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S A R T O R I ü E A SUA ESQUADRA, r OU ^ MAIOR FAÇANHA NAVAL f. , HISTORIA ANTIGA E MODERNA. - *' k ■* o Vice-Almirante esper.i île seus camaradas o apoio mais eflicaz em seus e s fo r ^ com denodo e deliberação no ataque contra Portugal &c. Ordem do dia de 4 de Fevereiro de 1832, ou passagem do Sermão Sartoriensc a'os seus Flibusteiros. La vraie épreuve du corrige ' ' N’ est que dans le danger que l’ on touche du doigt: Tel le cherchait, dit-il, quichangeant de langage, S’ enfuit aussitôt, qu’ il le voit Fables de la Fontaine, Liv. 6. Fab. 2. ... ACPOi/es plutôt maçon si c'est vôtre '(aiant,. Eis o conselho que O caritativo Boileau dava âqunlles-qrje turgia em^suas sa» lyras. Ora se o Horacio Francez nâo deixava ytdr jié em ramo verde ás corujas lilte'rarias do seu tem po, aos assoladores dos campos vastíssimos e amenos da verdadeira Poezia , se os re- dículizava aconselhando-lhes que se Phebo os. nâo inflamma- va , se era surdo a sèus rogos , e o Pegazô indócil e rebelião para elles , lossem antes Pedrçiíos se para isso linhão geito ; porque me será vedado dar ao.Senhor Sarlorius este rnesmo conselho gratuito, com animo sincero de o ver curado da ma nia ,qúé o allucina? ' « Eréis lido como soílrivel pfiicial entre os muitos da ¡Vía-

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Page 1: S A R T O RI ü

S A R T O R I üE A SUA ESQUADRA,

rO U

^ M A IO R F A Ç A N H A N A V A Lf . ,

HISTORIA ANTIGA E M ODERNA.

-■ *'■ k ■*

o Vice-Almirante esper.i île seus camaradas o apoio mais eflicaz em seus esfor^ com denodo e deliberação no ataque contra Portugal &c.

Ordem do dia de 4 de Fevereiro de 1832, ou passagem do Sermão Sartoriensc a'os seus Flibusteiros.

La vraie épreuve du corrige ' 'N’ est que dans le danger que l’ on touche du doigt:Tel le cherchait, dit-il, quichangeant de langage,

S’enfuit aussitôt, qu’ il le voit

Fables de la Fontaine, Liv. 6. Fab. 2.

. . .

ACPOi/es plutôt maçon si c'est vôtre '(aiant,. E is o conselho q u e O caritativo B o ile a u d a v a âqunlles-qrje tu rg ia em^suas sa» ly ra s . O ra se o H o racio F rancez n âo d e ix a v a ytdr jié em ra m o verde ás co ru jas lilte'rarias do seu te m p o , aos assoladores dos ca m p o s vastíssim os e am enos d a verd adeira P o e z ia , se os re- d íc u liz a v a aco n selh an d o -lh es q u e se P h e b o os. nâo in fla m m a - v a , se era surdo a sèus rogos , e o P e g a z ô in d ó c il e rebelião para e lle s , lossem antes P ed rçiíos se p a ra isso lin h ã o geito ; p orque m e será ved ad o d ar a o .S e n h o r S arlo riu s este rnesm o conselho g r a t u it o , co m a n im o sincero de o ver curad o d a m a ­n ia ,qú é o a llu c in a ? '

« Eréis lid o co m o so ílrive l p fiicia l entre os m u ito s d a ¡Vía-

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rinha Ingleza (lhe diria) o prospguindo nesta ordem e na car­reira que abraçastes, porque nâo rozististea á tentação do De­monio que vos pregou uma peça dermasearainlo-vos, e perden­do-vos ? Sahistes do serviço da vossa Patria sendo delle de- m ittido, pois vos auzeiUafles sem o partecipardes, ou obb rdes primeiro licença ( * ) , infringistes um Acto do Parlamento ( § ), ficastes sug-ito a ser punido ( ) , e vos conslituistes pirataexposto a solTrer o rigor das Leis , que entre todas as Nações fulininâo, o que os Oodigos infligem contra taes entes. E que fortisaimos impulsos vos induziriào em tão insensata e crimi- noza empreza ? O dezejo ardente de enriquecerdes roubando as propriedades Porlugnezas ( como já principiastes a pôr por obra ) ; essa louca e desmedida cubiça que vos devora ; e a vangloria de figurardes como Prim eiro Galan nesta comme­dia monstruoza. Falhastes em ambos os fins que vos move­rão ; c por isso vos quadra o preceito do Censor Francez. Sim, esclarecido Senhor Fugitorins; mais util e decorozo vos eta não

' sabir da vossa trilha, e d ’ora em diante não atinaes com ca­minho nem carreira j mais vos convinha ser Capitão da Ma­rinha Britannica do que tomar o commando em Chefe da Es­quadra invencivtlj que com tão distinelo valor, e destreza en­sinastes a escapulir se, tendo vós a honra de lhe dar o exem­plo (os V0-S03 parceiros sempre vos matina vão aos ouvidos que nào livesseissustod ’expediçâo marítima) n'uma palavra (con ­senti que vo-lo diga francamente ; porque sou por natureza sincero e tolerante, e a vossa estulticia me instiga a lamentar- vos , e nâo a atwrrecer-vos) que vos conceituaria homem pre­vidente SC desseis aos Directores e botafogos da empreza um redondo n ã o , e tomásseis outra vida ainda que fosse a de Pe­dreiro , parg o que vos supponbo grande aptidão. Nada de excandecer con^ a.liberdade que tom o; nem se vos metta ein cabeça eiiforcat-ves ¿im o fez o pedante que Boileau escarne­cia na Svtyia de qtíc vos apontei um verso. »

. ( 2 )

( «y Assim o declarou o Primeiro Lord do Almiraitado no Sessão d|e J7 de Fevereiro.

( J ) Sir H. Hardioge mui claramente se expressou a este respeito na mes­ma Sessão.

( í ) Sir 11. Peel accrescenton - qne este cazo era de muita importanem, pois que pelas Leis do paix, qualquer oBkial Britaunico que entrava no serviço de alguma Potencia estrangeira se tornava crimiuozo de ofliensa ( «> misdemea- Boiir a falla, acção de se portar ou haver mal em algum cargo, officio ; &c. ) piioivel com prisão e multa; .e Mr. C. Wynn sustentou que o Governo nãp de­via oem podia dissimular esta violação da Lei.

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Assim aposthropharîa para abrir os olhos ao intigne  l- mirante, cuja memoria ha-de ser perdurável, e cujiis cinzas serão depoziladas no Pantheon. Talvez deste modo u suii ten­tativa mallograda lhe sirva delftjâ», pois iiêw e' raro que as des­graças aproveitem aos que reagem ^ob o seu pezo.

QiKuri le raalheur ne serait bon Uu' ¿ mettre un sot á la raison ;Toujours serait-ce a juste cause Qu ’un le dit bon á quelque chose.

Porem occupando-me de immortalizar o Senhor Sartorios, iiào olvido a promdssa que fiz ao público de submetter á sua analyze a Ordem do Dia escripia por aqndle Quichote mari- tiino , quando eslava a dar á vela de Belle-isle. A peça em si mesma e curioza , e farei que as observações correspoadào a essa producçâlo inconiparavel.

Ordem do Dia.

O Commandante em Chefe ( « ) da Bxpedição se apressa em fazer saber aos marinheiros e soldados da divizâo, que S. M . !• ( § ) Houve por bem confirmar a dadiva (^ ) dos bas-

( 3 )

( • ) Com estes commandos em chefe é que o Diabo fes negaças ao Senhor Sartorius. Repare bem nSo lhe aconteça o mesmo que succedeo ao gaio ( mm empavonado e soberbo , sendo insigniScante entre os habitadores dos ares) que adornando-se com as penas do parSo , estes tanto o cspicaçárào que nem coiro Ibe ficou. Por D e o s O lh e bem S. £x.* farçante não deixe cabeça, coiro, e cabello.

( ) Lembra-me a propozito de similhante titulo e autho- riditde o tyranno de SyracwLa , <]ue expuho pelos povos já cangados com seu ju g o abriu escola dos primeiros rudimentos da lingua , e mudou o sceptro em palmatoria. » Já que não poiso governar os Grandes ao menos hei-de dictar Leis aos pe­quenos » disse elle.

( ) Fiva a grande%a d'alma ! E como não havido os ma­rinheiras e soldados da dim%do fazer prodigios de valor? l e ­nho porem uma duvida , que só poderá dissolver o Senhor Sartorius. (Jiift tem diversos significados segundo o sentido em que o escriptor o emprega j ora eu não sei se o Senhor Sartorius uza aqui de alguma metonymia , ou se ha mdlia- phora ati’ojada e sublime , e que eu não possa conceber : gift equivale na lingua dot Lúcenos , dos Camões e dot Frciret

* *

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tpciinentos, que o Vico Almirante, confiando na bem conhe­cida genêrozidade do luqicrador tomára a responsabilidade de prometler. Alem disso S. Al. I. não somente ratificou o es­tipendio de 55 s por mez ; mas para testificar a sua elevada opinião dos .inatinheirosesoldadosJnglezes ( * ) , principalmen­te dos que se aclião debaixo do commando do Vice A lm i­rante ( § ) , augmentou aquella paga com 5 s. por m ez, du­rante lodo o tempo que a bandeira da Rainha permanecer içada e’m seus navios.

O Vice Almirante espera de seus camaradas o apoio mais cffica% (m seus esforços com denodo e deliberação iio utocpie contra Portugal e promo\endo uma cauza que depois da do seu Rei e paiz é a inais nobre que um inglez possa servir

a » davida « peita n ou n consoada » por consideração a quem oferta ( id est, ao Senhor U. Pedro) escolhi òprim eiro ter­mo , ainda que mais gostasse di s dois outros , itm por ser idên­tico com o carácter dos premiados, c o segundo por ser engo­do proprio de crianças, ou servos.

( * J O modo c ¡mo tem tratado a sua P a tria , que todo o Mundo prczencion, altonilo e quazi duvidando do que d Se­nhor Ü. Pedro praticára ( actos já descriptos nesta folha ) mostra que tinha em grande conta os estrangeiros em detri­mento dos Porluguezes. Não ostente pois amor de Patria e per tenções de reger uma terra que negara e offendera , nem venha foragido e errante, suste rilado por braços e apoio estran­geiro querer sentar-se no Solio Luzitano. Ainda que da par­te da Nação Portuguesa não estivesse a justiça na rezisfencia que fa z a um dõmhfio tão odiozo, os injustiças do Senhor D . Pedro, servirião de dor sobejos motivos pura legalizar as que contra elle se praticassem

I -fs injustices des perversServent souvent d’ excuse aux nôtres:Telle est la Toi de fUnivers:» Si tu veux qu’ on t’épargne, épargne aussi tes autres. »

('§J Oh f sem duvida : os soldados e marinheiros inglezes são denodados e deliberados 5 porem os que commanda o Se­nhor Sartorius são o beijinho da classe.

Poi esta a passagem da Ordem do Oia que mais me deo no goto, e tanto que a escolhi para épigraphe. Achei que era 0 maior elogio que se podia tecer ao Senhor Sarto-

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( * ) , ciVuza dignamente einprehendida { § ) para o fim de res­taurar a uma auguvta l ’ riiiceza o seu Tlirono ( ^ ), de abrir as masmorras a milhares de viciimas ( ^ ) cujo único crime foi a fidelidade a seu dever e a seii juramento ( | ) , e de habilitar

rius. Fttça sc-lhe juüiça , e sobre sua campa , junto de um obdhco ¡jtie Icvc </os vïnduiros sua memoria, gráve se em eZu- ro mannore a seiruinte inscripçâo : n A ipàjaz Fugilorius , H c- roe por excellcncïa , que cm Iodas as suas cm pretas fu i um txctnplo de denodo e deliberação , e que alé fugindo da iís- (piadra Porlugueza ino-druu denodo e deliberação. Pára , ó camiuhanle , c tributa a setis despojos morlacs as homenagens de que são dignos ! »

( « ) Se julgarmos pelo carácter dos irulhiduos que a de- fn d e m , nunca houve outra que maiores apupadas merecesse.

( § ) l i tão dignameine que principiastes roubando uma Neção , que dhieis vir libertar. Safa com úmilhante digni­dade. ylté quando, ó Fugilorius, abuzareis da nossa paci­encia ?

(j^ ) Infeliz menina, e que serve de péla com que vós e os vossos atirão como lhes convém ! A h ! E estava destinada a neta do Imperador d 'Austria para servir d'instrumento da perfidia , e da ambição de um bando de perversos ! Oh op- ¡pj'obi io ! >. m Não vos caneéis terníssimo Almirante: o* masmorras talvez cm breve deixem de ser habitadas por esses milhares de victimas (.ou milhões se vos parecer para avultar o vosso cál­culo , ainda que nisso falteis à verdade , como todos sabem) porem ( eu vo-lo asseguro ) eossos cforças não restituem à li­berdade essas victimas crédulas de certas personagens ( bem me entendeu ). A clemencia do Monarcha quebrara os ferros que a malevolencia estrangeira lhes lunçou, sendo este acto espon­taneo e livre da sua parle , e nunca forçado por ameaças du insinuações malévolas. Jin' independente e soberano, respeita-se e quer tornar respeitado o povo que governa, t quaesquer in ­

fam es Estadistas que perlendão conservar Portugal sugeilo á S7ta influencia, já devem estar desenganados que um liei dis- tinclo por iaes predicados qucmdo uma vez se delibera nada o fa z mudar de tenção,

( l ) Sede exacto , e dizei antes v cijos crimes provem da cegueira com que acredilúrão nas promessas de certos Diplo­matas , que fazem um jogo atroz dessa mesma credulidade, e

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Portugal a recuperar essa liberdade consiilticional ( § ) que tâo graiiilemeiue conlrihuio a dnr á nossa Patria a Soberanía dos mares (* ) , collocando-vos entre as primeiras Nações do Mun­do {S) .

que os abandonarão na hora do periga. » O/’o se a ra­paza topasse com a vossa cabeça feria razão de dizer (como e»i- graçadatncule refere o Fabulista Francez) Belle tète; mais de cervelle point. Quando fallo coin innocentes applico-lhes estes contos por serem adaptados a sua cõmprchensão.

( § ) Estão satisfeitos os vossos bons dezejos. Portugal re­cuperou a liberdade constilucional , não a que v-6s c os vossos pertendem â força que elle goze , snas a que o tornou flores­cente nas épocas memorandas da sua gloria e prosperidade. Fm defeza desta liberdade constitucional está Portugal arma­do em massa , e jurou não depâr as armns em quanto a não firmar a despeito de vossos amos, e de suas intrigas esuggestães.

( * ) Dizei o que quizerdes, que para isso tendes licença j porem adverti que essa tão gabada Soberania dos mares de que tanto alardeaes pertenceo primeiro aos Portuguezes , que vos fra n ­quearão , e a todo o Mundo, os segredos da navegação, dando- vos o exemplo das conquistas , e ensinando-vos a conhecer as vantagens commcrciaes. Cauzai bem notorias , e lainentaveit os esbulharão do preço de suas heroicas fadigas , pastan­do essa Soberania para os HoUandezes , que por tanto tempo a conservarão não obstante vossas tentativas sempre mallogra- das. Olhai que estes factos são innegaveis , e que vossos mais conspicuos escriptores confessão bem que a seu ptzar :

La sotte vanité jointe avec l’envieDeui; pivotü sur qui ronle aujourd'hui notre vie.

(jÿ ) Tambera Portugal jà foi grande e poderozo, e nâo es- tào izentas as maiores Potencias de se desmembrarem , e ca- hirem na obscuridade do olvido mesmo antes de lhes cavar a sun queda, essa grandeza , e a requintada civilização , que traz comsigo os costumes corrompidos. Sorte desastrada iiifalli- vel aos Imperios mais collossaes, e que está dentro do circulo formado pela Natureza ! Lede (o u pedi a quem vos lèa) as Cartas de Cicero a A ltico , que vaticina a queda dessa altiva dominadora das Nações apontando o que a orcazionaria, me­ditai sobre este pensamento de üm dos maiores Publicistas, e nào espereis estultamente que a vossa Patria se esquive ao des­tino de todos os Imperios — 11 a bien de la différence cn-

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As intenções de S. M . são humanas, e conciliatorias ( § ) ; mas se forem desprezadas competir-nos-ha com o verdadeiros Breiòes ( * ) , e aiixiliado.s pela Providencia ( ¿ ) , demonstrar

, Ire Je» bonne» loi» , el le» loïx convenable» • celles qui fon t qu'un peuple xe rend miiiire des autre», et celles qui maintien^ nrnl sa pitistarice lorsqu'il l'a acquise — e n'outro lugar — Leur effet naturel (as Leis) était d éfa ire un grand peuple, et non pa's de le gouverner. — O vo. so Richardson ainda se explica com maior clareza a respeito do Poder Britannico.

( § ) Nao e' possivel levar-se a mais alto grau o despejo de um infame imbecil. Intenções humana» e conciliatorias trazan* do a Portugal a devastação, a guerra civil, a inizeria, e ate o flagello da peste p-la admissão escanJaloza de individuos chegados dos paizes, que esse flagello denominado colera mor- bvs devasta ! li’ esta a ventura que riesliuava ao escravizado, e embrutecido Portugal ? Intenções humanas e conciliatorias rcHleumlo se de alguns milhares de salteadores estrangeiros, re- pellidos por criminozos das suas Patrias onde as leis oirendi- das <is |)erseguiáo, e blazonando de reduzir Portugal á sua obe­diencia vulnerando assim a dignidade e altivez nacional d'titn

, P «vo briozo! Emudece, iníquo impostor, e nao e.\acerbes os m lies, a que a perfidia deo origem.

( # ) Se txirem desprezadas as ordens do nosso chefe, se o náo qui/errm recelier, competir-nos-ha . . . . Oque ? . . . Fugir ! . . . . Ai (los renitentes e contumazes ! Ai dos relapsos e teimozos! Sobre elles cahirá todo o elíeilo da indignação do nosso cau- dilho, que se desembainha a espada

Rompe, corla, dcsfai ab¿la, e talha»Ora drixoi-me rir um pouco ; porque similhantes analyzes não pod' in levar se ao calió sem alguip sal atlico por desfas­tio. As pro- zas desse batallião composto do caput mortuum dos heroes tiberaes , e que tnelhur denominarei batalhão arle­quim fcião estupendas. Taes e tantas são as façaJihas desta nova riialiinge Sagrada Spartnna, que os vindoiros as reputa- lâo mythologicas, e entre as muitus que a cobrem de gloría, e (Uî loiros immatccsiiveis, é a priiuipal o desembaraço, va­lentia , e vcl-, cidade com que fugio dç Pçnafiel levando sempre na frente o sen Ajax Telam onio, Coronel Hodges, deixando estendi.los sobre o campo quarenta e dois fieroex, e muitos pri- zioiieiros. E diante de quem fugiiâoî Diante de um Batalhão de Voluntarios Realistas , e Paizatvos armados. Mas a lição

( 7 ’ )

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que iiâo foi em \So que se depôzilou confiança em vo'ssa co­ragem , e Pin vossos braços ( » ) , para o fim de soceorrer os opprimidos, o pnxîurar ii libertação dos innoceiUes ( § ) Bel- le-isl& 4 de Fevereiro de 18’i2.

mais severa que recebeo foi no combale de 23 de Jullio ultimo, ein que ficoii dizim ado; e todo ficaria no cam po, não have­ria nelle a estas horas folgo vivo , se nào lhe valesse o verda­deiro denodo e deliberação do exlincto Regimento 18." que obrou prodigios de valor ( mal empregado pugnando pOr tal cauza ) Provarão estes paladinos os duros golpes das espadas e bayonetas Portuguezas :

Uns eahem meio mortos, e outros vão A ajuda convocando do Alcorão.

inaldisserào a empreza, e os emprezarios que os linliâo per­suadido que só vinhào pilhar e campear sem custo, ou sem queimar a escorva a uma esjiingarda, e desde esse dia tem-se reduzido a esqueleto o tal corpo de retalhos: uns embarcan , outros abrigão-se debaixo das bandeiras das Quinas Luzitanas , e o resto-está- com sentinclias á vista.

( j f ) Divindade , Providencia, nomes respeitáveis, escu­dos com que os malvados se cobrem para cohonestar suas atro­cidades. iNào manches, blasfemo, nào-manches com tejis labios impuros vocábulo que o impio nunca deve profanar em apeio- do que obra ou pensa, e coincide comigo

• . . . . . . . (jue la Providence-|i. I -.-Bait cs qu’ il nous íáut,mieux que noii».

( !» ) E aquellos a q uem proclamaes dev iào replicar-vos » Nào duvidamos que confieis em nossa coragem, e em nossos braços; porem nós ainda mais confiamos em nossas pernas'. Disse-se-nos qiie vinhnmos a uma romaria, e nos'achamos a braços com uma Naçao inteira. 'Fóra impostores, menlirozòs. . que

* iespónderieis a eslaS vaias? Nada: acharíeis que tinlião razão.( § ) Eugindo e' que se dá auxilio aos.opprirhidos, e liber-

tãò Os innocentes? Bravo! Optima descoberta. Logo (por um argumento de analogia, por illaçâo natural) quem mais li- geiro foge, mais os soccorre. De vossas proclamações e pro- meSsas póde dizer-se o que um Grande Poeta escrevia a certo automato vivente e emproado i

, , C'est promettre lleauconp ; mais qu'en sórl-il sodvent?Du vent.

Tjîstioa : 1B32. Na Imprensa da Rua dos Fanqueiros N.® 1*9 B. Com licença.