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Rudolf Steiner ANDAR, FALAR, PENSAR A A TIVID ADE LÚDICA Dois temas de conferência roferida em Il!le" #In$laterra%, em &' de a$osto de &()* T radu+o de -acira Cardoso Andar, falar, ensar A e.lana+o efetuada at/ a$ora 1  no retende meramente formular uma teoria so0re a necessidade de uma no1a estrutura na educa+o, mas ro1ocar o sur$imento de al$o como um tio de mentalidade educacional2 Nas alestras anteriores eu 3uis falar menos ao 1 Nas conferências dos dias recedentes2 #N2T2% 1

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Rudolf Steiner

ANDAR, FALAR, PENSAR

A ATIVIDADE LÚDICA

Dois temas de conferência roferida em Il!le" #In$laterra%, em &' de a$osto de &()*

Tradu+o de-acira Cardoso

Andar, falar, ensar

A e.lana+o efetuada at/ a$ora1 no retende meramente formular uma teoria so0rea necessidade de uma no1a estrutura na educa+o, mas ro1ocar o sur$imento de al$ocomo um tio de mentalidade educacional2 Nas alestras anteriores eu 3uis falar menos ao

1 Nas conferências dos dias recedentes2 #N2T2%

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intelecto e muito mais ao cora+o 4umano2 E 5ustamente isto /, ara o educador, ara omestre, o mais imortante e o mais essencial 6 ois, como 57 1imos, a arte da educa+ode1e ter or 0ase um con4ecimento mais enetrante do 4omem2

87 muito temo se ou1e, 3uando o assunto / educa+o, so0re este ou a3uelerocedimento ara com a crian+a2 9 rearo eda$:$ico consiste fre3;entemente em

mandamentos e re$ras, de certa forma te:ricas, a reseito de como tratar o aluno2Desta maneira, or/m, nunca / culti1ada a lena dedica+o do docente e educador a

seu of<cio= tal s: ocorre 3uando ele tem a ossi0ilidade de realmente enetrar na entidade4umana inteira, constitu<da de coro, alma e es<rito2

Para 3uem, neste sentido, tem id/ias 1<1idas acerca do 4omem, diante da realidaderofissional essas id/ias se con1ertem em 1ontade imediata2 Arende>se, a cada momento,a resonder de forma r7tica a uma er$unta de eso2

?uem fa@ essa er$unta A r:ria crian+a2 Assim, o mais imortante / arender a lerna crian+a2 E um 1erdadeiro e r7tico con4ecimento 4umano orientado se$undo osrinc<ios corpo, alma e espírito condu@ realmente a tal arendi@ado2

Por esta ra@o / to dif<cil falar so0re a c4amada Peda$o$ia Baldorf 6 ois aPeda$o$ia Baldorf no / e.atamente al$o 3ue se ossa arender, so0re o 3ual se ossa

discutir / ura r7tica, e ode>se realmente aenas relatar, atra1/s de e.emlos, como ar7tica / utili@ada em cada caso ou necessidade2 A r:ria r7tica sur$e a artir dae.eriência imediata, ois / imrescind<1el 4a1er o con4ecimento 4umano ade3uado3uando se arte dessa con1ic+o2 9ra, eda$o$ia e did7tica 57 constituem, em certosentido, uma 3uesto social marcadamente amla 6 ois a educa+o da crian+a de1erealmente come+ar lo$o a:s o nascimento2 Isto nada mais si$nifica seno 3ue a educa+o/ atri0ui+o de toda a 8umanidade, de cada fam<lia, de cada comunidade 4umana2 as5ustamente isto nos ensina, no mais intenso $rau, o con4ecimento da r:ria nature@ainfantil antes do in<cio da troca dos dentes, ao redor dos sete anos2 m escritor alemo,-ean Paul 6 Friedric4 Ric4ter 6, fe@ uma eslêndida afirma+o ao di@er Nos trêsrimeiros anos o 4omem arende muito mais ara a 1ida do 3ue nos três anos acadêmicosG#em sua /oca 4a1ia aenas três%2

De fato, antes de mais nada os três rimeiros anos de 1ida 6 e conse3;entemente os

demais at/ o s/timo 6 so de suma imortHncia ara o desen1ol1imento inte$ral do4omem, ois a condi+o 4umana da crian+a / totalmente di1ersa de uma condi+o oste>rior2 A crian+a / de fato, nos rimeiros anos, um or$anismo totalmente sensorial2 Enecess7rio recorrer a e.resses dr7sticas 3uando se 3uer realmente des1endar toda a1erdade2

Na 1ida osterior o 4omem e.erimenta o sa0or do alimento com a 0oca, com oalato, com a l<n$ua2 Na crian+a isto no ocorre, esecialmente nos três rimeiros anos,3uando o sa0or atua atra1/s de todo o or$anismo2 A crian+a sa0oreia at/ com os mem0ros oleite materno e a rimeira alimenta+o2 9 3ue em idade osterior ocorre na l<n$ua, nacrian+a se rocessa em todo o or$anismo2 A crian+a 1i1e, or assim di@er, sa0oreando tudo o3ue in$ere2 Neste asecto 47 al$o de fortemente animalesco2 Nunca de1emos, or/m,i$ualar o elemento animalesco da crian+a ao do animal2 9 animalesco na crian+a / semre,

or assim di@er, ele1ado a um n<1el suerior2 9 4omem nunca / animal, nem mesmo comoem0rio 6 a< muito menos2 as ode>se tornar as id/ias mais claras fa@endo umacomara+ao2

Al$u/m 3ue, com 1erdadeira considera+o elos rocessos da Nature@a, ten4a 1istoal$uma 1e@ um re0an4o em reouso a:s a asta$em 6 di$amos, um re0an4o de 1acas norado, estando cada uma das 1acas mara1il4osamente entre$ue ao Cosmo, ocuada norocesso di$esti1o 6, rece0e uma imresso do 3ue realmente acontece no animal2 Todoum uni1erso, todo um e.trato do suceder c:smico se rocessa no animal, e en3uanto di$ereeste e.erimenta as mais mara1il4osas 1ises2 9 rocesso di$esti1o / o mais imortanterocesso co$niti1o no animal2 E ao di$erir este est7 entre$ue, de uma forma on<rico>ima$inati1a, a todo o Cosmo2

Isto arece e.tra1a$ante, mas or estran4o 3ue are+a corresonde e.atamente J1erdade2 E se o ele1armos um $rau acima, cataremos a 1i1ência da crian+a em suas

fun+es f<sicas2 9 sa0or acoman4a todas essas fun+es, e da mesma forma se estende atodo o or$anismo da crian+a al$o 3ue normalmente se locali@a aenas nos ol4os e nos

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ou1idos2Ima$ine>se o 3ue de mara1il4oso 47 num ol4o como este cata o colorido do mundo

e.terior, formando interiormente uma ima$em 3ue nos ermite 1er2 Isto / locali@ado,estando J arte de nossa 1i1ência $lo0al2 E ento comreendemos com o intelecto a3uilo3ue o ol4o cria de forma admir71el e do 3ual / ela0orada uma sil4ueta mental2

I$ualmente mara1il4osos so os rocessos locali@ados no ou1ido do 4omem adulto2Por/m, tudo o 3ue no adulto est7 locali@ado nos sentidos distri0ui>se, na crian+a, or todoo or$anismo2 Conse3;entemente ine.iste, na crian+a, 3ual3uer seara+o entre es<rito,alma, coro= tudo o 3ue atua do e.terior / rerodu@ido interiormente2 A crian+a rerodu@,ela imita+o, tudo o 3ue a circunda2

Tendo isto em mente, o0ser1emos como so ad3uiridas ela crian+a, nos rimeirosanos, três ati1idades 6 três faculdades 6 3ue condicionaro toda a sua 1ida andar, falar,ensar2

9 andar / 6 oder<amos di@er 6 uma a0re1iatura, uma curta e.resso de al$o muitomais a0ran$ente2 Di@emos 3ue a crian+a arende a andar elo fato de este asecto ser omais e1idente2 as este arender a andar imlica colocar>se em osi+o de e3uil<0riodiante do mundo esacial2 En3uanto crian+as rocuramos a ostura ereta, rocuramos

colocar as ernas em tal rela+o com a for+a da $ra1idade 3ue com isto ossamos o0ter oe3uil<0rio2 Tentamos o mesmo com os 0ra+os e as mos2 Todo o or$anismo se orienta2Arender a andar si$nifica encontrar as dire+es esaciais do mundo e nelas en$a5ar or:rio or$anismo2

Trata>se a3ui de o0ser1armos da maneira correta como a crian+a / um ser sensorialimitati1o 6 ois nos rimeiros anos de 1ida tudo tem de ser arendido atra1/s da imita+o,catado ela imita+o do meio am0iente2

9ra, / e1idente a maneira como o or$anismo fa@ 0rotar de si r:rio as for+asorientadoras, como o or$anismo do 4omem est7 ato a colocar>se em osi+o 1ertical, noermanecendo, como ao en$atin4ar, em osi+o 4ori@ontal, e a utili@ar os 0ra+os de formaade3uada, em e3uil<0rio diante do mundo esacial2 Tudo isto / inerente J crian+a,ori$inando>se, or assim di@er, dos r:rios imulsos do or$anismo2

?uando come+amos, como educadores, a introdu@ir coa+o, or m<nima 3ue se5a,

na3uilo 3ue a nature@a 4umana indi1idual 3uer, 3uando no comreendemos ser necess7riodei.7>la li1re e sermos aenas os $uias au.iliares, re5udicamos ento a or$ani@a+o 4u>mana ara toda a 1ida terrena2

?uando, ortanto, o0ri$amos erroneamente a crian+a a andar atra1/s de m/todose.ternos, no nos limitando a a5ud7>la 6 3uerendo, ao contr7rio, ression7>la a andar, aficar de /, 6 re5udicamos sua 1ida at/ J morte 6 esecialmente na idade mais a1an+ada2Pois numa 1erdadeira educa+o no se trata de simlesmente ol4ar ara o momentoresente da crian+a, mas de considerar toda a 1ida 4umana at/ J morte2 Precisamos sa0er3ue na idade infantil se encontra o $erme de toda a 1ida 4umana terrena2

9ra, a crian+a, or ser um or$anismo sensorial e.traordinariamente delicado, /sens<1el no somente Js influências f<sicas de seu meio am0iente, mas rincialmente Jsinfluências mentais2 Por mais arado.al 3ue ossa arecer a mentalidade materialista, a

crian+a sente o 3ue ensamos J sua 1olta2 E / imortante no somente 3ue, como ais oueducadores, e1itemos atitudes imr:rias 1is<1eis, mas 3ue se5amos interiormente1erdadeiros e ermeados de moral em nossos ensamentos e sentimentos 6 os 3uais acrian+a sente e cata2 K 3ue ela estrutura seu ser no somente de acordo com nossasala1ras ou a+es, mas se$undo nossa atitude moral, nosso desemen4o mental e afeti1o2 Eara a rimeira /oca da educa+o infantil at/ o s/timo ano, / sumamente imortante oam0iente J sua 1olta2

Sur$e ento a er$unta o 3ue odemos mesclar J nossa a5uda no arendi@ado doandar e da auto>orienta+o Trata>se, a3ui, de o0ser1ar as cone.es da 1ida or meio deuma ciência esiritual, e no mediante uma ciência morta e desesirituali@ada2

Tomemos uma crian+a 3ue, or 3uais3uer meios coerciti1os considerados corretos,ten4a sido o0ri$ada a andar, a orientar>se no esa+o= e o0ser1emo>la ento deois, aoscin3;enta anos 6 entre os cin3;enta e os sessenta2 Se nada diferente 4ou1er interferido

durante a 1ida, n:s a 1eremos, a essa altura, adecendo de todas as oss<1eis enfermidadesmeta0:licas, incontrol71eis or ela reumatismo, $ota, etc2

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Tudo o 3ue de an<mico>esiritual e.ercemos so0re a crian+a 6 sim, / al$o an<mico>esiritual 3uerermos indu@i>la for+adamente J osi+o 1ertical e ao andar, mesmo 3ue ofa+amos de modo inad1ertido 6 c4e$a a atuar nela em Hm0ito f<sico2 As for+as 3ue rodu@i>mos atra1/s de medidas altamente 3uestion71eis erduram or toda a 1ida 4umana, e, notendo sido corretas, manifestam>se em enfermidades f<sicas2

Toda educa+o /, no caso da crian+a, educa+o f<sica2 No se ode educar o asectof<sico em searado, ois toda educa+o an<mico>esiritual na crian+a / fisicamente atuante6 / educa+o f<sica2 ?uando se 1ê, numa crian+a, o or$anismo orientar>se ara ficar ereto,ara andar= 3uando se atenta com <ntimo sentimento de amor ara esse mara1il4osose$redo do or$anismo 4umano, 3ue / caa@ de ro$redir da osi+o 4ori@ontal ara a1ertical= 3uando se tem o sentimento reli$ioso de ostar>se com t<mida 1enera+o diantedas for+as criadoras di1inas 3ue orientam a crian+a no esa+o= 3uando, em outras ala1ras,l7 se est7 como $uia au.iliar no andar, no arender a orientar>se, como 3uem amaintimamente a nature@a 4umana no ser infantil J medida 3ue acoman4a com amor cadamanifesta+o dessa nature@a 4umana, rodu@em>se na crian+a for+as sadias, ainda 1is<1eis5ustamente num meta0olismo sadio entre os cin3;enta e os sessenta anos, 3uando /necess7rio controlar esse meta0olismo2

Este /, ois, o se$redo da e1olu+o 4umana a3uilo 3ue em certa etaa da 1ida /an<mico>esiritual torna>se osteriormente f<sico, manifesta>se fisicamente deois demuitos anos2

Isto 0asta so0re arender a andar2 ma crian+a amorosamente condu@ida a andartorna>se uma essoa sadia2 E emre$ar o amor no arendi@ado do andar contri0uiconsidera1elmente ara a educa+o cororalmente sadia da crian+a2

9 falar desen1ol1e>se a artir da orienta+o no esa+o2 A fisiolo$ia moderna no sa0emuito a reseito= or/m, 57 sa0e al$uma coisa2 Sa0e 3ue, ao reali@armos nossos afa@erescom a mo direita, uma circun1olu+o no lado es3uerdo do c/re0ro ro1oca o mo1imentoda fala2 Tal fisiolo$ia 57 esta0elece uma corresondência entre o mo1imento da mo direitae o denominado :r$o de rocaG, locali@ado na metade es3uerda do c/re0ro2 A maneiracomo a mo se mo1e, como fa@ $estos, como a ener$ia se derrama nela 6 tudo se trans>mite ao c/re0ro e lasma o asecto motor da fala2 9 3ue se sa0e cientificamente / aenas

um fra$mento,ois a 1erdade / a se$uinte a fala no ro1/m unicamente do mo1imento damo direita, corresondente J circun1olu+o do lado cere0ral es3uerdo, mas de todo oor$anismo motor do 4omem2 A maneira como a crian+a arende a andar, a orientar>se noesa+o, como arende a con1erter os rimeiros e indeterminados mo1imentos dos 0ra+osem $estos conse3;entes, relacionados com o mundo e.terior, tudo isso se transortaatra1/s da misteriosa or$ani@a+o interna do 4omem ara a or$ani@a+o da ca0e+a,manifestando>se na fala2

?uem / caa@ de discernir estas coisas sa0e 3ue cada som, esecialmente cada somalatal, soa diferentemente numa crian+a 3ue troe+a ao andar e numa crian+a 3uecamin4a firme2 Todo o mati@ado da fala / de1ido J or$ani@a+o motora2 A 1ida se manifestarimeiramente em $estos, e os $estos transformam>se interiormente no elemento motor dafala2 Assim, o falar / um resultado do andar, isto /, do orientar>se no esa+o2 E do fato de

le1armos amorosamente a crian+a a andar / 3ue muito deender7 sua maneira de dominara fala2Estas so as sutis correla+es fornecidas or um real con4ecimento do 4omem2 No foi

sem ra@o 3ue nos dias anteriores eu descre1i detal4adamente esse rocesso de tra@er oes<rito J or$ani@a+o 4umana2 Assim se tra@ o es<rito ao coro 6 ois o coro se$ue oes<rito a cada asso 3uando este / tra@ido da maneira correta2

9ra, a crian+a arende tam0/m a falar rimeiramente atra1/s de todo o seuor$anismo2 Considerando o assunto desta forma, temos em rimeiro lu$ar o mo1imentoe.terior, o mo1imento das ernas, 3ue ro1oca o contorno forte= o articular dos 0ra+os edas mos, 3ue rodu@ a fle.o, a lasticidade das ala1ras2 Vemos como / transformadointeriormente, na crian+a, o mo1imento e.terior em mo1imento da fala2

E se no arendi@ado do andar a a5uda 3ue restamos como $uias au.iliares de1e serimre$nada de amor, em nossa a5uda no arendi@ado da fala / necess7rio sermos

interiormente 1erdadeiros2 A maior falsidade da 1ida se en$endra en3uanto a crian+aarende a falar, ois a< a 1eracidade da fala / catada elo or$anismo f<sico2

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ma crian+a diante da 3ual, como educadores e mestres, nos e.ressamos semresinceramente como seres 4umanos, ao imitar o meio am0iente assimilar7 a lin$ua$em detal forma 3ue nela se intensificar7 a ati1idade reali@ada no or$anismo en3uanto insiramose e.iramos2

Naturalmente, estas coisas no de1em ser comreendidas grosso modo, mas em suas

sutile@as 6 ois em sutile@as se constituem e se manifestam or toda a 1ida2 N:s insiramoso.i$ênio e e.iramos $7s car0Mnico2 Em nosso or$anismo, elo rocesso da resira+o, oo.i$ênio tem de ser transformado em $7s car0Mnico2 9 mundo nos fornece o o.i$ênio,tomando>nos o $7s car0Mnico2 9 fato de transformarmos de maneira correta, em sutis e<ntimos rocessos 1itais, o o.i$ênio em $7s car0Mnico, deende de termos sido tratadossincera ou falsamente or nosso meio am0iente, durante o arendi@ado da fala2 9elemento esiritual transforma>se, a<, totalmente em rocesso f<sico2

E uma das falsidades consiste no fato de acreditarmos fa@er 0em J crian+a redu@indo>nos, ela fala, ao n<1el infantil2 Em seu inconsciente, or/m, a crian+a no 3uer serinterelada em lin$ua$em infantil 63uer ou1ir, isto sim, al$o 3ue corresonda J autênticalin$ua$em do adulto2 Falemos, ortanto, J crian+a como estamos 4a0ituados, e e1itemosuma lin$ua$em infantil esecialmene diri$ida2

Por causa de suas limita+es, a crian+a inicialmente aenas imita 0al0uciando a3uilo3ue se l4e di@= mas no de1emos, n:s r:rios, imit7>la 6 ois este / o m7.imo desli@e2 E3uando acreditamos de1er emre$ar o 0al0ucio da crian+a, sua lin$ua$em imerfeita,re5udicamo>l4e os :r$os da di$esto2 E 3ue todo elemento esiritual se toma f<sico,enetra formati1amente na or$ani@a+o f<sica2 E tudo o 3ue fa@emos esiritualmente Jcrian+a / 6 or3ue a crian+a em si / a0solutamente nada 6 tam0/m um treinamento f<sico2uitos :r$os di$esti1os defeituosos na 1ida osterior de1em>no a um errMneo arendi@adodo falar2

E.atamente como o falar sur$e do andar, do aalar, do mo1imento 4umano, sur$edeois o ensar a artir da fala2 E / necess7rio 3ue, durante a orienta+o au.iliar ara oandar, em0e0amos tudo em amor= 3ue nos dedi3uemos 6 or3ue a crian+a imita interior>mente o 3ue se reali@a ao seu redor 6, durante o arendi@ado da fala, J mais s:lida1eracidade= e 3ue, assim, fa+amos redominar a clare@a em nosso ensar ao redor da

crian+a, ara 3ue esta, sendo toda ela um :r$o sensorial, rerodu@a interiormente, no or>$anismo f<sico, tam0/m o elemento esiritual, com o 3ual ossa e.trair da fala um ensarcorreto2

9 maior re5u<@o 3ue odemos causar J crian+a ocorre 3uando, J sua 1olta, damos3ual3uer ordem 3ue deois re1o$amos di@endo al$o di1erso, confundindo ento as coisas2Pro1ocar confuso elo ensar em resen+a da crian+a / a 1erdadeira rai@ da3uilo 3ue, naatual ci1ili@a+o, c4amamos de ner1osismo2

Por 3ue tantas essoas de nossa /oca so ner1osas Simlesmente elo fato de osadultos no 4a1erem ensado de forma clara e recisa ao seu redor, 3uando elas, a:s4a1erem arendido a falar, arenderam tam0/m a ensar2

Cada $era+o, ao e1idenciar seus mais $ra1es defeitos, / fisicamente uma c:ia fiel da$era+o recedente2 E 3uando se o0ser1am certas fal4as dos r:rios fil4os numa /oca

osterior da 1ida, essa o0ser1a+o de1e constituir um ou3uin4o de ra@o ara umautocon4ecimento 6 ois / or um rocesso muito <ntimo 3ue tudo o 3ue ocorre ao redorda crian+a se e.ressa na or$ani@a+o f<sica2 Amor no arendi@ado do andar, 1eracidade noarendi@ado da fala, clare@a e determina+o durante o arendi@ado do ensartransformam>se, nessa fase da infHncia, em or$ani@a+o f<sica2 9s 1asos e :r$os seestruturam da mesma forma como se desen1ol1em o amor, a 1eracidade e a clare@a nomeio am0iente2

As enfermidades meta0:licas so a conse3;ência da ausência de amor no arendi@adodo andar2 9s distr0ios di$esti1os odem ser o resultado de um tratamento insincero3uando a crian+a come+a a falar2 9 ner1osismo resulta, na 1ida, do ensar confuso ao redorda crian+a2

?uando se o0ser1a como redomina o ner1osismo nesta terceira d/cada do s/culo OO ,

s: se ode dedu@ir 3ue de1e ter reinado uma forte confuso nos educadores or 1olta do

in<cio do s/culo2 Pois tudo o 3ue ento era comortamento confuso atra1/s do ensarconstitui o ner1osismo atual2 E, or sua 1e@, o ner1osismo 3ue as essoas ti1eram na 1irada

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do s/culo nada mais era seno a ima$em da confuso or 1olta de &Q'2 Estas coisas odemser o0ser1adas de tal forma 3ue nem a fisiolo$ia, a 4i$iene ou a sicoeda$o$ia este5amisoladas, e 3ue o rofessor no necessite c4amar o m/dico a cada ocasio relacionada comsade= tais coisas odem ser tratadas de forma 3ue a eda$o$ia fisiol:$ica e a 4i$ieneescolar, a fisiolo$ia escolar se5am um todo, assumindo o rofessor em sua misso, em sua

tarefa, tam0/m a3uilo 3ue a atua+o esiritual reresenta ara o or$anismo sensorialf<sico2

Por/m, 1isto 3ue todas as essoas so educadores ara a idade entre o nascimento e os/timo ano de 1ida, situamo>nos tam0/m diante da tarefa social decorrente do fato de sera0solutamente necess7rio um 1erdadeiro con4ecimento do 4omem ara 3ue a 8umanidadeemreenda um camin4o ascendente, e no uma descida2

A atividade lúdica

Nossa ci1ili@a+o reteriu 6 o01iamente com ra@o 6 uma medida educati1a muitoemre$ada nos temos anti$os 0ater, esancar2 as nossa /oca 6 nin$u/m me acusar7 dedefender o casti$o cororal nesta alestra 6 te1e 5ustamente o $rande talento dedistanciar o casti$o cororal de nosso ensino, or3ue est7 0em en$a5ada em e.terioridades,odendo comreender muito 0em os re5u<@os do casti$o cororal ara o or$anismo f<sico eas conse3;ências morais 3ue dele deri1am2

Por/m, nesta /oca to orientada ara o f<sico, sensorial, e ouco orientada ara oesiritual e an<mico, introdu@iu>se na educa+o infantil um terr<1el fla$elo, totalmentedesaerce0ido elo fato de atualmente se atentar to ouco ao es<rito2 Nossas mes, eat/ mesmo nossos ais, ac4am e.traordinariamente necess7rio resentear a menina emidade ldica com uma linda 0oneca, com a 3ual ela ossa 0rincar2 Esta lindaG 0oneca, noo0stante, / semre 4orr<1el, or ser anti>art<stica= mas /, como Js 1e@es se conceitua, umalinda 0oneca, com ca0elos le$<timosG, corretamente intada e com ol4os m:1eis 6 3uando

/ a0ai.ada fec4a os ol4os, e 3uando er$uida nos ol4a2Assim como tais 0onecas m:1eis, amide so introdu@idos nas 0rincadeiras das

crian+as 0rin3uedos 3ue, de forma 4orr<1el e anti>art<stica, mas suostamente imitando a1ida, so>l4es oferecidos2 A 0oneca / meramente um e.emlo caracter<stico= temos mol>dado todos os nossos 0rin3uedos da mesma forma, em nossa ci1ili@a+o2 Tais 0rin3uedos soa mais terr<1el tortura ara as crian+as2 E assim como se mostram comortadas no seio dafam<lia e da comunidade mesmo sendo casti$adas, se$undo / e.i$ido elas con1en+es, ascrian+as tamouco e.ressam, or $entile@a, a3uilo 3ue se enra<@a 1erdadeiramente nomais rofundo de sua alma a antiatia or essa linda 0oneca2 Por mais 3ue insistamos5unto J crian+a 3ue ela l4e de1a ser sim7tica, suas for+as inconscientes e su0conscientestêm forte desemen4o, sendo>l4e rofundamente anti7tico tudo o 3ue se aresenta naaarência da linda 0onecaG 6 ois esta constitui, como mostrarei a se$uir, um fla$elo

interior ara a crian+a2Suon4a>se, or/m, 3ue se5a le1ado em considera+o a3uilo 3ue a crian+ae.erimentou em sua simles ati1idade ensante at/ o 3uarto, 3uinto ano, e ainda at/ ose.to, s/timo ano, no rocesso de ficar de /, de colocar>se 1erticalmente, de rocurarandar= confecciona>se ento uma 0oneca com um eda+o de ano, tendo uma ca0e+a naarte de cima e, 3uando muito, duas manc4as de tinta como ol4os2 Tem>se ento nessa0oneca tudo o 3ue a crian+a ode comreender, e tam0/m amar2 A< e.istem, de formarimiti1a, as caracter<sticas da fi$ura 4umana na e.tenso em 3ue a crian+a ode o0ser17>las em sua idade2

Nada mais sa0e a crian+a acerca do 4omem, a no ser 3ue est7 de /, 3ue tem umaarte em cima e outra em0ai.o, 3ue l7 em cima 47 uma ca0e+a com um ar de ol4os= a0oca 6 encontraremos isto nos desen4os infantis 6, elas a desen4am muitas 1e@es na testa,ois seu lu$ar no l4es / definidamente claro2 Tudo o 3ue a crian+a realmente 1i1encia est7

contido na 0oneca feita de ano, com um ar de manc4as de tinta2 Na crian+a tra0al4auma for+a l7stica interna2 Tudo o 3ue l4e 1em do meio am0iente se transorta ara um

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rocesso formati1o interior, e tam0/m ara a forma+o dos :r$os2?uando a crian+a, di$amos, tem ao seu lado um ai 3ue a todo momento se mostra

col/rico, 1i1endo ortanto num am0iente onde a toda 4ora acontecem 1i1ências e.terioresdiretas, ela articia dessas 1i1ências 6 e com tal intensidade 3ue isto se manifesta em suaresira+o e em sua circula+o2 A medida 3ue tal ocorre, lasmam>se os ulmes, o cora+o

e todo o sistema 1ascular= e a crian+a le1a consi$o, or toda a 1ida, interiormentemoldado, a3uilo 3ue formou lasticamente em si or resenciar os atos de um ai col/rico2

Com isto eu 3uis aenas indicar como a crian+a tem a seu disor uma for+a l7sticainterior mara1il4osa, e como tra0al4a continuamente em seu <ntimo como um escultor2 E sel4e dermos a 0oneca de ano, enetraro sua1emente no c/re0ro as for+as lasmadoras door$anismo 6 rincialmente a3uelas 3ue, a artir do sistema r<tmico, da resira+o e dacircula+o san$;<nea, moldam o :r$o cere0ral2 Elas lasmam o c/re0ro infantil da mesmamaneira como tra0al4a um escultor 3ue ela0ora a escultura com mo firme, fle.<1el,comenetrada de esfrito e alma tudo ocorre em car7ter formati1o, em e1olu+oor$Hnica2 A crian+a o0ser1a esse eda+o de ano transformado em 0oneca, e isto se tornafor+a lasmadora 4umana, for+a 1erdadeira 3ue, a artir do sistema r<tmico, inter1/m nosistema cere0ral2

?uando damos J crian+a uma das c4amadas lindas 0onecas 6 a 0oneca articulada, 3ueode mo1er os ol4os, de faces tin$idas e 0elos ca0elos 6 entre$ando>l4e esse 4orr<1elfantasma do onto de 1ista art<stico, for+as l7sticas 3ue modelam o sistema cere0ralatuam do sistema r<tmico, artindo da resira+o e do sistema san$;<neo como c4icotadastudo o 3ue a crian+a ainda no ode comreender a+oita o c/re0ro2 Este / terri1elmente$oleado e fla$elado2

K este o se$redo da linda 0oneca2 as / tam0/m o se$redo da 1ida ldica infantil emmuitos asectos2

K reciso ter 0em claro, 3uando se dese5a condu@ir amorosamente a crian+a ao0rin3uedo, o 3uanto de for+as internamente construti1as entram em cena2 A este reseitotoda a nossa ci1ili@a+o tem uma 1iso errMnea2 Ela in1entou, or e.emlo, o c4amadoanimismoG2 A crian+a 3ue se c4oca contra a mesa $oleia o canto da mesma2 Nossa /ocadi@ 3ue a crian+a d7 1ida J mesa, ima$ina>a 1i1a, um ser 1ital, conce0e a 1ida dentro dela,

$oleia>a2Isto no / 1erdade2 A crian+a no 1isuali@a nada dentro da mesa= ima$ina 1ida somente

a artir dos seres 1i1os, dos seres 3ue realmente 1i1em2 No trata de ima$inar 1ida dentroda mesa, e sim de e.trair 1ida dos seres realmente 1i1os2 E, tendo>se mac4ucado, $oleia amesa or uma es/cie de mo1imento refle.o= tudo ali ermanece sem 1ida ara a crian+a6 esta no ima$ina 1ida dentro da mesa 6 e ela se comorta da mesma forma diante do1i1o e do no>1i1o2

Destas id/ias totalmente distorcidas se conclui como nossa ci1ili@a+o no est7 emcondi+es de a0ordar a crian+a2 Assim, trata>se de odermos comortar>nos amorosamentediante dela, de aenas orientarmos carin4osamente a3uilo 3ue ela mesma 3uer2 No de>1emos, ois, fla$el7>la interiormente atra1/s de lindas 0onecas, mas oder con1i1er comela e moldar a 0oneca 3ue ela r:ria 1i1encia interiormente2

E assim ocorre com rela+o a toda a ati1idade ldica2 A 0rincadeira re3uer, de fato,3ue realmente se erscrute a nature@a infantil2 ?uando 0al0uciamos como o e3uenino,3uando redu@imos nossa lin$ua$em J da crian+a, 3uando no falamos to sinceramente3uanto a crian+a o de1e ou1ir, como al$o 1erdadeiro ad1indo de nosso ser, comortamo>nosfalsamente diante dela2 Por outro lado, odemos colocar>nos no n<1el infantil 3uando setrata do elemento 1oliti1o 3ue entra na 0rincadeira2 Ento se nos tornar7 claro 3ue acrian+a no ossui, em seu ser or$Hnico, a3uilo 3ue / muito areciado em nossa ci1ili@a+oa intelectualidade2 No de1emos, ortanto, introdu@ir na 0rincadeira infantil nada 3ue se5aredominantemente intelectual2

9ra, a crian+a imitar7 naturalmente, ao 0rincar, o 3ue ocorre a seu redor= mas oucas1e@es se ter7 e.erimentado o fato de uma crian+a 3uerer tornar>se 6 di$amos 6 umfil:lo$o2 Raramente se ou1ir7 tal coisa de uma crian+a de 3uatro anos= mas um c4ofer, ore.emlo, ela tal1e@ 3ueira ser2 Por 3uê Por3ue se ode 1er tudo o 3ue um c4ofer aarenta2

K 1is<1el, rodu@ uma imresso ict:rica imediata2 9 3ue o fil:lo$o fa@ no rodu@imresso al$uma2 No / ict:rico, assando desaerce0ido J crian+a2 Passa inad1er>

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tidamente em sua 1ida2 Na 0rincadeira, entretanto, s: de1emos introdu@ir o 3ue no /desaerce0ido ara ela2 Todo elemento intelectual, or/m, assa assim or sua 1ida2 93ue, ortanto, necessitamos ara oder orientar corretamente, como adultos, a0rincadeira infantil N:s aramos, fa@emos c4a/us, costuramos rouas etc2, etc2 Em tudoisto 47 uma orienta+o ara o o05eti1o, no 3ual est7 iml<cito o elemento intelectual2 Tudo

o 3ue na 1ida imli3ue meta est7 ermeado de intelectualismo29ra, tudo o 3ue fa@ arte da 1ida, se5a arar ou 3ual3uer outra coisa, como fa0ricar

carros, atrelar ca1alos, al/m do fato de estar orientado ara uma meta, ossui al$o 3ue1i1e em sua forma e.terior 6 em sua mera forma e.terior2 90ser1ando>se um camonêscondu@indo o arado no camo 6 a0straindo>se totalmente a meta de tal ati1idade 6, ode>se sentir, se assim osso e.rimir>me, o elemento l7stico da3uilo 3ue 1i1e no 3uadro, e3ue 1em a ser o r:rio 3uadro2 Se al$u/m se roe, como essoa 6 le1ado elo sensoest/tico 6, catar o elemento l7stico J arte de um o05eti1o, ser7 ento caa@ de 1irrealmente de encontro J crian+a em mat/ria de 0rin3uedos2 Preterindo o conceito de0ele@a cada 1e@ mais intelectualista, asirado nas atuais lindas 0onecasG, or a3uilo 3uese e.rime na atitude e em todo o sentimento 4umano, somos 5ustamente condu@idos J0oneca rimiti1a, realmente encantadora, muito mais real2 do 3ue a tal lindaG 0oneca2

as isto 57 / ara crian+as mais 1el4asTrata>se, ortanto, de odermos o0ser1ar, ara tornar>nos educadores, esse elementoest/tico do tra0al4o no tra0al4o, alicando>o na confec+o de 0rin3uedos2 Desta forma nosaro.imaremos da3uilo 3ue a crian+a dese5a em seu <ntimo2 Em nossa ci1ili@a+o tornamo>nos essoas 3uase 3ue e.clusi1amente utilitaristas, isto /, intelectualistas, le1andoortanto J crian+a tudo o mais ossi1elmente elucu0rado2 Por/m a 3uesto / no le1armosJ crian+a a3uilo 3ue est7 ensado or uma 1ida madura, mas o 3ue uder ser sentido e1i1enciado numa 1ida madura2 Isto de1er7 estar iml<cito no 0rin3uedo2 Podemos dar umarado a um menino, mas o imortante / 3ue ossamos im0u<>lo do car7ter l7stico eest/tico do ato de arar2 K isto 3ue ode condu@ir a lenitude do ser 4umano a desa0roc4ar2

A este reseito, al$uns 5ardins>de>infHncia, e.traordinariamente di$nos derecon4ecimento so0 outros asectos, têm cometido $randes fal4as2 9s 5ardins>de>infHnciafundados or Fr0el e outras essoas com um 1erdadeiro e <ntimo amor ela crian+a de1em

ter 0em claro 3ue esta / um ser imitati1o, mas s: 3uem ainda no est7 intelectuali@adoode e.ercer a imita+o2 Assim, no de1emos introdu@ir no 5ardim>de>infHncia toda sortede tra0al4os infantis 57 mentalmente ela0orados2 Ati1idades como com0inar alitos,tran+ar ael e outras similares, fre3;entemente de $rande imortHncia nos 5ardins>de>infHncia, no assam de in1en+es2 S: de1emos ter, no 5ardim>de>infHncia, a ima$emda3uilo 3ue os adultos tam0/m fa@em, e no o 3ue / esecialmente en$endrado2Fre3;entemente a3uele 3ue ossui um con4ecimento do 4omem / in1adido or umsentimento tr7$ico ao entrar num desses 5ardins>de>infHncia modelares, onde 47 tra0al4ostao lindamente en$endrados 6 ois, de um lado, esses 5ardins>de>infHncia sur$em de umainfinita 0oa 1ontade, de muito amor ela crian+a, e de outro lado no se considera 3uetodo contedo intelectual, toda elucu0ra+o nos tra0al4os infantis de1e ser e.clu<da do5ardim>de>infHncia, e 3ue aenas a imita+o e.terior da ima$em e.terna da ati1idade

adulta de1e ser a< culti1ada2ma crian+a treinada intelectualmente antes do 3uarto, 3uinto ano de idade le1a araa 1ida al$o de terr<1el, 3ue oder7 torn7>la materialista2 ?uanto mais intelectualmenteensinamos uma crian+a at/ essa idade, um maior materialista estamos rodu@indo ara a1ida2 Pois o c/re0ro /, or um lado, to estimulado 3ue o esfrito 57 1i1e em suas formas, eo ser 4umano rece0e interiormente a intui+o de 3ue tudo / aenas materialG 6 or seu:r$o cere0ral ter sido to rematuramente imre$nado de intelectualismo2

Se 3uisermos educar o 4omem ara a comreenso do esiritual, de1emos roiciar>l4e o mais tardiamente oss<1el o c4amado elemento esiritual e.terno em sua formaintelectualista2 Em0ora 5ustamente em nossa ci1ili@a+o se5a sumamente necess7rio 3ue o4omem se torne lenamente lcido na 1ida madura, de1emos dei.ar 3ue a crian+aermane+a o mais lon$amente oss<1el na3uela a$rad71el e son4adora 1i1ência na 3ual elacresce em dire+o J 1ida 6 o mais demoradamente na ima$ina+o, na ati1idade ict:rica,

2 N2 da edi+o ori$inal Neste onto o Dr2 Steiner mostrou uma 0oneca confeccionada or alunos da Escola Baldorf2

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na ausência de intelectualidade2 Se fortalecermos seu or$anismo no asecto no>intelectual, ela crescer7 de maneira correta ara o intelectualismo necess7rio na atualci1ili@a+o2

Se a+oitarmos seu c/re0ro da forma 57 aludida, re5udicaremos sua alma ara toda a1ida2 Assim como re5udicamos a di$esto atra1/s do 0al0ucio, tal como re5udicamos o

meta0olismo ara a 1ida osterior atra1/s de um errMneo arendi@ado desamoroso doandar, re5udicamos tam0/m a alma fla$elando interiormente a crian+a2 Assim sendo,de1eria ser um ideal de nossa educa+o eliminar antes de tudo os casti$os an<micos, mas,elo fato de a crian+a ser um ente totalmente f<sico>an<mico>esiritual, tam0/m os casti$osf<sicos internos 6 isto /, a lindaG 0oneca 6, ara, antes de mais nada, le1ar o 0rin3uedoao n<1el correto2

?uero encerrar estas considera+es de 4o5e di@endo 3ue indi3uei a3ui como se de1ee1itar o falso asecto esiritual, ara 3ue o esiritual autêntico, ou se5a, o 4omeminte$ral, ossa manifestar>se em idade osterior2

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