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1 Cena da Boate/Chuva Cenas do livro “Thoughtless” da S. C Sthephens – ponto de vista de Kellan Kyle Empurrei Kiera para longe de mim e me misturei na multidão. Meus lábios queimavam pela perda dos dela, meu corpo ardia, mas acima do ombro dela eu notei Denny retornando, e ele não podia ver isso. Ele não podia nos flagrar. Eu não deixaria isso acontecer. Ele merece mais do que nos flagrar. Encontrei um lugar perto no meio da multidão abarrotada onde eu podia ver Kiera sem ela me ver. Suas bochechas estavam coradas, sua respiração rápida, com os olhos brilhando de desejo. Por mim. Mas o desejo era suficiente para deixá-lo? Para ela me escolher? Mãos passavam nas minhas costas, meninas riam na minha orelha, me pedindo para dançar, mas eu as ignorei enquanto observava a confusão no rosto da Kiera. Ela realmente não tinha ideia do porque eu a empurrei para longe de mim. Ela entendeu dois segundos mais tarde quando Denny apareceu atrás dela. Ela se virou para encará-lo e eu prendi a respiração. Era isso; o momento da verdade. Ela ou iria confessar tudo para ele agora e dizer que tinha sentimentos por mim, ou ela ia deixar de lado o que tinha acontecido entre nós. De novo. E eu iria saber, sem sombra de dúvida, que eu realmente não significava tanto para ela quanto ela significava para mim. Eu estava com muito medo de ver o que ela faria, mas eu também não conseguia me afastar. Por favor, diga a ele que você me quer. Por favor, venha me encontrar. Por favor, me escolha Kiera. Por favor. Meros segundos se passaram antes que ela agisse, mas dentro desses segundos, uma vida de esperança floresceu dentro de mim. Isso evaporou no momento que as mãos dela agarraram o rosto de Denny e trouxe os lábios dele até os dela. Senti como se tivesse sido golpeado no estomago com concreto. Várias vezes. Eu não conseguia respirar direito ao vê-la o atacando. Ele parecia surpreso no começo pela forma como ela o atacou, mas ele voltou ansiosamente seu carinho, uma vez que se recuperou. Eu não

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Cena da Boate/Chuva

Cenas do livro “Thoughtless” da S. C Sthephens –

ponto de vista de Kellan Kyle

Empurrei Kiera para longe de mim e me misturei na multidão. Meus lábios queimavam pela perda dos dela, meu corpo ardia, mas acima do ombro dela eu notei Denny retornando, e ele não podia ver isso. Ele não podia nos flagrar. Eu não deixaria isso acontecer. Ele merece mais do que nos flagrar. Encontrei um lugar perto no meio da multidão abarrotada onde eu podia ver Kiera sem ela me ver. Suas bochechas estavam coradas, sua respiração rápida, com os olhos brilhando de desejo. Por mim. Mas o desejo era suficiente para deixá-lo? Para ela me escolher? Mãos passavam nas minhas costas, meninas riam na minha orelha, me pedindo para dançar, mas eu as ignorei enquanto observava a confusão no rosto da Kiera. Ela realmente não tinha ideia do porque eu a empurrei para longe de mim. Ela entendeu dois segundos mais tarde quando Denny apareceu atrás dela. Ela se virou para encará-lo e eu prendi a respiração. Era isso; o momento da verdade. Ela ou iria confessar tudo para ele agora e dizer que tinha sentimentos por mim, ou ela ia deixar de lado o que tinha acontecido entre nós. De novo. E eu iria saber, sem sombra de dúvida, que eu realmente não significava tanto para ela quanto ela significava para mim. Eu estava com muito medo de ver o que ela faria, mas eu também não conseguia me afastar. Por favor, diga a ele que você me quer. Por favor, venha me encontrar. Por favor, me escolha Kiera. Por favor. Meros segundos se passaram antes que ela agisse, mas dentro desses segundos, uma vida de esperança floresceu dentro de mim. Isso evaporou no momento que as mãos dela agarraram o rosto de Denny e trouxe os lábios dele até os dela. Senti como se tivesse sido golpeado no estomago com concreto. Várias vezes. Eu não conseguia respirar direito ao vê-la o atacando. Ele parecia surpreso no começo pela forma como ela o atacou, mas ele voltou ansiosamente seu carinho, uma vez que se recuperou. Eu não

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poderia culpá-lo. Ela o estava beijando sem reservas, sem inibições, apenas puro desejo. Era da mesma maneira que ela estava me beijando, a poucos minutos atrás. Como ela pode fazer isso comigo? Como ela podia mudar tão rápido? Ou será que ela continuava a me beijar na cabeça dela? Eu acabei de deixá-la excitada e então a entreguei para o meu melhor amigo? Oh... Deus... Para continuar o meu horror, eles se separaram por uma fração de segundo, mas apenas para que ela pudesse se inclinar e sussurrar algo em seu ouvido. Fosse o que fosse, pela expressão no rosto do Denny, era algo que ele queria. Ele passou o braço em sua cintura, deu uma olhada em torno da boate, em seguida começou a conduzi-la em meio à multidão. Droga, eles estavam indo embora? Ela pediu para ele levá-la embora? Para... para... Eu nem consegui terminar esse pensamento. Assim que ela começou a sair, fui atrás dela. Não. Não, não era para acontecer isso. Nós tínhamos tido essa ligação tão profunda na pista de dança. Ela deveria ter uma epifânia, perceber o quanto ela me amava, deixá-lo... e ir para casa comigo. Ela deveria me escolher. Porque ela nunca me escolheu? Eles estavam sumindo da minha vista. Pânico me fez continuar a andar no meio da multidão, seguindo-os. Eles não podiam ir para casa juntos. Eles não podiam... não enquanto ela estava daquele jeito. Por minha causa. Eu a tinha deixado tão excitada a ponto de estar quase estourando. Ela chegou perto de me despir na pista de dança de tanto que ela me queria. Isso tinha que significar algo. Mas ela ainda estava indo embora com ele. Porque ela estava indo embora com ele? Eu queria gritar o nome dela, falar para ela voltar, mas eu fiquei com muito medo de abrir a boca. Eu poderia vomitar se fizesse isso. "Kellan, aí está você". Mãos seguravam meu braço, me prendendo na pista no mar de gente dançando. Olhei para Anna ao meu lado. A morena gostosa estava me olhando de um jeito que eu conheço bem, do tipo "Me Leve para um lugar, qualquer lugar, e eu farei coisas que você nem sabia serem possíveis". Entretanto, ela não era quem eu

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queria explorando meu corpo, alma, e eu não estava muito afim de devolver seu olhar sedutor. Fingindo que nada aconteceu, eu me inclinei e falei no seu ouvido. "Eu quero ir embora. Está pronta para ir?" Seus olhos brilharam com interesse enquanto ela balançava a cabeça. Ela provavelmente tomou a minha pergunta como um convite, mas não era. Eu simplesmente não podia continuar lá, com tantas pessoas. Eu precisava de espaço, eu precisava ficar sozinho. Eu precisava sentar em algum lugar e silenciosamente desmoronar. "Devemos nos despedir do Denny e a Kiera?" Ela perguntou alto por causa da música. Sacudi a cabeça para respondê-la e limpar a visão horrível da minha mente de Kiera beijando Denny. "Eles acabaram de sair". "Sem se despedir de mim? Interessante." Anna me deu um sorriso sabendo exatamente porque sua irmã saiu sem ao menos procurá-la primeiro. O sorriso dela me deixou mais enjoado. Precisando sair dessa maldita boate, peguei a mão dela e a puxei através da multidão de pessoas. Eu propositadamente evitei o mesmo caminho que Denny e Kiera tinham usado. Eu simplesmente não podia ir pelo mesmo lugar. Quando chegamos lá fora, eu respirei fundo. Não ajudou muito a limpar minha mente. Eu ainda me sentia muito mal, e havia a dor no meu peito que não queria ir embora. Eu senti como se estivesse perdendo lentamente o controle da minha mente. Do meu lado, Anna riu. Olhei para ela, me perguntando se ela podia perceber o desespero que vinha de mim. Ela parecia não perceber. Seus olhos cor de esmeralda foram fixados no meu peito; minha camisa estava quase completamente aberta. Um calafrio passou por mim que não tinha nada a ver com o vento gelado passando pela minha pele. "Você ficou com calor?" ela perguntou. Soltando sua mão, eu rapidamente fechei os botões. Eu não queria ser lembrado dos dedos de Kiera no meu corpo. Ou no

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corpo do Denny, que era provavelmente o lugar onde seus dedos estavam agora. Deus, eu estava ficando enjoado. "Algo parecido com isso", disse a ela e corri em direção ao meu carro; Anna teve que correr para me acompanhar. Notei a ausência do carro de Denny, e tive que segurar minha mão contra o minha barriga para não vomitar aqui no chão. Anna estava um pouco ofegante, quando se aproximou do lado do passageiro do meu Chevelle. "Onde você foi, afinal? Quando voltei do banheiro, você tinha... sumido" Olhei para ela por cima do carro e dei de ombros. Quando ela me deixou sozinho, eu perdi o controle e persegui a Kiera. Ela estava sozinha também, dançando, e eu não poderia perder a chance de me juntar a ela. A imagem de me esfregar nas costas dela veio sem ser convidada em minha mente, rapidamente seguida pela imagem de sua boca em Denny. "Eu preciso de uma bebida", eu disse, abrindo a porta do carro. Anna franziu a testa assim que eu entrei no carro. Eu não queria pensar no que aconteceu essa noite. Eu não queria pensar no que estava acontecendo agora. Eu não queria pensar. Ponto final. Ela entrou no carro quando o liguei. Eu fiquei pensando o que fazer, para onde ir. Nós definitivamente não podíamos ir para minha casa. Eu acho que nunca mais seria capaz de voltar para minha casa. Anna olhou para onde o carro de Denny estava estacionado antes. Ela abriu a boca como se fosse fazer um comentário. Sabendo que seria algo sugestivo sobre Kiera e Denny, eu falei antes. "Denny e Kiera precisam... de um tempo sozinhos... então o que você acha de eu te levar na casa de um amigo... assim elem podem ter um pouco de privacidade?" Eu estava bem orgulhoso de mim por dizer isso; minha voz só vacilou um pouco ao mencionar o nome de Kiera. Anna era daquele tipo de garota que tudo estava bem, então ela ansiosamente assentiu enquanto ela esticava suas longas pernas para frente. Me devorando com os olhos, ela disse: "Qualquer coisa que você quiser está bom para mim"

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Coloquei as mãos no volante e olhei para ela. Ela se parecia tanto com a Kiera que até doía. Mesmo cabelo grosso e castanho, mesmos olhos expressivos, o mesmo sorriso curvado. Mas a aparência da Anna era exagerada em comparação da aparência natural da Kiera, sua beleza sem esforço. Tudo na Anna grita "olha para mim!" Especialmente agora, quando ela queria que eu a notasse. Ela estava mordendo o grosso lábio inferior, levemente se contorcendo em seu assento me dando um olhar do tipo que dizia “eu quero que você me coma". Se eu quisesse eu poderia tê-la. Eu provavelmente poderia fazer aqui mesmo no estacionamento lotado. Eu poderia deitá-la no banco, levantar aquele vestido curto até as coxas e me enterrar nela. Eu poderia tentar apagar a imagem de Denny e Kiera da minha mente, me envolvendo com outra mulher. Eu me sentiria melhor. Bem melhor do que eu estava me sentindo agora. Eu poderia me divertir um pouco. Eu poderia esquecer. Eu apenas não queria. E... prometi a Kiera que eu não faria nada com sua irmã. Eu não sei se ainda devia alguma coisa ou não a ela... mas eu fiz uma promessa, e eu iria manter essa promessa. Voltando o olhar para o para-brisa, eu murmurei, "Nós vamos a casa de Matt e Griffin. Eles não vão se importar se aparecermos por lá" Anna deixou escapar uma risadinha animada quando acelerei para longe da boate. "Tudo bem. Parece divertido". Durante o caminho, ela veio se sentar mais próximo de mim. A proximidade dela me lembrava de Kiera. Tudo me lembrava de Kiera. Anna colocou a mão na minha coxa enquanto se inclinava para mim. Eu minuciosamente me inclinei para longe dela, colocando o cotovelo na porta. Não era um movimento grande para que ela notasse ou ficasse ofendida, mas era longe o suficiente dela que parecia que tinha um pequeno espaço entre nós. Sua mão escorregou pela minha coxa, ficando a poucos centímetros da minha virilha. Eu me ajustei o modo como eu estava sentado, esperando que ela pegasse a dica e retirasse a mão. Eu só não estava no clima. Pelo menos não para a mão dela. Minha inquietação não pareceu incomodá-la. Ela cruzou e descruzou as pernas, a saia subindo quando ela fazia isso.

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Quando cometi o erro de olhar para seu colo, eu vi o espaço que ela deixou entre as coxas; era espaço suficiente para minha mão subir até o topo. Ela estava permitindo que eu a tocasse se eu quisesse. Embora, tudo o que eu podia pensar era na Kiera. Denny a estava tocando. Agora mesmo. Enjoado, mantive meus olhos firmemente colados na rua. Anna cantou a música do rádio e preguiçosamente girou uma mecha de cabelo em torno de seu dedo. Sua voz me acalmou um pouco, mas sua mão na minha coxa não tinha acabado de explorar. Senti seu dedo mindinho correr para baixo e para cima do lado de fora do meu zíper. Mantive meu rosto o mais firme possível, não incentivando o movimento. Acho que também não estava desencorajando. Estranhamente, meus pensamentos estavam de volta em Kiera enquanto Anna me tocava sobre a calça jeans. Kiera nunca iria fazer uma jogada tão ousada. Ela estaria corando como uma louca com apenas o pensamento. Eu me perguntava se ela estaria tocando Denny agora... Anna me tirou de meu pesadelo trocando seu dedo mindinho pelos seus dois primeiros dedos. Ela usou muito mais pressão, e muito mais força. Eu tinha certeza que ela estava a poucos minutos de me masturbar se eu não fizesse algo para detê-la. De uma forma indiferente tanto quanto possível, eu exagerei ao tentar alcançar o rádio. Com sucesso bati em sua mão para fora do meu colo nesse momento. "Eu gosto dessa música", eu expliquei, ao aumentar o volume. Quando voltei para o meu lugar, eu coloquei minha mão perto da minha virilha. Ela não poderia me tocar, se eu estivesse com a mão lá. Anna não sabia o que fazer depois que eu retirei a sua mão, então ela colocou as mãos em seu colo e começou uma conversa sobre o quão bonitos Kiera e Denny eram juntos. Ugh, meu Deus, eu não conseguia escapar deles nem quando eu tentava. E, pior ainda, eu não podia dizer a ela para não falar sobre isso. Tudo o que eu podia fazer era acenar e dizer "É, eles são perfeitos um para o outro", e desejei poder puxar minhas orelhas para fora da minha cabeça para não ter que ouvir a Anna concordar comigo. No momento em que chegamos a casa do Matt, a noite acabou para mim.

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Bati na porta da frente depois de ver os carros de Matt e Griffin na garagem. Eu não sabia o que eles estariam fazendo hoje, mas espero que eles sejam coerentes o suficiente para me ajudar a entreter a Anna. Ela trocou o peso das pernas e esfregou os braços enquanto ela esperava. Eu não tinha certeza se ela realmente estava com frio, ou se ela queria que eu colocasse o braço envolto dela como eu tinha feito antes. Eu não estava no clima de ser cavalheiro, então eu simplesmente fiquei olhando para porta, ignorando a situação. A porta abriu um pouco depois e a cara do Matt apareceu na porta. Ele não parecia surpreso em me ver, eu normalmente aparecia sem avisar. Ele só disse "Ei", e abriu mais a porta para entrarmos. Assim que Ana e eu entramos, Matt a cumprimentou "Ei, Anna", como não viu mais ninguém, ele fechou a porta. Não. Nenhuma outra irmã Allen estava comigo essa noite. Ela estava com o Denny, sendo fodida até perder a cabeça. "Você tem cerveja?" eu perguntei a ele. Ele acenou e foi em direção à cozinha. Eu me virei para segui-lo então olhei de volta para a Anna. Acho que devo ser cordial, já que ela meio que estava comigo. "Você quer uma?" Anna estava ocupada observando a casa de Matt e Griffin, mas ela parou e olhou para mim quando eu fiz a pergunta. "Eu adoraria", ela respondeu, seus olhos varrendo meu corpo. Eu resisti a vontade de bufar. Eu não estava afim de levar uma secada agora. Matt mostrou a sala de estar para Anna enquanto eu ia para a cozinha. Enquanto eu estava andando, ouvi a voz do Griffin ecoando pelo corredor. "Quem diabos esta ai? E quando diabos nós vamos para a festa na casa da Rain? Nós deveríamos ter ido direto do Pete, assim como Evan. Mas, não, o irritadinho tinha que vir em casa para se trocar. Boiola. Não é como se eu tivesse derrubado cerveja no seu colo de propósito!" Eu ri, sabendo que assim que Griffin souber que Anna está aqui, ele não irá mais sair. Ele provavelmente não iria sair do colo dela. Abrindo a geladeira do Matt, eu achei uma caixa da cerveja que

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eu gosto e peguei um para mim e outra para Anna. Eu as abri e voltei para a sala de estar. Como previsto, Griffin estava em cima de Anna. Cercando seu espaço pessoal, ele não parava de sorrir para ela e de brincar com os fios vermelhos do cabelo dela. Sem realmente querer interrompê-los, passei a garrafa para Anna, tão casual quanto eu pude. Mesmo assim ela virou e olhou para mim. "Obrigado, Kellan." Ela piscou para mim e Griffin ficou irritado. Se ele não transasse com ela hoje, eu iria ouvir isso para sempre. E se ele transasse, eu iria ouvir isso para sempre. Eu estava fudido de um jeito ou de outro. Mas eu realmente não me importava. Querendo ficar sozinho com a minha garrafa, eu me joguei no canto do sofá. Matt olhou para mim e depois para Griffin. "Nós já estávamos saindo. Vocês querem vir?" Eu acenei com a minha cabeça: Eu não quero sair com um bando de pessoas desconhecidas e bêbadas. Eu queria ficar aqui, curtindo minha cerveja com a minha solidão. Ou o mais perto da solidão que eu poderia conseguir no momento. Antes mesmo que eu pudesse vocalizar minha objeção, Griffin disse. "Nem, vamos ficar aqui. Aqui está legal". Seu olhar foi para o peito de Anna. Anna olhou para mim, talvez para uma orientação, porque nós meio que estávamos juntos hoje, mas eu a ignorei e continuei mexendo na minha garrafa que estava suando. Será que a Kiera estava suada agora? Meu Deus... porque eu fui pensar isso? Quando Anna falou, ela não parecia incomodada que eu estivesse calado. "Parece divertido. Embora, eu adoraria continuar dançando. Você pode colocar alguma música?" Eu vi Matt pegando o controle remoto do rádio. Estava tão alto que eu quase coloquei as mãos nos meus ouvidos. Deus, eu nunca mais queria ouvir música de boate novamente. Tudo o que eu podia pensar era na Kiera esfregando seu corpo no meu. Eu quase pedi o Matt para mudar a música, mas para que? Baladas românticas? Não. De jeito nenhum. Pop? Rap? Polka? Que diferença faria trocar o estilo? Noventa por cento das músicas eram sobre relacionamentos, e eu não queria ouvir sobre isso.

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Pelo menos a maioria das músicas de boates não tinha letra. Eu era grato por isso. Matt ligou a TV em algum programa de esporte repetido, sem som, e sentou em sua cadeira. Seu pé batendo junto da música, ele alternava seu olhar entre a TV e assistir o Griffin e a Anna. Anna sorria e ria, bebendo sua cerveja e encostando seu quadril no corpo de Griffin. Ela olhava para mim algumas vezes; umas duas vezes ela estendeu a mãos para que eu me juntasse à eles. Eu sempre olhava para baixo quando ela fazia isso. Eu não podia dançar. Não hoje. Nunca mais. Quando me levantei, os olhos de Anna brilharam, mas quando eu passei por ela para pegar outra cerveja, sua expressão endureceu. Ela parou de tentar depois disso, e entrou com tudo na conversa de Griffin para conseguir atenção. Quando eu já estava na metade da segunda cerveja, eles já estavam se atracando. Ainda rindo, Anna passou a unha e arranhou o Griffin, de uma forma que só aumentava a minha dor. Isso tinha sido o que Kiera tinha feito antes, quando ela estava me atacando. Me despindo. Me querendo. Deus porque ela foi para casa com ele? Inevitavelmente, Griffin a guiou pelo corredor para o quarto dele. Ela foi toda feliz, com um enorme sorriso em seu rosto. Talvez porque eu a ignorei desde que chegamos aqui, ela nem ao menos olhou na minha direção quando ela estava indo para o quarto com outro homem. Era isso mesmo? Todo mundo iria fazendo sexo hoje à noite, menos eu. E Matt. Mas ele não parecia tão chateado quanto eu. No minuto que Griffin e Anna se foram, eu apontei para o som. "Acho que não precisam mais disso." Matt desligou e aumentou o volume da TV. Da melhor maneira que conseguíamos, tentamos ignorar os sons de uma leve batida e de risadas que vinham do quarto de Griffin com tabelas de esporte e uma música tema cafona. Eu nem gostava de programas de esporte, mas não tirei os olhos da tela. Eu não queria que os barulhos de Anna e Griffin me lembrassem de Kiera e Denny, e como provavelmente Denny estava enterrando no corpo de Kiera agora mesmo. Jesus. Não, eles têm que já ter

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terminado por agora. Deus, esse pensamento não fez bem ao meu estomago. "Você está bem, Kell?" Matt me perguntou da cadeira dele. Eu terminei minha cerveja e olhei para ele. "Sim, porque?" Ele apontou para o corredor e deu uma risada. "Você normalmente não deixa o Griffin pegar a garota." Mesmo com música tocando no quarto de Griffin, “Closer” do Nine Inch Nails eu acho - clássico - eu poderia ouvir claramente a Anna dizer, "Sim, Oh Meu Deus, isso... porra, isso!". Eu nem queria pensar o que ele estava fazendo para fazer ela gritar desse jeito. Mas pensar em Griffin transando era bem melhor do que pensar em Denny transando, então eu sorri para Matt. "Todo cão tem seu dia", eu disse. Matt bufou, então se inclinou e bateu os punhos em mim. Quando me levantei para pegar outra cerveja, ele disse: "Eu vou precisar de uma bebida para isso. Pega uma para mim?" Eu balancei a cabeça enquanto me dirigia para a cozinha. O gemido da Anna ficou mais alto do que o barulho da TV. "Oh Deus, Griffin... Me... coma... isso!" Eu rapidamente peguei algumas cervejas para mim e Matt. Quando eu voltei para sala, eu vi que Matt tinha mudado de canal para um filme de ação – Matrix. Estava bem alto o som agora, mas mesmo assim eu ainda podia ouvir gemidos vindos do corredor. Ignorei e tentei me focar no filme e na minha cerveja. Eu realmente não me importava com a merda do que os dois estavam fazendo, ou o fato de que levou duas horas para fazerem isso. Quando o filme acabou, eles ainda estavam terminando. "Jesus amado, me fode, não pare, é tão bom, oh meu Deus, Deus, sim, sim, porra isso, bem aí!" Os sons depois disso ficaram bem altos, e depois o silêncio abençoado. Graças a Deus.

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Matt olhou para mim com cara de desgosto. "Jesus. Acha que devemos pegar um saco de gelo para ele?" Uma risadinha escapou de mim, já era alguma coisa, já que eu estava me sentindo péssimo. Olhando para todas as garrafas de cerveja que bebemos na mesa de centro, eu disse para ele. "Não acho que ‘meu encontro’ vai embora tão cedo, e eu não acho que eu possa dirigir. Se importa se ficarmos aqui hoje?" Bocejando, Matt se levantou e bateu no meu ombro. "Claro que não, cara. Mi casa es su casa, você sabe disso." Eu levantei minha garrafa para ele. "Obrigado." Ele coçou o peito enquanto largou a garrafa vazia. "Agora que os coelhos pararam de transar, eu vou para cama. Te vejo de manhã." Eu assenti com a cabeça e o observei ir embora. Mais risadas vinham do quarto de Griffin. Eu suspirei e terminei minha cerveja. Esta seria a noite mais longa de todo planeta. Eu acordei na manhã seguinte com um nó nas minhas costas como se eu tivesse dormido em uma rocha. Para meu espanto, acordei com o som de pessoas transando. Você está brincando comigo? Eles ainda estão fazendo ou eles acordaram cedo para começar de novo? Eu coloquei o travesseiro na minha cabeça. Era cedo demais para era merda. Do corredor eu ouvi o Matt gritar. "Vocês podem calar a boca?" Acho que eu não era o único irritado. Decidindo que agora era uma boa hora para levantar como qualquer outra hora, saí do sofá e fui para cozinha preparar um café. Pelo menos isso era uma coisa que eu poderia fazer sem problemas. Assim que eu coloquei água na máquina, eu me perguntei se eu poderia voltar para minha casa. Eu sabia que eu tinha, tinha que levar a Anna de volta, mas o pensamento de ter que ver Denny e Kiera sorrindo um para o outro enquanto se lembravam de sua noite épica de orgasmos cósmicos, me fez enjoar novamente. Eu não queria vê-los embriagados de sorrisos apaixonados. Especialmente sabendo que eu tinha deixado Kiera

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pronta para a noite deles. Eu a deixei pronta. Toda quente e no ponto. Eu praticamente a embrulhei de presente para ele. Porra, isso me irritou. Fazendo o café extra forte, desde que eu estava me sentindo péssimo, eu decidi não voltar para minha casa hoje. Eu ficaria dirigindo sem destino. Do corredor, Anna concordou com a minha decisão. Ela estava gritando. "Isso, isso, isso!" com absoluta despreocupação. Bom, minha mente concordou. Eu não iria para casa hoje. Na hora que Griffin e Anna decidiram parar "de se conhecer", já era próximo da hora do almoço. O quarto do Griffin fedia a sexo quando eles saíram de lá. Ambos estavam descabelados, com olheiras, e andando de um jeito engraçado. Eu não fiquei surpreso. Maratona de sexo faz isso com você. Não querendo realmente ir embora, eu esperei Anna na porta da frente. Ela ainda vestia suas roupas de ontem, e Griffin estava com a mão em seu vestido curto quando ele a abraçou para se despedir. Quando ela se afastou, ele colocou a mão em seu rosto e a beijou, bem forte. "Eu gostaria que você ficasse na cidade mais uma noite", ele disse. Isso me chocou, porque o Griffin não era de repetir "suas performances". Não que eu pudesse dizer alguma coisa. Eu também não fazia isso. Acho que todos os gritos de "me fode mais forte" deixaram uma boa impressão. Sem fôlego, Anna murmurou: "Eu sei, eu também. Eu adoraria fazer isso de novo." Griffin apontou para o quarto e disse: "Então vamos fazer isso de novo". Mordendo o lábio, Anna suspirou e balançou a cabeça. "Não posso. Meu voo é hoje e eu realmente deveria passar o dia com a minha irmã". Sorrindo, ela acrescentou, "Mas eu irei mandar fotos para você bater uma, quando eu chegar em casa." Griffin deu outro beijo nela. "Eu vou bater várias nos próximos três dias seguidos pensando em você"

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Eu revirei meus olhos, eu odiava acabar com todo o amor, mas eu não aguentava mais ouvir uma palavra do Griffin. "Pronta, Anna?" Relutante, ela olhou para mim e acenou. Foi uma grande mudança no olhar em comparação à ontem, quando ela me despia com o olhar. "É, acho que sim" Finalmente podendo dormir um pouco, Matt estava roncando quando nós deixamos a casa. Griffin estava se coçando ou se preparando para uma maratona de sessão a sós. Tudo bem, eu preciso sair daqui. Griffin encontrou meus olhos depois da Anna sair pela porta e disse. "Porra, inacreditável". Em seguida, ele mostrou os dedos duas vezes, contando até dez. Sim, obrigado, gênio. Eu já descobri que ela era espetacular a partir da enorme quantidade de palavrões vindo de seu quarto. Segui a Anna até meu carro. Onde diabos eu estava indo? O que eu ia fazer? E quanto tempo eu poderia evitar a minha casa? Infelizmente, não tempo suficiente. Mas pelo menos eu poderia evitar hoje. Eu poderia evitar o brilho do pós-sexo. Quer dizer, da Kiera. O da Anna era impossível de ignorar. Ela estava se abanando quando eu entrei no carro. Mesmo eu não tendo um bom dia, eu sorri para ela. "Se divertiu na noite passada?" Esfregando as mãos nas pernas, ela deixou escapar um longo gemido. "Oh meu Deus, Kellan. Eu nunca tinha gozado tão forte... tantas vezes... nunca". Com os olhos brilhando com resíduos de desejo, ela disse, "O pau do Griffin tem piercing. Você já fez sexo com alguém com piercing?" Não pude deixar de sorrir. Ela era tão diferente de Kiera de tantas maneiras. "Não com um cara, mas... sim, eu já fiz com piercings". Ela ergueu a sobrancelha e disse: "Então você sabe exatamente como eu me sinto agora". Eu balancei a cabeça e liguei o carro. Não, eu tinha certeza que eu não sabia como ela se sentia agora... o assunto do momento era o Griifin, afinal..., mas eu poderia imaginar como ela se sentia muito bem. Eu, por outro lado, me sentia péssimo. E eu me sentia pior conforme chegamos mais perto da minha casa. Quando chegamos a minha rua, eu seriamente achei que poderia abaixar

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a janela, inclinar e vomitar. Eu não podia suportar estar aqui, especialmente com os sons da festa de sexo épica da Anna na noite passada ecoando em minha cabeça. Tinha Kiera e Denny enchido minha casa com sons semelhantes? Talvez um dos meus vizinhos prestativos iria comentar o quão “feliz” a minha casa aparentava. Deus, eu nem poderia imaginar isso, muito menos pensar nessa conversa. Quando chegamos, eu não sai do carro. Ao invés disso, eu parei no meio-fio. Olhando para o carro do Denny na entrada, eu disse a Anna. "Eu tenho que encontrar um amigo. Eu tinha me esquecido que disse a ele que ia passar lá". Anna franziu a testa e revirou os olhos "Oh, tudo bem, divirta-se." Ainda sentada, ela piscou para mim "Mas não tanto quando eu me diverti". Debruçando sobre o volante, dei um sorriso genuíno. "Duvido que eu possa, Anna. Tenha um uma boa viagem de volta para casa". Ela fez biquinho e colocou os braços no meu pescoço "Eu vou sentir falta daqui. Mas eu vou voltar, com certeza." Depois ela me soltou, enfiou o dedo no meu peito e disse com uma expressão severa, "Seja legal com a minha irmã, tá bom?" Meu sorriso congelou. O que ela quis dizer com isso? Será que ela desconfia de alguma coisa? Porra, o que eu digo à ela? Agindo normal, mesmo que meu coração esteja se despedaçando e derramando por todo meu banco de couro, eu modestamente disse a ela: "Eu sou legal com todo mundo". Ela deu um tapa na minha coxa. "É, foi o que eu ouvi. Tchau, Kellan". "Adeus, Anna", eu disse, enquanto ela dava um beijo na minha bochecha. Atrás dela, a casa que meus pais haviam me deixado apareceu na minha visão. Mesmo que parecesse alegre e brilhante, não era. Era enganosamente fria, amarga, de partir o coração. Sem amor. Não para mim. Eu esperei a Anna descer do carro, e já sai cantando pneu. Eu não aguentava mais olhar para minha casa.

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Eu dirigi até a casa do Evan. Nem pensei a respeito disso. Eu só entrei na rua e foi onde eu parei. Quando subi no apartamento acima da oficina de carros, vi que o seu carro estava estacionado. Considerei dar meia-volta, encontrar uma loja de bebidas que ainda estivesse aberta e comprar uma garrafa de Jack Daniels, mas eu já estava aqui... podia muito bem entrar. A oficina estava fechada, já que era domingo. Infelizmente, isso significava que a loja de bebidas também estaria fechada. Eu já estava considerando ir embora e comprar a garrafa até lembrar que não poderia. E além do mais, tenho certeza que o Evan teria algo para beber. Meu Deus, toda essa porcaria de mágoa estava me transformando rapidamente em um alcoólatra. Bati na porta de Evan enquanto olhava para a paisagem sombia. As nuvens baixas no céu eram grossas e hostis. Elas prometiam um dilúvio num futuro próximo. Suas presenças sinistras combinavam com meu humor. Uma coisa sobre Seattle: era um ótimo lugar para se estar se você estava de mal humor. Evan abriu a porta um pouco depois. Como Matt, ele apenas abriu a porta toda para mim. "Ei cara, e aí?" Dei de ombros enquanto eu caminhava através de sua porta. "Nada de mais. Que montar uma melodia para aquela música que a gente tá trabalhando?" Evan se animou instantaneamente, "Eu estava conversando com a Rain sobre isso ontem à noite. Acho que tive uma ideia de algo que realmente poderia funcionar com a letra que você me deu. Aqui, escuta". Já tinha passado das dez horas antes que eu me desse conta. Isso era uma das ótimas coisas de se passar um tempo com Evan - o tempo voava, quando nos envolvíamos com nossas músicas, que tinha significado para nós. Um propósito. E ele estava certo, a melodia que ele criou combinou com a minha letra melancólica perfeitamente. Ele certamente tinha um dom em trabalhar com melodias. Ele não recebe crédito suficiente para tudo o que ele já fez para a banda. Um dos efeitos colaterais de ser o vocalista, é que todos tendem a se concentrar em mim, e esquecer os outros. Mas eles eram tão importantes quanto eu. Mais do que isso. Às

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vezes gostaria de mudar o foco para eles, mas eu sabia que eu tinha um papel a desempenhar. E eu o fazia bem.

Quando as coisas foram terminando a noite, me lembrei do horror que me esperava ao voltar para casa. Denny e Kiera. Sr. e Sra. Relacionamento Perfeito do Caralho. Eu ainda não estava pronto para encará-los, encarar o que eu nunca poderia ter. Evan e eu bebemos Coca com rum a noite toda. Me odiando por ser covarde, mas precisando de uma desculpa para ficar na casa do Evan, eu propositalmente derrubei o copo no chão. Forcei uma risada. "Desculpa cara, acho que eu exagerei". Evan pegou o meu copo enquanto eu limpava o liquido com uma toalha. "Não se preocupe com isso. Você quer ficar aqui?" ele perguntou, com preocupação em seus olhos. Inclinei minha cabeça para trás no sofá. Eu estava enlouquecendo. Estava usando essa roupa já há 24 horas, ainda tinha brilho da boate no meu cabelo e eu tinha certeza que eu estava começando a cheirar mal... mas eu simplesmente não poderia ir para casa ainda. "Sim, eu acho que eu deveria. Obrigado." Evan tocou meu ombro."Sem problema. Eu vou pegar um cobertor para você". Uma hora mais tarde, eu estava deitado no sofá do Evan, olhando para o teto, o ouvindo roncar, e me perguntando se eu iria ter coragem de voltar para casa. Quando a minha vida se transformou em um ciclo interminável de correr e esconder? Deus, eu sou patético. Que porra é essa que a Kiera viu em mim? Obviamente nada duradouro. Adormeci com a memória de sua respiração em minha pele. Quando acordei de manhã, eu já tinha o suficiente de dor nas costas por causa do sofá. Eu precisava de uma cama de verdade. E um chuveiro. E roupas limpas. Depois de algumas xícaras de café, me despedi do Evan e cansado, fui para casa. Parecia que eu não dormia a duas noites. Eu tenho certeza que podia contar em uma mão a quantidade de horas que eu realmente dormi.

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Meus nervos foram a mil quando me aproximei da minha casa. Eu não queria que a Kiera estivesse lá. Mas ao mesmo tempo queria. Ela tinha aula hoje, então ela já tinha ido. Eu espero. Mais ou menos. A calçada estava vazia quando eu cheguei, mas já era de se esperar. Denny estava no trabalho. Aproximei da casa com passos hesitantes. Eu realmente odiava como Kiera podia me fazer sentir relutante a entrar na minha própria casa. Ela tinha me mantido afastado em mais ocasiões das quais eu gostaria de admitir. Eu precisava parar de deixa-la dominar minha vida. Mas eu bem que poderia parar de respirar por isso. Ela me dominava. Eu não tinha escolha a não ser reagir a ela. Minhas mãos estavam tremendo quando as coloquei na maçaneta. Eu imediatamente a puxei para trás e apertei o punho para o sangue voltar a circular adequadamente. Isso não era nada. Nenhum problema. Se ela estivesse aqui... e daí? Nós iríamos nos ignorar, ignorar toda dor, sofrimento e atração entre nós até que explodisse na nossa cara novamente. Deus, nós precisávamos quebrar esse ciclo. Até eu sabia disso. Apreensivo, agarrei a maçaneta. Estava trancada. Eu quase suspirei de alívio. Ela não estava em casa. Procurei no meu bolso minhas chaves e abri a porta. Um cheiro familiar me atingiu no momento em que abri a porta. Parei para absorver a fragrância. Eu não tinha certeza de quando isso aconteceu, mas eu algum momento desde a chegada dela, o seu cheiro penetrou em tudo na minha casa. Ou talvez fosse coisa da minha cabeça. Quem saberia dizer alguma coisa? Fechando a porta, eu subi as escadas para tomar o banho mais rápido possível. Eu queria cair fora o quanto antes. De propósito evitei olhar para o quarto de Denny e Kiera. Acho que jamais poderia olhar novamente. O que ela fez com ele lá, enquanto fingia que era eu, penetrou de tal forma no meu cérebro, como uma doença incurável. Foda-se, eu não queria ficar aqui. Entrando no meu quarto, tirei a roupa e fui para o banho. A água quente trouxe um pouco de paz, mas não o bastante. Em algum lugar, lá dentro do meu coração, eu sabia que a única coisa que me traria paz seria a Kiera. Eu precisava falar com ela. Eu

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precisava acertar as coisas. Trazer de volta a nossa amizade. Mas como eu conseguiria isso? Especialmente quando só de imaginá-la meu estômago doía. Eu pensei que ficaria mais fácil, depois que eu estivesse limpo e vestido, mas não aconteceu. Estava tudo errado. Kiera me queria, eu sei que sim, mas ela veio para casa com ele. Eu não entendia o porquê. Quero dizer, eu sei que ela não queria machucá-lo, nem eu, mas porque ela não se importava de me machucar? Que porra eu significava para ela? Paixão? Luxúria? Sexo? Talvez o que tínhamos não era tão profundo quanto eu pensava. E porque eu deveria ficar surpreso com isso? Ela já não tinha me falado isso? Eu tenho atração por você mas não sinto nada além disso, Kellan. Me perguntando se alguma dia eu iria mudar esse meu mau

humor fudido, peguei minha guitarra e fui direto para a casa do

Evan para ensaiar. Eu iria chegar bem cedo, mas eu não me

importei. Preferia me sentar no sofá dele do que meu.

Ensaiar era tão previsivelmente normal que deu uma certa entorpecida na minha dor. Matt e Griffin discutiam sobre acordes, Evan queria experimentar uma mudança fundamental. Do mesmo jeito de sempre. A única diferença foi quando eles queriam ir para o Pete's mais tarde e eu me senti mal por isso. Pete's: Meu paraíso e meu inferno. Eu queria dizer não, mas ao mesmo tempo a maior parte de mim queria ir, e claro que ir, foi a parte que ganhou. Por mais dor que eu fosse sentir, eu sentia falta de seu sorriso, dela corando, e eu sabia que eu não aguentaria outra noite sem isso. Sem vê-la. Meu coração ficou pesado no caminho. Eu aumentei o volume da música, tentando me distrair, mas não estava ajudando. Porra. Eu não tinha noção de como ela iria reagir ao me ver depois de todo esse tempo. Será que ela estaria brava por eu ter passado do limite e a beijado na boate? Será que estaria brava por eu tê-la empurrado para longe de mim? Será que estaria brava comigo por eu ter ficado todo esse tempo longe de casa? Ou ela estaria bem. Feliz. Apaixonada pelo namorado.

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Deus, eu acho que prefiro tê-la com raiva de mim do que indiferente. Pelo menos raiva significaria que ela pelo menos se importava um pouco. Estacionei meu carro na vaga de sempre. Então olhei para o bar pelo retrovisor e esperei. Eu não tinha certeza do que esperar, eu só sabia que ainda não podia entrar. Eu não estava pronto. A noite da boate veio à minha mente - sua respiração na minha pele, sua boca urgente, procurando minha língua, suas mãos puxando meu cabelo. Tanta paixão tinha passado entre nós, nós quase entramos em combustão na pista. Não poderia ter sido tudo falso. Bati a cabeça no vidro devido a todas as lembranças. Griffin estava parado ao lado da minha porta. Matt e Evan estavam logo atrás dele, esperando por mim. Não estava ansioso para estar aqui, eu fui o último a chegar. Sorrindo, Griffin fez um gesto para o retrovisor que eu estava encarando, "Você está linda, princesa. Saia da porra do carro". Revirando os olhos, eu abri a porta. Eu podia fazer isso. Eu tinha que fazer isso. Eu precisava vê-la, eu precisava falar com ela. Era a única forma de conseguir entender o que aconteceu naquela noite. Depois de fechar a porta, eu dei um soco no braço do Griffin pelo comentário. Ele fez uma careta e se afastou de mim, "Calma aí, nervosinho. Não é minha culpa que você não transou na outra noite". Sorrindo, ele mostrava a mão com os dedos abertos enquanto ele caminhava para trás. Ele estava sorrindo muito satisfeito com ele mesmo desde que a Anna foi embora. Estava ficando irritante. "Cinco, cara". Forçando meu olhar para longe da entrada pela qual eu não queria passar, encontrei os olhos impacientes de Griffin "O quê?" "A porra de cinco, essa foi a quantidade de vezes que ela me fez gozar. E isso não inclui as duas vezes que eu bati na manhã seguinte" Ele tropeçou em um monte de pedra e quase caiu de bunda, mas se salvou no último minuto.

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Fazendo uma careta, eu fiz meu caminho. Eu estava ficando irritado e cansado dos comentários dos muitos orgasmos de Griffin. "Incrível", eu murmurei. Eu já tinha ouvido tudo ‘ao vivo’, então não precisava dos detalhes. Eu queria que ele pegasse outra garota. Uma que não me lembrasse tanto a Kiera. Ainda se gabando, Griffin veio ao meu lado. "Porra, foi inacreditável. As coisas que essa menina faz. Uma pena para você que ela me escolheu, cara. Não que eu a culpe, mas você realmente perdeu". Evan estava ao meu lado, Matt estava andando atrás de Griffin. Ele riu com o comentário de Griffin. "Você tá falando sério? Ela queria o Kellan, mas ele a rejeitou. Você foi o estepe, cara". Eu olhei para trás a tempo de pegar a expressão abismada de Griffin, "Você anda fumando crack, cara? Ela estava em cima de mim, quente para montar. Ela disse que estava molhada para mim desde a primeira vez que me nos conhecemos". Com um sorriso em seus lábios, Matt lançou um olhar para mim. "Quando se encontraram pela primeira vez? Quer dizer, quando ela praticamente estava dançando no colo do Kellan e mal percebeu sua existência? Aquela primeira vez?” Griffin passou por mim, batendo em meu ombro em frustração "Você não sabe porra nenhuma do que você esta falando". Matt estava rindo e correndo atrás dele, "Espera Griff! Me fala de novo como ela te queria! Foi antes ou depois dela praticamente masturbar o Kellan na mesa?" Eu balancei a cabeça e Evan estava rindo. Griffin entrou primeiro. Eu tropecei, então fingi que estava amarrando o cadarço da minha bota. Sim, eu tinha me reduzido à isso: fingir fazer coisas idiotas. Eu não podia evitar, porque eu juro ter escutado a voz dela, e eu só precisava de um minuto para processá-la. A porta abriu novamente e o Matt saiu, e eu ouvi todo barulho passando por mim e tive que fingir que eu não me importava. Foi à voz dela que eu ouvi? Droga. Será que eu estava pronto para vê-la?

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Evan parou, como se para me esperar. "Você está bem?”, ele perguntou. Seus olhos castanhos estavam preocupados, ele olhou para mim e para a porta que eu estava relutando em entrar. Eu mentalmente verifiquei minha expressão, e percebi que não estava fazendo cara de dor enquanto amarrava meu sapato. Toda a minha confusão era interna. "Sim" eu respondi, de pé. "Porque eu não estaria?". Até onde Evan sabia, essa era só uma noite normal no bar do Pete. Nada de espetacular. Evan estudou meu rosto. "Não sei. Você parece... aéreo. O dia todo assim", ele deu um sorriso. "Talvez você ainda esteja de ressaca da noite passada? Você ficou bem louco". Me esforcei para responder. "Sim, talvez seja isso. Eu me sinto um pouco desgastado mesmo". Emocionalmente desgastado. Fisicamente eu estou bem. Claro que eu nem estava muito bêbado na noite passada. Um pouco alto. Eu só não queria ir para casa. Ainda não quero. "Obrigado por me deixar ficar lá". Ele deu de ombros, mas sua expressão estava cheia de perguntas não formuladas. "A qualquer hora, cara". Determinado a provar que estava tudo bem, que nada de importante tinha acontecido, e que eu poderia ficar no mesmo lugar que ela, sem me sentir mal, eu abri a porta e entrei no bar antes do Evan. Tentei não olhar, mas meus olhos foram automaticamente ao encontro dos dela. Ela estava onde a banda toca, mas seus olhos estavam grudados na porta como se ela estivesse me esperando entrar. Deus, ela é tão linda. Ela usava sua camiseta do Pete's de um jeito que mostrava seu corpo magro do jeito que eu amava, e sua calça baixa em seus quadris, mostrando um pouco de sua pele que me deixava louco. O cabelo preso em um rabo de cavalo bagunçado. Me lembrava sexo - sexo sem restrições, sexo apaixonado. Isso me fez querer arranca a banda de lá, pegá-la de jeito e puxá-la para mim. Mas não eu não podia fazer isso. Ela era namorada do Denny. Ela deixou isso claro na outra noite. Nossa amizade não podia passar dos limites novamente. Meu estômago revirou, mas eu me forcei a fingir que estava tudo bem. Tem que ser desse jeito, sem necessidade de ter uma úlcera

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por isso. Meu coração estava batendo forte quando nos encaramos. Eu não poderia ler suas emoções. Sabendo que ela também não conseguia ler as minhas, eu dei-lhe um pequeno aceno com a cabeça. Viu Kiera, eu também sei fingir que está tudo bem, mesmo você tendo arrancado meu coração. Nós ainda podemos ser amigos, mesmo que isso me mate um pouco. Eu pensei que ela iria me dar um sorriso, talvez parecer aliviada por eu não estar bravo ou machucado, mas ao invés disso, ela franziu a testa e saiu andando. Que merda é essa? Ela estava brava? Por quê? Eu sei que eu ultrapassei as barreiras, mas não é como se ela também não estivesse lá. Eu posso ter começado, mas ela aceitou de bom grado. Afinal de contas, não foi ela que quase me despiu? Eu fiquei irritado observando ela trabalhar. Ela estava me ignorando completamente. Não de um jeito como se não se importasse. Não, cada olhada mostrava que era de propósito. Ela queria que eu soubesse que ela estava irritada. Eu não tinha a mínima ideia do porque ela estava com tanta raiva. Ela nem veio atender nossa mesa, o que foi uma coisa boa, já que o Griffin não parava de contar às coisas que ele fez com a Anna. Deus, ele vai repetir a história daquela noite inteira pelos próximos seis meses, eu sei que sim. Anna foi sua primeira história do tipo, "Você não vai acreditar nisso". Depois de 20 minutos sem recebermos atendimento, Evan finalmente chamou Kiera. Ela olhou para nossa mesa, me ignorando, revirou os olhos e foi para o bar buscar nossas bebidas. Ela nem ao menos ia pegar os pedidos? Por que ela estava tão puta comigo? Ficar um pouco brava era compreensível, mas ela estava no fora do limite, até para ela. Alguns minutos depois, ela invadiu nossa mesa. Sem dizer uma palavra, ela bateu uma garrafa de cerveja na frente de cada um de nós, um pouco de espuma saiu da minha garrafa, graças a força do impacto. Fiquei surpreso que a garrafa não quebrou. Ainda em silêncio, ela então se virou e foi para o mais longe possível de nossa mesa.

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Matt olhou para Evan depois que ela saiu. "Qual é o problema

dela hoje?" Os dois homens, em seguida, viraram para olhar para

mim, como se eu fosse de repente o responsável pelas mudanças

de humor da Kiera.

Dei de ombros e peguei minha cerveja. "Não me pergunte. Eu não

sou o namorado dela." Eu não quis dizer isso severamente, mas

saiu um pouco áspero. Enquanto Evan franzia a testa para mim,

tomei um gole da minha cerveja. Fazendo uma careta, a afastei

para longe de meus lábios e olhei para a garrafa. Cerveja diet?

Sério? Me irritei em silêncio por alguns segundos, enquanto os

outros caras bebiam seu álcool perfeitamente normal, carregado

de calorias. Que. Merda. É. Essa.

Poucos minutos depois, notei Kiera desaparecendo pelo corredor

dos fundos. Não sendo capaz de suportar o seu gelo nem mais um

segundo, me levantei com raiva e a segui. Eu estava indo obter

minhas respostas, e iria obtê-las agora. Eu me encontrei com ela

enquanto ela estava saindo do banheiro. Pelo olhar de choque e

irritação em seu rosto quando ela me viu, ela parecia que queria

correr para dentro do quarto dos fundos e se esconder. Embora,

não tivesse nenhuma chance que eu ia deixar isso acontecer.

Onde quer que ela fosse agora, eu iria segui-la. Eu não iria

embora, até ela falar comigo.

Talvez vendo que esconder era inútil, ela exalou um suspiro de

frustração e tentou passar por mim. Agarrei seu cotovelo.

"Kiera..." Seus olhos castanhos queimavam quando ela olhou para

mim. O calor em seu olhar roubou minha respiração por um

segundo. Ela puxou o braço para longe, enquanto seus olhos

continuaram fazendo furos na minha cabeça. "Precisamos

conversar..."

"Não há nada para conversar, Kellan!" ela falou alto.

Questionando o que diabos eu tinha feito para deixá-la tão

zangada comigo, questionando por que ela me odiava tanto e o

amava tanto, e me questionando por que apenas o som de sua

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voz faziam meus joelhos ficarem fracos, eu calmamente lhe disse:

"Eu discordo".

Inclinando-se para mim, ela zombou: "Bem... você,

aparentemente, pode fazer o que quiser!"

Sua atitude arrogante misturou com a minha dor e frustração. Até

eu podia ouvir a rispidez na minha voz enquanto respondi para

ela. "O que isso significa?"

"Significa que nós não temos nada para conversar", ela cortou,

batendo em meu ombro quando passava por mim.

Deixei ela ir, mais confuso do que nunca. Que diabos foi isso? Eu

não me sentia nem um pouco melhor sobre a situação. Ou mais

claro. E logo quando pensei que não poderia ficar mais confuso.

No final da noite, Kiera ainda estava fazendo o seu pior para me

ignorar. Igualmente divertido e irritado com seu jeito de me

ignorar, eu não tentei me aproximar dela novamente. Talvez ela

só precisasse de mais um dia para se acalmar. Eu tentaria

novamente pela manhã, durante o café. Uma pontada de dor

passou por mim. Nosso café da manhã. Eu realmente perdi esse

ritual. A dor ofuscou a melancolia. Era só isso que eu era para

ela? Um rosto bonito de se olhar enquanto ela tomava um gole de

seu café da manhã? Foi por isso que foi tão fácil para ela escolher

o Denny?

As pessoas começaram a ir embora enquanto o bar começava a

fechar. Por fim, havia apenas sobrado as pessoas de sempre,

Kiera, Griffin, Evan, e eu, e Evan estava saindo pela porta com

Cindy, a loira bonita que tinha dado em cima dele a noite toda.

Encostei-me à mesa com os braços cruzados sobre o peito,

observando Kiera enquanto ela percebia que não tinha uma

carona para casa. Acho que com seu mau humor, ela tinha se

esquecido de arrumar uma. Eu iria levá-la, é claro, se ela

quisesse. Nós ainda éramos amigos, afinal. E não é como se

estivesse fora do meu caminho.

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Kiera suspirou quando ela notou a chuva respingando na calçada

pela porta da frente. Ela não gostava de estar na chuva, então eu

sabia que ela não iria caminhando para casa. Eu não tinha certeza

do que ela ia fazer sobre sua situação. Ela olhou na minha

direção, mas não foi em direção a mim. Não, em vez disso, ela

me surpreendeu pra caralho, aproximando-se do meu baixista. Eu

não conseguia parar o sorriso que se espalhava pelo meu rosto.

Sério? Você prefere ir para casa com Griffin a ir comigo?

Isso vai ser interessante.

Kiera adotou sua abordagem casual. "Oi, Griffin".

Isso imediatamente fez Griffin ficar atento. O relacionamento

deles não era exatamente cordial. "Sim? O que você quer?" Ele

sorriu de um modo que dizia claramente que ele estava certo de

que Kiera estava prestes a perguntar se ela poderia ir para cama

com ele.

Kiera fez uma careta, mas conseguiu manter-se educada. "Eu

estava esperando que talvez você pudesse me dar uma carona

para casa?"

Eu mal consegui segurar minha risadinha. Ai, Deus. Você não

poderia pedir Griffin algo assim e não esperar que ele levasse isso

da maneira mais suja possível. O cérebro de Griffin tem uma

residência permanente na sarjeta. "Bem, Kiera... Eu nunca pensei

que você fosse me pedir", ele murmurou enquanto ele a despia

com os olhos. "Eu adoraria te dar uma… ‘carona’ até sua casa."

E então era isso. A resposta típica de Griffin. Kiera sorriu com os

lábios apertados. "Eu literalmente quis dizer uma carona até a

minha casa, Griffin".

Porra, meu barriga iria ficar com câimbras por segurar o riso. Por

que ela tinha que ser tão adorável?

Griffin não achou isso tão divertido. "Sem sexo?" ele perguntou,

desapontado.

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Kiera sacudiu a cabeça com tanta força, que eu pensei que ela iria

machucar o pescoço. "Não." Eu quase podia ouvir seu cérebro

acrescentando a palavra ecaaaaaaaaaaa! Isso me tranquilizou um

pouco. Aqui, pelo menos, estava um homem que eu nunca teria

que me preocupar.

Ofendido, Griffin fungou. "Bem, então... não. Pegue sua carona

sem sexo com o Kyle."

Eu não conseguia parar de rir então. Pois é... sem sexo. Kiera

olhou na minha direção novamente, então olhou ao redor do bar

como se estivesse à procura de uma fuga. Aproximei-me dela

enquanto ela se perguntava o que fazer. Meu coração começou a

bater mais forte a cada passo. Mesmo quando eu estava magoado

com ela, ela me afetava.

"Você gostaria que eu te desse uma carona?" Eu perguntei. Eu

quis dizer mais com essa simples pergunta do que ela realmente

entendeu. Me Escolhe, Kiera. Não é tarde demais. Nunca será

tarde demais.

Ela sacudiu violentamente a cabeça, cruzou os braços sobre o

peito, e fugiu para fora das portas da frente. Acho que tive minha

resposta. Ela saiu com tanta pressa que esqueceu o casaco e sua

bolsa. Era tão ruim ficar perto de mim que ela teve que fugir? Eu

me questionei sobre correr atrás dela como um idiota apaixonado,

mas do que isso adiantaria a não ser me deixar todo molhado

também. Porém, eu não podia deixá-la ir a pé todo o caminho de

casa, não era seguro. E estava chovendo. Ela odiava chuva. Não

quero que ela sofra com isso por minha causa. Droga. Eu ia ter

que buscá-la, e ela provavelmente não ia gostar disso.

Suspirando, eu fui para a sala dos fundos para pegar suas coisas.

E poder acabar com isso.

Até o momento que eu estava no meu carro e indo atrás de Kiera,

a chuva estava realmente ficando mais forte. Eu fiz uma careta

enquanto eu procurava pelas ruas por ela. Ela não podia ir para

casa assim. Ela encontraria sua morte. Espero que ela não tenha

ido longe demais. Deus, espero que ela esteja bem.

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Felizmente, a vi imediatamente, ela só estava a um quarteirão de

distância do bar. Parecia que ela estava congelando enquanto ela

segurava os braços contra o peito, e ela já estava encharcada. Ela

realmente vai andar todo o caminho até em casa desse jeito?

Agora ela só estava sendo ridícula. Ela pode me ignorar no carro,

pelo menos ela estaria seca. Por que diabos ela estava tão

zangada comigo?

Parando no meio-fio, mantive o ritmo dela na calçada. Não

acreditando em sua teimosia, inclinei-me e abri a janela. "Entra

no carro, Kiera".

Ela me olhou com raiva nos olhos. "Não, Kellan".

Apertando meu maxilar, olhei para cima. Senhor, dai-me

paciência para lidar com essa mulher claramente desequilibrada.

Olhando de volta para ela, eu, com toda a calma que pude, disse:

"Está chovendo. Entra no carro."

"Não."

Deus. Ela ia se fazer de difícil sobre isso, então. Bem, eu poderia

ser tão difícil, se necessário. Não havia nenhuma maldita maneira

que eu iria deixá-la aqui sozinha. "Eu só vou segui-la assim todo o

caminho ate em casa." Vá em frente, Kiera, diz que eu estou

blefando. Porque eu não estou.

Ela pareceu notar isso. Com um acesso de raiva, ela parou. "Vá

para casa, Kellan. Eu vou ficar bem."

Parei o carro e me inclinei sobre o volante. Ela realmente ia ser

tão teimosa a ponto de arriscar sua vida para me evitar? Essa não

era exatamente a melhor parte da cidade. "Você não vai andar

todo o caminho sozinha. Não é seguro."

Revirando os olhos, ela começou a andar novamente. "Eu vou

ficar bem", repetiu.

Eu vi seu corpo magro tremendo se afastando de mim. Irritação

obscureceu minha preocupação. Foda-se essa merda. Eu iria

arrastá-la até no carro se ela não fosse de bom grado. Grunhindo,

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eu pisei no acelerador e arranquei pra longe dela. "Porra, que

mulher teimosa", eu murmurei enquanto parava rápido com o

carro na esquina. Murmurando obscenidades semelhantes,

estacionei junto ao meio-fio, desliguei o carro, subi a janela e sai.

Kiera ficou boquiaberta na minha direção enquanto eu ia até ela.

Ela realmente ficou surpresa que eu não ia deixá-la morrer de

pneumonia, ou ser assaltada por algum canalha? Que tipo de

idiota insensível que ela pensou que eu fosse?

Mesmo que eu tivesse com o meu casaco, eu já estava

encharcado quando cheguei até onde ela estava de pé e olhando

para mim. Minha raiva aumentou com cada passo que eu dava.

Ser teimosa só por ser teimosa era simplesmente estúpido. Não é

como se eu fosse fazer alguma coisa com ela quando ela entrasse

no carro. Ela deixou sua escolha bastante clara no clube. Ela tinha

ido para casa com ele. Ela o queria. Eu já entendi. Ela é

apaixonada pelo Denny. Eu já sabia disso, afinal.

"Entra na porra do carro, Kiera," eu rosnei.

Ela gritou: "Não!" em seguida, ela realmente me empurrou para

longe dela.

Então tá. Se ela queria ser difícil e imatura, então eu faria

exatamente o que eu tinha planejado fazer de qualquer maneira.

Eu iria arrastá-la mesmo gritando para o carro. Agarrando seu

cotovelo, eu a puxei para o Chevelle. Claro, ela lutou comigo.

"Não, Kellan... pare com isso!"

Ela tentou se afastar de mim, mas eu não estava disposto a

deixá-la ir. Eu apertei com força e a puxei para o lado do

passageiro. Eu poderia dizer que ela estava furiosa que eu a

estava empurrando, mas eu estava ficando um pouco incomodado

também. Já era o suficiente. Quando me inclinei e abri a porta do

carro, ela conseguiu arrancar o seu braço para longe de mim. Em

vez de ser sensata e entrar no carro quente e seco, ela começou

a andar para longe de mim. Jesus Cristo, mulher! Sem querer

deixá-la escapar de mim, coloquei meu braço em torno de sua

cintura e a segurei no meu peito. Ela chutou e se contorceu

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quando a levantei do chão, mas ela não conseguia ficar longe de

mim. Seu corpo magro molhado esfregando contra o meu fez

coisas comigo, me levou a um lugar que eu não quero ir essa

noite. Porque eu não podia desligar o que eu sentia por ela? Isso

tornaria minha vida muito mais fácil.

Eu a coloquei no chão, perto da porta aberta, a prendendo com o

meu corpo, para que ela não pudesse fugir. "Pare com isso, Kiera,

só entra na porra do carro!"

Seus olhos castanhos estavam cheios de ódio quando ela olhou

para mim. Ódio, e algo mais. Seu peito arfava, a camisa do bar

do Pete agarrou-se a seu corpo. As mechas soltas de seu rabo de

cavalo foram pingando gotas pesadas de chuva, alguns fios de

sorte ficaram colados em suas bochechas coradas, no pescoço

fino. Minha respiração acelerou enquanto eu observava esta

ardente, beleza erótica na minha frente. Sua paixão me deixou de

joelhos. Eu a queria tanto. Por que ela não podia simplesmente

me quer também?

Antes que eu pudesse realmente compreender o que ela estava

fazendo, ela de repente me agarrou. Torcendo os dedos no meu

cabelo úmido, ela puxou meu rosto para baixo. Sua agressividade

me machucou um pouco, mas eu estava muito embriagado por

seus lábios perto dos meus para me importar. Deus, isso... me

beija. Agora. Por favor. Eu preciso disso. Eu preciso de você.

Como se ela pudesse ouvir o meu apelo em silencioso, ela me

atacou com sua boca. Ai... Deus... isso. Assim que eu comecei a

devolver seu beijo quente, ela se afastou de mim. Então, menos

de um segundo depois, ela me deu um tapa.

Meu rosto molhado ardia com a força que ela tinha usado, fez

barulho no meu ouvido. Agindo por puro reflexo e choque, a

empurrei para dentro do carro enquanto a raiva queimava meu

corpo frio. Que porra é essa?

Por um segundo, o único som era a respiração rápida e a chuva

batendo em torno de nós. Kiera olhou para mim com luxúria e

raiva nos olhos. Ela me queria, eu sabia que sim. Eu podia sentir

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o desejo saindo dela. Eu a queria também. Mais do tudo eu a

queria. Eu estava quase duro, já. Eu queria deitá-la no meu

banco, tirar essa roupa molhada fora de seu corpo úmido, e ouvi-

la gritar meu nome enquanto eu entrava nela. E ela o faria. Ela

gritaria de novo e de novo enquanto eu a mantinha perto do

clímax. Talvez seja assim que eu deva puni-la por me machucar -

fisicamente e emocionalmente - eu não iria deixá-la chegar ao

final.

Minha decisão estava tomada, a peguei e lentamente a forcei no

banco da frente. Ela não ofereceu nenhuma resistência real. Ela

tentou negar, mas ela me queria dentro dela. Não dando a ela

uma chance de escapar de mim, entrei no carro depois dela.

Enquanto eu fechei a porta atrás de nós, ela começou a remexer

no banco, para longe de mim, como se realmente fosse sair. Acho

que não. Colocando ela no lugar de volta, peguei suas pernas e a

puxei de volta para mim. Precisando de meu corpo enroscado no

dela, eu a empurrei para ficar com as costas no banco enquanto

eu rastejei para cima dela. Ela empurrou o meu peito como se ela

me quisesse longe dela, mas seus dedos estavam enroscados na

minha camisa, e eu sabia que ela estava mentindo. Ela me

queria.

"Sai de cima de mim", ela cortou sua respiração pesada, mas

seus olhos me imploravam para fazer o oposto.

Irritado com seus sinais divergentes, eu me perguntava se suas

palavras e ações seriam as mesmas algum dia. Ela me queria...

não queria? "Não", eu disse a ela.

Ela estendeu a mão e agarrou meu pescoço. Ela me puxava para

ela enquanto suas palavras me empurravam. "Eu te odeio..."

O olhar em seu rosto fez um pulso latejar através de meu corpo

mais baixo. Porra, eu precisava dela. Eu precisava mostrar a ela o

que ela fazia comigo, mostrar a ela o quanto eu a queria. Talvez

então ela fosse parar de negar isso. Eu estava duro como pedra

agora enquanto o desejo, a luxúria, o amor travavam uma

batalha dentro de mim. Passei as pernas dela em volta de mim e

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me esfreguei contra seu jeans. Isto é para você. Só você. Isto é o

que você faz comigo. O que eu faço com você? Me mostra... Faz

comigo... Eu sou seu, apenas seu. Porque você não consegue ver

isso, porra?

Ela revirou os olhos enquanto suspirava ofegante. Ela queria

muito isso. Eu sabia que ela queria. Amargura surgiu em mim. Eu

estava tão cansado deste ciclo de negação. "Não é ódio o que

você sente..." Zombei quando ela fez o seu melhor para me dar

um olhar frio. Com um sorriso cruel, acrescentei: "E isso não é

amizade também." Não, tínhamos cruzado além da linha da

amizade há muito tempo.

"Para com isso..." Ainda lutando contra isso, ela mexeu os quadris

debaixo de mim. Isso só me fez querer mais dela. Usando seu

corpo para conseguir o que queria, para que ela pudesse sentir o

quão intenso isso seria, eu lentamente e deliberadamente me

empurrei contra ela novamente. Ela gritou, arqueando as costas,

enquanto olhava para a porta acima de sua cabeça. Não, ela

precisava me ver. Ela precisava ver o que ela estava fazendo

comigo. Peguei seu rosto, forçando a cabeça para baixo, a

obrigando a me olhar nos olhos. Ela não gostou disso.

"Isso era para ser inocente, Kellan!" Ela gritou furiosa.

"Nós nunca fomos inocentes, Kiera. Quão ingênua você é?" Eu

igualei seu tom de voz. Ela não podia continuar mentindo para si

mesma.

Com lágrimas de frustração nos olhos, ela sussurrou: "Deus, eu te

odeio..."

Deus, ela era teimosa. O que quer que esteja acontecendo entre

nós, não vinha do ódio. "Não, não odeia..."

Eu me esfreguei contra ela mais rápido. Mordi o lábio enquanto

um gemido profundo escapou de mim. Eu precisava dela. Deus,

eu precisava dela. Diga que sim, Kiera. Deixe-me entrar. Mesmo

com uma lágrima rolando pelo seu rosto, ela viu minha reação a

ela com olhos atentos. "Sim, eu odeio... Eu te odeio..." Ela mal

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conseguia pronunciar as palavras, pois estava respirando tão

forte.

Eu empurrei contra ela novamente, encolhendo-me enquanto a

sensação enviava ondas de choque através do meu corpo. Sim.

Deus... sim. "Não... você me quer..." Sua paixão provocou uma

memória em mim. A boate. Sua necessidade sem restrições

enquanto dançávamos. Isso tinha sido por mim. Mesmo ela não

podia negar. "Eu vi você. E a senti... na boate, você me queria."

Eu trouxe a minha boca para cima dela, inalando seu cheiro, sua

respiração rápida... compartilhando a minha. Foi só o começo do

que eu estava prestes a compartilhar com ela. Eu podia sentir o

quanto ela estava excitada enquanto se contorcia embaixo de

mim.

"Por Deus, Kiera... você estava me despindo." Sorri com a

sensação da lembrança de seus dedos na minha pele. Eu os

queria em mim agora. "Você me queria, ali mesmo na frente de

todos." Precisando prová-la, arrastei minha língua ao longo de

seu queixo até sua orelha. "Deus, eu queria você também..." eu

gemi em seu ouvido.

Suas mãos voaram para o meu cabelo, me puxando para longe

dela. Eu sibilei em uma respiração enquanto minha parte inferior

do corpo implorou para ser libertada. Eu me esfregava contra ela

de novo, não tendo certeza quanto mais eu poderia aguentar.

Pare de lutar. Diga sim.

"Não, eu escolhi o Denny." Ignorando-a, eu esfregava contra ela

novamente. Mais forte. Mais rápido. Deus, isso. Novamente. Mais.

"Fui para casa com ele..." Oh Deus, Kiera, isso, porra... isso.

"Quem você escolheu?", ela perguntou.

A difamação de seu tom de voz silenciou minha cabeça e

completamente acalmou meus quadris. Um aviso brilhou em meu

cérebro. Um aviso e um indício. O que diabos ela quis dizer com

isso? "O quê?"

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Ela bateu no meu peito com toda a raiva reprimida dentro dela.

"Minha irmã, seu babaca! Como você pode dormir com ela? Você

prometeu!"

Em um microssegundo tudo se encaixou. É por isso que ela

estava chateada? Não foi porque eu cruzei a linha novamente.

Não foi porque ela cedeu e aceitou o que ela queria. Não foi

porque eu fiquei longe por alguns dias. Não, foi porque ela pensou

que eu tinha dormido com a Anna? Bem, foda-se. Ela não poderia

ficar brava com isso. Não quando ela deixou a porra da boate com

o Denny. Ela jogou tudo para o alto no momento em que ela

arrancou o meu coração e o transformou em confete sangrento.

Se eu quisesse transar com a Anna a noite toda, eu teria todo o

direito.

Realmente furioso agora, eu disse algo precipitado e

terrivelmente enganoso. "Você não pode ficar com raiva de mim

por isso. Você foi embora para ir trepar com ele! Você me deixou

lá... pronto, querendo você... com ela." Cavando a faca ainda

mais em suas costas, eu corri minhas mãos de forma íntima até

os quadris dela e sussurrei: "E ela estava muito disposta. Foi tão

fácil possuí-la... escorregar dentro dela." Se ela ia ser uma vadia,

então eu seria o seu filho da puta.

A fúria em seu rosto foi instantânea. E satisfatória. Eu a tinha

machucado. Ótimo. Agora ela realmente sabia como eu me

sentia, porque com certeza ela me machucou pra caralho. Ela

tentou me bater, mas eu tinha antecipado isso, e a segurei para

baixo. "Seu filho da puta", ela rosnou.

Ela estava com tanta raiva que pensei que as gotas de chuva que

caiam do meu cabelo iriam evaporar quando tocasse sua pele.

Isso me empolgou, me animou. A forma como seu rosto ficou

cheio de cor, o jeito que seus olhos dançavam - seu ciúme era

inebriante. Sorrindo de uma forma que eu sabia que iria irritá-la,

eu disse a ela: "Eu sei quem eu comi, mas me diga", - minha

mente girando com o calor, desejo e paixão, eu abaixei meus

lábios até sua orelha - "com quem você transou naquela noite?"

Eu me esfreguei contra ela enquanto eu disse isso, lembrando-a

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de nosso momento quente na boate, e enfatizando o fogo entre

nós agora. Ela gemeu, respirou tensa.

"Ele era tão bom... quanto eu?" Eu continuei. Voltando a minha

boca para acima da dela, passei minha língua sobre seu lábio

doce, umedecido com a chuva. "Não há nenhum substituto para a

coisa real. Eu teria sido bem melhor..."

Porra... diz que sim...

Ela não disse. Em vez disso, ela cuspiu, "Eu odeio o que você faz

comigo."

Eu vi seus olhos agitados. Ela estava mentindo. Pelo menos em

parte. Entretanto, eu entendi o que ela quis dizer. Eu odiava o

que ela fazia comigo, às vezes, também. Mas mais do que eu

odiava, eu adorava. E eu sabia que ela sentia o mesmo. "Você

ama o que eu faço com você." Lembrando de como era estar

dentro dela, a fazendo gritar, eu corri minha língua até sua

garganta. "Você sofre por isso." Eu sofro por isso. Eu preciso de

você. "É a mim que você quer, não ele." Me escolha. Me ame. Me

mostra. Agora.

Pressionei meu ‘sofrimento’ contra ela, precisando dela mais do

que nunca. Ela enfiou os dedos no meu cabelo... então balançou

os quadris no ritmo do meu. Ai. Meu. Deus... isso. Eu gritei da

mesma forma que ela fez. Precisávamos disso. Precisávamos um

do outro. Por favor, Kiera. Diga sim. Ela moveu no meu ritmo.

Nossas respirações aumentaram, nossa intensidade aumentou, as

janelas embaçando e o carro começou a balançar suavemente

para trás e para a frente com os nossos movimentos. Deus, isso,

agora, mais.

Seus dedos agarraram em minha jaqueta, querendo tirá-la. Eu a

ajudei a removê-la. Porra, isso. Todas essas camadas entre nós

precisam sair. Eu quero ficar pelado com você. Eu quero estar nu.

Sua boca veio para tocar a minha, mas eu me afastei. Isso atirou

fogo líquido pela minha virilha para provocá-la. Porra, isso. Eu

queria provocá-la. Então satisfazê-la. Ela tentou novamente, mas

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com a língua e me afastei novamente. Eu pensei que eu ia

explodir. Eu não poderia provocá-la por muito tempo.

Kiera não queria ser provocada agora. Frustrada, ela passou as

unhas nas minhas costas. Caralho, era da mesma maneira que ela

me arranhou no suporte daquela cafeteria, quando ela estava

prestes a gozar. Eu quase gozei enquanto lembrava. Eu deixei a

minha cabeça em seu ombro, apertando contra ela com

despreocupação. Isso. Deus, mais, Kiera. Isso. Ela gritou

enquanto pressionávamos um contra o outro, agarrando os meus

bolsos traseiros e envolvendo suas pernas em volta de mim em

um quase frenesi.

Me agarrando firmemente enquanto ela se movia contra mim, ela

gemeu: "Não, eu quero ele."

Mentira. Eu garanto que ela nunca tinha sentido nada parecido

com ele. "Não, você me quer..." Eu disse em seu pescoço.

"Não, ele nunca tocaria minha irmã! Você prometeu, você

prometeu, Kellan!" Ela endureceu debaixo de mim. A perda de

nosso ritmo crescente quase me deixou louco.

"Isso já aconteceu. Eu não posso mudar isso." Ela tentou me

empurrar para longe, mas eu peguei suas mãos, as prendi ao lado

de sua cabeça. Eu enterrei meus quadris contra os dela, e ela fez

um barulho que me avisou que a pausa momentânea tinha quase

a matado também. "Mas isso... Pare de lutar, Kiera. Só diz que

você quer isso. Diga que me quer, como eu quero você." Minha

boca voltou para cima dela. "Eu já sei que você quer."

Cansei de provocar. Cansei de joguinhos. Eu precisava dela.

Agora. Não podíamos parar isso. Não mais. Baixei meus lábios

nos dela. Ela gemeu quando nossas bocas se encontraram e

minha barriga se apertou em preparação. Isso... Deus, Kiera,

isso.

Nosso beijo estava faminto e apaixonado, com cada um querendo

mais. Eu estava certo, eu sabia que estava certo. Ela queria isso

tanto quanto eu. Soltei suas mãos e ela imediatamente as colocou

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de novo no meu cabelo. Seus dedos eram maravilhosos, correndo

por cima do meu couro cabeludo. Eu queria sentir suas longas

madeixas, vê-las espalhadas por todo o meu assento de couro. Eu

arranquei sua fita de cabelo e a joguei no chão. Mesmo molhado,

o cabelo dela era incrível entre meus dedos.

As mensagens duplas da Kiera não pararam agora que nossas

línguas estavam deslizando uma na outra. Murmurando que ela

me odiava, ela passou as mãos pelas minhas costas e puxou os

bolsos da minha calça jeans, pedindo mais, mais profundo, mais

forte. Eu atendi seu pedido físico, enquanto lhe dizia que ela não

me odiava.

Minhas mãos percorreram cada curva que eu poderia alcançar, o

ângulo de seu queixo, a curva de seu peito, as pequenas colinas

de suas costelas, a curva de seu quadril, o arredondamento de

sua bunda. Suas mãos pequenas correram debaixo da minha

camisa, sentindo minha pele nua. Seu toque de pele contra pele

enviou um raio de eletricidade diretamente para baixo no meu

corpo. Foi só levemente prejudicado por suas palavras.

"Isso é errado", ela gemeu no ar carregado de paixão.

Um pouquinho da minha agitação desapareceu, ela estava certa,

é claro, isso era errado. Também me sentia melhor do que

qualquer coisa que eu já tinha experimentado antes, e já era

tarde demais, eu não conseguia parar de tocá-la. Meu polegar

roçou um mamilo rígido lutando contra sua camisa através de seu

sutiã fino. Eu o queria tanto na minha boca. "Eu sei... mas, meu

Deus, você é tão boa."

Não, ela era incrível. Nos fundimos um contra o outro, sem mais

palavras, apenas selvageria, o desejo incontrolável. Eu podia

ouvir a respiração de Kiera cair em um ritmo familiar, os curtos

gemidos eróticos se repetindo em um padrão que foi ficando cada

vez mais alto, mais desesperado, mais distinto. Ela estava

chegando perto. Meu próprio corpo tinha atingido o limite a

tempos atrás, era pura força de vontade que me impedia de uma

liberação de fazer a terra tremer. Mas eu não iria terminar isso

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sem ela. Não, eu iria terminar isso dentro dela. E, possivelmente

com ela. Sim, eu queria que ela gozasse comigo. Eu queria isso

mais do que qualquer coisa.

Eu separei nossas bocas ansiosas. Ela se inclinou para chupar

meu lábio, e meus olhos reviraram. Me afastei mais. Como suas

roupas estavam tão úmidas, eu precisava de espaço para despi-

la. E eu iria despi-la. Eu precisava ver aquela pálida, pele branca

tremendo sob meus dedos. Ela ofegou quando percebeu o que eu

estava fazendo. Seus olhos famintos assistiam os meus, e tudo o

que eu vi foi afirmação - sim, faça isso. Me possua. Eu sou sua.

Eu a encarei enquanto observava seus olhos aquecidos me

receberem. Sabia que ela queria isso. A noite da boate foi o

verdadeiro erro. Eu era o que ela queria, ela simplesmente não

tinha tido a coragem de sair comigo naquela noite. Mas neste

momento, agora, era certo. E enquanto eu ia me arrepender de

trair o Denny amanhã, eu não me importava mais. Eu vou tê-la

esta noite.

Quando eu tinha mais um botão faltando para entrar em sua calça

jeans, ela agarrou meus pulsos e puxou minhas mãos para cima e

sobre a cabeça, segurando-as firmemente. As partes de nossos

corpos estavam alinhadas de novo, e uma vibração passou por

mim. Eu estava tão perto do que eu precisava que era doloroso.

Provocadora.

"Para com isso, Kiera!" Eu retruquei. Eu estava irritado, excitado,

e agora, em um pouco de dor; eu precisava gozar, precisava

muito. "Eu preciso de você. Me deixa fazer isso. Posso te fazer

esquecer dele." Desesperado, acrescentei: "Eu posso fazer você

esquecer de você."

Ela estremeceu embaixo de mim, ela sabia que eu estava certo. O

que nós iríamos experimentar agora ia ser mais poderoso do que

qualquer coisa que nenhum de nós jamais havia sentido antes. Eu

tinha certeza disso. E eu precisava que isso acontecesse, agora,

antes que eu espontaneamente entrasse em combustão. Eu

facilmente puxei uma mão livre de suas mãos, acariciando seu

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corpo no caminho de volta para seus jeans. Ela respondeu em

todos os lugares que eu tocava. Veja, Kiera, você sabe que eu

estou certo. "Deus, eu quero estar dentro de você."

"Para com isso, Kellan!"

Irritado que ela ainda estava recusando isso, parei com os meus

lábios em seu pescoço. "Por quê? É o que você quer, o que você

estava implorando!" Ela não podia negar isso, não depois de

todas as vezes que ela disse ‘por favor’. Para provar meu ponto,

eu empurrei minhas mãos em sua calça jeans, sobre a calcinha.

Ela ia dizer isso primeiro. Ela ia me implorar. Então nós dois

poderíamos parar com esse jogo frustrante.

Mesmo que eu não estivesse a tocando diretamente, ela se desfez

debaixo de mim. O grito erótico que ela soltou amplificou o prazer

e a dor que eu estava sentindo. Ela agarrou meu pescoço e puxou

meu rosto para o dela. Eu gemi com a necessidade. Eu não

poderia fazer isso por muito mais tempo. Eu precisava estar

empurrando dentro dela. Eu precisava de liberação. Eu precisava

ouvi-la gritar. Eu precisava senti-la gozando. Mas eu precisava

ouvi-la dizer que ela me queria primeiro.

Mas ainda assim ela se recusou. "Não... Eu não quero que você

faça isso." Meu dedo traçou a borda de sua calcinha e sua frase se

partiu em duas. Ela ainda estava deitada. Ela me queria sim. Ela

estava encharcada pelo seu desejo de me ter. Um pequeno

deslize do meu dedo e pude senti-la. Algumas puxadas em sua

calça jeans e eu poderia prová-la. Oh Deus, eu queria prová-la...

Banindo essa imagem da minha mente, eu me esforcei para

permanecer no controle. Eu precisava que ela dissesse isso. Me

dê permissão, Kiera. Mas ela ainda lutou comigo, sua mão soltou

meu pescoço em uma tentativa fraca de impedir meus dedos de

apalpar. Eu era mais forte, porém, e seu coração realmente não

mostrava querer isso.

"Eu posso sentir o quanto você me quer, Kiera". Minha voz soou

tensa para mim, mas, novamente, tudo sobre mim estava no

limite agora. Eu não poderia lidar com a intensidade, a dor

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latejante. Eu precisava disso para terminar. Um apertado gemido

cheio de dor me escapou. "Eu quero você... agora. Eu não

aguento mais", eu ofeguei. Eu senti como se eu fosse perder a

cabeça se eu não entrasse nela em breve. Libertei minha outra

mão de seu alcance, e comecei a puxar sua calça molhada. "Deus,

Kiera, eu preciso disso."

Eu estava a segundos de implorar para ela fazer comigo quando

ela deixou escapar: "Espere! Kellan... pare! ... Eu preciso de um

minuto. Por favor... só preciso de um minuto."

Minhas mãos congelaram enquanto eu olhava para ela. É sério

que ela acabou de dizer isso para mim? Nossa "palavra de

segurança", por assim dizer. Como se estivesse lendo meus

pensamentos, ela repetiu: "Eu preciso de um minuto."

Bem, porra.

Eu não podia me mover, enquanto eu processava o que diabos

tinha acontecido. Ela arfava debaixo de mim enquanto eu a

olhava. Ela fez isso comigo de novo. Ela me levou até estar a

ponto de explodir e, em seguida, me disse não. E, a menos que

eu fosse continuar com isso e forçá-la a ceder para mim, para

nós, eu não tinha escolha a não ser deixá-la ir. Merda.

"Merda!"

Ela se encolheu em minha exclamação inesperada. Sentei-me,

passando minhas mãos pelo meu cabelo enquanto tentava me

acalmar. Isso não estava funcionando. Cada segundo que eu

olhava para ela esparramada no meu banco me deixava ainda

mais incomodado. Que merda ela estava tentando fazer comigo?

"Merda!" eu bati acertando a porta atrás de mim tão forte quanto

eu podia.

Ela se sentou nervosa, abotoando seu jeans. Porra, nós

estávamos tão perto. Ela me queria, eu sabia que ela queria. Por

que ela estava constantemente me atormentando com algo que

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eu não poderia ter? Porque ela é uma vadia. Uma cadela

provocadora... é por isso. "Você... é..."

Calei a boca, antes do meu temperamento tomar conta de mim.

Ela não era uma vadia. Ela não era uma cadela. Ela estava

apaixonada por outro homem, um homem que tinha importância

para mim. Eu não poderia esquecer isso. Mas, que merda, isso

machuca. O ar aquecido no carro tornou-se estagnado, cheio de

dor, tensão, traição. Eu não conseguia respirar. Eu precisava sair

da porra desse maldito carro.

Abrindo a porta do carro, imediatamente sai. A chuva gelada era

um conforto, mas não esmagou minha raiva. Eu quase podia

sentir as gotas evaporando na minha pele enfurecida.

Redirecionei minha ira para o pneu do meu carro. Eu precisaria de

uma saída mais forte, ou eu ia falar o que não deveria para ela.

Vaca.

Eu chutei o pneu tão forte quanto podia. "Porra!" Isso aliviou um

pouco a tensão reprimida, então eu fiz isso de novo. "Merda! Puta

que pariu, pedaço de maldita merda! Caralho da porra de uma

maldita merda do inferno!" Eu sabia que Kiera estava assistindo

meu falatório sem sentido, mas eu tinha ido longe demais para

me importar. Fodas pra minha vida de merda. Afastando do carro,

cerrei os punhos e gritei minha raiva e frustração para a rua

vazia. "CARAAAAALHOOOO!"

Porra, eu estava gritando obscenidades na esquina da rua como

uma merda de rainha do drama. Eu precisava me acalmar,

cacete. Passei os dedos pelo meu cabelo novamente, resistindo à

vontade de arrancar pedaços dele fora do meu couro cabeludo.

Inclinando a cabeça para o céu, tentei redirecionar meu foco.

Apenas pensar sobre as gotas de chuva. Só ouvir o som da chuva

que caía na terra. Apenas sentir o frio. Não pense nela. Não pense

em seus lábios. Não pense em seu corpo. O sorriso dela. Sua

risada. Seus olhos... o jeito que ela olha para você. A maneira

como ela olha para ele. Porra.

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Eu abaixei minhas mãos, mas mantive as palmas das mãos para

cima, absorvendo cada gota. Só pensando na chuva. Só na fria e

congelante chuva. Você. Chuva. Nada mais.

"Kellan?"

Merda das grandes.

Meu breve momento de tranquilidade desapareceu ao ouvir a voz

dela. Você rasgou o meu coração por duas vezes no espaço de

quarenta e oito horas. O mínimo que você pode fazer é me dar a

porra de um momento de silêncio para eu colocar minha cabeça

no lugar! Eu levantei o dedo para ela, esperando que ela

entendesse o recado e me deixasse em paz. Ela não deixou.

"Está muito frio... por favor, volte para o carro."

Você tem que estar brincando comigo. Cinco minutos? Só

consegui cinco malditos minutos, sem ela na porra da minha

cabeça? Chuva. Chuva. Apenas a chuva. Acalme-se. Ainda sem

ser capaz de olhar para ela, ainda sem ser capaz de falar, eu

balancei minha cabeça. Entenda a porra da dica, Kiera. Eu não

quero estar em qualquer lugar perto de você agora, mas eu ainda

não posso deixá-la sozinha aqui, então eu estou preso com você

no meu maldito carro, minha casa, e na porra do meu coração!

Chuva. Apenas chuva...

"Me desculpe, por favor, volta", ela falou alto do carro.

Oh meu Deus, por favor, a deixe calar a boca antes que eu perca

completamente a porra da minha cabeça. Chuva... chuva...

chuva...

Ouvi ela murmurar: "Droga," então eu ouvi ela sair do carro.

I.na.cre.di.ta.vel. Ela não podia nem me dar isso? Que cadela.

Abrindo os olhos, olhei para ela enquanto ela se aproximava de

mim. Eu me perguntei se eu parecia tão irritado quando me

sentia. Devo parecer, porque os seus passos eram pequenos,

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hesitante. "Volte para o carro, Kiera". Na minha tentativa de

permanecer civil, eu cuspi cada palavra entre os dentes cerrados.

Ela parecia nervosa quando ela engoliu em seco, mas ela

balançou a cabeça. "Não sem você."

Ainda assim teimosa pra caralho. Todos os pensamentos pacíficos

de pingos de chuva nas calçadas fracassaram no meu cérebro. A

fúria bateu por cada músculo, os vibrando com a tensão. "Entra

no maldito carro! Pelo menos uma vez, só me escuta!" Eu gritei

tão alto que, minha garganta doía. Eu ia ficar rouco para o show

de amanhã à noite. Ótimo. Mais um maldito problema que ela me

causou.

Meu temperamento provocou o dela. Ela ergueu o queixo e

retrucou: "Não! Fala comigo. Não esconde aqui, conversa

comigo!"

Conversar com ela? Que merda ela poderia querer conversar? O

quanto ela amava o Denny, e quão pouco ela pensava de mim?

Não, obrigado, eu não queria ouvir essa merda. Dei um passo em

direção a ela, nós dois estávamos encharcados agora. "O que

você quer que eu diga?"

Seu queixo tremia e sua voz era grossa com raiva. "Por que você

não me deixa em paz? Me diz porquê! Eu te disse antes que

estava tudo acabado, que eu queria o Denny. Mas você ainda me

atormenta..."

" Eu atormento você?"

Ela estava brincando? Era ela que me provocava quase que

constantemente. O jeito que ela olhava para mim seria o

suficiente para fazer a maioria dos homens implorar de joelhos. E

do jeito que ela me beijava... era um convite para o sexo no livro

da maioria dos homens. Na verdade, talvez eu não devesse ter

dado ouvidos a ela, e apenas a ter possuído no carro.

"Você é a única que-"

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Eu parei em cima da hora. Eu não lhe daria a satisfação de saber

exatamente o que ela fazia comigo. O quanto eu a queria. O

quanto eu a amava. O quanto machucava que eu nunca seria bom

o suficiente para ela. O quanto eu desejava que eu não desse a

mínima para ela. O quanto ele me matou quando ela me trouxe

para a beira do abismo. O quanto eu desejava que nós não

tivéssemos parado esta noite.

"A única o quê?" ela gritou no silêncio repentino.

Olhei para ela. Sério? Ela não podia deixar nada passar, poderia?

Eu estava tentando não despejar tudo nela, mas eu não

conseguiria segurar minha língua outro maldito minuto. Se ela

queria a verdade, então tudo bem, eu daria a ela a porra da

verdade, da forma mais simples, mais cruel que eu poderia dar a

ela. Talvez então ela poderia entender o quão não-inocente sua

‘inocente paquera’ era.

Eu dei um sorriso tão escuro quanto meu coração despedaçado.

"Você realmente quer saber o que eu estou pensando agora?" Dei

um passo em sua direção e ela se afastou. "Estou pensando...

que... você... é uma merda de uma provocadora e que eu deveria

ter comido você de qualquer jeito!"

Puro veneno correndo pelas minhas veias, dei outro passo, me

colocando de igual para igual com ela. Eu poderia agarrá-la,

empurrá-la para dentro do carro, e terminar isso, agora. Sabendo

que deveria me afastar e me acalmar, mas também sabendo que

era tarde demais, as palavras saíram da minha boca e eu

imediatamente me arrependi. "Eu deveria te foder agora, como a

puta que você realmente-"

Sua mão acertou meu rosto antes das palavras terminarem de

sair da minha boca suja. A pancada foi duas vezes mais forte do

que a anterior; eu tinha certeza que ficaria roxo. Eu estava

realmente cansado de seus malditos tapas! Eu a empurrei contra

o carro. "Você começou isso. Tudo isso! Onde você acha que o

nosso flerte ‘inocente’ iria nos levar? Quanto tempo você acha que

poderia ficar me confundindo?" Apertei o meus dedos em torno de

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seu braço, eu nem sabia mais o que eu estava dizendo. "Eu

ainda... te atormento? Você ainda me quer?"

Lágrimas escorriam por seu rosto enquanto ela respondia minha

pergunta. "Não... agora eu realmente te odeio!"

Eu senti como se ela tivesse me atingido por dentro e esvaziado

minha alma. Só o resíduo de raiva me manteve de pé. "Ótimo!

Então entre no maldito carro!"

Sem saber o que diabos eu estava fazendo, eu a empurrei pela

porta do carro aberta. Quando seus pés estavam a salvo, eu bati

a porta para fechar. Eu queria abri-la novamente e batê-la ainda

com mais força, mas eu poderia não estar funcionando o

suficiente para fazer isso. Oh Deus. Que porra é essa que eu

acabei de fazer? Por que diabos eu diria essas coisas para ela? E

seu rosto... puro ódio estava em seu rosto. E agora ela estava

chorando. Porra, porra, porra. Eu estraguei tudo. Já era ruim

antes, mas agora... Eu queimei essa ponte, eu sabia disso. Jesus

Cristo. Acabei de perdê-la para sempre.

Andei na frente do meu carro. O que eu faço agora? Que merda

eu faço agora? Como diabos eu retiro o que disse? Como faço

para corrigir isso? Será que posso consertar isso?

Não sabendo mais o que fazer, caminhei até a porta do carro. Se

eu tivesse apenas ido para o meu lado, em primeiro lugar, nada

disso teria acontecido. Se eu a tivesse deixado sozinha na boate,

nada disso teria acontecido. Se eu tivesse deixado Seattle, nada

disso teria acontecido.

Irritado, frustrado, com medo, eu bati a porta do carro para

fechar. O silêncio no carro era opressivo. O ar entre nós era

diferente. Tudo era diferente agora. Por causa da minha boca

grande de merda. "Droga!" Eu bati acertando a mão no volante.

Não era para ser desta forma. "Droga, droga, droga, Kiera".

Eu bati na merda do meu volante, então abaixei minha cabeça

para o couro apertado. "Droga, eu nunca deveria ter ficado

aqui..."

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Quando eu levantei minha cabeça, me senti vazio, sozinho e com

um frio de congelar. Agarrei a ponta do meu nariz para tentar

aliviar a dor de cabeça que crescia, mas nada estava ajudando.

Eu estava fodido. E sozinho. Completamente sozinho. Novamente.

Precisando de calor, necessitando de escape, eu liguei o carro e

liguei o aquecedor. Eu não poderia deixar este péssimo lugar até

me desculpar. Tinha que pelo menos tentar corrigir o erro.

Enquanto ela chorava ao meu lado, eu disse: "Sinto muito, Kiera.

Eu não deveria ter dito aquilo a você. Nada disso deveria ter

acontecido."

Ela não disse nada, apenas continuava chorando. Eu suspirei. Isso

não era o que eu queria essa noite. Não foi por isso que eu a

segui. Eu só... queria ajudá-la. Eu só queria devolver suas coisas

e lhe dar uma carona para casa, para então saber que ela estava

segura. Eu só a queria segura. E feliz.

Ao vê-la tremer, alcancei o banco de trás e agarrei sua jaqueta.

Minha jaqueta estava lá também, mas eu não queria isso. Eu

merecia estar com frio.

Eu calmamente entreguei a ela e ela calmamente a colocou. A

falta de palavras falou mais alto para mim. Não havia palavras

para dizer. Estávamos tão terminados quanto duas pessoas

podem possivelmente estar. Ela era tão inalcançável para mim

agora, como meus pais mortos, e o seu amor, também era

inacessível. Mas desta vez, eu merecia. Eu era um bastardo, em

todos os sentidos da palavra. Ela estava melhor sem mim.

Enquanto eu dirigia para casa em silêncio, o desespero tomou

conta de mim. Eu tinha alcançado o amor com ela, tinha certeza

disso. Talvez temporariamente, ou talvez apenas um tipo de amor

entre amigos. Eu não tinha certeza. Mas, fosse o que fosse que

ela tinha dado para mim, foi a melhor coisa que eu já senti em

toda a minha vida. E isso se foi agora. Eu nunca conheceria isso

novamente. Eu estaria sozinho, sem conhecer esse tipo de

conforto novamente. E agora que eu tinha conhecido, eu não

podia voltar a não tê-lo. A dor iria me matar agora mais do que

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46

nunca. Como posso viver sem amor agora? Como posso viver sem

ela?

Eu podia sentir o colapso vindo quando chegamos à casa -,minha

casa sem sentido e vazia, onde nada existia, até que ela colocou

lá. Eu desliguei o carro e imediatamente sai. Não quero que ela

me veja desmoronar. E eu ia desmoronar... estava vindo. Eu

estava a um passo de começar a soluçar.

Lágrimas rolavam pelo meu rosto enquanto eu abria a porta da

frente. Minha voz atrelou quando passei a porta de entrada.

Segurei o choro enquanto corria para subir as escadas. Ainda não.

Não chore ainda. Fechei a porta atrás de mim e parei com a mão

na madeira. Deixei as lágrimas que me esmagavam por dentro e

deixei o soluço me escapar. Andando para trás, eu caí na minha

cama. Trazendo os sapatos sujos sobre o colchão, eu chorei em

meus joelhos.

Amiga. Amante. Companhia. Família. Tudo o que ela poderia ter

sido para mim... eu tinha acabado de perder ela para o resto da

minha vida. Eu não tinha ideia do que eu faria a partir daqui.

Ouvi a porta abrir, mas eu não conseguia parar as lágrimas de

virem. Ela obviamente já ouviu de qualquer maneira. Kiera

sentou-se ao meu lado, mas eu não me mexi. Eu não podia. Tudo

que eu podia fazer era chorar, chorar por tudo o que eu tinha

perdido, e tudo o que eu nunca tive. Eu estava sozinho.

Abandonado. Indigno de ser amado. Eu não podia sequer

compreender por que ela estava sentada ao meu lado.

E então, a cima de toda expectativa, esperança, ou razão, Kiera

colocou o braço em volta do meu ombro. Seu simples ato de

conforto me quebrou. Eu não podia perdê-la. Por favor, Deus, não

me deixe perdê-la. Eu preciso dela. Eu farei qualquer coisa.

Vamos acabar com essa farsa, vamos voltar a ser puramente

apenas amigos. Só não leve ela para longe de mim esta noite.

Um soluço cheio de dor escapou de mim quando passei meus

braços em torno dela e deitei minha cabeça no seu colo. Sinto

muito. Sinto muito. Por favor, não me deixe. Por favor, não me

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odeie. O resto de minha sanidade emocional desapareceu quando

eu perdi completamente o controle e chorei. Pareciam horas. Eu

havia emocionalmente liberado tudo embutido dentro de mim, a

dor de não ter o amor de Kiera, para a dor de nunca ter tido meus

pais. Eu chorei por ferir Kiera. Eu chorei por trair o Denny. Eu

chorei por minha infância inexistente. Eu até chorei para a

montanha de encontros sem sentido que eu tive na minha vida,

porque encontros sem sentido eram, provavelmente, tudo o que

eu teria agora.

Kiera não fugiu do meu colapso. Ela me abraçou, me embalou,

esfregou minhas costas, até puxou um cobertor sobre meu corpo

que tremia e usou seu calor para me aquecer. Eu nunca senti

tanto amor e conforto de outro ser humano. Nunca. Sua ternura,

eventualmente, aliviou minha dor, secou minhas lágrimas. Em um

silêncio que mais uma vez foi reconfortante, ela me abraçou, me

balançando suavemente como eu suponho que a maioria das

mães balancem seus filhos problemáticos. Não sei. Minha mãe

nunca fez. Ninguém nunca fez. Isso me acalmou, e eu senti o

sono correndo para preencher o vazio deixado pela minha

explosão de dor.

Enquanto eu permanecia em uma situação em algum lugar entre

me manter acordado e dormir, comecei a sonhar. No meu sonho,

Kiera estava me deixando. Estendi a mão para ela, e lhe disse:

"Não", mas... ela ainda sim me deixou. No final, ela ainda me

deixou.

***

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FINAL DE “THOUGHTLESS” – S. C. Stephens

PONTO DE VISTA DO KELLAN KYLE

Oito semanas. Já faz oito semanas desde que eu vi seu rosto, a ouvi

rir. Oito semanas desde que eu toquei seu corpo, senti seus lábios

nos meus. Oito semanas desde que eu a abracei, disse a ela que a

amava. Oito semanas desde que ela me abraçou... disse que me

amava, se ela realmente amou. Tem sido as mais longas malditas

oito semanas de toda porra da minha vida.

Eu me impedi de ligar para ela pelo menos cerca de cinquenta vezes

por dia. Eu só quero ouvir a sua voz. A casa parece um túmulo sem

ela. Tudo é velho, mofado. Eu odeio estar lá. Eu prefiro estar aqui,

no bar, afogando minhas mágoas em cerveja após cerveja. Pelo

menos há calor aqui no bar. Na minha casa... tudo o que restou foi o

frio de gelar os ossos. E eu estou tão cansado de sentir frio.

“Kellan, você está bem?”

Parei de mexer no rótulo da minha garrafa de cerveja e olhei para o

Evan. Seus grandes olhos castanhos eram aconchegantes,

compassivos e compreensivos. Eu estava realmente cansado de ver

aquele olhar dele.

"Sim".

Retomei meu hábito destrutivo após a minha resposta

monossilábica. Evan não perguntou sobre o meu estado de espírito

novamente. Ele sabia que eu não ia dizer outra coisa senão, "sim"

ou "tudo bem." Isso é tudo que eu sempre disse a ele. Ele não era

estúpido, no entanto. Ele sabia que eu estava infeliz. Todos sabiam.

Bem, exceto Griffin. Ele raramente notava qualquer coisa que não

tivesse a ver com seu próprio pau.

Deus, estou de mau humor. Eu realmente preciso de mais cerveja.

Olhando para o bar, meu coração apertou involuntariamente. Mesmo

que já tivesse passado semanas... malditas longas oito semanas...

eu ainda esperava ver a Kiera quando dava uma olhada ao redor do

Pete’s. Mas tudo que eu via era Jenny, Kate, e a menina do turno da

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tarde que tinha substituído a Kiera. Emily, eu acho. E Rita. Seus

olhos nunca me deixaram por muito tempo. Na verdade, ela já

estava fazendo buracos em mim de tanto olhar agora.

Levantei minha cerveja para ela, indicando que eu precisava de

outra. Ela imediatamente pegou uma garrafa e virou-se para Emily

para trazê-la para mim. Ela faria qualquer coisa para me deixar

bêbado. Ou, mais bêbado, já que eu já estava tonto. Rita

provavelmente estava esperando eu ficar bêbado o suficiente para

levá-la para trás do bar novamente. Sem chance. Eu não queria

estar com ela. Eu não quero ficar com ninguém. Ninguém, exceto...

"Aqui está, Kellan".

Emily se aproximou da minha mesa e interrompeu meus

pensamentos em um momento oportuno. Eu não quero pensar sobre

Kiera novamente, e eu não conseguia parar de pensar nela. Por que

tudo tem que me lembrar ela? Eu deveria ser capaz de esquecê-la.

Afinal, ela não me quis. No final, ela não me queria.

'Ele...'

Jogando para longe a palavra que assombra meus sonhos, dei a

Emily um breve sorriso enquanto pegava a cerveja oferecida. Ela me

deu um sorriso brilhante em troca. Emily era bonita, com cabelos

escuros, olhos escuros e um corpo esbelto. Ela provavelmente

ganhou suas merecidas gorjetas por aqui. Se isso fosse no ano

passado, eu teria dado a ela o meu melhor sorriso “eu quero você” e

a pediria para ir para casa comigo. No interesse mostrado pelos seus

olhos quando ela olhou para mim, acho que ela provavelmente teria

aceitado também.

Mas essa não era mais a minha vida. E sexo não era o meu objetivo

hoje. Dormir com alguém agora só me faria sentir pior, e eu não

quero me sentir pior do que eu já estou. Não querendo incentivar

uma relação que eu não queria, eu desviei meus olhos de Emily e

tomei um longo gole da minha nova cerveja.

Com um pequeno suspiro que eu provavelmente não deveria ouvir,

Emily perguntou se eu precisava de mais alguma coisa. Colocando

minha cerveja em cima da mesa, tirei o último pedaço restante do

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rótulo. Ele estava muito agarrado na garrafa escura e vazia, e ficou

preso na minha mão quando finalmente cedeu. Balançando meus

dedos, joguei o rótulo na pequena pilha de rótulos na minha frente,

então entreguei a garrafa agora sem definição para Emily. Poderia

muito bem manter a minha insanidade organizada.

No momento que estava quase terminando com aquela cerveja, meu

cérebro ficou agradável e nebuloso. Eu não conseguia nem

lembrar... qual era o nome dela.

'Eu ou ele, Kiera?

'Ele...'

Droga. Meu cérebro não estava nebuloso o suficiente. Eu precisava

de mais cerveja. Embora, isso provavelmente não ajudaria. Nada

poderia realmente bloqueá-la de minha mente. Nem a bebida

alcoólica, nem a música, nem as mulheres...

"Você é o Kellan Kyle dos D-Bags?"

Olhei para uma loira alegre usando uma blusinha. Fala sério.

Blusinha. Em Seattle. No meio do inverno. Ela tinha que estar

congelando para caralho. É isso. Um olhar rápido e discreto para os

peitos dela confirmou que ela realmente estava com frio.

Suspirando, comecei a tirar o rótulo da minha garrafa de cerveja. A

atividade monótona ajudava a distrair o meu cérebro, mais ou

menos. Eu ainda me sentia vazio, oco, e as imagens do rosto da

Kiera nublando minha mente, mesmo através da névoa de álcool.

Por que ela escolheu o Denny? Por que eu não era bom o bastante?

Eu nunca sou bom o bastante...

"Me deixa em paz", disse a fã que morria por um pouco de atenção

da minha parte.

A fã ou não me ouviu, ou preferiu ignorar o meu pedido direto.

Inclinando-se, para que eu tivesse total acesso ao seu decote, ela

perguntou "Posso te pagar outra cerveja?"

Evitando olhar para o peito que ela estava exibindo para mim,

procurei seus olhos. O que ela viu quando ela me olhou? Um cara

legal? Atraente, profundos olhos azuis? Uma pequena fatia da fama?

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Um bad boy que ela poderia se gabar para seus amigos na parte da

manhã? Será que ela realmente não viu que eu tinha acabado de ter

meu coração arrancado do meu peito e rasgado em um milhão de

pedacinhos? Será que ela não percebeu que eu estava... quebrado.

Eu me inclinei para frente, só um pouco. O pequeno incentivo era

tudo que ela precisava. Ela riu e espremeu seus seios para fazer um

show ainda mais impressionante. Pena que todos os seus esforços

foram desperdiçados, eu não estava gostando. Eu abri minha boca

para falar e seu olhar seguiu o movimento dos meus lábios. Eu

poderia dizer alguma coisa a ela agora, e ela concordaria com tudo o

que eu tivesse dito. Bem, talvez não. Ela pode não concordar com

isso.

"Eu disse: me deixa em paz, porra."

Seu rosto passou de convidativo para raivoso em três segundos.

Girando nos calcanhares, ela se afastou da minha boca suja para a

mesa em que seus amigos esperavam. Quando ela se afastou, Evan

ao meu lado perguntou: "Tem certeza de que está tudo bem?"

Puxando muito rápido, arranquei o rótulo da minha garrafa de

cerveja pela metade. Droga. "Eu estou bem."

Enquanto tomava o resto da minha cerveja, Evan fez uma pausa

como se estivesse pensando no que ele queria me dizer. Eu fiquei

tenso, perguntando se ele ia tentar conversar comigo. Eu não quero

falar. Não havia nada a dizer. A mulher que eu amava me

enganou... me disse que era minha, então dormiu com meu melhor

amigo. Ela me disse que estaríamos juntos... aí ela o escolheu.

Então, o nosso caso explodiu na nossa cara, e eu perdi o Denny

também. Perdi os dois de um jeito estúpido só. Claro, perder o

Denny foi completamente minha culpa. Mas eu não quero falar sobre

isso. Eu não quero falar sobre nada disso. Eu queria mais cerveja.

Emily estava ajudando outra pessoa e Rita surpreendentemente não

estava olhando pra mim, então eu me levantei para caminhar até o

bar. Vou pular em cima do bar e pegar a minha própria cerveja se

for preciso.

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Minha cabeça girou com a mudança de posição que fez álcool correr

para a minha cabeça. Coloquei minha mão na borda da minha mesa

para me equilibrar. A vertigem passaria em um minuto e então eu

poderia obter mais álcool. Talvez, se eu fizesse isso, eu apagaria

essa noite e eu não iria sonhar com a Kiera. Ultimamente, eu tenho

sonhado vê-la no aeroporto, dizendo-lhe adeus. Se alguma coisa

pudesse parar os sonhos de acontecerem, eu o receberia de braços

abertos. Porque, nos meus sonhos, eu não lhe diria adeus. Diria que

eu a amo, e que queria estar com ela. Mostraria a tatuagem de seu

nome marcado no meu coração, e pediria a ela para me amar. E no

meu sonho, ela faz isso. E dói pra caralho quando eu acordo, porque

eu sei que não é real. Ela não me escolheu.

Meus pensamentos escuros tornavam difícil ficar de pé, e as minhas

duas mãos caíram na mesa. Griffin parou sua conversa com Matt

para me encarar. "Cara, você vai vomitar?"

Os olhos de Matt eram tão solidários quanto os de Evan. "Você está

bem, Kell?"

Fungando, me empurrei para longe da mesa. Tropecei, mas

consegui ficar de pé. Acho que eu bebi mais do que eu imaginava.

Oh, bem, mais algumas não vão machucar, então. Quando comecei

a ir em direção ao bar, Evan se levantou e agarrou meu cotovelo.

"Me solta, Evan".

A boca de Evan comprimiu em uma linha firme. Eu sabia o que ele ia

dizer, antes mesmo que ele dissesse. "Você já teve o suficiente, vou

te levar para casa."

Zombando, puxei meu braço e apontei para a mesa. "Só bebi duas."

Minhas palavras estavam um pouco arrastadas, mas eu não me

importo.

Matt vasculhou minha pilha de rótulos, em seguida, olhou para

Evan. "Uh, mais parecido com sete, Kell".

"Que seja". Irritado, peguei meu casaco. Se eu não pudesse beber

em paz aqui, então eu beberia em paz em outro lugar. Franzindo a

testa para o Matt e o Evan, coloquei meu casaco. Ou tentei pelo

menos. Eu não conseguia acertar os buracos.

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Matt se levantou quando percebeu que eu estava saindo. "Você não

vai dirigir.”

Irritado com o meu guitarrista, irritado com o meu baterista, irritado

com a minha vida, sacudi minha cabeça de um membro da banda

para o outro. O local girou um pouco. "Eu vou fazer a merda eu

quiser! Me deixa em paz! " Finalmente bem sucedido, coloquei meu

casaco sobre meus ombros. Inexplicavelmente, o couro tinha o

cheiro da Kiera para mim.

Matt revirou os olhos e olhou para Evan. O roqueiro estraga-

prazeres suspirou, em seguida, começou a vasculhar os bolsos da

minha jaqueta. Bati nas mãos dele, mas ele estava com uma

coordenação motora melhor que a minha no momento. Depois de

pegar as minhas chaves do bolso, as jogou para baixo da mesa, fora

do meu alcance. Elas pararam na frente de Griffin, ele olhou para

elas fixamente, então voltou sua atenção para a garota na mesa ao

lado.

Eu mergulhei sobre a mesa para pegar as minhas chaves de volta,

mas Matt foi mais rápido e ficou com elas primeiro. Tudo o que eu

acabei fazendo foi caindo em cima da mesa e derrubando a cerveja

do Griffin. Isso trouxe sua atenção de volta para mim. Salvando sua

garrafa de rolar para fora da mesa, ele retrucou: "Cara! Que porra é

essa? "

Desejando que eu estivesse em qualquer lugar menos aqui, coloquei

minhas bochechas sobre a mesa fria e olhei para Evan. Ele estava

ainda mais preocupado do que antes, se isso era possível.

Conversas apareciam na minha cabeça. Algumas com Kiera,

algumas com Denny. Algumas delas eram boas, algumas muito,

muito ruins. Tudo isso trouxe uma dor forte pelo meu corpo, senti

meu peito chiar, como se alguém estivesse segurando um ferro

quente no meu coração... bem sobre a tatuagem dela.

Não querendo parecer um idiota mais essa noite, eu

cuidadosamente me levantei. Sentindo-me fraco, derrotado e

completamente só, eu murmurei: "Tudo bem... me leva para casa."

***