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Campo Grande-MS | Sábado, 14 de setembro de 2019
A5
CIDADESSó em novembro
Correios
Vítima de ataque Pista com desvio
Na Capital, 68 unidades estão sem abastecimento e a distribuição só será retomada em novembro
Sem doses da vacina pentavalente nas unidades de saúde
Greve nacional afeta serviços como de Sedex
Enfermeiro esfaqueado recebe alta depois de ficar dois dias na Santa Casa
Carro cai em buraco na obra da Avenida BandeirantesValentin Manieri
Mar
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Além do acordo coletivo, a entrada dos Correios na lista do Programa de Parcerias de Investimentos, o que seria um início de um processo de privatização da estatal, também influenciou o movimento. No início de agosto, o presidente Jair Bolsonaro declarou que a privatização dos Correios estava no radar do governo. “O mensalão começou com eles. Sempre foi um local de aparelhamento político e que foi saqueado, como no fundo de pensão. Os funcionários perderam muito, tiveram de aumentar a contribuição para honrar”, disse.
Privatização
Thais Cintra e Raiane Carneiro
A falta de vacinas penta-valente nos municípios do interior do Estado tem preo-cupado pais e a Secretaria de Estado da Saúde. Em Campo Grande, onde há a maior rede de Unidades Básicas de Saúde, dos 68 postos, todos estão com os estoques ze-rados. Conforme a Sesau (Se-cretaria Municipal de Saúde Pública), o município está aguardando reposição do Ministério da Saúde, no en-tanto a pasta divulgou nesta semana que o fornecimento só deve ser regularizado em novembro.
O que tem levado à falta da dose é uma suspensão no for-necimento dos medicamentos, que são feitos pela Opas (Or-
ganização Pan-Americana da Saúde). Após a análise de qualidade na composição da vacina utilizada no país, o INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde) reprovou a substância por não atender as exigências da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Segundo a Sesau, o Mi-nistério da Saúde repassou doses para alguns estados, no entanto Mato Grosso do Sul não foi contemplado com essas remessas. Com a nor-matização prevista somente em novembro, a secretaria orienta que os pais fiquem alertas para as demais vacinas que devem ser aplicadas nas crianças, seguindo o calen-dário vacinal. Quando houver a reposição, os pais e respon-
sáveis devem levar as crianças à unidade de saúde.
O desabastecimento acon-tece após a suspensão das vacinas por não atender os critérios da Anvisa. Por este motivo, as compras com o antigo fornecedor, a indiana Biologicals E. Limited, foram interrompidas pela Organi-zação Mundial da Saúde/Opas, que pré-qualifica os laborató-rios. O Ministério da Saúde solicitou a reposição do medi-camento à Opas. Por ser imu-nobiológico, diferentemente dos medicamentos sintéticos, a vacina não tem disponibili-dade imediata.
Em agosto deste ano, mais de 6 milhões de doses co-meçaram a chegar de forma escalonada ao país. A pre-visão é de que o abasteci-
Thais Cintra e Raiane Carneiro
A paralisação dos traba-lhadores dos Correios com-pleta quatro dias hoje e sem previsão para terminar. Se-gundo a presidente do sin-dicato em Mato Grosso do Sul, Elaine Regina Oliveira, a adesão aumentou em todo o Estado, sendo agora 34 municípios com agências pa-ralisadas. Por parte dos Cor-reios, segundo a assessoria de imprensa, até ontem (13), dos 1.370 trabalhadores, 1.164 não haviam parado, o que repre-senta 85% dos trabalhadores. Ainda conforme os Correios, somente foram suspensos ser-viços urgentes, como Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje, que estão com postagens
temporariamente suspensas.A ECT (Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos) co-municou que deu entrada no TST (Tribunal Superior do Trabalho) contra a greve no dia 12, solicitando audiência de conciliação. Conforme nota divulgada ontem, os Correios aceitaram a proposta de enca-minhamento do TST, contudo pedem o fim da paralisação em todo o país. Foram aceitas as cláusulas como vigência do plano de saúde, até o dia 2 de outubro, data do julgamento do dissídio coletivo. Os sin-dicatos se comprometeram a discutir o fim da greve em as-sembleia até a próxima terça--feira (17). A empresa alega prejuízo de aproximadamente R$ 3 bilhões.
Raiane Carneiro
O enfermeiro de 35 anos atacado por um paciente no CRS (Centro Regional de Saúde) Aero Rancho, na quarta-feira (11), já saiu da Santa Casa de Campo Grande. Conforme a asses-soria de imprensa do hos-pital, o servidor recebeu alta na noite de quinta-feira (12). Durante o período de internação, ele passou por um procedimento cirúrgico no cotovelo esquerdo, sem maiores complicações. Por conta da repercussão do caso, o Coren-MS (Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) está acompanhando o caso e afirma que a situação expõe a falta de condições de tra-
balho nas unidades de saúde. Conforme o conselho,
e segundo a nota emitida sobre o caso, um dos pro-blemas mais frequentes nas unidades de saúde da Capital é a insuficiência de enfermeiros para atender a demanda de pacientes. Em razão disso, foi solicitada mais contratação para o prefeito Marquinhos Trad, porque o concurso público não é o suficiente para su-prir o deficit. Além disso, foi feito o pedido de melhorias nas condições de trabalho. Um dos pontos ressaltados pelo Coren é a falta de se-gurança nos locais, citando como exemplo que não havia seguranças no local, o que “poderia ter intimidado o autor do ataque”.
Thais Cintra
Por volta das 4h da manhã, um motorista que dirigia em alta velocidade caiu em um vala aberta na Avenida Ban-deirantes. A via passa por requalificação desde abril. Imagens de circuito de segu-rança mostram que o veículo Gol, conduzido por um ope-rador de caixa, de 27 anos, vinha em alta velocidade e ao ultrapassar bateu na placa de sinalização antes de cair no buraco.
A equipe da Engepar, res-ponsável pela obra, esteve no local do acidente e cons-tatou que havia sinalização de aviso. “A sinalização em volta da obra é feita com placas, cones e faixas de contenção. Quando a equipe de traba-lhadores encerra um procedi-mento, o técnico de segurança fiscaliza toda a área em torno dos maquinários. Pode ser que alguém, durante a noite, tenha alterado a sinalização.
Por isso precisamos analisar imagens de câmeras de segu-rança dos estabelecimentos próximos”, explica o enge-nheiro e gerente do contrato
da Engepar, Thiago Gonçalez. As obras, que fazem parte do PAC Mobilidade, foram ini-ciadas há cinco meses com o intuito de melhorar o fluxo de
carros na avenida para viabi-lizar o corredor de ônibus. Até às 10 da manhã, o carro ainda estava no local esperando a retirada do guincho.
Valentin Manieri
Já os trabalhadores rei-vindicam reajuste salarial e permanência de 45 cláusulas que a empresa quer retirar, constantes no último acordo
coletivo. A empresa oferece reajuste de 0,80%. Conforme a presidente do sindicato, Elaine Regina Oliveira, a di-reção da empresa quer dimi-
nuir os salários e benefícios com o objetivo de entregar a estatal para o setor privado, à custa dos direitos dos tra-balhadores.
mento voltará à normalidade a partir de novembro. O país demanda normalmente 800 mil doses mensais dessa vacina. O SUS (Sistema Único de Saúde) fará uma busca ativa pelas crianças que completaram 2, 4 ou 6 meses de idade entre os meses de agosto e novembro, para vaciná-las, assim que os
estoques forem normalizados.Embora haja recursos para
aquisição, o recebimento efe-tivo pelo Brasil depende do processo de fabricação e tes-tagem. O Ministério da Saúde reforça que não há dados alarmantes que resultem numa epidemia no Brasil das doenças cobertas pela vacina
pentavalente. Ainda assim, neste momento, os estoques nacionais são suficientes para realização de bloqueios vacinais, caso surtos inespe-rados apareçam. O sistema de vigilância à saúde moni-tora continuamente o tema e emitirá os alertas se estes forem necessários.