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ROTEIRO DA AUDIÊNCIA PRELIMINAR - PROCEDIMENTOS COMUM ORDINÁRIO E ESPECIAIS 1°. Passo: Presentes o escrivão, o oficial de justiça ou o porteiro dos auditórios e o juiz, este determina ao porteiro dos auditórios ou ao oficial de justiça que faça o pregão das partes e seus advogados, assim como do MP. 2°. Passo: Concluído o pregão o juiz decide: * sobre a realização da audiência: fará a verificação da presença das partes, dos seus prepostos com poderes para transigir, dos advogados, assim como a regularidade da representação processual; * sobre o seu adiamento da audiência: se houve ausências justificadas das partes, dos prepostos, dos advogados ou do MP. O adiamento será determinado mediante a intimação de todos os presentes, cientificando-lhes sobre a nova data e horário. 3°. Passo: Uma vez declarada aberta a audiência, o juiz concita as partes para a conciliação ou transação. 4°. Passo: Caso obtida a conciliação ou a transação, este acordo será reduzido a termo e homologado pelo juiz, extinguindo-se o processo com julgamento de mérito (art. 269, III). 5°. Passo: Não obtida a conciliação ou a transação, ato continuo, o juiz: * decidirá As questões processuais ainda pendentes; * mediante prévia oitiva das partes e do MP, fixará os pontos da demanda ainda controvertidos; * mandará que o autor e o réu, desde logo ou no prazo fixado, mediante vinculação do fato controvertido a ser esclarecido ou provado, especificarem as provas que pretendam produzir, dentre aquelas indicadas na petição inicial e contestação, respectivamente; * concluída a especificação das provas, o juiz deferirá a produção daquelas que reputar necessárias à provas dos fatos tidos como ainda controvertidos;

ROTEIRO PARA AUDIÊNCIA PRELIMINAR

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ROTEIRO DA AUDIÊNCIA PRELIMINAR - PROCEDIMENTOS COMUM ORDINÁRIO E ESPECIAIS

1°. Passo: Presentes o escrivão, o oficial de justiça ou o porteiro dos auditórios e o juiz, este determina ao porteiro dos auditórios ou ao oficial de justiça que faça o pregão das partes e seus advogados, assim como do MP.

2°. Passo: Concluído o pregão o juiz decide:

* sobre a realização da audiência: fará a verificação da presença das partes, dos seus prepostos com poderes para transigir, dos advogados, assim como a regularidade da representação processual;* sobre o seu adiamento da audiência: se houve ausências justificadas das partes, dos prepostos, dos advogados ou do MP. O adiamento será determinado mediante a intimação de todos os presentes, cientificando-lhes sobre a nova data e horário.

3°. Passo: Uma vez declarada aberta a audiência, o juiz concita as partes para a conciliação ou transação.

4°. Passo: Caso obtida a conciliação ou a transação, este acordo será reduzido a termo e homologado pelo juiz, extinguindo-se o processo com julgamento de mérito (art. 269, III).

5°. Passo: Não obtida a conciliação ou a transação, ato continuo, o juiz:

* decidirá As questões processuais ainda pendentes;* mediante prévia oitiva das partes e do MP, fixará os pontos da demanda ainda controvertidos;* mandará que o autor e o réu, desde logo ou no prazo fixado, mediante vinculação do fato controvertido a ser esclarecido ou provado, especificarem as provas que pretendam produzir, dentre aquelas indicadas na petição inicial e contestação, respectivamente;* concluída a especificação das provas, o juiz deferirá a produção daquelas que reputar necessárias à provas dos fatos tidos como ainda controvertidos;* desde logo poderá ser designada dia e hora para a realização da audiência de instrução e julgamento, se necessária, salvo no caso de produção de prova pericial, situação em que poderá ser conveniente se aguarda a juntada do laudo, assim como a respectiva manifestação das partes e do MP;* se qualquer das partes e o MP pretenderem fazer questionamentos ao perito ou aos assistentes técnicos, deverão formular as perguntas e requererem a intimação destes para comparecimento à audiência de instrução e julgamento, com antecedência mínima de cinco (5) dias (art.)

OBSERVAÇÕES:

5. Se o réu deixar de comparecer injustificadamente à audiência de conciliação, o juiz PODERÁ aplicar-lhe a revelia com os seus respectivos efeitos da revelia (art. 277 § 2º c/c o art. 319 do CPC).6. As partes poderão ser representadas por preposto por com poderes para transigir, podendo ser o próprio advogado (art. 277 § 3º do CPC).

7. Das decisões proferidas em audiência ou que versem sobre matéria probatória, o recurso será de agravo retido (art. 280, inciso III, do CPC).8. O réu, além da contestação, poderá formular pedido em seu favor, impugnar o valor da causa, argüir a exceção de incompetência do juízo, assim como as de impedimento e suspeição (art. 304).9. O juiz de ofício a requerimento das partes poderá determinar a conversão do rito sumário em ordinário (art. 277, § 4º, do CPC).10. A ausência de requerimento e da especificação da provas testemunhal e pericial, assim como a juntada de documentos, na petição inicial, pelo autor, ou na contestação, pelo réu, impõe a incidência de preclusão consumativa. Quanto à juntada de documentos há dissenso na doutrina e jurisprudência (art. 276 c/c o art. 397, todos do CPC).11. A petição inicial deve absoluta obediência ao disposto nos art. 282 e 283 do CPC, sob pena da incidência das regras do art. 295 do CPC.12. A citação do réu será efetivada na forma do art. 213 e seguintes do CPC, para o seu comparecimento à audiência de conciliação;13. O prazo entre a citação e a audiência será de, no mínimo, dez dias; caso o réu seja a Fazenda Pública e o MP este prazo será de vinte dias (art. 277, “caput”, parte final).14. Há decisões determinando que a contagem do prazo intercorrente seja a partir da citação; outras afirmando que esse prazo começa a fluir do primeiro dia útil da juntada do mandado de citação.15. No procedimento sumário não é admitida a ação declaratória, a reconvenção e a intervenção de terceiros, salvo a assistência e recurso do terceiro prejudicado.

POSTADO POR PROFESSORA LETÍCIA CALDERARO ÀS 6:30 AM    

1 comentários:

Anônimo disse...

Cara Letícia,

Muito legal seus roteiros! Muitas vezes a teoria fica bem absorvida, mas a vida prática é um enigma para alunos e recém-advogados. Me ajudou bastante.

Sds.,

Elaine Melchert

5:02 AM  

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é advogada e professora universitária. É bacharel em Direito e especialista em Direito Processual Civil, disciplina que leciona na UDF, e em cursos preparatórios para concursos públicos e exames de ordem.

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Exposição "Espaço Memória e Ação" Encontro Nacional de Escolas de Magistratura Confissão espontânea como circunstância atenuante preponderante Dívida ativa

"A concepção de justo, na teoria de Kant, vincula-se à liberdade. Tem-se por justa a ação, quando a mesma não ofende a liberdade do outro, segundo as leis universais. Considera injusta a ação que viola a liberdade de uma pessoa. Kant assinala que a moral exige, de cada um, que adote suas ações em conformidade com o Direito. Significa que a pessoa é a legisladora de sua liberdade segundo a existência de uma lei universal do direito. Mencionada lei universal tem o seguinte enunciado: “ age, exteriormente, de modo que o livre uso de teu arbítrio possa se conciliar com a liberdade de todos, segundo uma lei universal.” Trata-se de lei teórica criada pela razão pura.

KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura.

Os olhos abertos de Thêmis, a Deusa da JustiçaDamásio de Jesus [1]

Themis, a deusa grega da Justiça[2], filha de Urano e Gaia, sem venda, era representada portando uma balança na mão direita e uma cornucópia na esquerda. Símbolo da ordem e do Direito divino, costumava-se invocá-la nos juramentos perante os magistrados. Por isso, consideravam-na a Deusa da Justiça.A venda foi invenção dos artistas alemães do século XVI, que, por ironia, retiraram-lhe a visão[3]. A faixa cobrindo-lhe os olhos significava imparcialidade: ela não via diferença entre as partes em litígio, fossem ricos ou pobres, poderosos ou humildes, grandes ou pequenos. Suas decisões, justas e prudentes, não eram fundamentadas na personalidade, nas qualidades ou no poder das pessoas, mas na sabedoria das leis.Hoje, mantida ainda a venda, pretende-se conferir à estátua de Themis a imagem de uma Justiça que, cega, concede a cada um o que é seu sem conhecer o litigante. Imparcial, não distingue o sábio do analfabeto; o detentor do poder do desamparado; o forte do fraco; o maltrapilho do abastado. A todos, aplica o reto Direito.Mas não é essa a Justiça que eu vejo. Vivo perante uma Justiça que ouve falar de injustiças, mas, por ser cega, não as vê; que, sufocada pelo excesso da demanda, demora para resolver coisas grandes e pequenas, condenando-se pela sua própria limitação. Uma Justiça que, pobre[4] e debilitada pela falta de recursos, não tem condições materiais de atualizar-se. Uma Justiça que quer julgar, mas não pode.Essa não é a minha Justiça[5].Minha Justiça não é cega. É uma Lady[6] de olhos abertos, ágil, acessível, altiva, democrática e efetiva. Tirando-lhe a venda, eu a liberto para que possa ver.Por não ser necessário ser cego para fazer justiça, minha Justiça enxerga e, com olhos bons e despertos, é justa, prudente e imparcial. Ela vê a impunidade, a pobreza, o choro, o sofrimento, a tortura, os gritos de dor e a desesperança dos necessitados que lhe batem à porta. E conhece, com seus olhos espertos, de onde partem os gritos e as lamúrias, o lugar das injustiças, onde mora o desespero. Mas não só vê e conhece. Age.A minha, é uma Justiça que reclama, chora, grita e sofre.Uma Justiça que se emociona. E de seus olhos vertem lágrimas. Não por ser cega, mas pela angústia de não poder ser mais justa.

[1] O autor, em comemoração ao Dia da Justiça, 8 de dezembro, introduziu no Complexo Jurídico Damásio de Jesus (São Paulo), em cerimônia realizada no dia 7 de dezembro de 2001, uma nova estátua de Themis, sem venda.[2] Justitia, entre os romanos.[3] Algumas criações apresentam Themis sem a venda, porém cega.

[4] Como disse o Ministro Paulo Costa Leite, Presidente do Superior Tribunal de Justiça, “o Judiciário, no curso da história, sempre se viu a braços com as mais graves dificuldades financeiras, desprovido, em conseqüência, de uma estrutura capaz de atender satisfatoriamente às exigências de seus jurisdicionados” (MARTINS, Ives Gandra; NALINI, José Renato (coords.). Judiciário: situação atual e perspectivas de mudanças. Dimensões do Direito Contemporâneo: Estudos em homenagem a Geraldo de Camargo Vidigal. São Paulo: IOB, 2001. p. 47).[5] O magistrado Fernando A. V. Damasceno, da Justiça Federal, mantém em sua sala uma estátua da Justiça, sem venda. No discurso de sua posse na Presidência do Tribunal Regional do Trabalho da 10.ª Região, ele disse: “Em minha sala de trabalho, inspira-me uma singular estátua da Justiça, sem venda. Maravilho-me ao admirá-la, pois não posso admitir uma justiça, como tradicionalmente se a representa, marcada pelo cruel estigma da cegueira. Em nossa luta pelo Direito, devemos arrancar esta venda e, inspirados na beleza de seus olhos, praticar uma justiça verdadeiramente social, aplicada equanimemente por uma sociedade que a respeita”.[6] Os americanos a chamam de Lady Justice, Senhora Justiça (Lady Justice thanks and summary, nov. 2001.

JESUS, Damásio de. Os olhos abertos de Themis, a deusa da Justiça. São Paulo: Complexo Jurídico Damásio de Jesus, dez. 2001. Disponível em: <http://www.damasio.com.br/ />.

MANDAMENTOS DO ADVOGADOEduardo Couture

"ESTUDA - O Direito se transforma constantemente. Se não seguires seus passos, serás cada dia um pouco menos advogado;

PENSA - O Direito se aprende estudando, mas exerce-se pensando;

TRABALHA - A advocacia é uma luta árdua posta a serviço da Justiça;

LUTA - Teu dever é lutar pelo Direito, mas no dia em que encontrares o Direito em conflito com a Justiça, luta pela Justiça;

SÊ LEAL - Leal com teu cliente, a quem não deves abandonar senão quando o julgares indigno de ti. Leal com o adversário, ainda que ele seja desleal contigo. Leal com o Juiz, que ignora os fatos e deve confiar no que dizes;

TOLERA - Tolera a verdade alheia na mesma medida em que queres que seja tolerada a

tua;

TEM PACIÊNCIA - O tempo se vinga das coisas que se fazem sem a sua colaboração;

TEM FÉ - Tem fé no Direito como o melhor instrumento para a convivência humana; na Justiça, como destino normal do Direito; na Paz, como substituto bondoso da Justiça; e sobretudo, tem fé na Liberdade, sem a qual não há Direito, nem Justiça, nem Paz;

ESQUECE - A advocacia é uma luta de paixões. Se a cada batalha, fores carregando a tua alma de rancor, dia chegará em que a vida será impossível para ti. Terminando o combate, esquece tanto a vitória como a derrota; e,

AMA A TUA PROFISSÃO - Trata de considerar a advocacia de tal maneira que, no dia em que teu filho te peça conselhos sobre o destino, consideres uma honra para ti propor-lhe que se faça advogado. "

"Medo, venalidade, paixão partidária, respeito pessoal, subserviência, espírito conservador, interpretação restritiva, razão de estado, interesse supremo, como quer te chames, prevaricação judiciária, não escaparás ao ferrete de Pilatos! O bom ladrão salvou-se. Mas não há salvação para o juiz covarde."

Rui Barbosa

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Hans Kelsen"O direito, enquanto conjunto de normas, pertence ao reino do dever-ser, mas o estudo do direito, enquanto orientado pela teoria pura, deve ser estudado como ele é, e não como deve ser." Teoria Pura do Direito

HABERMASA justiça, para Habermas, é eminentemente procedimental, uma vez que ela decorre da aplicação de normas pelos tribunais que sejam resultado de uma deliberação pública, que ocorre antes mesmo dos representantes do povo serem eleitos, num procedimento gradual de discussões e deliberações. Num Judiciário Brasileiro onde agora predominam as súmulas vinculantes, para um pensador como Habermas tais documentos jamais prosperariam num ambiente democrático, uma vez que as decisões ficariam presas a um único órgão que se revestiria do poder de conter toda a verdade, e não sujeito a uma ampla discussão democrática que resultaria em normas. Sobre isso, e para entender as concepções de Habermas acerca do papel do Judiciário, cabe a leitura do interessante livro do professor da PUC/MG, Álvaro de Souza Cruz: Habermas e o direito brasileiro (Lumen Juris Editora). Por Fernando Silva Alves, disponível em http://conexoesinevitaveis.blogspot.com/

WEBERMax Weber identifica três bases do Direito: costumes, carisma e lei. Dentro da regularidade da conduta social podemos descobrir usos e costumes. Os usos quando gozam de muita eficácia tornam-se costumes. A dedicação ao líder e a confiança nele, pelas suas qualidades, garantiram e solidificaram-lhe a autoridade. A crença na autoridade de normas estabelecidas de modo racional criou condições para a cristalização do poder e a garantia de obediência. O direito não é espontâneo, mas construído pelos juristas. A fundamentação e a sistematização do direito, para Weber, está na formação do jurista e na orientação do pensamento jurídico.