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PREÇOS: KO RIO...«SOO' MOS E5TA0OS...-6OO ANNO XXXV RIODE JANEIRO. 23 DE MARÇO DE 1938 \TilL_____?__ N- 1694! _¦>—_____________ ____ri^___l - **wlWL\^'í§fc)& ^^ d_/^^^_H n ra*_Br___. _V_C"__H_f ~^____l **e>-"*^B ^* ^H H^ÉtU. ^^I____B<__I___J ÇjH -^^ ^3 r V^^___P>^T\ »^ ^S /frn^Êk ~»=-stf?_s?-__^j B^Gba *'',*^_B liBL_-»-L J_.fli ^-_p . , __-^i, ««r1 ^^ ¦ -B..-//<• _ _______f í_jrí_L_S3,Bi __BBB_-_Ü________E3f9.i_H-._-9-Ba.-l _F _f'V^*_^-vn_____l '^_______-^_______J ^*2fcfív7ÍlmmmY^' ,'fl*tr' '3"*V^O\ V^Nffll \_? «7 % *"*-' _____* _/___fl__ *ivfcJjííí?r*\ít*,,*á*»/ ^Kj *) —uma .iorc«r_> encan ^^b*^n ViW~* _..-caramélos JÍ-Crii-hò-:_=jj^='çQl 6) ...açúcar, Ma? d dona da I ^^1 udt Quando chegou ao ^^T !Bl^J * c anào.qut com ele esta- ^fí\\"=È\ \n casa uma bruxa muito feia. I ^B ta) sitia Zéx.nho hcon r_, Brva. entraram relenda KE|&\ ©S' apareceu e coro uma vassoura, I |E/I diante, porque «iu umâ 9SB ^m csra . começarem comei-rea!^'" __£ esbordoou os comedores de |H ^^Tb linda casÁ tuia d* doce» ¦ S*^^*-B todos os vasos « movci_t Jm \—•'£:£g£.-^^ açúcar. O sonho corrigiu o

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PREÇOS:KO RIO... «SOO'MOS E5TA0OS...-6OO

ANNO XXXV RIO DE JANEIRO. 23 DE MARÇO DE 1938 \TilL_____?__ N- 1694!

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A MIRAGEM. A' miragem é um fenômeno atmos-ferico, que nos faz vêr na atmosfera,ou por baixo da terra, a imagem in-verlida dos objetos nela situados,como se fossem refletidos sobre umespelho plano, ou sobre um lençolde agua. A miragem é uma ilusãoótica. Observa-se freqüentementena Arábia, no Egito e, sobretudo, nosvastos plainos arenosos, fortementeaquecidos pelos raios solares.

A AGUA DA CHUVAA terra, o solo, como todos os

meninos devem saber, é geralmen-te-, poroso, isto é, cheio de espa-ços capilares. Quando a agua cáino chão, em fôrma de chuva, par-te dela se evapora, isto é, sobepara o ar sob a fôrma de vapord'agua, e vai formar as nuvens.Dessas nuvens provêm' as chuvas,sem as quais todas as plantas,todo o reino vegetal, emfim, nãopoderia viver. A outra parte daagua da chuva que cái, entra nosolo, infiltra-se na terra, embe-bendo-a, e estando sempre emmovimento, por isso que ora des-ce ás camadas mais fundas domesmo solo, ora volta á superfi-cie para, de novo, se evaporar eformar, ainda, o vapor, as nuvens,a chuva finalmente.

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^Redator-Chefe: Carlos Manhães — D iretor-Gerente: A. de Souza e Silva

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O aparelho circulatórioMeus netinhos:

O sangue, como vocês devem saber, está sempre circulando dentro

do organismo, subordinado ao aparelho circulatório, formado das veias,

das artérias, dos vasos capilares e do coração. E' dentro desses órgãos

que circula o sangue.

As veias, meus netinhos, são tubos ou vasos que conduzem o sangue

de varias partes do corpo ao coração..

As artérias levara o sangue do coração ás demais partes do corpo.

As veias estão situadas mais á superfície do corpo do que as artérias,

e por isso todos vocês as vêem, através da pele, como se fossem riscos

azulados. As artérias, ao contrario das veias, são mais profundas e estão

recobertas de um envoltório elástico, que as veias não possuem. Por essa

razão, a rutúra de uma artéria é mais grave do que a de uma veia, por-

que a artéria, ao romper-se, permanece aberta, conservando a forma ei-

lindrica. Com as veias não se dá isso. Suas paredes flácidas se contraem

permitindo a coagulação do sangue e evitando as hemorragias.

Os vasos capilares, que têm esse nome porque são finos como o

cabelo, outra causa não são do que tubos delgadissimos por onde passam

os líquidos alimentícios e o sangue do sistema arterial ao venoso,

O coração, como já Vovô teve ocasião de falar a vocês, é um músculo

dividido em duas metades : coração direito e coração esquerdo. Cada uma

. dessas metades possue duas cavidades : a superior, ou auricula, e a in-

ferior, ou ventriculo,

O coração realiza continuãdamente dois movimentos: o de contração,

chamado séstole, mediante o qual o sangue sáe do órgão, e outro de

dilatação, denominado diástole, pelo qual o sangue entra no coração,

V ô V ô

.

^jp

I

OUTONO(Musica de Luiz Ramos deLima. Versos de João de

Camargo).

Deus, ao tirar-nos as flores,

desde o jardim á floresta,

nas sezões várias do ano,

maior peder manifesta!...

Vem o outono. Rubros frutos

pendem de todos os ramos,

frutos doces e maduros,

os frutos que mais amamos !..

Das flores guardam perfume,novo e variado sabor;

quem só de frutos se nutre,

terá mais força e vigor !...

O mês de Maio é formoso;

a terra toda se enfeita;

o fruto pende cheiroso,

para uma farta colheita !. ..

: Corramos para as campinas,

saltemos para os pomares;sejam frutos, e mais frutos,

todos os nossos manjares !..

De frutos pode o Brasil,

ser o celeiro do mundo !.. •¦

Tudo florece em seu solo,

grandioso, rico, e fecundo!..

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O TICO-TICO _ 4 — 23 — Março — 193S

Miinbowo oa PantteéolandíaNovela de MAX YANTOK

(Continuagão do numero anterior)

comandante, um quadrante para determi-nar a posição do navio, marcando a la-titude e a longitude, operação em que eramuito entendido.

Apontou o aparelho para a Lúa que iapondo o nariz por traz de uma nuvem,arrumou um pedaço de papel alguns x,y, raizes cúbicas, raizes de mandioca, ai-garismos atropelados e acabou descobrin-

do que naquele momento, faltando um quar-to para meia noite, o sol no zenith, a lua

na azimuth, o "Kalhambeck" estava exa-tamente entre os dois pólos, tendo um me-ridiano de cada lado e os paralelos do ladooposto.

—- Bravos! — exclamou Kaximbown en-tusiasmado ¦— Você merece um lugar naAcademia de Ciências.

— Já pertenci á Academia. Fui portei-•¦o, mas tive que pedir demissão porquemeu nariz impedia a pastagem dos ilustreshomens de ciência.

Guiado então pelas sábias instruções doeminente Pipoca, Kaximbown dirigiu o"Kalhambeck" de popa para a Pândego-landia, colocando o mapa na direção daroda do leme.

Quanto tempo durou a viagem?Difícil fazer-se um calculo — O relógio

de Kaximbown estava muito longe, noprego e a bordo, no manomento do motornão havia meio de lêr as horas; O ter-rr.ometro estava de cabeça p'ra baixo, doberemetro fizeram sopeira, a bússola han:uito que fora parar na cozinha para afeijoada:

Na caldeira do motor haviam posto aassar meia dúzia de ratazanas, o queijo

de minas,' esquecido na despensa, passea-va sozinho na sala de jantar, um cachode bananas, abandonado no porão derauma linda bananeira com cacho e o mas-tro, que como dissemos, era feito de tron-co de mamoeiro, via-se carregado de ma-_ões,

Havia, pelo menos, do que comer.Mas, quanto a beber, só havia, a bordo, •

algumas barricas de óleo para maquina.Em todo caso, do que menos se preo-

cupavam era de dirigir o navio que ia á...matroca.

Afinal, ao cabo do ?mo. dia de nave-

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gação viu-se no horizonte uma nesga dequalquer coisa que não era mar, nem céo,nem nuvem.

>— Terra I Terra I -— berrou Pipoca.—- Cale-se I —» protestou Kaximbown.Quer bancar o Colombo ? Não grite as-

«Im. Podem-nos ouvir e descobrir essa ter-ra antes de nós.

Era claro que Kaximbown pretendia des-cobrir novas terras, ás quaes daria o nome

de Kaximbolandia, por exemplo, tendo Pi-pocopolis como capital. Elle seria o rei,Pipoca o P ministro e Tufão o chefe dePolicia. /

Imediatamente foram feitas as manobrasem demanda do porto da Pandegolandia,que se avistava ao longe.

Bem guiado, o "Kalhambeck" rodou meiadúzia de vezes como barata tonta. Pipocaquiz mais uma vez determinar a posiçãodo navio, mas, na afobação, em logar doquadrante, foi tomar as medidas com umclister para lavagens e tufão correu comodoido atraz de um queijo de vassouras queia se evadindo.

Difícil descrever a alegria de Kaxim-bown. De seu cachimbo surgiam bafora-das de fumaça, que de longe davam a idéade estarem saindo das chaminés do navio.

O mar estava danado, ameaçando seria-mente a estrutura raquítica do navio. Mui-tos pregos já haviam saido do logar ecaído nagua, afogando-se, porque todos sa-bem que os pregos não sabem nadar.

ks/tt^~ y ^^^y^y,

\

Vagalhoes indiscretos e malcriados in-vadiram o toldo, pondo tudo insopado. Umdeles apagou o cachimbo do heróe, outrodeu ducha completa em Pipoca, que haquarenta anos não tomava banho, mas, pormotivos que só a ciência náutica pode ex-plicar, o "Kalhambeck" rumava direitinhopara Patuscopolis, cujo farol apagado alu-miava o universo atraz do sol.

E, quem sabe lá se S. M. Babales IIInão estava no cáes com toda sua cortereunida para acolhê-lo e oferecer-lhe o va-lioso presente de boas vindas, constituídopor um canudo de amendoim torrado c o"picolé?"

— Convém arvorar a nossa bandeira notope do mastro —- alvitrou Kaximbown.

A bandeira com ar armas de Kaximbownera muito conhecida por todo mundo, poisjá esteve arvorada no Polo norte, no Polosul, no cimo do monte Everest, no altodo Vesuvio, do Descabezado, no meio doOceano Pacifico, no morro da Favela e a12 milhas, de profundidade no fundo domar das Lentilhas (ou antilhas, se não nosenganamos).

Essa celebre bandeira, que já obteve tan-tas vlctorlas na famosa batalha dos mata-mosquitos rontrn n F^b-" rr^i-rl- ."—• -m

centro um prato com garfo e faca cruza-dos, sobre campo de côr de burro que foge.

Em baixo as iniciaes K. P. T. queremdizei Kaximbown, Pipoca e Tufão (_ nãoKagado, Porco e Tatu, como interpretamos mal intencionados, fechemos os paren-tesis).

fSSSlK.RT.

Para fazê-la Kaximbown sacrificou umacueca, presente do seu avô antes de nascer.

Arvoraram, então, a bandeira no tope domastro e como a bordo já havia uma peçade artilharia do tempo de D. João Charuto,carregada com um coco da Baía, foi dado

W ' Yy s^SiyJo tiro de salva, que, seria inútil dizer, fezcom que o canhão fosse l#nge e a bala fi-casse.

Observando o litoral com seu óculo dealcance (mentira 1, era a chajiinê da cosi-nha) Kaximbown pôde com satisfação cons-tatar que Patuscopolis estava empavesada.

Quanta roupa a corar 1O que entretanto, parecia inexplicável,

em todos estes -acontecimentos, era o fatode estar o "Kalhambeck" filando com avelocidade de 718 nós (não é nó de bar-bante) á hora.

Cientificamente isso se explica. Enorme

?_^__i______i_±___sí_w;_»

bando de tubarões famintos haviam toma-do conta do navio e iam carregando-o paraencalhá-lo em logar seco fazendo-o virarpara poder papar o pessoal.

Silencio! Que ninguém saiba, para nãoestragar a festa.

O mar, cansado, acalmou-se. A Pande-golandia, agora se apresentava em todoseu esplendor dc país maravilhoso e uniççino flenero.

rr^-'"-'. _..•_..-,__ ^1tt^"l%at/^y

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Asaventura;

doJoão

deMalem-

peor— Por —

C. D. Russel

SIM.

— Use WAVO para o cabelo. Um invento —, CIENTIFICO DO SÉCULO, QUE RESTAURA O BRILHO

K A CÔR DO CABELO. — ATESTADO PELAS PRINCIPAIS— ESTRELAS DO CINEMA E PELA ELITE ¦ ¦¦¦ ¦

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FRA ANGÉLICO

SANTO INÁCIODE LOIOLA

(Continua no próximo numero)^^^«^^^^^_^^^_A_A_^_^_^_*_^^_A__*_^A_^^A_A_A_A_^^A*^_^^_^^^WWWWWWW^W^_/^^A|_^.^___^_^^^^A^Í*^^^^Í

FRA ANGÉLICO

Filho amoroso da cidade de Florença,FRA ANGÉLICO era o pintor que tinha amagia de dar a cada uma de suas figurassantas, a expressão de humildade, de ai-truisrao, singeleza.

Chamavam-no "Angélico" — talvez poraquelas características.Nascido no ano 1887, em 1407 entrou

para o mosteiro de Fiesole — dedicandotoda sua vida á religião e á pintura sacra.

Deus era para ele o Mestre inspirador desuas obras maravilhosas. Orava e logoapós tomava seus petrechos de pintura.

E, com perfeição só mesmo inspirada porDeus, interpretava as passagens da Bíblia,os serea oeleatiaea.

Morreu em Roma no anno de 1445.

SANTO INÁCIO DE LOIOLA

Em 1491, no solar de Luciola (Hespanha)nascia um menino destinado a ser maistarde nm dos mais celebres e maiores reli-giosos do mundo. Seu nome verdadeiro, istoé, de baptismo, era Inigo Lopez de Recaia*.

Morreu em Roma no ano 1650.

L. B.M********&w**lmWkmWammm*™0*'^**'*^^ iwi ymm

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O TICO- TI C O — í> 23 — Março — 1938

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Roger Macon, Alexandre deSpina e Salving Armati e outrosmais reclamaram a honra de serinventores dos óculos de lentedupla.

No túmulo de Armati, em Fio-rença, ha a seguinte inscrição :•

_____

SU*-*. aftÉitS»_W_rK_____Jl _i/^ CT ___¦____! __i._^_______Í__^^ê

Í_Í_1m_ÍS-_ __4__M __^_-_ÜÍ

WÊÈw mÊÈk

IffT ii ra_ *R

Os admiradores de Roger Ma-ton dizem que ele inventouos óculos no ano de 1280. Spinasomente reclamou o invento cincoanos mais tarde.

Em 1350, p artista Thomas deModena pintou um clérigo com

lhe perdoe os seus pecados". Não sê óculos de lente dupla. Este quadroAqui jaz Salving Degli Armati, sabe se esta suplica tem relação com a se acha até hoje em Treviso, na

inventor dos óculos. Que Deus primeira parte do epitafio. Itália._

Todos nós conhecemos Venezue-Ia, e sabemos que Caracas é o ber-ço de Simon Bolívar, o grande li-bertador, que, influenciado pelarevolução no seu paiz, armou-se ctornou-se chefe do seu povo, der-rubando a tirania da Espanha ecreando republicas,

Na capital da primeira colôniasul americana a negar sua aliançaá Espanha ha uma magnífica esta-tua de Bolívar, e se visitarmosCaracas, encontraremos muitas re-liquias deste herói querido.

Muitos visitam Caracas como iti-nerario da viagem transatlântica,ovíros vêm por via Columbia.

A entrada em Guaíra, alguns 20metros de Caracas, é uma sensação!O porto acha-se aberto para o mar,mas não tem as docas, de modo

que o desembarque é dos mais emo-cionantes,

A vila, por si, é muito calma ccheia de tranqüilidade, mas tem co<

CARACASmo aureola uma gloriosa coroa -—os Andes !

O caminho de La Guaíra paraCaracas é encantador ! Sua beleza,magnificência e riqueza de cenáriopode ser comparada com a estrada

_"

Uma rua de Caracas

de Cornich ou de Amalfi, ou o pas-seio de 17 milhas em Monterey, naCalifórnia, no azul do Pacifico.

Para atingir a capital sobe-se aalguns 3.000 pés ao vale de Cha-cao, vale muito elevado ao pé doCerro de Ayila, uma série de picoscom a altitude de 9.000 pés.

Ha muitas curvas, mas o cami-nho é soberbo, em cada curva des-cortina-se um panorama diverso.

Finalmente, depois de muitasvoltas chegamos a Caracas, capitalde Venezuela. _

O centro da cidade é a Plaza deBolívar, rodeada pela Biblioteca,.Catedral e muitas outras contruçõespublicas.

Cafés, hotéis e clubs enchem oambiente. Ha restaurantes magnifi-cos. O quarteirão mais imponente éo ocupado pelo palácio do presidenteda Republica.

Grande é o grupo de entusiastaspelas touradas, Os jogos são sem-pre sem competição.

O I_>0_Ft_\_tl]NriIOOO.Paulo era um menino muito dorminhoco, todas as

manhãs sua mãe precisava acordá-lo e assim mesmo elecustava para levantar-se.

Foi chegando a idade e Paulo foi para a escola semperder o defeito; na escola via todos os meninos ativosc ele de vez em quando arriava a cabeça. Estava che-gando o dia do exame da classe e, na véspera, o profes-«or foi dar explicação. Todos os alunos estavam commuita atenção, somente Paulo, que não perdendo o feio

vicio, já havia arriado a cabeça para dormir e assimperdeu a explicação, pois quando Paulo acordou já haviaterminado. O professor recomendou muito para eles es-tudarem. Paulo, como não tinha ouvido o professor, foibrincar. Chegou o dia do exame, todos os ainos sairam-se ben\, somente Paulo nada poude fazer. Foi severa-mente castigado. Sentindo-se envergonhado peranteseus colegas, prometeu corrigir-se deste vicio tão feio.

Maria Santiago Lopes (11 anos)

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23 — Março — 1938 *- 7 — O TICO-TICO

CAPITÃO BLUFF-- Continuação n. 2_. I COHiCA "Dt sexv_sei^ COH - BBECA

'TEMOS -.Q<J> I £¦ a-capital dos-iuus>nie_- T7^-~*\ NÃO E. MA OE-TCDO. O TO0O UM EGUlPàHENTO DE/T SELVAGENS - DISFAPCAOO EU I s^

C \f -TtUPERO N£>0 -Pcearx. . dFPTPITC INDIO. 5£ ti) y^ SCOIA CAPAI DE ME -noONAaN /CVJ*!j im 1 MAS ATOME.O SUBSTl- rcjcrci _

fl -_^ O CHEFE DESTES MA-TBAPlLWOS\|k\l^\8i[ V_ ""MIU. SEEvAM CftKHi- HE ü\$T£fèC&i££-_lty £ SO'P49a SAtoN-na i mim riP^V^ã'^'-— Ba£s7r CONHEÇO _ LiN-CrV ); VW.

r" ""i "PRmORO mou a5susta_ a, r ~rrr-~AA~ ~

T30NG • T?_-G-â-BON& cubada pma pepois m- ***, .PÕn-rtE. como uh deus '—' AfiVx \

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EPA QUE PÂNICO* A DEBANDA.CAE' ,GEPAl • PENSAH CuE A,PE.DCA5,vem do CEo.p

AGCEA VAMOS 60 CIS«_!_G_ou ne. tomam por. uh teusCAI DO PC CEO OU ME COMEnVJIVO 6E.M COSINHAR-tlÇ-VOUACRiSCAC ^~

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O ,T-. I C O - T I C O 23 — Março — 1938

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^P _t-^\B B' «PJ lrJ__»^__^E__Íl^^cri -ftl W -B_, -m^BI Mr H _K Brí "'"IH __=^«S_sS-Ss^1* | Hr** ""\!*«_*V~-ÍPB

Esse oásis era uma cidade subterrânea, das muitas qu»existem no deserto para refugio dos viajantes. Era. ainda,um reduto de bandidos qua guerreavam as nações quo . . ¦

. . . tinham colônias na África. Spot e toda caravana, p0«rém, ignoravam tal cousa e entraram pelo subterrâneo des-preocupadamente, (Continua no próximo número).

TEUS E MfôTRES Só TE DESEJAM .O BEM.

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Embora nfcnhum riomem por mais feio que seja

se julgue parecido com este animalzinho, cha-

mado com propriedade Espectro", a zoologia

nos ensina que anatomicamente na escala dos

seres vivos está ele mais próximo de nós que

muito símio que anda em pi. .

HISTORIA NATURALMARAVILHOSA

Pm AIOYSIO

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COGO

»Pela imponência com que domina a selvaem que habita seria muito mais justo consi-derar o tigre real o rei dos animais. Supe-riorao leão sob vários pontos de vista, é-otambem em ferocidade, sendo imenso o nu-mero de pessoas anualmente por ele viti-madas na selva asiática.

ALOYS.OÍ,&

Todo mundo conhece os terríveis pra-gas que os insélos constituem para alavouro O que é pouco vulgar é umaespécie de carangueijo gigantesco(crustáceo) da ilha de Pastua queotoca os coqueirais em bandos nume-rosos despindo-os de seus opreciadosfrutos.

oão vários e curiosos os exemplosde amizade inesperada entre osanimais mais estranhos. No Zoolondrinense, por exemplo, umjo-ven chimpanzé tomou-se de amorespor uma grande serpente tratan-do-a com um carinho verdadeira-mente surpreendente I

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jALm SÉMB^. 'Imm^ÊmW

I«o.

1

A tartaruga "Matamatá

(chelys fimbriata) além de ser horri-velmente feia com suas excrecencias ósseas põe ovos que nãosão tão apreciados como os das tartarugas comuns, pois emitemum cheiro nauseoso e aborrecido. A

"Chelys\L habita aAmazônia. " **/

©HM

OINÍ«aa.

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O TICO-TICO 10 ~- 23 Março — 1938

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^^__l^^___il__ jf'y$JÈ\

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Leão, Macaco & Cia.

AS ÜB-

As más linguas disseram que

o Dr. Simão, escrevera uma can-

ção carnavalesca, dizendo: s—

"Lá vem o seu Noé, comandan-

do o batalhão", o macaco vem

tentado na corcunda do leão!...

O Leão ficou indignado e foi

tomar satisfações ao símio, ts-

te vlrou-lhe as costas dando

fortes assobios e. pulando de

galho em galho, sumiu-se nas

ramas do arvoredo". Passados

alguns dias foi o Dr. Simão sur-

preendido á margem de um rio.

O macaco procurou por-se a

salvo das investidas do rei dos

animais e pulou numa-arvore,

munido de um massete, como

arma de defesa. Havia perto

da mesma um espeto fincado.

O Leão seguiu o simio, 'que

tre-

^^^^^^^^^ Vl¥__^7

puu á arvore para escapar, ati-

rando-lhe o massete; o Leãd es-

corregou e cahiu de costas no

espeto que estava fincado jun-

to á arvore. A raposa satis-feita,

disse: — "Dr., cuidado com a

;orcunda do Leão".

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O MISTÉRIO DOS DIAMANTES AMARELOS 0O, aloysio s^\ !_a__,

(©©. i /

Embora um tanto incomodado pela enorme mascara que lhe pesava

no» hombros, Barlley não se insurgia contra o ritual a que estava sendo

submetido pois cada vez mais

InSC/C

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wos

se interessava por obter esclarecimento sobre tantos (atos inexpiica-vcis. O que não lhe saia da cjbeçd era o extranho personagem mas-carado que viera ao seu encontro e que embora falando a lingua

H

dos negros possuía a máo branca e fina como qualquer americano.Pouco depois, Bartiey foi levado a um belo recanto onde viu com estranheza

um corpo humano deitado numa espécie de nicho velado pela figura de Mola.

Julgou que fosse uma múmia mas o peito estava arfando como em vida(Continu.)

n3

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O TICO-TICO — Xfm* — 23 — Marco — 1938

Às proezas de Gato Felix{Desenho de Pat Sullioan — Exclusividade «TO TICO-TICO para o Brasil)

,-

Aqui vem o dono reclamar o .. .de nada e ao contrario — vou elogiar ..recompensa... — Foi realmentet,\Zn — parece que ele é rico — não o cão e talvez que isso faça com que ele um prazer conseguir o cão para devol-vou me queixar... me dê uma — ... ve-lo ao snr.....~j } w^ ~

.Não esquecerei jamais o prazer que favor leva-lo se o snr gosta tanto .. .imensa satisfação em presentea-lo.—minha familia sentiu ao vê-lo. — Ah. de cachorros . e como presidente de Outro cachorrinho... —Credo! agorasim? então é... um Club de Cães tenho tenho mais...

„acabou o susto.... graças ao FelixüII.um cachorro... que horror!!! ..~um.._ azar! tenho que me prepararQualquer dia este diabo vai descobrir- desta vez! - Eu bem sabia..... — Fi- - Afasta; cachorrinho, sou muito ra"••• nalmente,... ligeiro.,.

o ¦L ú ° -..># yS m<ém

_.que você... Vou pedir aos menmos _ Venha cl rapaziada... - ...companheiros''.para^nc apanharem aquele cato... Depressa^.; (Continua no próximo número)

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==| A nedra cncantafla — 7:~Z ~J j\í

,z^ÊÊLeitor, Aventuras arrebatadoras frente?a frente com;fe- ^-^rr-L^^^* m>>v 1/ jjjS

— Precisamos fugir daqui a to- ^/-'^^^A^^~"' / / ' *|T^S|*»J

gggl * «g *m jfs^M-^ ^>rg n_iliouvida. Ficai —~~""""""-—-^——

atento a essa voz,;: — Aqui está a corda que —Amarre-_ o tigre vai nos devorar — Vamos descendo por ela I

.. _ !; fizemos para salvar Ma- mo-la nesta pe-a çssas lições e li ^_^ ^_«____ __..!í ria. dra! 77 yj \ W kk

~

por cousa algu- jj 11 '- _ „ h,/•/, *? -_ > V ™

- *>^~ — Tenho uma idéa 1 ,. xtz^Í ^r-^f3^

¦^ j°b--"' \ •^ÉJjy V^-i >w\ Bifo aí^í f^r § M '

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(CONTINUA NO PRÓXIMO NUMERO)

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O TICO-TICO — 14 - 23 — Março — 1938

¦B__9H___-B_Pr~ s> ?dr

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(CONTINUADO PRÓXIMO NUMERO)

Andava triste a raposaNaquele mato faminto,A procurar qualquer cousa,Fosse mesmo um pobre pinto

Andou, andou, sem parar,Pelos campos e quintais ;Mal podia suportarA fome que era demais.

Seguia por uma estradaQuando encontrou de repente.Uma coruja trepada,Piand0 tristonhamente.

A raposa esfomeadaDisse á coruja, gemendo,Já ando desesperada,Nem sei como estou vivendo l

Ha dois dias que n_o como ;Nem um pintinho siquer ;Da vida o gosto nem tomo ;Eu acho que vou morrer l

Comadre coruja, digaComo posso me salvar

OS TI LHOS DACORUJA

Da fome que me castigaDia c noite sem parar.

Disse a coruja á raposa :Comadre, vá por aíQue ha de achar alguma cousa ília muitos ninhos aqui.

Mas não mexa no men ninho[ Que fica perto daqui.

JBcm na beira do caminhoNum ôco de jutai.

Oh 1 Nem pense nesse horror IDisse a raposa. — Pois, não I

Não se paga um bom favorCom tamanha ingratidão l

Terei com eles carinhos,Ou nem perto passarei.Como são os seus filhinhos 7Como eu os conhecerei ?

É bem simples — disse então,A coruja. — Veja lá !Meus seis filhos todos são ;Lindos como outros não ha I

*A raposa foi andando,E deu num ôco de páuE vin seis bichos piando,Feios como um bacurau.;

Que saborosa ninhada IDisse a raposa, contente,Devorando, esfomeada,Tcdos eles de repente.

Quando a coruja, á noitinha1Foi vêr os filhos queridos,No ôco do páu só tinhaUns pobres galhos partidosj

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As

aventuras

do

capitão

Cloud

Novela de Ro-

bert Weinstein

Continuação. N- 20

— O Capitão Cloud escapa milagrosamente das chamas e da corrente ^#. "% JHmarinha. f *^flSS^I fl

jj«jM>MjiIiiiIJ^.^jLji1 v"""»>w tf**-^jmWm-i^^m— Contenha a respiração ym i-¦.._., jtÜ*~«0 *wlB BJJÉÉKlP amwgmjv¦ h

rente! ^H B^^—É um grande es- »*-®Bri,^5^^^H ®f^2 H> Tr ^>tííWraSB

ImmaxM BfVv^ ¦SP .iv «Ji l€_ ^ Bjji^l eSSO'^&| ff SnT— 0JIle a cn'rada^K

^^F^^r \ ^¦^¦§1 ^^^^w»^ jpfcagL • ' j^K^**"**"**^ ll*!aÍ-tf'P,3'ffi^ m^" l!*5h ^-I.^^^**."*c cj_>^^tc3

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( C O ^JJ^^AN O P R O X I M O NUMERO)O H E T O

O sol desce atraz do morroOlhando para uma briga,Briga dc gato e cachorro,Em que um o outro castiga.

O gato pede socorro,Faz para o cão uma figa ;K assim dizendo : — "Não morro !'Deu-lhe um soco na barriga.

O sol, que tudo espiavaPor detraz daquele morro,Bem contente gargalhavaE cá embaixo os brigõesJnda pediam socorroDando tapas e beliscões.

Oulakdo RoDniuuLs Maio

PEDRAS PRECIOSASChamam-se pedras preciosas as rochas minerais que por sua be-

leza são empregadas na confecção de jóias ou objetos de adorno.As principais são: diamante, esmeralda, topasio, turqueza, granada,rubi • ametista.

O diamante c a mais dura e brilhante das pedras preciosas.

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Í^VjL 9 '":'£¦'• 55 xlSH^J^JI y>^ beija-flores construiu seu

2_ɧ_ ^"^í uma 'amPada na residen-cia do Juiz William D

~^^^~ ^^^^^*^^lljlx_^^XX?XX By / Dehy que não** quiz impor-

l\______________^__F V_^-_-^_-_-» ...Nai qravurai acima <emoj um curioso fenômeno-da

auxilio mutuo entra dois »apo» que. pareça contra.<ia, o afirmação cientifica qua sustenta a ausência do

qualque* ato mteliqente <io» batraquiot

Os primitivo» habitante» do BRASIL jsavjm «ana»

aranhas como medicamento» que reputavam infativeis

em certa» doença» cjraves

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23 — Marco — 19.3 17 — O TICO-TICO

... eternamente. E, por Isso, ali estava para propor aos aven-tureiros que deixassem imediatamente seus domínios, ou sesubmetessem disciplinadamente ás leis do seu pais. Um mo-

I mento d» duvida, • todos aceitaram a condirão de ficar no

Mpgr' -ft^ffímT __R__j__£_Í_í€____P_ _5^^^^^Í_P __a^^____F^____^A/>í-i ^._L__^^r ^r^^mmwF '"* ^"^^^^^^^^^^&?_________F^___I __2______»^ __*<^ ____d_fÍF

K__É_I FH

p__l______S___^S_^-iE' que o protessor, não queria de maneira alquma voltar (¦

k pátria sem levar uma copia das maquinas fantásticas que vi- «¦ra. E num magnífico avião de motor elétrico, todos voltaram aoi «domínios do sábio louco. \lJContinúa no próximo numero). <$m

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O TICO-TICO 18 — li — Março — 1938.

AVENTURAS DE TINOCO, CAÇAD OR DE FERAS — (Desenho de Théo)

Tinoco apareceu com um cordeiri-nho empalhado, convidando MisterBrown para uma caçada original.

Cá em baixo, ele, Tinoco e MisterBrown, com um salva-vidas de bom-beiro, conseguiriam que a fera, . . .

Com aquele cordeirinho atrairia umleão para a barquinha de um ba-láo ;

. . . logo que a fera saltasse na bar-quinha, 0 balão se soltaria automuii-ramente, levando o leão pelos ares.

. . . caisse, mas logo que cia se-ati-rasse, eles deixariam que o bicho seestatelasse n0 chão ? O inglez não ...

. . .quiz tomar parte na experiênciae, assim, o nosso herói não poudefazer mais uma originalíssima caçada.

O MILAGREJosé, um pobre menino, vivia

com sua mãe, viuva, numa palhoçae todos os dias ia trabalhar numafazenda. Seu serviço era de lim-par e tratar dos cavalos.

Um belo dia, estava distraído,atraz de um animal, quando estelhe deu um couce e José caiu nochão, gemendo. Mas se levantoumesmo com a dôr terrivei e nãodeixou de trabalhar para ganharo pão de sua mãezinha. Sofren-do, muito trabalhou e ao anoite-cer foi para sua choça, cambalean-do em conseqüência do couce queo cavalo lhe dera. Ganhou o pão,c lá se foi. Quando chegou em *casa a sua mãe o recolheu, aflitae José deitou-se. Teria de ficarmuitos dias de cama para sarar,pois assim não poderia ganhar I

A noite caiu c José dormiu de-pois de ter chorado muito.

Surgindo por detraz das monta-nhas o sol anunciava o dia l

José despertou e ouviu uma sua-ve voz que lhe dizia '

— Não chores, José, tu ficarásbom, pelo teu sacrifício de traba-lhares doente como estás, para ga-nhar o pão. Não trabalhes maisaté ficares curado.

O menino levantou-se c pareceu-lhe que a bôa voz era do MeninoJesus. Não se lembrando de seuferimento, saltou da cama . . . e.

NOITE SERTANEJALá trasmontou o sol t Foi-se o lus-

co-fusco . . . É noite.Silencio profundo reina sobre as

casinhas da roça . . .Por emquanto cessa a brisa. Tudo

é melancolia. Instantes após, é osilencio interrompido pelo mimosoramilhar das arvores, que choramconvulsamente, com o ciciar brandoda brisa. No céo, já bruxoleiam asestrelas cambiantes. Entre as gran-des sombras do bosque rampso, asflores desabotoam das corolas, expe-lindo exalações aromaticas pelo ar.Talvez seja esta a hora que o doura-do guanambi, entre orlas da mata,

*v^^^^^^'^AlV^AAlVlA/vv*vvVvN«l'^l'vvv^A^^«^A^-

que surpresa ! Estava restabeleci-do completamente. O que seria ?Foi um milagre que Jesus fez peloseu sacrifício de, doente como es-tava, trabalhar como um pequenoherói, para a sua pobre mãe. Cor-reu a noticia desse prodígio e aspessoas que conheciam José disse-ram :

i — Se não foi milagre . . . me-recia ser 1

Maurício Cài_.i_et Calmo!*>ij\jmrmA^rm*^fkmntnfxnfírmA\fu**-m*^A-^»-an

sinta no coração anseios de rompero rosicler da aurora. Os regatosnum marulhar fraco e confuso, des-lisp.m em cristais pelas canhas do ser-tão. O quadro agora é lindo I E,para melhor ficar, as aragens sãomais frescas e mimosas, as floresmais perfumosas ; os buritis tão for-mosos ciciam mais de mansinho, nossilvedos os cantos são fracos e mis-teriosos, finalmente, sái, lá por trazdas colinas verdes e majestosas, umaespécie de gema, acompanhada delindas nuvens flocosas, que prateiamas casinhas rústicas : É a lua comsua linda luz. As folhas das arvoresbrilham com o orvalho da noite, se-rena, laivadas de luar. Um fio d'a-gua serpeia em cristais, dos apios daserra verde, orvalhando a relva ta-pizada de cores ... Os pássaros so-üham ... Gemem os taquaris, pelas es-tradas cobertas com o manto do luar...Quantos segredos entre o bojo da ma-ta . . . Quantos choros de violões...Quantas harmonias . . . Por fim, quelinda noite sertaneja.

Armixdo de Castro Pereira

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MG .(1(1Novela de

BrandonWalsh

(Continuação — N. 46)

- BANANAS I HA FRUTASAQUI. MUITO BEM. EMVEZ DE PIRATAS, MACACOS.

— BOM PORTO ESSE,CAMARADAS. PODEMACREDITAR.

— NÃO HA NEGAR : QUANDO O PERIGO PA-RECE ESTAR LONGE, DESCONFIE E PREVI-NA-SE.

— AQUI ESTAMOS, AMASSADOS CO-MO CARNEIROS, A ESPERA DE QUENOS CORTEM O PESCOÇO, NOS ES-FOLEM E NOS FAÇAM ENSOPADOS

BATATAS.

¦^x \^>*?£*t *__? / / íT^i^\í_^__»«1 . . _fl **y^^_(^^_í-_tt>__E-y^->~*^*» ¦*c*^*r ty I ^-7 \_-r__. ií2jj j^PJfi^^l^m^-.^^sL "f-ha? ^-*,

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—Mir-r-wi-iiii ii i ii ¦ ¦ -r--*.¦¦¦-—¦¦¦ -.— .. .- - | > a%a£f* t \ t /m

— DEVEMOS FA-ZER ALGUMA COU-SA, GENTE.

— ALGUMA COUSA, O QUE ? CER-CADOS ESTAMOS, NEM SE PERGUN-TA ISSO.

sr^ \:Mi£n&à \

PARA PODER PROCEDER AOS REPAROS DAS AVARIAS SOFRIDAS PELO "NAYADE", OS NOSSOS HERÓIS ENTRAM NUM RIO, QUE PODIA SERVIR DEREFUGIO, NO MEIO DA MATA. NÃO SABIAM QUE ESTAVAM CERCADOS POR UMA TRIBU DE SELVAGENS, CUJO CHEFE ERA RAM-BO. ATACADOS,TIVERAM QUE RENDER-SE. MAS, NO MEIO DELES ESTA MING-FOO, O EXPOENTE DA SABEDORIA, QUE VAI AGIR. VEJAM O PRÓXIMO NUMERO.

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O TICO-TICO

F A U S T E

20 2.°. — Marco — 1938

A MALEDICENC1.A

Faustina recebeu um dia uma carta da sua ... Dona jPiccolina referencias ... furiosa para a casa de Dona Pie-amiguinha Marcolina pedindo-lhe que a fosse ver horríveis a seu respeito, posto que colina disposta a tomar-lhe serias sa-còm toda urgência. .Uma vez na casa delia, a esta senhora falasse delia por toda tisfações! A Dona Piccolina porémDona Marcolina contou-lhe que ouvira de ... a parte. Faustina dirigiu-se ... desfez-se em desculpas declaran- ...

TT

... do-lhe e jurando-lhe que nun-ca falara dela, que#a Dona Bego-nha, sim, é que dizia cobras e la-gartos a seu respeito. Então aiFaustina foi para a casa de Do-

...ra mal dela, que a Dona Qui-ninha era a maldizente. A DonaQuininha jurou por tudo quenunca dissera uma palavra dei-Ia, que ouvira porém referencias

.. .pas e declarou que tudoquanto se dizia partira deDona Marcolina. Faustinaentão comprehendeu quecontra a maledicencia de...na Begonha, que por sua vez disse maldosas de Dona Lalá. A Lalá

que ella absolutamente não fala— desfez-se tambem, em deseul-

... pessoas que perdiamo tempo a falar dos ou-tros, nada havia a fazere que o melhor era nãoligar e viver para a suafamilia.

mjuijutrijifviri r - *r"~*-*—¦"****"***AAA/tAAAA***** -

PROVÉRBIO PROVADO anedotasNesse tempo de genle tão pelada

Em que é moda raspar tudo,As caras e os pescoços.

Somente o Flavio estava cabeludo rTinha grandes bigodes

Sobre uma barba que metia medo ;Parecia que estava mascaradoDe Herodes de brinquedo.

A mulher se cansava de pedirQue ele raspasse o pêlo ;

Ninguém usava mais, dizia-lhe ela,Assim tanto cabelo ;Porém ele teimava,Pois era "cabeçudo" . . .

— Que o deixasse ficar, dizia, irado,Mesmo, assim, cabeludo !

Junto do Flavio foi morar, então.Em um prédio vizinho,

Um sujeito que usava tambem barbasCa»

Como as de um capuchinho.E ele di/.ia, emfitn : — Não sou eu só ;

Meu yjzinho do lad<j ...

Adota meu sistema :Como eu, é barbado.

Mas a mulher do vizinho, que era'( [braba,

Zangou-se um dia e, zás! por desafogo,Ou para se vingar, talvez, quem

[sabe . . .Nas barbas do marido tocou fogo !...

O Flajrio, ao vêr tal cousa,Parece que sentiu tão grande magua,Que, abrindo da banheira as duas bi-

[cas,Meteu-se dentro d'agua I

O dia quasi todo assim passou,E quando, emfim, a esposa o foi cha-', [mar,

Ele, de lá de dentro,Lhe pediu que o deixasse ali ficar.

E explicou, a sorrir,Piscando, assim... as palpebras de

[um olho :4- "Quem vê as barbas do vizi-

[nho arderPõe as suas de molho" . . .

Maubicio Maia

O medico, auscultando o matematt-co : — Diga 30 vezes o numero 44.O matemático responde-lhe de umasó vez : — 1.320.

*O vigário chega á igreja e ouve ba-

rulho suspeito na sacristia. É umgatuno.Quem está ai ? grita o padre.

É um anjo.respondè com voz defalsete.

Mas aí não é lugar de anjos, osanjos estão no azul, vôa daí . . .

Ah I Eu não posso, eu sou fi-lhote . . .

*A professora explica o significado

de alguns termos,Um anônimo — diz ela — é

uma pessoa que não quer que a co-nheçam.

(Ouviu-se no fundo da classe umarisada sufocada).

Quem é que ri, pergunta a pro-fessora, zangada.

Um anônimo, respondeu umavoz.

*Sabes lêr e escrever ?Ora, eu sou até bacharel !Mas não é isso que eu perguntoj

Quero que me digas si sabes lêr e-escrever . . . " ",

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ANNO IV

Org.o doj leitore»-'O TICO-TICO MEU JORNAL

DIRETOR: — Chiquinho — Colaboradores — Iodos quequizerem^

N." 12

A creança diz nojornal o que, quer

SEJAMOS ALEGRES

Ri, emquanto a morte nãori de nôs 1

Procure sempre sorrir,compor nas feições fisiono-jnicas, a mais linda e a maisdoce expressão dos senti-jnentos. Deixe que a vidalance sobre a nossa face, oprazer misterioso de viver ...Procure sorrir, — meus ca-ros amiguinhos, — não custanada! Ri, com todoentu-siasmo possivei, deixandobem patente nas expressõesfisionômicas a despreocupa-ção completa da vida, nomomento, e a alegria indes-critivel, e, se possivei ainda,trazer patente no sorriso, afelicidade toda que vivedentro de nós ! . . .

O riso, é o manto divinoda vida c, por isso, devemossempre nos agasalhar debai-x<J dele . . .

Ri, mas procure rir comtoda expressão possivei daalma e dos sentimentos, pois,assim, obteremos o grandeprazer de viver ! . . .

Adhemar Xavier

UM DIA DE CHUVAAmanheceu chovendo;

cheguei junto á vidraça demeu quarto e comecei a ob-servar a rua ; reinava abso-luta calma e silencio. Dir-sc-iá que a melancolia co-briu a encantadora cidade,deixando seus habitantes nodominio do tédio.

As ruas estavam desertas,somente os homens que ti-nham necessidade de irpara suas ocupações é quese aventuravam a sair*

Comecei a pensar no bomtempo, em que era menor ;hoje, a chuva deixa-me tris-te e pensativo . . . Mas, comque alegria esperava a chu--va naquele belo tempo, parasoltar, nas enxurradas quese formavam perto das cal-çadas, barquinhos de pa-pei . . ,

Ao contrario dos emprega-dos que ficam tristes, quan-do chove, os agricultores fi-cam muito alegres, porque senão fosse a chuva, suasplantações morreriam e como gado dar-se-ia a mesmacousa por falta de pasto.

Nós também morreríamospor falta d'agua, os rios se-cariam e nós morreríamosde sede.

i Portanto, fiquemos ale-'gres quando chover, porque•e não chovesse . . .

Dalton G. Treviso

riaUm pombo deparou em seu caminhoCom mansa pomba c meigo a convidouGentil e transljordantc dc carinho —— Vamos juntos erguer um bungalou ?

Run . . . Ruc . . . Run ... gracioso se elevouEntre mornos arrulhos belo ninho,Onde em breve o casal rejubilouCom linda prole do mais fino arminho .^,

Hoje os filhotes semelhando a Argos,Olhos de lince, nos seus vôos largos,Perquirem palpitantes sensações,

Emquanto os velhos pombos, lado a ladoProcuram discernir sem resultadoQual seu próprio entre seus dois corações...

Armando Oliveira Santos

O BEMTEV1

Toda manhã, todo dia,Com o peito bem entesado,Com o peito amarelado,O bem-te-vi vai cantando.

Canta na beira d.o rio,Ouve o fragor da- cascata,Vôa depressa na mata,Cantando o seu bem-te-vi.

Orlando Rodrigues Maio

INGRATIDÃO

Meus amiguinhos — você-"sabem o que é ingratidão ?Esse mal, meus meninos,não consiste tão somente emnós fazermos o bem a umadeterminada pessoar ajuda-Ia, sacrificando muitas dasvezes nossos próprios inte-resses ; tudo fazer dentro denossa possibilidade e sinceri-dade, e receber dessa "mes-ma pessoa um mal que nãomerecíamos nem esperava-mos ! Não, meus meninos,além disso, a ingratidão éessa mesma pessoa tratar-nosbem. mas fingidamente.: hi-pocritamente — porque omal traiçoeiro é mais insi-dioso, castiga mais, feremais ; fere mais que umapunhalada, esta causa dôrfisica, aquela, a dôr moralque, para uma pessoa de ca-rater, de personalidade, decoração, de alma, emfim, éa mais cruel das dores !

i Portanto, meus amigui-nhos; sejamos francos, sin-ceros : a sinceridade è tudo!

Ê preferível uma franque-za que fira — á uma falsida-de oue eleva.

Leonidas Bastos

^AMANHECER NAROÇA

- Eis que, por traz das vef-des colinas, o rosicler matu-tino surge com os cantosmaviosos e plangentes de umgalo ... As plantas bri-lham, aljofradas com o orva-

lho e os frutos estão frígidoscom a serenada da aurora.Nas vergonteas mimosas enos ramos em fôrma de es-piras, a passarada trina,gorgeia. pipila, chilra, fazen-do a alvorada na roça . . .Esses trinos de quando emquando aumentam e dimi-n u e m compassadamente,qual orquestra divina . . . Eas nuvens cada vez mc.is tin-gem o céo de riscas e faixasmulticôres. Nos riachos emcristais as alvi-nitentes gar-ças voejam pairam, libam asazas e a0 mesmo tempo es-1panejam fazendo* um ciciarconfuso na polidez das águas.As vacas ordenhadas noscurrais mujem contentesolhando para o céu azul_ esereno. Os embornais peja-dos de milho triturado pe-los burros que pasceram nasestradas] Sái das matas umcheiro estranho junto ao das

'flores ;é :P,,das resinas nasarvores seculares.

Longe vem surgindo ummelancólico- carro de bois

abai-rotado de lenha. As la-vadeiras seguem pelas vai-zeas floridas com cântaro ácabeça . . . Que lavada ma-nhã doira as cristas das ar-vores agrestes 1 Segue n'umfogoso alazão o robusto ser-tanejo ! Ejdia.

Armindo de Castro Pereira

E A VIDA VAI PAS-SANDO

A Cidade Maravilhosa ama-nheceu hoje melancólica, semaquele borborinho de carna-valescos e ecoar de pandei-ros e cuícas.

Acabou a farra, é a pon-deração que existe nos olhosde cada um.

Agora tudo voltará ao seuritmo impecaveí, a estrelad'alva tornará a iluminar amorada de seu compositor ;o bonde da Lapa voltará aser cem réis a chapa e Ali-Babá formará o seu blocopara o abra-te Sésamo.

, As serpentinas que tolda-ram o espaço com suas cô-res bizarras, agora estão per-didas nos monturos de lixo,esquecidas pelos que se ser-viram" delas para alegria edivertimento.

i Tudo passa . . . Agora sòrestam reminiscencias. Opobre voltou a esmolar seupão, o rico na sua soberbia,a impor. E a vida vai pas-sando . . .

Feliz para quem está noalto e desgraçado para quemdela precisa.

Anadir de M. Medrado Días

HOMENS!

Nada mais és que cami-nhante ... A estrada é a vi-da : sempre bela para os quesabem viver . . . E, como sa-ber viver '? — Nada é dificil.Nada é impossível para o ho-mem : a bondade deve sercompanheira de toda hora...Assim como a solidariedade,fé, fraternidade ! Amigo dotrabalho e das realizações, omundo virá a ti ! Serásgrande ! Viverás a vida co-mo ela é — trabalhando pe-Ia e rjara a coletividade, pelae para tua pátria ! Sem es-terrores, sem exihiciopis-mos . . . Vês*/ criança, comoé fácil ?

Cultivar a bondade e oamor — a suprema beleza I

E ser feliz "~7

Leonidas Bastos ,

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SUPLEMENTO DO "MEU JORNAL

BI £*£*>? V?. o*^.ATl r^^nt-^AWW jg?-^y^ll I BÍ0 WjTÍÍ!F7ajVM a*a% ,•-»¦%, A a mm MB —*»¦*•' j ri ^S-cy Jr^ '*" fcfl ¦

O aluno não deveapenas estudar porser isso um dever.Deve procurar encon-trai* o encanto queexiste no estudo e,?ntão verá como aqui-lo que, muitas vezes,lhe pareceu difícil setorna agradável eameno.

%Chama-se área de

uma figura geometri-ca a porção de super-ficie que fica encer-rada entre seus lados.

•O sol é uma estrela

gigantesca.*

Na Primavera ospássaros fazem osseus ninhos.

•A velhice deve ser

respeitada.

Devemos dividir ashoras do dia de mo-do que o tempo che-gue para os nossosdeveres e para o ne-cessario repouso c asdiversões.

Os meninos que cs-tudam só devem irao cinema nos do-mingos.

AA população do

México é de . . . .1G. 552.722 habitan-tes.

•O peck, medida pa-

ra substancias soli-das, usada nes Esta-dos Unidos e na In-glaterra, eqüivale a8 litros e 8 décimos.

•A galinha vive, ás

vezes, até 10 anos.•

Também 0 coelhoconsegue chegar aessa idade.

•1 O Oceano Pacificoé chamado também

MODA E BORDA-DO é o melhor fi--fiirino que se ven-de no Brasil.

Grande Oceano, porser muito maior doque qualquer dos ou-tros. Emquanto oAtlântico e o Indico,reunidos, apresentamuma superfície de . .108.000.000 de qui-lometros quadrados,o Pacifico, sozinho,tem 17l.OOD.000 qui-lometros nuadrados.

OSê carinhoso para

com os teus irmãosmenores, para queeles cresçam vendoem ti uma pessoa me-recedora de sua esti-ma.

•O Monte Coolc, na

Nova Zelândia, mede3.7G3 metros de ai-tura. e

Vinte e um porcento dos habitantesda Terra falam oidioma chinez. Issosignifica que cm ca-da grupo de 100 pes-soas, das que habi-tam a Terra, 21 falamaquele idioma. Des-sas 100 pessoas, 12falam o inglez, 3 fa-Iam o francez, 2 fa-Iam o italiano, etc.

•Mais vale estar ca-

lado durante muitotempo, do que falartolices uma só vez.e

A inveja é um sen-timento pouco digno.Não devemos ser in-vejosos.

•Quem se deixa ven-

cer pelos hábitos bre-ve acaba completa-mente escravisado aeles.

•Fumar, por exem-

pio, é um habito no-eivo. Oulro habitopernicioso é o da be-bida. Outro é o dojogo. O homem quetem vícios como o jo-go e a bebida, é umfraco.

•O estudo da Histo-

ria Natural ofereceencantos sem nume-ro. É esta scienciaa que mais revelaçõesfaz aos meninos,principiando por lhesmostrar as belezasdos tres reinos da Na-tureza : o vegetal, oanimal e o mineral.

ILLUSTRAÇÃO

BHAS1LE1RA

Mensario de luxo.

Lope de Vcga, poe-ta e dramaturgo hes-panhol, era padre.

OAs leis das oscila-

ções do pêndulo fo->-"am estabelecidas porGalileu, em 1383.

OA alface contém

muita vitamina.•

Ha uma espécie devegetal que se alimen-ta dos insetos quepousam em suas flô-res.

OHenrique IV foi as-

sassinado, por um in-dividuo chamado Ra-vaillac. a 14 de Maiode 1G40.

•T u r e n n e mor-

rcu. em Salzbach, em1G75, no dia 27 deJulho.

OA população

do Uruguav é de . .1.970.000 habitantes.

MEU LIVKU DE

HISTQ1UAS

presente de valorpara as crianças

A venda

A tolerância é umagrande virtude.

•Tendo-se uma de-

I er m i n a d a exten-são cm pés inglczes edesejando-se fazer aconversão para me-tros, basta multipli-car pelo numero0,30480.

9Ao contrario, para

-transformar metroem pé.? inglezes, bas-ta multiplicar o nu-mero de pés por . .3,28083.

•O nome Marcial si-

gniíica : que é da\

guerra. Inteligênciafértil. Caráter bata-lhador.

•Quando passear no

campo, não ponhapedaços de mato oufolhas de herva naboca. Ha um graveperigo ameaçando aspessoas que fazemisso.

Para a bondadesempre existe a o-portunidade.

•Não se deve esque-

cer o beneficio recc-bido.

•Ha dentro de ti um

juiz severo de tuasações — é a tua con-sciencia.

ONa China conside-

ra-sc falta de educa-ção usar continua-mente óculos.

•Arimatéa era uma

cidade da Judéa queficava situada a no-roéste de Jerusalém.

OEm proporção ao

seu tamanho, não haanimal que tenha océrebro tão grandecomo a formiga.

•O orvalho é a con-

densação do vapord'agua da atmosferadepositado em fôrmade gotas sobre oscorpos expostos, aoar livre durante asnoites serenas e frias.

•A mentira leva o

homem ao cometi-mento de ações asanais degradantes.

•Anles de notarmos

ou comentarmos osdefeitos alheios, de-vemos nos conhecerbem a nós mesmos.

•O invejoso faz co-

mo 08 ursos : quandonão têm que morder,morde os própriospés.

•O primeiro carro

elétrico, inventa-do por Siemens, apa-ceu em Berlim noano dc 1881.

O professor tinhaacabado de explicaro sentido da palavrarecuperar.

Diga-me, agora,o menino : Quandoseu pai tem passadoo dia inteiro f. traba-lhar vem para casacansado, pois não éassim ?

É, sim, senhor.E quando chega

á noite, e tem con-cluido todo o traba-lho desse dia, o quefaz ele, depois 1 . . .

Isso é o que mi-nha mãe gostava desaber 1

•Existe em K i o t o,

no Japão, um templocom 33.333 idolos demármore.

•A Inglaterra é que

possue a maior fabri-ca de alfinetes. Es-tá ela em Birmin-gham. Produz 38milhões de alfinetespor dia.

•Shakespcare casou-

se aos 18 anos deidade; Franklin, aos21; Mozart, aos 25 ;Dante, Kepler, Bur-ko e Walter Sçott,nos 26 ; Tycho Bra-he, Lord Byron, Wa-shington e Napoleão,aos 27 ; Sterne, aos28 ; Linêo e Nelson,aos 29 ; Hogart ePeel, aos 32 ; D a v y,aos 37 ; Wilberforcc,aos 38 ; Lutero, aos42 ; Addison, aos 44 ;Yung, aos 44;S \v i f t, aos 49 ; eBuffon, aos 55.

Qual a maior igre-Ja do mundo í A deSão Pedro, de Roma.É pelo menos a quepôde conter maiornumero de fiéis.Tem lotação para54.000 pessoas.

í£ quintas - feirascircula

O MALHO

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23 — Marro _ 1938 0 TICO-TICO

As'aventuras do Camondongo Mickey(Dese ,/io_ de Walter Disney e Aí. fi Iwtrks. exclusividade para O TICO-TICO em todo o _r..s_)'3_?-1 r

\ l

Djirante a noite o bandido Morcego'visitou o rancho, deixou o aviso por to-dos os logares. de que aquele era o ul-timo dia de M.ckeyt

— Trcs Has minhas vacas foram roubada*Aquele __.t_.bs_ ir.efcego |à está me atacando

. os'-nervos. Que idéia !j — Não adianta o senhor ticar nervoso.

— Bem, nada podemos farer. mas devem o»tomar todas as precau<:ôe*s

Já disse a todos os rapares para não latfeaisem csíar armados.

Jyljj.ç}. •¦¦¦ tw

IIUI I\kà& * elaÍÈ^, JTlA-^/ p TM 3^^^í^r^____._._^nn^^

— Credo o senhoi parece um exercito *uma armada Meu patrão disse que eu nãosaísse sem ser armada

— Onde t que você vai armado assim.Ch.nky 1

— Vou apanhar lenha para pôr no foqio

- Ejt.i expetativa e terrível Nâo acha ro».Ihnr irmo* para cisa — Não apesar de tudo obandido pôde estar blefa nao e eu vou observai

Que diabo è aquilo que vem chegando 1Pára. Minnie até que eu veja o que t

Ora. não ê nada. é D Julio.Vou à cidade receber o dinheiro do gado.. I

¦ ' "¦ ¦¦» . ¦ . ¦ .. .

*- - """' - -

...que eu vendi, porém. (HfmttnmttsrÇl . .. cov.boy do tio Mortmei ¦? - Não não é uttiquero visitar o sheriU Morimen cara prÀü cowboy mie eu quero Vou levai comigo o maisque.me dê guardas para mo acompanharem, distinto dos rapaies do rancho o senhói Mickey

— Ah! o-senhor quer levar* uti) dos... Mouse

Sim, senhor, estou satisfeito de levarMickey comigo. Tenho que receber dinheirodò L^ste e quero um guarda para vigiá-lo.

> — Foloo muito que você aprecie tanto oMickíiy. Dou, mas tome precauções,^

"TS

,. . com ele — Ho. ho. aquele rapa? bom^tmho para cuidar de si e do Julio tambem...

Abra os olhos. Mickey e não se descuideisso não é nada; provavelmente não fere-

mos mais amolacões com o bandido Morccaa

— Volte depressa ' Estou muito assustada I— Oh como eu gostaria de obter aquela recom-

ípewsa ' — Sun. muitos gostariam tambem. mas*pieíenvel passar fome do que tentar apanhas

•ajucle dinheiro.. (Con£ no próximo n-inwrol

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O TICO-TICO — 91 23 — Marro — 1938

I • viajava, mal agüentava a fúria das ondas. Assim o |Oven luta-fl dor teve de pedir socorro a um navio carqueiro.

M | an

Esse navio •<ia]dv_ no mesma direção que tomara o navio pirata çhinê» em que fcugenia se achava prisioneira.

Logo qut "Pernambuco" ent'ou o bordo toi levado a

presença do comandante, um velho lobo do me. com

Mo meu navio

quero qeSque

V trabatr

._. car» de pouco» -migo» "Pernambuco* verificou mediata'mente gue u comandante «r* um desse»

'ndividuos que vivem

'6»« do lei ma» não >e alterou Ketolveu 'ica> ¦¦igilanta.

61* havio de legun de perto o» passo» do comandante •tdxftto oxjto-imar-sfc do'no vio em que esta v o tugema.

iContinüo no próximo nümerol

TEUS PAES E TEUS MESTRES Só TE DESEJAM O RC.M.mmmmm—_-__._________________^—^^_______—_-————___»___-S_^__j__^;___.__»__-__

Page 25: S B^Gbamemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1938_01694.pdfO TICO-TICO 2 — 23 — Março — 1938 GRÁTIS Gosta de BORDAR ? Procure conhecer os PEQUENOS ÁLBUNS de desenhos para bordar

23 — Março — 1938 i'o ¦ — O TICO-TICO

PINGA: FOGO IMVESTIGA

JA' Vi Site I QUASI TODOS OS TEA-TROS E MÃO CONSEGUI rir\D/\.VOUAGORA AO TEATRO LlRIO ^f~

®

QUERO EALARCOM O DIRETOROO TEATRO/.. y í PODE ^J^l-__

I ran V-f^\v______e—^^ \ ,_ "^Kfr N J*

P ' VERDADE / HA' SEIS ANOS E LA FO" ) 1-D I f ' VERDADE / HA' SElS ANOS E LA FO" ) I

_L(SÇsTaL^MA-I"rI ¦IsTRELA- DESTE TEATRO.POREM ^t^T,;, y/isN^ÍMlcõ^3'éOBRE * ™l OBRIGADO A DISREMSA-LA, POR)4SdPS)&^^^^^ causa pas suas»cha*tages7 vouY^S£vT> v^CreCE QUE ELAJA'J MOSTRAR-LHE UM ÁLBUM QUE TEMj^y ~rt

^ ^TRABALHOU A^UU VARIAS FOTOGRARASn?- £\

B^jJ- / _4l\ _•*•¦< .___^^l _H Bi HV __^^ i

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~T~ I AQUI ESTA' ela) >-—r^r^——*>y

ípiEVEM-esrAR^S ij \ 1 muma cena da-y quem e. esse L-,>fSESTe /^?W^3-3

^^^ 'A HA^DEZ AnoS/l ATRAZ PELA7"*)»?*Tw*n—MÍT PASsAbos/^r

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O TICO-TICO *- 26 — 23 — Março — 1938

O M Ê COS

j^*á»^i^!la»í#^«ra^. ^Jy^l v' w%Sê m» \ \

tm m»

Milhões dt pessoasdevem sua vida aosmédicos. Todos osanos, muitos médicosarrostam a morte pai-milhando lugares infes-tados de moléstias mis-teriosas e de venenosperigosos. Esses h o -mens trabalham cm la-

boratorios isolados, arriscando a vidadezenas de vezes todos os dias com amanipulação de germens e vírus terri-

1 ¦.'. _ "'¦¦¦ ' '. _. ¦'¦":. ' " ' * a»

veis. Hoje os cientistas arriscam a vidaestudando moléstias graves, como a mo-lestia do sono (encephaustis) a febredo papagaio, conhecida em ciência poi— psittacosis — e a paralisia infantil(poliomielitis). Em 1928, o Dr. Nogu-

chi c o Dr. Young perderam a vida nasexperiências que faziam para descobriro micróbio da febre amarela, cuja pesteassolava a África.

Meu netinho, como toda a criança es-perta, vive a caçar onças e tigres, comoformiguinhas, no quintal.

Pcga-as pelas orelhas; põe-lhes os -pésem cima; leva-as para seu brinquedo, numcercado.

Tambem, em menino, eu pensava as-sim, mas com maior raciocínio: que haviade matá-las, a faca e a cacete.

Pobre de mim! O primeiro dia quesenti o cheiro da onça, que ouvi os seusgemidos, que lhe vi os olhos no escuro,pus-me a correr e a gritar toda a vida.

Foi nos bons tempos do Seminário deSão Paulo, quando os meninos sem casa,nas férias, iam gozá-las na grande fazenda,depois da Ponte Grande, de Santana, nasmatas da Cantareira.

Na grande casa, de salas compridas eestreitas, armavam-se os beliches para cer-ca de cem orfãozinhos, como num navio.Toda a fazenda seria o seu paraíso, duran-te um mês.

Havia de tudo: cavalos, bois, vacas lei-feiras, carrinhos de cabritos e de carneiros;um grande tanque onde aprendíamos anadar com os gansos e os patos.

O Padre Marcondes, baixinho, com umgorro de veludo, bordado a ouro, nos ani-mava a caçar insetos, besouros dourados eborboletas I... De todas as cores e tama-nhos I Só aí caçamos, ás centenas!... Ra-Ias, doces, muitos elogios e agrados. Eraa recompensa.

Os meninos tomavam, então, rumos di-versos, sempre chefiados por um bom pa-dre, pai e irmão de nós todos. Eu me es-gueirava sempre por um atalho diferente,em busca de aventura.

A mata virgem me tentava, e nela meembrenhei, por uma picada, em que eu ti-

A ONÇAnha de abrir caminho entre os ramos e osespinhos. No emaranhado das grandes ar-vores havia labirintos de pedras e de ver-dura. De uma gruta maior, comprida, co-berta de arvores retorcidas, ouvi um gritosoturno, surdo, dando-mc um calafrio pelocorpo. Ventava fortemente, prenuncio detempestade. Meus pés, de pavor, não saiammais do logar. O próprio medo aguçou-me a curiosidade e me atrevi, tremendo,como vara verde, a aproximar-me da aber-tura da gruta !.. . Antes não o fizesse !...Os olhos da fera faiscavam no fundo! Per-cebl as suas fauces hiantes, ameaçando es-trangutar-me ! Disparei para traz, em lou-ca carreira, rasgando as roupas e o corpo,até encontrar o primeiro grupo de padres ede meninos !...

Mas o que é ? Desembuxa ! Pare-ce um cadáver!

Eu me deixara ficar ali, sem fôlego,prostrado 1

Diga logo! Vão buscar água parareanimá-lo. .

Água pela cabeça, pela fonte, aos bor-rifos. Bebi muitos goles d'agua.

A onça, gritei, enfim I Vão matar aonça I Ela vinha em cima de mim! Lána gruta ! Tem os olhos deste tamanho IMostrava-lhes o volume de uma laranja.

Foram correndo buscar chuços e espin-gardas. Os meninos ficaram. Só eu fuiadeante para mostrar-lhes o caminho. Fi-

quei prosa. Contei a historia toda. Queera na mata virgem, na gruta grande dadireita, a que se -ia por um trilho... A onçamiava, miau... miau... gritava, avança-va em cima de mim. .. Tinha os olhosenormes I Ah !. ..

Se eu tivesse, ao menos, um pau, lutavacom ela. Ela me canheceria mais de perto.

Já agora erV outro: o eterno fanfarrão,ao lado daquela gente toda com facões egarruchas.

Chegamos á gruta enfim. Tres ou qua-tro, mais valentes, tomavam a dianteira.Eu ainda voltara a tremer, escondido, atrazdeles I

Ali! disse. Vejam lá os olhos daonça !

E' verdade, disse um. Depressa, a ca-rabina I

Logo foi um tiro espantoso. Pum r Umbarulho maior na gruta, reboando. cheia deecos, de mistura com tinidos de louças evidros quebrados... Um outro tiro! De-pois... Pólvora, enxofre, silencio!...

Vamos entrar; não ha mais nada. Tam-bem eles pareciam ter ficado desconcer-tados...

Sim! Havia!... O grande logro! Poruma das frestas da gruta, por onde en-travam os poucos raios do sol. viam-semuitas garrafas quebradas.

Com os tiros os seus cacos se espa-lharam

Os fundos de duas garrafas brancas, degazoza, lembrança de algum passeio deanos atraz, eram os olhos terríveis da onça,que fez quasi morrer de susto um menino'anfarrão e romântico, que pregou umformidável logro nos bons padres do meuquerido Seminário.

João de Camargo^

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— O CAMPEÃO NAO RE- t-_X .-*.,,.. , _ r,LHF OITF As "Hv^^-^-^^^^V^ -^ 'JYiV&L

pFVrin r ° )"^^Li^^|j- SOMBROI O PLIf-l \ f- 5 A%^TV~-—.

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VOCÊSABIA

QUE:

O Brasil divide-se em 20 Esta-dos, 1 Distrito e 1 Território, que sesubdividem em 1.365 municípios;986 cidades e 379 vilas ?

E que a extensão do Brasil desdeo rio Cotingo até o arroio Chuí, emlinha reta é de 4.390 quilômetros?Existem, no Brasil, cerca de54.880 fabricas de diversos misteres ?

O Estado de Minas Gerais ocupa,

no Brasil, o 4.* lugar cm extensão ter-ritorial ? E que essa extensão é de602.239 quilômetros 1

Boi-corneta é um anexim gaúchoe corresponde ao clássico pomo dadiscórdia ? Você foi o pomo da dis-cordia, ou Você foi o boi-corneta doincidente.

Dá-se o nome de Academia á es-cola de Platão, porque ele lecionava

n0 jardim da casa de seu amigoAcademus ?

Corisa, o que vulgarmente sechama defluxo é uma inflamação namucosa nasal ?

"O T I C O - TIC O" é a maior,mais antiga e melhor revista infantildo Brasil ?

Leovidas Bastos

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10 TICOrTICO. 28,— 23 — Março — 1938

BABE BUNTING HISTORIA DE AVENTU-RAS EMPOLGANTES

(CONTÍNUA CÃ O 43)

_.— Depoisde umahora desubida pe-Ias rochasc pelo ma-to, Babe eB e.a j y,cansa-,dos, comos pés adoer, che-garam aorio.

¦— Vamos des-cansar umpouco t

— Mas êlevai ficar fu-•ioso !

— N.°

!— Descansa tu, [ ~ °

^eT™50", "ei° ^ * ^

j...' í"...'n '"".~T>"f*\ ^s^WWQ^s^s^sw V> fMpa^saisi^sssssim.

T— Que me im- ^porta ? Rou- Ibou-me o di- |nheiro, possotoma r-lhe obote empresta-do .-. .

Que va-m o s fa«zer, ago-ra?

j — Voltar á ilha,j e conto comteu ainálio.

JjZf \ T_¥tfí~&>^ _^Aw^iftr^^^^^:^^~r~*^

___9n%*~\jfâlilil \\\f^^_-~^mg_^^^èf:^sy^x^^-

\\—W*\^^££^z^AJ^^^-&_%ty JA/5fM&£C^BScft^SrS^Ss^sZSsIsBcSL^&ia^-, __—Z~\ , ,J

WÊÈÈ— Emquanto isso, Jakedirige-se para o rio, an-sioso por pegar a recom-pensa de 200 dólares.

—.Umahora de-pois, Ba-be e Ben-jy chegamá i 1 h a, c,emquanto

se aproxi-ni a in dado Barco-casa, Ben-jy explicaseu plano.

— Vamos procurar obtera ajuda de Fetter e, paratanto, você fingir-se-á deenferma.

^í — Que é isso ? j — Babe está mal, te-J mos de levá-la ao mé-

(CONTINUA NO PRÓXIMO NUMERO)

M _ Dl DAS ANTIGASAntes cia determinação do metro quadras; a quadra que correspondia

existiam varias medidas que cairam a 120 varasí a vara 1ue correspon-dia a 3 pés: o p2 que correspondiaem desuso e que eram as seguintes: a 12 polegadas; a poIegada que cor-

A légua que correspondia a 40 respondia a 12 linhas,

PeJaciis!A.rquimcdes, no

ano 250 antes do

nascimento

de Nosso Senhor

Jesus-Cristo, des-

cobriu o princi-

pio, que tem seu

nome : — Todocorpo mergulha-

do na água, perdeuma parte de seu

pes0 equivalenteao peso da água

por êle deslo-cado,

?A parte da Fi-

sica que estudaos fenômenos dosom c h a m a-seacústica.

O som tem tresproprieda-des principais :o tom, a intensi-dade e o timbre.

A cerveja é fei-ta da fermenta-

ção da cevada etio lúpulo.

A capital deCuba c Havana.

Todo númeroterminadoem três zeros cdivisivei por 8.

A Ásia tem asuperfície apro-ximada de . . .44.310.000 quilo-ra e t r o a qua-drados.

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íAS PROEZAS

DO

CAZÜIIHHAHISTORIA MUDA

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SWINNERTON

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O TICO-TICO 30 — 23 — Março — 1938

Nossos pJifliLhConcursosCONCURSO N.» 23

Para os leitores desta Cavilal e dos Estados

Aos nossos presados amiguinhosoferecemos hoje mais um fácil problc-ma de palavras cruzadas, cujas "cha-ves" são as seguintes :

Horizontais :

— A primeira letra— Amolo

5 — Continente— Fluido— Agride

13 — Termina15 — Preto16 — Batraquio17 — Lista18 —- Sobrenome20 — Verde, branco, ele.21 — Locomover-se no espaço.

Verticais:

— Habitantes da África— Artur Ferreira— Industria Irlandeza,-— Vazia— A primeira letra— Anel

!) — Fumo10 — Anles cedo11 — Antônio Bernardino Este ves12 — Afiar14 — Animai15a— Flor10 — Otávio Ventura.

VALEPARA OCONCURÍO

As soluções de-vem ser enviadasá redação d'"OTICO-TICO", se-paradas de outrosquaisquer concur-sos e acompanha-das não só do va-le que tem o nu-mero 23, como,tambem, das de-clarações de no-me, idade e resi-dencia do decla-rante. Para esteconcurso, que se-rá encerrado nodia 30 de Abril,daremos comoprêmio, por sorte,eníre as soluçõescertas tres lindoslivros ilustrados.

CONCURSO N.° 24

Para os leitores desta Capital e dos Estados oroximos ¦

Perguntas :

1.* — Qual o país da Ásia formadopelo advérbio e pelo ali-mento ?

(2 sílabas) - Carmen Dias

2.* — Qual a preposição que étempo de verbo ?

(2 sílabas) Ovidio Silveira

3.* — Qual a mulher que enrubes-ce ?

(2 sílabas) Cora Vieira

4." — Qual o instrumento musicalque afirma ter a nota 1

(3 sílabas) Violeta Rodrigues

5." — Qual o astro que é nota demusica ?

(1 silaba) Mauro Pacheco

Ni 23

Eis organizado o novo concursocom cinco perguntas fáceis. As solu-ções devem ser enviadas á redaçãod'0 TICO -TICO, separadas das deoutros quaisquer concursos e acoin-panhadas do nome, idade e residen-cia do concurrente, e ainda do valeque tem o numero 24.

Para este concurso, que será encer-rado no dia 20 de Abril, daremoscomo prêmios, por sorte, entre as so-luçõcs certas, tres lindos livros ilus-trados.

v§?VALE

CONCURSO,

N°= 24

RESULTADO DO CONCURSO N .» 11

Solução exata do concursoEnviaram soluções certas 296 solu-

cionistas.Foram premiados com um lindo li-

vro de historias infantis os seguintesconcurrentes :JOSÉ ROBERTO COSTA DE MACEDO

Residente á rua Santa Adelaide,n. 1 -b, São Paulo, capital.

MARIA DE MORAES TOLINAResidente á rua D. Cecilia, n. 20,

Tijuca, nesta Capital.MARIA DE LOURDES GOMES SILVA

Residente em Manhuassú, MinasGerais.

RESULTADO DO CONCURSO N.° 12Respostas certas :1." — Verão2.* — Após, sopa3.* — Pipoca4.* — Serpente5.* — Lobo, bolo.Enviaram soluções certas 245 solu-

cionistas.Foram premiados com um lindo li-

vro de historias infantis os seguintesconcurrentes :

MARIA JOSÉ LIRAResidente á rua Acaraí, n. 73, Le-

blon, Copacabana, nesta Capital.DARCY LUIZ SOUZA AMARAL

Residente á rua Barão de Cotegipe,n. 13. Vila Isabel, nesta Capital

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23 Março — 1938 r- 31 O TICO-TICO

O MACACO li-ONÃOE você, Abio, assegura que um

tesouro pertence aQ dono das terrasnas {;uais está escondido ?

Não resta a menor duvida, ros-nou Abio.

—• Muito bem, continuou Salomão,fiquem tranqüilos, que inteira justiçaserá feita. Pediu aos dois que seafastassem um pouco, quebrou comuma pedra o cadeado e abriu o co-fre. Os seus olhos luziram de satis-facão, ao vêr o que ele encerrava :eram jóias de grande valor, colaresde pérolas, pulseiras de brilhantes,anéis com rubis, esmeraldas, safiras,— uma riqueza, emfim.

Salomão agarrou calmamente asjóias todas e com elas encheu um sa-^^'^'^^i^-^^^f^^MVMMWWVW^^^o^i*^^-^^

Jogos escoteirosíndios e escoteiros — A

tropa é divida em dois gru-pos: escoteiros e indios, sen-do estes a terça parte da-quelles. Os escoteiros aprisi-onaram um indio ou conser-vam um totem tirado dosindios,

A luta consiste em conse-guir um indio entrar noacampamento e tocar no pri-sioneiro ou totem, sem seraprisionado.

Os indios têm uma tira depano ou cipó amarrado nobraço esquerdo e são consi-derados aprisionados quandoum .escoteiro conseguir tirarou arrebentar esse distintivo.

Ao signal de inicio do jogo(J), os indios já devem estartodos ocultos, prontos paraatacar o acampamento. Osescoteiro saem para descobri-los e aprisionados, excetodois ou tres que ficam comosentinelas guardando, á dis-tancia, o prisioneiro ou to-tem.

Velho Lobo

(CONCLUSÃO)

co que trazia ás costas. Abio e Liróderam um salto e aproximaram-se,desconfiados, sem compreender o queaquilo queria dizer.

— Vocês dois têm razão, disse omacaco, e vão ficar satisfeitos com omeu julgamento. Você, meu caroLiró, afirma que um tesouro pertencea quem primeiro o vê. Você foi quemprimeiro viu o cofre, e aí o tem, fi-que com ele, não ha nada mais justo.Você, querido Abio, garante que tudoquanto está enterrado é de proprie-dade do dono das terras. Tambemnão deixa de ter razão. Mas comonão lhe posso dar o cofre, que já en-.reguei a Liró, fica-lhe pertencendoesse osso, encontrado no seu jardim.

E deu-lhe o osso enterrado no começopor Liró.

_ E as jóias ? ! — latiram furiosa-mente os dois.

__ As jóias, meus amigos, ficampertencendo a quem as viu primeiro.de acordo com a opinião de Liró, equem as viu primeiro fui eu.

E Salomão saiu com o seu sacode preciosidades, rindo-se muito, dei-xando Abio e Liró com cara de tolos.

Ai está, si os dois compadres nãofossem tão sovinas, teriam repartid«»entre si as jóias, que davam para dei-xar a ambos riquíssimos. A sua ga-nancia e falta de juizo fê-los perderuma fortuna.

A P A S S E AT A D O

BLOCO D'OTlCO-TICOPELO CARNAVAL

Uma das no-tas mais inferes-santes do ultimoCarnaval foi,sem favor, apasseata que o"Bloco d'0 Ti-co-Tico" reali-zou pelas ruasdesta Capital nodomingo e nasegunda,feira gorda.

Os alegres fo-liões, componen-tes d o Bloco,uma pleiade dealegres compa-nheiros de ser-viço nos traba-lhos d'0 TICO-TICO, apre-sentaram-se ricae espirituo-samente fanta-siados, c a r r e -gando estandar-tes com todosos personagensdesta revista. Ocortejo, que des-filou sempre sobos aplausos dopovo. era pre-cedido de umaimponente banda marcial e outrade musica, tocando as ultimas can-ções do Carnaval.

Ao regressar á sua sede, após apasseata realisada, o estandarte do

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"Bloco d'0 Tico-Tico", represen-tando o nosso Chiquinho fantasiadode dragão militar, estava cobertode valiosas coroas de louro, ofertasda petisada carioca.

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As aventuras do Chiquinho — A "ENERGIA" DB JAGUNÇOT| |

Chíouínho estava estudando ha muito Sabendo da predileção que os cães

1empo uríia maneira*de aproveitar o Jagún-- fim pela lingüiça, .fato que ele conhecia

ço em alguma cousa pratica. desde os velhos tempos . 0 „

Construiu uma "engenhoca" ajudadopor Benjamim. Consistia o aparelho numaespécie de roda giratória . . ,

'AA-— ^fc:J-*-*^" «Cs-g^

^AAA=^~ -^_£ r*M 1^«| ... ^ JJm, ' *4^-=«ti^Naãfe«r CM M\ ü R?H

ammmwrS^^^àm. .í1-^_M_H^_!^-0 P5^ "_r^B_M_r -To [XBj . ,

_. . .... • - .... : -»„ ¦<

. . . em que o Jagunço, tendo a certa distan* A roda fazia funcionar um'pequeno di-cia uma lingüiça, corria eternamente atrax namo que iluminava a lâmpada do cjuar-dela sem nunca alcançá-la. ío do Chiquinho, . _»

, . . que durante uma hora, conseguialer os seus livros % custa da "energia", doJagunço. -. .

I Â _B

Durante ¦tres noites seguidas a lâmpada _, verificar o defeifoJSenjamim e Chiquinho 4deu luí, mas na quarta, falhou ! Foram . , . viram com assombTS .que Jagunço . t ,

,.. descobrira também o melo de livrar-se doaparelho e regalar-se com toda a lingüiça!..'.,