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Nº 18 Rtro Portuguese Fashion & Lifestyle Magazine, Revista de Moda & Lifestyle Portuguesa

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magazineNº 18

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mag

azin

eEditorial

Chegaram os dias em que finalmente sabe melhor ficar em casa do que na rua. Nos EUA, os estômagos acabam de se em-panturrar no Dia de Acção de Graças e as carteiras de se esvaziar à conta da Black Friday – que chega a começar na quinta-feira. É a febre capitalista no seu expoente máximo. No entanto, mui-tos recusam-se a invadir as lojas que nem rebanhos sedentos de promoções e preferem ficar por casa a saborear um bom tinto. Muito próximo desse tinto é a cor Oxblood, um familiar próximo do vermelho que exploramos nesta edição, pela mão da blogger Djamila Afonso – que colabora connosco pela segunda vez. É também pela segunda vez que Maria Luís nos orienta no uni-verso da beleza, explorando as tendências de maquilhagem da estação fria e focando diferentes tipos do que pode ser consid-erado belo.

Tivemos ainda tempo para entrar no armário de Beatriz Sub-til e arrancar-lhe algumas confissões, na rubrica Blogger Chat. Sendo a RTRO uma publicação digital – e na impossibilidade de nos deslocarmos – a Polónia veio ter connosco pela máquina de Paulina Boczar, o Jovem Talento deste mês e cujo trabalho pode ser desde logo apreciado na nossa capa. Ainda no domínio da fotografia – e rompendo a tradição de nos focarmos em modelos – o It Boy (Sir? Mister? Man?) deste mês é nem mais nem menos que Mario Testino, um nome que dispensa apresentações.

Numa altura em que comprar é mais rápido do que fazer, continuamos a apostar na secção DIY, onde pequenos gestos se traduzem em peças renovadas. É uma forma de voltar ao básico, ao que é essencial, algo a que a nossa convidada Helena Lopes se dedica na rubrica It Girl, quando escreve sobre Alison Mosshart.

E mais não dizemos. Descubram por que é que esta RTRO cheira a 1 Million de Paco Rabanne, soa a Black Keys e por que é que o padrão militar está de volta.

Seja envolta em tons de Oxblood ou de Azul Eléctrico (ve-jam o que queremos dizer na secção Color Me), desejamos que a vossa holiday season seja passada em grande estilo mas, sobr-etudo, com muitos doces.

Boas Festas e Boa Leitura ;)

Margarida CunhaEditora

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mag

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e

editoraMargarida Cunha

redactoresAna Rodrigues

Catarina Oliveira

Djamila Afonso

Helena Lopes

Margarida Cunha

Maria Luís

Mariana Sá

Mónica Dias

Pedro Resende

layoutManuel Costa

paginaçãoManuel Costa

Ana Dias

foto de capaPaulina Boczar

rtrostaff

A rtro está sempre à pro-cura de modelos, fotógrafos,

stylists, maquilhadores, designers, que queiram

colaborar, expor os seus tra-balhos, se achas que tens o que é preciso contacta-nos

para o nosso email.

www.rtromagazine.com [email protected]

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Índice Focus on DesignerProenza Schouler

6Blogger ChatBeatriz Subtil

14

it girlBack to Basics

46

Color meAzul Cobalto

10

OxBlood A “It color” do Outono

42it BoyCause It Men are not the same

48Tendências de Maquilhagem Outono-Inverno 2012/2013

52

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Jovens TalentosPaulina Boczar

26

Ler. Ver. Ouvir

58WishlistChic vs Cheap!

60Smells like…1 Million by Paco Rabanne

56

20Just Diy

TendênciasMilitar

22Quem disse que não sou bela?

38

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por Pedro Resende

Focus on

Designers

Proenza Schouler

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The Soul

of The

Mothers6 – 7 | rtro

6 – 7 | rtro

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Parsons School of Design, Nova Iorque,

2002. Jack McCollough e Lazaro

Hernandez juntam-se no seu projeto

final de curso e iniciam uma colaboração

que viria a perdurar no tempo e a

fundar uma das marcas de Moda mais

modernas e inovadoras dos últimos

anos. A inspiração para o nome? A mãe

de cada um dos designers, e o seu nome

de solteira em específico. O resultado?

Proenza Schouler!!!

Acessórios e vestuário que combinam

um desportivo clássico com um edge

nos acessórios e que se tornaram para o

mundo marca de culto e de desejo. Uma

inspiração nas artes e na juventude, com

uma aliança entre a confeção e a atenção

ao detalhe, fizeram da marca um sucesso

instantâneo, com a primeira coleção

comprada na totalidade pela Barney’s NY.

Consagrada pelo consumidor e pela

indústria, Proenza Schouler foi a primeira

marca vencedora do CFDA Fashion

Found Award, tendo voltado à vitória nos

Focus on designers

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mesmos prémios já no ano de 2007, ao

vencer o CFDA Womenswear Designer

of the Year, que venceu pela segunda vez

em 2011. Um reconhecimento atribuído

também pelas maiores figuras do mundo

da cultura e da moda, como Chloë Sevigny,

ícone de estilo e imagem comum da marca

americana.

Descrita pelo NY Times como a

“próxima geração de talentos” da América,

a marca alia um espírito de lady da década

de 60 a um envolvimento tecnológico que

a leva a procurar acabamentos diferentes

e novas formas de lavar, confecionar

ou colorir tecidos e metais, que usa

em criações sofisticadas e decorativas.

Padrões animais ou coleções minimalistas

em gangas e tons fortes, o trendsetting

é evidente e Proenza Schouler deixou

de se confundir com os designers que a

criam para passar a ser sinónimo de estilo,

modernidade e sofisticação.

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por Catarina Oliveiraqatch.wordpress.com

Color me

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A tonalidade de azul que foi tanto

avistada nas lojas como nas passerelles

promete marcar a estação de Outono

e Inverno. Chamem-lhe cobalto ou

eléctrico, a verdade é que chama

a atenção e torna as aborrecidas

roupas outonais em algo muito

mais chamativo.

Além do verde-garrafa ou o

famoso burgundy,

o azul eléctrico

ganha força porque

é possível ser

conjugado com

todas as cores,

incluindo estas

tão populares,

para a

estação fria,

resultando

em opções

de color

blocking

extremamente

originais.

Aparecendo

essencialmente

na semana da

Moda de Paris,

exemplos de

designers que o

incluíram nas suas

colecções são grandes nomes como

Stella McCartney, Lanvin, Balenciaga

ou Probal Gurund.

Stella enquadra o azul em contraste

com branco, preto ou cinzento, mas

opta também por apostar em azul

eléctrico como look total, como se vê na

imagem. Em vestido a opção é arriscada

mas vence com toda a classe.

A colecção da casa Lanvin apresenta-

nos também um vestido midi, a conjugar

com collant branco, primando, como

Stella McCartney, por um visual

simples que se apoia acima de tudo na

poderosa cor.

Balenciaga insere este azul em

conjuntos metalizados que marcam a

já habitual ousadia da marca, fazendo

uso de tecidos que

ligam perfeitamente

com a estação

chuvosa.

Probal Gurund

mostra todo o

potencial do

azul eléctrico e

apresenta-nos

looks que são

autênticos

show

stoppers,

como este que

vemos, em que

a cor abraça

na perfeição o

padrão intrigante.

Uma forma

de ficar a conhecer

as variadas formas

de fazer uso da

tonalidade é graças

às fashion bloggers, que conseguem

mostrar que a cor se transporta

da passerelle para as ruas sem

problemas. Exemplos são a sempre

impecável Hanneli Mustaparta e a

elegante Columbine.

Ficam aqui as sugestões da RTRO

para poderem comprar peças azul

eléctrico online.

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Color me

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Azu

l Elé

ctric

o

openingceremony.us - 46€

romwe.com - 117,41€

asos.com - 49,40€

hm.com - 29,95€

mango.com - 29,99€

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Blogger Chat

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por Margarida Cunha

A RTRO continua a explorar o infindável mundo dos blogues de Moda. Desta vez, tirámos do armário a apaixonante Beatriz Subtil, aspirante a dentista e apreciadora de Moda nas horas vagas. Com as ideias bem claras, Beatriz mostra-nos de seguida que nenhuma gaveta ficou por abrir.

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A pergunta inevitável: como é que uma estudante de Medicina Dentária se torna numa louca por compras?

Antes de mais, obrigada pela oportunidade de ser entrevistada por vocês. É, mais uma

vez, uma honra poder participar neste projecto que adoro e sigo com muita atenção. Bem,

essa pergunta é um pouco difícil, nunca fui de dar muita importância a roupas e moda,

sempre gostei de ter o meu estilo muito simples: skinny jeans, All Star e uma camisola

básica. Eu era a típica plain Jane. No entanto, com a entrada na faculdade há três anos,

fui tendo em mais atenção que, às vezes, não faz assim tão mal dar uma reviravolta

no nosso look, mesmo que seja de forma simples. E foi o que aconteceu! Também tive

em conta que a profissão que anseio para mim tem um determinado prestígio, e uma

dentista estar sempre de calças de ganga e camisolas básicas é um bocado entediante,

não? Comecei a ver coisas e coisas, e voltei a apaixonar-me por acessórios e camisolas.

E pronto, virei uma louca por compras, mas com conta, peso e medida, tendo em conta

os dias que vivemos.

Colaboraste com a RTRO na edição anterior, na rubrica “Smells like...”. Já tinhas colaborado com alguma revista de Moda, física ou digital? Como descreves a experiência?

Não, nunca tinha colaborado com nenhuma revista. Foi a primeira vez, e foi uma experiência

bastante interessante. Nunca me tive em grande conta, nunca fui uma daquelas pessoas

com a auto-estima sempre em cima, consigo olhar para mim e enumerar mil defeitos e

nem uma coisa positiva, e de certa forma, ter sido convidada pela RTRO para participar

um pouco neste projecto foi algo que me deixou extasiada. Claro que tive que contar às

minhas amigas e obrigá-las (literalmente) a fazerem o download da revista.

Na Internet abundam blogues de Moda e Estilo. Por quê a necessidade de criares o teu?

Ao contrário do que muitas pessoas pensam – e me acusam de futilidade, de plágios, etc

– o meu blog foi criado pela razão mais simples do mundo: precisava de um espaço para

me distrair dos meus problemas e da minha vida. Tive um ano complicado, e no fundo,

pensei que ao escrever um blog sobre um tema ao qual nunca dei muita importância seria

uma forma de me ocupar, nem que fosse para aprender mais sobre o mesmo. E assim o

fiz, utilizo o meu blog como uma terapia, para me ajudar a sair um pouco do meu mundo

que se resume muito ao mesmo. O curso é complicado e, pelo menos quando chego a

casa, sei que tenho um cantinho, com alguns seguidores (que desde já agradeço o apoio

e fico muito grata por gostarem e acreditarem no meu blog), onde posso falar, não só

dos meus gostos pessoais e compras, mas também posso mostrar alguns projectos que

faço para mim.

Blogger Chat

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“Ao contrário do que muitas pessoas pensam

(…), o meu blog foi criado pela razão mais

simples do mundo: precisava de um

espaço para me distrair (…)”

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Como descreverias, em apenas uma palavra, a Moda actual? Por quê?

Para mim a Moda actual não se pode descrever numa palavra.

Acho que há imensos estilos e tendências diferentes que ficam

bem misturados ou às vezes ficam uma grande confusão.

Acho que a Moda é muito aquilo que nós gostamos para nós

próprios; hoje em dia usam-se roupas que se usaram nos

anos 90, como coisas que são tão futuristas que nos fazem

pensar duas vezes se usaríamos aquilo. A Moda é um Mundo.

Que blogues te inspiram?

Acima de muitos blogs que sigo e gosto, os que realmente

me inspiram são o Infinito Mais Um, da Ana Garcês e o

Love & Other Drugs, da Joana Cooper. São blogs bastante

consistentes e interessantes, falam de assuntos que gosto

e têm sempre algo a dizer sobre as tendências.

O que é que já aprendeste com a tua experiência como blogger?

Aprendi que por vezes ouvimos muitos “nãos” até termos

um “sim”, aprendi que há muita competição sem razão

aparente e que, 99% das vezes, as nossas intenções são

interpretadas como tentar roubar algo a alguém. No

entanto, sei em que é que o meu blog se baseia, as pessoas

que gostam de mim sabem o porquê da criação do mesmo

e, de dia para dia, o número de seguidores cresce, portanto

alguma coisa de bom devo fazer.

A cor dominante no teu blogue é o rosa claro. Em que medida consideras que essa cor te reflecte?

Esta é uma das perguntas mais engraçadas que me é feita

frequentemente. A minha cor favorita é sem dúvida o

cor-de-rosa, há muitos anos que assim o é. Inicialmente o

blog era em tons de azul, mas da última vez que fiz uma

mudança de design (a cargo da Ana Garcês) escolhi aquele

tom por ser neste momento a cor que mais calma me

transmite. Abro a página do blog e, sendo de cores suaves e

com gráficos de “fácil” visualização, transmite serenidade,

e acho que neste momento na minha vida, se o único sitio

onde puder ter alguma paz for ali, então que tenha uma cor

serena e claro, a meu gosto.

“Aprendi que por vezes ouvimos muitos “nãos” até termos um “sim”, (…) que 99% das vezes as nossas intenções são interpretadas como tentar roubar algo a alguém.”

Blogger Chat

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Um sonho impossível?

Por mais estranho que pareça ser eu a dizer isto: acho que não há sonhos impossíveis.

Tudo é realizável. Existem sim, ilusões, e essas sim, tornam-se impossíveis, mas os

sonhos não. Já diria António Gedeão, “…o sonho é uma constante da vida…”. Acho que

no dia em que eu parar de sonhar, mais vale desistir de tudo.

O que é que nunca encontraremos no armário da Beatriz?

Negativismos. Acima de tudo, isso. Mesmo que faça um desabafo, é sempre na tentativa

de me tornar mais forte. Foi com esse objectivo que iniciei este projecto, divertir-me,

aconselhar (no que souber) e distrair-me. A vida já traz muita coisa negativa, mais uma

página de internet sobre isso acho que não vale a pena.

A nossa revista chama-se RTRO. O que é, para ti, ser RTRO?

RTRO é um conceito muito complicado. No entanto, eu considero-me um bocadinho RTRO.

Para mim, é ir buscar inspiração a coisas que foram deixadas para trás no tempo e, no meu

caso, faço-o com roupas e acessórios que, conjugados com outras coisas ditas actuais, ficam

bem. O RTRO e o Vintage são sem dúvida estilos que gosto e admiro. E porque não ser um

bocadinho RTRO? É um estilo que me inspira mas, acima de tudo, me fascina.

“ (…) acho que não há sonhos impossíveis, (…) ilusões, essas sim,

tornam-se impossíveis”

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por Ana Rodriguestoroseparade.blogspot.com

JuSTDIY!

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Nesta edição a RTRO traz de volta o

artigo apenas e só dedicado ao DIY –

do it yourself. Temos ideias, propomos e

queremos saber quais têm sido as vossas

experiências neste tipo de criação!

Desta vez sugerimos outros dois excelentes

truques da blogger a pair and a spare: uma

camisa de ganga com gola de pele sintética

e um cut-out nautical top.

Como sabemos, as aplicações em pele são

uma tendência para esta estação e parece

que este tipo de peças é muito fácil de obter

através de um pedaço de pele sintética

que se pode comprar em qualquer loja

especializada neste tipo de produtos. Para

conseguirmos criar uma gola adequada à

camisa que queremos aplicar precisamos

apenas de: um pedaço de tecido de pele

sintética (a cor poderá variar conforme a

opção de cada um de vós), uma camisa de

ganga ou outro tecido, tesoura, alfinetes,

giz, máquina de costura e linha da mesma

cor do tecido.

Como fazer? Em primeiro lugar, é

necessário contornar no tecido a gola da

camisa dando uma margem de erro de cerca

de 5 centímetros a mais de forma a evitar

erros de medição e também facilitar a tarefa

de aplicação final da gola de pele sintética

à original. Em seguida, destaca-se a parte

que foi desenhada no tecido e, com a ajuda

de alfinetes, aplica-se sobre a gola original.

Por fim, une-se as duas peças e, com a ajuda

da máquina de costura e de linha da mesma

cor do tecido, coze-se as peças. O resultado?

Uma camisa com aplicações em pele

semelhante às que encontramos facilmente

nas lojas e que, à partida, teria os seus dias

contados no nosso armário completamente

renovada em pouco tempo!

A camisola nautical cut-out é ainda

mais simples de obter: apenas são

necessárias uma camisola simples às

ricas de manga comprida, um lápis ou giz,

tesoura, botões com forma e cor à vossa

escolha e máquina de costura.

Em primeiro lugar é necessário

desenhar com o lápis ou giz uma recta

perfeita desde o extremo do ombro até

ao punho de ambas as mangas e verificar

se coincidem correctamente ambos os

lados, dobrando a camisola ao meio. Se

se verificar essa simetria então estamos

prontos para a fase seguinte: recorta-

se o tecido nesses locais e, com a ajuda

da máquina de costura, fazem-se as

bainhas. Por fim, aplicam-se os botões

nos locais que desejam, ou conforme a

imagem anexada no artigo, e recortam-

se as respectivas “casas” no lado oposto

do tecido. Conseguimos assim renovar

totalmente uma camisa desactualizada de

uma forma muito acessível e fácil de obter!

Enviem-nos as vossas propostas DIY!

Na próxima edição será seleccionada uma

das ideias que nos enviarem e apresentada

na revista juntamente com mais duas

outras propostas encontradas em blogs

deste tipo de criação.

Só precisas de enviar um texto com

os teus dados (nome, cidade onde vives,

endereço do blog pessoal (opcional)), a

lista de material necessária para o DIY,

bem como todos os passos e fotografias

before e after do DIY e enviar para:

[email protected]

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TendênciasMilitar

E ao tigre segue-se o militar. Parece

que também esta tendência está de volta:

desde casacos a camisas cintadas, bolsas,

carteiras, botas, sapatos, vernizes e batons,

este registo boyish glam está novamente a

atrair as atenções!

Podemos combinar um casaco deste

padrão com um vestido de corte simples

e de uma só cor, uns calções de ganga ou

umas jeggings, deixando os seus prints

improváveis assumir o protagonismo

do look. Se a peça for comprida, convém

ser a única com este padrão ou o

look torna-se exagerado. Outra nota

importante: misturar padrões pode dar

um bom resultado. Basta atreveres-te um

bocadinho e dar asas à tua imaginação.

O importante é combinar o militar com

peças femininas, de forma a não passar

um ar demasiado masculino.

por Mónica Dias

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Tendencia Militar

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por Margarida Cunha

Jovens talentos

Paulina Boczar Retrato de uma sonhadora

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Há 25 anos a cidade polaca de Zielona Góra assistiu ao nascimento de Paulina Boczar. 16 anos volvidos, eis que chega o apelo da fotografia.

Com a máxima profundidade de campo possível, a RTRO capta o retrato de uma apaixonada por pessoas e emoções.

És uma jovem fotógrafa. Por quê fotografia?

Costumava dizer que a fotografia é a minha forma de fazer com

que as pessoas “vejam como eu”. Esta pergunta é um pouco difícil

porque toda a gente está a questionar isso. Não quero ser aborrecida

ao repetir sempre as mesmas respostas mas não há mais nada a

acrescentar.

Creio que as pessoas que são fotógrafas têm alguns problemas ao nível

da comunicação verbal. Eu não sou diferente. O mesmo se aplica a

designers gráficos, programadores, pessoas que passam a maior parte

do tempo no computador. Deduzo que possam encontrar-se excepções,

como em tudo, mas no geral é assim.

A câmara é como que a minha melhor amiga, tornou-me mais confiante.

E mais: com a fotografia conseguimos captar momentos, congelar

emoções.

Mencionas, no teu CV, que te interessas sobretudo por pessoas e emoções. De facto, a maior parte do teu trabalho consiste em retratos. Paisagens e espaços não conseguem transmitir emoções?

Claro que conseguem! E há muitos fotógrafos que são óptimos no

campo da Fotografia de Natureza. Consigo apreciar o trabalho de

outras pessoas, e realmente aprecio, mas não é a minha praia. Adoro

fotografar retratos de todo o tipo. Recentemente tenho tirado retratos

de pessoas em contacto com a natureza. Talvez um dia comece a

fotografar paisagens. É um pouco como a música, não se pode tocar

tudo. Mas podemos apreciar outro artista que o faça.

Jovens talentos

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" [Fotografia de Natureza] não é a minha praia (…) É um pouco

como a música, não se pode tocar tudo”

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Protagonizaste mais de 20 exposições. Alguma favorita? Por quê?

Tenho mesmo de referir a minha primeira exposição. Recordá-la-ei por muito tempo.

Foi como o primeiro dia de escola. Estava na expectativa, estava entusiasmada, muito,

muito feliz mas, ao mesmo tempo, stressada como nunca tinha estado. Tive sorte por

causa das pessoas que me apoiaram. Mas foi definitivamente daqueles momentos que

não se podem apagar.

Em que é que a tua fotografia se distingue da dos outros? Como é que consegues, tal como já chegaste a referir, “ajudar as pessoas a captar experiências mais significativas?”

Penso que cada fotógrafo desenvolve o seu estilo com o tempo. Às vezes esse estilo é

tão reconhecível que nem precisamos do nome do autor para saber quem tirou a foto.

As pessoas podem ou não gostar desse estilo. Somos diferentes, cada um vê o mundo

à sua maneira – e por causa disso fotos das mesmas pessoas ou situações tiradas por

pessoas diferentes vão apresentar sempre emoções diferentes (ou apresenta-las de

maneiras diferentes).

Quanto a ajudar as pessoas a captar experiências mais significativas – a fotografia

ajuda-nos a apanhar e a preservar momentos importantes – pode ser o teu filho a dar

os primeiros passos ou a vencer uma corrida de bicicleta. A vida é feita desses pequenos

momentos dignos de serem guardados.

Jovens talentos

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Trabalhaste com galerias de arte mas também com revistas e agências de modelos. A fotografia desempenha um papel diferente em cada uma delas?

Claro. Existe uma grande diferença. As agências de modelos criam fotografia comercial.

Nas revistas temos imensas possibilidades. Depende do tema – em revistas de Moda temos

editoriais e em, digamos, revistas do sector imobiliário temos edifícios, casas, apartamentos.

Também há algumas revistas underground sobre lifestyle e arte de rua. A fotografia é um

sector vasto, há muitas opções. Tudo depende do tema principal da revista.

Galerias de arte podem dar-te mais liberdade. Claro que algumas delas têm um

mecanismo de promoção artística muito especificamente orientado; outras promovem

toda a gente, independentemente da técnica que usem ou do tema que apresentem. E,

para ser honesta, galerias de arte podem bem ser dos últimos espaços que promovem

fotografia analógica.

De onde vem a tua inspiração? Tens referências? Algum trabalho em particular que te empurre para a frente?

Encontro inspiração na vida quotidiana, em situações casuais e nas pessoas à minha

volta. E mais: não imagino a minha vida sem música. Muitas vezes a música motivou-

me a continuar a trabalhar, ajudou-me a superar barreiras ou simplesmente deu-me um

impulso. Claro que a experiência de trabalho é importante mas para mim sempre foi

apenas um background.

“Creio que as pessoas que são fotógrafas têm alguns problemas ao nível da

comunicação verbal”

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Há alguém que, ou para quem, gostarias de fotografar? Quem e por quê?

Poderia ser Sofia Coppola. Realizadora, produtora, fotógrafa e designer.

Gostava mesmo de falar com ela porque tudo o que está a fazer é-me querido. Filmes

como Lost in Translation ou Somewhere fascinaram-me. Seria a oportunidade perfeita

para conhecer a sua forma de pensar, de tomar decisões, de seguir em frente. Como

é o seu dia, como é que ela relaxa… É realmente uma pessoa inspiradora. E mais: o

seu marido também é uma pessoa interessante, um músico. Para ser sincera, descobri

que ele toca num grupo de que gosto muito, o que me torna tão curiosa em relação a

quem ela realmente é.

És bacharel em Relações Públicas e Identidade Corporativa. Onde encaixa a fotografia?

São áreas úteis porque o seu alcance de conhecimento pode ser aplicado em quase

qualquer outro domínio. Um deles é a fotografia. Se pensares nela como a tua forma

de viver, mais cedo ou mais tarde terás de ter clientes, tornar-te visível no mercado,

aumentar o teu reconhecimento, etc. RP e IC ensinam-te a criar a identidade visual de

que inevitavelmente vais precisar. Aí poderás usar ferramentas de marketing (incluindo

as redes sociais) para te promoveres e, então (ou até no início), planear a tua estratégia

de marca – e tudo isto é RP.

Jovens talentos

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Graças às inovações tecnológicas e ao desenvolvimento da fotografia digital, há agora muitos jovens interessados em fotografia e que querem tornar-se fotógrafos. Como é que vês este fenómeno?

Na verdade, este boom na fotografia começou há alguns anos. Mas o momento em

que realmente explodiu foi com a expansão dos telemóveis com câmaras muito boas. A

tecnologia avança, hoje em dia podes comprar equipamento que, quando bem utilizado,

pode fazer coisas inacreditáveis. Infelizmente semeou-se a ideia de que qualquer pessoa

com um iPhone ou com uma câmara de segunda é fotógrafo de imediato. Pessoalmente, não

me incomoda de todo, até é bom que as pessoas se interessem. Também há um interesse

crescente no processo de fazer vídeos, uma vez que podem ser criados com o telemóvel.

A conclusão é: o aparelho não fará uma fotografia por ti, não fará de ti um bom fotógrafo

ou realizador, da mesma forma que não serás um bom guionista simplesmente por teres

papel e caneta.

“Infelizmente semeou-se a ideia de que qualquer pessoa com um iPhone

ou com uma câmara de segunda é fotógrafo de imediato”

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“Duvido que aplicações (…)

sociais [como o Instagram]

constituam alguma ameaça à percepção de

fotografia das pessoas”

Jovens talentos

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E quanto ao Instagram? Consideras que está de algum modo a alterar a forma como vemos fotografia?

Talvez eu viva um pouco no passado mas

não há forma de levar o Instagram a sério.

Na verdade, instalei-o recentemente só

para ver por que é que se fala tanto nele

e não me chama de todo. É apenas uma

ferramenta para tornar as tuas fotos

de Facebook/Twitter/Tumblr ou por aí

mais cool; é apenas mais uma aplicação

que nos permite partilhar a nossa vida

com os amigos.

Duvido seriamente que aplicações ou

serviços sociais, que são um substituto

visual de estados textuais sobre “o que

comeste ao pequeno-almoço” ou “qual

a cor do banco em que estás sentado”,

constituam alguma ameaça à percepção de

fotografia das pessoas.

Se houvesse apenas uma fotografia que captasse a Paulina Boczar, sem mostrar o teu rosto, como é que seria?

Esta é provavelmente a pergunta mais

difícil que me fizeram. Poderia mostrar

uma fotografia de uma floresta ou de

uma paisagem sossegada com um lago.

Adoro mesmo a paz; não tiro fotografias

da natureza mas adoro passar tempo

junto dela.

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QueM DISSe que Não SOu BeLA?por Maria Luíshttp://bunnyeme.blogspot.pt/

O s padrões de beleza são enraizados em nós desde pequenos pela sociedade

em que vivemos e isso faz com que o nosso subconsciente fique treinado a

avaliar as caras à nossa volta automaticamente e a julgá-las conforme os nossos

gostos. Nem sempre uma primeira impressão é a melhor amostra do que alguém é,

mas é definitivamente a mais marcante.

Há uma imensa variedade de olhos e lábios que combinados entre si resultam

numa imensidão de rostos com diferentes narizes, bochechas, sobrancelhas e

outras características. Já pensaram como somos tão iguais e tão diferentes? Há

características que são mais facilmente apreciadas, como a simetria de um rosto

mas se fôssemos todos iguais o mundo era muito monótono, não concordam? No

mundo da moda, os rostos exóticos são uma característica de relevo e eu tenho

como ícones as modelos mais estranhas que conheço, a américo-nipónica Devon

Aoki e a inglesa Lily Cole. Tão lindas como estranhas!

Uma das grandes vantagens da maquilhagem é poder ajudar-nos a deixar nossos

traços do rosto mais proporcionais e é segundo as diferenças de alguns traços que

vos vou dar algumas dicas.

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Olhos Separados:

Como disfarçar? Aconselho o uso de sombras escuras, ou

de cores fortes, desde o canto interno dos olhos até à direção

das têmporas. A tonalidade clara de sombra deve ser aplicada

somente na região próxima à sobrancelha.

Olhos Juntos:

Como disfarçar? Para a região interna dos olhos use sempre

tons claros, que iluminam e abrem a expressão. Ilumine a

partir do canal lacrimal com sombras claras cintilantes.

Para a região externa dos olhos, abuse dos tons escuros.

Esfume bem para não ficar marcada a transição do claro para

o escuro.

Utilize lápis escuro do meio olho para fora. Ao aplicar

máscara, reforce a aplicação no canto externo.

Olhos Fundos:

Como disfarçar? Aplicar com o dedo um corretor de

olheiras um tom mais claro que o da pele, dando umas

batidinhas na pele escura.

Coloque com um pincel próprio uma base cremosa da cor da

sua pele, espalhando bem, e termine com um pó translúcido

para dar um aspecto leve e saudável.

Ilumine o centro da pálpebra e abaixo da sobrancelha com

uma sombra nude com um efeito brilhante.

Olhos Caídos:

Como disfarçar? Evite utilizar sombra ou lápis na parte

inferior do olho para não puxar o olhar mais para baixo.

Aplique lápis na linha interna e pode utilizar máscara nas

pestanas inferiores para além das superiores, usando em

seguida o revirador de pestanas.

Use uma sombra mais escura na parte externa e uma sombra

mais clara na parte interna do olho. Esfume a sombra um

pouco acima da linha que delimita a pálpebra superior, na

parte externa do olho.

Quem disse que não sou bela?

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Olhos Pequenos:

Como disfarçar? Use sombras luminosas e claras, contorne

os olhos na parte exterior com lápis preto ou castanho

esbatido, abuse do rímel, mas só na parte exterior das

pestanas, assim dará a sensação de ter olhos maiores.

Não coloque lápis preto no interior da pálpebra, ficará com

os olhos ainda mais pequenos, pode usar antes o lápis branco,

faz aumentar e ilumina o olhar.

Olhos Grandes

Como disfarçar? Prefira sempre sombras com tons mais

escuros, porque elas dão mais profundidade e a ilusão de

serem mais pequenos. Evite os tons claros, porque fazem o

efeito contrário do que pretende. Opte por tons escuros, mas

não necessariamente preto. Escolha uma sombra de apenas

um tom em toda a pálpebra móvel, deixando um pouco mais

claro perto do nariz e mais escuro na parte perto do cabelo.

Depois da sombra aplicada, coloque o liner – ou lápis – na

parte superior dos olhos, rente às pestanas. Outro truque é

colocar o lápis preto na linha d´água, tanto na parte inferior

dos olhos quanto na superior. Isso deixa o seu olho ainda

menor mas não aconselho a quem tem os olhos sensíveis

porque é uma zona do olho bastante frágil.

Lábios Finos:

Como disfarçar? Quando aplicar a base, passe também nos

lábios e faça o contorno a lápis um pouquinho fora da linha

dos lábios (não exagere porque o resultado não será bom) na

cor da boca ou na cor do batom a ser utilizado.

Depois é só passar o batom desejado e gloss ao centro.

Boca Grande:

Como disfarçar? Quando aplicar a base, passe também

nos lábios nos cantos externos aos lábios, desenhando novo

formato com um contorno labial, diminuindo as laterais. O

contorno deve ser feito por dentro num tom intermédio.

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OxBLOOD A “IT COLOR” DO OuTONO

por Djamila Afonsotrendingt0pic.blogspot.pt/

Quando se fala de Outono no mundo

da Moda é inevitável falar dos

grandes desfiles de colecções da temporada,

com a apresentação daquilo que sempre

promete ser tendência.

As colecções Outono/Inverno vêm

sempre carregadas de novidades e das

tendências mais inesperadas.

Este ano deparamo–nos com a

tendência do vermelho oxblood! Com

um nome muito pouco simpático, mas

de uma enorme beleza, esta cor surgiu

nas colecções dos mais diversos designers

de renome, como Nina Ricci, Alexander

Wang, Yves Saint Laurent, Jason Wu,

Gucci, e muitos outros. Com esta enorme

aposta dos designers nesta cor, o oxblood

adivinhava-se já como uma das principais

cores a usar neste Outono.

Com os vários tons de vermelho que

por aí andam, o que é que torna este

tom em particular tão especial? Pois

bem, o oxblood pode ser facilmente

confundido com o bordeau, devido às

suas semelhanças mas, na verdade, este

tom assume-se como um vermelho

acastanhado, que eventualmente poderá

surgir também com algumas notas de

violeta. Pode também associar-se a um

lado mais “vampiresco” por ser uma cor

tão escura e sombria, o que acaba por lhe

conferir um certo mistério e elegância.

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Oxblood

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Um tom tão escuro nem sempre vai

de encontro ao estilo e personalidade de

toda a gente, há quem goste de cores mais

vivas e alegres, por isso o oxblood está

disponível em tudo o que diga respeito ao

mundo da Moda, desde sapatos, a malas e

maquilhagem, o que é óptimo para quem

quer experimentar a tendência sem cair

logo no exagero. Pode por isso optar por

pequenos apontamentos, combinados

com outras cores e ficará sempre bem.

E quando se fala de tendências é

inevitável falar das celebridades que a

elas aderem, e no caso do oxblood teve

uma enorme adesão por parte das mais

diversas personalidades. Chloé Moretz,

Emma Stone e a Duquesa de Cambridge,

Kate Middleton, são apenas alguns dos

nomes que se deixaram render pela “it

color” da temporada.

Para quem ainda não aderiu à

tendência, fica o conselho: Qualquer peça

ou acessório neste tom fará uma enorme

diferença no seu guarda-roupa de Outono!

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it girl

por Helena Lopes

Back to Basics

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Quer esteja em palco com uma das

bandas à qual pertence, ou nas

ruas de Londres, cidade onde vive, Alison Mosshart nunca desilude no que toca ao

seu estilo.

E o melhor é que não precisa de

muito para nos conquistar com o seu

estilo. Umas calças, um t-shirt, botas

envernizadas e uma gabardine de cabedal

e estava pronta para assistir ao desfile da

Burberry Prorsum na semana da Moda em

Londres. E desta forma, acrescentou uma

boa dose de rock&roll e rebeldia à primeira

fila do desfile.

Parece algo tão simples e sem graça

que se torna difícil de acreditar como

pode arrasar com tão pouco, mas é

essa simplicidade que surpreende,

porque ultimamente cada vez mais

desvalorizamos os básicos, cada vez

mais pessoas como Anna Dello Russo se

tornam mentoras e ícones de estilo. Não

estaremos nós a precisar de regressar aos

básicos? Não estaremos nós a perder essa

simplicidade que nos torna tão únicos?

Pois, afinal de contas, as tendências vão

mudando todas as estações e os básicos,

tal como o nome indica, são algo que

nunca passa de Moda.

Alison Mosshart é a prova viva de que

sim, precisamos mais do que nunca de

básicos no nosso armário, para simplificar

mais a nossa vida e nos devolver opções

que sem eles nunca teríamos.

Ultimamente toda a gente quer ser

extravagante para ser diferente, mas não

fará agora mais sentido ser normal, para

ser diferente?

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it boy!

Cause It Men are not the same

por Pedro Resende

De It Boys está o mundo cheio… de

It Men, nem tanto. Afinal, entre

bloggers, modelos, designers ou puros

fashionistas, o mundo da moda encontra-

se hoje recheado de personagens e

personalidades (a distinção é boa, mas

difícil) que marcam pela diferença ou

pela semelhança um mundo cada vez

mais efémero. Hoje são eles, amanhã

outros, e a mudança marca presença

como sempre o fez no mundo da moda.

Quem fica? Os nomes dos grandes…

daqueles que marcam mais porque fazem

mais ou porque fazem melhor. É o caso do

It Boy deste mês, mais It Men até. Mario

Testino, fotógrafo, cinquenta e oito anos,

presença no mundo da Moda não só em

trabalho como em nome e figura.

De livros, exposições, documentários,

imagens criadas para todas as maiores

publicações de Moda internacionais,

ou retratos de algumas das maiores

personalidades do mundo, o nome Mario

Testino marca por si só uma geração

imagética e uma linguagem universal.

Nudez, sensualidade, naturalidade e

perfeição que o levaram face a face com

a própria Anna Wintour na famosa capa

da edição de Setembro de 2007, ou a

fotografar a princesa Diana pouco antes da

sua morte. Mario é Kate Moss, é Versace,

é família real, é Vogue, é Lara Stone, é

Dior, é Grace Coddington… Mario é tanto

que consegue centrar em si a atenção de

todos os envolvidos no mundo da Moda,

há anos. E não é isso um It Boy? Ou são os

efémeros que valem mais?

Afinal, permanecer na indústria é um

feito de poucos, e ele conseguiu-o. E vai

continuar a consegui-lo, agora também

com Private View, em livro de edição

limitada e em exposição mais limitada

ainda. De 29 de Outubro a 2 de Dezembro,

em exclusivo em Changai. Se isto não é

um It Boy, há que rever a definição!!!

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It boy

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TeNdêNcIas de MaquIlhageM OuTONO-INvERNO 2012/2013

por Maria Luíshttp://bunnyeme.blogspot.pt/

Caras frescas e Naturais:

Quem usou? Valentino, Michael Kors,

Vera Wang, Alexander McQueen, Chloé,

Cristian Dior, Tommy Hilfiger.

Como usar? Na RTRO nº17 falei-lhe de

tudo o que precisa saber para uma pele

perfeita. Aplicar correctamente a base certa

para a sua pele vai permitir-lhe o aspecto

saudável e natural que deseja. É essencial a

pele não parecer oleosa ou escamada. Dar

contorno aos cantos dos olhos e ao longo

das maçãs do rosto com um tom terra

muito claro, ajuda a estruturar o seu rosto.

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Olhos Esfumados:

Quem usou? Burberry Prorsum, Calvin Klein, Derek Lam, Diane

Von Fustenberg, Jason Wu.

Como usar? A beleza das sombras em vários gradientes de cinzento

e preto é a sua versatilidade. Escolha uma sombra de cor entre o caqui

e o moca e, em seguida, esfume estas cores para enriquecer o olhar.

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Bocas Vermelhas:

Quem usou? Gucci, Jil Sander, Narciso Rodriguez, Marc Jacobs,

Michael Kors, Monique Lhuillier, Rick Owens, Rochas, Zac Posen.

Como usar? O vermelho é sempre uma boa escolha para o Outono,

mas o tom de vinho quente com especiarias ou os tons de chocolate

apresentam-se realmente sedutores. Existem com acabamentos

cremosos de mate ou com brilho de verniz, tudo compensado pela pele

perfeita como contraste. A beleza está no trabalho de preparação: um

tratamento esfoliante labial, uma camada de bálsamo com cor clara

debaixo do seu vermelho para ajustar a intensidade e é a garantia de

uma boca fatal.

Sobrancelhas Definidas:

Quem usou? Missoni, Ralph

Lauren, Tom Ford.

Como usar? As sobrancelhas

bem fortes continuam a chamar

a atenção. Use lápis e sombras

para acentuar o arco e, para uma

saída nocturna, pode também

adicionar uns brilhos subtis.

Tendências de Maquilhagem

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Olhos Coloridos:

Quem usou? Prabal Gurung, Jason Wu, Anna Sui, Phillip Lim, Dries

Van Noten, Narciso Rodriguez, Prada, Roberto Cavalli, Stella McCartney.

Como usar? Na passerelle, foi visto em máscara de pestanas, sombras

e eyeliner, nas cores mais variadas, dos amarelos aos vermelhos e

dos azuis aos verdes. Para uma versão chique e fácil de usar, procure

sombras com toques de dourado e prateado e misture com uma sombra

da sua cor favorita da estação, suavizando o efeito e complementando

o seu tom de pele.

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por Mónica Dias

Smells like…

1Million by Paco Rabanne

Porque os meninos também

merecem uma sugestão da RTRO,

nesta edição apresentamos o 1 Million.

Provavelmente já todos ouviram falar

deste perfume, quanto mais não seja

pela propaganda televisiva que revela

a excentricidade masculina.

Esta é uma das fragrâncias

masculinas mais caras e mais

conhecidas. O frasco, com a forma

de uma barra de ouro e o nome nele

gravado com uma tipografia ao estilo

do Velho Oeste, passa a ideia de

prosperidade, poder e elegância.

Este é um perfume para homens

modernos e discretos mas sedutores.

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lEr.VEr. ouVir.por Mariana Sá

Ler50 Shades of Grey

Autor: E.L. James

Editora: Lua de Papel

Ano: 2012

Género: Acção/Aventura

Sim, sim. É este o tal livro de que toda a gente fala. “Mas isso não é só sexo e sadomasoquismo?” Também tem, mas não é por isso que ele está aqui em destaque. O livro conta a história de uma jovem universitária (Anastasia Steele), que tropeça na vida de um jovem multimilionário (Christian Grey) bastante cobiçado socialmente, mas com alguns problemas afectivos e preferências sexuais fora do comum (para ser gentil).

Ressalva, absolutamente necessária: Não esperem nenhuma obra literária! Trata-se de uma escrita simples, sem grandes rodeios ou floreados. Preparem-se para aprender sobre como funciona uma relação sadomasoquista. Fazendo um adiantamento, por norma, este tipo de relação é composta por um dominador e um submisso. O primeiro sente prazer em infligir dor (sadismo), enquanto que o segundo tem prazer na dor (masoquismo). Para além da aprendizagem, o livro põe em perspectiva uma relação conflituosa, com um indivíduo Alfa extremamente controlador, e mostra-nos as cedências ou anulações de personalidade que as personagens sentem necessidade de fazer, para tentar manter uma relação.

No final, esta estória, para além dos segredos e do óbvio cariz sexual, levar-te-á a reflectir sobre o que conseguirias suportar num relacionamento. São três livros. O segundo (“As 50 sombras mais negras”) já está nas prateleiras em Português e o último deverá estar traduzido antes do Natal.

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VerAs linhas de Wellington

Realização: Valeria Sarmento

Elenco: John Malkovich, Nuno Lopes, Soraia Chaves

Ano: 2012

Género: Drama/História/Guerra

É um filme independente que conta uma parte da História portuguesa: uma das várias tentativas de invasão, pelas tropas francesas de Napoleão. Só por isso, já deveria ser motivo de interesse. Isso, e o facto de o John Malkovich fazer uma das personagens principais (General Wellington). Além do mais, participam actores portugueses como Nuno Lopes (Sargento Francisco Xavier), Soraia Xaves (Martírio) e Afonso Pimentel (Zé Maria), só para referir alguns.

Com uma boa reprodução do ambiente de época, este filme desenvolve-se após a derrota das tropas francesas na Serra do Buçaco (27 de Setembro de 1810), comandadas pelo marechal Massena. Os portugueses estavam em número inferior, mas tinham o auxílio dos ingleses e estavam a ser liderados pelo general Wellington.

Apesar da vitória, o exército anglo-português retira-se, estrategicamente, a marchas forçadas diante do inimigo. O objectivo é atraí-los a Torres Vedras, onde o general Wellington mandou construir linhas fortificadas, dificilmente transponíveis.

Simultaneamente, são dadas ordens de evacuação de todo o território entre o local da primeira batalha (Buçaco) e Torres Vedras. Uma gigantesca operação de terra queimada, impossibilitando aos franceses qualquer recolha de alimentos ou pilhagem.

É assim, neste contexto de caos e batalha, que decorre o filme, que conta as peripécias e aventuras de várias personagens de diferentes estratos sociais, soldados e civis. Uns tentam salvar a pele, fugir aos franceses; enquanto que outros procuram resistir aos invasores, ou mesmo tirar partido da situação. No final, todos convergem para as linhas de Wellington. Resta saber o desfecho.

OuvirEl Camino

Musico: Black Keys

Editora: Nonesuch

Ano: 2011

Género: Indie Rock

Tem nome de carro. Um modelo da Chevrolet. No entanto, na capa a estrela é a uma carrinha da Chrysler, em homenagem à carrinha que levou os Black Keys em tour durante os primeiros anos da banda de Ohio, EUA. O mais recente álbum de Dan Auerbach e Patrick Carney (e sétimo) é a consolidação do sucesso, que tem sido trabalhado desde que se formaram em 2001. Há quem tropece na fama. Depois, há aqueles que trabalham durante anos até que, eventualmente, o mundo repara no trabalho que fazem. No caso, ajudou que nos últimos 2 anos, após várias negas, tenham acedido a pedidos de utilização de músicas em anúncios e séries e filmes (mais de 300). Finalmente, o reconhecimento. E por bons motivos.

Não é fácil encontrar um álbum que se consiga ouvir do início ao fim com o mesmo prazer. No entanto, os Black Keys conseguiram fazer isso mais uma vez. “Brothers” de 2010 colocou a fasquia alta, mas não desiludiram. Os singles “Lonely Boy”, “Gold on the Ceiling”, “Dead and Gone” e “Little Black Submarines” dão uma ideia da qualidade da mistura rock e blues que produzem. Vale imenso a pena ouvir. Em loop! Já agora, ouçam-no no carro, parece-me apropriado.

Os Black Keys estarão pelo Pavilhão Atlântico, dia 27 de

Novembro. Ainda há bilhetes! Fica a dica…

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vspor Ana Rodriguestoroseparade.blogspot.com

12

3

4Chic

Wishlist 1Acne, aprox. 475€

2Chloé, aprox. 595€

3COS, aprox. 150€

4Marni, aprox. 500€

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vs1

2

3

4Cheap!

1H&M, aprox. 20€.

2H&M, aprox. 40€

4COS, aprox. 70€

3Topshop, aprox. 76€

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