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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 7ª REGIÃO. RECURSO DE REVISTA Processo n.º XXXX Reclamante: Reclamado: XXXX, já devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, não se conformando com o acórdão, vem, mui respeitosamente, por seu advogado in fine firmado, à presença de V. Exa., com fulcro nos arts. 896, “a” e “c” 1 da CLT, bem como na Instrução Normativa nº 27 do TST 2 , interpor, tempestivamente, o presente RECURSO DE REVISTA Consubstanciados nas razões aduzidas a seguir, as quais requer sejam recebidos e processados na forma da lei processual vigente, devendo ser recebido em seus efeitos suspensivos e 1 Art. 896. Cabe recurso de revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a Súmula de Jurisprudência Uniforme dessa Corte c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal. 2 IN 27 do TST Ementa Dispõe sobre normas procedimentais aplicáveis ao processo do trabalho em decorrência da ampliação da competência da Justiça do Trabalho pela Emenda Constitucional nº 45/2004. Art. 2º A sistemática recursal a ser observada é a prevista na Consolidação das Leis do Trabalho, inclusive no tocante à nomenclatura, à alçada, aos prazos e às competências. Parágrafo único. O depósito recursal a que se refere o art. 899 da CLT é sempre exigível como requisito extrínseco do recurso, quando houver condenação em pecúnia.

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Recurso de Revista

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EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO EGRGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 7 REGIO.RECURSO DE REVISTAProcesso n. XXXXReclamante: Reclamado: XXXX, j devidamente qualificada nos autos do processo em epgrafe, no se conformando com o acrdo, vem, mui respeitosamente, por seu advogado in fine firmado, presena de V. Exa., com fulcro nos arts. 896, a e c da CLT, bem como na Instruo Normativa n 27 do TST, interpor, tempestivamente, o presente RECURSO DE REVISTAConsubstanciados nas razes aduzidas a seguir, as quais requer sejam recebidos e processados na forma da lei processual vigente, devendo ser recebido em seus efeitos suspensivos e devolutivos, e, aps, remetidas juntamente com as razes inclusas, ao exame do Egrgio Tribunal Regional do Trabalho da 7 Regio. A matria abordada nas razes est devidamente prequestionada, conforme Smula n 297 do TST.

O presente recurso est em consonncia com a transcendncia descrita no artigo 896, c, da CLT.O presente recurso est de acordo com a Instruo Normativa n 23/03.Deixa de juntar o comprovante de recolhimento de custas, vez que lhe foi concedido no v. Acrdo, os benefcios da justia gratuita.Vale ressaltar que deixa de recolher o depsito recursal por ser empregado o ora Recorrente.

Requer a intimao do Recorrido, para, querendo, apresentar Contrarrazes ao Recurso de Revista, sendo em seguida os autos remetidos ao Egrgio Tribunal Regional do Trabalho da 7 Regio. REQUER, ainda, que todas as intimaes e notificaes destes autos sejam realizadas em nome de TUANE DE OLIVEIRA COSTA, causdico devidamente qualificado em instrumento procuratrio.Termos em quePede Deferimento.Fortaleza, 23 de outubro de 2014.TUANE DE OLIVEIRA COSTAOABEGRGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 7 REGIORECORRENTE: RECORRIDO: PROCESSO: XXXRAZES DO RECURSO DE REVISTAA deciso proferida em grau de Recurso Ordinrio viola de forma direta disposio de lei federal ou Constituio Federal. Desse modo, h de ser admitido o presente Recurso de Revista.Tambm h de ser provido o presente Recurso de Revista, ora interposto, vez que o direito invocado legtimo, tem suporte na legislao vigente e jurisprudncia dos Tribunais, alm de ser matria de relevncia social inequvoca.Nos autos, constam a procurao do reclamante, da reclamada e a sentena de 1 grau.O respeitvel acrdo foi publicado no dia xx/xx/xxxx, comeando a fluir o prazo para a interposio do presente recurso no dia xx/xx/xxxx e sendo encerrado no dia xx/xx/xxxx. Assim, o presente Recurso de Revista tempestivo, pois foi interposto em tempo hbil, ou seja no dia xx/xx/xxxx, conforme comprova data do protocolo.I DA SNTESE DOS FATOS E DA DECISO JUDICIALColenda Turma, trata-se a presente de Reclamao Trabalhista, na qual o recorrente pleiteia o pagamento de verbas contratuais e rescisrias no pagas; penso por morte mensal vitalcia; indenizao por danos materiais e morais, bem como danos estticos; frias no pagas; honorrios advocatcios, alm de FGTS e multa de 40% FGTS; multa do art. 467 e 477, CLT, sendo atribuda causa o montante de R$ 10.265.394,12 + valores a serem arbitrados a ttulo de danos morais e estticos. Foi realizada audincia no processo em lia, havendo depoimento pessoal do reclamante e do preposto da reclamada. O reclamante disse no ter prova testemunhal a produzir, apresentando a reclamada uma testemunha.

Ato contnuo, o M.M juiz a quo proferiu deciso, julgando a Ao Reclamatria procedente em parte condenando a r a pagar autora as frias devidas e no pagas, totalizando o valor de 59.091,85.

Aps julgamento de recurso ordinrio interposto, foi prolatado acrdo confirmando os termos da sentena de 1 grau. No caso em lia, data maxima venia, no atentaram s provas documentais apresentadas aos autos, alm de aplicar equivocadamente as normas trabalhistas. Assim, desconsideraram numerrios devidos, realizando uma interpretao totalmente equivocada dos fatos, da legislao e das provas produzidas em juzo.O reclamante clama pelo reconhecimento dos seus direitos, que foram burlados pela empresa, no tendo essa prestado a mnima assistncia em um momento to complicado de sua vida.

Desta maneira, irresignado, o reclamante interpe o presente Recurso de Revista em face de deciso proferida pelo M.M juzo de 1 instncia, contra o no acolhimento parcial dos seus pleitos.II DO DIREITODO ACIDENTE DE TRABALHO OCORRIDO INDENIZAO POR DANOS MORAIS, MATERIAIS E ESTTICOS - ASSDIO MORAL SOFRIDO - TENTATIVAS DE RETORNO AO TRABALHO REFORMA DA DECISO- VIOLAO DOS INCISOS V E X DO ART. 5 DA CARTA MAGNA- ARTS. 186, 187 E 927 DO CDIGO CIVILO juzo ad quem entendeu no estar configurado o dever de indenizao por danos morais, vez que no identificou o nexo causal entre a omisso e o dano experimentado pelo trabalhador, alm de aduzir que no houve atividade coerciva da empresa para que seu funcionrio realizasse o trajeto entre sua cidade e o local da reunio atravs de veculo automotor prprio.Referido entendimento contraria deciso de outros Tribunais Regionais, no seu Pleno ou Turma, ou a Seo de Dissdios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a Smula de Jurisprudncia Uniforme dessa Corte, sendo aventado, portanto, o cabimento do Recurso de Revista na forma do artigo 896, c, da CLT. Vejamos:

RECURSO DE REVISTA. 1. INDENIZAO POR DANOS MATERIAIS. PENSO MENSAL. 1.1 . O -caput- do art. 950 do Cdigo Civil assegura vtima que sofreu reduo (total ou parcial) de sua capacidade de trabalho, alm das despesas do tratamento e lucros cessantes, at a completa convalescena, penso que corresponda importncia do trabalho para o qual se inabilitou, na proporo da incapacidade. 1.2. Procedente o pedido, necessria a constituio de capital, para garantia do pagamento do valor mensal da penso, independentemente da situao financeira do demandado . Recurso de revista no conhecido. 2. DANO MORAL. INDENIZAO DECORRENTE DE DOENA OCUPACIONAL EQUIPARADA A ACIDENTE DE TRABALHO. CONFIGURAO. EFEITOS. O dano moral prescinde, para sua configurao, de prova, bastando, para que surja o dever de indenizar, a demonstrao do fato objetivo que revele a violao do direito de personalidade. Revelada a conduta negligente da empresa, quanto s condies de trabalho do autor, resta caracterizada a ocorrncia de dano moral. Cabvel, assim, a indenizao respectiva, a cargo da empregadora. Recurso de revista no conhecido. 3. DANO MORAL. INDENIZAO. VALOR. CRITRIOS PARA ARBITRAMENTO . REDUO. A indenizao por dano moral guarda contedo de interesse pblico. O valor fixado deve observar a extenso do dano sofrido, o grau de comprometimento dos envolvidos no evento, os perfis financeiros do autor do ilcito e da vtima, alm de aspectos secundrios pertinentes a cada caso. Incumbe ao juiz fix-lo com prudncia, bom senso e razoabilidade. Recurso de revista conhecido e provido .

(TST - RR: 8748120125090068 , Relator: Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, Data de Julgamento: 17/09/2014, 3 Turma, Data de Publicao: DEJT 26/09/2014)

RECURSO DE REVISTA. ACIDENTE DO TRABALHO. INDENIZAO POR DANOS MORAIS E ESTTICOS. RESPONSABILIDADE CIVL E QUANTUM INDENIZATRIO. O pleito de indenizao por dano moral e material resultante de acidente do trabalho e/ou doena profissional ou ocupacional supe a presena de trs requisitos: a) ocorrncia do fato deflagrador do dano ou do prprio dano, que se constata pelo fato da doena ou do acidente, os quais, por si ss, agridem o patrimnio moral e emocional da pessoa trabalhadora (nesse sentido, o dano moral, em tais casos, verifica-se in re ipsa); b) nexo causal, que se evidencia pela circunstncia de o malefcio ter ocorrido em face das circunstncias laborativas; c) culpa empresarial, a qual se presume em face das circunstncias ambientais adversas que deram origem ao malefcio (excludas as hipteses de responsabilidade objetiva, em que prescindvel a prova da conduta culposa patronal). Embora no se possa presumir a culpa em diversos casos de dano moral - em que a culpa tem de ser provada pelo autor da ao -, tratando-se de doena ocupacional, profissional ou de acidente do trabalho, essa culpa presumida, em virtude de o empregador ter o controle e a direo sobre a estrutura, a dinmica, a gesto e a operao do estabelecimento em que ocorreu o malefcio. Pontue-se que tanto a higidez fsica como a mental, inclusive emocional, do ser humano so bens fundamentais de sua vida, privada e pblica, de sua intimidade, de sua autoestima e afirmao social e, nesta medida, tambm de sua honra. So bens, portanto, inquestionavelmente tutelados, regra geral, pela Constituio (art. 5, V e X). Agredidos em face de circunstncias laborativas, passam a merecer tutela ainda mais forte e especfica da Carta Magna, que se agrega genrica anterior (art. 7, XXVIII, CF/88). Assim, se as condies de trabalho a que se submetia o trabalhador contriburam diretamente para a reduo ou perda da sua capacidade laborativa, deve-lhe ser assegurada a indenizao pelos danos sofridos. No caso em tela, consta no acrdo do TRT que o Reclamante sofreu um acidente quando manuseava, sozinho, uma serra circular, o que ocasionou a amputao do seu dedo mnimo da mo esquerda, configurando-se, ento, o dano (moral/esttico) e o nexo causal. Ademais, a par da possibilidade de se enquadrar a atividade do Reclamante como atividade de risco, o que atrairia a aplicao do art. 927, pargrafo nico, do CC, o fato que o Regional explicitou ter havido culpa concorrente das partes, julgando, assim, procedentes os pedidos de indenizaes por danos morais e estticos . Nessa situao, mantm-se a deciso recorrida. Recurso de revista no conhecido.

(TST - RR: 3351420115090016 , Relator: Mauricio Godinho Delgado, Data de Julgamento: 03/09/2014, 3 Turma, Data de Publicao: DEJT 19/09/2014)

Ora, ilustres julgadores, como pode permitir que a empresa reclamada se exima do dever de indenizar um empregado que sofreu um grave acidente enquanto cumpria suas funes laborais? Alm do mais, o reclamante utilizou seu prprio veculo, pois este era o meio disponvel para sua viagem, no havendo outra opo.

O acidente de carro ocorrido quando retornava de uma reunio na cidade de Recife/PE no dia 15/08/2009 deixou o reclamante com uma grave invalidez funcional (paraplegia flcida dos membros inferiores CID G82.0) e, por se tratar de um acidente de trabalho, ensejou, devidamente fundado no art. 21, IV, da Lei n. 8213/91, a emisso de competente Comunicao de Acidente de Trabalho CAT sob o n. 2009.338.387.-8/01.A Lei n. 6.367, de 19 de outubro de 1976, dispe acerca do acidente de trabalho:Art. 2 Acidente do trabalho aquele que ocorre pelo exerccio do trabalho a servio da empresa, provocando leso corporal ou perturbao funcional que cause a morte, ou perda, ou reduo, permanente ou temporria, de capacidade para o trabalho. 1 equiparam-se ao acidente do trabalho, para fins desta Lei:(...)V o acidente sofrido pelo empregado ainda que fora do local e horrio de trabalho:(...)d) no percurso da residncia para o trabalho ou deste para aquela.Portanto, resta caracterizado que os danos fsicos sofridos pelo Reclamante so advindos de acidente de trabalho. De acordo com a lei 8.213/91:Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mrbidas:I - doena profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exerccio do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relao elaborada pelo Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social; II - doena do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em funo de condies especiais em que o trabalho realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relao mencionada no inciso I.Art. 21. Equiparam-se tambm ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:I - o acidente ligado ao trabalho que, embora no tenha sido a causa nica, haja contribudo diretamente para a morte do segurado, para reduo ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido leso que exija ateno mdica para a sua recuperao; (...)IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horrio de trabalho:a) na execuo de ordem ou na realizao de servio sob a autoridade da empresa;b) na prestao espontnea de qualquer servio empresa para lhe evitar prejuzo ou proporcionar proveito;c) em viagem a servio da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitao da mo-de-obra, independentemente do meio de locomoo utilizado, inclusive veculo de propriedade do segurado; d) no percurso da residncia para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoo, inclusive veculo de propriedade do segurado.Nos termos dos arts. 186 e 927, ambos, do Cdigo Civil, a recorrida no pode deixar de ser responsabilizada pela reparao dos danos causados e comprovados em razo de doena ocorrida durante o trabalho, in casu, atravs de reparao por danos morais e materiais, que justificam-se pela necessidade de atendimento mdico, pelo sofrimento moral, no, apenas, decorrente da dor fsica, como pelas expresses de angstia na busca pela recuperao e estabelecimento de sade e pelo lucro cessante institudo.

O empregado solicitou o retorno ao labor aos dirigentes. No entanto, no houve resposta por parte da empresa. Apenas emfevereiro de 2011 a reclamada ofereceu ao reclamante uma injusta proposta de retorno ao trabalho, na qual passaria a perceber a ttulo de salrio o valor de R$ 6.500,00 (seis mil e quinhentos reais) em vez dos R$ 14.000,00 (quatorze mil reais) que recebia anteriormente, conforme documentos acostados aos autos. Apesar da injusta proposta do reclamado, o reclamante, tendo em vista que necessitava do emprego, aceitou a oferta de emprego. Alm do mais, a empresa realizou fraude processual ao condicionar a proposta de emprego ao ajuizamento de reclamao trabalhista elaborada pelos assessores jurdicos da reclamada, de forma que a empresa determinou todos os termos de uma futura demanda judicial (CP, art. 347). Sendo assim, o reclamante no aceitou as condies impostas pela empresa, ficando impossibilitado de retornar ao trabalho.Isto posto, resta configurado o assdio moral sofrido pelo empregado ao ser coagido a aceitar proposta abusiva, na qual os direitos do reclamante estariam prejudicados ao bel sabor da empresa. Diversas vezes a reclamada frustrou o retorno ao labor do empregado, afirmando que a que a responsabilidade de readaptao seria do INSS. Ocorreu ainda que a reclamada, a partir de abril de 2010, fez novas contrataes, o que gerou o rebaixamento das atribuies do reclamante, perdendo o posto de gerente regional.A empresa no deu quaisquer condies de reabilitao ao reclamante. Pelo contrrio, dispensou o auxiliar, que o ajudava em determinados locais de acesso precrio. A situao do empregado na empresa apenas ficava mais difcil, pois a reclamada passou a no solicit-lo mais para participar de reunies e encontros. Destarte, fica caracterizada as situaes atentatrias dignidade da parte autora, visto que a empresa exclua-o de participar dos eventos institucionais, alm de reduzir as atribuies que lhe eram dadas, fazendo de tudo para que o empregado solicitasse seu desligamento.Isto posto, medida de mais salutar justia a reforma dos termos da deciso judicial em comento no sentido de condenar a reclamada ao pagamento integral das verbas trabalhistas devidas e, obviamente, das respectivas indenizaes por dano moral e patrimonial (CF/88,art.114,caput,inciso VI).A jurisprudncia ptria firme no sentido de configurar o assdio moral em face da desestabilizao emocional da vtima:ASSDIO MORAL. PRESENA DE ELEMENTOS QUE COMPROVEM A CONDUTA NEGATIVA DO EMPREGADOR, CAPAZ DE ATINGIR A AUTO-ESTIMA DO EMPREGADO. CONFIGURAO. O assdio moral caracteriza-se como a conduta que expe o trabalhador a situaes humilhantes, incmodas e constrangedoras. Seu reconhecimento baseia-se no direito dignidade da pessoa humana, fundamento da Repblica Federativa do Brasil, e nos direitos fundamentais do cidado sade, honra e a um ambiente de trabalho saudvel.Configura-se o assdio moral sempre que h tentativa de desestabilizao emocional da vtima, a partir de ataques regulares e contnuos que lhe exponham a situaes vexatrias perante os colegas de trabalho e possam acarretar-lhe danos fsicos, psquicos e morais, com o fim de afast-la do trabalho. Assim, restando comprovada a ocorrncia de qualquer conduta, por parte da reclamada, que tenha causado danos emocionais vitima, configura-se o assdio moral.((TRT-15 - RO: 36187 SP 036187/2012, Relator: LUS CARLOS CNDIDO MARTINS SOTERO DA SILVA, Data de Publicao: 25/05/2012, grifo nosso sempre)Anote-se as importantes consideraes acerca dos elementos considerados para efeito doquantumindenizatrio, ressaltando o carter sancionatrio que a indenizao deve conter:DANO MORAL. ARBITRAMENTO. SISTEMA ABERTO. CONSIDERAO DE ELEMENTOS ESSENCIAIS INERENTES S PARTES E AS CIRCUNSTNCIAS FTICAS ENVOLVIDAS. CARTER, ALM DE COMPENSATRIO, SANCIONATRIO. O arbitramento da condenao por dano moral deve ter um contedo didtico, visando tanto compensar a vtima pelo dano - sem, contudo, enriquec-la - quanto punir o infrator, sem arruin-lo. O valor da indenizao pelo dano moral no se configura um montante tarifado legalmente, mas, segundo a melhor doutrina, observa o sistema aberto, no qual o rgo Julgador leva em considerao elementos essenciais, tais como as condies econmicas e sociais das partes, a gravidade da leso e sua repercusso e as circunstncias fticas, como o tempo de servio prestado ao reclamado e o valor do salrio percebido. Assim, a importncia pecuniria deve ser capaz de produzir-lhe um estado tal de neutralizao do sofrimento impingido, de forma a "compensar a sensao de dor" experimentada e representar uma satisfao, igualmente moral. No se pode olvidar, ainda, que a presente ao, nos dias atuais, no se restringe a ser apenas compensatria; vai mais alm, verdadeiramente sancionatria, na medida em que o valor fixado a ttulo de indenizao reveste-se de pena civil.(TRT-15 - RO: 36187 SP 036187/2012, Relator: LUS CARLOS CNDIDO MARTINS SOTERO DA SILVA, Data de Publicao: 25/05/2012)A prtica do ato ilcito praticado pela Reclamada ainda repudiada peloCdigo Civil em seu artigo186, sendo garantido o direito de reparao do dano, ainda que exclusivamente moral. o que versa a lei:Artigo 186: Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilcito.Ainda sob a gide da lei civil, no artigo 927, fazendo manifesta a obrigao de indenizar a parte lesada:Art. 927. Aquele que, por ato ilcito, causar dano a outrem, fica obrigado a repar-lo.Roberto Ruggiero, in Instituies de Direito Civil, vol.3, ed. Saraiva, 3 edio, salienta:Qualquer comportamento de uma pessoa, que injustamente prejudique a esfera alheia, um ato ilcito e a esfera jurdica alheia prejudica-se quer por quem estando ligado a outrem por uma obrigao no a cumpra, quer por quem, fora de qualquer vnculo obrigatrio, ofenda o direito de uma pessoa, violando o preceito legal que probe perturbar as relaes jurdicas alheiasDesta forma, ficou plenamente demonstrado, pelas peas j acostadas, que o ato praticado ofendeu a integridade fsica e moral do autor que se v impossibilitado de prosseguir com sua vida pessoal e profissional como em outrora.Ora Exas., devem ser indenizados os danos decorrentes do prejuzo honra do empregado. Tais danos so facilmente constatveis. Se antes do acidente provia o seu sustento e o de sua famlia, agora o que recebe a ttulo de benefcio mal d para pagar o colgio de seus filhos, fato que atinge sua sanidade mental e o deprime deveras fazendo revoltar-se sobre o motivo para manter-se vivo.No bastasse isto o autor, por insuficincia de recursos, no pode custear o tratamento mdico indispensvel manuteno da sua sade e recuperao plena sem comprometer o sustento de sua famlia. E, em consequncia, segundo a lio doutrinria dos mais respeitveis juristas em harmonia com a jurisprudncia, que a indenizao devida pelo ofensor dever ser determinada em valores mltiplos do salrio mnimo sem incorrer na vedao constitucional.Dos danos materiais sofridos julgado improcedenteA deciso judicial determinou a no percepo da indenizao por danos materiais ao reclamante, por entender que no houve culpa da reclamada no acidente, alm de a empresa ter custeado algumas das despesas que o reclamante contraiu em virtude do tratamento e da condio fsica obtida.Contudo, Exas., consoante exposto na exordial, o reclamante passou a receber auxlio doena acidentrio, espcie B-9, tendo um rendimento mensal de R$ 2.628,86 (dois mil, seiscentos e vinte e oito reais e oitenta e seis centavos), o que representou uma enorme diferena no padro de vida, uma vez que percebia, antes do acidente, uma mdia salarial de R$ 14.000,00 (quatorze mil reais), tendo a empresa complementado a renda por apenas nove meses. O reclamante busca por meio dessa demanda judicial diminuir os impactos que o acidente de trabalho causou na sua vida, j que teve que readaptar toda a sua rotina, mas ainda assim precisa sustentar sua famlia. Assim, a diferena salarial e os custos do tratamento constituem os danos materiais sofridos, devendo haver a reparao por parte da empresa.Cabe ressaltar que esto presentes todos os requisitos para a caracterizao da responsabilidade civil devida pela empresa em favor do reclamante, dada a perda da funcionalidade e da capacidade laboral plena em virtude da perda dos membros inferiores aos 35 (trinta e cinco) anos gera o dever de reparar o dano causado. Insta ressaltar o contedo do artigo 927 do CCB:Art. 927. Aquele que, por ato ilcito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repar-lo.Pargrafo nico. Haver obrigao de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Alm do mais, devem ser observados os preceitos constitucionais, verbis:Art. 7 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social:XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenizao a que este est obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; Impe a reforma da deciso a fim de que seja paga indenizao ao empregado pelo descumprimento de obrigao de fazer da empresa em manter valor segurado contra acidentes a ser arbitrado por este Juzo, tomando como parmetro os valores de mercado, quantificado no valor aproximado de um ano de salrio do reclamante de R$ 241.739,40 (duzentos e quarenta e um mil, setecentos e trinta e nove reais e quarenta centavos).Legtima, tambm, a pretenso autoral de receber valores para custear seu tratamento e qualidade de vida, haja vista o disposto na legislao substantiva civil pertinente espcie:Art. 949. No caso de leso ou outra ofensa sade, o ofensor indenizar o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes at ao fim da convalescena, alm de algum outro prejuzo que o ofendido prove haver sofrido.Alm do acima relatado, em virtude do acidente sofrido, o reclamante tem uma despesa mensal (Doc. 19) bastante alta decorrente da sua situao de invalidez, difcil de suportar, haja vista o fato de que tais valores com que arca, com a ajuda de parentes prximos, para sua sobrevivncia digna importam em comprometimento do sustento de sua famlia, totalizando anualmente o montante de R$ 9.627,72. O reclamante possui ainda outros gastos os quais devem ser ressarcidos pela empresa, tais como as despesas de viagens realizadas para Braslia e para adaptao da nova condio fsica. A jurisprudncia ptria j tem se manifestado sobre o dever e a forma de pagamento do valor devido ao reclamante para a mantena de sua sade e qualidade de vida:A condenao deve incluir todas as intervenes que se fizeram necessrias durante a tramitao do demorado processo e das que devam ser feitas no tratamento das seqelas deixadas pelo acidente, ainda que no possam ser desde logo definidas em nmero e em valor, o que ficar para a liquidao de sentena. Conforme a percia, a natureza das leses exige constantes e peridicas intervenes, at sua definitiva consolidao.

Tratando-se de sequelas duradouras, que exijam tratamento contnuo e prolongado, a indenizao devida ao prejudicado tambm deve abranger essas despesas, sendo desnecessria a propositura de novas aes.

A responsabilidade da empresa quanto indenizao devida ao seu ex-empregado, deve observar tambm a reduo significativa de sua capacidade laboral:Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido no possa exercer o seu ofcio ou profisso, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenizao, alm das despesas do tratamento e lucros cessantes at ao fim da convalescena, incluir penso correspondente importncia do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciao que ele sofreu.Pargrafo nico. O prejudicado, se preferir, poder exigir que a indenizao seja arbitrada e paga de uma s vez.Determina o dispositivo legal supratranscrito ser devido o pagamento de uma penso vitalcia, a titulo de indenizao, correspondente ao valor daquilo que o Ofendido estaria recebendo se estivesse com vida e a plenitude de sua capacidade laboral de acordo com o status quo ante, ou seja, aquilo que receberia como pagamento, em contraprestao de seu labor, se ainda o estivesse exercendo plenamente.A diferena entre o valor antes percebido e o atualmente pleiteado, junto ao INSS, importa em R$ 16.824,78 (dezesseis mil, oitocentos e vinte e quatro reais e setenta e oito centavos) mensais ou R$ 201.897,36 (duzentos e um mil, oitocentos e noventa e sete reais e trinta e seis centavos) anuais, a ser acrescido do perodo em que esteve afastado para tratamento no valor de R$ 11.371,14 (onze mil reais, trezentos e setenta e um reais e quatorze centavos) mensais, multiplicados por 15 (quinze) meses, perodo em que a empresa nada pagou a ttulo de remunerao, totalizando R$ 170.567,10 (cento e setenta mil, quinhentos e sessenta e sete reais e dez centavos).E, obviamente, com a previso legal, tem-se um quantum do dano patrimonial materializado pelo dobro do seu maior valor salarial mensal do contrato de emprego, com as devidas e necessrias correes salariais tomando-se como base o valor constante de sua CTPS (Doc.18), at que se tenha o desate final desta reclamao trabalhista, tornando-se totalmente dispensvel fazer qualquer outra prova do valor do dano patrimonial existente. Vale ressaltar, quanto ao valor da indenizao devida, as Smulas do Colendo Supremo Tribunal Federal, atinentes ao caso:Smula n. 490 - A penso correspondente indenizao oriunda de responsabilidade civil, deve ser calculada sempre no salrio mnimo vigente ao tempo da sentena e ajustar-se- s variaes ulteriores.Smula n. 562 - Na indenizao de danos materiais decorrentes de ato ilcito, cabe a atualizao de seu valor, utilizando-se, para esse fim, dentre outros critrios, dos ndices de correo monetria.Por tudo o que acima se exps que todos os valores supra descritos devero compor o dano material sofrido pelo autor, que totalizam R$ 8.795.610,99 (oito milhes, setecentos e noventa e cinco mil, seiscentos e dez reais e noventa e nove centavos), conforme j demonstrado.Dos danos estticos sofridos pelo reclamanteAlm das indenizaes por danos morais e materiais (danos emergentes e lucros cessantes), torna-se perfeitamente cabvel o pleito de indenizao por danos estticos, haja vista que a sua leso, decorrente do acidente sofrido, comprometeu e alterou, significativamente, a harmonia fsica do Reclamante, em conformidade com o disposto na Smula n. 387, do STJ:STJ Smula n 387 -26/08/2009 - DJe 01/09/2009 - Licitude - Cumulao - Indenizaes de Dano Esttico e Dano Moral - lcita a cumulao das indenizaes de dano esttico e dano moral.Enquadra-se no conceito de dano esttico qualquer alterao morfolgica do acidentado, como, a sua condio de paraplgico, vulgo cadeirante, ou ainda, portador de necessidades especiais, o que lhe rotular pelo resto de sua vida.Esta qualificao, sobejada pela sua invalidez permanente, sem sombra de dvidas, acarreta-lhe o direito a uma indenizao, o que desde j requer seja arbitrado por este Juzo.DO PERODO LABORAL PRIMAZIA DA REALIDADE- RETIFICAO DA DATA DE ADMISSO NA CTPS DO RECLAMANTE RECOLHIMENTO PREVIDENCIRIO DEVIDO VIOLAO AO ART. 9 DA CLT

O juzo ad quem indeferiu o pedido de ratificao da data de admisso da CTPS do obreiro por entender que era obrigao do empregado levar a CTPS para que a reclamada fizesse o registro, pois aquele supostamente ainda mantinha vnculo com antigo empregador. Alm de aduzir que se pode afirmar ter havido efetivo prejuzo ao reclamante.

No entanto, fcil constatar, consoante provas acostadas aos autos, que o reclamante ingressou na empresa em 03/09/2007, tendo, inclusive, participado de reunio com a equipe da regional III (NO/NE) com as despesas de viagem e estadias pagas. No se tratando apenas de negociaes preliminares, pois o obreiro j estava desempenhando suas funes na empresa.

No se pode sustentar o no acolhimento do pleito em virtude de posterior entrega da CTPS do empregado empresa, pois esta, ainda assim, deveria ter registrado a data da admisso, no devendo levar em conta suposto atraso na entrega da carteira de trabalho.

A deciso afronta diretamente o artigo 9 da CLT, o qual dispe que: sero nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicao dos preceitos contidos na presente Consolidao. Outrossim, contraria tambm o artigo 29, da CLT:

Art. 29. A Carteira de Trabalho e Previdncia Social ser obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual ter o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especificamente, a data de admisso, a remunerao e as condies especiais, se houver, sendo facultada a adoo de sistema manual, mecnico ou eletrnico, conforme instrues a serem expedidas pelo Ministrio do Trabalho. 2 - As anotaes na Carteira de Trabalho e Previdncia Social sero feitas: a) na data-base; b) a qualquer tempo, por solicitao do trabalhador; c) no caso de resciso contratual; oud) necessidade de comprovao perante a Previdncia Social.

Destarte, diante do princpio da primazia da realidade predominante no direito trabalhista, os fatos ocorridos devem ser priorizados em face do ajuste formal, alm da necessria observncia dos dispositivos da CLT, devendo a deciso ser prontamente reformada.

DO BENEFCIO PREVIDENCIRIO PERCEBIDO DA ESTABILIDADE - VIOLAO AO ART.1,IIIEIV, 5, V E 7, XXVIII, DA CF, 186 E 187 DO CCB E SMULA N 378, II, DO TST.A deciso proferida entendeu de forma completamente equivocada os fatos ocorridos na Reclamao Trabalhista. A impresso que se d que buscaram a todo custo prejudicar o reclamante.

Ora, no h o que se discutir acerca do benefcio do auxlio-doena acidentrio! O INSS concedeu este benefcio e no o auxlio-doena Previdencirio (B31). Assim, claramente devido a complementao salarial do empregado.

Conforme exposto na exordial, a reclamada pagou ao obreiro a diferena entre o benefcio recebido do INSS e a respectiva remunerao recebida na poca imediatamente anterior ao acidente apenas pelo perodo de nove meses. Em outubro de 2011, o benefcio previdencirio cessou, pois foi considerado apto a retornar ao trabalho.

Quanto estabilidade decorrente do benefcio do auxlio-doena previdencirio, este foi gozado. Dito isto, no h fundamento para o julgador considerar que a despedida do trabalhador foi regular em razo deste no ser estvel.

No bastasse isso, a deciso ainda declara que no obrigao da reclamada custear o tratamento do reclamante.

Destarte, clara a afronta ao artigo 118 da CLT:

O art.118da Lei n8.213/91 estabelece que:

Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mnimo de doze meses, a manuteno do seu contrato de trabalho na empresa, aps a cessao do auxlio-doena acidentrio, independentemente de percepo de auxilio-acidente.

A Smula 378, II, do c.TST dispe o seguinte:

II - So pressupostos para a concesso da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepo do auxilio-doena acidentrio, salvo se constatada, aps a despedida, doena profissional que guarde relao de causalidade com a execuo do contrato de emprego. (primeira parte - ex-OJ n 230 da SB-DI-1- inserida em 20.06.2001)

O reclamante passou a receber previdencirio (Auxlio Doena Acidentrio, Espcie B-9) (Doc. 04), ou seja, seu rendimento mensal caiu para R$ 2.628,86 (dois mil, seiscentos e vinte e oito reais e oitenta e seis centavos, j que sua empregadora complementou durante nove meses a diferena entre o benefcio e o salrio cessando sem prvio aviso o que impactou sua vida.Em face da incontestvel violao do art.1,IIIeIV, 5, V e 7, XXVIII, da Constituio Federal, 186 e 187 do Cdigo Civil Brasileiro e da Smula n 378, II, do TST, pede-se a reforma da deciso.DAS VERBAS TRABALHISTAS DEVIDAS DECISO CONTRRIA AOS ARTS. 467 E 477 DA CLT

A reclamada no pagou as verbas resitrias do reclamante com base no salrio de R$ 20.144, 95 (vinte mil, cento e quarenta e quatro reais e noventa e cinco), gerando um total devido de R$ 100.103,51, alm do total de frias devidas e no pagas, 59.091,85. Aplicveis so as multas dos arts. 467 e 477 da CLT:

Art. 467.Em caso de resciso de contrato de trabalho, havendo controvrsia sobre o montante das verbas rescisrias, o empregador obrigado a pagar ao trabalhador, data do comparecimento Justia do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pag-las acrescidas de cinqenta por cento.

Art. 477. assegurado a todo empregado, no existindo prazo estipulado para a terminao do respectivo contrato, e quando no haja ele dado motivo para cessao das relaes de trabalho, o direto de haver do empregador uma indenizao, paga na base da maior remunerao que tenha percebido na mesma empresa.

Requer, outrossim, a Retificao da anotao na CTPS do empregado com o recolhimento previdencirio devido. Tendo em vista que a CTPS do reclamante foi anotado posteriormente impe empresa retificar a data da anotao para 03/09/2007 e efetuar os devidos recolhimentos previdencirios.

DOS HONORRIOS ADVOCATCIOSA reclamada deve ser condenada ao pagamento dos honorrios advocatcios em 15% a incidir sobre as parcelas vencidas e vincendas com fundamento na smula 234 do Supremo Tribunal Federal c/c Art. 5 da Instruo Normativa n 27 de 2005, do Colendo Tribunal Superior do Trabalho, in verbis:STF Smula n 234 - So devidos honorrios de advogado em ao de acidente do trabalho julgada procedente.O caso em lia preenche os requisitos estabelecidos pela smula 219 do TST:

STF Smula n 219 a condenao ao pagamento de honorrios advocatcios, nunca superiores a 15% (quinze por cento), no decorre pura e simplesmente da sucumbncia, devendo a parte estar assistida por sindicato da categoria profissional e comprovar a percepo de salrio inferior ao dobro do salrio mnimo ou encontrar-se em situao econmica que no lhe permita demandar sem prejuzo do prprio sustento ou da respectiva famlia.

Esse o entendimento proferido pelo E. TST em grau de Recurso de Revista:

HONORRIOS ADVOCATCIOS. REQUISITOS. 1. O Tribunal Regional consignou que -entendendo haver adimplemento parcial das obrigaes da reclamada, viu-se o reclamante, para tanto, valendo-se da faculdade prevista no art. 791 da CLT, compelido a contratar profissional habilitado capaz de patrocinar a defesa de seus direitos e interesses sonegados.- , entendendo, ainda, ser devida a verba honorria, ante a necessidade de -recomposio de tudo aquilo que a parte despendeu para fazer valer os seus direitos e interesses- . 2. A teor da OJ 305/SDI-I do TST, "na Justia do Trabalho, o deferimento de honorrios advocatcios sujeita-se constatao da ocorrncia concomitante de dois requisitos: o benefcio da justia gratuita e a assistncia por sindicato", e, nos moldes da Smula 219/TST,"a condenao ao pagamento de honorrios advocatcios, nunca superiores a 15% (quinze por cento), no decorre pura e simplesmente da sucumbncia, devendo a parte estar assistida por sindicato da categoria profissional e comprovar a percepo de salrio inferior ao dobro do salrio mnimo ou encontrar-se em situao econmica que no lhe permita demandar sem prejuzo do prprio sustento ou da respectiva famlia" . 3. Deciso regional contrria ao entendimento cristalizado na smula transcrita. Recurso de revista conhecido e provido.

(TST - RR: 15948320115050621 , Relator: Hugo Carlos Scheuermann, Data de Julgamento: 24/09/2014, 1 Turma, Data de Publicao: DEJT 03/10/2014)A deciso contraria o entendimento cristalizado na smula transcrita, devendo, portanto, haver a condenao da empresa ao pagamento dos honorrios advocatcios.

III - DOS PEDIDOSAnte o acima exposto, o Reclamante, ora Recorrente REQUER que se digne este Colegiado a reformar o acrdo proferido s fls. nos pontos acima atacados, julgando totalmente procedente a Reclamao Trabalhista.Por fim, REQUER, ainda, que todas as intimaes e notificaes destes autos sejam realizadas em nome de Tuane de Oliveira Costa, causdico devidamente qualificado em instrumento procuratrio. Termos em quePede DeferimentoFortaleza/CE, 23 de outubro de 2014.TUANE DE OLIVEIRA COSTA

OAB Art. 896. Cabe recurso de revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decises proferidas em grau de recurso ordinrio, em dissdio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:

a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretao diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a Seo de Dissdios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a Smula de Jurisprudncia Uniforme dessa Corte

c) proferidas com violao literal de disposio de lei federal ou afronta direta e literal Constituio Federal.

IN 27 do TST

Ementa

Dispe sobre normas procedimentais aplicveis ao processo do trabalho em decorrncia da ampliao da competncia da Justia do Trabalho pela Emenda Constitucional n 45/2004.

Art. 2 A sistemtica recursal a ser observada a prevista na Consolidao das Leis do Trabalho, inclusive no tocante nomenclatura, alada, aos prazos e s competncias.

Pargrafo nico. O depsito recursal a que se refere o art. 899 da CLT sempre exigvel como requisito extrnseco do recurso, quando houver condenao em pecnia.

Prequestionamento - Oportunidade - Configurao

I- Diz-se prequestionada a matria ou questo quando na deciso impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito.

II- Incumbe parte interessada, desde que a matria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratrios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de precluso.

III- Considera-se prequestionada a questo jurdica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, no obstante opostos embargos de declarao.

STJ- RESP 297.007, 4 Turma, Min Ruy Rosado, j. 14.08.01, DJU 18.3.02 in Theotonio Negro Cdigo Civil e Legislao Civil em vigor, Ed. Saraiva, 31ed., p. 350.

STJ- RESP 651.225, 3 Turma, Min Castro Filho, j. 19.08.04, DJU 20.9.04 op. cit., p. 350.