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Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2017. A CONTABILIDADE NA GESTÃO ESCOLAR: A prestação de contas da APM das escolas públicas estaduais de São Paulo do Município de Vargem Grande Paulista Josilaine Pereira de Medeiros 1 Prof. Msc. Vinícius Silveira de Almeida 2 RESUMO Este estudo visa demonstrar que a contabilidade está presente nas escolas públicas estaduais, mesmo que de forma sintética através da prestação de contas da Associação de Pais e Mestres (APM). O objetivo do presente artigo foi verificar se em escolas estaduais do município de Vargem Grande Paulista (SP) são divulgadas as prestações de contas da APM, além de demonstrar as normas para sua elaboração. Para tanto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica e uma pesquisa de campo com pais e professores que analisou a transparência dessas informações, sendo esta comparada a pesquisa realizada pela SEE/SP (Secretaria da Educação do Estado de São Paulo) no ano base de 2016. Após análise da pesquisa constatou-se que as prestações de contas da APM não estão sendo regularmente divulgadas aos cidadãos e que os mesmos têm interesse em ter acesso a ela. Palavras-chave: Prestação de Contas; Transparência; Associação de Pais e Mestres. 1 Bacharelanda em Ciências Contábeis pela Faculdade de Administração e Ciências Contábeis de São Roque, 2017. 2 Mestre em Administração de Empresas - linha de Organizações pelo Centro Universitário FEI - SP (2012). Aperfeiçoamento MPA - Master Public Administration pela Metodista - SP (2015). Bacharel em Administração de Empresas (2009). Atuou como Assistente de Pesquisa do Centro Franco-Brasileiro de Estudos Avançados em Organizações, Inovação e Sustentabilidade - TRANSFORMARE (2011 - 2012).

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Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2017.

A CONTABILIDADE NA GESTÃO ESCOLAR:

A prestação de contas da APM das escolas públicas estaduais de São Paulo

do Município de Vargem Grande Paulista

Josilaine Pereira de Medeiros1

Prof. Msc. Vinícius Silveira de Almeida2

RESUMO

Este estudo visa demonstrar que a contabilidade está presente nas escolas públicas estaduais, mesmo que de forma sintética através da prestação de contas da Associação de Pais e Mestres (APM). O objetivo do presente artigo foi verificar se em escolas estaduais do município de Vargem Grande Paulista (SP) são divulgadas as prestações de contas da APM, além de demonstrar as normas para sua elaboração. Para tanto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica e uma pesquisa de campo com pais e professores que analisou a transparência dessas informações, sendo esta comparada a pesquisa realizada pela SEE/SP (Secretaria da Educação do Estado de São Paulo) no ano base de 2016. Após análise da pesquisa constatou-se que as prestações de contas da APM não estão sendo regularmente divulgadas aos cidadãos e que os mesmos têm interesse em ter acesso a ela.

Palavras-chave: Prestação de Contas; Transparência; Associação de Pais e

Mestres.

1 Bacharelanda em Ciências Contábeis pela Faculdade de Administração e Ciências Contábeis de São Roque, 2017.

2Mestre em Administração de Empresas - linha de Organizações pelo Centro Universitário FEI - SP (2012). Aperfeiçoamento MPA - Master Public Administration pela Metodista - SP (2015). Bacharel em Administração de Empresas (2009). Atuou como Assistente de Pesquisa do Centro Franco-Brasileiro de Estudos Avançados em Organizações, Inovação e Sustentabilidade - TRANSFORMARE (2011 - 2012).

Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2017.

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INTRODUÇÃO

Diante do aumento dos fatos ocorridos atualmente referente ao mal uso de

verbas públicas no contexto brasileiro, faz-se necessário o conhecimento da utilização

da contabilidade pública nas instituições que tem contato com a população. A LAI (Lei

de Acesso à Informação) é de suma importância para que a sociedade tenha

conhecimento e acesso às prestações de contas de todos os órgãos públicos de modo

que o cidadão possa atuar como agente fiscalizador, garantindo sua participação

como cidadão consciente e político, além de fazer cumprir a lei da transparência

pública (Carneiro, 2011). Para isso, é indispensável que se elabore uma prestação de

contas objetiva, límpida e precisa. A prestação de contas financeira é aquela que faz

a verificação da execução de tarefas após um determinado período de tempo, de

modo a indicar o destino dos recursos públicos recebidos, demonstrando a realização

do que fora acordado, e qual foi o resultado obtido (Oliveira, 2009).

O presente artigo terá como proposta verificar a elaboração e a transparência

da prestação de contas da Associação de Pais e Mestres (APM) de escolas públicas

estaduais de São Paulo do município de Vargem Grande Paulista, tendo em vista que

seus recursos provêm da Secretaria Estadual de Educação em convênio com a

Fundação para o Desenvolvimento de Educação (FDE). Desta forma, foi formulada a

seguinte questão que embasou este estudo: as prestações de contas estão sendo

feitas e divulgadas à comunidade? Em um segundo momento pretende-se responder,

também, ao seguinte questionamento: as prestações de contas da APM estão sendo

feitas e divulgadas aos cidadãos conforme é garantido pelas normas de contabilidade

pública bem como as leis e regimentos próprios? Os resultados coletados foram

comparados à pesquisa realizada em 2016 pela SEE/SP (Secretaria da Educação do

Estado de São Paulo) que abrange o mesmo tema da pesquisa deste estudo.

Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2017.

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1.1 – Conceito e objeto da Contabilidade Pública

Assim como em outras áreas da ciência, a Contabilidade possui ramificações e

uma delas é a Contabilidade Pública. Esta possui procedimentos e objetivos diferentes

da contabilidade empresarial. A partir de 2008, ela sofreu relevantes modificações

realizadas pelos órgãos que a normatizam, tendo como objetivo uniformizar seus

procedimentos e conceitos, adequando-se com as Normas Internacionais de

Contabilidade.

A Contabilidade Pública é uma subdivisão contábil aplicada especificamente na

administração pública com o objetivo de apurar os resultados e elaborar relatórios

periódicos de acordo com as normas do Direito Financeiro (Lei n° 4.320/64), os

princípios gerais das finanças e da contabilidade (MOTA, 2009, p.222).

Para Carvalho e Ceccato (2011, p.02) a contabilidade púbica é definida como:

[...] o ramo da Ciência Contábil que aplica conceitos, princípios e normas contábeis nos atos e fatos de gestão pública orçamentária, financeira, patrimonial, custos e de compensação, nos órgãos e entidades da Administração Pública direta e indireta abrangidas em seu campo de atuação, fornecendo informações úteis, tempestivas, compreensíveis e fidedignas aos seus usuários.

Já Silva (2013, p.71) a define como:

[...] o espaço de atuação do Profissional de Contabilidade que demanda estudo, interpretação, identificação, mensuração, avaliação, registro, controle e evidenciação de fenômenos contábeis, decorrentes de variações patrimoniais em: entidades do setor público; e ou de entidades que recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem recursos públicos, na execução de suas atividades, no tocante aos aspectos contábeis da prestação de contas.

Seu objeto de estudo é o patrimônio público, além do orçamento público e os

atos administrativos (eventos que não provocam alterações no patrimônio da

entidade). O patrimônio público é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados

aos órgãos e entidades públicas, porém não integram o patrimônio público os bens de

Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2017.

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uso comum como, por exemplo, praças, ruas, estradas, mares e rios. No entanto, os

bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos ou receberam

doações, deverão ser contabilizados a partir do exercício financeiro de 2011 devido

às mudanças das novas normas contábeis; sendo eles segregados em dois grupos:

ativos de infraestrutura e bens do patrimônio cultural.

A Contabilidade Pública é fundamental para todo o segmento público, pois

garante, controla, orienta, demonstra e organiza as execuções, a patrimônio público e

suas variações (Kohama, 2003,p.47). Ela também garante a transparência das

informações, permitindo, desta forma, a participação de qualquer cidadão no controle

da gestão pública.

1.2 – Principais características da Contabilidade Pública

O campo de aplicação da Contabilidade Pública abrange toda a Administração

Pública, sendo ela direta ou indireta e ela deverá seguir todas as suas normas e

especificidades. Carvalho e Ceccato (2011, p.20) afirmam que:

O campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange todas as entidades do setor público. As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo: a) integralmente, as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais; b) parcialmente, as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

Segundo Carvalho e Ceccato (2011, p.21) complementam que “aquele que

receba pontualmente recursos públicos para aplicação em determinados projetos,

deverá utilizar as regras da Contabilidade Pública de maneira parcial, ou seja, apenas

para registro e posterior prestação de contas desses recursos específicos”.

O regime contábil adotado pela Contabilidade Pública é o regime de

competência, que consiste em que as receitas e as despesas devem ser incluídas na

apuração do resultado no momento em que ocorrem, independentemente do

Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2017.

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pagamento ou recebimento; tendo por base o fato gerador. O regime de caixa é

utilizado apenas quando se deseja analisar as receitas e as despesas baseadas no

fluxo de caixa, no ingresso e saída de dinheiro.

O regime de competência na Contabilidade Pública só foi efetivado a partir do

exercício de 2009 devido à Portaria Conjunta STN/SOF n° 3/2008. Antes disso,

utilizava-se o regime misto que consistia no regime de caixa para as receitas e

competência para as despesas.

1.3 – Transparência das informações

De acordo com o Manual da Lei de Acesso à Informação para Estados e

Municípios (2013, p.09):

...a transparência e o acesso à informação constituem-se direitos do cidadão e deveres da Administração Pública. Cabe ao Estado o dever de informar os cidadãos sobre seus direitos e estabelecer que o acesso à informação pública é a regra e o sigilo, a exceção. Com a promoção de uma cultura de abertura de informações em âmbito governamental, o cidadão pode participar mais ativamente do processo democrático ao acompanhar e avaliar a implementação de políticas públicas e ao fiscalizar a aplicação do dinheiro público.

A transparência das informações é um modo de se prevenir corrupções e

fraudes, além de fortalecer o papel do cidadão na política e na administração pública,

promovendo a melhoria da gestão pública garantindo os direitos fundamentais de

democracia e administração transparente. Conforme o Manual da Lei de Acesso à

Informação para Estados e Municípios (2013, p.06) ao garantir a acessibilidade das

informações à sociedade, a gestão pública torna-se transparente e possibilita os

possíveis aperfeiçoamentos que ela necessite, além de fortalecer o controle, a

participação popular e o combate à corrupção. Segundo Silva (2013, p.13) “a

responsabilidade na gestão fiscal pressupõe ação planejada e transparente, em que

se previnem riscos e se corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas

públicas”. Além de prevenir corrupções, as leis de transparência das informações

Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2017.

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também garantem que as normas da Contabilidade Pública sejam aplicadas de

maneira correta, sendo a principal delas a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei

Complementar n°101/2000) que está em vigor desde 05 de maio de 2000 e visa a

participação popular tanto para as audiências públicas, como também para seu pleno

conhecimento e acompanhamento em tempo real das informações da execução

orçamentária e financeira, através de meios eletrônicos de acesso público.

Posteriormente, a Lei Complementar nº 131/09 acrescentou novos parâmetros

à Lei de Responsabilidade Fiscal. De acordo com essa Lei Complementar nº 131, de

27 de maio de 2009, art. 48, parágrafo único:

A transparência será assegurada também mediante: I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A.” (NR)

Desta forma, tal lei determinou a disponibilização, em tempo real, de

informações pormenorizadas da execução orçamentária e financeira da União, dos

estados, do Distrito Federal e dos municípios, criando sites de divulgação dessas

informações que ficaram conhecidos como “portais da transparência”.

E, ainda, criou-se a Lei Brasileira de Acesso à Informação (LAI, lei n° 12.527/11)

que tem como objetivo regulamentar e garantir o direito constitucional de acesso às

informações públicas do país a todos os cidadãos e estabelece orientações para os

procedimentos de acesso, de maneira a estabelecer o que é de conhecimento público

e o que deve ser sigiloso.

Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2017.

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1.4 - Associação de Pais e Mestres (APM)

De acordo com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (2017) a

APM (Associação de Pais e Mestres) pode ser assim definida:

a Associação de Pais e Mestres é uma instituição auxiliar da Escola,

criada com a finalidade de colaborar no aprimoramento do processo

educacional, na assistência ao escolar e na integração família-escola-

comunidade. A APM é uma associação civil de natureza social e

educativa, sem caráter político, racial ou religioso e sem finalidades

lucrativas

Desta maneira, por possuir caráter de pessoa jurídica sem fins lucrativos, a

APM segue as normas da contabilidade pública, já que está inserida dentro de um

ambiente público e recebe recursos do Governo do Estado.

O principal intuito da APM é que cada membro possa colaborar na gestão

escolar com o objetivo de impactar positivamente no processo de ensino-

aprendizagem dos alunos e também na qualidade da educação oferecida pela

unidade escolar (Secretaria de Educação, 2017).

Não existe legislação federal que trate especificamente da criação e da gestão

das APMs no sistema educacional brasileiro. A existência da APM é obrigatória

somente se a escola receber verbas federais do Programa Dinheiro Direto na Escola

(PDDE), todavia alguns estados tem em sua própria regulamentação a criação destas,

como é o caso do Estado do Rio Grande do Sul (decreto nº 42.411, de 29 de agosto

de 2003) e São Paulo (decreto nº 12.983, de 15 de dezembro de 1978, já supracitada).

Há também os artigos 14 e 15 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) que

garantem a gestão democrática nas escolas públicas através da participação dos

profissionais da educação e da comunidade escolar.

Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2017.

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1.4.1 - Os objetivos da APM

Os objetivos principais da APM, de acordo com manual de utilização dos

recursos do convênio FDE-APM, fornecido pelo Governo do Estado de São Paulo

(2010, p.07), são:

• Colaborar com a direção do estabelecimento para atingir os objetivos educacionais pretendidos pela escola. • Representar as aspirações da comunidade e dos pais de alunos na escola. • Mobilizar os recursos humanos, materiais e financeiros da comunidade, para auxiliar a escola, provendo condições que permitam: a) contribuir para a melhoria do ensino; b) desenvolver atividades de assistência ao escolar, nas áreas socioeconômica e de saúde; c) contribuir para a conservação e manutenção do prédio, do equipamento e das instalações; d) programar atividades culturais e de lazer que envolvam a participação conjunta dos pais, professores e alunos. • Colaborar na programação do uso do prédio da escola pela comunidade, inclusive nos períodos ociosos, ampliando-se o conceito de escola como o lugar exclusivo de ensino para ser um centro de atividades comunitárias. • Favorecer o entrosamento entre pais e professores possibilitando: a) aos pais, informações relativas tanto aos objetivos educacionais, métodos e processos de ensino, quanto ao aproveitamento escolar de seus filhos; b) aos professores, maior visão das condições ambientais dos alunos e de sua vida no lar.

Desta forma, é na APM que se decide como os recursos governamentais serão

gastos e quais serão as aplicações do dinheiro, como no recebimento de eventos e

festas. Todos os gastos devem ser registrados e divulgados à comunidade escolar.

Além disso, a APM também pode ajudar na promoção de parcerias da escola com

outras entidades, promover passeios culturais e verificar o andamento das obras de

infraestrutura da escola, entre outras ações.

Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2017.

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1.4.2 – O repasse dos recursos

O repasse dos recursos à APM pode ocorrer integralmente ou ao longo do ano,

sendo que cada repasse terá uma especificação e também instruções para o

desembolso e prestação de contas. Os repasses são feitos devido ao convênio entre

a FDE e APM e eles devem ser controlados separadamente, pois requerem gastos

diferentes. Sendo assim, os repasses para o Programa da Escola da Família não

podem ter outra finalidade que não seja voltada para o próprio programa.

Esses recursos são constantes ao longo do ano, sendo previstos no mínimo

três repasses que serão depositados na conta corrente da APM. Os recursos devem

ser utilizados até o final do exercício fiscal (último dia do ano) e caso haja saldo, o

mesmo deverá ser devolvido à FDE.

O manual de utilização dos recursos do convênio FDE-APM, fornecido pelo

Governo do Estado de São Paulo (2010, p.09) ainda diz que:

Se os repasses forem únicos, o saldo remanescente deverá ser devolvido à FDE. Se, como no caso de manutenção e conservação, forem periódicos, deverão ser gastos até o final do exercício fiscal (último dia do ano), devendo o saldo ser devolvido à FDE.

As APMs deverão manter depositados no Banco do Brasil, em contas de

aplicação financeira de renda fixa lastreada por títulos do governo, os valores

recebidos que ainda não foram utilizados.

1.4.3 – A utilização dos recursos

Os recursos para a manutenção dos prédios e equipamentos escolares são

repassados através da APM, sendo estabelecidos no Plano Anual e aprovado pelo

Conselho Estadual de Educação, tendo como base o número de alunos contido no

Censo Escolar. Quanto a conservação e manutenção, há um manual disponibilizado

pela FDE que deve ser obedecido plenamente.

Esses recursos podem ser utilizados tanto para a manutenção e conservação

do prédio escolar e equipamentos quanto para adquirir peças para consertos de

Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2017.

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equipamentos desde que sejam utilizadas para substituição e não alteram a

configuração original e sejam obedecidas as instruções que são encaminhadas.

Valores acima de R$200,00 (duzentos reais) devem ser justificados através de ofício

anexado à Prestação de Contas (Manual de utilização dos recursos do convênio FDE-

APM, fornecido pelo Governo do Estado de São Paulo, 2010, p.10 e 11).

Os recursos da APM não podem ser utilizados para a recuperação de mobiliário

escolar, pois existe um projeto específico para esse fim. O governo recomenda que

os gastos sejam discutidos com a comunidade escolar e depois de aprovadas e

deferidas, sejam lavrados em ata de reunião da APM. As empresas contratadas para

a prestação de serviços deverão ser idôneas, qualificadas e seus funcionários deverão

utilizar equipamento de segurança.

É permitido utilizar os recursos repassados em despesas com o registro do

Estatuto da APM em cartório, na confecção do carimbo do CNPJ da APM e despesas

decorrentes da constituição de APMs novas. Os recursos do PDDE quando são

repassados pela APM só podem ser utilizados em despesas de capital e custeio.

Desta forma, as despesas de custeio são aquelas destinadas à aquisição de bens e

materiais de consumo e à contratação de serviço para a realização de atividades de

manutenção, necessários ao regular funcionamento da escola, como, por exemplo:

papel, cartolina, material de limpeza, giz, tinta de parede, reparo das instalações

elétricas, contratação de serviços para realização de pintura do prédio etc. E as

despesas de capital são aqueles destinados a cobrir despesas com a aquisição de

equipamentos e material permanente para as escolas, que resultem em reposição ou

elevação patrimonial. Por exemplo: aquisição de bebedouro, fogão, armário,

ventilador, equipamento de informática, retroprojetor, geladeira etc.

Os recursos não podem ser gastos no pagamento de servidores da

administração pública federal, estadual, distrital ou municipal para qualquer serviço;

em festividades e comemorações; no pagamento de contas de água, energia elétrica,

telefone e taxas de qualquer natureza; na aquisição de combustíveis, materiais para

Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2017.

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manutenção de veículo e transporte para desenvolvimento ações administrativas; com

a aquisição de talão de cheque, extrato bancário e encargo por devolução de cheque.

Para a aquisição de mercadorias ou a contratação de serviços é obrigatório,

segundo o manual de utilização dos recursos do convênio FDE-APM, fornecido pelo

Governo do Estado de São Paulo (2010, p.13) “consultar o cadastro das empresas,

verificando seus status na Secretaria da Receita Federal do Brasil e no SINTEGRA”.

As Notas Fiscais de Serviços devem ser examinadas para verificar a

possibilidade de retenção de impostos na fonte e, caso haja, pagar ao prestador de

serviço, apenas o valor líquido (descontando os impostos). Fica sob a

responsabilidade da APM a emissão dos guias dos impostos retidos e recolhê-los na

rede bancária.

1.4.4 – O conceito de prestação de contas

Dentro da Administração Pública é permitida a criação de convênios com

órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos. O convênio nada mais

é do que um acordo no qual os recursos financeiros são repassados visando a

execução de um programa governamental de forma a estabelecer uma cooperação

mútua.

Sendo assim, é imprescindível a elaboração de uma prestação de contas, pois

a mesma consiste na verificação da execução do acordo entre as partes, de maneira

a demonstrar como foram destinados os recursos repassados. Segundo Carvalho e

Ceccato (2011, p.881):

O órgão ou entidade que receber recursos na forma de convênio ou contrato de repasse estará sujeito a prestar contas da sua boa e regular aplicação no prazo máximo de 30 dias contados do término da vigência do convênio ou contrato ou do último pagamento efetuado, quando este ocorrer em data anterior àquela do encerramento da vigência.

Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2017.

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É dever do agente responsável elaborar a prestação de contas como prevê o

artigo 70 da Constituição Federal. Piscitelli e Timbó (2012, p.337) definem como

agente responsável

[...] toda pessoa física que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos da União e das entidades da administração indireta, ou pelos quais estas respondam, ou que, em nome destas, assumam obrigação de natureza pecuniária e, ainda, o gestor de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a estado, ao Distrito Federal, a Município, a entidades públicas ou organizações particulares.

Dessa forma, qualquer cidadão pode também verificar se o gestor público fez

bom uso dos recursos e, caso necessário, apresentar sua denúncia ou queixa ao

órgão superior competente.

1.4.5 – A elaboração da prestação de contas da APM

A APM deve utilizar a prestação de contas final e cumprir todas as normas de

montagem da mesma, segundo o manual de instruções disponibilizado pelo próprio

órgão governamental. A Unidade Escolar deve encaminhar sua prestação de contas

à Diretoria de Ensino a qual pertence para que seja analisada. Antes do envio da

prestação de contas, é preciso verificar se todos os documentos estão em ordem e se

todas as regras foram seguidas. Caso haja alguma irregularidade, a prestação de

contas será devolvida para a regularização. Cabe a APM a guarda e o arquivo de

todos os documentos originais da prestação de contas durante o período do convênio.

Após enviadas, as prestações de contas serão analisadas e seus pareceres

estarão disponíveis em site governamental próprio (GDAE – Gestão Dinâmica de

Administração Escolar), na qual cabe a Unidade Escolar verificar o seu parecer e caso

apresente alguma irregularidade, encaminhar a Diretoria de Ensino as devidas

alterações para que não ocorra o cancelamento do convênio.

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1.4.6 – As obrigações fiscais e sociais da APM

A APM por ser uma pessoa jurídica, tem suas obrigações fiscais e sociais que

estão previstas em lei de acordo com esse tipo de entidade. O Governo também

dispõe, em sistema próprio, instruções e informações sobre os repasses e questões

financeiras, incluindo impostos. As obrigações fiscais e sociais mais comuns pagas

pelas APMs, de acordo com o manual de utilização dos recursos do convênio FDE-

APM, fornecido pelo Governo do Estado de São Paulo (2010, p.08) são:

• GFIP – Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social • DIRF – Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte • RAIS – Relação Anual de Informações Sociais • DCTF – Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais • DIPJ – Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica.

2 - METODOLOGIA

O presente estudo utilizou uma pesquisa de campo com questionários

estruturados e uma pesquisa bibliográfica exploratória. A pesquisa de campo apoiou-

se no método quantitativo-descritivo que consiste em investigações de pesquisa

empírica com objetivo de delinear ou analisar as características de fatos ou

fenômenos, a avaliação de programas, ou até o isolamento das principais variáveis.

Além disso, oferecem dados para a verificação de hipóteses e empregam métodos

quantitativos para a coleta sistemática de dados e de procedimentos de amostragem.

(MARCONI, LAKATOS, 2010, p.170).

O município de Vargem Grande Paulista possui nove (09) escolas públicas

estaduais segundo o portal da Secretaria da Educação do Governo do Estado de São

Paulo, sendo que uma delas tem um CEL (Centro de Estudo de Línguas) integrado e,

por isso, somam o número informado. De acordo com dados do IBGE 2015, o

município tem cerca de cento e noventa e dois (192) docentes atuando em escolas

Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2017.

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públicas estaduais dos níveis fundamental e médio, e no ano mencionado, um total

de 2.413 matrículas no ensino fundamental e 2.096 no ensino médio.

Cada escola pesquisada conta, em média, com cerca de 50 professores e 600

alunos. Esse número sofre alterações de acordo com o tamanho de cada escola bem

como sua localização. Neste estudo, foram entrevistados 52 (cinquenta e dois)

professores e 74 (setenta e quatro) pais de alunos.

Foram analisados, também, os dados obtidos na pesquisa realizada pela em

concomitância com os obtidos na pesquisa realizada pela Secretaria da Educação do

Estado de São Paulo (SEE/SP). Tal pesquisa governamental teve seu questionário

disponibilizado online entre 08 de novembro a 18 de dezembro de 2016, que contou

com um total de 448.593 mil questionários respondidos, sendo 71% por alunos, 13%

por professores, 9% por familiar ou responsável, 4% por servidores e 3% por gestores.

Quanto a sua representatividade dentro da categoria, os dados representam a opinião

de 55% dos gestores, 32% dos servidores, 29% dos professores e 9% dos alunos da

rede estadual de ensino de São Paulo.

3 – RESULTADO E ANÁLISE DAS PESQUISAS

Após a apuração dos dados obtidos, elaborou-se um comparativo entre a

pesquisa realizada e com os estudos elaborados pela SEE/SP.

Figura1. CONHECIMENTO A RESPEITO DO CONCEITO E FUNÇÃO DA APM

Pesquisa – Estudo Pesquisa da SEE/SP Com pais Com professores

Fonte: Autores e adaptado de SEE/SP.

Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2017.

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De acordo com a pesquisa, a maioria (47,3% dos pais e 53,8% dos professores)

sabe apenas parcialmente o que é a APM enquanto a pesquisa da SEE/SP aponta que

38% não têm muita certeza sobre a função dela.

Figura2. PARTICIPAÇÃO NA APM

Pesquisa - Estudo Com pais Com professores

Pesquisa da SEE/SP

Fonte: Autores e adaptado de SEE/SP.

A pesquisa aponta que os respondentes nunca (71,6% dos pais e 57,7% dos

professores) participaram dela. A pesquisa da SEE/SP apontou que 89% dos

respondentes não participam da APM e somente 11% participam

Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2017.

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Figura3. INTERESSE NA PARTICIPAÇÃO DA APM

Pesquisa - Estudo Pesquisa da SEE/SP

Com pais Com professores

Fonte: Autores e adaptado de SEE/SP.

A maior parte dos respondentes não gostaria de participar (48,6% dos pais e

59,6% dos professores) e 41% dos respondentes da pesquisa da SEE/SP não têm muita

certeza do interesse dos professores e dos familiares.

Figura4. REALIZAÇÕES DE REUNIÕES DA APM PARA DISCUTIR O DESTINO DOS RECURSOS

Pesquisa - Estudo Pesquisa da SEE/SP Com pais Com professores

Fonte: Autores e adaptado de SEE/SP.

As reuniões para discutir o destino dos recursos não são realizadas regularmente,

somente às vezes, segundo 46,2% dos professores, sendo que 36,5% não souberam

responder, pois a escola não as divulga. Já 28,4% dos pais informam que a escola envia

comunicados convidando-os a participar da APM somente às vezes, 35,1% não

receberam nenhum comunicado a respeito e 27% não sabem informar. De acordo com

Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2017.

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Figura5. DIVULGAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DA APM

Figura6. DIVULGAÇÃO DOS VALORES RECEBIDOS OU ARRECADADOS

a SEE/SP, 63% dos respondentes disseram que a APM divulga as reuniões com

antecedência e estimula a participação dos seus integrantes.

Pesquisa - Estudo Pesquisa da SEE/SP Com pais Com professores

Fonte: Autores e adaptado de SEE/SP.

Quanto à divulgação da prestação de contas, a SEE/SP alega que 50% dos

respondentes afirmaram que é divulgado como arrecadam e como utilizam seus

recursos; todavia, segundo a pesquisa elaborada, 41,9% dos pais não sabem informar

se ela é divulgada e 37,8% afirmam que não divulga. Dos professores, 42,3% alegam

que ela é divulgada às vezes, enquanto 25% informam que ela nunca foi divulgada e

um mesmo número alega que é sempre divulgada.

Pesquisa - Estudos Pesquisa da SEE/SP Professores

Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2017.

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A pesquisa conseguiu reunir os dados referentes ás reuniões dos grupos:

Figura7. REUNIÕES DA APM

Figura8. LOCAL DE DIVULGAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DA APM

Figura9. ACESSO À PRESTAÇÃO DE CONTAS DA APM

Fonte: Autores e adaptado de SEE/SP.

Aos professores foi questionado a respeito da divulgação dos valores recebidos

e/ou arrecadados e a maioria (50%) alega que são divulgados apenas às vezes,

sendo que 69,2% dos respondentes gostariam de ser informados a respeito desses

valores, já que cerca de 38% dos respondentes da pesquisa realizada pela SEE/SP

alegam que a escola arrecada recursos e não depende apenas dos repasses.

Pais Professores

Fonte: Autores.

A pesquisa demonstrou que 74,3% dos pais não participaram de nenhuma

reunião e dos que participaram alguma vez, 50% afirmam que os destinos dos

recursos não são discutidos por todos. Referente à frequência das reuniões, 59,6%

dos professores não soube informar, apenas 15,4% informaram que é realizada

bimestralmente e 11,5% trimestralmente.

Pais Professores

Pais Professores

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Figura10. COMPREENSÃO DO QUE É DIVULGADO NA PRESTAÇÃO DE CONTAS DA APM

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Todo cidadão tem direito a informações e todo gestor de organizações públicas

deve disponibilizá-la de forma clara e transparente na qual demonstre a aplicação dos

Fonte: Autores.

Os pais e professores que afirmaram que a escola divulga a prestação de

contas alegam que esta é divulgada em mural da escola ou impressa. Um total de

19,2% dos professores disse que ela também é divulgada verbalmente, em reuniões,

em livros ata ou em ATPC (Aula de Trabalho Pedagógico Coletivo).

Fonte: Autores.

A maioria dos respondentes gostaria de ter acesso à prestação de contas,

63,5% dos professores e 64,9% dos pais, evidenciando que eles têm interesse em

verificar de que forma os recursos estão sendo aplicados pelos gestores e exercer

seu papel de cidadão, no sentido de controle dos gastos.

Pais Professores

Fonte: Autores.

Segundo a pesquisa, 51,4% dos pais alegam não entender o que é divulgado

nas prestações de contas, já os professores, 44,2% alegam entender parcialmente.

Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2017.

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recursos financeiros arrecadados, conforme consta nas normas da Contabilidade

Pública, bem como em suas leis específicas.

Dessa forma, o artigo demonstrou que a prestação de contas é uma forma dos

cidadãos avaliarem e fiscalizarem a gestão dos recursos públicos de APM’s para que

se possa constatar se os gestores dessas entidades cumpriram com seus objetivos e

com as normas vigentes. Buscou-se, desta forma, verificar se as contas das APM’s

são elaboradas e se estão sendo divulgadas à comunidade. O estudo demonstrou

limitações devido à escassez de estudos e artigos sobre esta temática.

Uma das contribuições deste estudo é que foi constatado que a maioria dos

respondentes sabe de maneira parcial sobre em que consiste a APM e poucas

pessoas participam, de fato, dela. Observou-se, também, que os respondentes

integrantes da APM não participam regularmente das reuniões, pois elas não são

divulgadas ou não são realizadas com muita frequência - fato que não condiz com as

normas próprias da APM. Também se observou que a divulgação dos valores

recebidos e/ou arrecadados não é constante, sendo apenas divulgados

aleatoriamente. Isso revelou que as prestações de contas da APM não são

regularmente divulgadas, o que diverge com as normas estabelecidas nas leis que

garantem a transparência das informações, e que a maioria dos respondentes

entende parcialmente as informações que são ali divulgadas nos relatórios de

prestação de contas. Isto traz evidências de que a prestação de contas deve ser mais

simples, clara e objetiva para facilitar a compreensão de seus usuários, de modo que

possam avaliar e fiscalizar a gestão dos recursos financeiros utilizados.

Outro ponto importante observado a partir dos questionários é a necessidade

de uma frequência constante quanto à sua divulgação e esclarecimento à comunidade

sobre a APM e seus objetivos para que todo e qualquer cidadão possa participar e/ou

acompanhar seu desenvolvimento já que se constatou o interesse em ter acesso a

essa prestação de contas.

Notou-se também a necessidade da transparência das informações a respeito

da APM, direito esse garantido através da Lei de Responsabilidade Fiscal, da Lei de

Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2017.

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Acesso à Informação e dos princípios da Contabilidade Pública. A transparência não

se limita somente na divulgação da prestação de contas, mas também ao

cumprimento de todo o procedimento estabelecido nas normas da APM como a

divulgação e frequência das reuniões, a discussão por todos a respeito do destino dos

recursos, a sua constituição democrática e o esclarecimento de possíveis dúvidas à

comunidade escolar. Assim, recomenda-se que novos estudos sejam realizados para

entender os processos e a participação das APM’s na comunidade escolar.

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