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PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO a) Princípio da Proteção : Refere ao critério fundamental que orienta o Direito do Trabalho pois este, ao invés de inspirar-se num propósito de igualdade, responde ao objetivo de estabelecer um amparo preferencial a uma das partes: o trabalhador . Este princípio é subdividido em três:

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PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

a) Princípio da Proteção:

Refere ao critério fundamental que orienta o Direito

do Trabalho pois este, ao invés de inspirar-se num

propósito de igualdade, responde ao objetivo de

estabelecer um amparo preferencial a uma das

partes: o trabalhador.

Este princípio é subdividido em três:

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a.1) Aplicação da norma mais favorável:

No caso de pluralidade de normas aplicáveis a uma

relação de trabalho, aplica-se aquela que seja mais

favorável ao trabalhador.

Ex.: A CLT prevê que o trabalho noturno

deve ser pago um adicional de 20% sobre a hora

normal.

Se no dissídio da categoria prever que o adicional é de

50% sobre o valor da hora normal, aplica-se o dissídio

e não a norma da CLT

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a.2) Aplicação da condição mais benéfica:

O empregador não pode retirar do trabalhador as

cláusulas contratuais que lhe sejam mais benéficas,

ou substituí-las por outras menos benéficas.

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a.3) In dubio pro misero:

Existindo duas interpretações a um texto ou artigo

legal, deve-se aplicar a que melhor atenda aos

interesses do trabalhador.

Ex.: Se num procedimento judicial subsistem dúvidas,

o juiz deve optar pelo julgamento da causa em favor

do empregado.

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b) Princípio da Irrenunciabilidade:

O trabalhador não pode renunciar aos direitos a ele

assegurados pela legislação trabalhista, haja vista a

imperatividade das leis laborais, ou seja, são normas

cogentes (obrigatórias).

Está previsto no art. 9º da CLT.

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c) Princípio da Continuidade da Relação de

Emprego:

Há sempre a presunção de que o trabalhador não

deseja deixar o emprego, assim, sempre que existir

uma relação de trabalho, presume-se que esta será

com vínculo de emprego.

Ex.: No caso de uma reclamação na Justiça, o

empregador deverá provar que o trabalhador não era

seu empregado, mas prestava serviços como

autônomo.

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d) Princípio da Primazia da Realidade:

No Direito do Trabalho vale o que ocorre no mundo

real e não no formal.

No confronto com o real com o formal, a realidade

terá maior peso que este.

Ex.: Num processo onde o trabalhador alega que

trabalhava 12 horas diárias, se a empresa

apresentar cartão ponto onde prova que ele cumpria

apenas 8 horas diárias, mas a prova testemunhal

demonstrar a jornada alegada pelo reclamante, este

terá o ganho de causa.

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Elementos caracterizadores do vínculo empregatício

* Pessoalidade:

É intuito personae em relação a pessoa do empregado,

que não poderá ser substituído na execução das suas

tarefas por quem quer que seja .

* Onerosidade:

Resultam obrigações contrárias e equivalentes

(ao empregado cabe efetuar os serviços e ao patrão

efetuar o pagamento do salário combinado). 

O trabalho voluntário descaracteriza a relação de emprego

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* Subordinação hierárquica :

O empregado recebe ordens do empregador de como

deve executar o serviço, qual o horário de trabalho,

podendo, inclusive, ser advertido ou suspenso por

faltas cometidas no trabalho.

* Habitualidade na prestação de serviços:

O trabalho tem de ser prestado de forma contínua e

habitual, pois trabalho eventual não consolida uma

relação de emprego.

A prestação de serviços tem que ter relação com

finalidade da empresa.

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CONTRATAÇÃO DO EMPREGADO

- Exame médico: Art. 168,IAntes da contratação, o candidato deve ser submetidoa exame médico pré-admissional

- Documentos necessários:Devem ser exigidos os seguintes documentos

- CTPS- Atestado médico com radiografia de tórax- Certificado militar- PIS, RG e CPF- Certidões de nascimento dos filhos e carteira de vacinas- Certidão de casamento- Solteiros: declaração de inexistência de filhos- Atestado de residência- Declaração de opção por Vale Transporte

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- Anotação da CTPS – art. 29

* Ao admitir o empregado, a empresa deve exigir que este entregue a sua CTPS para as devidas anotações.

* A empresa deverá fornecer recibo da entrega da CTPS

* As anotações na CTPS, deverão ser feitas no prazo de 48 horas.

* Deve ser anotada:- data de admissão- função ou cargo- remuneração- CBO – Código da Classificação Brasileira de Ocupações

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CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO

Contrato por Tempo Indeterminado

Constitui a grande maioria dos contratos de trabalhos hoje existentes.

Existe enquanto não se verifica uma circunstância que a lei atribui efeito de fazê-lo terminar (rescisão).

Presume-se que todos os contratos individuais de trabalho são por prazo indeterminado. Cabe ao empregador provar que existe um termo anteriormente ajustado para a sua extinção.

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* Direitos no caso de dispensa sem justa causa:

- aviso prévio

- férias vencidas

- férias proporcional

- indenização adicional

- indenização compensatória (FGTS)

- saque do FGTS

- seguro desemprego

- salário família – se for o caso

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Contrato por Tempo Determinado ou a Prazo art. 443, § 1º e 2º da CLT

É aquele em que as partes estabelecem um limite para

a sua duração.

O empregado ao ser contratado, fica ciente de que

prestará os serviços por um período definido, que

terminará numa data ou evento certo.

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- Validade

Art. 443, § 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:

a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;

b) de atividades empresariais de caráter transitório;

c) de contrato de experiência.

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Formas de determinação do prazo:

Art. 443, § 1º - Considera-se como de prazo

determinado o contrato de trabalho cuja vigência

dependa de termo prefixado ou da execução de

serviços especificados ou ainda da realização de

certo acontecimento suscetível de previsão

aproximada.

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- Prazo máximo de duração

Art. 445. O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451.Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias.

- Prorrogação

Art. 451. O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez, passará a vigorar sem determinação de prazo.

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- Parcelas devidas na extinção

* Regra geral, são devidas as seguintes parcelas:

- saldo de salários

- férias proporcionais e/ou vencidas

- décimo terceiro salário

- salário-família – se for o caso

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- Parcelas Excluídas

Não serão devidas as seguintes parcelas:

- aviso prévio

- indenização compensatória – FGTS

- indenização adicional

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DURAÇÃO DO TRABALHO

Duração Normal SemanalArt. 7º, XIII da CF - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.

Jornada Normal DiáriaArt. 58 da CLT - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.

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PERÍODOS DE DESCANSO

O empregador deve conceder ao empregado período para repouso ou alimentação dentro da jornada e entre as jornadas de trabalho, não sendo essas interrupções computadas na duração do trabalho. art. 71, § 2º

Descanso entre duas jornadas:

Art. 66 CLT- Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso.

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Descanso durante a jornada: Art. 71 CLT

- Em trabalho contínuo, que exceda 6 horas, o intervalo para repouso será de no mínimo 1 hora e, salvo acordo ou contrato coletivo, não poderá exceder de 2 (duas) horas.

- Se o trabalho for de 6 hs a 4hs o intervalo será de 15 min.

- Os intervalos não são computados na duração do trabalho.

- O limite mínimo de 1 hora poderá ser reduzido se o estabelecimento atender às exigências de organização dos refeitórios e quando os empregados não estiverem cumprido horas suplementares.

- Quando o intervalo não for concedido, deverá o período correspondente ser pago com acréscimo de no mínimo 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.

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REPOUSO SEMANAL REMUNERADOArt. 67 a 70 da CLT e Lei nº 605/49

Art. 67. Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte.

Parágrafo único. Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando do quadro sujeito à fiscalização.

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TRABALHO NOTURNO Art. 73 da CLT

É aquele prestado entre às 22 horas de um dia às 5 horas do dia seguinte

* A hora noturna é computada com 52 mins. e 30 segs. Vale dizer: 7 horas de trabalho a noite, equivalem a 8 horas de trabalho diurno.

* Pelo serviço noturno, o empregado terá o direito de um acréscimo de pelo menos 20% sobre a hora diurna

* Aos menores de 18 anos de idade não é permitido o

trabalho em horário noturno.

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JORNADA EXTRAORDINÁRIA Art 59 da CLT e art. 7º, XVI, CF

É aquela que ultrapassa o limite legal ou contratual da jornada diária ou semanal.

Podem ser assim esquematizadas:

a) Prorrogação contratada

b) Compensação

c) Prorrogação por motivo de força maior

d) Prorrogação por serviços inadiáveis

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Prorrogação Contratada – Art 59 da CLT

Art. 59. A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.

§ 1º Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior à da hora normal.

Deve haver:* acordo individual escrito ou contrato coletivo * máximo de 2 horas a mais* adicional de no mínimo 50% - art. 7º , XVI da CF

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Compensação de Horários - Art. 59, § 2º da CLT

§ 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário

se, por força de acordo ou convenção coletiva de

trabalho, o excesso de horas em um dia for

compensado pela correspondente diminuição em

outro dia, de maneira que não exceda, no período

máximo de um ano, à soma das jornadas semanais

de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o

limite máximo de dez horas diárias.

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O acordo de compensação não está relacionado ao Banco de Horas, pois está relacionado com situações específicas – supressão de sábados, segundas ou fins de semana prolongados.

Assim, no caso do § 2º do art. 59, deverá haver:

* acordo escrito ou contrato coletivo

* dispensa do acréscimo de 50% sobre o valor da

hora normal.

* limite máximo de 10 horas por dia

* correspondente diminuição em outro dia

* limite máximo de 44 horas semanais

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Prorrogação Por Força Maior – art. 61 e 501Acontecimento inevitável em relação a vontade do empregador

e para a realização do qual este não concorreu. Ex.: incêndio, inundação, etc.

- prorrogação da jornada independente de acordo ou convenção coletiva

- remuneração igual a hora normal – o que seria inconstitucional – adicional de no mínimo 50% sobre o valor da hora normal. – art. 7º, XVI, CF

- até o máximo de 10 horas diárias

- comunicação a autoridade competente no prazo de 10 dias

- período não superior a 45 dias por ano

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Serviços InadiáveisSão serviços que devem ser concluídos na mesma

jornada de trabalho. Ex.: concretagem de uma laje.

- prorrogação da jornada independente de acordo ou convenção coletiva

- adicional de 25% sobre a hora normal –art. 7º, XVI

- até o máximo de 12 horas diária

- comunicação à autoridade competente no prazo de 10 dias

- período não superior a 45 dias por ano

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BANCO DE HORAS - Lei 9.601/98 Permite a realização de horas extras em períodos que existe

um maior acumulo de serviços possibilitando que tais horas sejam utilizadas na redução da jornada de trabalho em outra época.

Para a implementação do banco de horas deve haver:- Convenção ou acordo coletivo

- Dispensa do acréscimo de salário

- jornada não poderá ultrapassar 10 horas

- num período máximo de 1 ano, o total de horas excedentes

deverá corresponder à soma da jornada de 44 hs permitidas

em cada semana

Rescisão sem compensação das horas extras: estas deverão ser pagas com o devido adicional – art. 59, § 3º

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REMUNERAÇÃO E SALÁRIOArts. 457 a 467 da CLT

PRAZO PARA O PAGAMENTO – art. 459 e 466

A regra é que o pagamento do salário deve ser estipulado, no máximo, por um período de um mês, salvo no caso de comissões, percentagens e gratificações

O pagamento deverá ser efetuado até o 5º dia útil do mês subseqüente – art. 459, § 1 º

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ADICIONAL DE INSALUBRIDADEArt. 7º, XXIII da C.F. e art. 189 da CLT

ATIVIDADES INSALUBRES – art. 189

São aquelas que expõem o trabalhador a agentes nocivos à

saúde, acima dos limites de tolerância, fixados conforme a

natureza e a intensidade do agente nocivo, além do tempo

de exposição .

Os agentes nocivos podem ser

* químicos - mercúrio, chumbo, fumos, poeiras minerais

* físicos - frio, calor, ruídos, vibrações, umidade

* biológicos - doenças contagiosas, bactérias, lixo urbano

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Valor do adicional

O exercício do trabalho em condições insalubres acima dos limites de tolerância assegura o recebimento de adicionais de

- 10% - grau mínimo- 20% - grau médio- 40% - grau máximo

Os percentuais são calculados sobre o valor do salário base do empregado, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo – súmula 228 do TST

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Eliminação ou a neutralização da insalubridade Art. 191 da CLT

I - com a adoção de medidas que conservem o

ambiente de trabalho dentro dos limites de

tolerância;

II - com a utilização de equipamentos de proteção

individual ao trabalhador, que diminuam a

intensidade do agente agressivo a limites de

tolerância.

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ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

Art. 193 - São consideradas atividades ou operações

perigosas, na forma da regulamentação aprovada

pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua

natureza ou métodos de trabalho, impliquem o

contato permanente com inflamáveis ou explosivos

em condições de risco acentuado.

A Portaria 3.393/1987 do MTE, prevê o direito ao adicional de periculosidade por exposição à radiação ionizante e substâncias radioativas.

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Valor do adicional

O trabalho em condições de Periculosidade assegura ao empregado um Adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.

Supressão do adicional – art. 194O direito ao adicional cessa com a eliminação do risco

Concomitância com insalubridade – existindo condições insalubres e perigosas no mesmo ambiente, o empregado deverá optar por apenas um dos adicionais - § 2º do art. 193

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FÉRIASArts. 129 a 153.

As férias se constituem no repouso anual

remunerado.

É um ato exclusivo do empregador, isto é, ao

empregado não é facultado escolher a época do

gozo de férias – art. 134.

Este período é computado, para todos os efeitos,

como tempo de serviço. § 2º do art. 130

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Período aquisitivo – art. 130

Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias

Período concessivo – art. 134

É o período de 12 meses após o término do período aquisitivo, que o empregador tem para conceder férias ao empregado

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Duração das férias: art. 130

O período de férias, será na proporção ao número de faltas injustificadas ao serviço, ocorridas durante o período aquisitivo, observando-se o seguinte critério:

Faltas injustificadas Dias de férias0 a 5 30 6 a 14 24 15 a 23 18 24 a 32 12 mais de 32 0

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PERDA DO DIREITO - art. 133

Perderá o direito o empregado que tiver faltado mais de 32 vezes ao serviço, sem justificativa e nos casos do art. 133:

I - deixar o emprego e não for readmitido dentro dos 60 dias subseqüentes à sua saída;

II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 dias;

III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 dias, por paralisação dos serviços da empresa

IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 meses, embora descontínuos.

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CONCESSÃO EM DOIS PERÍODOS - art. 134

Somente em casos excepcionais as férias poderão ser concedidas em dois períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 dias corridos - § 1º

Aos menores de 18 anos e maiores de 50 anos, deverá ser concedida as férias em uma período - § 2º

COMUNICAÇÃO DAS FÉRIAS – art. 135A concessão das férias deve ser participada ao

empregado, por escrito, com antecedência de no mínimo 30 dias, cabendo ao empregado assinar esta notificação.

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MEMBROS DE MESMA FAMÍLIA art. 136, § 1º

Os membros de uma mesma família que trabalham no mesmo estabelecimento, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim desejarem, e disto não resultar prejuízo no serviço.

MENOR DE 18 ANOS

* O menor de 18 anos, deverá gozar as férias em um único período. art. 134, § 2º

* Terá direito de fazer coincidir suas férias, com as férias escolares – art. 136, § 2.

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REMUNERAÇÃO NAS FÉRIAS – art.. 142

O empregado receberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data da concessão, acrescida com pelo menos 1/3 a mais do que o salário normal – art. 7, XVII, CF

ABONO PECUNIÁRIO ou DE FÉRIAS – art. 143

É a faculdade de converter 1/3 do período de férias a que tiver direito, em abono pecuniário, no valor que lhe seria devido nos dias correspondentes.

O empregado deverá requerer o abono até 15 dias antes do término do período aquisitivo .

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DÉCIMO TERCEIRO NAS FÉRIAS – art. 2º, § 2º da lei 4.749/65

A primeira parcela do 13º salário pode ser paga ao empregado por ocasião de suas férias, sempre que este a requerer ao empregado no mês de janeiro do correspondente ano.

PRAZO PARA O PAGAMENTO – art. 145

Deverá ser efetuado até 2 dias antes do início do respectivo período.

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PAGAMENTO EM DOBRO – art. 137

Sempre que as férias forem concedidas após o prazo concessivo, o empregador deverá pagar em dobro a respectiva remuneração.

FÉRIAS COLETIVAS – arts. 139 a 141

O empregador poderá conceder férias coletivas a todos os empregados ou a determinados setores, podendo as mesmas serem fracionadas em até 2 períodos, desde que nenhum seja inferior a 10 dias. art. 139

Deverá ser comunicada ao órgão do Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de 15 dias antes – art. 139, 2º

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AVISO PRÉVIOart. 487 a 491

É a notificação que uma das partes confere à outra, comunicando a cessação do contrato de trabalho de prazo indeterminado.

PRAZO DE DURAÇÃO – art. 487

A duração do aviso prévio é de 30 dias, independentemente da forma de pagamento dos salários do empregado ou seu tempo de serviço.

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INTEGRAÇÃO AO TEMPO DE SERVIÇO

O período de duração do aviso prévio, seja ele trabalhado ou indenizado, é considerado como tempo efetivo de serviço, inclusive para cálculo das parcelas relativas ao 13º salário, férias e indenização por tempo de serviço.

AVISO PRÉVIO INDENIZADO

É aquele que determina o imediato desligamento do empregado de sua função habitual, sendo que o empregador deverá fazer o pagamento da parcela relativa ao aviso prévio, junto as demais verbas na rescisão

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REDUÇÃO DA JORNADA – art. 488

Se a iniciativa de rescisão do contrato partir do empregador, a jornada de trabalho do empregado, durante o curso do aviso prévio, será reduzida em duas horas diárias, sem prejuízo do salário integral.

Esta redução pode ser substituída, caso em que o empregado poderá faltar ao serviço por 7 dias corridos.

Esta redução na jornada não ocorre se a iniciativa da rescisão partiu do empregado.

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AUSÊNCIA DE AVISO PRÉVIO

Art. 487, § 1º - A iniciativa da rescisão por parte do empregador que no entanto não concede aviso prévio ao empregado, dará a este o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, com integração do período ao tempo de serviço.

Art. 487, § 2º - O empregado que der iniciativa à rescisão, sem justa causa, fica obrigado a conceder aviso prévio ao empregador, caso contrário poderá lhe ser descontado os salários correspondentes ao respectivo prazo.

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FALTA GRAVE DURANTE O AVISO PREVIO art. 490 e 491

O empregador que durante o aviso, praticar ato que

justifique a rescisão imediata do contrato (art. 483), fica obrigado ao pagamento da remuneração correspondente ao prazo do referido aviso.

O empregado que cometer durante o prazo do aviso, falta grave (art. 482), perderá o direito ao restante do respectivo prazo.