como estudante da lei. Foi aluno do aclamado Rabino Gamaliel e l passou muitos anos num estudo elaborado das Escrituras e das muitas questes relacionadas com elas e com as quais os rabinos se exercitavam. Durante estes anos de estudo diligente, ele viveu em toda a boa conscincia, sem se deixar corromper por qualquer dos vcios daquela grande cidade. Quando terminou os estudos, ele ter deixado Jerusalm e voltado para Tarso, onde provvel que, por alguns anos, se tenha envolvido em algo relacionado com a sinagoga. Volta a Jerusalm pouco depois da morte de Cristo. A, inteira-se dos pormenores relacionados com a crucificao e o nascimento da nova seita dos Nazarenos. Durante os dois anos a seguir ao Pentecostes, o Cristianismo foi calmamente espalhando a sua influncia em Jerusalm. Estevo, um dos sete diconos, deu um testemunho pblico mais aguerrido de que Jesus era o Messias e isto conduziu a uma maior excitao entre os judeus e a uma maior disputa nas suas sinagogas. Estevo e os seguidores de Cristo foram perseguidos e Saulo teve, nessa altura, um papel proeminente.

Nesse momento, era provvel que ele fosse membro do Grande Sindrio e se tivesse tornado num lder ativo na furiosa perseguio, atravs da qual os governantes procuravam exterminar os Cristos.

Mas o objetivo desta perseguio tambm falhou. Os que fugiram, iam por todo o lado pregando o Evangelho. A fria do perseguidor foi desse modo, ainda mais estimulada. Ouvindo que alguns fugitivos se tinham refugiado em Damasco, ele obteve do sumo sacerdote cartas que o autorizariam a perseguir esses cristos. Era uma viagem de 208 km e que duraria talvez seis dias. Durante esse tempo, ele e os seus ajudantes caminharam com um passo firme, respirando ameaas e morte. Mas a crise da sua vida estava ali mo. Ele chegara ao ltimo estdio da sua viagem e Damasco j aparecia no horizonte. Saulo e os seus companheiros continuaram, mas foram rodeados por uma luz brilhante. Saulo caiu por terra, aterrorizado. Uma voz soou aos seus ouvidos: Saulo, Saulo, porque me persegues? O Salvador ressuscitado ali estava, vestido com o traje da sua humanidade glorificada. Em resposta ansiosa pergunta do perseguidor atingido, Quem s tu, Senhor?, Ele respondeu: Eu sou Jesus a quem tu persegues (At 9: 5; At 22: 8; At 26: 15). Este foi o momento da sua converso, o mais solene da sua carreira. Cego por causa da luz ofuscante (At 9: 8), os seus companheiros conduziram-no para a cidade onde, absorto em profundos pensamentos durante trs dias, ele no bebeu nem comeu (At 9: 11). Ananias, o discpulo que vivia em Damasco, foi informado, atravs de uma viso, da mudana que ocorrera na vida de Saulo e foi enviado para lhe devolver a vista e baptiz-lo na igreja de Cristo (At 9: 11), talvez para o Sinai da Arbia, provavelmente com o propsito de estudar e meditar na maravilhosa revelao que lhe fora feita. Um vu de profunda escurido paira sobre a sua visita Arbia. Nada se sabe dos locais por onde andou, dos pensamentos e ocupaes em que se envolveu enquanto l esteve, nem das circunstncias da crise que deve ter modelado todo o curso da sua vida posterior. Diz Paulo: Imediatamente me dirigi Arbia. O historiador passa por cima deste incidente (comparar com At 9: 23 e 1Rs 11: 38, 39).

uma pausa misteriosa, um momento de suspense na histria do apstolo, uma calma que precede a tumultuosa tempestade que foi a sua ativa vida missionria. Voltado, depois de trs anos, a Damasco, ele comeou a pregar o Evangelho ousadamente no nome de Jesus (At 9: 27), mas logo, foi obrigado a fugir (At 9: 25; 2Co 11: 33) dos judeus e a refugiar-se em Jerusalm. Ali ele se demorou durante trs semanas, mas foi novamente forado a fugir (At 9: 28, 29) da perseguio. Volta sua Tarso natal (Gl 1: 21) onde, durante provavelmente cerca de trs anos, o perdemos de vista. Ainda no chegara o tempo em que ele deveria iniciar o seu trabalho de pregao do Evangelho aos gentios.

Com o tempo, a cidade de Antioquia, a capital da Sria, tornou-se no cenrio de uma grande actividade crist. A, o Evangelho andou firmemente pelo seu prprio p e a causa de Cristo prosperou. Barnab, que fora enviado de Jerusalm para Antioquia, a fim de a superintender toda a obra, viu que Tarso sua procura. Saulo respondeu prontamente ao chamado que lhe foi dirigido e foi para Antioquia que, durante um ano inteiro se tornou no centro dos seus trabalhos, tendo sido coroado de xito. Os discpulos foram a chamados cristos pela primeira vez (At 11: 26).

A igreja de Antioquia props-se, ento, a enviar missionrios aos gentios e Saulo e Barnab, com Joo Marcos como auxiliar, foram os escolhidos. Esta foi uma poca urea na histria da igreja. Os discpulos deram real cumprimento ordem doMestre: Ide a todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura.

Os trs missionrios partiram para a sua primeira viagem missionria. Sairam de Seleucia, o porto de Antioquia e passaram por Chipre, que ficava a cerca de 128 Km a sudoeste. Em Pafos, Srgio Paulo, o procnsul romano, converteu-se, Saulo assumiu o comando e passou a ser conhecido por Paulo.

Os missionrios dirigiram-se depois para o continente e percorreram 10 ou 11 Kms pelo Rio Cestro acima at Perge (At 13: 13), onde Joo Marcos abandonou a obra que faziam e voltou para Jerusalm. Os dois homens percorreram depois mais cerca de 160 Km, passando pela Panflia, pela Pisdia e por Licania.

As trs cidades mencionadas fazem parte da Antioquia da Pisdia, onde Paulo pronunciou o seu primeiro sermo (At 13: 16-51; comparar com At 10: 30-43). Passaram tambm por Icnio, Listra e Derbe. Voltaram, depois, pelo mesmo caminho, a fim de visitarem e encorajarem os conversos e ordenarem ancies em cada cidade, para que velassem pelas igrejas que se tinham formado. De Perge, foram directamente para Antioquia, de onde tinham partido. Depois de a permanecerem durante muito tempo, provavelmente at 50 ou 51 d.C., surgiu uma grande controvrsia na igreja por causa da relao dos gentios com a lei mosaica. Com o propsito de resolverem esta questo, Paulo e Barnab foram enviados como delegados, a fim de consultarem a Igreja em Jerusalm. O Conclio ou Snodo que a se reuniu (At 15), decidiu-se contra a ala judaizante; e os delegados, acompanhados por Judas e Silas, voltaram a Antioquia, levando consigo o decreto do Conclio.Aps uma pequena pausa em Antioquia, Paulo disse a Barnab: Vamos visitar novamente os nossos irmos em todas as cidades onde pregmos o Evangelho do Senhor e vejamos como eles esto. Marcos props-se a acompanh-los; mas Paulo recusou-se a deix-lo ir. Barnab estava resolvido a levar Marcos e, assim, ele e Paulo tiveram uma grande discusso. Acabaram por se separar e nunca mais se encontraram. Paulo, contudo, mais tarde, fala de Barnab com respeito e pede a Marcos que venha ter com ele a Roma (Cl 4: 10; 2 Tm 4: 11). Paulo leva Silas consigo, em vez de Barnab e inicia a segunda viagem missionria em 51 d.C. Desta vez foi por terra, revisitando as igrejas que j tinha fundado na sia. Mas ele ansiava por pregar em regies mais distantes e ainda foi at a Frgia e Galcia (At 16:6). Contrariamente s suas intenes, ele foi obrigado a permanecer na Galcia por causa de uma fraqueza da carne (Gl 4: 13, 14). A Bitnia, uma populosa provncia nas margens do Mar Negro, estava agora no seu horizonte e Paulo desejou l ir; mas foi-lhe vedado o caminho, pois o Esprito o guiou noutra direo. Dirigiu-se s margens do Egeu e chegou a Troas, na costa noroeste da sia Menor (At 16: 8).

O Evangelho em RomaOs especialistas opinam e dizem que os termos utilizados por Paulo quando se dirige aos irmos da cidade de Roma deixam bem claro que a igreja daquela cidade no era de organizao to recente. De acordo com o texto de (At 2: 10), mostra a multido de peregrinos presentes em Jerusalm no dia da festa de Pentecoste do ano 30 d.C. a Bblia diz que estes ouviram a pregao evangelstica do apstolose Pedro que estava a pregar o Evangelho, no mesmo ontexto que citamos, diz que inclua "visitantes procedentes de Roma, tanto judeus como proslitos". baseado nisso que muitos tem sugeridos que assim talvez se tenha comeada a igreja em Roma.

Definio de exegese para uso na presente obraO termo exegese proveniente de dois termos grego, veja:

a) ek ou ec, ek ou eksNo termo tcnico em foco primeiro temos a preposio acima alistada, que aparece com certa frequncia em [o] NT, mais de 650 vezes. Basicamente, ela carrega os seguintes sentidos: De dentro de; A partir de. Alm destas, termos outras possibilidades variando conforme a traduo lingstica.

b) a)/gw, agA outra parte do termo exegese formada pelo radical do verbo acima, que carrega os seguintes significados bsicos, veja: Conduzir; Trazer.Portanto, temos ek ou ec, ek ou eks + a)/gw, ag, indicando o profundo sentido de: arrancar para fora do texto o sentido de dentro, tirar de dentro do texto o sentido real e aplic-lo fora e/ou conduzir de dentro do texto o sentido dele para fora. evidente, que neste caso vale-se, pois, do conhecimento das lnguas originais (hebraico, aramaico e grego), da confrontao dos diversos textos bblicos e das tcnicas aplicadas nos ramoslingustica e da filosofia, ligadas diretamente.

Definio de eisegeseO termo eisegese proveniente de dois termos grego, vejaa) eiv, eisNo termo tcnico em foco primeiro temos a preposio acima alistada, que aparece com imensa frequncia em [o] NT, mais de 1500 vezes. Basicamente, ela carrega os seguintes sentidos contrrio com a alistada acima, veja: Para (); Para dentro de. Alm destas, termos outras possibilidades variando conforme a traduo lingstica.b) a)/gw, agA outra parte do termo exegese formada pelo radical do verbo acima, que carrega os seguintes significados bsicos, veja: Conduzir; Trazer.Portanto, temos eiv, eis+ a)/gw, ag, indicando o profundo sentido de: colocar para dentro do texto o sentido de fora, tirar de fora do texto o sentido imaginrio e aplic-lo dentro do texto e/ou conduzir para dentro do texto o sentido de fora do texto. Portanto, esta tal eisegese pode perfeitamente gerar os seguintes princpios:

mera especulao lingustica, teolgica e histrica; Todas as heresias nascem da axiologia exacerbada tendo como ncleo a eisegese; O misticismo continuo, vem da eisegese; A eisegese, a me da interpretao particular.

3. Hermenutica x exegese

Enquanto que a hermenutica a cincia e arte da interpretao bblica, a exegese indica o modo de arrancar para fora do texto o sentido de dentro, tirar de dentro do texto o sentido real e aplic-lo fora. a disciplina que aplica mtodos e tcnicas que ajudam na compreenso do texto.

Levando em considerao das diferenas tcnicas, apresentadas pelos tericos no comeo desta lio, levamos em considerao que do ponto de vista etimolgico, hermenutica e exegese so sinnimo ou no mnimo bem paralelo.

Mas hoje alguns tericos e especialistas costumam fazer a seguinte diferena: Hermenutica a cincia e arte da interpretao bblica, que permitem descobrir e explicar o verdadeiro sentido do texto, enquanto a exegese a arte de aplicar essas normas, ou em outras palavras, a exegese seria a prtica da hermenutica, sempre lembrando da complexibilidade acentuada nos termos tcnicos.

4. Tipos bsicos de exegese

Evidentemente, que cada qual aplica, ou pelo menos em teoria, suas regras prprias de exegese. Neste mtodo classificamos os seguintes tipos de exegese, vejam:

a)Exegese Rabnica Est claro que os judeus interpretavam a Escritura letra por letra, por causa da noo de inspirao que tinham a da importncia desta inspirao. Se uma palavra no tinha sentido perceptvel imediatamente, eles usavam artifcios intelectuais, para lhe dar um sentido, porque todas as palavras da Bblia tinham que ter uma explicao, pelo menos em teoria.

O rabinismo solta influncia para igreja primitiva

Um pouco sobre acomodatcio a acomodao a um sentido parte que combina com as palavras. Os especialistas opinas que a Bblia aplicada realidade apenas pela coincidncia dos textos. Um exemplo bem claro podemos utilizar o texto de Mateus se l do Egito chamei meu filho ...para que se cumprisse a Escritura.Mas o sentido, ou seja, a aplicao original deste trecho no se referia ao Filho de Deus, mas sada do Povo do Egito. Isto de acordo com a hermenutica rabnica (sendo que ns no cremos assim).Na hermenutica rabinca encontramos ainda um outro exemplo de acomodao a aplicao a Maria dos textos do livro da Sabedoria. Estes so mais literatura que Escritura. Todavia, crendo-se na inspirao, aceita-se que as palavras do autor podem Ter uma significao mais profundo que a original, ou iria muito alm do que ele realmente queria dizer.

b) Exegese Protestante De acordo com os especialistas ela surgiu do protesto de alguns cristos contra a autoridade da Igreja como intrprete fiel da Bblia, isto , este protesto se deu da derrubada da teoria que somenta o clero podia entender a Bblia.Lutero instituiu o princpio da sola scriptura (s a Escritura), sem tradio, sem autoridade, sem outra prova que no a prpria Bblia, neste caso, quem tem poder de interpretar somente a Bblia.A partir daquele instante, com uma grande necessidade de prticas hemrneuticas,os Protestantes dedicaram-se ao estudo mais profundo da Bblia, e com preucupao de sua aplicabilidade e antecipando-se mesmo aos Catlicos.

Mas o princpio posto por Lutero possibilitou um desastre hermenutico, pois ele mesmo disse que cada um interpretasse a Bblia como entendesse, isto , como o Esprito Santo o iluminasse, a, acho que complicou um pouco, sendo que precisamos das regras, j que a hermenutica uma cincia, e portanto, toda ci~encia tem regras.

c) Exegese Catlica Na exegese catlica, partia-se dos escritos dos pais da Igreja para a Bblia. A atenuao dos pais da igrejas na vimo na lio 2.

Para a cristandade defensora dessa exegese, a Bblia dizia aquilo que os pais da Igreja j haviam dito. Hugo de So Vtor chegou a dizer: aprende primeiro o que deves crer e ento vai Bblia para encontrares a confirmao.Sendo assim, colocaram a interpretao dos pais da igrejas como infalvel, principalmente na idade mdia, a exegese esteve de mos atadas pelas tradies e pela autoridade dos conclios.

A regra era apegar-se ao mximo aos mtodos tradicionais de interpretao valorizando mais a tradio e menos a Bblia, sendo que na hermenutica moderna, fica claro a completa revelao da Bblia, sem necessidade de acessrios externos humanos (no me refiro a geografia, arqueologia, etc).

5. Princpios bsicos de exegese

Neste particular, h uma variao de autor para autor, contudo, alistaremos abaixo os principais principios, veja:

a) Um fato que denomina-se princpio da unidade escriturstica ou particularidade bblica, sob a inspirao divina a Bblia ensina apenas uma teologia. No pode haver diferena doutrinria entre um livro e outro da Bblia, na prtica, por exemplo, Pedro no pode contrariar Paulo em um mesmo assunto, se aparentemente isto estiver, existe alguma obscuridade nisto;

b)Aprender a ler cuidadosamente o texto, sem aplicar juzos de valorem imediatamente, mais dever ter ateno com as virgulas, pontos finais e pargrafos, pontos de exclamao e interrogao, dois pontos e ponto e virgula e de certa forma fundamentao gramatical;

c) J na reforma fora alistado de que a Bblia interpreta ela mesma, claro este princpio vem da Reforma Protestante agilizada por Lutero. O sentido mais claro e mais fcil de uma passagem explica outra com o sentido mais difcil e mais obscuro, cuidado com as axiologias lgicas;

d)Ler o texto em todas nas tradues, em ARA, ARC, NVI, ECA.

e) Esta aplicao interpretativa considerado como um trabalho de interpretao que cientfico e espiritual, por isso deve ser feito com iseno de nimo e tentando-se desprender de qualquer preconceito e partidarismo de igreja ou associaes.

Por que todo este cunjunto importante? Para uma boa aplicao das regras!

III - COMENTRIO EXEGTICODA CARTA AOS ROMANOS

COMENTRIO EXEGTICO DAS CARTAS DE PAULOVOLUME 01 - ROMANOS

III. QUESTES INTRODUTRIAS DE ROMANOS1. Saudao 1: 1-7

CAPTULO 1TRADUO ARC:V.: 1 Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apstolo, separado para o evangelho de Deus

TRADUO EXEGTICA:V.: 1 Paulo, servente (escravo ou servo) de Cristo Jesus (Este Cristo o Messias), convocado (chamado real) para ser apstolo (enviado), demarcado (tendo sido separado ) para [dentro de] as boas nova de Deus.

TEXTO GREGO, TRANSLITERADO E TRADUO LITERAL:V.: 1 Pau/loj dou/loj Cristou/ VIhsou/( PalosDlosKhristIss PauloServenteCristoJesus

klhto.j avpo,stoloj avfwrisme,noj KltsapstolosAphrismnosConvocado (real)enviadodemarcado

eivj euvagge,lion qeou/( EiseuanglionThePara dentro deevangelhoDeus.

I.Paulo, servo...Gr. Pau/loj dou/loj( Palos Dlos .

Para uma exposio do personagem bblico Paulo, consultar a introduo geral da obra. O termo em ARC aparece 179 (cento e setenta e nove) vezes, j em ARA 173 (cento e setenta e trs). Basicamente, o substantivo Pau/loj, Palos significa pequeno ou de baixa estatura. J com referncia ao substantivo dou/loj, dlos observe que todas as nossas tradues em estudo usam a mesma traduo:

Paulo servo... (ARA); Paulo servo... (ARC);Paulo servo... (NVI);Paulo servo... (ECA);Paulo servo... (KJA).

O grande erudito Brasileiro, Dr. Valdir Carvalho Luz apresentou que o substantivo dou/loj, dlos poderia perfeitamente ser traduzido por escravo: mais existe possibilidade de sermos escravos de Cristo? Pois , este termo escravo no pode ser entendido como um sentido da poca da escravatura no Brasil onde os negros no tinham opes. O substantivo dou/loj, dlos indica uma pessoa pertencendo a outra, na realidade indica escravo redimido. Est claro que aparece com mais frequncia nos escritos Paulinos, lgico, comparando com o restante do N.T. Sendo assim, traz o profundo sentido de; j que Paulo pertencia a Cristo, ento ele O servia, por este motivo o substantivo dou/loj, dlos tambm carrega o sentido de servente, ou voc no serve a Cristo?

II.Cristo Jesus...Gr. Cristou/ VIhsou/( Khrist Iss .

O substantivo Cristo antes do substantivo Jesus, no pode ser entendido como uma mera ocasionalidade. Observe que Cdice Sinaiticus, umas das Bblias Manuscritas mais antigas do mundo traz a seguinte fraseologia:

PAULOvDOULOvIUXU (abreviado).PAULO SERVO Jesus Cristo

Mesmo no estando escrito Cristo Jesus nesta antiga Bblica, a maioria dos textos gregos trazem esta sequncia, exceto o Textus Receptus (Texto recebido) de Desidrio Erasmo, onde traz Jesus Cristo. Sendo assim, Cristo Jesus, o vocbulo grego Cristou/, Khrist mostra um ttulo dEle como O Messias prometido. Neste particular, somente a KJA traz a traduo: ...servo do Senhor Jesus Cristo..., neste caso, acrescenta o substantivo Senhor justamente dando uma nfase ao ttulo Messinico.

III. chamado para apstolo...Gr. klhto.j avpo,stoloj Klts apstolos.

O adjetivo klhto.j, klts trs as ideias de chamado, convocado. Em alguns casos at eleitos. Este chamado indica ser chamado de fato, isto , uma chamado real, concreto para ser apstolo ou enviado de Deus. Evidentemente que isto se deu pessoalmente de Cristo (1 Co 1: 1), Paulo, fora comissionado por Jesus. Observe que ARA abrange mais o sentido do adjetivo, acrescentando em sua traduo o verbo ser e ficando assim: ...para ser apstolo....

IV. ...separado...Gr. avfwrisme,noj Aphrismnos.

O verbo avfwrisme,noj, aphrismnos est na complexa conjugao part. Perf. Pass. De avfori,zw aphridz. A forma bsica do verbo indica apontar, eleger (At 13: 2; Gl 1: 15),tambm poder perfeitamente ter o sentido de limitar ou at mesmo demarcar, relacionado a fronteiras que recebem suas respectivas demarcaes. J com referncia a combinao verbal usada pelo apstolo Paulo a voz passiva se dar quando o sujeito sofre a ao verbal (eu fui demarcado). Com o emprego do tempo perfeito (o tempo perfeito no grego usualmente diferente do portugus) pode at ser entendido: tendo sido demarcado de, por este motivo a traduo separado de todas as tradues em portugus que estamos analisando no quadro comparativo. O que est bem claro neste percurso que o apstolo fora chamado e separado (At 9: 3-19; 22: 5-21), no seria a mesma coisa? Categoricamente, no! No caso de chamado ele usa o adjetivo klhto.j, klts que por sua vez indica uma convocao efetuada pelo Senhor. J no caso de separado, ele usa a complicada conjugao verbal avfwrisme,noj, aphrismnos que basicamente indica uma anotao de territrio, claro, numa linguagem figurada, seria limitar a atuao da pregao? De modo nenhum, j que ele fora separado para o evangelho de Deus.

TRADUO ARC:V.: 2 o qual antes havia prometido pelos seus profetas nas Santas Escrituras,

TRADUO EXEGTICA:V.: 2 Que [havia] prometido de antemo (previamente) atravs d[os] (por meio d[os]) profetas dEle (os seus profetas), [isto] em [os] Escritos Santos (n[as] Escrituras Santas).

TEXTO GREGO, TRANSLITERADO E TRADUO LITERAL:V.: 2 proephggei,lato dia. Tw/n Proepngelatoditn Prometido de antemopor meio deos

profhtw/n auvtou/ evn ProftnautemProfetasde siem [o]

grafai/j a`gi,aijGraphaishagaisEscritossantos.I. o qual antes havia prometido...Gr. proephggei,lato, Proepngelato.

O verbo em foco proephggei,lato, proepngelato est conjugado no aor. Ind. Mdio vindo de proepagge,llw, proepngell que traz uma profunda ideia de prometer, previamente. S aparece aqui em (2 Co 9: 5) com sentido associado de ofertas. Agora, a construo usada pelo apstolo no aoristo (um tipo de ao verbal acabada, isto : foi prometido) que aprofunda o caso. O verbo est no modo indicativo onde a ao tida como certa. Exegeticamente o verbo indica que foi prometido anteriormente, de antemo ou previamente. O que foi prometido anteriormente? Neste caso, o evangelho de Deus descrito no versculo anterior. Por causa do profundo sentido do verbo encontramos variaes leves nas tradues em estudo, vejam; o qual foi por Deus, outrora, prometido... (ARA); o qual antes havia prometido... (ARC);Foi prometido por ele de antemo... (NVI);o qual antes havia prometido... (ECA);Ele havia prometido anteriormente... (KJA).

Nesta poca da escrita, as Escrituras existentes j continham o evangelho mais especificamente em formas de promessas, assim sendo, este evangelho que Paulo est escrevendo seria o cumprimento daquela promessa prometida. Est claro nesta exposio de que o termo grego que Paulo est usando vem mostrando que esta grande verdade provm do A.T, sendo assim, possuem veracidade, tem ligao, ou melhor, o A.T tem relao com o N.T.

II. seus profetas...Gr. Tw/n profhtw/n, Tn proftn.

O substantivo profh,thj, profts aparece com muita fraquncia no livro de Romanos. Ele indica profeta e o termo grego tambm as vezes aplicado genericamente a pessoas ou grupos de pessoas que proclamam a mensagem de Deus (Mt 11: 9; Lc 10: 24; At 7: 52). Em todo o N.T o termo chega prximo de cem (100) vezes o seu registro. Agora, que demarcao pode aplicar a este substantivo? O Erudito Jonh Murray, em sua grande obra de Romanos, pag. 32 diz que no tem como limitar o termo profeta aqui, por qu? Esta uma boa pergunta. Se formos observar os textos de (Lc 24: 27; At 2: 30), no observaramos que todos os servos de Deus que escreveram sobre Cristo no seriam profetas? Claro que sim! Necessariamente o substantivo aplicado por Paulo no est se referindo diretamente aqueles que tinham um oficio de profeta, mais aos escritores de todo o A.T. III. Santas EscriturasGr. grafai/j a`gi,aij, Graphais hagiais.

Nesta fraseologia ns temos a emprego da preposio evn, em a mais usada por Paulo e por todo o N.T, e por sua vez possuem os mais variados sentidos. Em uma forma bem simples, a preposio auxilia o substantivo, neste caso, evn, em est fazendo uma leve distino entre duas formas: em vez de traduzir: Nas Sagradas Escrituras seria melhor assim: Em Sagradas Escrituras, a diferena sutil, mais evidencia o emprego Paulino do adjetivo a`gi,aij, hagais que se traduz por santo. Esta pequena diferena se dar pelo amplo motivo de que estas Escrituras que o apstolo se refere diferem em seu carter, santidade seria a diferena. Tambm, variadas promessas somente se dariam nestas Santas Escrituras, e nenhum outro lugar mais. O que fica claro que a primeira citao da Bblia a Escrituras Sagradas mostrando diferena em seu carter.

TRADUO ARC:V.: 3 acerca de seu Filho, que nasceu da descendncia de Davi segundo a carne,

TRADUO EXEGTICA:V.: 3 A respeito d[o] Filho dEle (de si), o qual proveiu (veio a existir) d[a] semente (d[a] descendncia) de Davi, de acordo com (segundo [a]) carne, humanamente.

TEXTO GREGO, TRANSLITERADO E TRADUO LITERAL:V.: 3 peri. tou/ ui`ou/ auvtou/ PertuHuiaut A respeito deoFilhodEle

tou/ genome,nou evk TgenomnekOque veio a existirde dentro d[a]

spe,rmatoj Daui.d kata. sa,rka(SprmatosDavidkatsrkaSementeDavide acordo com [a]carne

I. acerca de seu Filho...Gr. peri. tou/ ui`ou/ auvtou/, Peri tu huu aut.

Aqui logo de cara j vamos observar pelo o termo ui`ou/, huio flexionado de ui`o,j, huis (flexo o propriedade que tem certas classes de palavras sofrer variaes em sua terminao) mostra do que se trata a promessa. Evidentemente que a promessa o Filho, por que chego a esta concluso? Porque a combinao grega peri. tou/ ui`ou/ auvtou/, Peri tu huu aut est amplamente e estreitamente relacionada com o termo evangelho no contexto. Por sua vez, o termo grego ui`o,j, huis em traduo de filho mais em sentido usual mesmo. Em vrias passagens do N.T tem sentido de filho mais no imediato e sim descendncia (Mc 6: 3; At 13: 21; Gl 4: 30). Nos escritos Paulinos vamos observar que ele usa o termo ui`o,j, huis traduzido por Filho, para expressar para aplicar em Cristo a sua preexistncia eterna e tendo at uma exposio o relacionamento de Cristo com o Pai (Gl 4: 4). O apstolo Paulo ao comentar o evangelho que faz referncia ao eterno Filho de Deus, ele acaba de certa forma recomendando este mesmo evangelho. Porque aquele que ele falava (Cristo) no era menor em igualdade com o Pai. Anteriormente, ele j havia declarado anteriormente ampla relao com Cristo Jesus (v. 1).II. ...nasceu da descendncia de Davi...Gr. genome,nou evk spe,rmatoj Daui.d, Genomn ek spermatos David.

Aqui o primeiro termo que dever ser analisado o genome,nou, genomn aor. mdio pass. e conjugado de gi,nomai, ginomai que traz uma ideia de aparecer, vir, nascer, produzir. Com a combinao verbal genome,nou, genomn aor. mdio pass. poder ter o seguinte sentido de que veio a existir. Por causa do profundo sentido do verbo encontramos variaes leves nas tradues em estudo, vejam; ... segundo a carne, veio da descendncia de Davi... (ARA); ... que nasceu da descendncia de Davi segundo a carne... (ARC);... como homem, era descendente de Davi... (NVI);...que nasceu da descendncia de Davi segundo a carne ... (ECA);... humanamente, nasceu da descendncia de Davi... (KJA).

Por qu das variaes acima? Justamente pela ampla variao de possvel traduo do verbo gi,nomai, ginomai que traz uma ideia de aparecer, vir, nascer, produzir.De acordo com os erutidos fica evidente de que a descendncia davdica de Jesus (semente de Davi) estava entrelaada com o contedo da pregao e da confisso dos cristos primitivos. Agora, temos fortes indicios par acraditar que o prprio Jesus no insistiu tanto com este ttulo, mesmo assim, no recuou ou at mesmo apresentou recusa quando outras pessoas o apresentaram com este ttulo, isto ; no recusou a designao de "Filho de Davi" quando Lhe foi aplicada, no exemplo mais clssico que temos, por exemplo, pelo cego Bartimeu (Mc 10:47). Aqui no prejudica a filiao Eterna de Jesus, pelo contrrio, tambm mostra o seu incio histrico. Com a aplicabilidade do Cristo Eterno (Cristo Jesus no versculo 1) e o Cristo terreno (Filho de Davi), fica claro a profunda Cristologia Paulina.

III. ...segundo a carneGr. kata. sa,rka(, Kat sarka.

O termo sa,rka, sarka flexionado (flexo o propriedade que tem certas classes de palavras sofrer variaes em sua terminao) de sa,rx, sarks este por sua vez possuem alguns sentidos distintos de acordo com o enunciado, veja;

a) Poder se aplicado ao ser humano que tem carne e osso (Mt 16: 17; Jo 1: 14; Rm 3: 20);b) Parte externa da pessoa (Jo 8: 15; 2 Co 5: 16; Ef 6: 5);c) Sistema carnal (Mc14: 38; Rm 6: 19; Gl 5: 13).No contexto em foco sa,rx, sarks a sua aplicabilidade a Jesus se dar em sua totalidade a sua natureza humana em sua inteireza (1 Pe 3: 18; 4: 1; 2 Jo 7). Exegeticamente falando aqui no h nenhum contraste entre o que seja fsico e o que no seja. Neste versculo o apstolo deixa claro que Jesus se tornou humano pelos empregos dos termos gregos esta exposio fica claro e legvel. Observe que as verses usam o termo humanamente, porque Ele um descedente fsico de Davi.

TRADUO ARC:V.: 4 declarado Filho de Deus em poder, segundo o Esprito de santificao, pela ressurreio dos mortos, -- Jesus Cristo, nosso Senhor,

TRADUO EXEGTICA:V.: 4 O que foi categoricamente fixado (apontado, designado) Filho de Deus em (com [o]) Poder de acordo com o (segundo o ) Esprito de Santidade pel[a] (por intermdio de [a]) ressurreio d[os] mortos, Jesus Cristo, o Senhor de ns (Nosso Senhor).

TEXTO GREGO, TRANSLITERADO E TRADUO LITERAL:V.: 4 tou/ o`risqe,ntoj ui`ou/ Thoristhntoshu Oque foi categoricamente fixadoFilho

qeou/ evn duna,mei kata. TheemdynameikatDe Deusem [o]poderde acordo com [o]

pneu/ma a`giwsu,nhj evx pneumahagisynseksEspritod[a] santidadepela

avnasta,sewj nekrw/n( VIhsou/ AnastesssnkrnIssRessurreiod[os] mortosJesus

Cristou/ tou/ kuri,ou h`mw/n(KhristtukyruhmnCristooSenhorde ns.

I. declarado Filho de Deus em poder...Gr. o`risqe,ntoj ui`ou/ qeou/ evn duna,mei /, Horisthentos hui The em Dynamei.

A nfase agora recai no verbo grego o`risqe,ntoj, horisthentos no aor. Part. Pass. de o`ri,zw, horidz das 8 vezes que aparecem no N.T a maioria se dar em Atos dos Apstolos e ele carrega o sentido de determinar, constituir e fixar (At 2: 23; 11: 29; Hb 4: 7). O verbo no carrega sentido apenas de demonstrar mais Jesus fora nomeado como Filho de Deus. O emprego do tempo aoristo faz-nos que traduz como que foi categoricamente fixado ou da forma apresentado pelo Dr. Valdir Carvalho Luz que que foi efetivamente declarado, a fora do aoristo entra em evidncia. Evidentemente que esta filiao no fora meramente uma filiao histrica, isto , no teve qualquer comeo histrico e muito menos o apstolo usa a preposio evx, eks (pela) para dizer que tal filiao se deu somente na ressurreio, no versculo anterior (v. 3) o apstolo Paulo cita Jesus no somente como filiao divina, mais terrena tambm. O que est amparada pela construo grega que Jesus aqui o Messias. O fato de ele ser o Filho de Davi (Mt 1: 1) um credenciamento para ser o Messias, entretanto, neste contexto Paulo tambm o apresenta como Filho de Deus, isto , possui a mesma natureza de Deus (Mt 4: 3), sendo assim, digno de ser chamado Senhor (de ns) ou Nosso Senhor.O mais precioso neste texto se dar pelo fato que tudo foi pelo poder de Deus, um grande detalhe que mostra grandeza da realizao. Fica claro na exposio textual que Paulo no diz que Ele fora desgnado Filho de Deus, mais Filho de Deus em Poder, este pequeno detalhe mostra a ampla diferena.

II. ...segundo o Esprito de santificao...Gr. kata. pneu/ma a`giwsu,nhj, Kat pneuma hagisynes.

A construo gramtica Paulina pneu/ma a`giwsu,nhj, pneuma hagisynes (Esprito de Santidade) aparece unicamente aqui, embora o substantivo a`giwsu,nhj, hagisynes aparea em outros dois lugares dos escritos Paulinos (2 Co 7: 1; 1 Tess 3: 13), o termo por sua vez indica santidade ou retido. O que os eruditos tm colocado seria uma anttese (umafigura de linguagem(figuras de estilo) que consiste na exposio de ideias opostas) "segundo a carne" e "segundo o esprito. Aqui Paulo reproduz em grego a expresso idiomtica hebraica, portanto funcionaria ocmo um Hebrasmo. A fraseologia Paulina Esprito de Santidade poder ser definida como uma co-relao com a construo do contexto ressurreio dos mortos. A ltima construo, esta devemos fixar, poder ser aplicada a natureza humana, seria possivel acontecer a ressurreio dos mortos sem a aplicabilidade da natureza humana? Isto , no seria em sua natureza humana que aconteceu a ressurreio dos mortos? Evidente que sim! Portanto, assim como no versculo 3 o apstolo cita a fraseologia segundo a carne, aplicando ao seu nascimento a semente de Davi, contudo, a fraseologia Paulina Esprito de Santidade caracteriza a nova etapa atravs da ressurreio (Ef 1: 20-23; Fp 2: 9-11; 1 Pe 3: 21,22).

TRADUO ARC:V.: 5 pelo qual recebemos a graa e o apostolado, para a obedincia da f entre todas as gentes pelo seu nome,

TRADUO EXEGTICA:V.: 5 Atravs de quem agarramos, recebe[mos] (havemos recebido) a graa (atratividade) e (junto com [0]) apostolado (ofcio de um apstolo)para (dentro d[a]) obedincia de f (d[a] f)em (no meio de) todos os povos (gentios), em (no meio de) todas as naes.

TEXTO GREGO, TRANSLITERADO E TRADUO LITERAL:V.: 5 diV ou- evla,bomen ca,rin Dihelbomenkharin Atravs dequemagarramosgraa

kai. avpostolh.n eivj u`pakoh.n kaapostolneishupakonsEofcio de um apstolopara []obedincia

pi,stewj evn pa/sin toi/j e;qnesin pistes EmpassintoisEthnssin[de] fem [a]todosospovos

u`pe.r tou/ ovno,matoj auvtou/(hupertuonmatosautSobreonomede si

I. pelo qual recebemos...Gr. diV ou- evla,bomen, Di h elbomen.

O modo pela qual o apstolo recebera enftico. A indicao est na poderosa construo diV ou-, di h aqui no genitivo indica atravs de. Observe que as tradues em nosso quadro comparativo esto levemente modificadas, vejam:

por intermdio de quem viemos a receber... (ARA); pelo qual recebemos... (ARC);Por meio dEle e por causa do seu nome, recebemos... (NVI);pelo qual recebemos... (ECA);Por intermdio dEle e por causa do seu nome, recebemos... (KJA).Exatamente o que a combinao diV ou-, di h que aqui aparece dar-nos esta opo de tradues. Neste caso, tudo o que o apstolo recebera (neste particular graa e apostolado) se deu por intermdio exclusivo de Jesus.

Quem recebeu com Paulo j que ele usa o plural?

O verbo foco evla,bomen, elabomen conjugado aor. Ind. At. Primeira pessoa do plural de lamba,nw, lamban em sua forma bsica indica das vrias formas e opes temos: tomar, receber ou agarrar. Como est no plural e aoristo ento teramos ns recebemos ou ns agarramos. Agora, quem seria este ns? Variadas formas apresentadas pelos eruditos alguns tem pensado que ele estivesse se referindo aos demais apstolos, Silas e Timteo, por exemplo, em uma incluso de seus companheiros em lutas (Fp 1: 1; 1 Tess 1: 1), mais esta possibilidade j estaria descartada na citao do erudito Jonh Murray. Uma possibilidade, esta acho mais plausvel, seria na aplicao Paulina em uma forma estilstica ( o ramo dalingusticaque estuda as variaes dalnguae sua utilizao) para evitar o uso do eu. Tambm, alguns chamam este fato como um plural de categoria, o certo , ele est falando de si mesmo.

II. ...graa e o apostolado...Gr. ca,rin kai. avpostolh.n, Kharin ka apostoln.

O termo ca,rij, kharis aparece com muita frequencia nos escritos de Paulo. Fala do favor gratuito imerecido da parte de Deus, para com os homens pecaminosos. O ca,rij, kharis, pode ser tambm: atratividade, (ver Jo 1: 14; At 13: 43; Rom 5: 2; I Co 16: 3; Hb 10: 29), gratido (I Tim 1: 12; 2 Pe 3: 18), Ela tem vrios sentidos na bblia, Deus o Deus de toda graa (1 Pe 5: 10), Deus doador da graa (Sl 84: 11), o trono de Deus o trono da graa (Hb 4. 16), o Esprito Santo o Esprito da graa (Zc 12. 10; HB 10. 29), Cristo era cheio de graa (Jo1: 14), ele foi dada por Cristo (1 Co 1: 4), enfim um substantivo rico em sentido e profundo, a final a graa de Deus algo inexplicvel, que coisa tremenda. J em conotao do termo em foco o Dr. F. F. Bruce apresenta a seguinte aluso:Esta expresso provavelmente uma hendadis significando "a graa (ou dom celeste) do apostolado". Compare-se isto com as aluses, em 12:6 aos "diferentes dons segundo a graa que nos foi dada", e em 15:15 "graa" dada por Deus a Paulo para ser "ministro de Cristo Jesus entre os gentios.Evidentemente que esta possvel interpretao parte dos escritos de Calvino e at citado pelo Dr. Murray. Porm, esta possibilidade parece pouco provvel j que em nenhum texto grego traz o substantivo ca,rij, kharis depois do termo apostolado, inclusive no Cdice Sinaiticus, um dos textos grego do NT mais antigos e respeitados onde vemos que o termo ca,rij, kharis aparece antes, eu mesmo li, ningum me falou, este o link que cai direto http://codexsinaiticus.org/en/manuscript.aspx?book=37&chapter=1&lid=en&side=r&verse=5&zoomSlider=0 . Outros sugerem que esta graa que recebem so os romanos cristos por meio de Cristo, e como acrscimo Paulo receberia o apostolado. Contudo, tudo mediante Ele, Jesus.Na realidade o mais usual do termo ca,rij, kharis a explicao bsica de que indica favor imerecido da parte de Deus. Em sua amplitude, vamos encontrar nos escritos Paulinos que ele nunca dessaciciou a graa e a misericrdia do seu chamado por Cristo, para esta frase ver (1 Co 13: 10; Gl 1: 15; Tt 3: 5-7).Neste aspecto, a graa apresentada neste versculo, principalmente, se referindo a Paulo, correlacionada na salvao. Ser que deveria ser vista como algo independente de seu ofcio apostlico? Evidentemente que no! III. ...para a obedincia da f...Gr. eivj u`pakoh.n pi,stewj, Eis hupakon pistes.

Outra combinao Paulina complicadinha. O termo grego u`pakoh.n, hupakon no vejo maiores complicaes pois traduzido em todas as verses do estudo como obedincia. A dificuldade gira em torno do termo pi,stewj, pistes, traduzido em portugus por f, neste caso, as tradues em anlise sempre esto usando o sentido que a obedincia provem da f. Seria o termo pi,stewj, pistes, (f) entendido como sentido objetivo? Ento a fraseologia obedincia da f se equivaleria a obedecer ao evangelho? Para o Dr. F. F. Bruce a resposta seria no. J que ele acredita o termo "F" aqui no o Evangelho, o corpo doutrinrio apresentado para ser crido, mas o ato de crer propriamente dito. Neste mesmo ngulo anda o Dr. Murray, sendo assim, seria melhor aplicar o substantivo pi,stewj, pistes, (f) para o caso instrumental (gramtica grega que indica em direo ) em vez do genitivo, assim teramos a seguinte traduo: para a obedincia f.Neste percurso, a solicitao Paulina estava no anseio de se ter algum com confiana, fidelidade e f, isto , as pessoas deveriam obedecer em ter f. Neste mesmo ngulo exegtico, podemos concluir que o pistis, aqui, uma reputao de um ato de obedincia e compromisso ao evangelho de Cristo. Fica claro no texto grego, que eivj u`pakoh.n pi,stewj, eis hupakon pistes tem amplo alcance, porque o pistis apresentado no foco no um ato sensacionalista, comotivo, e sim, comprometimento de todo o corao

TRADUO ARC:V.: 6 entre as quais sois tambm vs chamados para serdes de Jesus Cristo.

TRADUO EXEGTICA:V.: 6 Em (entre [os]) quais vs sois (vocs esto)convocado (chamado real) de Jesus Cristo (chamados [para ser]).

TEXTO GREGO, TRANSLITERADO E TRADUO LITERAL:V.: 6 evn oi-j evste kai. Emhoisesteka Em(os) quaisvs soise

u`mei/j klhtoi. VIhsou/ Cristou/(HmeiskltoIssKhrisVocsconvocadosde JesusCristo

I. ...chamados para serdes de Jesus Cristo...Gr. klhtoi. VIhsou/ Cristou/, kltoIssKhris.

O termo grego klhtoi., klto indica basicamente chamado, convocado o acrscimo para serdes uma forma de ajuste tradultolgico para dar sentido a fraseologia. Com isto, as tradues em estudo se ampliam em seus sentidos, vejam;

...chamados para serdes de Jesus Cristo (ARA); ... chamados para serdes de Jesus Cristo (ARC);... para pertencerem a Jesus Cristo (NVI);... para ser de Jesus Cristo (ECA);... para pertencerem a Jesus Cristo (KJA).

Apesar de aparentemente a diferena parece pouco, contudo, vocs observam que tem suas diferenas, tudo pela aplicabilidade do termo klhtoi., klto. Outro fator importante que devemos salientar o uso do termo chamados por Paulo, claro, nesta posio, significativa. J havamos observado o emprego do apstolo no versculo um, onde ele mesmo diz que este chamamento se deu em seu ofcio apostlico (v. 1). Neste caso em foco, o apstolo deixa alusivo que o mesmo tipo de ao, os ali, se tornariam discpulos de Cristo.

TRADUO ARC:V.: 7 A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados santos: Graa e paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.

TRADUO EXEGTICA:V.: 7 A todos os que estais em [dentro de] Roma amados de Deus, chamados [real] santos, (chamados para ser[des] santos), graa e [junto com] paz a vs de [da parte de] Deus Pai (nosso Pai) e [junto com] d[o] Senhor Jesus Cristo.

TEXTO GREGO, TRANSLITERADO E TRADUO LITERAL:V.: 7 pa/sin toi/j ou=sin evn Passintosussinen [A] todosos que estaisem [dentro de]

~Rw,mh| avgaphtoi/j qeou/( klhtoi/j RmagaptosThekltosRomaamadosde Deuschamados [real]

a`gi,oij( ca,rij u`mi/n kai. HagoskharishuminkaSantosGraasa vse

eivrh,nh avpo. qeou/ patro.j EirnapoThepatrsPazvinda deDeusPai

h`mw/n kai. kuri,ou VIhsou/ Cristou/HmnkaKyruIss KhristDe nseSenhorJesus Cristo

I. ...os que estais em Roma...Gr. toi/j ou=sin evn ~Rw,mh|/, Tos ussin em Rom.

Observe que o apstolo aqui no faz nenhuma distino ou at mesma discriminao, antes, chama de santos todos os que esto em Roma, mesmo tendo muitos gentios ali. O que fica claro no texto que existia uma comunidade ali naquela metrpole, que por sinal precioso aos olhos de Deus. Pelo termo de Paulo todos, judeus e gentios, so inclusos, a diferena santos, amado, no definida pela raa e sim pela graa de Deus aplicada naquela igreja. (Para mais detalhes ver no comeo desta obra o evangelho em Roma).

II. ...amados de Deus...Gr. avgaphtoi/j qeou/( Agaptos The.

O termo amados traduzido traduzido do adjetivo avgaphto,j, agaptos que basicamente significa amados. No podemos negar que nas cartas Paulinas um termo favorito. Agora, o que significa realmente o termo? Podemos concluir que este adjetivo avgaphto,j, agaptos indica aquele amor que segurava o apstolo aos seus irmos (2 Co 7: 1; 2 Tim 1: 2). Outro fator curioso na construo de Paulo avgaphtoi/j qeou/( Agaptos The que ele no a utiliza de forma to precisa em nenhum outro lugar de sua epstolas, evidentemente que no me refiro a construes com o mesmo sentido, pois assim, at encontraremos em outros lugares (1 Tim 1: 4). A construo avgaphtoi/j qeou/( Agaptos The pode perfeitamente se encaixar no modo da intimidade de Deus Pai e uma ligao santa com as pessoas a terem um relacionamento com Deus.

III. ...chamados santos...Gr. klhtoi/j a`gi,oij( Kltos hagiois.

Este chamado no pode ser entendido como um simples chamado, a sua profundidade se dar pelo emprego do apstolo com o termo klhtoi/j, kltos que tambm poder ser traduzido como convocado. O termo to amplo que as tradues em que estamos comparando se ampliam, veja;

...chamados para serdes santos... (ARA); ... chamados santos... (ARC);... chamados para serem santos... (NVI);...chamados para serdes santos... (ECA);...convocados para serdes santos (KJA).

Observe que acontece com o versculo anterior, o verbo ser acrescentado pra dar um sentido mais amplo, e vejam que o termo traduzido em KJA por convocado. Esta construo klhtoi/j, kltos usada por Paulo poder ser entendida como um chamado por vocao divina, na realidade, a convocao a santidade est presente ao longo da Bblia. Quando em [o] NT vemos o chamado para separao, ideia bsico do termo grego.Por outro lado, tambm vamos encontrar que chamado poder ser entendido como uma ao determinante por Deus por meio da qual seu amor compreensvel entrou em ao. Como? Ora, como Deus chama para ser santos pecadores? Evidentemente que isto uma participao de seu amor distinguidor.

IV. ...Graa e paz de Deus, nosso Pai...Gr. ca,rij u`mi/n kai. eivrh,nh avpo. qeou/ patro.j h`mw/n( Kharis humin ka eiren ap The patrs hmon.

O termo ca,rij, kharis aparece com muita frequencia nos escritos de Paulo. Fala do favor gratuito imerecido da parte de Deus, para com os homens pecaminosos. O ca,rij, kharis, pode ser tambm: atratividade, (ver Jo 1: 14; At 13: 43; Rom 5: 2; I Co 16: 3; Hb 10: 29), gratido (I Tim 1: 12; 2 Pe 3: 18), Ela tem vrios sentidos na bblia, Deus o Deus de toda graa (1 Pe 5: 10). Agora, a construo ca,rij kai. eivrh,nh, kharis humin ka eiren so comuns nas saudaes de Paulo, ao que tudo indica, e at citado pelos eruditos, provavelmente unem os modos grego e hebraico de saudar.O que eu posso garantir nesta construo ca,rij kai. eivrh,nh, kharis humin ka eiren que uma saudao meramente crist em sua natureza. Em seguinda encontramos o substantivo eivrh,nh, eiren que basicamente indica paz. O termo grego no pode ser entendido como uma mera tranqilidade, mais a renovao do favor para com Deus sendo associado a grande reconciliao efetuada por Cristo Jesus. Embora os substantivos grego ca,rij eivrh,nh, kharis eiren esteja basicamente distinto um do outro, o apstolo frequentemente o correlacionam em suas saudaes um para com outro. Em alguns textos encontraremos uma invocao de bnos so aqueles a quem se dirigia as cartas (2 Co 1: 2; Fp 1: 2; Fm 3).

2. Aes de Graa e Splicas 1: 8-15

TRADUO ARC:V.: 8 Primeiramente, dou graas ao meu Deus por Jesus Cristo, acerca de vs todos, porque em todo o mundo anunciada a vossa f.

TRADUO EXEGTICA:V.: 8 Em primeiro lugar (primeiramente), dou graas ao Meus Deus (estou agradecendo [bem] a Deus [de min]), atravs (mediante)de Jesus Cristo, porque a f de vs (de vocs) est sendo proclamada publicamente (divulgada publicamente) em [o] todo mundo.

TEXTO GREGO, TRANSLITERADO E TRADUO LITERAL:V.: 8 Prw/ton me.n euvcaristw/ Prtonmneukharist Primeirocertamenteeu estou agradecendo bem

tw/| qew/| mou dia. TTheumdiAoDeusde minatravs de

VIhsou/ Cristou/ peri. IssKhristperJesusCristoacerca de

pa,ntwn u`mw/n o[tiPantnhumnhotTodosvocsporque

h` pi,stij u`mw/n katagge,lletaiHpstishumnkatanglletaiAfde vocsest sendo proclamada

evn o[lw| tw/| ko,smw|EmholtokosmEm [o]todoomundo.

I. dou graas ao meu Deus por Jesus Cristo...Gr. euvcaristw/ tw/| qew/| mou dia. VIhsou/ Cristou/( Eukharist t The mu dia Iss Khrit.

A gratido de Paulo est clara com respeito aos irmos romanos. Apresentado pelo verbo euvcaristw/, eukharist que traz a idia de dar graas ou agradecer. Um veracidade que no podemos negar na construo , que podemos perfeitamente assinalar de que como por intermdio de Cristo que a graa de Deus comunicada aos homens, (esta exposio apresentada pelo apstolo no versculo cinco) neste caso, o apstolo tambm deixa claro que por intermdio de Cristo que a gratido ou aes de graas dos homens comunicada a DeusOutra realidade na construo se dar pelo fato de que o apstolo usa aes de graa por uma igreja que ele ainda no vira, portanto, sua ao de graa fora dirigida a Deus e no a eles propriamente dito (Fp 1: 3). II. ...porque em todo o mundo anunciada a vossa f...Gr. h` pi,stij u`mw/n katagge,lletai evn o[lw| tw/| ko,smw|( He pstis humn katangelletai.

Olha a importncia que o apostolo dar para a f daquela comunidade crist. Evidentemente que isto de maneira nenhuma poder ser literalizado, isto , mundo todo, isto , cada individuo embaixo do cu. Claro que no mnimo uma hiprbole. Com tudo, para esta construo uns dizem que seja uma referencia ao imprio romano, j que Paulo est falando pra igreja em Roma, e esta domina o mundo. A frase de certa forma meia obscura, contudo uns tem colocado que tal expresso testifica a ampla difuso do evangelho nesta poca de Paulo, conforme o evangelho crescia, crescia tambm a informao da notoriedade da f dos romanos (At 17: 30, 31), por ltimo, temos a informao do Dr. F. F. Bruce que aponta todo mundo Paulo pensa mais particularmente em todos os lugares onde o cristianismo fora estabelecido.O que podemos concluir que Paulo no est falando do ponto de vista literal.

TRADUO ARC:V.: 9 Porque Deus, a quem sirvo em meu esprito, no evangelho de seu Filho, me testemunha de como incessantemente fao meno de vs,

TRADUO EXEGTICA:V.: 9 Testemunha, pois, de min [o] Deus (Deus minha testemunha) a Quem eu sirvo (presto adorao) em [o] esprito de min (sirvo em [o] meu esprito), sirvo de todo corao em [a] boa nova ([o] evangelho) d[o] Filho Seu (Seu Filho) como (quo) constantemente de vs meno (sempre [quo] me lembro de vs).

TEXTO GREGO, TRANSLITERADO E TRADUO LITERAL:V.: 9 ma,rtuj ga,r mou, evstin MartysgarmuestinTestemunhapois,de min

o` qeo,j(w-| latreu,w evn hTheshletreuenODeusa Quemsirvoem [o]

tw/| pneu,mati, mou evn TpneumatimuenOespritode minm [o]

tw/| euvaggeli,w| tou/ ui`ou/ Teungelitu huiOevangelhod[o] Filho

auvtou/( w`j avdialei,ptwj AuthadialeiptsDe sicomoconstantemente

mnei,an u`mw/n poiou/maimneianhumnpoioumaiMenode vocseu fao

I. a quem sirvo em meu esprito...Gr. w-| latreu,w evn tw/| pneu,mati, mou( H latreu em to pneumati mu.

Aqui ns encontraremos algumas mudanas em nossas tradues do estudo. Vejamos;

a quem sirvo em meu esprito... (ARA); a quem sirvo em meu esprito... (ARC);a quem sirvo de todo corao... (NVI);a quem sirvo em meu esprito... (ECA);a quem sirvo de todo corao... (KJA).

Como observamos h algumas variaes. O primeiro termo para anlise o verbo latreu,w, latreu at que aparece bastantes vezes no NT. O verbo carrega o amplo sentido de servir aplicando servios religiosos ou com servio a uma divindade. O servir usado no versculo no contm tantas dificuldades, mais, a nossa aluso se dar ao fato do termo grego pneu,mati,, pneumati que basicamente indica esprito, agora, onde cabe a traduo corao? Acontece que aqui o termo grego pneu,mati,, pneumati no pode ser traduzido como Esprito Santo, por esta razo o que poderamos encontrar aqui seno do que uma profunda clausula nesta construo mostrando um amplo grau de sinceridade do apstolo ao seu servio para com Deus, onde claramente observado nesta construo evn tw/| pneu,mati,, em to pneumati (em esprito). Por esta razo, algumas verses em anlise dizem de todo corao. Aqui, mostra a ampla devoo do apstolo.

II. ...incessantemente fao meno de vs...Gr. w`j avdialei,ptwj mnei,an u`mw/n poiou/mai( H adialeipts mneian humn poiumai.

O termo grego que se traduz por incessantemente avdialei,ptwj, adialeipts ele s vai aparecer nos escritos de Paulo (Rm 1: 9; 1 Tess 1: 2; 2: 13; 5: 17) e carrega dois significado amplos: Incessantemente e constantemente. O que se pode deduzir do termo grego que esta passagem mostra uma grande evidncia que suas oraes ultrapassavam o crculo imediato de suas relaes pessoais e de sua responsabilidade para com os irmos. O que podemos ver aqui e nos escritos do apstolo Paulo que ele mesmo talvez no tenha orado somente para crentes conhecido, ou que ele j tivesse visto, isto , Paulo no ora somente por seus filhos na f, mais tambm por tantos outros quantos (Cl 1: 9).

TRADUO ARC:V.: 10 pedindo sempre em minhas oraes que, nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me oferea boa ocasio de ir ter convosco.

TRADUO EXEGTICA:V.: 10 sempre pedindo (suplicando) sobre as minhas oraes (em [as]minhas oraes), se afinal ou de alguma maneira (De alguma forma), terei sucesso (eu serei prospero) (consiga com xito), em [a] (pela a) Vontade d[o] Deus (de Deus), ir at vocs, ir [para com) vs (ir para convosco).

TEXTO GREGO, TRANSLITERADO E TRADUO LITERAL:V.: 10 pa,ntote evpi. tw/n proseucw/n Pantoteeptnproseukhn Sempresobreasoraes

mou deo,menoj ei;pwj h;dh MdeomnoseipsdDe minsuplicandosede alguma maneiraagora

pote. euvodwqh,somai evn tw/| PoteuodthssomaiemtAfinaleu serei prosperoem a

qelh,mati tou/ qeou/ ThelmatituTheVontaded[o] Deus

evlqei/n pro.j u`ma/jElthenprshumsIrpara [com]vs.

I. pedindo sempre em minhas oraes...Gr. pa,ntote evpi. tw/n proseucw/n( Pantote ep tn proseukhn.

A meu ver, at agora este o versculo mais complicado, pelas riquezas de termos gregos empregado pelo apstolo, to verdade isto que vamos as tradues de nosso estudo, veja;

em todas as minhas oraes, suplicando que, nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me oferea boa ocasio de visitar-vos. (ARA);

pedindo sempre em minhas oraes que, nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me oferea boa ocasio de ir ter convosco (ARC);

Em minhas oraes; e peo que agora, finalmente, pela vontade de Deus, seja me aberto o caminho para que eu possa visitar-lo (NVI);

pedindo sempre em minhas oraes que, nalgum tempo, pela vontade de Deus, se oferea boa ocasio de ir ter convosco (ECA);

Em minhas oraes; e rogo que agora, finalmente, pela vontade de Deus, seja me aberto o caminho para que, enfim, eu possa visitar (KJA).

Como se observa a amplitude dos termos magnfico. O primeiro do versculo que destaco o termo pa,ntote, pantote advrbio que traz a profunda idia de em todos os tempos ou em todas as pocas. Depois encontramos o complicado verbo euvodwqh,somai, euodthssomai conjugado de euvodo,w, euodo aparece apenas trs vezes em todo o NT (Rm 1: 10; 1 Co 16: 2; 3 Jo 2) e carrega trs sentido bsicos: ir bm, prosperar e ter sucesso. As suplicas do apstolo agora recai sobre o desejo de no somente ficar orando de longe pelos crentes romanos, mais de ir pessoalmente visitar-los. Observe que o apstolo espera que aparea uma oportunidade, e como de fato posteriormente esta oportunidade apareceu.

TRADUO ARC:V.: 11 Porque desejo ver-vos, para vos comunicar algum dom espiritual, a fim de que sejais confortados,

TRADUO EXEGTICA:V.: 11 Eu estou ansiando (desejando [sobre]), pois, ver-vos, a fim de que (com a finalidade de) algum dom (presente) espiritual compartilhe (comunique) a vocs (vos confirme alguma ddiva) para [dentro de] ser[des] fortalecidos vs (vs sedes firmados).

TEXTO GREGO, TRANSLITERADO E TRADUO LITERAL:V.: 11 evpipoqw/ ga.r ivdei/n u`ma/j( Epipothgridenhums Eu anseio, pois,ver-vos,

i[na ti metadw/ ca,risma u`mi/n HinatimetadkhrismahumnA fim de quealgumcompartilhedoma vocs

pneumatiko.n eivj to. sthricqh/nai u`ma/j(PneumatikneistostrikthnaihumsEspiritualpara dentro deoser[des] fortalecidos vs.

I. Porque desejo ver-vos...Gr. evpipoqw/ ga.r ivdei/n u`ma/j( Epipoth gridenhums.

O termo desejo ele bem citado ao longo da Bblia. Neste caso em foco encontramos o termo grego evpipoqw/, epipoth conjugado de evpipoqe,w, epipoth com um amplo sentido de aspirar desejar por, aqui, o verbo acompanha uma preposio evpi, epi, neste caso mostrando a direo de tal anseio. Observe que as tradues em nossa anlise aqui se diferem por causa da amplitude tanto do verbo, como da preposio grega acompanhada, veja;

Porque muito desejo ver-vos... (ARA); Porque desejo ver-vos... (ARC);Anseio v-los... (NVI);desejo ver-vos... (ECA);Pois, grande o desejo do meu corao em ver-vos... (KJA).

Dar para o leitor observar a magnitudes da construo grega? a riqueza do verbo grego. No que se dava tal desejo?

Est claro no versculo que denota uma explicao lgica para os apelos do apstolo citados nos versculos anteriores que j estudamos (9 e 10).Estou convencido que este intenso desejo de visitar os crentes em Roma era, para que quando tal encontro acontecesse, o apstolo compartilhasse alguma experincia espiritual e aqueles crentes fossem edificados, atravs d[o] dom espiritual, que tipo de dom seja esse mais difcil em saber.A fraseologia empregada pelo apstolo algum dom espiritual evidentemente que uma frase indefinida, contudo, este dom espiritual confirmaria ou compartilharia alguma experincia de Paulo no crescimento daqueles crentes.

TRADUO ARC:V.: 12 isto , para que juntamente convosco eu seja consolado pela f mtua, tanto vossa como minha

TRADUO EXEGTICA:V.: 12 Porm, isto, (e isto) se convocado (chamado) ao lado junto (compartilhar encorajamento) em (entre) vs por meio de (atravs de) a [em] f de uns aos outros (mediante a f [que existe] em voc) tanto de vs como [tambm] de min.

TEXTO GREGO, TRANSLITERADO E TRADUO LITERAL:V.: 12 tou/to de, evstin sumparaklhqh/nai TutodestnsymparaklthnaiIsto,porm,ser convocado ao lado junto

evn u`mi/n dia. th/jEmhumsditsEmvspor meio dea

evn avllh,loij pi,stewj EnallloispistesEm [o]uns aos outrosf,

u`mw/n te kai. evmou/HumntekaemDe vstantoede min.I. ...eu seja consolado pela f mtua...Gr. sumparaklhqh/nai evn u`mi/n dia. th/j evn avllh,loij pi,stewj ( symparaklthnai Em hums dia ts en alllois pistes .

De cara chego a uma concluso bsica que isto j corrige qualquer impresso dada pelo versculo 11 de que ele (Paulo) seria o benfeitor e eles (crentes em Roma) os beneficirios. A amplitude da construo est no emprego de Paulo com o termo sumparaklhqh/nai, symparaklthnai na conjugao no inf. Aor. Pass. vinda de sumparakale,w, symparakal que traz a profunda ideia de encorajar. No caso da conjugao citada anteriormente, indica: encorajar juntamente ou encorajar mutuamente. Como alguns eruditos colocam: Eu, junto com vocs, cristos de Roma. Vejamos como as tradues em nosso estudo trazem a fraseologia:isto , para que, em vossa companhia, reciprocamente nos confortemos por intermdio da f mtua, vossa e minha. (ARA); isto , para que juntamente convosco eu seja consolado pela f mtua, tanto vossa como minha. (ARC);Isto , para que eu e vocs sejamos mutuamente encorajados pela f (NVI);Isto , para que juntamente convosco eu seja consolado pela f mtua, assim vossa como minha (ECA);quero dizer, para que eu e vs sejamos mutuamente encorajados (KJA).Como o leitor observou, as mudanas se deram pelas variedades opes dos termos gregos. Contudo, neste versculo podemos destacar as seguintes definies:

a) Neste versculo encontraremos a delicadeza no sentimento de Paulo indicado pela voz passiva (aquela onde o sujeito sofre a ao);b) Paulo no permitiu que os cristos em Roma pensassem que a sua estadia entre eles resultasse apenas em benefcios espirituais de um lado s, isto , Paulo no precisaria de nenhum crescimento, encorajamento mais, somente os crentes de l;c) Devemos considerar a importante fraseologia do versculo: de igual modo nos confortemos;d) O termo usado por Paulo encorajemos mostra que tal ao seria mtua;e) Outro fator predominante no versculo o instrumento pela qual se daria tal encorajamento, a f. Quer um instrumento mais eficaz do que este?

Neste versculo concluimos que Paulo espera tanto receber como dar ajuda durante sua planejada visita a Roma descrita aqui, neste versculo em foco.

TRADUO ARC:V.: 13 No quero, porm, irmos, que ignoreis que muitas vezes propus ir ter convosco (mas at agora tenho sido impedido) para tambm ter entre vs algum fruto, como tambm entre os demais gentios.

TRADUO EXEGTICA:V.: 13 Porm, no desejo (quero) [que] vs desconhecer[des] (no conhecer[des]) irmos, que muitas vezes (por diversas vezes) coloquei antes (me propus) ir para convosco (ir ter com vs, e, (porm), e fui impedido at o agora (neste tempo ou at o presente momento), a fim de que (para que) algum fruto tenha [exista] entre vs (em [o]), assim como tambm (tenho alcanado) entre as naes (gentios)

TEXTO GREGO, TRANSLITERADO E TRADUO LITERAL:V.: 13 ouv qe,lw de. u`ma/j avgnoei/n( Uthldhums Agnoen Nodesejopois,vs Desconhecer[des]

avdelfoi,( o[ti polla,kij proeqe,mhnadelphohotipollkis Proethmnirmosquemuitas vezes Coloquei antes

evlqei/n pro.j u`ma/j( kai.elthenprs Humskairpara com Vse

evkwlu,qhn a;cri tou/ deu/ro(eklytnakhri Tdeurofui impedidoat queOagora (tempo)

i[na tina. karpo.n hinatinakarpona fim de quealgumfruto

scw/ kai. evn u`mi/n SkhkaiemhumnTenhaeem [o]vs

kaqw.j kai. evn toi/j loipoi/j e;qnesinkathskaem Tosloipoisethnssin.Assim comoeem [o] As demaisnaes.

I. No quero, porm, irmos, que ignoreis...Gr. ouv qe,lw de. u`ma/j avgnoei/n( U thldhums Agnoen.

Neste versculo uma das expresses mais favoritas do apstolo: No quero, porm, irmos, que ignoreis isto , "Quero que saibais". O termo utilizado pelo apstolo avgnoei/n( agnoen infinitivo de avgnoe,w( agnoe que traz a ideia de ignorar desconhecer no poder entender. Com juno da partcula negativa temos: no conhecer[des] ou desconhecer[des]. Neste ngulo, as tradues em estudo se ampliam, vejam;

Porque no quero, irmos, que ignoreis que... (ARA); No quero, porm, irmos, que ignoreis... (ARC);quero que vocs saibam, irmos... (NVI);No quero, porm, irmos, que ignoreis... (ECA);E no desejo, irmos, que desconheais... (KJA).

Observem que esta variao est contida na amplitude dos termos. O apstolo deixa claro neste versculo o desejo que tinha de ir ter com aqueles irmos, porm, tinha sido impedido. O termo traduzido para impedido evkwlu,qhn( eklythn este por sua vez carrega traz trs ideais bsicas de: impedir obstar e proibir.

II. ...muitas vezes propus ir ter convosco...Gr. proeqe,mhn evlqei/n pro.j u`ma/j( Proethmn elthenprs hums .

Alm destes agrupamentos exegticos, neste versculo pode extrair algumas informaes bsicas:

a) Aqui encontramos um destaque do apstolo na importncia d informao da qual seria transmitida;b) Tais informaes tambm aumentava o anelo dos crentes em Roma considerando estas informaes;c) A base desta informao diz respeito a ida do apstolo em visita aquele irmos da igreja em Roma;d) Estas solicitaes de Paulo se abrange nos versculos 10 e 11;e) No versculo em foco no vamos encontrar apenas o desejo do apstolo e acompanhado da orao para que fosse a Roma, mais agora encontramos um propsito;f) O apstolo diz que foi impedido, ele mesmo no diz que impedimentos foram estes e nem convm aqui especular, seria intil e desnecessrio. Neste mesmo livro (15: 22), novamente o apstolo cita estes impedimentos, porm, sem mais detalhes, o apstolo no esclarece. g) Mais uma vez o apstolo expressa sua humildade quando temos a frase: algum fruto entre vs, a idia expressa aqui, que o apstolo colheria frutos (resultado dos crentes em Roma) e no somente produzir (resultado de Paulo), mais encontramos a participao de ambos.

TRADUO ARC:V.: 14 Eu sou devedor tanto a gregos como a brbaros, tanto a sbios como a ignorantes.

TRADUO EXEGTICA:V.: 14 A gregos tanto quanto a brbaros (tenho uma obrigao), a sbios tanto quanto a incultos (tenho uma obrigao), devedor sou (sou devedor).

TEXTO GREGO, TRANSLITERADO E TRADUO LITERAL:V.: 14 {Ellhsi,n te kai. barba,roij( Hellssintekabrbaros A gregostantoe (quanto)a Brbaros

sofoi/j te kai. SophooistekaA sbiostantoe (quanto)

avnoh,toij ovfeile,thj eivmi,(AnotoisopheiltseimIgnorantesdevedorsou eu.I. Eu sou devedor...Gr. ovfeile,thj eivmi,( Opheilts eim.

O versculo inteiro gira em torno deste termo. Neste caso temos o substantivo ovfeile,thj, opheilts contendo todas as combinaes aparece sete vezes no NT. Este substantivo carrega amplo sentido, tanto literal, como figura e basicamente indica devedor, mais no poder ser entendido aqui com o sentido de moeda, dinheiro. Por exemplo em (Mt 18: 24) ele aparece com sentido de dvida financeira. J nestes textos (Rm 1: 14; 8: 12; 15: 27; Gl 5: 3) o substantivo ovfeile,thj, opheilts Carrega o sentido de algum que tem alguma obrigao ou compromisso.A maioria dos comentaristas e eruditos apontam esta dvida de Paulo como uma obrigao sob a qual o apstolo fora colocado por Deus, qual seria? No seria em pregar o evangelho em todo mundo? Para esta veracidade ver o texto de (1 Co 9: 16, 17), sendo assim, gregos, brbaros, sbios e incultos seria uma representao de Paulo de toda a humanidade, isto , Paulo no estaria associando os crentes de Roma a nenhuma destas nomenclaturas.Como se chega a tal concluso?Pela observao lgica entre os versculos 13 e 14 e tambm nas frases interligadas do apstolo, tais como: o seu amplo desejo de ir a Roma, participar da produo de frutos ali, etc. portanto, este dvida de Paulo uma mera figura, isto , ele tem uma obrigao de pregar o evangelho a todos.

TRADUO ARC:V.: 15 E assim, quanto est em mim, estou pronto para tambm vos anunciar o evangelho, a vs que estais em Roma

TRADUO EXEGTICA:V.: 15 Assim (desta maneira) quanto a min estou pronto, tambm a vs (os que estais [dentro de] Roma), vs que estais em Roma anunciar o evangelho (pregar as boas novas).

TEXTO GREGO, TRANSLITERADO E TRADUO LITERAL:V.: 15 ou[twj to. katV evme. Hutstokatem Assimopormin

pro,qumon kai. u`mi/n Prothymonkahumn Prontoe (tambm)a vs

toi/j evn ~Rw,mh| euvaggeli,sasqaiTosemRmeuangelissasthaiOsem [a] Romaanunciar o evangelho.

I. ...para tambm vos anunciar o evangelho...Gr. u`mi/n, euvaggeli,sasqai( Humn euangelissasthai.

A construo em grego grande debatida entre os eruditos, porm, a meu ver no se faz necessrio citar-la. Contudo, importante destacar alguns pontos predominantes no versculo.

Dois termos gregos diferentes so traduzidos por pronto em algumas verses da Bblia que estamos analisando. Um deles o termo pro,qumon, prothymon o qual basicamente significa "preparado", como vamos encontrar uma apario no caso de (At 21:13) "Pois estou pronto[...] at para morrer em Jerusalm pelo nome do Senhor Jesus". O outro, usado em neste texto em foco , quer dizer "ansioso, desejoso". Apesar de estar preparado, Paulo no estava desejoso de morrer. No entanto, sentia-se ansioso por visitar Roma, a fim de ministrar para os cristos daquela cidade. O que podemos concluir aqui que esta experincia no era a de uma expectativa de um turista, mas de um homem que desejava ganhar almas para Cristo. Depois de ler essas cinco evidncias da preocupao de Paulo pelos santos em Roma, esses cristos s poderiam dar graas a Deus pelo apstolo e por seu desejo de visit-los e de ministrar-lhes.

TRADUO ARC:V.: 16 Porque no me envergonho do evangelho de Cristo, pois o poder de Deus para salvao de todo aquele que cr, primeiro do judeu e tambm do grego.

TRADUO EXEGTICA:V.: 16 No, pois, envergonho-me (no me envergonho) d[o] evangelho (boa-nova), poder, pois, de Deus (pois poder d[o] Deus) para [dentro de] a salvao (para [o] escape) de todo aquele que cr, a [ao] judeu (tanto) primeiramente, e a [ao] grego (quanto).

TEXTO GREGO, TRANSLITERADO E TRADUO LITERAL:V.: 16 Ouv ga.r evpaiscu,nomai Ugarepaiskhynomai No,pois,envergonho-me

to. euvagge,lion( du,namij teuangliondynamisOevangelho,poder,

ga.r qeou/ evstin eivj GrTheuestineisPois,Deuspara [dentro de]

swthri,an panti. tw/| StranpanttSalvaotodoso

pisteu,onti( VIoudai,w| te PisteontiIudateQue crA judeua

prw/ton kai. {EllhniPrtonkaHellniPrimeiroe (quanto)a grego.

I. Porque no me envergonho do evangelho de Cristo...Gr. Ouv ga.r evpaiscu,nomai to. euvagge,lion( U gar epaiskhynomai t euanglion .

O emprego para o verbo envergonhar usado pelo apstolo evpaiscu,nomai, epaiskhynomai basicamente indica estar envergonhado, a contundncia da construo est no fato de que o verbo esteja na voz passiva (aquela que o sujeito sofre a ao verbal). Esta construo grega Ouv ga.r evpaiscu,nomai to. euvagge,lion( u gar epaiskhynomai t euanglion uma espcie de afirmao pela negao do contrrio, isto , eu tenho prazer, esta combinao grega Ouv ga.r( u gar s em Romanos aparece com freqncia (1: 16; 2: 11, 13; 3: 22; 4: 13; 6: 14; 7: 15, 19; 8: 15; 9: 6; 10: 12; 11: 25; 13: 1, 4, 9; 14: 17; 15: 18), isto indica que esta figura de linguagem, como muitos citam, aparecer em Romanos. Evidentemente que aqui, nesta cidade estava o domnio do poder mundial, a eu pergunto: ser que tambm no estariam, principalmente os sbios deste mundo com vergonha ao evangelho de Cristo? Muitos acreditam que sim, logo seria satisfatrio pensar que esta fraseologia de Paulo Porque no me envergonho do evangelho... no fosse uma mera citao.Em hermonia com um grupo de historiadores onde dizem que Roma era uma cidade prepotente, orgulhosa e altiva, e claro, o evangelho vinha l da cidade de Jerusalm, que de certa forma era uma capital de uma das naes minsculas que Roma havia conquistado. Os historiadores relatam cristos daquela poca no faziam parte da elite da sociedade; de certa forma eram pessoas comuns e, alguns eram at mesmo, escravos. Contudo isso, eu fico em meus botes: por qu dar ateno a uma histria imaginaria sobre um judeu que se dizia O Cristo na qual dizem que ressuscitou dentre os mortos? (1 Co1 :18-25). Com todo este contexto, Paulo no se envergonhava do evangelho.

II. ... pois o poder de Deus...Gr. du,namij ga.r qeou/ evstin ( Dynamis gr Theu estin.

O termo empregado pelo apstolo aqui du,namij, dynamis o substantivo aqui traz vrios ngulos: poder, fora, energia, etc. o vocbulo aplicado para o dinamismo. Assim sendo, A operao do evangelho: o poder de Deus. Ento, caberia uma pergunta: Por que se envergonhar do poder? Essa era a coisa da qual Roma mais se orgulhava, porm, o seu poder estava em Cesar, o de Paulo, em Deus, Aleluia!!!

Devemos salientar outro ponto predominante na construo, me refiro ao sujeito empregado pelo apstolo na frase, claro, a mensagem do evangelho. Evidentemente, esta mensagem (boa nova) sempre ser proclamada, assim sendo, o prprio evangelho o poder de Deus para salvao atravs da Palavra de Deus que viva (Hb 4: 12).Paulo na carta aos Corntios (da qual analisaremos com mais detalhes no prximo volume) em (1: 24) chama Cristo de poder de Deus, observe que este evangelho Cristo.

III. ...primeiro do judeu...Gr. VIoudai,w| te prw/ton( Iuda te prton .

Sem dvida esta a parte do versculo mais debatida. Tudo est em torno do termo prw/ton, prton que basicamente indica trs formas distintas:

a) Refere-se a primeiro como mais cedo: (Mt 12: 45; Mc 12: 20; Ap 1: 17), neste caso, prw/ton, prton mostra o que chegou primeiro;b) Refere-se a primeiro com o sentido de mais importantes, geralmente especialmente (At 25: 2; 1 Co 15: 3; Ef 6: 2);c) Refere-se a primeiro com o sentido de anterior ou at mais antigo (Hb 9: 2; 1 Tm 1: 15), tambm acima de tudo (At 3: 26; Rm 2: 9).

Pra os leitores observarem a complicao da amplitude do termo. Para uma opinio do termo vejamos o que disse Warren Wiersbe em seu conciso comentrio expositivo, na seo de Romanos:

No se tratava de uma mensagem exclusiva apenas para judeus ou para gentios; era para todas as pessoas, pois todas as pessoas precisam ser salvas. "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" - essa foi a comisso dada por Cristo (Mc 16:15).A expresso "primeiro do judeu" no d a entender que o judeu Melhor que o gentio,pois no h diferena alguma entre um e outro, nem na conde-nao e nem na salvao (Rm 2:6-11; 10:9-13). O evangelho foi transmitido "primeiro ao judeu" no ministrio de Jesus Cristo (Mt 10:5-7)e dos apstolos (At 3:26). Como maravilhoso ter uma mensagem de poder, apropriada para ser levada a todas as pessoas! Deus no pede que as pessoas se comportem bem a fim de ser salvas, mas sim que creiam. a f em Cristo que salva o pecador. A vida eterna em Cristo a nica ddiva perfeita para todas as pessoas, quaisquer que sejam suas necessidades ou sua situao na vida. (pag. 681).

Outro erudito que opinou no versculo foi Jonh Murray em seu amplo comentrio de Romanos.

Um vez que Paulo era apstolo dos gentios e que a igreja de Roma eraConstituda predominantemente de gentios (v. 13), muito significativoQue ele tenha dado a entender, de maneira to clara a prioridade do Judeu. (pag. 57)

Neste caso especfico, prefiro olhar mais cuidadosamente para a construo que Paulo entregou VIoudai,w| te prw/ton kai. {Ellhni Iuda te prton ka Hellni prefiro olhar para que primeiro no esteja dizendo de importncia, ou que os judeus sejam melhores, ou que talvez se deva evangelizar primeiro os judeus, no, por outro lado, isto no significa que devamos esquea de evangelizar os judeus, mais tanto o judeus quanto o gentio dever ser evangelizado, o mesmo sentido aparece em (At 1: 8).

TRADUO ARC:V.: 17 Porque nele se descobre a justia de Deus de f em f, como est escrito: Mas o justo viver da f.

TRADUO EXEGTICA:V.: 17 Justia, pois, (pois em [a] justia) de Deus em ele (nEle) se descortina (se revela), de [dentro de) f para [dentro de] f (de f em f), assim como tendo sido escrito (assim est escrito), o justo d[a] f viver (o justo viver tendo como base a f).

TEXTO GREGO, TRANSLITERADO E TRADUO LITERAL:V.: 17 dikaiosu,nh ga.r qeou/ DikaiosyngrTh Justiapois,Deus

evn auvtw/| avpokalu,ptetai Em aut apkaypttaiEmelese descortina

evk pi,stewj eivj pi,stin( Ekpisteseispstin,De [dentro de]fpara [dentro de]f

kaqw.j ge,graptai\ o` de. Kaths ggraptai h dAssim comotendo sido escritoo, porm,

di,kaioj evk pi,stewj zh,setaiDikaios ek pistes dzsstaiJustode [dentro de]fviver

I. descobre a justia de Deus...Gr. dikaiosu,nh ga.r qeou/ evn auvtw/| avpokalu,ptetai( Dikaiossyn gr Th em aut apkaypttai.

Neste versculo, Paulo vai demonstrar qual o poder de Deus para a Salvao, a sab