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PROFESSOR: JUBEVAN CALDAS DE SOUSA DISCIPLINA: Direito de Empresa I CURSO: Direito - FACISA ROTEIRO DE AULA 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA E DO CURSO Conteúdo programático: constante da ementa; Das avaliações: Serão feitas avaliações periódicas através de provas, trabalhos e seminários Indicações Bibliográficas : COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial. 16ª ed. Revisada e atualizada de acordo com a nova Lei de Falências. São Paulo: Saraiva, 2005; _______________. Curso de direito comercial, volume 1. 9ª Ed. Revista e atualizada de acordo com a nova Lei de Falências. São Paulo: Saraiva, 2005; _______________. Curso de direito comercial, volume 2. 9ª Ed. Revista e atualizada de acordo com a nova Lei de Falências. São Paulo: Saraiva, 2006; FAZZIO JÚNIOR, Waldo. Manual de direito comercial. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2006; MACHADO, Elizabeth Guimarães. Direito de empresa aplicado – abordagem jurídica, administrativa e contábil. São Paulo: Atlas, 2004; MAMEDE, Gladston. Manual de direito empresarial. 3ª Ed. São Paulo: Atlas, 2008; 2. DIREITO DE EMPRESA Conceito: É o conjunto de normas que regulam as relações jurídicas decorrentes da atividade empresarial. As normas jurídicas componentes do Direito Comercial regulam os atos necessários às atividades do empresário no exercício da sua profissão. Evolução histórica: Roteiro de Aula (Conteúdo): Direito de Empresa I (de evolução histórica à Sociedades empresariais). 1/1

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ROTEIRO DE AULA

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA E DO CURSO

Conteúdo programático: constante da ementa; Das avaliações: Serão feitas avaliações periódicas através de provas, trabalhos e seminários

Indicações Bibliográficas :

COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial. 16ª ed. Revisada e atualizada de acordo com a nova Lei de Falências. São Paulo: Saraiva, 2005;

_______________. Curso de direito comercial, volume 1. 9ª Ed. Revista e atualizada de acordo com a nova Lei de Falências. São Paulo: Saraiva, 2005;

_______________. Curso de direito comercial, volume 2. 9ª Ed. Revista e atualizada de acordo com a nova Lei de Falências. São Paulo: Saraiva, 2006;

FAZZIO JÚNIOR, Waldo. Manual de direito comercial. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2006;

MACHADO, Elizabeth Guimarães. Direito de empresa aplicado – abordagem jurídica, administrativa e contábil. São Paulo: Atlas, 2004;

MAMEDE, Gladston. Manual de direito empresarial. 3ª Ed. São Paulo: Atlas, 2008;

2. DIREITO DE EMPRESA

Conceito:

É o conjunto de normas que regulam as relações jurídicas decorrentes da atividade empresarial. As normas jurídicas componentes do Direito Comercial regulam os atos necessários às atividades do empresário no exercício da sua profissão.

Evolução histórica:

A evolução da Direito Comercial acompanha a evolução do próprio comércio. Do escambo (troca de bens) ao e-commerce (comércio eletrônico) o direito comercial tem buscado regulamentar a atividade comercial.

ESCAMBO > COMERCIO MEDIEAVAL > CIRCULAÇÃO DE BENS C/ FINS DE

LUCRO > Surgimento de conflitos > Regulamentação por Codificações (CORPUS JURIS

CIVILIS / NAUTICUM FOEMUS)

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Critérios determinadores do Direito Comercial (por momentos históricos)

1) Foco no Sujeito : Direito Comercial como Direito de uma corporação profissional (a dos comerciantes);

2) Foco no Objeto : Direito Comercial como Direito dos Atos de Comércio;3) Ampliação do Foco : Direito Comercial como Direito das relações decorrentes da

atividade empresarial.

DIREITO DA CATEGORIA DOS COMERCIANTES

Como visto, o Direito Comercial inicialmente surge para regulamentar e proteger a categoria dos comerciantes, só se beneficiando os associados às corporações, que utilizavam critério altamente subjetivos para determinar quais os beneficiários da legislação. Figuras como a letra de câmbio, bancos e seguro já existiam e eram regulamentadas. Entre os séculos XVI e XVII surgem as sociedades anônimas, ampliando o modo de exercer a atividade comercial.

TEORIA DOS ATOS DE COMERCIO (Sistema Francês)

No início do Século XVIII, em 1808, surge o Code de Commerce (Código Mercantil Napoleônico), influenciando todo o mundo com a teoria dos atos de comércio (Sistema Francês), e adotada pelo Código Comercial Brasileiro de 1850, objetiva o direito comercial (foco no objeto), estabelecendo quais atos ou conjunto de atos praticáveis por qualquer cidadão para determinar o alcance do direito comercial em evolução constante.

A partir da influência do Sistema Francês, a legislação comercial enumera as atividades econômicas relacionadas a circulação física e econômica dos bens, excluídos os imóveis, consideradas como atos próprios dos comerciantes e protegidos pelo Direito Comercial. À nível de Brasil, o Regulamento nº 737, de 1850, relaciona o atos de comercio para fins de determinação da atividade como comercial.

Art. 19. Considera-se mercancia:I – compra e venda ou troca de móveis ou semoventes (para vender por grosso ou retalho, na mesma espécie ou manufaturados, ou para alugar o se uso);II – operações de câmbio, banco e corretagem;III – empresas de fábrica, de comissões, de depósito, de expedição, consignação e transporte de mercadorias, de espetáculos públicos;IV – seguros, fretamentos, riscos e quaisquer contratos relativos ao comércio marítimo;V – armação e expedição de navios.

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TEORIA DA EMPRESA (Sistema Italiano)

Desenvolvido na Itália, a Teoria da Empresa adotada pelo Códice Civile (1942), representa a unificação do direito privado, disciplinando matéria de direito civil e comercial. Substitutivo à teoria dos atos de comércio, o sistema italiano põe fim a diferença entre atividade de comerciante e não-comerciante, adotando como núcleo conceitual a “empresa”.

Empresa, na definição de Fábio Ulhoa Coelho, é a atividade cuja marca essencial é a obtenção de lucros com o oferecimento ao mercado de bens ou serviços, gerados estes mediante a organização dos fatores de produção (força de trabalho, matéria-prima, capital e tecnologia). Assim, empresa é a atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços.

Aproximação do Direito Brasileiro ao Sistema Italiano: Datado de 1916, o Código Civil brasileiro manteve a adoção pelo ordenamento jurídico pátrio, da teoria dos atos de comercio, deixando a cargo do Código Comercial a regulamentação desta atividade. Partindo do projeto de Lei do Prof. Miguel Reale (1975), o Novo Código Civil (Lei nº 10.406, de 10.01.2002) adota a Teoria da Empresa, ampliando o conceito de comerciante para empresário e conseqüentemente o alcance do Direito Comercial. O Código Comercial teve seus artigos lº a 456 revogados (extintos e substituídos) pelo no Código Civil, reservando-se apenas a regulamentação do Comércio Marítimo.

2.1 Empresário e Empresa

“Empresário: conceito, requisitos, capacidade, impedimentos e proibições ao exercício da atividade econômica”.

Abandonando os antigos conceitos de comerciante e de sociedade civil (teoria do ato de comércio - Sistema Francês), o novo Código Civil adota a teoria da empresa. Nesta perspectiva, cria uma categoria comum de empresário ou sociedades empresárias englobando toda atividade econômica organizada e com finalidade lucrativa.

O direito comercial, desta feita, passa a regular a atividade empresarial representada por toda ação realizada pelo empresário ou pela sociedade empresaria de forma permanente e organizada, assumindo os riscos inerentes a atividade, reunindo os fatores de produção com vistas a obtenção de lucro.

Repetindo conceito adotado no Código Civil Italiano, o Novo Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/02) assim abona o conceito de empresário: “Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços” (art. 966).

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Assim, seguindo o novo conceito adotado pela teoria da empresa, o empresário é aquele que exerce atividade econômica organizada. É o titular da empresa. Substitui a figura do antigo comerciante numa acepção mais ampla. De ressaltar que quando o titular de uma empresa é pessoa jurídica, sociedade, é denominada sociedade empresária.

Empresário: quem exerce profissionalmente (em nome próprio) atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços (art. 966, CC/2002).

Empresa: qualquer atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens e serviços.

Sociedade empresária: pessoa jurídica que exerce a atividade empresarial (art. 982, CC/2002).

Estabelecimento: é o conjunto de bens operados pelo empresário.

Trata-se de uma busca pela modernização dos conceitos e instituto da lei civil, já que o código anterior é datado de 1916.

Este novo conceito trouxe como conseqüência a eliminação e unificação da divisão anterior existente entre empresário civil e empresário comercial, como bem anota AMADOR PAES DE ALMEIDA.

É uma inovação do ordenamento jurídico pátrio que começa a tomar formas e receber a atenção dos estudiosos pela profundidade de suas conseqüências.

Requisitos para empresário :

Do próprio conceito abonado na nova Lei Civil, depreendemos quais os requisitos para a caracterização do empresário. Assim, exige-se capacidade; está exercendo atividade econômica organizada; profissionalidade; finalidade lucrativa; e inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis.

I. Capacidade : Nos termos da Lei Civil podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil1 (ver artigos 3º e 4ª do CC/02) e não forem legalmente impedidos. A capacidade civil, pela maioridade é agora alcançada aos dezoito anos, ou sendo menor de dezoito e maior de dezesseis anos em decorrência de emancipação. Observados os impedimentos que caracterizem a pessoa como absolutamente

1 A incapacidade para realizar atos da vida civil pode ser relativa ou absoluta. São absolutamente incapazes: I – os menores de 16 (dezesseis) anos; II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade (Ex: surdos-mudos, ébrios não-habituais, drogados, portadores de arteriosclerose). São relativamente incapazes: I – os maiores de 16 e menores de 18 anos; II – ébrios habituais, os viciados em tóxicos, os deficientes mentais; III – os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV – os pródigos.

* Fim da incapacidade: A incapacidade, quando relativa, não é definitiva, assim a menoridade cessa aos 18 (dezoito) anos completos, ficando a pessoa habilidade para praticar todos os atos da vida civil. Observe-se, porém que a incapacidade para os menores cessará também em razão de emancipação, do casamento, pelo exercício de emprego público efetivo, pela colação de grau em curso superior, pelo estabelecimento civil ou comercial com economia própria.

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ou relativamente incapazes, como, por exemplo, a embriaguez habitual, enfermidade, deficiência mental, excepcionalidade, expressos no art. 5º do Código Civil em vigor.

II. Exercício de Atividade econômica organizada : A atividade deve ser estruturada empresarialmente, ou seja, deve ser economicamente organizada e voltada para produção e circulação de bens ou de serviços.

III. Profissionalidade e finalidade lucrativa : A profissionalidade é requisito que significa a habitualidade, o exercício da atividade como profissão, e além do mais com finalidade lucrativa. Isto porque o lucro é elemento caracterizador da atividade econômica.

IV. Inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis : Expressamente o Código Civil determinou a obrigatoriedade da inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis, que esta a cargo das Juntas Comerciais.

Importante observar que no que se refere ao empresário rural e ao empresário de pequeno porte, foram feitas ressalvas. Ao empresário de pequeno porte, foi remetido a lei dispensar tratamento diferenciado, favorecido e simplificado. Quanto ao empresário rural a Código deixa claro que o registro é facultativo, ao utilizar-se da palavra “pode” no art. 971.

Exclui-se do conceito de empresário :

Destaque-se também o fato de não ser considerado empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza cientifica, literária ou artística, ainda que com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa (art. 966, parágrafo único). Isto quer dizer que os profissionais liberais não são considerados empresários, pelo fato de não se estruturarem empresarialmente, posto não cumprir tal requisito.

Impedido de exercer a atividade empresarial :

Assim como eram impedidos de comerciar, quanto à teoria do ato comercial, determinadas pessoas estão impedidas de exercer atividades de empresário, mesmo sendo maiores e absolutamente capazes.

Nesta situação de impedimento estão os funcionários públicos federais, estaduais, municipais e militares; os magistrados e membros do Ministério Público; os empresários falidos, enquanto não reabilitados; e os condenados a pena que vede o acesso a cargos públicos, por crime de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade. Os impedimentos em razão de condenação só valem enquanto perdurarem os efeitos.

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À PARTE: O Direito Civil, assim como o Direito Comercial, é um ramo do Direito Privado formados por um conjunto de normas jurídicas que regula as relações entre as pessoas e entre estas e seus bens.

Didaticamente a parte geral do CC/2002 trata de preceitos gerais como a noção de pessoa (sujeitos de direitos e obrigações). Assim, define a personalidade civil, a capacidade para exercício dos direitos, dispõe sobre o domicilio das pessoas, sua finalidade e importância, como também classifica os bens (objeto do direito), e trata da teoria dos fatos e atos jurídicos.

DA PERSONALIDADE: Pessoas Naturais e Jurídicas

Partindo da noção de pessoa como todo ente sujeito de direito e obrigações, código classifica as pessoas como naturais (física) e jurídicas.

Pessoas Naturais: é o ser humano, pessoa física.

Pessoa Jurídica: é um agrupamento de pessoas ligadas por um interesse e fins comuns. “Em oposição à pessoa natural, expressão adotada para indicação da individualidade jurídica constituída pelo homem, é empregada para designar as instituições, corporações, associações e sociedades, que, por força ou determinação da lei, se personalizam, tomam individualidade própria, para constituir uma entidade jurídica, distinta das pessoas que a formam ou que a compõem”.2

PESSOAS JURÍDICAS(Classificação)

Nos termos da lei civil (art. 2º, CC/02) a personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida, sendo, porém resguardado o direito do nascituro. Para as pessoas

2 SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico. 15ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998, p.609;

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Pessoa Jurídicade Direito Público

Interno

União

EstadosMunicípios

Externo

Nações estrangeiras

Organismos internacionais

Pessoa Jurídicade Direito Privado

Associações

Sociedades (civis, mercantis, científicas, religiosas, literárias,

esportivas, etc)

Fundações

Sindicatos

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jurídicas, a existência começa com a inscrição de seus atos constitutivo, estatuto social, contrato social ou compromissos no registro público competente (art. 45, CC/02) e termina com sua dissolução ou falência. São representadas em juízo ou perante terceiros (para firmar contratos, por exemplo), por seus representantes legais.

2.2 REGISTRO DE EMPRESA / ESCRITURAÇÃO / LIVROS COMERCIAIS

A obrigação de manter a escrituração :

O empresário e as sociedades empresárias estão sujeitas as seguintes obrigações: I – Registra-se no Registro Público de Empresa Mercantil (RPEM), a cargo das Juntas Comerciais (art. 967 do Código Civil de 2002-CC/02); II – Escriturar regularmente os livros obrigatórios (art. 1.179 do CC/02); III – Levantar Balanço Patrimonial e de Resultado Econômico a cada ano (art. 1.179, CC/02). Assim, a escrituração como um das obrigações a que estão sujeitos os que exercem a atividade empresarial será objeto de nosso estudo sob o título de escrituração ou livros empresariais.

2.2.1 Conceito: “Livros comerciais são aqueles que os empresários ou as sociedades empresárias estão sujeitos por força da legislação de natureza comercial”.

Finalidade: No dizer de Waldo Fazzio Júnior: “A escrituração é a radiografia da empresa. Por isso, a lei impõe ao empresário o dever de manter a escrituração em ordem. É de seu próprio interesse, seja para atender os ditames legais, seja para propiciar a fiscalização tributária, seja para a eventualidade de fazer prova em juízo”.

2.2.2 Classificação dos Livros Comerciais:

Os livros comerciais classificam-se em Obrigatórios (comuns ou especiais) e Facultativos.

Obrigatórios Comuns : São aqueles exigidos de todos os empresários indistintamente. Atualmente o único livro empresarial que se encaixa nessa categoria é o Livro Diário (art. 1.180, CC/02); Obrigatórios Comuns : Obrigatórios Especiais: São os impostos a determinadas categorias de empresários. Ex: Rol de Duplicatas (exigidos dos empresários que emitem duplicatas), Registro de Ações Nominativas, Transferência de Ações Nominativas (para as sociedade anônimas – S/A), Entrada e Saída de Mercadorias (para os proprietários de armazéns gerais), etc. Facultativos : Além dos mencionados acima, os empresários têm liberdade de criar outros livros, de acordo com as suas necessidades. Ex: Razão, caixa, estoque, etc.

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Além dos livros comerciais, o empresário é obrigado a escriturar outros livros, não por conta da legislação comercial, ma da legislação tributária, trabalhista ou previdenciária, que são chamados “livros do empresário”, sendo os livros empresariais uma parte dos livros do empresário.

2.2.3 Formalidades / Regularidade na Escrituração

Os livros empresariais, sejam obrigatórios ou facultativos, para produzirem os efeitos jurídicos que lhes reserva a lei, necessitam obedecer a certos requisitos, normalmente conhecidos como formalidades intrínsecas e extrínsecas.

- Formalidades Intrínsecas: As do art. 1.1833 do CC;- Formalidades Extrínsecas: As do art. 1.1814 do CC (Autenticação).

Sistema de Registro :

Nos termos dos arts. 1.179 e 1.180 do Código Civil é facultado ao empresário manter sistema contábil mecanizado ou eletrônico.

Exibição dos Livros Empresariais :

Princípio do Sigilo Comercial (art. 1.190, CC/02):

Conseqüências da Irregularidade da Escrituração :

Se faltar a um livro obrigatório um dos requisitos legais – intrínsecos ou extrínsecos – ou se não possuir livro obrigatório, estará sujeito a conseqüências na ordem civil e penal.

Balanço :

Todos que exercem a atividade empresarial estão obrigados, anualmente, à formação de balanço patrimonial e de resultado econômico (arts. 1.179 e 1.188, CC/02).

2.3 NOME EMPRESARIAL: Conceito, Natureza e Importância

3 Art. 1.183, CC/2002: A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens.

Parágrafo único: É permitido o uso de código de número ou de abreviatura, que constem de livro próprio, regularmente autenticado.4 Art. 1.181, CC/2002: Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis.

Parágrafo único: A autenticação não se fará sem que esteja inscrito o empresário, ou a sociedade empresária, que poderá fazer autenticar livros não obrigatórios.

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Conceito :

Elemento de identificação do empresário com o qual se apresenta nas relações de fundo econômico.

Obs: Quando se trata de empresário individual, o nome empresarial pode não coincidir com o civil.

Natureza :

O nome civil e o empresarial têm naturezas diversas. Enquanto o nome civil está ligado à personalidade do seu titular, sem caráter patrimonial, o nome empresarial, como elemento integrativo do estabelecimento empresarial compondo este complexo de bens reunidos pelo empresário para o desenvolvimento de sua atividade econômica tem natureza patrimonial.

2.3.1 Espécies de Nome Empresarial:

I - Firma ou Razão Social;II - Denominação.

2.3.2 Estrutura do Nome Empresarial:

A) Firma : Só pode ter por base o nome civil do empresário individual ou dos sócios da sociedade empresária (núcleo sempre será o nome civil);

B) Denominação : Deve designar o objeto da empresa e pode o nome civil ou qualquer outra expressão lingüística (elemento de fantasia).

2.3.3 Função do Nome Empresarial:

A) Firma : Além da identidade do empresário é sua assinatura;B) Denominação : É exclusivamente elemento de identificação da atividade

empresarial, na se prestando a outra função.

Obs: O Empresário Individual tem que usar a firma ou razão individual.

Resumindo:

Firma ou Razão Individual (Nome e Assinatura): formada com o nome do titular. Ex: Manoel Pereira da Silva;

Firma ou Razão Social (Nome e Assinatura): formada pelos nomes dos sócios. Ex: Sousa e Caldas & Cia;

Denominação (Só Nome): formada por uma expressão de fantasia. Ex: Tecelagem Moinho Velho Ltda.;

Título de Estabelecimento : Apelido. Ex: Plantão das Baterias;

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QUADRO SINÓTICO

Pode adotar:- Só Denominação

Pode adotar:- Denominação- Razão Social

Pode adotar:- Só Razão Social

Não pode adotar Nome Empresarial

Sociedade Anônima ou Companhia (Cia. ou S/A)

Sociedade Limitada (Ltda.); Sociedade em Comandita por Ações (C/A).

Sociedade em Nome Coletivo (N/C); Sociedade em Comandita Simples (C/S).

Sociedade em Conta de Participação (C/P).

A sociedade descrita acima como de Conta de Participação, não é pessoa jurídica, não possuindo, portanto, personalidade jurídica. Logo, não pode adotar como nome empresarial a firma nem a denominação própria, já que toda atividade é exercida em nome do sócio, que pode ser pessoa jurídica ou pessoa física. Isto será melhor esclarecido quando estudarmos as sociedades empresárias.

2.3.4 Alteração do Nome Comercial

2.3.5 Proteção do Nome Comercial

2.4 ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

Na expressão de Fábio Ulhoa Coelho “estabelecimento empresarial é o conjunto de bens reunidos pelo empresário para o desenvolvimento de sua atividade econômica”. Integra o conjunto dos bens corpóreos (mercadorias, máquinas, instalações, tecnologia, prédio, etc) e incorpóreos (marcas patentes, direitos, ponto, etc), que reunidos de forma organizada representam um plus no valor global.

PATRIMONIO DO EMPRESÁRIO > ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

Obs: Existem bens do patrimônio não relacionados com o desenvolvimento da atividade econômica.

Sabe-se que o Direito protege individualmente estes bens, mas também garante proteção ao conjunto organizado, representado pelo estabelecimento empresarial.

- Direito Penal e Civil : tutelam os bens corpóreos (proteção possessória, responsabilidade civil, crime de dano, roubo, etc);

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- Direito Industrial : tutela a propriedade da marca, invenções, etc;- Lei das Locações : proteção ao ponto comercial;- Direito Comercial : tutela dos bens incorpóreos do estabelecimento

empresarial.

Alienação do Estabelecimento Empresarial

Por integrar o patrimônio do empresário, o estabelecimento é também garantia dos credores. Assim, a alienação está sujeito a observar cautelas específicas para resguardar os interesses dos credores, quais sejam:

1. Contrato de Alienação : para produzir efeitos quanto à terceiros deve ser celebrado por escrito, registrado na Junta Comercial e publicado no Diário Oficial (art. 1144, CC/02);

2. Anuência dos Credores : (tácita ou expressa) Concordância por escrito dos credores notificados, ou silêncio 30 dias após regularmente notificados.

*Obs: Caso sobrem bens suficientes no patrimônio do empresário ou da sociedade empresária para a solvência do passivo é dispensada a anuência.

IMPLICAÇÕES: a falta do cumprimento destas formalidades pode ser decretada a falência do empresário ou sociedade empresária (art. 2º, V, Lei de Falência), e a decretação de alienação ineficaz e conseqüente anulação (art. 52, VIII, LF).

Proteção ao Ponto:

O ponto é o local específico em que o estabelecimento empresarial se encontra. Nos termos da legislação civil a exploração de atividade empresarial no mesmo ramo por 3 anos reconhecido a formação do ponto comercial.

- Para Imóvel próprio: Normas de propriedade imobiliária (Dir. Civil);- Para Imóvel locado: Lei de Locação (art. 51) – locação empresarial (não-

residencial).

Requisitos do artigo 51(Ação Renovatória): Locatário empresário, tempo de locação mínimo de 5 anos (admitida a soma dos intervalos), exploração do mesmo ramo por 3 anos.

3. PROPRIEDADE INDUSTRIAL:

(Ver: COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial, 17. ed.São Paulo: Saraiva, 2006 - CAPÍTULO 7)

4. DIREITO SOCIETÁRIO:

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4.1 SOCIEDADES EMPRESARIAIS

CONCEITO:

CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES EMPRESARIAIS

Quanto aos Atos Constitutivos : 1. Sociedade de Pessoas ou Contratuais, e 2. Sociedades Institucionais ou Estatutárias.

Quanto à Responsabilidade dos Sócios : 1. Limitadas, 2. Ilimitadas e 3. Mistas.

Quanto à Pessoa dos Sócios : 1. Sociedade de Pessoas, e 2. Sociedades de Capital.

Quanto à Personalidade : 1. Sociedade Personificadas, e 2. Sociedades Não Personificadas.

FORMA DE CONSTITUIÇÃO DAS SOCIEDADES CONTRATUAIS:

A sociedade empresarial nasce do encontro de vontades de seus sócios, e é concretizada em um contrato social ou estatuto, onde são definidas as normas disciplinadoras da vida societária.

SOCIEDADES CONTRATUAIS > Constituídas por meio de Contrato Social (Ex: Sociedade em Nome Coletivo, em Comandita Simples e Limitada).

“Os sócios celebram o contrato social com vistas à exploração, em conjunto, de determinada atividade comercial, unindo esforços e cabedais para obtenção de lucros que repartirão entre eles.” (FÁBIO ULHOA, 2006, p. 131)

Requisitos de validade do Contrato Social :

A falta de um requisito legal no contrato invalida a sociedade, sendo ele anulado ou considerado nulo.

* Diferença entre Invalidação e Dissolução:

- Quanto aos Sujeitos:

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Dissolução: decorre da vontade dos particulares (sócios ou seus sucessores) ou de decisão judicial.Invalidação: decorre, necessariamente, de ato judicial.

Invalidação: desconformidade com o ordenamento jurídico (inobservância do requisito de validade).Dissolução: outros fatores [impontualidade no cumprimento de obrigações líquidas (falência), inviabilidade do objeto social (art. 1.034, CC), dissidência de sócio (art. 1.077, CC]

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- Quanto aos Motivos:

- Quanto aos Efeitos:

Obs: A invalidação da sociedade importará exercício irregular do comércio, mesmo que o contrato social tenha sido registrado.

Requisitos Genéricos (exigidos para qualquer ato jurídico – art. 104, CC/02)

A) Agente Capaz (Obs: menor assistido ou representado pode constituir sociedade limitada);B) Objeto Possível e Lícito (Ex: exploração de Jogo de Bicho – não é atividade lícita, logo não pode ser objeto de uma sociedade);C) Forma Prescrita ou não defesa em lei (contrato escrito, em instrumento púbico ou particular).

Requisitos Específicos (exigidos apenas para os contratos sociais, presentes no próprio conceito legal – art. 981, CC/02)

1. Composição partilhada do Capital Social: Todos os sócios devem contribuir para a formação do capital social, seja com bens, créditos ou dinheiro;2. Participação nos Resultados: Todos os sócios participarão dos resultados da sociedade, sejam positivos ou negativos;3. Pressupostos de Existência: Affectio Societatis (mutua disposição em lucrar e suportar prejuízos em decorrência do negócio em comum) e Pluralidade de Sócios (art. 1.033, IV, CC/02)

Obs: O fim da pluralidade de sócios e o não restabelecimento no prazo de 180 dias é causa de dissolução da sociedade.

Cláusulas Contratuais :

Segundo Fábio Ulhoa Coelho, qualquer assunto que diga respeito aos sócios e à sociedade pode ser objeto de acordo de vontade entre os membros da pessoa jurídica empresaria.

Cláusulas Essenciais (sem estas o contrato não pode ser registrado, configurando numa sociedade irregular)

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Dissolução: irretroativo (ex nunc).Invalidação: retroativo (ex tunc).

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A) Qualificação dos sócios (p/ Pessoa Física: Nome, Nacionalidade, Estado Civil, Profissão e CPF; p/ Pessoa Jurídica: Nacionalidade, Sede e CNPJ);

B) Objeto Social: atividade explorada economicamente;C) Nome Empresarial (firma ou denominação);D) Sede: município da sede da sociedade;E) Prazo de Duração: determinado ou indeterminado;F) Capital social e Quotas dos sócios (modo e prazo de integralização);G) Nomeação do Administrador (representação legal da sociedade);H) Formalidade : visto de um advogado (art. 1º, §2º, EOAB)

Obs: As Sociedades Limitadas podem ser representadas por pessoa estranha ao quadro associativo (não-sócio), nomeado no Contrato Social ou em ato separado.

Cláusulas Acidentais (são cláusulas dispensáveis, mas que podem estar presentes no contrato para um melhor disciplinamento da sociedade)

A) Cláusula Arbitral (modo de escolha de árbitro para decisão das pendências entre os sócios);

B) Cláusula sobre Reembolso: fixa prazos e procedimentos para pagamento ao sócio dissidente de alteração contratual;

C) Cláusula reguladora dos efeitos da morte de sócio.

Forma do Contrato Social :

Contrato Escrito : O contrato social deve observar algumas formalidades, podendo ser escrito ou, excepcionalmente, oral. Por Instrumento Público ou Particular : a escolha cabe as partes. O fato de ter sido feito por instrumento público não impede que seja alterado por instrumento particular.

Obs: A prova da existência do contrato oral pode ser feita por testemunha, cartas, perícia bancária, ou por qualquer outro meio que comprove a existência de uma sociedade de fato.

Alteração Contratual :

O Contrato Social é alterável por vontade dos sócios ou por decisão judicial. As deliberações sociais são tomadas por maioria de votos (Maioria de Votos: em função da participação de cada um no capital social)

Obs: O Voto de cada sócio tem peso proporcional à cota social correspondente.

Obs: Em caso de empate na votação > ganha a vontade da maioria dos sócios (Ex: empate entre 01 sócio com 50% X 02 sócios com 50% restantes = vitória da posição dos 02 sócios minoritários).

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Na Sociedade em Nome Coletivo e em Comandita Simples as deliberações que importem em alteração de cláusula essencial do contrato deve ser unânime (art. 997, CC/02).

Na Sociedade Limitada a alteração contratual pode ser aprovada por sócios que representem ¾ (três quartos) do capital social (art. 1.071 V e 1076, I, CC/02)

*Registro da Alteração: Para o registro da alteração contratual é necessária a assinatura de sócios titulares da maioria do capital social. (Só é exigida assinatura de todos os sócios se o contrato contiver cláusula restritiva de alteração por simples maioria).

TIPOS DE SOCIEDADES E CARACTERISTICAS

Nos termos da Legislação Brasileira a sociedade empresaria deve ser constituída conforme um dos 06 (seis) tipos regulados nos artigos 1.039 a 1.092 do Código Civil, quais sejam:

I. Sociedade em Nome Coletivo (art. 1.039/1.044);II. Sociedade em Comandita Simples (art. 1.045/1.051);III. Sociedade de Responsabilidade Limitada (art. 1.052/1.087);IV. Sociedade em Conta de Participação (art. 991/996);V. Sociedade Anônima (arts. 1.088 e 1.089 c/c Lei nº 6.404/76 – Lei das

Sociedades por Ações);VI. Sociedade em Comandita por Ações (arts. 1.090/1.092 c/c arts. 280/284 da

Lei nº 6.404/76).

[Doutrina recomendada para estudo: COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial, volume 2. 9ª Ed. Revista e atualizada de acordo com a nova Lei de Falências. São Paulo: Saraiva, 2006]

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