S1_Acidente de Trabalho

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  • Introduo Segurana do Trabalho

    UMinho | Ana Sofia Colim

  • Introduo

    Segurana

    Higiene

    Ergonomia

    Sade

    Conjunto de mtodos que visam a preveno de acidentes de trabalho, atravs da avaliao e controlo dos riscos profissionais.

    Ocupacionais

  • Introduo

    Segurana

    Higiene

    Ergonomia

    Sade

    Ocupacionais

    Conjunto de Mtodos no mdicos que visam a preveno de doenas profissionais, atravs do controlo da exposio aos agentes fsicos, qumicos e biolgicos.

  • Introduo

    Segurana

    Higiene

    Ergonomia

    Sade

    Ocupacionais

    Conjunto de mtodos mdicos que visam a vigilncia mdica e o controlo dos elementos fsicos, sociais e mentais que possam afectar a sade dos trabalhadores.

  • Conceito e Legislao aplicvel

    Acidente de Trabalho

    UMinho | Ana Sofia Colim

  • Conceito AT Segundo Heinrich

    Acontecimento no planeado e no controlado atravs do qual a ao ou a reao de um objeto, substncia, pessoa ou radiao, resulta em dano pessoal ou probabilidade de tal ocorrncia.

  • Conceito AT Segundo Compes

    Repentina perturbao no sistema Homem-Mquina-Ambiente, atravs da qual a transformao de energia qumica ou fsica entre as substncias e/ou pessoas produz danos no planeados que, total ou permanentemente, reduzem o valor e/ou funo de pelo menos um dos componentes do sistema.

  • Conceito AT Lei 98/2009 (Artigo 8.)

    acidente de trabalho aquele que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza direta ou indiretamente leso corporal, perturbao funcional ou doena de que resulte reduo na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte. [acesso Lei 98/2009]

  • Extenso do Conceito Lei 98/2009 (Artigo 9.) Na ida para o local de trabalho ou no regresso deste (nos trajetos normalmente utilizados e durante o perodo de tempo habitualmente gasto pelo trabalhador):

    entre qualquer dos seus locais de trabalho, no caso de ter mais de um emprego ( responsvel pelo acidente o empregador para cujo local de trabalho o trabalhador se dirige);

    entre a sua residncia habitual ou ocasional e as instalaes que constituem o seu local de trabalho;

    entre qualquer dos locais referidos na alnea anterior e o local do pagamento da retribuio;

    entre qualquer dos locais referidos na 2 alnea e o local onde ao trabalhador deva ser prestada qualquer forma de assistncia ou tratamento por virtude de anterior acidente;

    entre o local de trabalho e o local da refeio;

    entre o local onde por determinao do empregador presta qualquer servio relacionado com o seu trabalho e as instalaes que constituem o seu local de trabalho habitual ou a sua residncia habitual ou ocasional.

  • Extenso do Conceito Lei 98/2009 (Artigo 9.)

    Na execuo de servios espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito econmico para a entidade patronal;

    No local de trabalho e fora deste, quando no exerccio do direito de reunio ou de atividade representante dos trabalhadores, nos termos do Cdigo do Trabalho;

    No local de trabalho, quando em frequncia de curso de formao profissional ou, fora do local de trabalho, quando exista autorizao expressa do empregador para tal frequncia;

    No local de pagamento da retribuio, enquanto o trabalhador a permanecer para tal efeito;

  • Extenso do Conceito Lei 98/2009 (Artigo 9.)

    No local onde o trabalhador deva receber qualquer forma de assistncia ou tratamento em virtude de anterior acidente e enquanto a permanecer para esse efeito;

    Em atividade de procura de emprego durante o crdito de horas para tal concedida por lei aos trabalhadores com processo de cessao de contrato de trabalho em curso.

    Fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execuo de servios determinados pelo empregador ou por este consentidos.

    No se deixa de se considerar acidente de trabalho o que ocorrer quando o trajeto normal tenha sofrido interrupes ou desvios determinados pela satisfao de necessidades atendveis do trabalhador, bem como por motivo de fora maior ou por caso fortuito.

  • Descaracterizao do AT Lei 98/2009 (Artigo 14.)

    Casos em que o acidente pode aparecer formalmente como de trabalho, mas em que a lei o descaracteriza como tal. H uma causa inerente ao trabalho, mas h, tambm, uma causa estranha que com ela se combina e, dada a sua importncia, a lei retira primeira a sua proteo.

  • Descaracterizao do AT Lei 98/2009 (Artigo 14.)

    Quando o empregador no tem de reparar os danos decorrentes do acidente:

    Se for dolosamente* provocado pela vtima ou provier de seu acto ou omisso, que importe violao, sem causa justificativa, das condies de segurana estabelecidas pelo empregador ou previstas na lei;

    Provier exclusivamente de negligncia grosseira do sinistrado;

    Resultar de privao permanente ou acidental do uso da razo do sinistrado**, nos termos do Cdigo Civil, salvo se tal privao derivar da prpria prestao do trabalho, for independente da vontade do sinistrado ou se o empregador ou seu representante, conhecendo o estado do sinistrado, consentir essa prestao.

  • Descaracterizao do AT Lei 98/2009 (Artigo 14.)

    *Dolosamente significa: intencional e deliberadamente.

    **O caso mais frequente o acidente provocado por embriaguez, que privou, parcialmente, o trabalhador do uso da razo; para que o acidente provocado nestas circunstncias no d direito a reparao, necessrio que resulte, exclusivamente, do estado de embriaguez o que no suceder se o empregador, conhecendo o estado do vtima, consentiu na prestao do trabalho.

  • Descaracterizao do AT Lei 98/2009 (Artigo 14.)

    Considera-se que existe causa justificativa da violao das condies de segurana se o acidente de trabalho resultar de incumprimento de norma legal ou estabelecida pelo empregador da qual o trabalhador, face ao seu grau de instruo ou de acesso informao, dificilmente teria conhecimento ou, tendo-o, lhe fosse manifestamente difcil de entend-la.

    Entende-se por negligncia grosseira o comportamento temerrio em alto e relevante grau, que no se consubstancie em ato ou omisso resultante da habitualidade ao perigo do trabalho executado, da confiana na experincia profissional ou dos usos da profisso.

  • Descaracterizao do AT Lei 98/2009 (Artigo 15.)

    O empregador no tem de reparar o acidente que provier de motivo de caso de fora maior.

    S se considera motivo de fora maior o que, sendo devido a foras inevitveis da natureza, independentes de interveno humana, no constitua risco criado pelas condies de trabalho nem se produza ao executar servio expressamente ordenado pelo empregador em condies de perigo evidente.

  • Descaracterizao do AT Lei 98/2009 (Artigo 16.)

    Situaes especiais:

    No h, igualmente, obrigao de indemnizar os acidentes ocorridos na prestao de servios eventuais ou ocasionais, de curta durao, a pessoas singulares em atividades que no tenham por objeto explorao lucrativa.

    As excluses previstas na alnea anterior no abrangem acidentes resultantes do uso de mquinas/equipamentos de especial perigosidade.

    Obs.: A lei prev ainda, no artigo 18., o agravamento da responsabilidade, em caso de atuao culposa do empregador.

  • Direito Reparao Lei 98/2009 (Artigo 23. - Princpio geral)

    O direito reparao compreende: Prestao em espcie: de natureza mdica, cirrgica, farmacutica e hospitalar e outras acessrias ou complementares, seja qual for a sua forma, desde que necessrias ao restabelecimento do estado de sade e da capacidade de trabalho ou de ganho do sinistrado e sua recuperao da vida ativa. Prestao em dinheiro: indemnizaes, penses, prestaes e subsdios previstos na lei.

  • Direito Reparao Lei 98/2009 (Artigo 23. - Princpio geral)

    A reparao em dinheiro traduz-se em indemnizaes e penses: Ao sinistrado:

    Indemnizao por incapacidade temporria absoluta (ITA) ou parcial (ITP) para o trabalho;

    Indemnizao por incapacidade permanente absoluta (IPA) ou parcial (IPP);

    Em capital ou em penses (sujeitas a reviso e remveis).

    Aos familiares: Despesas de funeral; Penses (igualmente sujeitas a reviso e remveis).

  • Direito Reparao Lei 98/2009 (Artigo 48. - Prestaes)

    A indemnizao por incapacidade temporria para o trabalho destina-se a compensar o sinistrado, durante um perodo de tempo limitado, pela perda ou reduo da capacidade de trabalho ou de ganho resultante do acidente de trabalho. A indemnizao em capital e a penso por incapacidade permanente e o subsdio de elevada incapacidade permanente so prestaes destinadas a compensar o sinistrado pela perda ou reduo permanente da sua capacidade de trabalho ou de ganho resultante de acidente de trabalho.

  • Direito Reparao Lei 98/2009 (Artigo 48. - Prestaes) Clculo das Prestaes consoante a Incapacidade

    PERMANENTE

    ABSOLUTA (IPA)

    a) Para todo e qualquer trabalho: penso anual e vitalcia de 80% da retribuio, acrescida de 10% desta por pessoa a cargo, at ao limite da

    retribuio .

    b) Para o trabalho habitual: penso anual e vitalcia compreendida entre 50 e 70% da retribuio, conforme a maior ou menor

    capacidade funcional para exerccio de outra profisso compatvel.

    PARCIAL (IPP)

    Penso anual e vitalcia de 70% da reduo sofrida na capacidade geral de ganho ou capital

    de remio.

    TEMPORRIA

    ABSOLUTA (ITA)

    Indemnizao diria igual a 70% da retribuio

    (primeiros 12 meses) e de 75% no perodo

    subsequente.

    PARCIAL (ITP)

    Indemnizao diria igual a 70% da reduo da

    capacidade geral de ganho.

  • Direito Reparao Lei 98/2009 (Artigo 50.)

    A indemnizao por incapacidade temporria paga todos os dias, incluindo os de descanso e feriados, e comea a vencer-se no dia seguinte ao do acidente.

    A penso por incapacidade permanente fixada em montante anual e comea a vencer-se no dia seguinte ao da alta do sinistrado.

    Na incapacidade temporria superior a 30 dias paga a parte proporcional correspondente aos subsdios de frias e de Natal, determinada em funo da percentagem da prestao (prevista no artigo 48.).

  • Direito Reparao Lei 98/2009 (Artigo 22.) Converso da Incapacidade Temporria em Permanente

    A incapacidade temporria converte-se em permanente decorridos 18 meses consecutivos, devendo o perito mdico do tribunal reavaliar o respetivo grau de incapacidade.

    Verificando-se que ao sinistrado est a ser prestado o tratamento clnico necessrio, o Ministrio Pblico pode prorrogar o prazo fixado no nmero anterior, at ao mximo de 30 meses, a requerimento da entidade responsvel e ou do sinistrado.

    Pode afirmar-se, portanto, que a lei presume que, ao fim de 18 meses, no mximo 30, a situao do sinistrado irreversvel.

  • Direito Reparao Lei 98/2009 (Artigo 71.) Clculo e pagamento das prestaes

    A retribuio correspondente ao dia do acidente paga pelo empregador. Entende-se por retribuio mensal todas as prestaes recebidas com carcter de regularidade que no se destinem a compensar o sinistrado por custos aleatrios. Entende-se por retribuio anual o produto de 12 vezes a retribuio mensal acrescida dos subsdios de Natal e de frias e outras prestaes anuais a que o sinistrado tenha direito, com carcter de regularidade. As indemnizaes so calculadas com base na retribuio diria, ou na 30 parte da retribuio mensal ilquida, auferida data do acidente. Em caso nenhum a retribuio pode ser inferior que resulte da lei ou de instrumento de regulamentao coletiva de trabalho.

  • Participao do AT (Modalidades) Participao, por parte do sinistrado ou beneficirios legais, em caso de morte, ao empregador, verbalmente ou por escrito, nas 48 horas seguintes ao acidente salvo se este o tiver presenciado ou dele vier a ter conhecimento no mesmo perodo; Participao, por parte do empregador com a responsabilidade transferida, respetiva entidade seguradora no prazo de 24 horas a partir da data do conhecimento;

    Participao respetiva instituio de previdncia (at ao dia 20 do ms seguinte quele em que tenha ocorrido o acidente);

    Participao ao tribunal competente, por parte dos empregadores sem responsabilidade transferida e pelas entidades seguradoras, neste ltimo caso, acidentes mortais, com incapacidade permanente ou com incapacidades temporrias superiores a 12 meses; Participao ao Gabinete de Estratgia e Planeamento (GEP) (por parte da entidade seguradora); Participao Inspeo Geral do Trabalho (IGT) dos acidentes mortais ou que evidenciem uma situao particularmente grave, nas 24 horas seguintes ocorrncia (por parte da entidade empregadora) (Lei n 35/2004).