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1 ~~ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA ELIZÂNGELA GLÓRIA CARDOSO Formando jovens, autônomos, solidários e competentes. ROTEIRO DE ESTUDOS Nº 03- 3º BIMESTRE/2020 2ª SÉRIE ÁREA DE CONHECIMENTO: LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS COMPONENTE CURRICULAR/DISCIPLINA:ARTE PROFESSOR (a): Cléo Araújo TURMA: 23.01 a 23.08 CRONOGRAMA Período de realização das atividades: Entrega das atividades: PARTE 01- 1ª semana: 16 a 21/11 - PARTE 02- 2ª semana: 23 a 28/11 CARGA HORÁRIA DAS ATIVIDADES: 03 aulas COMPETÊNCIA ESPECÍFICA DA ÁREA Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e prática (artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação social,o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade e para continuar aprendendo. HABILIDADE/OBJETIVO DA ATIVIDADE (EM13LGG201) Utilizar adequadamente as diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais) em diferentes contextos, valorizando-as como fenômeno social, cultural,histórico, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso. ORIENTAÇÕES DE ESTUDO *O(a) estudante deve fazer a leitura cuidadosa dos textos de cada uma das 04 (quatro) aulas desta semana. *Realizadas as leituras, deve-se proceder à resolução das atividades. *Para quem dispõe de recursos tecnológicos e internet: tendo dificuldades, orienta-se buscar solução para as dúvidas através do grupo de WhatsApp de Ciências Humanas no dia apropriado (quinta-feira). *A nota do segundo bimestre será fechada através das atividades devolvidas na escola, no prazo estabelecido, e também da observação do esforço do estudante de modo geral, ou seja, através de uma avaliação interdimensional. *Para a devolução das atividades respondidas basta que o(a) estudante utilize a última folha deste roteiro de estudos. *Destaque a última folha do roteiro de estudos e devolva à escola com suas respostas. *Tanto os textos do roteiro de estudos quanto os textos das atividades devem ficar com o(a) estudante para consultas futuras. OBJETO DE CONHECIMENTO/ CONTEÚDO: Patrimônio Cultural do Estado do Tocantins- (Conforme proposto no Guia de Aprendizagem- 3º Bimestre)- O Estado do Tocantins tem cidades históricas, verdadeiros patrimônios culturais. Comunidades tradicionais, povos indígenas e quilombolas retratam um pouco da nossa cultura secular. AVALIAÇÃO: o (a) estudante será avaliado(a) através da observação, por parte do professor, de sua participação no grupo de WhatsApp apresentando dúvidas ou contribuições. Também, por meio da resolução da atividade e envio das respostas via Google Forms, no decorrer de cada semana. Assim, prevalecerá a avaliação interdimensional, observando a prática do exercício do protagonismo e dos 4 (quatro) pilares da educação: Aprender a Ser, a Fazer, a Conhecer e a Conviver). BONS ESTUDOS!

ROTEIRO DE ESTUDOS Nº 03- 3º BIMESTRE/2020 2ª SÉRIE...folia', ou seja, cantando e colhendo donativos para a reza de Santos Reis, realizada sempre no dia 6 de janeiro. Caretas de

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    ~~ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA ELIZÂNGELA GLÓRIA CARDOSO Formando jovens, autônomos, solidários e competentes.

    ROTEIRO DE ESTUDOS Nº 03- 3º BIMESTRE/2020 2ª SÉRIE

    ÁREA DE CONHECIMENTO: LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

    COMPONENTE CURRICULAR/DISCIPLINA:ARTE

    PROFESSOR (a): Cléo Araújo TURMA: 23.01 a 23.08

    CRONOGRAMA

    Período de realização das atividades:

    Entrega das atividades:

    PARTE 01- 1ª semana: 16 a 21/11 - PARTE 02- 2ª semana: 23 a 28/11

    CARGA HORÁRIA DAS ATIVIDADES: 03 aulas

    COMPETÊNCIA ESPECÍFICA DA ÁREA

    Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e prática (artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação social,o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade e para continuar aprendendo.

    HABILIDADE/OBJETIVO DA ATIVIDADE

    (EM13LGG201) Utilizar adequadamente as diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais) em diferentes

    contextos, valorizando-as como fenômeno social, cultural,histórico, variável, heterogêneo e sensível aos contextos

    de uso.

    ORIENTAÇÕES DE ESTUDO *O(a) estudante deve fazer a leitura cuidadosa dos textos de cada uma das 04 (quatro) aulas desta semana. *Realizadas as leituras, deve-se proceder à resolução das atividades. *Para quem dispõe de recursos tecnológicos e internet: tendo dificuldades, orienta-se buscar solução para as dúvidas através do grupo de WhatsApp de Ciências Humanas no dia apropriado (quinta-feira). *A nota do segundo bimestre será fechada através das atividades devolvidas na escola, no prazo estabelecido, e também da observação do esforço do estudante de modo geral, ou seja, através de uma avaliação interdimensional. *Para a devolução das atividades respondidas basta que o(a) estudante utilize a última folha deste roteiro de estudos. *Destaque a última folha do roteiro de estudos e devolva à escola com suas respostas. *Tanto os textos do roteiro de estudos quanto os textos das atividades devem ficar com o(a) estudante para consultas futuras.

    OBJETO DE CONHECIMENTO/ CONTEÚDO: Patrimônio Cultural do Estado do Tocantins-

    (Conforme proposto no Guia de Aprendizagem- 3º Bimestre)- O Estado do Tocantins tem cidades

    históricas, verdadeiros patrimônios culturais. Comunidades tradicionais, povos indígenas e

    quilombolas retratam um pouco da nossa cultura secular.

    AVALIAÇÃO: o (a) estudante será avaliado(a) através da observação, por parte do professor, de sua participação

    no grupo de WhatsApp apresentando dúvidas ou contribuições. Também, por meio da resolução da atividade e

    envio das respostas via Google Forms, no decorrer de cada semana. Assim, prevalecerá a avaliação

    interdimensional, observando a prática do exercício do protagonismo e dos 4 (quatro) pilares da educação:

    Aprender a Ser, a Fazer, a Conhecer e a Conviver). BONS ESTUDOS!

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    PARTE 01-SEMANA 01- 16 A 21/11

    As Danças Folclóricas do Tocantins

    As danças são riquezas folclóricas do Estado, como as congadas de Santa Rosa, sússia e catira de Natividade, a jiquitaia de Almas e o kupré dos índios Xerente. Kupré

    Apesar do contato com a sociedade não-índia há mais de 200 anos, os Xerente realizam o ritual Kupré, uma reverência àqueles que em vida foram considerados heróis por defenderem a sua etnia; com suas atitudes guerreiras simbolizam a resistência e a luta de seu povo. Congo ou congada

    Congo ou Congada - Foto: Secom-To

    De origem africana mas com influência ibérica, o congo já era conhecido em Lisboa entre 1840 e 1850. É popular no Nordeste e Norte do Brasil, durante o Natal e nas festividades de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. A congada é a representação da coroação do rei e da rainha eleitos pelos escravos e da chegada da embaixada, que motiva a luta entre o partido do rei e do embaixador. Vence o rei, perdoa-se o embaixador. Termina com o batizado dos infiéis.

    Os motivos dramáticos da dança do congo baseiam-se na história da rainha Ginga Bandi, que governou Angola no século XVII. Ela decidiu, certa vez, enviar uma representação atrevida ao rei D. Henrique, de Portugal. Seu filho, o heróico príncipe Suena, é morto durante essa investida. O quimboto (feiticeiro) o ressuscita.

    Cavalhadas

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    Cavalhadas - Foto: Auro Giuliano

    Os combates entre mouros e cristãos pelo domínio da Europa, na Idade Média, inspiraram uma das

    manifestações folclóricas mais belas do Tocantins: as Cavalhadas, que acontecem no município de

    Taguatinga, no Sul do Estado, desde 1937. Em Taguatinga as Cavalhadas foram incorporadas aos festejos da

    padroeira da cidade, Nossa Senhora da Abadia, e são realizadas nos dias 12 e 13 de agosto.

    Nessa data, 24 cavaleiros se dividem entre dois grupos, para reproduzir o antigo combate. Os homens

    de vermelho representam os mouros. Os de azul, os cristãos. Entre os combatentes, existem as figuras do rei,

    do embaixador e dos guerreiros.

    A Folia de Reis

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    Folia de Reis - Foto: Surgiu-redação

    A Folia de Reis comemora o nascimento de Jesus Cristo encenando a visita dos três Reis Magos à

    gruta de Belém para adorar o Menino-Deus. Dados a respeito desta festa afirmam que a sua origem é

    portuguesa e tinha um caráter de diversão, era a comemoração do nascimento de Cristo.

    No Brasil, a Folia de Reis chega no século XVIII, com caráter mais religioso do que de diversão. No

    Tocantins, os foliões têm o alferes como responsável pela condução da bandeira, que sai pelo sertão 'tirando a

    folia', ou seja, cantando e colhendo donativos para a reza de Santos Reis, realizada sempre no dia 6 de

    janeiro.

    Caretas de Lizarda

    Caretas de Lizarda - Foto: Gles Nascimento

    Com a intenção de provocar medo nas pessoas e proteger um espaço onde guardam cana-de-açúcar,

    um grupo de homens cobre o rosto com máscaras. Com isso, se caracterizam como os Caretas de Lizarda.

    Quem se atrever tentar roubar seus mantimentos leva chicotada dos Caretas, numa manifestação da cultura

    popular que se assemelha a um espetáculo teatral.

    Esta manifestação acontece no município de Lizarda, na região do Jalapão, durante a Semana Santa,

    na Sexta-Feira da Paixão, seguindo até a madrugada de Sábado da Aleluia. As máscaras dos caretas são

    confeccionadas em couro, papel ou cabaça. Já seus cipós (chicotes) são feitos de sola ou trançados de palha

    de buriti.

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    Catira

    A Catira é dançada em círculo formando pares que dançam ao som das mãos e dos pés, num

    sapateado compassado. É comum entre os grupos que fazem parte dos giros das folias de reis e do Divino

    Espírito Santo. Os Catireiros são músicos repentistas que cantam seus poemas ao som do pandeiro, da caixa

    e da viola.

    Dança de Catira - Foto: Rogério P. D. Luz

    A Catira é dançada em círculo. Aos pares, homens e mulheres bailam ao som do barulho produzido por

    suas mãos e pés, num sapateado compassado. É comum a sússia ser dançada entre os grupos que fazem

    parte de manifestações religiosas do Estado, como os giros das folias de reis e do Divino Espírito Santo.

    Os catireiros são músicos repentistas, que cantam seus poemas ao som do pandeiro, da caixa e da

    viola.

    Roda de São Gonçalo

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    Roda de São Gonçalo - Foto: Hellena Batista

    Conta a lenda que São Gonçalo reunia em Amarante, Portugal, várias mulheres que durante uma

    semana dançavam até a exaustão. O objetivo do santo era extenuar as mulheres para que no Domingo, dia do

    Senhor, elas ficassem em repouso e isentas de pecado. A lenda conta ainda que o santo tocava viola para as

    mulheres dançarem.

    No Brasil, a devoção a São Gonçalo vem desde a época do descobrimento. O seu culto deu origem à

    dança de São Gonçalo, cuja referência mais antiga data de 1718, quando na Bahia assistiu-se a um festejo

    com uma dança dentro da igreja. No final, os bailarinos tomaram a imagem do santo e dançaram com ela,

    sucedendo-se os devotos.

    Essa dança foi proibida logo em seguida pelo Conde de Sabugosa, por associa-lá às festas que se

    costumavam fazer pelas ruas em dia de São Gonçalo, com homens brancos, mulheres, meninos e negros com

    violas, pandeiros e adufes dando vivas a São Gonçalo. São Gonçalo tem, para os seus devotos, a tradição de

    santo casamenteiro. Inicialmente, a dança tinha um caráter erótico, que com o tempo foi desaparecendo,

    permanecendo apenas o aspecto religioso.

    Em Arraias, no sul do Estado, a dança de São Gonçalo é chamada de roda, e sempre é dançada em

    pagamento a uma promessa por mulheres em pares, vestidas de branco, com fitas vermelhas colocadas do

    ombro direito até a cintura. Nas mãos carregam arcos de madeira, enfeitados com flores de papel e iluminados

    com pavios feitos de cera de abelha. Também participam do ritual dois homens vestidos de branco com fitas

    vermelhas traspassadas. Os homens tocam viola e tem a função de acompanhar as dançarinas para que estas

    não se percam nas evoluções da dança.

    Os violeiros entoam versos em louvor a São Gonçalo, que fica colocado num altar preparado

    exclusivamente para a festa, em frente ao qual se faz as evoluções da roda. Acompanha, ainda, a roda de São

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    Gonçalo, um cruzeiro todo iluminado, colocado próximo ao altar.

    Sússia e Jiquitaia

    Sussia e Jiquitaia - Foto: Maria José Batista – Secult

    Sússia e Jiquitaia

    Também conhecida como súcia ou suça, a sússia é dançada no folclore de cidades como

    Paranã, Santa Rosa do Tocantins, Monte do Carmo, Natividade, Conceição do Tocantins, Peixe,

    Tocantinópolis. A dança, provavelmente de origem escravagista, é caracterizada por músicas agitadas

    ao som de tambores e **ícas. Uma espécie de bailado em que homens e mulheres dançam em

    círculos.

    A sússia na Folia do Divino em Monte do Carmo é dançada ao som da viola, do pandeiro e da

    caixa. Também é dançada ao som do tambor em outras manifestações populares, como em

    Natividade.

    A Jiquitaia é um passo da dança da Sússia. Dança-se a jiquitaia na Sússia.

    O som agitado da sússia, marcado pelo ritmo dos tambores e cuícas, conduz homens mulheres a uma

    espécie de bailado, em que giram em círculos. São características que levam a crer que esta dança folclórica

    tenha origem no período de escravidão.

    A sússia está presente em todas as regiões do Estado (nas cidades de Paranã, Santa Rosa do

    Tocantins, Monte do Carmo, Natividade, Conceição do Tocantins, Peixe e Tocantinópolis), predominando nas

    cidades do Sul e Sudeste, regiões onde a influência negra é mais marcante. A Jiquitaia é um passo em que se

    dança a Sússia.

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    PARTE 02 -SEMANA 02 – 23 A 28/11

    Museu Histórico do Tocantins-Palacinho

    Visitar o Museu Histórico do Tocantins, o Palacinho, é fazer um passeio não apenas pelos primeiros

    momentos de Palmas. É conhecer detalhes importantes da formação do Estado do Tocantins.

    O Palacinho foi a primeira edificação construída em Palmas, no ano de 1989. A proposta inicial era

    utilizá-lo apenas para abrigar autoridades durante visitas às obras de construção da cidade. Mas com a

    antecipação da transferência da Capital provisória de Miracema do Tocantins para o local definitivo,o Palacinho

    foi adaptado para sediar a administração do Governo Estadual até que as obras do Palácio Araguaia

    estivessem concluídas.

    A construção foi sede do Poder Executivo de 1º de janeiro de 1990 a 9 de março de 1991. Abrigou

    ainda a Casa Civil e a Casa Militar, as secretarias do Interior, da Comunicação e da Agricultura. Também

    serviu, por pouco tempo, de residência oficial do Governador.

    Foi tombado pelo Governo do Estado pela Lei nº 431 de 28 de julho de 1992 e transformado em museu

    em 18 de março de 2002.

    O Palacinho foi restaurado pelo IPHAN-Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no período

    de janeiro de 2009 a março de 2010, com intervenções na edificação, anexos e parte externa.

    Uma região para desbravar

    O prédio, que foi reestruturado com a intenção de propiciar fácil acesso a todos aqueles que buscam

    informações históricas e a apreciação dos objetos em exposição, teve sua arquitetura original respeitada.

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    No térreo, encontra-se a sala de exposições temporárias, que vem abrigando fotografias históricas do

    período da construção de Palmas, mini-auditório e sala com artefatos pré-históricos. No segundo pavimento,

    painéis revelam a trajetória da ocupação da região e personagens de destaque na luta pela emancipação. As

    salas temáticas revelam traços da cultura tocantinense, através de seu folclore, festas populares e povos

    indígenas. Já o Gabinete do Govornador foi mantido em suas linhas originais e revelam o espaço onde foram

    tomadas importantes decisões para a consolidação da Capital e do Estado.

    Pré-história - Artefatos de pedra lascada indicam a presença humana na região há pelo menos 12 mil

    anos. São vestígios associados a comunidades que viviam da caça e da pesca. Também foram encontrados

    em alguns sítios tocantinenses artefatos de cerâmica que revelam comunidades conhecedoras do cultivo entre

    2.400 e 800 anos atrás. Acredita-se na possibilidade de o rio Tocantins ter servido como eixo de penetração

    dos grupos ceramistas vindos da Amazônia.

    Rio Tocantins – A história do Estado do Tocantins se confunde com a existência do rio que leva o

    mesmo nome. A palavra significa “nariz comprido” ou “bicudo”. O rio foi porta de entrada dos primeiros

    habitantes da região e tornou-se conhecido através dos franceses que o navegaram no século XVII, vindos do

    Maranhão.

    Catequese – A forte presença religiosa é uma das marcas do povoamento do hoje Estado do

    Tocantins. Por volta de 1625, o frei Cristóvão de Lisboa esteve na região e logo depois os jesuítas projetaram a

    catequização no território fundando aldeias no Baixo Tocantins, com a meta de agrupar e evangelizar os índios.

    Um desses aldeamentos foi a Aldeia das Missões, fundada em 1751, na região da atual cidade de Dianópolis,

    antes conhecida como Aldeia do Duro.

    Bandeirantes – Os bandeirantes chegaram à região pelo Sul, no final do século XVI. O capitão

    Sebastião Marinho organizou a primeira bandeira conhecida a atingir as nascentes do rio Tocantins, por volta

    de 1592. Novas expedições viriam sempre com o mesmo objetivo: aprisionar índios para suprir a falta de mão-

    de-obra escrava.

    Ouro – Na primeira metade do século XVIII teve início a exploração do ouro no antigo Norte de Goiás.

    Em 1723, Bartolomeu Bueno da Silva anunciou a descoberta de ouro na região. A partir daí, a corrida em

    busca das áreas de mineração levaria à criação de povoados como Natividade (1734), Traíras e São José do

    Tocantins (1735), Porto Real (hoje Porto Nacional, 1738), Arraias e Cavalcante (1740), Santa Luzia (1746) e

    Cocal (1749). Vaqueiros da Casa da Torre de Garcia D´Ávila, da Bahia, também descobriram ouro na margem

    direita do Tocantins. As minas goianas produziram, entre 1750 e 1754, 37,31% do ouro brasileiro, número

    superado somente por Minas Gerais.

    Em busca da autonomia

    A trajetória da autonomia do Norte de Goiás teve seu primeiro grande momento em 1804, quando

    Joaquim Theotônio Segurado foi nomeado Ouvidor da Capitania de Goiás. Junto ao Reino fez a reivindicação

    de medidas que incentivassem a navegação com a Capitania do Pará através dos rios Tocantins e Araguaia.

    Assim, o capitão general D. Francisco de Assis Mascarenhas conseguiu junto ao Príncipe Regente D. João a

    criação da Comarca de São João das Duas Barras, e depois a Comarca da Palma, em 18 de março de 1809.

    Em 25 de fevereiro de 1814, D. João autorizou a criação de São João da Palma, vila na barra da Palma,

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    oficialmente instalada pelo Ouvidor em 26 de fevereiro de 1815. O governo autônomo do Norte de Goiás foi

    declarado em 14 de setembro de 1821, com capital provisória em Cavalcante. Segurado liderou o movimento e

    presidiu a Junta Provisória da Província da Palma até janeiro de 1822, quando assumiu cadeira de deputado

    na Assembléia Constituinte, em Lisboa. Foi sucedido pelo tenente-coronel Pio Pinto Cerqueira. A forte

    oposição do governo do Sul e as divergências internas no próprio governo da província aceleraram o fim do

    primeiro projeto de autonomia do Norte.

    Após o declínio do movimento separatista liderado por Segurado e também por Felipe Antônio Cardoso,

    os ideais de fomento da economia nortense foram retomados em 1868, quando Couto Magalhães fundou a

    Companhia de Navegação do Araguaia, com navios a vapor. O projeto foi abandonado com a proclamação da

    República. A retomada do movimento aconteceria nas décadas de 30, 40 e 50, em Porto Nacional. Incumbido

    de implantar as linhas do Correio Aéreo Nacional, o Brigadeiro Lysias Rodrigues tornou-se defensor da cultura,

    costumes e autonomia administrativa da região e chegou a apresentar, em 1944, projeto para a criação do

    Território do Tocantins, com capital em Pedro Afonso ou Carolina (MA).

    Outros defensores da autonomia foram o jornalista e político Trajano Coelho Neto, o juiz de Direito

    Feliciano Machado Braga, o jornalista Oswaldo Ayres, o professor Fabrício César Freire, os deputados

    Almerinda Arantes e Paulo Mareiros.

    Já na década de 60, o movimento foi sustentado de forma isolada por alguns membros do Legislativo

    estadual e lideranças estudantis do Norte, com destaque para a Casa do Estudante do Norte Goiano (Cenog),

    fundada em Goiânia em 15 de maio de 1960.

    A criação do Estado do Tocantins tornou-se realidade após aprovada a separação do território goiano

    por unanimidade pela Assembléia Legislativa de Goiás. Em seguida veio a aprovação pelo plenário da

    Assembléia Nacional Constituinte a partir da fusão de projetos anteriores em emenda redigida pelo deputado

    José Wilson Siqueira Campos, sendo incorporada como artigo 13 ao Ato das Disposições Constitucionais

    Transitórias da Constituição promulgada em 5 de outubro de 1988. Um ano depois foi promulgada a primeira

    Constituição do Estado, pela Assembléia Constituinte do Tocantins, reunida em Miracema.

    Nossos índios e manifestações culturais

    As salas temáticas do Palacinho revelam um pouco da história e dos costumes dos índios

    tocantinenses:

    Karajá, Xambioá, Javaé – Formam o povo Iny, pertencente ao tronco lingüístico Macro-Jê, família e

    língua Karajá. Essencialmente coletores e pescadores após longo período de migração se fixaram na Ilha do

    Bananal. Os Javaé vivem às margens do rio Javaé. Os Xambioá, ou “Karajá de baixo”, estão localizados na

    Reserva Xambioá, município de Santa Fé do Tocantins. A confecção de objetos de cerâmica, a pintura corporal

    e as bonecas ritxokô são tradicionais na cultura Karajá, assim como as festas do Aruanã e do Hetohoky,

    quando o menino ingressa na fase adulta.

    Xerente – Akwê, “gente importante”, “indivíduo”. O povo que assim se denomina vive na margem direita

    do rio Tocantins, perto da cidade de Tocantínia, nas Reservas Indígenas Xerente e Funil. Os Xerente também

    pertencem ao grupo lingüístico Macro-Jê e sobrevivem da caça, da pesca, da “roça de toco”, onde plantam

    milho, arroz e mandioca. Seu artesanato é produzido principalmente com a palha de babaçu e também de

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    capim dourado, dos quais surgem cestas, balaios, redes, bolsas, esteiras, adereços. O artesanato produzido é

    comercializado nas cidades próximas à reserva.

    Apinajé - Na região Norte do Estado, em Tocantinópolis, Maurilândia e Lagoa de São Bento, vive o povo

    Apinajé, na Reserva Indígena Apinajé, pertencente ao tronco lingüístico Macro-Jê. Os indígenas sobrevivem da

    agricultura, da caça, da coleta de babaçu, do qual extraem o óleo das amêndoas e aproveitam a palha para

    fabricar utensílios domésticos e a cobertura de suas casas. Produzem o artesanato que comercializam nas

    cidades vizinhas. Entre suas tradições está a Mêkaprî, festa para fazer o espírito separar do corpo e o fim do

    luto; o Parkape, ritual que homenageia os mortos, e a chamada festa da Tora Grande.

    Krahô - As aldeias Krahô situadas na região de Itacajá e Goiatins lembram os sítios encontrados no

    médio Tocantins, Sul do Estado. Apresentam estrutura em forma de anel, com habitações em torno de uma

    área vazia. Para os Krahô, este pátio central ou Ká, representa o coração da aldeia, onde se reúnem para

    dividir o trabalho e tomar decisões importantes para a comunidade. Pertencentes ao tronco Macro-Jê, têm suas

    aldeias divididas em dois partidos – o do inverno e o do verão -, que se revezam no poder de acordo com os

    períodos de chuva e seca na região.

    Cavalhadas – A festa que relembra as batalhas entre o exército cristão de Carlos Magno e os mouros,

    expulsos do continente europeu no século XV, teve início em Taguatinga, no Sudeste do Tocantins, em 1937.

    O ritual, promovido durante os Festejos de Nossa Senhora da Abadia, nos dias 12 e 13 de agosto, começa

    com a bênção do sacerdote aos cavaleiros e a entrega ao Imperador, das lanças usadas nos treinamentos

    para a batalha simbolizando que estes estão aptos a se apresentar em louvor a Nossa Senhora da Abadia e

    em honra do Imperador. A apresentação solene na arena é a encenação do embate entre mouros, que se

    vestem de vermelho, e cristãos, com trajes em azul. No final, os mouros se convertem ao cristianismo através

    do batismo.

    Congada – Popular em todo o Brasil durante o Natal e nas festividades de Nossa Senhora do Rosário e

    São Benedito, a congada representa a coroação do rei e da rainha, eleitos pelos escravos, e a chegada do

    embaixador, fato que motiva a luta entre os partidários do rei e os do embaixador. Estes últimos são derrotados

    e batizados, e o embaixador é perdoado. De origem africana, a congada mais tradicional do Tocantins é

    realizada em Monte do Carmo, durante a festa de Nossa Senhora do Rosário, e com acompanhamento de

    mulheres, chamadas taieiras. Os dois grupos, congos e taieiras, se apresentam juntos, nas ruas, durante o

    cortejo do rei e da rainha.

    Romaria do Bonfim – Natividade e Araguacema são as cidades tocantinenses onde se realizam as

    romarias do Nosso Senhor do Bonfim. Em Natividade, a romaria remonta ao século XVIII, com a formação dos

    primeiros arraiais. Diz a lenda que um vaqueiro teria encontrado a imagem do Senhor do Bonfim sobre um toco

    de madeira, sempre reaparecendo neste local depois de ser retirada. Uma das origens possíveis é a criação de

    um santuário por fiéis ou de um núcleo missionário das irmãs carmelitas, ou mesmo jesuítas. A romaria é

    realizada entre 6 e 17 de agosto, no povoado de Bonfim, a 22 km da cidade, e chega a receber cerca de 60 mil

    fiéis durante as cerimônias. Em Araguacema, a romaria acontece no povoado do Bonfim, distante 40 km da

    cidade, e sua origem está ligada à família de Arcanjo de Almeida, vinda do Maranhão em 1932 e que possuía

    uma imagem do Senhor do Bonfim desde o século XIX.

    Festa do Divino – De origem portuguesa, ocorre em quase todo o território nacional, em datas variadas,

    desde o século XVI. Em Natividade tem início na Páscoa, com as Folias do Divino, peregrinações que fazem

  • 12

    um giro de 40 dias por diversas localidades da região e lembram as andanças de Jesus e seus apóstolos. Os

    foliões representam os apóstolos, andam em grupos de 12 ou mais pessoas e percorrem casas e fazendas

    pedindo acolhida e abençoando com cânticos as famílias que os recebem. O símbolo maior da festa é a

    bandeira vermelha, com uma pomba branca de pés e bicos vermelhos no alto do mastro – o vermelho significa

    o amor e o ardor missionário e a pomba branca é o Espírito Santo.

    Na cidade, a festa é preparada através das novenas. Na noite de véspera acontece a festa do Capitão

    do Mastro: a bandeira é conduzida em procissão pela cidade, e após a novena é erguido o mastro, que

    simboliza Jesus Cristo. No domingo, o Imperador é conduzido à igreja para a celebração da missa solene.

    Logo depois, os participantes seguem para a casa do Imperador, que oferece doces, bolos e bebidas aos fiéis.

    ATIVIDADES COMPLEMENTARES

    Vídeo sobre –História do Tocantins

    https://youtu.be/O77ITyt02eY

    https://youtu.be/jpyBPhci-Xg

    https://youtu.be/UedFFWG1z7c

    https://youtu.be/Qq84wXCDl6o

    Site: https://portal.to.gov.br/reas-de-interesse/cultura/patrimonio-cultural

    ATIVIDADE AVALIATIVA –PARTE 01-SEMANA- 16 A 21/11/2020

    https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdwBUDrZs8ENgeHpBAthtRHmUqRwtBI7NDGC_oxxnFdPdK

    DYQ/viewform?usp=sf_link

    ATIVIDADE AVALIATIVA –PARTE 02- SEMANA- 23 A 28/11/2020

    https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfJHZf6jSg8j5aCKQoIUdtoYW4wXqNfgEWdIiMWMLNBMiwoYQ/viewform?us

    p=sf_link

    https://youtu.be/O77ITyt02eYhttps://youtu.be/jpyBPhci-Xghttps://youtu.be/UedFFWG1z7chttps://youtu.be/Qq84wXCDl6ohttps://portal.to.gov.br/reas-de-interesse/cultura/patrimonio-culturalhttps://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdwBUDrZs8ENgeHpBAthtRHmUqRwtBI7NDGC_oxxnFdPdKDYQ/viewform?usp=sf_linkhttps://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdwBUDrZs8ENgeHpBAthtRHmUqRwtBI7NDGC_oxxnFdPdKDYQ/viewform?usp=sf_linkhttps://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfJHZf6jSg8j5aCKQoIUdtoYW4wXqNfgEWdIiMWMLNBMiwoYQ/viewform?usp=sf_linkhttps://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfJHZf6jSg8j5aCKQoIUdtoYW4wXqNfgEWdIiMWMLNBMiwoYQ/viewform?usp=sf_link