95
<<NOTA AO USUÁRIO: Por favor, adicione detalhes da data, hora, local e patrocínio do encontro para o qual você está usando esta apresentação no espaço indicado.>> <<NOTA AO USUÁRIO: Este é um grande conjunto de slides a partir do qual o apresentador deverá selecionar os mais relevantes para usar em uma apresentação específica. Esses slides cobrem muitas facetas do problema. Apresente apenas os slides que se aplicam mais diretamente com a situação local na região. <<NOTA AO USUÁRIO: Este conjunto de slides discute vias de exposição, efeitos adversos à saúde e estudos de caso de exposição ambiental a metais pesados, que não o chumbo e o mercúrio. Por favor, vá para os módulos sobre chumbo e mercúrio para obter mais informações sobre esses. Por favor, consulte outros módulos (por exemplo, água, neurodesenvolvimento, biomonitoramento, origens ambientais e de desenvolvimento da doença) para informações complementares>> Crianças e metais pesados TREINAMENTO PARA A ÁREA DA SAÚDE [Data ... Lugar ... Evento ... Patrocinador ... Organizador ... ] S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS Saúde Infantil e o Meio Ambiente Pacote de Treinamento da OMS para o Setor de Saúde Organização Mundial da Saúde www.who.int/ceh Traduzido pela Pontiffcia Universidade Católica do Rio Grande do Sul com permissão da Organização Mundial da Saúde Publicado pela Organização Mundial da Saúde sob o titulo Childron 's health and lhe environment. Pacote de treinamento da OMS para o setor de saúde Efeitos Adversos de Matais Pesados Para a Saúde das Cn'anças © Wo~d Health Organizatlon A Organização Mundial da Saúde cedeu os direitos de tradução e publicação para uma edição em português para a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). que é a única responsáve l pela qualidade e fidelidade da lradução em português . No caso de qua lquer inconsistência enlfe as edições em inglês e português , a edição orig.inal em inglês será a autênticae mandatória. Outubro 2011

S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

<<NOTA AO USUÁRIO: Por favor, adicione detalhes da data, hora, local e patrocínio do encontro para o qual você está usando esta apresentação no espaço indicado.>>

<<NOTA AO USUÁRIO: Este é um grande conjunto de slides a partir do qual o apresentador deverá selecionar os mais relevantes para usar em uma apresentação específica. Esses slides cobrem muitas facetas do problema. Apresente apenas os slides que se aplicam mais diretamente com a situação local na região.<<NOTA AO USUÁRIO: Este conjunto de slides discute vias de exposição, efeitos adversos à saúde e estudos de caso de exposição ambiental a metais pesados, que não o chumbo e o mercúrio. Por favor, vá para os módulos sobre chumbo e mercúrio para obter mais informações sobre esses. Por favor, consulte outros módulos (por exemplo, água, neurodesenvolvimento, biomonitoramento, origens ambientais e de desenvolvimento da doença) para informações complementares>>

Crianças e metais pesados

TREINAMENTO PARA A ÁREA DA SAÚDE [Data ... Lugar ... Evento ... Patrocinador ... Organizador ... ]

S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS

Saúde Infantil e o Meio Ambiente

Pacote de Treinamento da OMS para o Setor de Saúde Organização Mundial da Saúde

www.who.int/ceh Traduzido pela Pontiffcia Universidade Católica do Rio Grande do Sul com permissão da Organização Mundia l da Saúde Publicado pela Organização Mundial da Saúde sob o titulo Childron 's health and lhe environment. Pacote de treinamento da OMS para o setor de saúde Efeitos Adversos de Matais Pesados Para a Saúde das Cn'anças © Wo~d Health Organizatlon A Organização Mundial da Saúde cedeu os direitos de tradução e publicação para uma edição em português para a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). que é a única responsáve l pela qualidade e fidelidade da lradução em português . No caso de qua lquer inconsistência enlfe as edições em inglês e português, a edição orig.inal em inglês será a autêntica e mandatória.

Outubro 2011

Page 2: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

O objetivo deste módulo é fornecer uma visão geral do impacto na saúde pública, os efeitos adversos à saúde, a epidemiologia, os mecanismos de ação e a prevenção de toxicidade de metais pesados (exceto chumbo e mercúrio) nas crianças.

Crianças e metais pesados

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

❖ Definir o espectro dos metais pesados (exceto chumbo e mercúrio) com efeitos adversos sobre a saúde humana

❖ Descrever a epidemiologia dos efeitos adversos dos metais pesados (Arsênio , Cádmio , Cobre e Tálio) nas crianças

❖ Descrever fontes e vias de exposição das crianças para esses metais pesados

❖ Entender o mecanismo e ilustrar os efeitos clínicos da toxicidade dos metais pesados

❖ Discutir a estratégia de prevenção dos efeitos adversos dos metais pesados

Page 3: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

3

Os produtos químicos são parte de nossa vida diária. Toda a matéria viva e inanimada é composta de produtos químicos e praticamente todos os produtos industrializados envolvem o uso de produtos químicos. Muitos produtos químicos podem, quando utilizados corretamente, contribuir significativamente para a melhoria da nossa qualidade de vida, saúde e bem-estar. Mas outros produtos químicos são altamente perigosos e podem afetar negativamente a nossa saúde e meio ambiente, quando utilizados inadequadamente. A OMS compilou uma lista dos 10 principais produtos químicos que trazem preocupação, o que inclui muitos metais pesados:

• Poluição atmosférica• Arsênio• Asbestos• Benzeno• Cádmio• Dioxina e substâncias dioxina-like• Fluoreto inadequado ou excessivo• Chumbo• Mercúrio• Pesticidas altamente perigosos

Crianças e metais pesados

POR QUE METAIS PESADOS?

OMS: 1 O substâncias químicas de grande preocupação para a saúde pública, incluindo metais pesados

❖ Poluição atmosférica ❖ Arsênio ❖ Amianto ❖ Benzeno ❖ Cádmio ❖ Dioxina e substâncias dioxina-like ❖ Flúor inadequado ou excessivo ❖ Chumbo ❖ Mercúrio ❖ Pesticidas altamente perigosos

Page 4: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Notas de:OMS 10 produtos químicos de grande preocupação para a saúde pública. Disponível em www.who.int/ipcs/features/10chemicals_en.pdf - acessado em 22 de setembro de 2011.

Page 5: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

A "tabela periódica" ou tabela de Mendeleev, organiza os elementos químicos de acordo com seu número atômico, configuração eletrônica e valência. Esta tabela ilustra os grupos de elementos.Os principais metais pesados estão listados abaixo, com seus números atômicos, símbolos e nomes:4 - Berílio (Be)13 - Alumínio (Al)24 - Cromo (Cr)25 - Manganês (Mn)26 - Ferro (Fe)27 - Cobalto (Co)28 - Níquel (Ni)29 - Cobre (Cu)30 - Zinco (Zn)33 - Arsênio (As)34 - Selênio (Se)42 - Molibdênio (Mo)47 - Prata (Ag)48 - Cádmio (Ca)50 - Estanho (Sn)51 - Antimônio (Sb)56 - Bário (Ba)80 - Mercúrio (Hg)81 - Tálio (Ti)82 - Chumbo (Plumbum, Pb)

Motivações para controlar as concentrações de metais pesados nos fluxos de gás são diversas. Alguns deles são perigosos para a saúde ou para o meio ambiente (por exemplo, Hg, Cd, As, Pb, Cr), alguns podem causar corrosão (por exemplo, Zn, Pb), alguns são prejudiciais de outras formas (por exemplo, o arsênio pode poluir catalisadores). Na Comunidade Europeia, os 13 elementosde maior preocupação são As, Cd, Co, Cr, Cu, Hg, Mn, Ni, Pb, Sn e Ti, cujas emissões são reguladas por incineradores de resíduos. Alguns destes elementos são realmente necessários para os seres humanos em quantidades diminutas (Co, Cu, Cr, Ni), enquanto outros são carcinogênicos ou tóxicos, afetando, entre outros, o sistema nervoso central (Hg, Pb, As), os rins ou fígado (Hg, Pb, Cd, Cu) ou pele, ossos ou dentes (Ni, Cd, Cu, Cr).[3]

Crianças e metais pesados TABELA PERIÓDICA- POR GRUPO DE ELEMENTOS

Metais leves

Grou ~ 1 Period

1

2

3

21 22

4 Se T i

39 40

5 y Zr * 71 72

6 Lu Hf

L_ ** 103 104

Lr Rf

1 *Lanthanoids I* 7 ** **Act inoids

Metais Pesados

23 24 25 26 27 28

V Cr Mn Fe Co Ni 41 42 43 44 45 46

Nb Mo Te Ru Rh Pd

73 74 75 76 77 78

Ta w Re Os Ir Pt

105 106 107 108 109 110

Db s Bh Hs Mt Ds

Não metais Gases Inertes

www.webe/ements .com

Page 6: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Poluição por metal pesado pode surgir a partir de muitas fontes, mas geralmente surge a partir da purificação de metais, por exemplo, a

extração/fundição de cobre e a preparação de combustíveis nucleares. Galvanoplastia é a principal fonte de crômio e cádmio. Através da precipitação dos seus compostos ou de troca iônica no solo e na lama, poluentes de metais pesados podem ser localizados e permanecer latentes. Ao contrário de poluentes orgânicos, metais pesados não se decompõem e, portanto, representam um tipo diferente de desafio para solucionar. Atualmente, plantas ou microrganismos são provisoriamente utilizados para remover alguns metais pesados como o mercúrio. As plantas que apresentam hiperacúmulo podem ser usadas para remover metais pesados de solos concentrando-os em sua biomatéria. Alguns tratamentos de rejeitos de mineração ocorreram onde a vegetação é então incinerada para recuperar os metais pesados.No uso médico, os metais pesados são vagamente definidos e incluem todos os metais tóxicos, independentemente do seu peso atômico: “intoxicação por metais pesados" pode, eventualmente, incluir quantidades excessivas de ferro, manganês, alumínio, mercúrio, ou berílio (o quarto elemento mais leve) ou de semimetais como o arsênio. Esta definição exclui bismuto, o mais pesado dos elementos aproximadamente estáveis, devido à sua baixa toxicidade.Refs: •Malkoç S et al. Street dust pollution of some metals along Eskisehir urban roads, Turkey. Available at bildiri.anadolu.edu.tr/papers/bildirimakale/3492_b353n54.pdf – accessed 22 September 2011•Zevenhoven, Kilpinen. Trace elements. Alkali metals. 2001. 8-27

Imagem de www.webelements.com – usada com permissão dos direitos autorais

Page 7: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Na medicina, os metais pesados muitas vezes não são bem definidos e incluem todos os metais tóxicos (incluindo os mais leves): "envenenamento por metais pesados" pode, possivelmente, incluir quantidades excessivas de ferro, manganês, alumínio, mercúrio, ou berílio (o quarto elemento mais leve) ou um semimetal como o arsênio. Esta definição exclui bismuto, o mais pesado dos elementos aproximadamente estáveis, devido à sua baixa toxicidade.

Existem várias definições utilizadas para os metais pesados. Muitas são baseados na gravidade específica. Este slide mostra várias dessas definições.

Refs:•Bennet H (ed). Concise Chemical and Technical Dictionary, 4th enlarged ed. Edward Arnold, London. 1986.•Bjerrum N. Bjerrum's Inorganic Chemistry, 3rd Danish ed. Heinemann, London. 1936.•Brewer M, Scott T (eds). Concise Encyclopedia of Biochemistry. Walter de Gruyter, Berlin, New York. 1983.•Davies BE. Consequences of environmental contamination by lead mining in Wales. Hydrobiologia. 1987, 49: 213.•Falbe J, Regitz M (eds). Roempp Chemie-Lexikon. George Thieme, Weinheim. 1996.•Flexner SB (ed). The Random House Dictionary of the English Language, 2nd ed. Random House, New York.1987.•Grant R, Grant C (eds). Grant and Hackh's Chemical Dictionary. McGraw-Hill, New York. 1987.•Holister G, Porteous A (Eds.). The Environment: A Dictionary of the World Around Us. Arrow, London, 1976.•Lewis RJ Sr. (ed). Hawley's Condensed Chemical Dictionary, 12th ed. Van Nostrand Reinhold, New York. 1993.•Merriam. 3rd New International Dictionary. Merriam, Chicago. 1976.•Streit B. Lexikon der Okotoxikologie. VCH, Weinheim. 1994.•Thornton I. Metals in the Global Environment: Facts and Misconceptions. International Council on Metals and the Environment, Ottawa. 1995.

Crianças e metais pesados

DEFINIÇÕES DE METAIS PESADOS: UMA LISTA PARCIAL

Definições em termos de densidade (GE=gravidade específica )

❖ Metais caem naturalmente em dois grupos : metais leves (densidade <4) e metais pesados (densidade> 7) (Bjerrum , 1936)

❖ metal de GE.4(Van Nostrand, 1964)

❖ metal de GE elevada , especíalmente um metal tendo uma GE de 5,0 ou mais (Merriam , 1976)

❖ metal com uma densidade >5 (Brewer , 1983)

❖ metal com uma densidade >6 g/cm 3 (Davies , 1987)

❖ metal com GE > 4 (Grant , 1987)

❖ metal com uma densidade de 5.0 ou mais (Flexner , 1987)

❖ metal com uma densidade >4.5 g/cm 3 (Streit , 1994)

❖ metal com uma densidade >3.5-5 g/cm 3 (Falbe , 1996)

❖ Elemento com densidade >6 g/cm 3 (Thornton , 1995)

Dufus J 2002

Page 8: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

•US Environmental Protection Agency (EPA). EPA's Terms of Environment. U.S. Environmental Protection Agency. 2000.•Van Nostrand R. Van Nostrand International Encyclopedia of Chemical Science. Van Nostrand, New Jersey. 1964.

Tables based on Duffus J. Heavy metals: a meaningless term. Pure Appl. Chem. 2002. 74,5:793–807.

Page 9: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Outras formas de definir os metais pesados são baseadas no peso atômico. Este slide mostra exemplos dessas definições

Refs:•Bennet H (ed). Concise Chemical and Technical Dictionary, 4th enlarged ed. Edward Arnold, London. 1986.•Bjerrum N. Bjerrum's Inorganic Chemistry, 3rd Danish ed. Heinemann, London. 1936.•Brewer M, Scott T (eds). Concise Encyclopedia of Biochemistry. Walter de Gruyter, Berlin, New York. 1983.•Davies BE. Consequences of environmental contamination by lead mining in Wales. Hydrobiologia. 1987, 49: 213.•Falbe J, Regitz M (eds). Roempp Chemie-Lexikon. George Thieme, Weinheim. 1996.•Flexner SB (ed). The Random House Dictionary of the English Language, 2nd ed. Random House, New York.1987.•Grant R, Grant C (eds). Grant and Hackh's Chemical Dictionary. McGraw-Hill, New York. 1987.•Holister G, Porteous A (Eds.). The Environment: A Dictionary of the World Around Us. Arrow, London, 1976.•Lewis RJ Sr. (ed). Hawley's Condensed Chemical Dictionary, 12th ed. Van Nostrand Reinhold, New York. 1993.•Merriam. 3rd New International Dictionary. Merriam, Chicago. 1976.•Streit B. Lexikon der Okotoxikologie. VCH, Weinheim. 1994.•Thornton I. Metals in the Global Environment: Facts and Misconceptions. International Council on Metals and the Environment, Ottawa. 1995.•US Environmental Protection Agency (EPA). EPA's Terms of Environment. U.S. Environmental Protection Agency. 2000.•Van Nostrand R. Van Nostrand International Encyclopedia of Chemical Science. Van Nostrand, New Jersey. 1964.

Tables based on Duffus J. Heavy metals: a meaningless term. Pure Appl. Chem. 2002. 74,5:793–807.

Crianças e metais pesados

DEFINIÇÕES DE METAIS PESADOS: UMA LISTA PARCIAL

Definições em termos de peso atômico (massa)

❖ metal com alto peso atômico (Holister, 1976)

❖ metal de peso atômico > sódio (Bennet, 1986)

❖ de metal de peso atômico maior do que de sódio (Brewer , 1983), que forma sabões em reação com ácidos graxos (Lewis, 1993)

❖ elemento metálico com alto peso atômico (por exemplo, mercúrio , cromo, cádmio, arsênio e chumbo); pode danificar seres vivos em baixas concentrações e tendem a se acumular na cadeia alimentar (EPA , 2000)

❖ elemento metálico com um peso atômico > 40

Dufus J, 2002

Page 10: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Alguns metais pesados têm papéis essenciais para a saúde humana. Estão listados neste slide vários exemplos de atribuições dos metais pesados à saúde, incluindo:

•Cobre –é parte integrante de numerosas enzimas, incluindo ferro-oxidase (ceruloplasmina), citocromo - c -oxidase, superóxido dismutase e outros. Desempenha um papel no metabolismo do ferro, na síntese de melanina e na função do sistema nervoso central. O corpo adulto contém 50-120 mg de cobre. Concentrações elevadas são encontradas no fígado, cérebro, coração, baço e rins.•Selênio – é um componente da enzima glutationa peroxidase, que protege a proteína, as membranas celulares, os lipídios e os ácidos nucleicos das moléculas oxidantes•Cromo – potencializa a ação da insulina em pacientes com intolerância à glicose. A ingesta sugerida (em adultos) é de 50-200 microgramas / dia.

Alguns destes elementos são necessários para os seres humanos em quantidades diminutas (Co, Cu, Cr, Ni), enquanto outros são carcinogênicos ou tóxicos, afetando, entre outros, o sistema nervoso central (Hg, Pb, As), os rins ou o fígado (Hg, Pb, Cd, Cu) ou a pele, ossos ou dentes (Ni, Cd, Cu, Cr).

Poluição por metal pesado pode surgir a partir de muitas fontes, mas geralmente surge a partir da purificação de metais, por exemplo, a fundição de cobre e a preparação de combustíveis nucleares. Galvanoplastia é a principal fonte de crômio e cádmio. Através da precipitação dos seus compostos ou de troca iônica no solo e na lama, poluentes de metais pesados podem se localizar e permanecer latentes. Ao contrário de poluentes orgânicos, metais pesados não se biodegradam e, portanto, representam um tipo diferente de desafio para solucionar. Atualmente, plantas ou microrganismos são provisoriamente utilizados para remover alguns metais pesados como o mercúrio. As plantas que apresentam hiperacúmulo podem ser usadas para remover metais pesados de solos concentrando-os em sua matéria orgânica. Alguns tratamentos de rejeitos de mineração ocorrem onde a vegetação é então incinerada para recuperar os metais pesados.

Ref:•Duffus J. Heavy metals: a meaningless term. Pure Appl. Chem. 2002. 74,5:793–807. •Harrison’s principles of Internal Medicine, 15th edition. McGraw-Hill, 2001.

Crianças e metais pesados

PAPÉIS FISIOLÓGICOS DOS METAIS PESADOS EM HUMANOS

•!• Ferro - hemoglobina , mioglobina

•!• Cobalto - coenzima

•!• Cobre - cofator em enzimas

•!• Zinco - em enzimas

•!• Selênio - em enzimas

•!• Cromo - Cr3+ em enzimas

Page 11: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

•Hogan CM. Heavy metal. Encyclopedia of Earth. National Council for Science and the Environment. Eds Monosson E, Cleveland C. Washington DC. 2010.

Page 12: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

•Injeções de ouro têm sido utilizadas para tratar artrite reumatoide desde os anos 1930. As injeções são dadas de forma semanal inicialmente, embora a frequência possa ser diminuída conforme o ouro se torna eficaz. Injeções de ouro podem ser realizadas por toda a vida, se forem eficientes. Efeitos colaterais podem ocorrer, afetando o sangue e os rins, e exames de sangue e urina regulares são usados para verificar se há alguma anormalidade. Irritação da pele pode ocorrer eventualmente. Comprimidos de ouro foram introduzidos em um momento do passado, mas raramente são usados porque eles não são tão eficazes quanto as injeções.•Trióxido de arsênio foi aprovado pelo US Food and Drug Administration como um medicamento sem interesse comercial para o tratamento secundário de leucemia promielocítica aguda

Refs: •Arthritis Research Campaign. UK. Available at www.arc.org – accessed June 2010•Kosnett MJ et al. Critical Care Toxicology. Diagnosis and Management of the Critically Poisoned Patient. Elsevier Mosby. 2005.

Crianças e metais pesados

USOS HISTÓRICOS E ATUAIS DOS METAIS PESADOS COMO MEDICAMENTOS

Uso histórico - obsoleto Uso atual

❖ Alumínio - antiácido ❖ Arsênio - tratamento

para: protozoários, ♦:♦ Ouro - artrite reumatoide

helmintos, ameba, sífilis, ♦:♦ Ferro - anemia

espi roq uetas

❖ Zinco - suplemento alimentar

❖ Cobre - emético ❖ Selênio - suplemento alimentar

❖ Arsênio - leucemia e

medicamentos homeopáticos

Page 13: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Este slide lista os metais pesados e questões relacionadas discutidos neste módulo.

<<NOTA AO USUÁRIO: Por favor, altere este slide se você estiver apresentando apenas os componentes selecionados desta biblioteca de slides.>>

Children and heavy metais

ALGUNS METAIS PESADOS E ASPECTOS RELACIONADOS

1. Arsênio

2. Cádmio

3. Cobre

4. Tálio

5. Controvérsias sobre questões relacionadas

com a exposição a metais pesados

Page 14: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Arsênio elementar é um metalóide sólido cinza-prata de ocorrência natural. A forma do elemento (valência zero), que raramente existe na natureza e tem baixa solubilidade, raramente é uma causa de toxicidade humana. As outras formas de arsênio e sua toxicidade são discutidos nos slides seguintes.

Ref:•Kosnett MJ et al. Critical Care Toxicology. Diagnosis and Management of the Critically Poisoned Patient. Elsevier Mosby. 2005.

Crianças e metais pesados

METAIS PESADOS SELECIONADOS

ARSÊNIO

10

Page 15: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Principais fontes de arsênio incluem:

<<LER SLIDE>>

Refs:•Bissen M, Frimmel FH. Arsenic – a review. Part 1: Occurrence, Toxicity, Speciation, Mobility. Acta Hydrochim Hydrobiol. 2003, 31: 9-18.•European Commission Directorates-General Environment. Ambient air pollution by As, Cd and Ni compounds. Position paper, Final version, October 2000. Brussels: European Commission Directorates-General Environment. 2000.•Jarup L. Hazards of heavy metal contamination. British Medical Bulletin. 2003. 68:167-182.

Crianças e metais pesados

FONTES DE ARSÊNIO

• Geológica: pedras, solo, água (água de poço)

• Industrial:

- Subproduto da fundição de cobre, chumbo, zinco

- 62.000 toneladas emitidas anualmente a partir de fundição (Bissen,

2003)

- Queima de combustível fóssil

- Fabricação de pesticidas

- Conservantes da madeira

Total de emissões para o ar, em 1990, na Comunidade Europeia:

575 toneladas (Jarup L, 2003) 11

Page 16: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Em 2009, o Center for Food Safety (CFS) e o Institute for Agriculture and Trade Policy (IATP) entraram com uma petição contra a Food and DrugAdministration (FDA) para exigir a retirada imediata das aprovações para todas as aplicações de medicamentos para animais de compostos contendo arsênio utilizado na alimentação animal. Estes aditivos são normalmente utilizados na produção de aves para induzir ganho de peso mais rápido e criar a aparência de uma cor saudável à carne de galinhas, perus e porcos. A petição foi apoiada por uma coalizão de grupos de alimentos e fazendas em todo o país.Compostos contendo arsênico são aditivos para a alimentação animal aprovados desde a década de 1940 e são atualmente utilizados na produção de frango, peru e suínos. A maioria dos aditivos alimentares para animais contendo arsênico não são usados para tratar doenças. Em vez disso, produtos com arsênio são geralmente aprovados para "aumento do ganho de peso, melhor eficiência alimentar e melhor pigmentação. A União Europeia nunca aprovou o uso de arsênicos na alimentação animal, reconhecendo a falta de suporte científico aos padrões de saúde e segurança para tal uso.Em 2009, o representante dos EUA Steve Israel, de Nova York, anunciou legislação pedindo a proibição do uso do composto arsênico roxarsone na alimentação de aves. Seu projeto de lei, o "Poison-Free Poultry Act de 2009", proibiria todos os usos de roxarsone como aditivo alimentar em aves. Os grupos exaltaram o projeto de lei, mas mantiveram que não seria suficiente. Sua petição não só pede a proibição de roxarsone, mas também de ácido arsanílico, Nitarsone e Carbarsone, compostos comumente utilizados que contêm arsênicos.Madeira tratada com arsênico é o resultado de um processo químico no qual a madeira é tratada com um pesticida/conservante chamado de arseniato de cobre cromatado (CCA) para evitar apodrecimento em madeira projetado para uso ao ar livre. Arseniato de cobre cromatado contém arsênio, cromo e cobre e foi amplamente usado para fins residenciais nos EUA desde a década de 1970 até a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos bani-lo em 2003.

Ref: •Institute for Agriculture and Trade Policy (IATP). Available at www.iatp.org/documents/fda-petition-on-arsenic - accessed 22 September 2011.

Madeira tratada com arseniato de cobre cromatado pode ser perigosa para a saúde humana, pois o arsênio é classificado como um agente cancerígeno conhecido. A exposição ao arsênio pode causar câncer de pulmão, bexiga, pele, rim, próstata e passagem nasal. Dados divulgados em novembro de 2003 pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos mostram que 90 por cento das crianças repetidamente expostas à madeira tratada com arsênio enfrentam um risco de câncer maior do que um em um milhão. Um em um milhão é o limiar histórico da Agência de Proteção Ambiental os EUA de preocupação sobre os efeitos cancerígenos de produtos químicos tóxicos.A exposição ao arsênio também pode levar a danos nervosos, tontura e dormência. O arsênio tem sido associado a doenças autoimunes, doenças cardiovasculares, diabetes e alterações na função hormonal. Câncer de pulmão e bexiga são os dois efeitos sobre a saúde mais frequentes relacionados à exposição à madeira tratada com arseniato de cobre cromatado.Madeira tratada com arseniato de cobre cromatado pode ser encontrada virtualmente em qualquer lugar ao ar livre onde madeira esteja sendo utilizada. Devido ao maior risco em crianças, os usos que atualmente recebem mais atenção são conjuntos de jogo, decks e mesas de piquenique. Arsênio pode passar para a superfície da madeira tratada, tornando-se acessível para a absorção através das mãos expostas e pele tocando a superfície da madeira e, principalmente no caso das crianças, da ingestão através do comportamento mão-boca normal. O arsênio também pode infiltrar no solo em torno do local da madeira tratada, proporcionando ainda uma outra via de exposição para as crianças que brincam na área.Em março de 2003, a Agência de Proteção Ambiental dos EUA finalizou um acordo voluntário com os fabricantes de conservantes para proibir a produção de madeira tratada com arseniato de cobre cromatado para a maioria dos usos residenciais a partir de 31 de dezembro de 2003. No entanto, a proibição não bane a venda de madeira tratada com arseniato de cobre cromatado produzida antes de 31 de dezembro de 2003, nem procura localizar estruturas existentes. No que diz respeito às vendas no varejo, uma etiqueta de aviso deve ser exibida em locais onde a madeira tratada com arseniato de cobre cromatado é vendida. A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos também removeu arseniato de cobre cromatado de sua lista de pesticidas químicos aprovados.A Consumer Product Safety Commission (CPSC) também está envolvida na regulação da madeira tratada com arsênio. A Consumer Product SafetyCommission declarou oficialmente que há um aumento do risco de desenvolver câncer de pulmão ou bexiga pela exposição ao arsênio para o indivíduo que brinca em parques de madeira tratada com arseniato de cobre cromatado durante a primeira infância. No entanto, em Novembro de 2003, a

Crianças e metais pesados

ARSÊNIO - USOS ATUAIS

• Uso está caindo por causa da toxicidade

• Preservação de madeira (eliminados nos EUA em 2003)

• Chips de computador baseados em silicone

• Fabricação de vidro

• Aditivos alimentares (aves e suínos)

• Drogas (para leucemia)

• Medicamentos homeopáticos podem conter arsênio OMS

• Pesticidas

12

Page 17: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Consumer Product Safety Commission recusou-se a proibir o uso de madeira tratada com arseniato de cobre cromatado em equipamentos de playground, citando o acordo voluntário da Agência de Proteção Ambiental dos EUA com a indústria - firmado para eliminar progressivamente a produção de madeira tratada com arseniato de cobre cromatada.Trióxido de arsênio foi aprovado pelo US Food and Drug Administration como um medicamento sem interesse comercial para o tratamento secundário de leucemia promielocítica aguda.

Refs:•Ellenhorn MJ, Barceloux DG. Arsenic in medical toxicology: diagnosis and treatment of human poisoning. New York: Elsevier. 1988: 1012-6.•Kosnett MJ et al. Critical Care Toxicology. Diagnosis and Management of the Critically Poisoned Patient. Elsevier Mosby. 2005. •National Center for Healthy Housing. Available at www.nchh.org/Home.aspx - accessed 22 September 2011

Foto: OMS

Page 18: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Este slide apresenta a fonte de exposição ao arsênio em três países.

<<LER SLIDE>>

Refs:•WHO. Arsenic and Arsenic Compounds. Environmental Health Criteria. International Programme on Chemical Safety, WHO Geneva. 2001.•WHO. Guidelines for drinking-water quality, fourth edition. WHO. 2011.

Crianças e metais pesados

ARSÊNIO - EXPOSIÇÃO HUMANA

• Média de 20 ug / dia a partir de alimentos e água

• Concentração no ar é < 0.1 ug/m3

Austrália Adulto 73 ug

• Água potável, geralmente < 5 ug/L masculino

2 anos de 17 ug idade

• Comida, geralmente < 1 O ug/dia Canadá Adulto 59 ug masculino

1-4 anos de 15 ug Valor de arsênio na água recomendado pela idade

OMS= 0,01 mg / L ou 10 ppb EUA Adultos 53 ug

0.5-2 anos 28 ug Consumo médio diário estimado deidade

13

Page 19: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Este slide apresenta dados sobre a exposição pré-natal ao arsênio em relação ao tabagismo dos pais.

Ref:•Chiba M, Masironi R. Toxic and trace elements in tobacco and tobacco smoke. Bull World Health Organ. 1992, 70(2):269-75.While the harmful health effects of carbon monoxide, nicotine, tar, irritants and other noxious gases that are present in tobacco smoke are well known, those due to heavy metals and other toxic mineral elements in tobacco smoke are not sufficiently emphasized. Tobacco smoking influences the concentrations of several elements in some organs. This review summarizes the known effects of some trace elements and other biochemically important elements (Al, As, Cd, Cr, Cu, Pb, Mn, Hg, Ni, Po-210, Se, and Zn) which are linked with smoking. Cigarette smoking may be a substantial source of intake of these hazardous elements not only to the smoker but also, through passive smoking, to nonsmokers. The adverse health effects of these toxic elements on the fetus through maternal smoking, and on infants through parental smoking, are of special concern.

Crianças e metais pesados

PAIS T ABAGISTAS: FONTE ADICIONAL DE EXPOSIÇÃO AO ARSÊNIO EM CRIANÇAS

Concentração de arsênico na urina em crianças de acordo com a carga de tabagismo dos pais Bulletin WHO, 1992

Tabagismo dos pais I Média de Arsênio na urina de

crianças (Ug/gr/cr)

Não fumantes

Um pai tabagista

Os dois pais tabagistas

4.2

5.5

13

14

Page 20: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

A toxicidade do arsênio depende de sua composição química e valência, sendo o gás arsina a forma mais tóxica.

Por favor, observe que as informações sobre este slide vem principalmente de dados de exposição de adultos.

Ref:•Ellenhorn MJ, Barceloux DG. Arsenic in medical toxicology: diagnosis and treatment of human poisoning. New York: Elsevier. 1988: 1012-6.

Crianças e metais pesados

COMPOSIÇÃO QUÍMICA E TOXICIDADE:

GÁS ARSINA (AsH 3) É O MAIS TÓXICO

Arsênio Inorgânico

❖ Trivalente (As 3• )

■ Trióxido de Arsênio

■ Solúvel

■ Mais tóxico

❖ Pentavalente (As 5• )

■ Pentóxido de Arsênio

■ por exemplo arsen iato de chumbo

■ Baixa solubilidade

■ Menos tóxico

Arsênio Orgânico

❖ Menos solúvel

❖ Menos tóxico

❖ Produzido por biometilação

❖ Detoxificado em humanos

- Alta fonte: camarão

15

Page 21: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

A hemólise pela inalação de arsina pode resultar na deposição intra-renal da hemoglobina e de detritos de eritrócitos lisados que conduzem à lesão tubular renal e insuficiência renal, bem como à hipóxia.

Refs:•Ellenhorn MJ. Barceloux DG. Arsenic in medical toxicology: diagnosis and treatment of human poisoning. New York: Elsevier. 1988: 1012-6.•Kosnett MJ. Arsenic. In: Brent J et al. Critical Care Toxicology. Diagnosis and Management of the Critically Poisoned Patient. Elsevier Mosby, 2005.

Crianças e metais pesados

GÁSARSINA

❖ O mais tóxico , um potente agente hemolítico

❖ Incolor

❖ Não irritante

❖ Evolui a partir de compostos de arsênio por adição de

ácido

❖ Morte imediata ocorre a 150 ppm, ou em 30 minutos de

25-50 ppm

18

Page 22: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Este slide e os próximos 3 descrevem a toxicocinética do arsênio no corpo, em quatro etapas, usando a sigla ADME:A - AbsorçãoD - DistribuiçãoM - MetabolismoE - Excreção

<<LER SLIDE>>

Ref:•American Academy of Pediatrics Committee on Environmental Health. Arsenic. In: EtzelRA, Balk SJ eds. Pediatric Environmental Health. 2nd Edition. Elk Grove Village, IL: American Acadermy of Pediatrics. 2003: 87-98.

Crianças e metais pesados

ARSÊNIO - ABSORÇÃO

► Arsênio inorgânico (As3+) 80-90% absorvido no

intestino

► Arsênio orgânico (frutos do mar) fracamente absorvido

no intestino - considerado não tóxico em crianças

► Gás arsina - por inalação

► Pele -As 3+ alta absorção (lipossolúvel)

17

Page 23: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Distribuição de arsênico nos tecidos humanos, uma vez absorvido, é desigual, com maior afinidade e concentrações mais elevadas em alguns tecidos.Nota: linhas de Mees são faixas brancas que atravessam a unha.

Crianças e metais pesados

ARSÊNIO - DISTRIBUIÇÃO

► Ligado às células vermelhas do sangue e globulina

► Redistribuição (24 horas): fígado, pulmões, baço

► Liga-se a proteínas contendo sulfidrila

► Distribuição a longo prazo e alta concentração nos

tecidos ósseos e queratinizados

► Cabelos e unhas (linhas de Mees)

OMS 18

Page 24: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Arsênio passa por uma transformação no corpo de pentavalente (As5+), forma menos tóxica, que é bem absorvida, à trivalente (As3+), a forma mais tóxica.

Ref:•Ellenhorn MJ, Barceloux DG. Arsenic in medical toxicology: diagnosis and treatment of human poisoning. New York: Elsevier. 1988: 1012-6.

Figura gentilmente cedida por Steven G. Gilbert, PhD, DABT. Crédito: The Institute ofNeurological Disorders Neurotoxicology e / Toxipedia. Usado com permissão. Disponível em www.toxipedia.org - mais recursos educacionais disponíveis no www.toxipedia.org/display/toxipedia/Teaching+Resources

Crianças e metais pesados

ARSÊNIO - METABOLISMO

As5+ (Arseniato)

l As3+ (Arsenito)

l Metil Arsenito (no fígado)

l Dimetil arsenito

(facilmente eliminado - urina)

Instituto de Neurotoxicolog ia e Doenças Neurológ icas 19

Page 25: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

O arsênio é excretado principalmente pelos rins. Túbulos renais podem converter As5+

(arseniato) para o As3+ mais tóxico (arsenito).Exposição pré-natal ao arsênio, através da transferência da placenta, pode causar danos importantes ao feto

Ref:•Ellenhorn MJ, Barceloux DG. Arsenic in medical toxicology: diagnosis and treatment of human poisoning. New York: Elsevier. 1988: 1012-6.

Crianças e metais pesados

ARSÊNIO - EXCREÇÃO

•!• 3-5 dias (principalmente pelos rins)

•!• Leite materno - níveis muito baixos de arsênio

•!• Atravessa a placenta , pode causar morte fetal

OMS 21

Page 26: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Intoxicação aguda de arsênico tem manifestações em múltiplos órgãos: sintomas gastrointestinais, musculares, cardíacos e neurológicos.

<<LER SLIDE>>

Crianças e metais pesados

ARSÊNIO - TOXICIDADE - AGUDA

❖ Gás arsina (AsH 3) - Morte imediata a 150 ppm

❖ Arsênio inorgânico (trióx ido de arsênio) 70-180 mg pode ser fatal (2 mg / kg em uma criança)

❖ Constrição da garganta , dificuldade para deglutir

❖ Gosto de alho , sede intensa

❖ Dor intesinal intensa , vôm ito , diarréia

❖ Cãibras musculares

❖ Arr itmias cardíacas (torsade de pointes , fibrilação ventricular)

❖ Coma e morte

22

Page 27: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

•Toxicidade aguda de arsênio é rara, sem casos pediátricos de intoxicação aguda por arsênio na literatura recente. Nós relatamos um caso pediátrico de ingestão aguda de arsênio tratada inicialmente com dimercaprol(BAL) e D-penicilamina (DP), e mais tarde com ácido dimercaptossuccínico (DMSA).•Uma menina de 22 meses de idade ingeriu 1 onça (28 g.) de arseniato de sódio 2,27% e desenvolveu vômito e diarreia imediatos. A paciente apresentou pressão arterial de 96/72 mmHg, pulso de 160 batimentos / min, 22 respirações / min. Ela estava pálida e letárgica.•A lavagem gástrica foi realizada, e o raio-X abdominal era normal. Ela continuou a ter sintomas gastrointestinais e recebeu 3 mg / kg de BAL. Ela tinha taquicardia sinusal de até 200 batimentos / min. Em 12 horas, ela estava assintomática e foi iniciado DP oral. No dia um, o arsênio na urina de 24 horas era de 4.880 microgramas / L.•Ela manteve-se assintomática e recebeu alta no dia 6 com DP oral. Ela passou bem, exceto por uma erupção cutânea que pode ter sido um efeito colateral da DP. DMSA foi administrado durante 4 dias.•A meia-vida de eliminação foi de 2,5 dias, mais rápida do que a meia-vida de eliminação espontânea esperada em adultos.

Ref:•Cullen NM et al. Pediatric arsenic ingestion. Am J Emerg Med. 1995. 13(4):432-5.

Crianças e metais pesados

CASO PEDIÁTRICO DE INGESTÃO DE ARSÊNIO

❖ Caso pediátrico de ingestão aguda de arsênico tratada inicialmente com dimercaprol (BAL} e D-penicilamina (DP) , e mais tarde com ácido dimercaptossuccínico (DMSA) .

❖ Menina de 22 meses de idade ingeriu 1 onça (28 g.) de arseniato de sódio a 2 ,27%.

❖ Vômito e diarreia imediatos.

❖ Apresentando uma pressão arterial de 96/72 mmHg , pulso de 160 batimentos/min , 22 respirações/min. Pálida e letárgica.

Cul/en et ai, 1995

23

Page 28: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

•Toxicidade aguda de arsênio é rara, sem casos pediátricos de intoxicação aguda por arsênio na literatura recente. Nós relatamos um caso pediátrico de ingestão aguda de arsênio tratada inicialmente com dimercaprol(BAL) e D-penicilamina (DP), e mais tarde com ácido dimercaptossuccínico (DMSA).•Uma menina de 22 meses de idade ingeriu 1 onça (28 g.) de arseniato de sódio 2,27% e desenvolveu vômito e diarreia imediatos. A paciente apresentou pressão arterial de 96/72 mmHg, pulso de 160 batimentos / min, 22 respirações / min. Ela estava pálida e letárgica.•A lavagem gástrica foi realizada, e o raio-X abdominal era normal. Ela continuou a ter sintomas gastrointestinais e recebeu 3 mg / kg de BAL. Ela tinha taquicardia sinusal de até 200 batimentos / min. Em 12 horas, ela estava assintomática e foi iniciado DP oral. No dia um, o arsênio na urina de 24 horas era de 4.880 microgramas / L.•Ela manteve-se assintomática e recebeu alta no dia 6 com DP oral. Ela passou bem, exceto por uma erupção cutânea que pode ter sido um efeito colateral da DP. DMSA foi administrado durante 4 dias.•A meia-vida de eliminação foi de 2,5 dias, mais rápida do que a meia-vida de eliminação espontânea esperada em adultos.

Ref:•Cullen NM et al. Pediatric arsenic ingestion. Am J Emerg Med. 1995. 13(4):432-5.

Crianças e metais pesados

CASO PEDIÁTRICO DE INGESTÃO DE ARSÊNIO

❖ Lavagem gástrica realizada , raio-X abdominal normal. Ela cont inuou a ter sintomas gastrointestinais e recebeu 3 mg / kg de dimercaprol (BAL)

❖ Taquicardia sinusal de até 200 batimentos/min. Em 12 horas , assintomática e foi iniciado D-penicilamina (DP) oral. No dia um, o arsênio na urina de 24 horas era de 4.880 microgramas / L.

❖ Manteve-se assintomática e recebeu alta no dia 6 com D-penicilam ina (DP) oral. Ela passou bem, exceto por uma erupção cutânea que pode ter sido um efeito colateral da D-penicilamina (DP). Ácido dimercaptossuccínico (DMSA) foi administrado durante 4 dias.

❖ A meia-vida de eliminação foi de 2,5 dias , mais rápida do que a meia-vida de eliminação espontânea esperada em adultos.

Cullen et ai, 1995

24

Page 29: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

•Um homem de 18 anos de idade, ingeriu deliberadamente termiticida com uma dose maciça de trióxido de arsênio. A concentração de arsênio foi de 6,3 micromol / L no soro, e 253 micromol / L na primeira amostra de urina de 24 horas, com uma taxa de arsênio/creatinina urinária de 84 200 micromol / mol.•Ele foi tratado com o agente quelante ácido dimercaptossuccínico (DMSA), substituído por dimercaprol nos dias 2-5, e necessitou de suporte intensivo por falência de múltiplos órgãos, mas recuperou-se lentamente.

•Nove semanas após a ingestão o único problema clínico em curso foi uma neuropatia periférica persistente, mas com melhora gradual.

Ref:•Kim LH, Abel SJ. Survival after a massive overdose of arsenic trioxide. Crit Care Resusc. 2009, 11(1):42-5.

Crianças e metais pesados

SOBREVIVÊNCIA APÓS OVERDOSE MACIÇA DE TRIÓXIDO DE ARSÊNIO

❖ Um homem de 18 anos de idade, ingeriu deliberadamente termiticida com uma dose maciça de trióxido de arsênio .

❖ A concentração de arsênico foi de 6,3 micromol/L no soro, e 253 micromol/L na primeira amostra de urina de 24 horas, com uma taxa de arsênio/creatinina urinária de 84 200 micromol/mol.

❖ Tratado com o agente quelante ácido dimercaptossuccínico (DMSA) , substituído por dimercaprol nos dias 2-5, e necessitou de suporte intensivo por falência de múltiplos órgãos , mas recuperou-se lentamente.

❖ 9 semanas após a ingestão o único problema clínico em curso foi uma neuropatia periférica persistente , mas com melhora gradual.

Kim LH & Abel SJ, 2009 25

Page 30: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Arsenicose é o efeito da intoxicação por arsênio, geralmente ao longo de um período extenso, como de 5 a 20 anos. Beber água rica em arsênio por um longo período resulta em vários efeitos sobre a saúde, incluindo problemas de pele (como mudanças na cor na pele e manchas endurecidas nas palmas das mãos e solas dos pés), câncer de pele, câncer de bexiga, rim e pulmão e doenças dos vasos sanguíneos das pernas e pés e, possivelmente também, diabetes, hipertensão arterial e distúrbios reprodutivos.A absorção de arsênio através da pele é mínima e, portanto, lavar as mãos, tomar banho, lavar as roupas, etc., com água contendo arsênio não representa riscos à saúde humana.Na China (Província de Taiwan) a exposição ao arsênio através de água potável demonstrou ser causa de uma doença grave dos vasos sanguíneos que leva à gangrena, conhecida como "doença do pé preto". Esta doença não foi observada em outras partes do mundo, e é possível que a desnutrição contribua para o seu desenvolvimento. No entanto, estudos em vários países têm mostrado que o arsênio causa outras formas menos graves de doença vascular periférica.Toxicidade crônica por arsênio ocorreu como uma grande epidemia em Bangladesh como mostrado nos próximos slides.

Refs:•Smith AH, Lingas EO, Rahman M. Contamination of drinking-water by arsenic in Bangladesh: a publichealth emergency. Bulletin of the World Health Organization, 2000, 78 (9).•WHO. Water-related diseases. Disponível em www.who.int/water_sanitation_health/diseases/arsenicosis/en/ - accessed 22 September 2011

Crianças e metais pesados

ARSÊNIO - TOXICIDADE CRÔNICA

❖ Fonte principal: água potável

❖ Manifestações clínicas:

• Respiração com odor de alho

• Transpiração excessiva

• Estiramento e fraqueza muscular

• Alterações na pigmentação da pele

• Parestesia nas mãos e nos pés

• Doença vascular periférica OMS

• Gangrena dos pés - Doença do pé preto

• Câncer (pele, rins, bexiga) The lnslitute of Neurotox icology and Neurological Disorde r.JlfJ

Page 31: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Slide gentilmente cedido por Steven G. Gilbert, PhD, DABT. Utilizado com permissão. Crédito: Instituto de Neurotoxicologia e Doenças Neurológicas / Toxipedia. Disponível em www.toxipedia.org – mais recursos educacionais disponíveis em www.toxipedia.org/display/toxipedia/Teaching+Resources

Imagem: Skin lesions from arsenic poisoning. A partir de Smith AH, Lingas EO, Rahman M. Contamination ofdrinking-water by arsenic in Bangladesh: a public health emergency. Bulletin of the World Health Organization, 2000, 78 (9).

Page 32: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

A contaminação por arsênio natural é um motivo de preocupação em muitos países do mundo, incluindo Argentina, Bangladesh, Chile, China, Índia, México, Tailândia e Estados Unidos da América. Os relatos de caso sobre a situação em vários países foram compilados e o problema com arsênico em Bangladesh, em particular, intensificou o monitoramento em outros países.

Nota: As áreas amarelas e mais escuras nos mapas na parte inferior do slide marcam as áreas com concentrações mais elevadas de arsênio na água.

Referências:•Smith AH, Lingas EO, Rahman M. Contamination of drinking-water by arsenic in Bangladesh: a public health emergency. Bulletin of the World Health Organization, 2000, 78 (9).•WHO. Water-related diseases. Available at www.who.int/water_sanitation_health/diseases/arsenicosis/en/ - accessed 22 September 2011.Millions of children are exposed to excessive amounts of fluoride through drinking water contaminated from natural geological sources. In China, the burning of fluoride-rich coal adds to the problem. Small amounts of fluoride are good for teeth; it is added to toothpaste and, in some countries, to drinking water. At higher doses, it destroys teeth and accumulates in bones, leading to crippling skeletal damage. With their bodies still growing, children are most at risk. Like fluoride, arsenic is widely distributed throughout the earth's crust, and is present in almost all waters in very small amounts. In certain areas, however, there are dangerous levels of this toxin in children’s drinking water. The most tragic example is Bangladesh, where thousands of wells are causing a mass poisoning of the population. Unsafe wells are marked with red paint, warning people that this water is not for drinking.

81 Fluorid e a nd Ar se ni c •-•·•··~-·•• -----~- in Drinking\\ 'ater -.,,o.1c,i.1 ,.,e» ....... ~.~

:~f .AMINAÇÃO P.OR ARSÊNIO É UM PRÔBLEMA ;; ~;~:~::~~ MUNDIAL CRESCENTE _ _ ...:uoflt..:,.W..IIIIW>J,

drl'-.l<4;ue1•,,...,,on1 , .. ,,.11i-. n -.. bftl~_,.,,. .a . , 1, ... . ,:, 1 -. ... .. =-

•ê~ 'tiJi ll ti na, Chile, China, lnrna, ~éx +co, Estados ····.~:.:: Lfüf~ii- •Vi ..... ~:i-.-::Tailândia e Banglad~ h -

-ou ,u ... ~~ ... "-""I;~ li<IO-ll All .) "" ttil-'1l•l.k 1.J .Lu,'\. .. . u·, 11,

,,til, •u .Jl~y . m, ,.....,.,,,..,.t = i~ ~~=: em regiões de $jBanglades\ f i t ngala ~ , , ,. , .,. .. ú,,,,.c,,., ~

-•-~•-orP"'4'- Jll§'. dro1.o.lbd> .. •t><•••'Wl""Jt-1,1,l11~1N1t_,. á>M.l"'f'W'I .. u....i .. _. t

::.w~";!,;~,;:;':;;.•:.,,,,1, * r """ hoi,"""•"i,..,.l•H••· "m"'- .,.,,. B A h G LJ.. O E S ~ ~- ::::,;;::1,,,::-.:::1.,,,1 .... ""~ · • :~~f• _,;,.,.,,., .... IMA)

11,.,.,n • h ·.,. J ;,,;r, :i,.:i!fllll<-

11, .. ,1, ... ~ ' 'L ltf"'l, 1;., l o .,. ,. 1,t.,

t\>o, ..... , ......... .. • C.u,.r ,l , ... ,.1., .. uu

22

. , ...... w1-

• "-"'" W•• . n.;,,.,_ ·••·)~ ~ ....

23

27

Page 33: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Image and notes from Gordon B et al. Inheriting the world, the Atlas on Children's Health and the Environment.WHO, Myriad Editions Ltd, 2004.

Page 34: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Nota: As diferentes cores indicam as diferentes concentrações de arsênio na água; sendovermelho a maior.

Referência:•U.S. Geological Survey (USGS) . Map of US – arsenic in water – Available at http://co.water.usgs.gov/trace/arsenic/ - accessed 22 September 2011.

Crianças e metais pesados

MAPA DA CONCENTRAÇÃO DE ARSÊNIO NA ÁGUA

Art êni c:conc:ent,ation s in at lê!Ut 25% of sam ples exceed :

• 50 ug/L O ln suffiocnt

- 10 data

llá•~-, http ://co. water. usgs.govltrace/arsenic 2s

Page 35: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Image: Arsenic in West Bengal & Bangladesh – Arsenic Crisis Information Center. Available at http://bicn.com/acic – accessed 22 September 2011. Credit: Peter Ravenscroft. Used with copyright permission.

Nota: As diferentes cores indicam as diferentes probabilidades de concentrações elevadasde arsênio nas águas sendo violeta a maior.

Crianças e metais pesados

MAPA DA CONCENTRAÇÃO DE ARSÊNIO NA ÁGUA DE BANGLADESH

Probability of A,....enic: Exc:.eding O.OS mg/1

c::J <5 %

5 • 20 ~

20 - 45 %

- 45 · 70 % - 70 - 100 % [==:J No Data

Peter Ravenscroft Arsenic crisis information center

bicn.com/acic 29

Page 36: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

A epidemia de arsênico em Bangladesh é considerada um dos maiores eventos toxicológicos na era moderna, afetando uma grande parte população, conforme descrito neste slide.

<<LEIA O SLIDE>>

Referências:•Smith AH, Lingas EO, Rahman M. Contamination of drinking-water by arsenic in Bangladesh: a public health emergency. Bulletin of the World Health Organization, 2000, 78 (9).The contamination of groundwater by arsenic in Bangladesh is the largest poisoning of a population in history, with millions of people exposed. This paper describes the history of the discovery of arsenic in drinking-water in Bangladesh and recommends intervention strategies. Tube-wells were installed to provide ‘‘pure water’’ to prevent morbidity and mortality from gastrointestinal disease. The water from the millions of tube-wells that were installed was not tested for arsenic contamination. Studies in other countries where the population has had long-term exposure to arsenic in groundwater indicate that 1 in 10 people who drink water containing 500 mg of arsenic per litre may ultimately die from cancers caused by arsenic, including lung, bladder and skin cancers. The rapid allocation of funding and prompt expansion of current interventions to address this contamination should be facilitated. The fundamental intervention is the identification and provision of arsenic-free drinking water. Arsenic is rapidly excreted in urine, and for early or mild cases, no specific treatment is required. Community education and participation are essential to ensure that interventions are successful; these should be coupled with follow-up monitoring to confirm that exposure has ended. Taken together with the discovery of arsenic in groundwater in other countries, the experience in Bangladesh shows that groundwater sources throughout the world that are used for drinking-water should be tested for arsenic.

Crianças e metais pesados

ARSÊNIO - EPIDEMIA EM BANGLADESH

❖ Problema iniciou nos anos 1970

• Programa UNICEF para fornecer água "segura"

• O arsênio não era um poluente conhecido no momento

• Salvou milhares de vidas de infecções microbianas , mas ...

❖ 35 a 77 milhões de cidadãos em risco de envenenamento por arsênio (de uma população de 125 milhões)

❖ Os níveis nos poços de Bangladesh variam de O a 1660 ppb

(Valor da diretriz da OMS de arsênico na água: 1 O ppb)

30

Page 37: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

•WHO. Guidelines for drinking-water quality, fourth edition. WHO. 2011.

Page 38: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Referência:•Smith AH, Lingas EO, Rahman M. Contamination of drinking-water by arsenic in Bangladesh: a public health emergency. Bulletin of the World Health Organization, 2000, 78 (9).Os poços artesianos foram usados em Bangladesh desde a década de 1940. No entanto, o problema da água contaminada com arsênico só recentemente veio à luz, devido ao aumento do número de poços artesianos utilizados ao longo dos últimos 20 anos e o consequente aumento do número de indivíduos que consomem água dos mesmos. Historicamente, as fontes de água de superfície em Bangladesh foram contaminados com microrganismos, causando um significativo aumento de doenças e mortalidade. Bebês e crianças sofriam de doença gastrointestinal aguda resultante da contaminação bacteriana da água potável parada. Consequentemente, durante a década de 1970, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) trabalhou com o Departamento de Engenharia de Saúde Pública para instalar poços artesianos para fornecer o que foi presumivelmente uma fonte segura de água potável para a população. Estes poços consistem em tubos de 5 cm de diâmetro, que são inseridos no solo em profundidades geralmente inferior a 200m. Os tubos são então tampados com uma bomba de mão de ferro ou aço fundido. Na época em que os poços foram instalados, o arsênio não foi reconhecido como um problema de abastecimento de água, e os procedimentos padrão de teste de água, portanto, não incluem testes para o arsênio. Durante a década de 1980, o apoio do UNICEF para a instalação de poços artesianos diminuiu porque o setor privado foi capaz de fornecer e

Crianças e metais pesados

ARSÊNIO - EPIDEMIA EM BANGLADESH

❖ Opções de poços artesianos:

■ Poço raso

■ Poço profundo

❖ Maiores preocupações

■ Possibilidade de renovação

■ Contaminação durante perfuração?

31

Page 39: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

instalar mais milhões deles. Em 1997, a UNICEF indicou em seu relatório nacional de Bangladesh que tinha superado sua meta de fornecer acesso “seguro” à água potável a 80% da população até 2000, através de poços artesianos e torneiras. Atualmente, três dos quatro poços artesianos em Bangladesh são de propriedade privada.

Page 40: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Este slide contém as principais manifestações da toxicidade crônica por arsênico.

<<LEIA SLIDE>>

Photographs by Nasrine Karim, NGO: Earth Identity Project, Bangladesh. Hands and feet "before" from an arsenicosis patient. Used with permission.

Crianças e metais pesados

ARSÊNIO - RISCOS PARA SAÚDE

❖ O envenenamento por arsênio

aparece após 1 O anos de consumo

como arsenicose.

❖ Pode levar a: • Ceratose

• Gangrena

• Câncer: pele, rim, bexiga, pulmão

N. Karim. NGO: Earth ldMtity Projecl. Banglade.sll

• NGO : EARTH IDENTITY PROJECT

32

Page 41: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

<<LEIA SLIDE>>

Image: Children near a tube-well disconnected due to contamination of water with arsenic. From Smith AH, Lingas EO, Rahman M. Contamination of drinking-water by arsenic in Bangladesh: a public health emergency. Bulletin of the World Health Organization, 2000, 78 (9).

Crianças e metais pesados

ARSÊNIO - RISCOS PARA SAÚDE

❖ Crianças podem desenvolver arsenicose

❖ Cânceres aparecem após 20 anos

❖ Espera-se uma grande epidemia no futuro próximo

WHO

33

Page 42: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

A Mitigação do arsênico - O Projeto de Abastecimento de Água para Bangladesh reduz a mortalidade e morbidade em populações rurais e urbanas causadas pela contaminação por arsênico das águas subterrâneas do país. O projeto visa reduzir significativamente a quantidade de arsênio; aumentar o acesso a um fornecimento sustentável de água potável; e aumentar a percentagem de pacientes tratados para arsenicose nas áreas do projeto. Há três componentes. O primeiro, a mitigação no local, 1) presta assistência técnica, treinamento e apoio logístico para construir capacidade e operar a unidade de gerenciamento de projetos (PMU); 2) implementa intervenções na comunidade, desenvolvendo uma organização de base comunitária capaz de fornecer a curto prazo, uma infraestrutura alternativa para o abastecimento de água / saneamento; 3) prepara e executa uma proposta técnica e financeira; e 4) auditorias, avaliam e monitoram o impacto do projeto e a qualidade das água subterrâneas. O segundo componente reforça a capacidade da PMU para coletar, gerenciar e avaliar os dados de qualidade da água, contaminação por arsênio, e condições socioeconômicas; compromete-se com a triagem e a educação da comunidade; e financia estudos e pesquisas sobre o planejamento participativo, a implementação de tecnologia adequada, a recuperação de custos, a tecnologia apropriada para testes e o tratamento de arsênio na água subterrânea, e uso da terra / interações de arsênio. O terceiro componente, o fortalecimento institucional, desenvolve a capacidade de mitigação de arsênio e de abastecimento de água e saneamento participativo.Anotações referentes à:web.worldbank.org/external/projects/main?pagePK=64283627&piPK=64290415&theSitePK

Crianças e metais pesados

PROJETO SAÚDE PÚBLICA E ARSÊNIO DO BANCO MUNDIAL

Duração: 2002 - 2006

Componentes: 1. Educação pública 2. Educação do profissional 3. Pesquisa epidemiológica 4. Gerenciamento de caso

34

Page 43: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

=40941&menuPK=228424&Projectid=P050745 – accessed 22 September 2011.

Page 44: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

A Mitigação do Arsênio – Projeto de Suprimento de Água Para Bangladesh do Banco MundialAs lições aprendidas incluem: A) Mitigação do arsênio deve ser incorporada no setor de suprimento de água para que seja sustentável, focando em maneira inovadoras de suprir água segura em reservatórios canalizados ou não; B) Planejamento descentralizado,baseado na comunidade e manejo do suprimento rural de água e saneamento, com um papel central para os governos locais, tem sido demonstrado como um modelo para futuras intervenções pelo Governo de Bangladesh; C) O suprimento de água livre de bactérias deve ser prioritário, não apenas o fornecimento de água livre de arsênio; e D) O lançamento de um suprimento de água encanada piloto para vilas com significativo financiamento privado e manejo por assistência cuidadosamente controlada e guiada tanto da PMU quanto do Banco são um bom exemplo de teste de campo e desenvolvimento de investimentos de larga escala.

Notes from www-wds.worldbank.org/external/default/main?pagePK=64193027&piPK=64187937&theSitePK=523679&menuPK=64187510&searchMenuPK=64187283&siteName=WDS&entityID=000020953_20070724113908– accessed 22 September 2011.Picture: WHO /Henrietta Allen. Bangladesh.

Crianças e metais pesados

STATUS DO PROJETO DE MITIGAÇÃO DO ARSÊNIO NO SUPLEMENTO DE ÁGUA DE BANGLADESH

❖ Oferecido onde há .:::, 40% de poços artesianos afetados .

❖ A comunidade escolhe : ■ Poços artesianos profundos (em áreas de costa) ■ Poços escavados ■ Filtros de areia ■ Aproveitamento das águas pluviais ■ Tecnologias de remoção em base experimental

(a serem expandidas após verificação)

❖ Todos os sub-distritos completos em meados de 2002 WHO

35

Page 45: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

<<LEIA O SLIDE>>

Slide kindly provided by Steven G. Gilbert, PhD, DABT. Used with permission. Credit: The Institute of Neurotoxicology and Neurological Disorders / Toxipedia. Available at www.toxipedia.org – further educational resources available at www.toxipedia.org/display/toxipedia/Teaching+Resources

Crianças e metais pesados

ARSÊNIO - REDUZINDO A EXPOSIÇÃO

•!• Evitando (por ex., não usando madeira

tratada)

•!• Testar a água potável

•!• Parar de fumar

•!• Lavar as mãos

•!• Monitorização nacional de arsênio em aves

The lnstitute of Neurotoxico/ogy and Neurologica/ Disorde r:&

Page 46: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

<<LEIA O SLIDE>>

Ref:•Vahter M. Health effects of early life exposure to arsenic. Basic Clin Pharmacol Toxicol.2008, 102(2):204-11.Inorganic arsenic is a potent human carcinogen and general toxicant. More than one hundred million people are exposed to elevated concentrations, mainly via drinking water, but also via industrial emissions. Arsenic is metabolized via methylation and reduction reactions, methylarsonic acid and dimethylarsinic acid being the main metabolites excreted in urine. Both inorganic arsenic and its methylated metabolites easily pass the placenta and both experimental and human studies have shown increased risk of impaired foetal growth and increased foetal loss. Recent studies indicate that prenatal arsenic exposure also increases the risk of adverse effects during early childhood. There is a growing body of evidence that the intrauterine or early childhood exposure to arsenic also induces changes that will become apparent much later in life. One epidemiological study indicated that exposure to arsenic in drinking water during early childhood or in utero was associated with an increased mortality in young adults from both malignant and non-malignant lung disease. Furthermore, a series of experimental animal studies provide strong support for late effects of arsenic, including various forms of cancer, following intrauterine arsenic exposure. The involved modes of action include epigenetic effects, mainly via DNA hypomethylation, endocrine effects (most classes of steroid hormones), immune suppression, neurotoxicity, and interaction with enzymes critical for foetal development and programming.

Crianças e metais pesados

EFEITOS SOBRE A SAÚDE CAUSADOS PELA EXPOSIÇÃO PRECOCE AO ARSÊNIO

❖ O arsênio inorgânico é um potente carcinógeno para humanos e um intoxicante geral

❖ > 100 milhões de pessoas são expostas a níveis elevados , principalmente pela água potável, mas também por emissões industriais

❖ O arsênio é metabolizado pela via da metilação e reações de redução

❖ Os principais metabólitos são excretados pela urina

❖ O arsênio inorgânico e seus metabólitos metilados atravessam facilmente a placenta.

Vahter M, 2008

37

Page 47: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

<<LEIA O SLIDE>>

Referência:•Vahter M. Health effects of early life exposure to arsenic. Basic Clin Pharmacol Toxicol.2008, 102(2):204-11.Inorganic arsenic is a potent human carcinogen and general toxicant. More than one hundred million people are exposed to elevated concentrations, mainly via drinking water, but also via industrial emissions. Arsenic is metabolized via methylation and reduction reactions, methylarsonic acid and dimethylarsinic acid being the main metabolites excreted in urine. Both inorganic arsenic and its methylated metabolites easily pass the placenta and both experimental and human studies have shown increased risk of impaired foetal growth and increased foetal loss. Recent studies indicate that prenatal arsenic exposure also increases the risk of adverse effects during early childhood. There is a growing body of evidence that the intrauterine or early childhood exposure to arsenic also induces changes that will become apparent much later in life. One epidemiological study indicated that exposure to arsenic in drinking water during early childhood or in utero was associated with an increased mortality in young adults from both malignant and non-malignant lung disease. Furthermore, a series of experimental animal studies provide strong support for late effects of arsenic, including various forms of cancer, following intrauterine arsenic exposure. The involved modes of action include epigenetic effects, mainly via DNA hypomethylation, endocrine effects (most classes of steroid hormones), immune suppression, neurotoxicity, and interaction with enzymes critical for foetal development and programming.

Crianças e metais pesados

EFEITOS DA EXPOSIÇÃO PRECOCE AO ARSÊNIO SOBRE A SAÚDE

Estudos experimentais e humanos mostraram: - Aumento do risco de baixo crescimento fetal - Aumento da perda fetal - Aumento da mortalidade em adultos jovens por doenças

pulmonares malignas e não-malignas.

Mecanismos propostos: - Efeitos epigenéticos, principalmente através da hipometilação do

DNA - Efeitos endócrinos (maioria das classes de hormônios esteroides) - Supressão imunológica - Neurotoxicidade - Interação com enzimas críticas para o desenvolvimento e

programação fetais Vahter M, 2008

38

Page 48: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Foi encontrada uma relação dose-efeito na exposição pré-natal de arsênio e índices de mortalidadeneste estudo de coorte em Bangladesh.

Referência:•Rahman A et al. Arsenic Exposure and Risk of Spontaneous Abortion, Stillbirth, and Infant Mortality. Epidemiology. 2010, 21(6):797-804.Background: Millions of people worldwide are drinking water with elevated arsenic concentrations. Epidemiologic studies, mainly cross-sectional in design, have suggested that arsenic in drinking water may affect pregnancy outcome and infant health. We assessed the association of arsenic exposure with adverse pregnancy outcomes and infant mortality in a prospective cohort study of pregnant women.Methods: A population-based, prospective cohort study of 2924 pregnant women was carried out during 2002–2004 in Matlab, Bangladesh. Spontaneous abortion was evaluated in relation to urinary arsenic concentrations at gestational week 8. Stillbirth and infant mortality were evaluated in relation to the average of urinary arsenic concentrations measured at gestational weeks 8 and 30.Results: The odds ratio of spontaneous abortion was 1.4 (95% confidence interval [CI] = 0.96–2.2) among women with urine arsenic concentrations in the fifth quintile (249–1253 μg/L; median = 382 μg/L), compared with women in the first quintile (<33 μg/L). There was no clear evidence of increased rates of stillbirth. The rate of infant mortality increased with increasing arsenic exposure: the hazard ratio was 5.0 (95% CI = 1.4–18) in the fifth quintile of maternal urinary arsenic concentrations (268–2019 μg/L; median = 390 μg/L), compared with the first quintile (<38 μg/L).Conclusions: We found evidence of increased risk of infant mortality with increasing arsenic exposure during pregnancy, with less evidence of associations with spontaneous abortion or stillbirth risk.

♦:♦

•:•

Crianças e metais pesados

AUMENTO DO RISCO PARA ABORTAMENTO ESPONTÂNEO, NATIMORTALIDADE POR EXPOSIÇÃO PRÉ-NATAL AO ARSÊNIO

Foi encontrada ABLE 5. Assodation of Average Between Arsenic Exposure (Mean of Gestational Weeks uma relação dose- 8 and 30) and lnfant Death (Excluding Birth Asphyxia and Accident) in the 2002-2003 efeito entre a Pregnancy Cohort in Matlab, Bangladesh exposição pré-

Ar cnic onccnlntlion natal de arsênio (µ L) em Bangladesh e No. ~o. lníanl Adju lcd

taxa de \lcdlan lníanl Dealh IIR (9 'lo 1) IIR (95o/, I)'

mortalidade infantil o 1.00 1.00 o 342 6 1.9 (0. 7.93) 1.7 (0.44--7.16)

Risco relativo no 94 339 6 2.01 (0.50- .02) 1.83 (0.45-7.35)

quinto quintil 1 9 335 1 2.35 (0.61-9.11) 2.29 (0.5 9.05)

superior/inferior. 390 14 4.69(1.35 16.34) .01 (1.41 17.

'AdJUSled for IISl(I ,nd(, , gC!lali ason, and lora1ion of "omen' residence. T ·1 for linear 11-end P < O.OOS. Refete11tt cai~.

lmage: Author:Anisur Rahman, Lars•Ake Persson, Barbro NermeN, el ai. Publicati011:Epid6miology. Publisher.Wolters KJuwer Health.

Date:Jan 1. 20 10. Copyright CI 20 10, (C) 20 10 Lippincott Williams. Reuse Accordjng to STM Guidelines.

39

Page 49: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Image: Author:Anisur Rahman, Lars-Åke Persson, Barbro Nermell, et al. Publication:Epidemiology. Publisher:Wolters Kluwer Health. Date:Jan 1, 2010. Copyright © 2010, (C) 2010 Lippincott Williams. Reuse According to STM Guidelines.

Page 50: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Este estudo mostra uma associação entre a exposição ao arsênio durante a gravidez e o aumento da morbidade em doenças infecciosas durante a infância.

Ref: •Rahman A et al. Arsenic exposure in pregnancy increases the risk of lower respiratory tract infection and diarrhea during infancy in Bangladesh. Environmental Health Perspectives. 2011, 119(5):719-24. Background: Previous studies have reported associations between prenatal arsenic exposure and increased risk of infant mortality. An increase in infectious diseases has been proposed as the underlying cause of these associations, but there is no epidemiologic research to support the hypothesis.Objective: We evaluated the association between arsenic exposure in pregnancy and morbidity during infancy.Methods: This prospective population-based cohort study included 1,552 live-born infants of women enrolled during 2002–2004 in Matlab, Bangladesh. Arsenic exposure was assessed by the concentrations of metabolites of inorganic arsenic in maternal urine samples collected at gestational weeks 8 and 30. Information on symptoms of lower respiratory tract infection (LRTI) and diarrhea in infants was collected by 7-day recalls at monthly home visits.Results: In total, 115,850 person-days of observation were contributed by the infants during a 12-month follow-up period. The estimated risk of LRTI and severe LRTI increased by 69% [adjusted relative risk (RR) = 1.69; 95% confidence interval (CI), 1.36–2.09)] and 54% (RR = 1.54; 95% CI, 1.21–1.97), respectively, for infants of mothers with urinary arsenic concentrations in the highest quintile (average of arsenic concentrations measured in early and late gestation, 262–977 µg/L) relative to those with exposure in the lowest quintile (< 39 µg/L). The corresponding figure for diarrhea was 20% (RR = 1.20; 95% CI, 1.01–1.43).Conclusions: Arsenic exposure during pregnancy was associated with increased morbidity in infectious diseases during infancy. Taken together with the previous evidence of adverse effects on health, the findings strongly emphasize the need to reduce arsenic exposure via drinking water.

Crianças e metais pesados

EXPOSIÇÃO PRÉ-NATAL AO ARSÊNIO E RISCO AUMENTO DE PNEUMONIA E DIARREIA NA INFÂNCIA

Estudos anteriores relataram associações entre a exposição pré-natal ao arsênio e aumento do risco de mortalidade infantil.

Objetivo : Avaliar a associação entre a exposição ao arsênio na gravidez e a morbidade durante a infância.

Estudo de coorte prospectivo de base populacional em 1.552 nascidos vivos de mulheres inscritas durante 2002-2004 em Bangladesh .

Exposição ao arsên io - avaliada pelos níveis de metabólitos de arsênio inorgânico em amostras de urina materna na 8ª e 30ª semanas de gestação.

Informações sobre sintomas de infecção do trato respiratório inferior (ITRI) e diarreia em crianças - por recordatórios de 7 dias em visitas domic iliares mensais .

Rahman A et ai, 2011

40 40

Page 51: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Este estudo mostra uma associação entre a exposição ao arsênio durante a gravidez e o aumento da morbidade em doenças infecciosas durante a infância.

Referência: •Rahman A et al. Arsenic exposure in pregnancy increases the risk of lower respiratory tract infection and diarrhea during infancy in Bangladesh. Environmental Health Perspectives. 2011, 119(5):719-24. Background: Previous studies have reported associations between prenatal arsenic exposure and increased risk of infant mortality. An increase in infectious diseases has been proposed as the underlying cause of these associations, but there is no epidemiologic research to support the hypothesis.Objective: We evaluated the association between arsenic exposure in pregnancy and morbidity during infancy.Methods: This prospective population-based cohort study included 1,552 live-born infants of women enrolled during 2002–2004 in Matlab, Bangladesh. Arsenic exposure was assessed by the concentrations of metabolites of inorganic arsenic in maternal urine samples collected at gestational weeks 8 and 30. Information on symptoms of lower respiratory tract infection (LRTI) and diarrhea in infants was collected by 7-day recalls at monthly home visits.Results: In total, 115,850 person-days of observation were contributed by the infants during a 12-month follow-up period. The estimated risk of LRTI and severe LRTI increased by 69% [adjusted relative risk (RR) = 1.69; 95% confidence interval (CI), 1.36–2.09)] and 54% (RR = 1.54; 95% CI, 1.21–1.97), respectively, for infants of mothers with urinary arsenic concentrations in the highest quintile (average of arsenic concentrations measured in early and late gestation, 262–977 µg/L) relative to those with exposure in the lowest quintile (< 39 µg/L). The corresponding figure for diarrhea was 20% (RR = 1.20; 95% CI, 1.01–1.43).Conclusions: Arsenic exposure during pregnancy was associated with increased morbidity in infectious diseases during infancy. Taken together with the previous evidence of adverse effects on health, the findings strongly emphasize the need to reduce arsenic exposure via drinking water.

Crianças e metais pesados

EXPOSIÇÃO PRÉ-NATAL AO ARSÊNIO E RISCO AUMENTO DE PNEUMONIA E DIARREIA NA INFÂNCIA

Resultados: 115.850 pessoas-dia de observação foram feitas pelos bebês durante 1 ano de seguimento.

O risco estimado de infecção do trato respiratório inferior (ITRI) e ITRI grave aumentaram 69% e 54%, respectivamente, para crianças de mães com arsênio urinário no quintil mais alto. Para diarreia: valor correspondente de 20%

Conclusões: A exposição ao arsênio durante a gravidez foi associada com o aumento da morbidade em doenças infecciosas durante a infância. Tomados em conjunto com a evidência prévia de efeitos adversos para a saúde, os resultados fortemente enfatizam a necessidade de reduzir a exposição ao arsênio na água de consumo.

Rahman A et ai, 2011 41 41

Page 52: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Este estudo no Chile mostra como a exposição ao arsênio na água potável durante a primeira infância pode resultar em um aumento na mortalidade por câncer hepático na infância.

Referência:•Liaw J et al. Increased childhood liver cancer mortality and arsenic in drinking water in northern Chile. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2008, 17(8):1982-7.Arsenic in drinking water is an established cause of lung, bladder, and skin cancers in adults and may also cause adult kidney and liver cancers. Some evidence for these effects originated from region II of Chile, which had a period of elevated arsenic levels in drinking water, in particular from 1958 to 1970. This unique exposure scenario provides a rare opportunity to investigate the effects of early-life arsenic exposure on childhood mortality; to our knowledge, this is the first study of childhood cancer mortality and high concentrations of arsenic in drinking water. In this article, we compare cancer mortality rates under the age of 20 in region II during 1950 to 2000 with those of unexposed region V, dividing subjects into those born before, during, or after the peak exposure period. Mortality from the most common childhood cancers, leukemia and brain cancer, was not increased in the exposed population. However, we found that childhood liver cancer mortality occurred at higher rates than expected. For those exposed as young children, liver cancer mortality between ages 0 and 19 was especially high: the relative risk (RR) for males born during this period was 8.9 [95% confidence interval (95% CI), 1.7-45.8; P = 0.009]; for females, the corresponding RR was 14.1 (95% CI, 1.6-126; P = 0.018); and for males and females pooled, the RR was 10.6 (95% CI, 2.9-39.2; P < 0.001). These findings suggest that exposure to arsenic in drinking water during early childhood may result in an increase in childhood liver cancer mortality.

Crianças e metais pesados

AUMENTO DA MORTALIDADE POR CÂNCER HEPÁTICO EM CRIANÇAS E O ARSÊNIO NA ÁGUA LiawJ , eta ll ncraasedchHdhoodl ivercance r morla/ityandarsenic in

DE CONSUMO drinki~:~_9;:;:,~,::j~':,1:,;:~;;t;::::::~~'°,,%~~:;, Dados do Chile , após um período de Câncer hepático

Univ wsi ty of Califom ia, Berlc.eley

elevados níveis de arsên io na água potável (Liaw et ai, 2008)

Para as crianças expostas , a mortalidade por câncer de fígado em idade 0-19 anos foi especialmente elevado : □ risco relativo (RR) para os homens nascidos nesse período foi de 8,9 (95% CI), 1,7-45 ,8; P = 0,009 □ para as mulheres , o RR correspondente foi de 14, 1 (95% CI, 1,6-126 ; P = 0,018) ; □ para homens e mulheres reunidos , o RR foi de 10,6 (95% CI, 2,9-39,2; P < 0,001 ).

14

12

10

8 □ Boys o::

■ Girls o:: 6

4

2

o 1950-1957 1958-1970 1971-1981

Ano de nasci mento

CONCLUSÃO: a exposição ao arsênio através do consumo de ãgua potável durante a

infância pode resultar no aumento da mortalidade por câncer de fígado infantil. ◄2

Page 53: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Image from Liaw J et al. Increased childhood liver cancer mortality and arsenic in drinking water in northern Chile. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2008, 17(8):1982-7. Used with copyright permission. Arsenic Health Effects Research Program, University of California, Berkeley.

Page 54: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Este estudo sugere que a suplementação de ácido fólico pode reduzir o risco de resultados de saúde relacionados ao arsênio.

Referência:•Gamble MW et al. Folate and Arsenic Metabolism: A double-blind placebo controlled folic acid supplementation trial in Bangladesh. Am J Clin Nutr. 2006, 84:1093-101. Populations in South and East Asia and many other regions of the world are chronically exposed to arsenic-contaminated drinking water. To various degrees, ingested inorganic arsenic (InAs) is methylated to monomethylarsonic acid (MMA) and dimethylarsinic acid (DMA) via folate-dependent one-carbon metabolism; impaired methylation is associated with adverse health outcomes. Consequently, folate nutritional status may influence arsenic methylation and toxicity.The objective of this study was to test the hypothesis that folic acid supplementation of arsenic-exposed adults would increase arsenic methylation.Design: Two hundred adults in a rural region of Bangladesh, previously found to have low plasma concentrations of folate (</=9 nmol/L) were enrolled in a randomized, double-blind, placebo-controlled folic acid-supplementation trial. Plasma concentrations of folate and homocysteine and urinary concentrations of arsenic metabolites were analyzed at baseline and after 12 wk of supplementation with folic acid at a dose of 400 microg/d or placebo.Results: The increase in the proportion of total urinary arsenic excreted as DMA in the folic acid group (72% before and 79% after supplementation) was significantly (P < 0.0001) greater than that in the placebo group, as was the reduction in the proportions of total urinary arsenic excreted as MMA (13% and 10%, respectively; P < 0.0001) and as InAs (15% and 11%, respectively; P < 0.001).Conclusions: These data indicate that folic acid supplementation to participants with low plasma folate enhances arsenic methylation. Because persons whose urine contains low proportions of DMA and high proportions of MMA and InAs have been reported to be at greater risk of skin and bladder cancers and peripheral vascular disease, these results suggest that folic acid supplementation may reduce the risk of arsenic-related health outcomes.

Crianças e metais pesados

AUMENTO POTENCIAL DA EXCREÇÃO DE ARSÊNIO PELA SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDO FÓLICO

❖ Estudo duplo-cego , placebo-controlado com suplementação de ácido fálico em Bangladesh ( Gamble et ai, 2006)

❖ Aumento na proporção de arsênio urinário excretado como ácido dimetilarsínico (DMA) no grupo de ácido fálico (72% antes e 79% após suplementação) (P < 0,0001) maior do que no grupo placebo , e redução na proporção de arsênio urinário total excretado como ácido monometilarsônico (MMA) (13% e 10%, respectivamente; P < 0,0001) e como arsênio inorgânico (15% e 11 %, respectivamente; P <

0,0001 ).

Page 55: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

•Fatores nutricionais são conhecidos por influenciar o metabolismo de arsênio em adultos, e o estado nutricional precário - refletido, em parte, pela falta de várias vitaminas B e antioxidantes – parece conferir maior susceptibilidade à toxicidade do arsênio.

•Os investigadores que trabalham em Bangladesh relataram que déficits na vitamina B folato e do aminoácido cisteína podem influenciar negativamente o metabolismo de arsênio em crianças (Hall MN, 2009).

•Em comparação com os adultos, as crianças podem metabolizar arsênio de forma mais eficiente e excreta-lo mais facilmente, independentemente do status de folato.

•No geral, os resultados deste estudo indicam que o estado nutricional melhorado poderia constituir uma importante estratégia para reduzir o risco de doenças relacionadas com arsênio em crianças em Bangladesh (Freeman K, 2009)

Referências:•Freeman K. Nutrient Protection against Arsenic Toxicity: Folate, Cysteine Support Methylation in Children. Environmental Health Perspectives. 2009, 117:A211.•Hall MN et al. Folate, Cobalamin, Cysteine, Homocysteine, and Arsenic Metabolism among Children in Bangladesh. Environmental Health Perspectives. 2009, 117:825-831.

Crianças e metais pesados

PROTEÇÃO NUTRICIONAL CONTRA INTOXICAÇÃO POR ARSÊNIO: FOLA TO, CISTEÍNA - SUPORTE DA

METILAÇÃO EM CRIANÇAS. Fatores nutricionais são conhecidos por influenciar o metabolismo do arsênio em adultos , e o estado nutricional precário pode conferir maior suscetibilidade à toxicidade do arsênio.

Pesquisas em Bangladesh reportam que a deficiência de vitamina B folato e do aminoácido cisteína podem influenciar negativamente o metabolismo de arsênio em crianças (Hall MN, 2009).

Comparado com adultos , crianças podem metabolizar o arsênio mais eficientemente e excretá-lo mais facilmente , independente do status de folato .

Os resultados do estudo indicam que o estado nutricional melhorado poderia constituir uma importante estratégia para reduzir o risco de doenças relacionadas com arsênio em crianças em Bangladesh (Freeman K. 2009)

44

Page 56: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Descrição geral do cádmio: Um elemento metálico macio, branco-azulado que aparece principalmente em minérios de zinco, cobre e chumbo; facilmente cortado com a faca e usado em baixa fricção, ligas resistentes à fadiga, soldas, amálgamas dentários, baterias níquel-cádmio, protetores de reatores nucleares, e em galvanoplastia inoxidável. O cádmio é solúvel em ácido, porém não em álcali. Ele é similar em muitos aspectos com o zinco. O número atômico é 48.

Crianças e metais pesados

METAIS PESADOS SELECIONADOS CÁDMIO

45

Page 57: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

O cádmio exerce efeitos tóxicos sobre o rim, os sistemas esquelético e respiratório, e é classificado como carcinógeno humano. Ele está geralmente presente no ambiente em níveis baixos. No entanto, a atividade humana tem aumentado consideravelmente esses níveis. O cádmio pode viajar longas distâncias a partir da fonte de emissão por transferência atmosférica. É prontamente acumulado em muitos organismos, notavelmente em moluscos e crustáceos. As concentrações mais baixas são encontradas em vegetais, cereais e raízes ricas em amido. A exposição humana ocorre principalmente a partir do consumo de alimentos contaminados, inalação ativa e passiva da fumaça do tabaco, e inalação pelos trabalhadores na indústria de metais não ferrosos.

Referência:•Waalkes M, Wahba ZZ, Rodriguez E. Cadmium. In: Sullivan JB Jr. Krieger GR. Clinical Environmental Health and Toxic Exposures. 2nd Edition. Lippincott Williams & Wilkins. 2001.•WHO. Cadmium. 10 Chemicals of major public health concern. Available at www.who.int/ipcs/features/cadmium.pdf - accessed 22 September 2011.

Image on top from US Geological Survey (USGS). Available at http://geomaps.wr.usgs.gov/parks/rxmin/rock.html - accessed 22 September 2011Image in the middle from US Environmental Protection Agency (USEPA). Available at www.epa.gov/osw/conserve/materials/battery.html - accessed 22 September 2011

Crianças e metais pesados

PROPRIEDADES E FONTES DE CÁDMIO

❖ Um metal prateado, cristalino

❖ Fontes:

- Fundição e soldagem

- Baterias

- Galvanoplastia

- Plastificantes

- Pigmentos

- Ligas

- Indústria nuclear

- Fumaça do cigarro

Page 58: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Image in the bottom: young girl smoking, Lao People's Democratic Republics, 2008. Jim Holmes, WHO

Page 59: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

O cádmio pode ser liberado para o ambiente em uma série de maneiras, incluindo:• atividades naturais, como a atividade vulcânica (tanto terrestre como no fundo do mar),

intempéries e erosão e transporte fluvial;• atividades humanas, tais como o fumo do tabaco, mineração, fundição e refino de metais

não-ferrosos, a queima de combustíveis fósseis, a incineração de resíduos urbanos (especialmente baterias e plásticos contendo cádmio), fabricação de fertilizantes fosfatados, e reciclagem de aço banhado em cádmio, sucata e lixo eletrônicos;

• remobilização de fontes históricas, como a contaminação dos cursos de água por água de drenagem de minas de metais.

As emissões de cádmio podem ser transportadas e depositadas em áreas distantes das fontes de lançamento por meios de transporte atmosférico de longa distância.

Nota: a doença Itai Itai é uma forma de osteodistrofia – osteomalácia renal, caracterizada por dor óssea acentuada e fraturas dolorosas. Significa "ouch ouch" em japonês e foi descrita em mulheres japonesas devido à acumulação de cádmio nos ossos, causada por poluentes industriais.

Referência:•Waalkes M, Wahba ZZ, Rodriguez E. Cadmium. In: Sullivan JB Jr. Krieger GR. Clinical Environmental Health and Toxic Exposures. 2nd Edition. Lippincott Williams & Wilkins. 2001.

Crianças e metais pesados

CÁDMIO - FONTES DE EXPOSIÇÃO E ABSORÇÃO

❖ Alimentos: grãos, cereais, vegetais de folhas - apenas 5% são absorvidos.

❖ Doença de ltai ltai (contaminação por cádmio+ dieta pobre em cálcio e vitamina D)

❖ Inalação: fumo , poeira, cigarros : > 90% são absorvidos.

47

Page 60: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

•WHO. Cadmium. 10 Chemicals of major public health concern. Available at www.who.int/ipcs/features/cadmium.pdf - accessed 22 September 2011.

Page 61: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

A planta do tabaco acumula naturalmente concentrações relativamente altas de cádmio em suas folhas. Assim, fumar tabaco é uma importante fonte de exposição, e a ingestão diária pode exceder as dos alimentos, no caso de fumantes pesados. O tabagismo pode causar aumentos significativos nas concentrações de cádmio no rim, o principal órgão alvo da toxicidade do cádmio.

<<LEIA SLIDE>>

Refs:•Radisch B, Luck w, Nau H. Cadmium Concentrations in Milk and Blood of Smoking Mothers. Toxicology Letters. 1987, 36:147-152.•WHO. Cadmium. 10 Chemicals of major public health concern. Available at www.who.int/ipcs/features/cadmium.pdf - accessed 22 September 2011.

Crianças e metais pesados

FONTE DE EXPOSIÇÃO AO CÁDMIO -TABACO

❖Fumaça do tabaco : um fumante que fuma 1 carteira por dia absorve 5-1 O vezes a quantidade absorvida a partir da dieta diária.

❖Cádmio está presente no leito materno nas mulheres fumantes.

❖ Fumar cigarros pode causar aumento significativo das concentrações de cádmio nos rins, o principal órgão-alvo para toxicidade por cádmio

Page 62: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

•O teor de metal no tabaco provém do solo, concentrado por plantas de tabaco.

•O cádmio é usado em papel de cigarro para fazer o papel queimar mais lentamente. Estes metais ou são libertados para o ar pelo fumo de tabaco ou são retidos nas cinzas de cigarro.

•Um cigarro contém cerca de 0,5-2,0 ug de cádmio e cerca de 10% do teor de cádmio é inalado quando o cigarro é fumado (OMS 1992).

•O não-fumante pode passivamente inalar quantidade significativa de cádmio juntamente com o fumo do tabaco;

•Ref:•WHO. Environmental Health Criteria 134 - Cadmium International Programme on Chemical Safety (IPCS) Monograph. WHO. 1992.

Crianças e metais pesados

FONTE DE EXPOSIÇÃO AO CÁDMIO-TABACO

❖ Os metais presentes no tabaco são oriundos do solo, concentrados por plantas de tabaco

❖ O cádmio é usado no papel de cigarro para fazer com que o papel queime mais lentamente .

❖ O tabaco do cigarro contém cerca de 0,5-2,0 µg de cádmio e aproximadamente 10% do cádmio contido é inalado quando o cigarro é fumado (OMA 1992)

❖ Não-fumantes podem inalar passivamente uma quantidade significante de cádmio juntamente com o fumo do tabaco

49

Page 63: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

<<LEIA O SLIDE>>

Referência:•Waalkes M, Wahba ZZ, Rodriguez E. Cadmium. In: Sullivan JB Jr. Krieger GR. Clinical Environmental Health and Toxic Exposures. 2nd Edition. Lippincott Williams & Wilkins. 2001.

Crianças e metais pesados

CÁDMIO - METABOLISMO E EXCREÇÃO

❖ Não há funções benéficas conhecidas para corpo humano

❖ É transportado no sangue ligado a metalotioneína

❖ Maiores concentrações nos rins e fígado

❖ A excreção urinária é lenta

❖ Meia-vida biológica pode durar 25-30 anos.

50

Page 64: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Este slide apresenta os principais mecanismos de toxicidade do cádmio. Toxicidade aguda específica e toxicidade crônica são abordadas nos próximos slides.

<<LEIA O SLIDE>>

Ref:•Flora SJ, Mittal M, Mehta A. Heavy metal induced oxidative stress & its possible reversal by chelation therapy. Indian J Med Res. 2008. 128(4):501-23.

Image from Flora SJ, Mittal M, Mehta A. Heavy metal induced oxidative stress & its possible reversal by chelation therapy. Indian J Med Res. 2008. 128(4):501-23. Used with copyright permission. Copyright expires October 2014.

Crianças e metais pesados

MECANISMO DE TOXICIDADE DO CÁDMIO

❖ Interage com nutr ientes essenciais

❖ Compete com a absorção gastrintestinal de zinco , inibe

as enzimas do zinco

❖ Diminui cobre no fígado e plasma

❖ Se liga à ferrit ina , diminui hemoglobina - anemia

❖ Depos ita-se nos ossos

❖ Não gera rad icais livres de oxigên io

--­•Clt---11 -•IPH P1 Is

( .c-,.._forGl_,.., •Dlàur1>edZll­•-bl~'-""'/IMI •~Zllk,motallcld,loMlr

--~--......-. C81.ct4it.lldott

•-tolontllnoocllnnlfomns ._,..

·--­--0, -.__.,._ "''º' 1 --

lnteraction of cadmium with essential nutrients by which it causes its toxic effects. Flora SJ et ai. Heavy metal induced oxidative stress & its possible reversai by chelation therapy. lndian J Med Res . 2008 . 128(4) :501-23 .

Page 65: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

<<LER SLIDE>>

Nota: O conhecimento sobre a toxicidade aguda vem principalmente a partir das exposições industriais de adultos.

Ref:•Waalkes M, Wahba ZZ, Rodriguez E. Cadmium. In: Sullivan JB Jr. Krieger GR. Clinical Environmental Health and Toxic Exposures. 2nd Edition. Lippincott Williams & Wilkins. 2001.

Crianças e metais pesados

CÁDMIO - TOXICIDADE AGUDA

Ingestão - Sintomas gastrointestinais: náusea, vômito, dor abdominal, diarreia, salivação, tenesmo, gastroenterite hemorrágica - Necrose hepática - Necrose renal - Cardiomiopatia

Inalação (fumaça): - Respiratório: irritação nasofaríngea, dor no peito, dispneia - Pneumonite por fumaça de cádmio, potencialmente fatal! - Pode resultar em fibrose cística - Outros: dor de cabeça, tonturas, calafrios, fraqueza

52

Page 66: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

<<LER SLIDE>>

Nota: doença Itai Itai é uma forma de osteodistrofia renal, osteomalácia, com dor óssea acentuada e fraturas dolorosas. Significa "ai ai" em japonês e foi descrita em mulheres japonesas devido ao acúmulo de cádmio no osso, causada por poluentes industriais

Ref:•Waalkes M, Wahba ZZ, Rodriguez E. Cadmium. In: Sullivan JB Jr. Krieger GR. Clinical Environmental Health and Toxic Exposures. 2nd Edition. Lippincott Williams & Wilkins. 2001.

Crianças e metais pesados

CÁDMIO - TOXICIDADE CRÔNICA

❖ Respiratório: - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

- Fibrose pulmonar (restritiva)

- Câncer de pulmão

❖ Renal: - Necrose de túbulo proximal

- Proteinúria, secreção de beta 2 microglobulina

❖ Ósseo:

- Osteomalácia & osteoporose

- Dor óssea (ltai-ltai)

❖ Cardiovascular: hipertensão ❖ Câncer: pulmões, rins, próstata e estômago

❖ Outros: anosmia 53

Page 67: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Ref:•Tian LL et al. Effects of gestational cadmium exposure on pregnancy outcome and development in the offspring at age 4.5 years. Biol Trace Elem Res. 2009, 132(1-3):51-9.O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito potencial de exposição ao cádmio materno na gestação e no desenvolvimento da prole na idade de 4 anos e meio. Entre novembro de 2002 e dezembro de 2003, 109 mulheres grávidas normais foram incluídos em nossa coorte do País Da-Ye, Província de Hubei na China Central. Níveis de cádmio foram determinados na placenta, no sangue total e no sangue do cordão umbilical por Espectrômetro de Massa com Plasma Indutivamente Acoplado (ICP_MS). As 106 crianças de 4 anos e meio de idade filhas das mulheres acima mencionados foram seguidas e a taxa de seguimento foi de 97,25%. Foram realizados levantamentos detalhados dos questionários, medidas antropométricas, e o desenvolvimento de QI foi avaliado pela Escala de Inteligência de Wechsler para a Idade Pré-Escolar e Primária Edição Revisada (WPPSI-R). A análise de regressão linear múltipla indicou que o nível de cádmio no sangue do cordão umbilical foi significativamente correlacionado negativamente com o desenvolvimento do feto. Baixo peso ao nascer (menos de 2.500 g) ocorreu significativamente com mais frequência em crianças com maior quantidade de cádmio no sangue do cordão umbilical do que nos expostos a baixos níveis de cádmio no sangue do cordão umbilical. Significativamente foi encontrada correlação negativa entre a exposição ao cádmio no sangue do cordão umbilical e WPPSI-R QI pontuação total após o controle de variáveis de confusão. Concluiu-se que a concentração de cádmio sangue do cordão umbilical foi um fator que influenciou o crescimento tardio do feto e desenvolvimento do QI.

Crianças e metais pesados

EFEITOS DA EXPOSIÇÃO GESTACIONAL AO CÁDMIO NO DESFECHO DA GRAVIDEZ E NO DESENVOLVIMENTO DA

PROLE AOS 4 ANOS E MEIO DE IDADE

Objetivo: Avaliar o efeito potencial da exposição ao cádmio materno na gestação e no desenvolv imento da prole na idade de 4 anos e meio.

Métodos : Entre novembro de 2002 e dezembro de 2003 , 109 mulheres grávidas normais na China Central foram incluídas.

- Foram determinados os níveis de cádmio na placenta , no sangue total e no sangue do cordão umbilical

- 106 crianças de 4 anos e meio de idade foram acompanhadas

- Inquéritos por quest ionário , medidas antropométricas e desenvolvimento de QI foi avaliado pela Escala de Inteligência Primária e Pré-escolar de Wechsler (WPPSI-R).

Tian LL et ai. 2009

54

Page 68: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Este estudo mostra uma ligação entre a concentração de cádmio no sangue do cordão umbilical e crescimento fetal tardio e o desenvolvimento do QI.Ref:•Tian LL et al. Effects of gestational cadmium exposure on pregnancy outcome and development in the offspring at age 4.5 years. Biol Trace Elem Res. 2009, 132(1-3):51-9.O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito potencial de exposição ao cádmio materno na gestação e no desenvolvimento da prole na idade de 4 anos e meio. Entre novembro de 2002 e dezembro de 2003, 109 mulheres grávidas normais foram incluídos em nossa coorte do País Da-Ye, Província de Hubei na China Central. Níveis de cádmio foram determinados na placenta, no sangue total e no sangue do cordão umbilical por Espectrômetro de Massa com Plasma Indutivamente Acoplado (ICP_MS). As 106 crianças de 4 anos e meio de idade filhas das mulheres acima mencionados foram seguidas e a taxa de seguimento foi de 97,25%. Foram realizados levantamentos detalhados dos questionários, medidas antropométricas, e o desenvolvimento de QI foi avaliado pela Escala de Inteligência de Wechsler para a Idade Pré-Escolar e Primária Edição Revisada (WPPSI-R). A análise de regressão linear múltipla indicou que o nível de cádmio no sangue do cordão umbilical foi significativamente correlacionado negativamente com o desenvolvimento do feto. Baixo peso ao nascer (menos de 2.500 g) ocorreu significativamente com mais frequência em crianças com maior quantidade de cádmio no sangue do cordão umbilical do que nos expostos a baixos níveis de cádmio no sangue do cordão umbilical. Significativamente foi encontrada correlação negativa entre a exposição ao cádmio no sangue do cordão umbilical e WPPSI-R QI pontuação total após o controle de variáveis de confusão. Concluiu-se que a concentração de cádmio sangue do cordão umbilical foi um fator que influenciou o crescimento tardio do feto e desenvolvimento do QI.

Crianças e metais pesados

EFEITOS DA EXPOSIÇÃO GESTACIONAL AO CÁDMIO NO DESFECHO DA GRAVIDEZ E NO DESENVOLVIMENTO DA

PROLE AOS 4 ANOS E MEIO DE IDADE

Resultados:

- Cádmio no sangue do cordão umbilical - significativamente correlacionado negativamente com o desenvolvimento do feto

- Baixo peso ao nascer (menos de 2.500 g) significativamente mais frequente em crianças com maior quantidade de cádmio no sangue do cordão umbilical do que nos expostos a baixos níveis.

- Foi encontrada uma correlação negative significativa entre a exposição ao cádmio no sangue do cordão umbilical e a pontuação total de QI na Escala de Inteligência de Wechsler para a Idade Pré-Escolar e Primária na Edição Revisada (WPPSI-R)

Conclusão: Cádmio no sangue do cordão influenciou o crescimento fetal tardio e o desenvolvimento do QI.

Tian LL et ai. 2009 55

Page 69: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Este estudo mostra uma ligação entre a exposição gestacional ao cádmio ambiental e altura de nascimento neonatal significativamente menor.Ref:•Zhang YL et al. Effect of environmental exposure to cadmium on pregnancy outcome and fetal growth: a study on healthy pregnant women in China. J Environ Sci Health A Tox Hazard SubstEnviron Eng. 2004. 39(9):2507-15.O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito potencial de exposição ambiental ao cádmio na gestação e crescimento fetal. Gestantes normais foram selecionados a partir de Da-ye cidade da província de Hubei, uma área poluída por cádmio, de novembro de 2002 a janeiro de 2003. O sangue total de mulheres grávidas, o sangue do cordão umbilical e da placenta foram coletadas e os níveis de cádmio foram determinados por Espectrômetro de Massa com Plasma Indutivamente Acoplado. A taxa de incidência de trabalho de parto prematuro (idade gestacional <ou = 37 semanas) e asfixia neonatal, altura de nascimento neonatal e peso ao nascer foram comparados entre os grupos de nível de exposição inferiores e superiores de cádmio. O cádmio no sangue total de 44 mães variou entre 0,80-25,20 mcg / L. A concentração de cádmio no sangue materno foi significativamente maior do que no sangue do cordão umbilical (t = 11,44, P <0,01). O cádmio na placenta variou entre 0,084-3,97 mcg / g de peso seco. Após o ajuste para idade materna, história da gestação, o aborto e a lactação, a análise de regressão logística mostrou que não houve associação significativa entre os níveis de exposição ao cádmio e o resultado da gravidez (parto prematuro ou asfixia neonatal). A análise de regressão linear múltipla mostrou que, o nível de cádmio no sangue do cordão umbilical, mas não cádmio no sangue materno e o cádmio placenta, foi significativamente associado negativamente com a altura de nascimento neonatal (t = -2,33, P <0,05). O menor nível de cádmio no sangue do cordão (<ou = 0.40

Crianças e metais pesados

EFEITO DA EXPOSIÇÃO AMBIENTAL AO CÁDMIO NA GESTAÇÃO E CRESCIMENTO FETAL: ESTUDO EM GESTANTES

SAUDÁVEIS NA CHINA Objetivo:

Avaliar o efeito potencial da exposição gestacional ao cádmio sobre desfechos na gravidez e sobre o crescimento fetal.

Métodos :

Gestantes normais de uma área contaminada por cádmio (2002-2003) Níveis de cádmio medidos no sangue total de mulheres grávidas, no sangue do cordão e da placenta .

- Incidência de trabalho de parto prematuro (<ou = 37 semanas) e asfixia neonatal, altura de nascimento neonatal e peso ao nascer foram comparados entre os grupos de menor e maior grau de exposição ao cádmio .

- O cádmio no sangue total de 44 mães variou entre 0,8-25 ,20 ug / L. Cádmio no sangue materno foi significativamente mais elevado do que no sangue do cordão (t = 11,44, P <0,01 ). Cádmio na placenta variou entre 0,084-3 ,97 ug / g de peso seco .

Zhang YL et ai, 2004 56

Page 70: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

mcg / L) comparado com o maior nível de cádmio no sangue do cordão umbilical (> 0,40 mcg / L) foi associado a uma diminuição de 2,24 centímetros na altura do nascimento neonatal. Não houve associação significativa entre a exposição ao cádmio e o peso ao nascer. Concluiu-se que a exposição do meio ambiente ao cádmio foi significativamente menor na altura do nascimento neonatal.

Page 71: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Este estudo mostra uma ligação entre a exposição gestacional ao cádmio ambiental e altura de nascimento neonatal significativamente menor.Ref:•Zhang YL et al. Effect of environmental exposure to cadmium on pregnancy outcome and fetal growth: a study on healthy pregnant women in China. J Environ Sci Health A Tox Hazard Subst Environ Eng. 2004. 39(9):2507-15.O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito potencial de exposição ambiental ao cádmio na gestação e crescimento fetal. Gestantes normais foram selecionados a partir de Da-ye cidade da província de Hubei, uma área poluída por cádmio, de novembro de 2002 a janeiro de 2003. O sangue total de mulheres grávidas, o sangue do cordão umbilical e da placenta foram coletadas e os níveis de cádmio foram determinados por Espectrômetro de Massa com Plasma Indutivamente Acoplado. A taxa de incidência de trabalho de parto prematuro (idade gestacional <ou = 37 semanas) e asfixia neonatal, altura de nascimento neonatal e peso ao nascer foram comparados entre os grupos de nível de exposição inferiores e superiores de cádmio. O cádmio no sangue total de 44 mães variou entre 0,80-25,20 mcg / L. A concentração de cádmio no sangue materno foi significativamente maior do que no sangue do cordão umbilical (t = 11,44, P <0,01). O cádmio na placenta variou entre 0,084-3,97 mcg / g de peso seco. Após o ajuste para idade materna, história da gestação, o aborto e a lactação, a análise de regressão logística mostrou que não houve associação significativa entre os níveis de exposição ao cádmio e o resultado da gravidez (parto prematuro ou asfixia neonatal). A análise de regressão linear múltipla mostrou que, o nível de cádmio no sangue do cordão umbilical, mas não cádmio no sangue materno e o cádmio placenta, foi significativamente associado negativamente com a altura de nascimento neonatal (t = -2,33, P <0,05). O menor nível de cádmio no sangue do cordão (<ou = 0.40 mcg / L) comparado com o maior nível de cádmio no sangue do cordão umbilical (> 0,40 mcg / L) foi associado a uma diminuição de 2,24 centímetros na altura do nascimento neonatal. Não houve associação significativa entre a exposição ao cádmio e o peso ao nascer. Concluiu-se que a exposição do meio ambiente ao cádmio foi significativamente menor na altura do nascimento neonatal.

Crianças e metais pesados

EFEITO DA EXPOSIÇÃO AMBIENTAL AO CÁDMIO NA GESTAÇÃO E CRESCIMENTO FETAL: ESTUDO EM GESTANTES

SAUDÁVEIS NA CHINA Resultados:

- Nenhuma associação significativa entre os níveis de exposição ao cádmio e o resultado da gravidez (parto prematuro ou asfixia neonatal)

- O nível de cádmio no sangue do cordão umbilical , mas não o cádmio no sangue materno e o cádmio na placenta , foi negativamente associado de maneira significativa com a altura de nascimento neonatal (t = -2,33, P <0 ,05)

- O menor nível de cádmio no sangue do cordão (<ou= 0.40 mcg / L) comparado com o maior nível de cádmio no sangue do cordão umbilical (> 0,40 mcg / L) fo i associado a uma diminuição de 2,24 centímetros na altura do nascimento neonatal

- Nenhuma associação significativa entre a exposição ao cádmio e peso ao nascer .

Conclusão:

Exposição ambiental ao cádmio reduziu significativamente o comprimento de nascimento.

Zhang YL et ai, 2004 57

Page 72: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Este slide apresenta as opções de tratamento e de manejo para lidar com a exposição aguda e crônica ao cádmio. Para as exposições crônicas, a melhor estratégia é evitar mais exposição.

Refs:•Jamilaldin Fatemi S et al. Chelation of cadmium by combining deferasirox and deferipronein rats. Toxicol Ind Health. 2011. 27(4):371-7. •Waalkes M, Wahba ZZ, Rodriguez E. Cadmium. In: Sullivan JB Jr. Krieger GR. Clinical Environmental Health and Toxic Exposures. 2nd Edition. Lippincott Williams & Wilkins. 2001.

Crianças e metais pesados

CÁDMIO -TRATAMENTO & MANEJO

Exposição aguda ❖ Diagnóstico por sintomatologia

❖ Laboratoriais: níveis de cádmio no sangue e na urina

disfunção renal : albumina , creatin ina, 13r microglobulina , proteínas plasmáticas de ligação ao retino!

❖ Tratamento de suporte: - Após a ingestão faz-se a descontaminação gástrica

- Imediatamente após exposição aguda , EDTA Dissódico de Cálcio (CaNa 2-

EDTA} pode ser eficaz

Crônica - Prevenir exposição ■ A quelação é ineficaz devido à elevada afinidade do cádmio pela

metalotioneína

■ Terapia experimental com uma combinação de deferasirox e deferiprona foi eficaz em ratos (Jamilaldin Fatemi et ai, 2011) 58

Page 73: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Cobre – descrição geral: O cobre é um metal marrom-avermelhado, dúctil e maleável. Pertence ao grupo IB da Tabela Periódica. Em compostos encontrados no meio ambiente, geralmente, tem uma valência de 2, mas pode existir cobre metálico nos estados de valência +1 e +3. O cobre é encontrado naturalmente em uma larga variedade de sais minerais e de compostos orgânicos e, sob a forma metálica. O metal é fracamente solúvel em água, sal ou soluções ácidas suaves, mas pode ser dissolvido em ácidos nítrico e sulfúrico, bem como nas soluções básicas de hidróxido de amónio ou carbonato. Cobre possui alta condutividade elétrica e térmica e resistência à corrosão.Ref:•IPCS. Copper. Environmental Health Criteria 200. WHO, 1998.

Crianças e metais pesados

METAIS PESADOS SELECIONADOS

COBRE

59

Page 74: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Refs:•Fisher DC. Copper. In: Sullivan JB Jr. Krieger GR. Clinical Environmental Health and Toxic Exposures. 2nd Edition, Lippincott Williams & Wilkins, 2001.•Gupta A, Lutsenko S. Human copper transporters: mechanism, role in human diseases and therapeutic potential. Future Med Chem. 2009, 1(6):1125-42.

Crianças e metais pesados

COBRE - PROPRIEDADES, FUNÇÕES E TOXICIDADE ❖ Cobre metálico - resistente à corrosão

❖ Compostos de cobre (óxidos , sulfatos , e outros) podem ser tóxicos

FISIOLOGIA:

- Homeostase normal de cobre é essencial para o crescimento e desenvolvimento , um cofator de enzimas

DEFICIÊNCIA:

- hipertrofia cardíaca

- pobre mielinização neuronal

- anormalidades nos vasos sanguíneos

- resposta imune prejudicada

TOXICIDADE: (sulfato de cobre foi uma arma de assassinato e aborto)

- Gastrointestinais, respiratórios, renais e sintomas hematológicos 60

Page 75: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Fontes naturais de exposição ao cobre incluem poeiras transportadas pelo vento, vulcões, vegetação em decomposição, os incêndios florestais e água do mar. Emissões antropogênicas incluem fundições, fundições de ferro, estações de energia e fontes de combustão, tais como incineradores municipais. O grande lançamento do cobre à terra é de rejeitos e sobrecarrega a partir de minas de cobre e lodo de esgoto. A utilização agrícola de produtos de cobre responde por 2% do cobre liberado ao solo. Minérios de cobre são extraídos, fundidos e refinados para produzir muitos produtos industriais e comerciais. O cobre é amplamente usado em utensílios de cozinha e de sistemas de distribuição de água, bem como os fertilizantes, os bactericidas, fungicidas e algicidas, as tintas anti-incrustantes. Também é utilizada em aditivos para alimentação animal e promotores de crescimento. O cobre é utilizado na indústria como um ativador na flotação de minérios de sulfeto, na produção de conservantes de madeira, galvanoplastia, fabricação de corantes azóico, como mordente para corantes têxteis, refino de petróleo e fabricação de compostos de cobre.Ref:•Fisher DC. Copper. In: Sullivan JB Jr. Krieger GR. Clinical Environmental Health and ToxicExposures. 2nd Edition, Lippincott Williams & Wilkins, 2001.•IPCS. Copper. Environmental Health Criteria 200. WHO, 1998.

Crianças e metais pesados

COBRE - FONTES E ABSORÇÃO

Fontes:

■ Minas

■ Água contaminada

■ Pesticidas

■ Indústria metalúrgica

Absorção:

■ Ingestão : na dieta - 1,2 - 5 mg / dia (50% absorvido)

■ Inalação : poeira , fumaça em ambiente industrial (em adultos)

61

Page 76: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Ref:•Fisher DC. Copper. In: Sullivan JB Jr. Krieger GR. Clinical Environmental Health and Toxic Exposures. 2nd Edition, Lippincott Williams & Wilkins, 2001.

Crianças e metais pesados

COBRE - PRINCIPALMENTE TOXICIDADE AGUDA

❖ Overdose geralmente leve, devido ao seu efeito emético

❖ Intencional - cenário suicida, pode ser grave e fatal

Sintomas:

- Gastrointestinal: gosto metálico , náuseas , vômitos, sangramento gastroi ntestinal

- Renal: hematúria , oligúria, ureia e creatinina elevada, necrose tubular aguda

- Hematológico: anemia hemolítica

- Respiratório: febre da fumaça do metal - ambiente industrial

- congestão nasal, febre, calafrios, mal-estar, falta

de ar, melhoram nos finais de semana e recorrem Crônico - rara (exceto a doença de Wilson, genético-metabólica)

62

Page 77: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Crianças e metais pesados

METAIS PESADOS SELECIONADOS

TÁLIO

63

Page 78: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Ref:•Sullivan JB, Jr. Thallium. In: Sullivan JB Jr. Krieger GR. Clinical Environmental Health and Toxic Exposures. 2nd Edition, Lippincott Williams & Wilkins, 2001

Crianças e metais pesados

TÁLIO- PROPRIEDADES e FONTES

❖ Mole, branco-azulado

❖ Incolor, insípido, inodoro

❖ Quando exposto ao ar, oxida e forma o óxido de tálio

❖ Fontes: pequenas quantidades, fontes industriais: - eletrônicos

- vidros ópticos

- semicondutores

- contadores de cintilação

- lâmpadas de mercúr io

- dispositivos médicos - cintilografia para o coração , fígado e outros órgãos

- joias

- pigmentos

- raticidas 64

Page 79: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Ref:•Sullivan JB, Jr. Thallium. In: Sullivan JB Jr. Krieger GR. Clinical Environmental Health and Toxic Exposures. 2nd Edition, Lippincott Williams & Wilkins, 2001

Crianças e metais pesados

TÁLIO - ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E EXCREÇÃO

❖ Biodisponibilidade , quase 100% em:

ingestão , inalação e exposição dérmica

•!•Distribuição: intracelular, principalmente renal, também

coração e fígado

•!•Excreção: semanas (eliminação t½ - 10-30 dias)

65

Page 80: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

<<LER SLIDE>>

Envenenamento por tálio pode ser confundido com botulismo.

Por favor, observe que as informações sobre este slide se originam principalmente de dados de exposição de adultos.

Ref:•Sullivan JB, Jr. Thallium. In: Sullivan JB Jr. Krieger GR. Clinical Environmental Health and Toxic Exposures. 2nd Edition, Lippincott Williams & Wilkins, 2001

Crianças e metais pesados

TALIO-TOXICIDADE AGUDA ❖ O Tálio é altamente tóxico (dose oral letal - 6-40 mg/kg)

❖ Suicídio/ homicídio

❖ Tríade:

- Gastrointestinal: anorexia , vômito , sangramento gastro intestinal , dor

abdominal

- Polineuropatia - parestesia , fraqueza distal

- Alopécia (após 2 semanas)

Sintomas tardios: psicoses, convulsões , fadiga , alterações emocionais ,

insuficiênc ia renal, eritemas cutâneos, disfunção autonôm ica, coma,

del írio, alucinações , opacidade do cristalino, cardiotoxicidade com

arritmias, potencialmente fatal

Page 81: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Uma vez que não há nenhum tratamento específico para a toxicidade de tálio, o principal tratamento é o seguinte:• reduzir a absorção • aumentar a sua eliminação • e dar tratamento de suporte.

Crianças e metais pesados

TRATAMENTO DE TOXICIDADE DE TÁLIO

❖ Suporte

❖ Nenhum agente quelante eficaz

❖ Potássio (aumenta a excreção urinária de tálio)

❖ Ferricianeto de potássio li (Azul da Prússia) via oral

❖ Carvão ativado, catárticos

67

Page 82: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

A questão da possível associação de metais pesados com a saúde da criança freqüentemente tem surgido nos últimos 50 anos, devido a um aumento da incidência de autismo, a presença de metais pesados como conservantes de vacinas e outras preocupações. Os slides seguintes abordam algumas dessas questões com base em evidências e dados existentes.

Crianças e metais pesados

CONTROVÉR I S S B E

ESTÕES SOCIADA COM A

EX OSIÇÃO A MET S ESADOS

68

Page 83: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

A ligação entre os metais pesados e o autismo é atualmente uma área de pesquisa. As conclusões finais sobre esta relação são prematuras no momento.

Crianças e metais pesados

CONTROVÉRSIA: RELAÇÃO ENTRE METAIS PESADOS E AUTISMO?

❖ Justificativa: efeito neurotóxico dos metais pesados:

-Arsênio

- Chumbo

- Mercúrio

❖ Ligação ecológica : aumento na incidência de autismo na década de 1990

e::::> Aumento da exposição ao mercúrio?

❖ O mercúrio é um veneno para o neurodesenvolvimento; isto pode causar problemas na migração e divisão de células neuronais, e em última instância pode causar a degeneração e morte celular

69

Page 84: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Refs:•Hyiid A et al. Association between thimerosal-containing vaccine and autism. Journal of the American Medical Association, 1:290(13):1763-6.Mercuric compounds are nephrotoxic and neurotoxic at high doses. Thimerosal, a preservative used widely in vaccine formulations, contains ethylmercury. Thus it has been suggested that childhood vaccination with thimerosal-containing vaccine could be causally related to neurodevelopmental disorders such as autism.OBJECTIVE: To determine whether vaccination with a thimerosal-containing vaccine is associated with development of autism.DESIGN, SETTING, AND PARTICIPANTS: Population-based cohort study of all children born in Denmark from January 1, 1990, until December 31, 1996 (N = 467 450) comparing children vaccinated with a thimerosal-containing vaccine with children vaccinated with a thimerosal-free formulation of the same vaccine.MAIN OUTCOME MEASURES: Rate ratio (RR) for autism and other autistic-spectrum disorders, including trend with dose of ethylmercury.RESULTS: During 2 986 654 person-years, we identified 440 autism cases and 787 cases of other autistic-spectrum disorders. The risk of autism and other autistic-spectrum disorders did not differ significantly between children vaccinated with thimerosal-containing vaccine and children vaccinated with thimerosal-free vaccine (RR, 0.85 [95% confidence interval [CI], 0.60-1.20] for autism; RR, 1.12 [95% CI, 0.88-1.43] for other autistic-spectrum disorders). Furthermore, we found no evidence of a dose-response association (increase in RR per 25 microg of ethylmercury, 0.98 [95% CI, 0.90-1.06] for autism and 1.03 [95% CI, 0.98-1.09] for other autistic-spectrum disorders).CONCLUSION: The results do not support a causal relationship between childhood vaccination with thimerosal-containing vaccines and development of autistic-spectrum disorders.•Madsen KM et al. Thimerosal and the occurrence of autism: negative ecological evidence from Danish population-based data. Pediatrics. 2003, 112(3):604-6.It has been suggested that thimerosal, a mercury-containing preservative in vaccines, is a risk factor for the development of autism. We examined whether discontinuing the use of thimerosal-containing vaccines in Denmark led to a decrease in the incidence of autism.DESIGN: Analysis of data from the Danish Psychiatric Central Research Register recording all psychiatric admissions since 1971, and all outpatient contacts in psychiatric departments in Denmark since 1995.PATIENTS: All children between 2 and 10 years old who were diagnosed with autism during the period from 1971-2000.OUTCOME MEASURES: Annual and age-specific incidence for first day of first recorded admission with a diagnosis of autism in children between 2 and 10 years old.RESULTS: A total of 956 children with a male-to-female ratio of 3.5:1 had been diagnosed with autism during the period from 1971-2000. There was no trend toward an increase in the incidence of autism during that period when thimerosal was used in Denmark, up through 1990. From 1991 until 2000 the incidence increased and continued to rise after the removal of thimerosal from vaccines, including increases among children born after the discontinuation of thimerosal.CONCLUSIONS: The discontinuation of thimerosal-containing vaccines in Denmark in 1992 was followed by an increase in the incidence of autism. Our ecological data do not support a correlation between thimerosal-containing vaccines and the incidence of autism.•Stehr-Green P et al. Autism and thimerosal-containing vaccines: lack of consistent evidence for an association. Am J Prev Med. 2003, 25: 101-6In 1999, concerns were raised that vaccines containing the preservative Thimerosal might increase the risk of autism and/or other neurodevelopmental disorders.METHODS: Between the mid-1980s through the late-1990s, we compared the prevalence/incidence of autism in California, Sweden, and Denmark with average exposures to Thimerosal-containing vaccines. Graphic ecologic analyses were used to examine population-based data from the United States (national immunization coverage surveys and counts of children diagnosed with autism-like disorders seeking special education services in California); Sweden (national inpatient data on autism cases, national vaccination coverage levels, and information on use of all vaccines and vaccine-specific amounts of Thimerosal); and Denmark (national registry of inpatient/outpatient-diagnosed autism cases, national vaccination coverage levels, and

Crianças e metais pesados

RELAÇÃO NÃO CAUSAL ENTRE CRIANÇAS VACINADAS COM VACINAS CONTENDO TIOMERSAL E DESENVOLVIMENTO DE

TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA

❖ Compostos de mercúrio são neurotóxicos em doses altas

❖ Tiomersal (timerosal), um conservante utilizado em vacinas , contém acetato de mercúrio

❖ Estudos de vacinação infantil com a vacina contendo tiomersal não oferecem suporte de ligação com o autismo

❖ Estudo de coorte com base populacional de 467 .450 crianças nascidas na Dinamarca (1990 -1996), comparando crianças vacinadas com a vacina contendo tiomersal com crianças vacinadas com a vacina sem tiomersal.

70

Page 85: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

information on use of all vaccines and vaccine-specific amounts of Thimerosal).RESULTS: In all three countries, the incidence and prevalence of autism-like disorders began to rise in the 1985-1989 period, and the rate of increase accelerated in the early 1990s. However, in contrast to the situation in the United States, where the average Thimerosal dose from vaccines increased throughout the 1990s, Thimerosalexposures from vaccines in both Sweden and Denmark-already low throughout the 1970s and 1980s-began to decrease in the late 1980s and were eliminated in the early 1990s.CONCLUSIONS: The body of existing data, including the ecologic data presented herein, is not consistent with the hypothesis that increased exposure to Thimerosal-containing vaccines is responsible for the apparent increase in the rates of autism in young children being observed worldwide.

Page 86: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Refs:•Hyiid A et al. Association between thimerosal-containing vaccine and autism. Journal of the American Medical Association, 1:290(13):1763-6.Mercuric compounds are nephrotoxic and neurotoxic at high doses. Thimerosal, a preservative used widely in vaccine formulations, contains ethylmercury. Thus it has been suggested that childhood vaccination with thimerosal-containing vaccine could be causally related to neurodevelopmental disorders such as autism.OBJECTIVE: To determine whether vaccination with a thimerosal-containing vaccine is associated with development of autism.DESIGN, SETTING, AND PARTICIPANTS: Population-based cohort study of all children born in Denmark from January 1, 1990, until December 31, 1996 (N = 467 450) comparing children vaccinated with a thimerosal-containing vaccine with children vaccinated with a thimerosal-free formulation of the same vaccine.MAIN OUTCOME MEASURES: Rate ratio (RR) for autism and other autistic-spectrum disorders, including trend with dose of ethylmercury.RESULTS: During 2 986 654 person-years, we identified 440 autism cases and 787 cases of other autistic-spectrum disorders. The risk of autism and other autistic-spectrum disorders did not differ significantly between children vaccinated with thimerosal-containing vaccine and children vaccinated with thimerosal-free vaccine (RR, 0.85 [95% confidence interval [CI], 0.60-1.20] for autism; RR, 1.12 [95% CI, 0.88-1.43] for other autistic-spectrum disorders). Furthermore, we found no evidence of a dose-response association (increase in RR per 25 microg of ethylmercury, 0.98 [95% CI, 0.90-1.06] for autism and 1.03 [95% CI, 0.98-1.09] for other autistic-spectrum disorders).CONCLUSION: The results do not support a causal relationship between childhood vaccination with thimerosal-containing vaccines and development of autistic-spectrum disorders.•Madsen KM et al. Thimerosal and the occurrence of autism: negative ecological evidence from Danish population-based data. Pediatrics. 2003, 112(3):604-6.It has been suggested that thimerosal, a mercury-containing preservative in vaccines, is a risk factor for the development of autism. We examined whether discontinuing the use of thimerosal-containing vaccines in Denmark led to a decrease in the incidence of autism.DESIGN: Analysis of data from the Danish Psychiatric Central Research Register recording all psychiatric admissions since 1971, and all outpatient contacts in psychiatric departments in Denmark since 1995.PATIENTS: All children between 2 and 10 years old who were diagnosed with autism during the period from 1971-2000.OUTCOME MEASURES: Annual and age-specific incidence for first day of first recorded admission with a diagnosis of autism in children between 2 and 10 years old.RESULTS: A total of 956 children with a male-to-female ratio of 3.5:1 had been diagnosed with autism during the period from 1971-2000. There was no trend toward an increase in the incidence of autism during that period when thimerosal was used in Denmark, up through 1990. From 1991 until 2000 the incidence increased and continued to rise after the removal of thimerosal from vaccines, including increases among children born after the discontinuation of thimerosal.CONCLUSIONS: The discontinuation of thimerosal-containing vaccines in Denmark in 1992 was followed by an increase in the incidence of autism. Our ecological data do not support a correlation between thimerosal-containing vaccines and the incidence of autism.•Stehr-Green P et al. Autism and thimerosal-containing vaccines: lack of consistent evidence for an association. Am J Prev Med. 2003, 25: 101-6In 1999, concerns were raised that vaccines containing the preservative Thimerosal might increase the risk of autism and/or other neurodevelopmental disorders.METHODS: Between the mid-1980s through the late-1990s, we compared the prevalence/incidence of autism in California, Sweden, and Denmark with average exposures to Thimerosal-containing vaccines. Graphic ecologic analyses were used to examine population-based data from the United States (national immunization coverage surveys and counts of children diagnosed with autism-like disorders seeking special education services in California); Sweden (national inpatient data on autism cases, national vaccination coverage levels, and information on use of all vaccines and vaccine-specific amounts of Thimerosal); and Denmark (national registry of inpatient/outpatient-diagnosed autism cases, national vaccination coverage levels, and

Crianças e metais pesados

RELAÇÃO NÃO CAUSAL ENTRE CRIANÇAS VACINADAS COM VACINAS CONTENDO TIOMERSAL E DESENVOLVIMENTO DE

TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA

❖ Risco de autismo e outras desordens de espectro autista não diferiu significativamente entre as crianças vacinadas com a vacina contendo tiomersal e crianças vacinadas com a vacina sem tiomersal (risco relativo de 0,85 para o autismo ; risco relativo de 1, 12 para outras desordens do espectro do autismo)

❖ Estudos ecológicos da prevalência / incidência de autismo na Califórnia , Suécia obtiveram resultados semelhantes

❖ Os estudos não mostram uma relação causal entre a vacinação infantil com vacinas contendo tiomersal e transtornos do espectro do autismo

71

Page 87: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

information on use of all vaccines and vaccine-specific amounts of Thimerosal).RESULTS: In all three countries, the incidence and prevalence of autism-like disorders began to rise in the 1985-1989 period, and the rate of increase accelerated in the early 1990s. However, in contrast to the situation in the United States, where the average Thimerosal dose from vaccines increased throughout the 1990s, Thimerosal exposures from vaccines in both Sweden and Denmark-already low throughout the 1970s and 1980s-began to decrease in the late 1980s and were eliminated in the early 1990s.CONCLUSIONS: The body of existing data, including the ecologic data presented herein, is not consistent with the hypothesis that increased exposure to Thimerosal-containing vaccines is responsible for the apparent increase in the rates of autism in young children being observed worldwide.

Page 88: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Thiomersal - Extract from report of Global Advisory Committee on Vaccine Safety (GACVS) meeting of 18-19 June 2008, published in the WHO Weekly Epidemiological Record on 8 August 2008. Available at www.who.int/vaccine_safety/topics/thiomersal/Jun_2008/en/index.html – accessed 22 September 2011.

The Global Advisory Committee on Vaccine Safety considered the presentation of a recently published pharmacokinetic study of mercury in premature and low-birth-weight infants who received a birth dose of hepatitis B vaccine containing thiomersal.6 The results suggest that exposure to thiomersal-containing vaccines does not result in accumulation of mercury in blood and that the blood half-life (2.9–4.1 days) of intramuscular ethyl mercury from thiomersal in vaccines in infants is substantially shorter than that of oral methyl mercury in adults. The study concluded that exposure guidelines based on oral methyl mercury may not be appropriate for use in assessing the risk of thiomersal in vaccines at dosages consistent with standard vaccination regimens.

The Global Advisory Committee on Vaccine Safety also considered the results of a study conducted in Italy that examined the neuropsychological performance 10 years after immunization in infancy with thiomersal-containing vaccines (Tozzi A., unpublished data, 2008). According to the results, higher thiomersal exposure through vaccines administered in the first year of life was significantly associated with lower scores on 2 neuropsychological outcomes (motor function, measured using the finger-tapping test, and language, measured using the Boston naming test). The differences in mean scores were very small, detected only in girls, of doubtful clinical relevance, and not consistent with results from other studies of ethyl mercury. The observed associations may reflect the effect of chance.

On the basis of the presented data, Global Advisory Committee on Vaccine Safety remains of the view that there is no evidence supporting any change in WHO’s recommendations for thiomersal-containing vaccines and the vaccination of low-birth-weight infants where indicated.

Crianças e metais pesados

OMS E TIOMERSAL

Comitê Consultivo Global de Segurança das Vacinas continua a considerar que não há provas que sustentam qualquer alteração nas recomendações da OMS para vacinas contendo tiomersal e para a vacinação de crianças com baixo peso ao nascer onde indicado

WHO Weekly Epidemiological Record, 2008

72

Page 89: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Ref: •Hertz-Picciotto I et al. Blood mercury concentrations in CHARGE Study children with and without autism. Environ Health Perspect. 2010, 118(1):161-6.Some authors have reported higher blood mercury (Hg) levels in persons with autism, relative to unaffected controls.OBJECTIVES: We compared blood total mercury concentrations in children with autism or autism spectrum disorder (AU/ASD) and typically developing (TD) controls in population-based samples, and determined the role of fish consumption in differences observed.METHODS: The Childhood Autism Risk from Genetics and the Environment (CHARGE) Study enrolled children 2-5 years of age. After diagnostic evaluation, we analyzed three groups: autism spectrum disorder (AU/ASD), non-autism spectrum disorder (non-AU/ASD) with developmental delay (DD), and population-based typically developing (TD) controls. Mothers were interviewed about household, medical, and dietary exposures. Blood Hg was measured by inductively coupled plasma mass spectrometry. Multiple linear regression analysis was conducted (n = 452) to predict blood Hg from diagnostic status controlling for Hg sources.RESULTS: Fish consumption strongly predicted total mercury (Hg) concentration. Autism spectrum disorder (AU/ASD) children ate less fish. After adjustment for fish and other Hg sources, blood Hg levels in autism spectrum disorder (AU/ASD) children were similar to those of typically developing children (p = 0.75); this was also true among non-fish eaters (p = 0.73). The direct effect of autism spectrum disorder (AU/ASD) diagnosis on blood mercury not through the indirect pathway of altered fish consumption was a 12% reduction. Developmental Delay (DD) children had lower blood Hg concentrations in all analyses. Dental amalgams in children with gum-chewing or teeth-grinding habits predicted higher levels.CONCLUSIONS: After accounting for dietary and other differences in Hg exposures, total Hg in blood was neither elevated nor reduced in CHARGE Study preschoolers with autism spectrum disorder (AU/ASD) compared with unaffected controls, and resembled those of nationally representative samples.

Crianças e metais pesados

MERCÚRIO NO SANGUE FOI SIMILAR EM PRÉ-ESCOLARES COM AUTISMO EM COMPARAÇÃO COM CONTROLES NÃO

AFETADOS Objetivos:

Comparamos mercúrio total no sangue de crianças com autismo ou transtorno do espectro autista e controles com desenvolvimento típico em amostras de base populacional , e determinamos o papel do consumo de peixe sobre as diferenças observadas.

Métodos:

❖ O estudo incluiu crianças de 2 a 5 anos de idade com risco genético e ambiental para autismo

❖ Três grupos analisados: transtorno do espectro do autismo , transtorno do espectro do autismo sem atraso no desenvolvimento e controles com desenvolvimento típico de base populacional.

❖ Foi realizada análise de regressão linear múltipla (n = 452) para predizer os níveis de Hg no sangue nos casos diagnosticados, controlando as fontes de mercúrio. Hertz-Picciotto I et ai, 2010 73

Page 90: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Ref: •Hertz-Picciotto I et al. Blood mercury concentrations in CHARGE Study children with and without autism. Environ Health Perspect. 2010, 118(1):161-6.Some authors have reported higher blood mercury (Hg) levels in persons with autism, relative to unaffected controls.OBJECTIVES: We compared blood total mercury concentrations in children with autism or autism spectrum disorder (AU/ASD) and typically developing (TD) controls in population-based samples, and determined the role of fish consumption in differences observed.METHODS: The Childhood Autism Risk from Genetics and the Environment (CHARGE) Study enrolled children 2-5 years of age. After diagnostic evaluation, we analyzed three groups: autism spectrum disorder (AU/ASD), non-autism spectrum disorder (non-AU/ASD) with developmental delay (DD), and population-based typically developing (TD) controls. Mothers were interviewed about household, medical, and dietary exposures. Blood Hg was measured by inductively coupled plasma mass spectrometry. Multiple linear regression analysis was conducted (n = 452) to predict blood Hg from diagnostic status controlling for Hg sources.RESULTS: Fish consumption strongly predicted total mercury (Hg) concentration. Autism spectrum disorder (AU/ASD) children ate less fish. After adjustment for fish and other Hg sources, blood Hg levels in autism spectrum disorder (AU/ASD) children were similar to those of typically developing children (p = 0.75); this was also true among non-fish eaters (p = 0.73). The direct effect of autism spectrum disorder (AU/ASD) diagnosis on blood mercury not through the indirect pathway of altered fish consumption was a 12% reduction. Developmental Delay (DD) children had lower blood Hg concentrations in all analyses. Dental amalgams in children with gum-chewing or teeth-grinding habits predicted higher levels.CONCLUSIONS: After accounting for dietary and other differences in Hg exposures, total Hg in blood was neither elevated nor reduced in CHARGE Study preschoolers with autism spectrum disorder

Crianças e metais pesados

MERCÚRIO NO SANGUE FOI SIMILAR EM PRÉ-ESCOLARES COM AUTISMO EM COMPARAÇÃO COM CONTROLES NÃO

Resultados AFETADOS

O consumo de peixe predisse fortemente a concentração total de Hg ■ Após o ajuste para os peixes e outras fontes de mercúrio, os níveis de Hg no

sangue de crianças com transtorno do espectro autista foram semelhantes aos controles de desenvolvimento típico (p = 0,75). Crianças com atraso de desenvolvimento apresentaram menor mercúrio no sangue em todas as análises.

■ Amálgamas dentários em crianças com hábitos de ranger os dentes ou mascar chiclete predisse níveis mais elevados.

Conclusões Após a contabil ização da dieta e de outras diferenças em exposição ao

mercúrio, o mercúrio total no sangue , no estudo , foi semelhante em pré-escolares

com transtorno do espectro autista em comparação com os controles não

afetados , e se assemelhavam aos de amostras representativas em termos

nacionais. Hertz-Picciotto I et ai, 2010 74

Page 91: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

(AU/ASD) compared with unaffected controls, and resembled those of nationally representative samples.

Page 92: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Vamos acabar com este belo lembrete para nós de uma criança na Índia, temos de reconhecer os riscos para os nossos filhos e assumir as nossas responsabilidades de evitá-los, porque temos o nosso futuro em nossas mãos e o futuro são os nossos filhos. Obrigado.

Crianças e metais pesados

Temos o futuro em nossas mãos e o futuro são os nossos filhos

Page 93: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Crianças e metais pesados

AGRADECIMENTOS

A OMS é grata ao Escritório de Proteção à Saúde da Criança (EPA) dos EUA pelo apoio financeiro que tornou possível este projeto e por alguns dos dados , gráficos e textos utilizados

na preparação desses materiais para um público amplo. Um apoio adicional foi gentilme nte cedido pelo Departamento de Saúde do Reino Unido.

Primeiro projeto elaborado por Yona Amitai , MD, MPH (Israel)

Com acessoria dos membros do Grupo de Trabalho sobre o Pacote de Treinamento para o Setor da Saúde: Cristina Alonzo MD (Uruguai); Yona Amitai MD MPH (Israel); Stephan Boese-O 'Reilly MD MPH (Alemanha); Stephania Borgo MD (ISDE, Itália) ; lrena Buka MD (Canadá) ; Ernesto Burgio (ISDE, ltaly) ; Lilian Corra MD (Argentina); Ligia Fruchtengarten MD (Brasil); Amalia Laborde MD (Uruguai); Jenny Pronczuk MD (OMS) Christian Schweizer TO (OMS/EURO) ; Kathy Shea MD (EUA).

Revisores : Dr Huw Brunt (RU), Prof Gary Coleman (RU), Dr Raquel Duarte­Davidson (RU), Dr Elaine Lynch Farmery (RU), Alison M Good BSc Dip Med Tox MSc (RU), Dr Mark Griffiths (RU), Dr John Thompson (RU), Dr Laura Yates (RU)

Coordenação de projeto da OMS:

Última atualização : Outubro , 2011

Ruth A. Etzel , MD PhD Marie-Noel Bruné , MSc

76

Page 94: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Crianças e metais pesados

AVISO LEGAL □ As designações empregadas e a apresentação do material nesta publicação não implicam a

expressão de qualquer opinião por parte da Organização Mundial da Saúde sobre a situação legal de qualquer país, território , cidade ou área ou de suas autoridades , nem sobre a delim itação de suas fronteiras ou limites. As linhas pontilhadas nos mapas representam fronteiras aprox imadas sobre as quaís pode ainda não existir acordo completo .

□ A menção de empresas especificas ou de certos produtos não implica que eles sejam endossados ou recomendados pela Organização Mundial da Saúde em detrimento de outros de natureza similar que não sejam mencionados . Salvo erro ou omissões, os nomes de produtos patenteados são distinguidos por inicia is maiúsculas .

□ As opiniões e conclusões expressas não representam necessariamente a posição oficial da Organ ização Mundial da saúde .

□ Esta publicação está sendo distribuída sem qualquer tipo de garantia expressa ou implícita . Em nenhum caso a Organízação Mundia l da Saúde será responsável por quaisquer danos , incluindo danos gerais , especiais , acidenta is ou consequentes , decorrentes do uso desta publicação .

□ O conteúdo deste módulo de formação é baseado em referênc ias disponíveis na literatura publicada a partir da última atualização . Os usuários são incentivados a pesquisar bancos de dados médicos padrão para atualização na ciência para questões de especial interesse ou sensib ílidade em suas regiões e áreas de interesse específicos .

□ Se os usuários deste módulo de treinamento acharem necessário fazer qualquer modificação (simplificaçã o, adição ou supressão) para a apresentação , o adaptador deve ser responsável por todas as modificações feitas . A Organização Mundial da Saúde se isenta de qualquer responsabil idade pelas adaptações feitas por outros . Todas as modificações devem ser claramente distinguidas do material original da OMS .

77

Page 95: S DE META RA A SAÚDE DAS CRIANÇAS - WHO

Crianças e metais pesados

A tradução em português dos módulos foi realizada por: Ana Carolina Jordão Cuimbra , Ana Paula Jacobs , Andressa Baseggio , Bianca Boff Sandi , Cecília Buratti , Fernanda Chiaradia , Guilherme Foletto, Jéssica Betti, Marieli Grassi , Mayara Brito, Roberta Florian e Stephanie Schafer. (Universidade de Caxias do Sul / Brasil)

Revisão e supervisão: Emerson Rodrigues da Silva, M.D., Ph.D.

Coordenação do Center for Environmental Hazards to Chíldren's Health (CEHCH) , da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul/ Brasil: Renato Stein, M.D., Ph.D.

78