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1 4 a Semana Temática da Biologia Caderno de Resumos Caderno de Resumos

SA B ONETE - Instituto de Biociências · aula de Biologia do Ensino Médio, enquanto professores, para que esses discursos dialoguem? Neste encontro, discutiremos alguns elementos

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14a SemanaTemáticada Biologia

Realização

Apoio e Patrocínio

Pró-reitoria de Pesquisa

Comissão deGraduação

Comissãode Culturae Extensão

SABONETES

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Instituto de Biociências ▪ Universidade de São Paulo

Introdução A Semana Temática da Biologia foi idealizada em 1997 pelo Centro Acadêmico do Instituto de Biociências da USP, com o objetivo de suprir lacunas da nossa grade, promover interação entre alunos e professores e ainda mostrar o vasto campo de atuação do biólogo. A primeira edição do evento ocorreu em 1998 e foi dirigida somente aos alunos do Instituto. A partir de 1999, as inscrições foram abertas para alunos de todo o país. A Comissão Organizadora da Semana Temática é formada hoje somente por alunos de graduação. Neste caderno de resumos encontra-se toda a programação do evento, bem como resumos das atividades que ocorrerão nesse ano e dos trabalhos que serão apresentados na Exposição Acadêmica. Esperamos que, mais uma vez, a Semana Temática possa contribuir para a divulgação do conhecimento científico. A Comissão Organizadora agradece sua presença e participação e lhe deseja um ótimo evento.

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Comissão OrganizadoraAlessandra Zola RaminAna Carolina BurattoAna Carolina GarciaAna Clara Cruz NadimAnna Caroline Creme RitterCamila Souza BeraldoCarla Brunner PavoneCarla Rani Rocha ArantesCarolina de Seixas Couto LeiteCarolina Sapienza BianchiDaniel Fredy Vargas TeranDeborah Figueiredo Nacer de OliveiraFabiana Lauretti FerreiraFernanda Cristina Sulla LupinacciGiovani Inamonico da Silva Jefferson Tiago Silverio da SilvaJose Pedro de QueirozJuliana RossiMaíra FessardiMayra Sayuri Hatakeyama SatoMaysa Bueno da Silveira MicenoMelinda Santos BeccariMurilo Pereira ReginatoPedro Henrique Fernandes HirataPriscila dos Reis CunhaViviane Carnier

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ÍndiceGrade Horária

Mapas e Informações

Homenagem

Palestras

Cursos

Mini-cursos

Oficinas

Mesa-redonda

Exposição Acadêmica

Anotações

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Grade Horária

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta08h00

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18h30

20h00

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Abertura

MesaRedonda

Festa deEncerramento

ExposiçãoAcadêmica

Encerramento

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Horário de Almoço

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Mapas e InformaçõesInstituto de Biociências daUniversidade de São PauloAuditório da ZoologiaRestaurante Rainha das SaladasCentro DidáticoAuditório da BotânicaAuditórios MinasJardim do Sobre as OndasAnfiteatroEstacionamentosCaminho de Pedestres

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Universidade de São Paulo

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Alimentação

Nas dependências do Instituto de Biociências, há o Restaurante Rainha das Saladas, que oferece refeições em buffet por quilo e pratos prontos, além de sanduíches, salgados e doces. O horário de funcionamento do restaurante é das 7h00 às 21h00. Os inscritos, inclusive aqueles que não têm qualquer tipo de vínculo com a USP, poderão utilizar os Restaurantes Universitários (RUs) presentes em diferentes locais da Cidade Universitária. Os tickets para os RUs devem ser adquiridos com a Comissão Organizadora em sua secretaria durante a Semana Temática, por R$4,00. O acesso aos RUs por inscritos não-alunos da USP deverá ser realizado mediante a apresentação do crachá do evento, que é pessoal e instransferível, nas entradas de cada refeitório. Além destas opções, há diversos outros restaurantes e lanchonetes em outras unidades dentro da Universidade de São Paulo.

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Homenagem Em 2008, a Comissão Organizadora da Semana Temática da Biologia iniciou a tradição de homenagear um docente do Instituto de Biociências que se destacasse por sua excelência no meio acadêmico. A homenagem recebeu o nome de Osmar Domaneschi, um dos docentes do Instituto, já falecido, que desempenhou importante papel na Universidade, tanto no meio acadêmico da pesquisa quanto na área de ensino. Neste ano de 2011, a Comissão decidiu prestigiar com o prêmio Osmar Domaneschi o Professor Doutor Fabio Lang da Silveira, docente do IB há 28 anos. Desenvolvendo pesquisas na área de Zoologia, seus esforços representaram um grande marco no estudo de Cnidaria. Além disso, seu desempenho como professor contribuiu significativamente para a formação de várias gerações de biólogos da USP, despertando o interesse pela área da Zoologia de Invertebrados em muitos de seus alunos, inclusive dos que hoje já são docentes no próprio Instituto. Para expressar a nossa gratidão por todo seu envolvimento, tanto na área acadêmica quanto no ensino, a Comissão oferece o Prêmio Osmar Domaneschi ao Professor Doutor Fabio Lang da Silveira.

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PalestrasP01 - Aquaporinas: Canais de Água e Suas Múltiplas Funções em Plantas e AnimaisMarilia Gaspar (Instituto de Botânica)Seg 13h30 P02 - Epigenética: Possível Conexão Entre Estresse Sustentado e Transformação Maligna de MelanócitosMiriam Galvonas Jasiulionis (UNIFESP)Seg 13h30 O desenvolvimento de diversas patologias, incluindo o câncer, tem sido associado a condições de estresse crônico. Radiação ultravioleta (UV) e inflamação persistente, condições de estresse sustentado, são considerados fatores de risco para o desenvolvimento do melanoma. Melanoma é o tipo mais agressivo de câncer de pele, sendo altamente resistente às terapias atualmente disponíveis. Assim como outros tipos de tumores, alterações tanto genéticas quanto epigenéticas parecem contribuir com a gênese do melanoma. Epigenética se refere a marcas herdáveis na estrutura da cromatina que não envolvem mudanças na sequência primária do DNA. Metilação do DNA, modificações pós-traducionais em histonas, remodelamento da cromatina e microRNAs são alguns dos mecanismos epigenéticos que controlam a estrutura da cromatina. Tais mecanismos são essenciais para o desenvolvimento normal e para determinar padrões de expressão tecido-específicos. Marcas epigenéticas aberrantes podem levar a padrões inapropriados de expressão gênica e, com isso, contribuir com o desenvolvimento de condições patológicas como o câncer. Diferente de mutações, marcas epigenéticas são potencialmente reversíveis e podem mudar em resposta a alterações ambientais (dieta, hormônios, inflamação ou outros insultos). Neste sentido, evidências cada vez mais consistentes têm sugerido importante contribuição de marcas epigenéticas aberrantes na gênese de patologias induzidas por estresse crônico. Níveis aumentados de

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espécies reativas de oxigênio (ROS), causados, por exemplo, por inflamação crônica, envelhecimento ou radiação UV, poderiam ser responsáveis pelo estabelecimento de marcas epigenéticas anormais e estas poderiam contribuir de maneira importante na gênese do melanoma. Desta forma, o estudo da relação entre estresse sustentado, marcas epigenéticas aberrantes e transformação maligna de melanócitos poderá auxiliar a compreensão dos mecanismos envolvidos na gênese do melanoma e, com isso, abrir novas possibilidades para o desenvolvimento de novas formas de terapia. Estabelecemos em nosso laboratório um modelo murino de transformação maligna de melanócitos induzido por estresse sustentado. Alterações morfológicas e moleculares progressivas, que culminaram na aquisição de fenótipo maligno, foram observadas após submeter melanócitos não tumorigênicos a ciclos sequenciais de bloqueio de ancoragem. Com isso, obtivemos a partir de linhagem não tumorigênica de melanócitos (melan-a), melanócitos correspondendo a etapas intermediárias, pré-malignas, da gênese do melanoma (1C, 2C, 3C e 4C), além de diferentes linhagens de melanoma, tanto não metastáticas (4C3- e 4C11-) como metastáticas (4C3+, 4C11+, Tm1 e Tm5). Dados de nosso laboratório demonstraram que o bloqueio de ancoragem resulta em estresse oxidativo e que a produção aumentada de ânion superóxido está relacionada à hipermetilação global do DNA e ao aumento dos níveis protéicos de DNA metiltransferase 1 (Dnmt1) observados nesta condição. Temos buscado identificar os mecanismos moleculares pelos quais ROS modulam mecanismos epigenéticos e o impacto desta modulação na transformação maligna de melanócitos. P03 - CronofarmacologiaRoberto DeLucia (ICB - USP)Seg 16h00 P04 - O Processo de Avaliação do EducandoSônia Godoy Bueno Carvalho Lopes (IB - USP)Seg 16h00

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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei no 9.394/1996) estabelece que o processo de avaliação deve ocorrer ao longo de todo o ano e não apenas em uma prova ou em um trabalho. Essa forma de avaliar, chamada avaliação formativa ou global não tem como pressuposto a punição ou a premiação. Ela valoriza o ritmo de aprendizagem de cada educando e propõe que o professor diversifique as estratégias de avaliação para que possa acompanhar o processo de aprendizagem do aluno. Independentemente dos instrumentos que forem utilizados para avaliar, o professor deve ter em mente que os resultados da avaliação devem provocar reflexões quanto a suas propostas de ensino e, se for o caso, repensá las, para oferecer aos educandos melhores condições de aprendizagem. A avaliação só faz sentido se tiver o intuito de buscar caminhos para o aprendizado do estudante e não deve ser usada como punição, mas como um instrumento que auxilie o educando em seu desenvolvimento. A avaliação formativa pode ser feita de diferentes maneiras, envolvendo avaliação inicial ou diagnóstica, avaliação processual ou reguladora, finalizando com a avaliação integradora. Terminada a avaliação integradora, com a observação diária e multidimensional e o uso de instrumentos diversificados (não somente provas), passa se à fase da atribuição de conceitos. O ideal é que esses conceitos sejam acompanhados de uma avaliação escrita dos processos envolvidos na aprendizagem do educando, visto que essas informações dizem muito mais que a nota ou o conceito final. Essa forma multidimensional de avaliação propicia a aprendizagem, pois o educador passa a observar o aluno sob diferentes aspectos, identificando necessidades e não problemas de aprendizagem. Em hipótese alguma deve-se estigmatizar o educando como se fosse alguém com hábitos e ideias imutáveis, um sujeito incapaz de se transformar. Por último, não podemos perder de vista que o resultado da avaliação interessa a quatro públicos: ao educando, aos responsáveis pela educação dos educandos, ao educador e à equipe docente. Em função desses aspectos, a divulgação

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da avaliação escolar deve ser entregue ao próprio aluno, evitando se a colocação de notas em murais, o que pode estimular a rotulagem dos educandos por parte de colegas, dificultando a superação das dificuldades de aprendizagem. P05 - Ecologia de Ambientes RecifaisBárbara Segal (UFSC)Seg 18h30 Os recifes são os habitats mais ricos e diversos do ambiente marinho. Tal riqueza e diversidade é sustentada pelaexistência de organismos bentônicos construtores, que aumentam a complexidade e alteram as características físicas do ambiente,favorecendo a existência de inúmeros outros organismos. Dentre estes, destacam-se importantes recursos utilizados pelos sereshumanos. Existem vários tipos de ambientes recifais que serão abordados durante a palestra. Também serão abordados os principaisorganismos construtores e causadores de bioerosão, assim como os processos importantes à manutenção dos ambientes recifais eserviços ecossistêmicos. Por fim, serão abordadas algumas ameaças a esses ambientes e ações atuais em prol de sua conservação. P06 - Origem e Filogenia de VírusPaolo Marinho de Andrade Zanotto (ICB - USP)Ter 13h30 P07 - A Transposição de Conhecimentos na Sala de Aula do Ensino Médio: Conversas Entre a Linguagem Científica e a Linguagem DidáticaAlessandra Fernandes Bizerra (IB - USP)Qua 13h30 O discurso científico é diverso e tem como fontes as especialidades, os métodos, os problemas, os posicionamentos sociais e individuais e outras dinâmicas que impulsionam as atividades científicas. Podemos dizer o mesmo do discurso didático, que também se apresenta heterogêneo, haja vista a variedade de

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contextos educativos e as relações ali estabelecidas. Mas como ocorre o diálogo entre esses dois discursos, o didático e o científico? O que podemos desenvolver na sala de aula de Biologia do Ensino Médio, enquanto professores, para que esses discursos dialoguem? Neste encontro, discutiremos alguns elementos que caracterizam as diferentes linguagens utilizadas pelo professor em sala de aula, buscando formas de aproximar as culturas científica e escolar. P08 - Uso de Tocas por Mamíferos e Aves na Mata AtlânticaBeatriz de Mello Beisiegel (CENAP/ICMBio)Ter 13h30 Abrigos ou tocas para a realização de diversas atividades, como criação de filhotes ou repouso,são um recurso essencial para muitas espécies de animais e sua disponibilidade pode ser um fator determinante na forma de uso do espaço por algumas espécies. Nesta palestra serão apresentados os tipos de tocas no solo encontrados no Parque Estadual Carlos Botelho (PECB), uma área de Mata Atlântica no sudeste do Brasil, e seu uso por mamíferos e aves. Serão analisadas as relações entre tipos e localização das tocas com os animais que as utilizam e levantadas hipóteses sobre os fatores que determinam a escolha de tocas pelas espécies. P09 - Áreas Úmidas de Interesse para o BrasilYara Schaeffer-Novelli (IO - USP)Ter 16h00 Áreas úmidas constituem sistemas extremamente vulneráveis, com elevadas diversidades estrutural e funcional. A riqueza biológica faz com que esses ambientes sejam os grandes “berçários” naturais nas diversas fases do ciclo de vida das espécies, ou ainda pontos de parada para espécies migratórias. As áreas úmidas no Brasil são caracterizadas por ocuparem grandes extensões, contribuindo sobremaneira para a fertilidade dos corpos de água (bacias hidrográficas) aos quais se encontram integradas. Nos ambientes tropicais, essas áreas são dominadas por uma

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variedade de grupos vegetais - produtores primários responsáveis por complexas redes tróficas. Impactos de ordem econômica sobre esses ambientes podem ter dimensões consideráveis, com sérias implicações para as comunidades tradicionais (naturais) associadas, como para todos aqueles que dependem direta ou indiretamente dos recursos, bens, serviços e produtos providos, graciosamente, pelas áreas úmidas. Levando em conta a dinâmica das relações entre sociedade e áreas úmidas, uma nova ordem mundial se estabelece em relação ao planejamento de uso e de ocupação de regiões, principalmente ao serem consideradas as mudanças globais, responsáveis por alterações dos ambientes físico e biológico, em níveis local, regional e global. P10 - Astrobiologia: Estudando a Vida no UniversoDouglas Galante (IAG - USP)Ter 16h00A Astrobiologia é um ramo recente da ciência que utiliza ferramentas da Astronomia, Biologia, Física e Química para compreender um dos sistemas mais complexos do Universo, a vida - seu surgimento, evolução e distribuição. Apresentamos o primeiro laboratório dedicado a estudos em Astrobiologia do Brasil – AstroLAB, sendo instalado no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP. Como parte central de nosso laboratório está sendo construída uma câmara de simulação capaz de mimetizar parâmetros ambientais encontrados em outros corpos do sistema solar e na Terra primitiva, para testar a resposta biológica e química a essas condições. O laboratório também está sendo projetado para trabalhar com organismos conhecidos como extremófilos, ou seja, capazes de sobreviver em ambientes extremos. P11 - Visão, Cegueira e o CérebroLuiz Roberto Giorgetti de Britto (ICB - USP)Ter 18h30A visão é indubitavelmente um dos sentidos mais importantes para a adaptação ao ambiente. A organização desse processo envolve

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circuitos neurais, desde a retina até o córtex cerebral, incluindo regiões subcorticais. No córtex visual, há uma organização hierárquica que se inicia no córtex visual primário, onde ocorre uma decodificação dos sinais visuais; a seguir, o córtex visual secundário realiza uma síntese dos vários aspectos da imagem, enquanto que o último estágio, o córtex visual terciário, integra os sinais em um quadro coerente, garantindo a percepção propriamente dita. Lesões ou disfunções em qualquer ponto do sistema visual podem induzir deficiências visuais dos mais variados tipos. Lesões retinianas, do nervo óptico, do trato óptico e de algumas regiões subcorticais provocam perdas visuais previsíveis em função da organização topográfica do sistema, enquanto alterações corticais podem produzir quadros mais complexos, como a chamada blindsight e alguns tipos de alexia. P12 - Bioengenharia de Redes NeuraisJoão Ranhel (EP - USP)Qua 13h30 Desde 1943, quando McCulloch e Pitts criaram o primeiro modelo matemático de neurônio artificial, cientistas tentam criar modelos de redes neurais artificiais com dois propósitos principais: criar aplicativos computacionais que usam certos atributos cerebrais a fim de de resolver uma classe de problemas difíceis de serem resolvidos por algoritmos (de uso na engenharia, matemática, etc), e simular e modelar o comportamento de cérebros (de interesse da biologia, ciências cognitivas, neurociência, etc). Essa palestra faz uma revisão do uso das redes neurais, desde os primeiros modelos neurais (perceptrons), até o presente (spiking-neurons), mostrando o estado da arte em redes neurais pulsadas: os modelos de neurônios baseados em sistemas dinâmicos. A palestra quer dar um overview sobre as três gerações de redes neurais artificiais simuladas em computador, suas finalidades, e o que esperar delas. Vamos, portanto, abordar: (1) modelos matemáticos de neurônios (perceptrons, Hodgkin & Huxley, família Integrate-and-Fire, etc). Depois (2) analisaremos a questão da plasticidade

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celular, sináptica e estrutural. Em seguida, (3) o problema do acoplamento neural e os tipos de redes resultantes: fatores de acoplamento, topologias, atrasos e sincronismo de pulsos. Na sequência, (4) o comportamento dos neurônios em grupo, gerando um resultado final que é a computação executada na rede. Ao final, vamos apresentar uma abordagem que está surgindo aqui na USP, a (5) computação por assembléias, discutindo como esta abordagem, em termos biológicos, é muito mais plausível com neurônios e cérebros naturais; além de apontar futuras frentes de pesquisa e possibilidades dessa abordagem. P13 - Marcação e RecapturaThomas Püttker (IB - USP)Qua 13h30 Desde o início de estudos com animais, ecólogos se interessam por características de populações de animais silvestres. Uma dessas características, por exemplo, está relacionada à abundância de espécies em um determinado local e é representada pela pergunta: Quantos indivíduos há? Essa pergunta parece simples, mas considerando o comportamento conspícuo de vários animais silvestres, revela-se que apesar de a pergunta ser simples, a resposta não o é. Considerando-se que em um certo local foi visto pelo menos um indivíduo antes que essa pergunta fosse feita, esta pode ser um pouco mais refinada: quantos indivíduos há além daqueles que eu avistei? Métodos de captura-marcação-recaptura e os modelos matématicos desenvolvidos para analisar dados coletados com esses métodos possibilitam responder a essa e a outras perguntas relacionadas aos parâmetros demográficos de populações de animais. O objetivo da palestra é apresentar os possíveis tipos de perguntas que podem ser respondidos por meio deste método, com a intenção de tornar conhecida essa poderosa ferramenta. Apresentarei um panorama sobre as diferentes possibilidades que os métodos de captura-marcação-recaptura oferecem. Serão feitas considerações de desenho experimental, que devem ser fruto de uma profunda reflexão antes do início da coleta de dados,

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das diferentes técnicas referentes aos diferentes organismos investigados durante a coleta de dados e do início das posteriores análises de dados.Finalmente, apresentarei exemplos da ciência atual nos quais os métodos de captura-marcação-recaptura foram usados com diferentes fins. P14 - Arquitetura SustentávelFábio LanferQua 16h00 Alternativas de projeto; dos materiais ecológicos aos edifícios inteligentes. Experiências com Bambu, barro, e materiais reciclados. Projetos de grande escala: Hospitais eco-eficientes, e reflexões sobre a articulação urbanística na infra-estrutura metropolitana de São Paulo.

P15 - NanobiotecnologiaPriscyla Daniely Marcato (UNIFESP)Qua 16h00 P16 - Botânica e Conhecimento Popular: Aproximação e DistanciamentoPaulo Takeo Sano (IB - USP)Qua 18h30 P17 - Mortos Que Falam: o Que Podemos Aprender Com o Estudo de Restos Esqueletais Humanos?Maria Mercedes Okumura (MAE - USP)Qui 18h30 Esta palestra visa apresentar as possibilidades de pesquisa de um biólogo na área de antropologia biológica com ênfase no estudo de esqueletos humanos. Através de diferentes métodos, que vão desde a análise morfológica dos esqueletos até a análise do DNA, é possível estudar diversos aspectos dos povos do passado, tais como a sua ancestralidade e o seu estilo de vida, incluindo

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dieta, patologias, modificações corporais, entre outros.

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CursosC01 - Enriquecimento Ambiental, Comportamento e Bem-estar AnimalAngélica da Silva Vasconcellos (IP - USP)Seg, Ter, Qua 13h30 O curso enfocará os princípios do bem-estar animal, formas de avaliação desse parâmetro (considerando a fisiologia e o comportamento), histórico e fundamentos do enriquecimento ambiental, além de exercícios práticos de elaboração, execução e avaliação de resultados do enriquecimento ambiental. Em detalhe, o curso exporá, além dos aspectos do cativeiro que tornam necessária a execução de projetos de enriquecimento ambiental, uma descrição geral dos fatores que podem influenciar o bem-estar dos animais cativos, os tipos de enriquecimento que podem ser implementados e seus possíveis benefícios. Na sequência, serão descritas as etapas fundamentais de um trabalho de enriquecimento ambiental: estudo da espécie em questão, observação dos indivíduos para determinação dos objetivos a serem atingidos com o trabalho, escolha e desenvolvimento do enriquecimento a ser introduzido, introdução do enriquecimento, registro dos resultados da intervenção, avaliação e análise dos resultados. Em seguida, será feito estudo de caso, com divisão da turma em grupos para uma atividade teórica de enriquecimento, onde serão discutidos os melhores métodos a serem usados para uma determinada espécie. Após essa atividade, serão apresentados resultados de pesquisas com enriquecimento ambiental, enfatizando a importância de se determinar a estratégia adequada, coletar e analisar os dados corretamente para se chegar aos reais efeitos dos procedimentos. Será feita, então, exposição sobre os métodos precisos de registro e análise do comportamento animal, abordando: fontes de informação para elaboração do projeto, discussão do melhor desenho experimental, métodos e materiais para observação e análise do comportamento e análises estatísticas normalmente utilizadas para trabalhos de enriquecimento. Finalizando, será

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feito um exercício prático para utilização das técnicas estudadas, incluindo preparação do projeto, coleta, análise e apresentação dos resultados. C02 - Cactáceas e Suculentas: Aspectos EvolutivosAlice de Moraes Calvente Versieux (UFRN)Seg, Ter, Qua 13h30 As Cactáceas são importantes elementos dos desertos americanos. Nesses ambientes, a disponibilidade hídrica é muito baixa e a habilidade de resistir à escassez de água é uma condição essencial para a sobrevivência. Diversas estratégias associadas à ocorrência de plantas em áreas desérticas existem, entre elas está a presença de órgãos suculentos, como o caule dos cactos. A suculência, definida como uma condição na qual a planta apresenta abundância de tecidos que estocam água, permite tolerar a seca por períodos prolongados. Tal capacidade de armazenar água nos tecidos surgiu independentemente algumas vezes na história evolutiva das plantas vasculares e, frequentemente, ocorre conjuntamente com outras características que auxiliam a sobrevivência em áreas áridas, como a redução de folhas a espinhos, a presença de caules fotossintetizantes, o metabolismo CAM, a ocorrência de ceras epicuticulares e adaptações específicas nas raízes. Assim como as Cactaceae, as Crassulaceae, Portulacaceae, Aizoaceae, e linhagens de Orchidaceae, Bromeliaceae, Euphorbiaceae, Agavaceae e Apocynaceae são alguns dos grupos de plantas suculentas que apresentam adaptações diversas que permitem resistir a condições extremas de seca sob as quais a maioria das plantas não sobreviveria. Apesar de as Cactáceas serem praticamente restritas às Américas, características adaptativas às condições xéricas extremas não são restritas aos desertos americanos, alguns grupos de plantas suculentas tem sua história evolutiva atrelada a regiões secas de outras partes do mundo, como da África e Ásia. A história evolutiva de plantas suculentas tampouco está limitada a áreas desérticas, outros hábitats, como o epifítico e rupícola dentro da Floresta Atlântica brasileira, oferecem condições

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extremas e estão associados com adaptações e estratégias próprias de grupos de suculentas, apesar de se localizarem em áreas não-desérticas. Outras questões biológicas interessantes estão associadas com plantas suculentas. Por exemplo, por serem muitas vezes as únicas espécies que toleram ambientes extremos, elas são fontes de recurso essenciais nos ecossistemas, estando envolvidas em uma série de interações ecológicas. De forma geral, o entendimento sobre aspectos evolutivos de Cactáceas e outras suculentas permite a avaliação as diferentes estratégias para tolerar a pouca disponibilidade de água. Ou também, sob uma perspectiva diferente, permite a compreensão de como condições abióticas extremas semelhantes presentes em hábitats de diversas partes do mundo podem ter contribuído para o surgimento de estratégias convergentes em linhagens não aparentadas de Angiospermas. O curso consistirá de aulas teóricas, leitura e discussão de artigos e uma aula prática. Conteúdo abordado:- Plantas suculentas: definição, principais grupos e relações filogenéticas.- Adaptações e estratégias de cactáceas e suculentas: evolução da diversidade vegetativa e reprodutiva e interações ecológicas.- Hábito, habitat e biogeografia. Conhecimentos prévios exigidos:- Noções básicas de termos e práticas em estudos filogenéticos.- Noções básicas de sistemática e morfologia vegetal. C03 - Apoptose, Checkpoints e CâncerEugenia Costanzi-Strauss (ICB - USP), Alison Coloquhoun (ICB - USP) e Bryan Strauss (FM - USP)Ter, Qua, Qui 18h30 O ciclo celular é um processo com alto nível de coordenação espacial e temporal mantido por um potente sistema de integração de sinal; este sistema é capaz de promover uma resposta do tipo cell cycle dependent a partir de sinais mitogênicos e anti-mitogênicos, incluindo a presença de fatores de crescimento, nutrientes, espaço,

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danos ao DNA, etc. Em útima análise, proliferação, diferenciação, senescência, morte (apoptose) e transformação celular (câncer) são sub-programas coordenados pelo sistema de controle do ciclo celular. As principais vias de sinalização do ciclo celular convergem para um ponto de integração de sinal onde estão localizadas duas proteínas chaves de controle do ciclo celular: a proteína pRb (produto do gene de suscetibilidade ao retinoblastoma, Rb) e a proteína de vigilância ou checkpoint p53. Os genes pRb e p53 são protótipos para genes supressores de tumor e candidatos a genes terapêuticos do câncer. Neste curso, serão discutidos aspectos moleculares das vias de controle do ciclo celular e seu impacto para o desenvolvimento de novas estratégias para o tratamento de doenças proliferativas, como câncer. C04 - A Fisiologia do Esporte na Era da Genômica FuncionalRodrigo Gonçalves Dias (INCOR)Ter, Qua, Qui 18h30 Realizado na forma de ciclo de palestras, este curso colocará em pauta o atual estado da arte no que se refere à produção científica envolvendo exercício e treinamento físico, tanto visando a prevenção/reabilitação de doenças quanto o ganho de performance física. Em cada tópico os conceitos serão abordados com foco nos mecanismos moleculares que, potencialmente, sustentam cada um dos fenômenos biológicos discutidos. Primeiro dia - Palestra 1: A Fisiologia do Exercício na Era da Genômica Funcional (abertura) com Dr. Rodrigo Gonçalves Dias - Laboratório de Genética e Cardiologia Molecular - Instituto do Coração – InCor (HCFMUSP) Palestra 2: Efeitos do Exercício Físico no Metabolismo dos Lipídeos com Dr. Jeferson Luis da Silva - Laboratório de Metabolismo de Lípides - Instituto do Coração – InCor (HCFMUSP) Segundo dia - Palestra 3: GENEs of HIGH Performance: Uma Parceria Entre InCor e Polícia Militar do Estado de São Paulo com Capitão PM José Ribeiro Lemos Júnior - Laboratório de Genética e Cardiologia Molecular - Instituto do Coração – InCor

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(HCFMUSP) Palestra 4: Alterações Cardiovasculares e Músculo Esqueléticas em Usuários de Esteróides Anabolizantes Praticantes de Exercícios Físico com Dndo. Marcelo Rodrigues dos Santos - Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício do Instituto do Coração - InCor (HCFMUSP) Terceiro dia - Palestra 5: Benefícios do Treinamento Físico para Pacientes Após Infarto Agudo do Miocárdio com Dr. Daniel Godoy Martinez - Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício do Instituto do Coração - InCor (HCFMUSP) Palestra 6: Plasticidade Muscular e Remodelamento Cardíaco Induzido pelo Treinamento Físico com Dndo. Igor Lucas Gomes dos Santos - Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício do Instituto do Coração - InCor (HCFMUSP) C05 - Ensino Por ProjetosSandra Tonidandel (Colégio Dante Alighieri) e Suzana Ursi (IB - USP)Ter, Qua, Qui 18h30 A aprendizagem de ciências pressupõe que os estudantes se apropriem não apenas dos conceitos científicos, mas também dos processos pelos quais tais conceitos são construídos e de como utilizá-los em seu dia-a-dia. Nesse contexto, é importante propiciar aos estudantes oportunidades para que desenvolvam projetos de investigações científicas simples de forma autônoma: - postulando hipóteses relacionadas à sua realidade, - desenvolvendo metodologias para testar tais hipóteses, - analisando os dados obtidos. É importante ressaltar que o professor de ciências deve estar preparado para conduzir atividades dessa natureza na escola, sendo necessário que tais professores sejam introduzidos ao ensino por investigação já em sua formação inicial. O presente curso tem como principais objetivos:(1) refletir sobre as possibilidades do ensino por investigação como estratégia didática nos diferentes níveis de ensino;

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(2) apresentar e discutir experiências de ensino-aprendizagem na área dos conhecimentos biológicos focadas no desenvolvimento de projetos de investigação;(3) apresentar as feiras de ciência como vivências valiosas nas quais os estudantes têm oportunidade de divulgar os projetos desenvolvidos e treinar importantes habilidades como a socialização, exposição oral, respeito a opiniões e posturas diversas, entre outras. O curso terá duração doze horas e utilizaremos aulas expositivas dialogadas e dinâmicas em grupo para abordar os temas propostos.

C06 - Genética de Populações Aplicada a Conservação AmbientalNadia de Moraes-Barros (IB - USP)Ter, Qua, Qui 18h30 As espécies são categorizadas como ameaçadas de extinção quando suas populações decrescem a ponto de não se manterem viáveis e estáveis ao longo das gerações. A menos que as condições que conferem ameaça mudem, as populações serão extintas. Desta forma, os programas de conservação procuram estabelecer ações para reverter ou amenizar tais condições de ameaça e garantir proteção às espécies. A proposta deste curso é mostrar que o estudo sobre a quantidade e distribuição da diversidade genética nas populações naturais constitui parte do conhecimento necessário para a implementação de planos efetivos de conservação. Levando em conta um cenário de destruição e fragmentação de hábitat e os consequentes efeitos sobre as populações, serão discutidos: 1) os principais conceitos de Genética de Populações; 2) Genética da Conservação e conservação nos limites da espécie; 3) de que modo a diversidade genética está associada à viabilidade das populações. O público alvo constitui-se de alunos de graduação e recém graduados que já cursaram disciplinas de Evolução e Genética de Populações.

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C07 - Reabilitação e Resgate de Animais Marinhos Com Ênfase em Aves, Quelônios e Mamíferos MarinhosAndrea Maranho (CRAM REVIVA)Qua, Qui, Sex 08h00 O litoral brasileiro possui aproximadamente 8000 km de extensão e abriga uma grande diversidade biológica, tendo muitos animais com status de conservação preocupante devido, principalmente, ao desenvolvimento industrial-portuário e às atividades relacionadas à exploração petrolífera. Animais encalham em praias do nosso litoral e precisam de cuidados médicos, acompanhamento biológico e avaliação para a devolução ao ambiente marinho. No caso de animais mortos, é necessário o conhecimento de sua anatomia e fisiologia para determinação da causa mortis, aspectos considerados fundamentais para a saúde pública e para subsidiar ações de conservação desses animais. C08 - Clonagem TerapêuticaHeloísa Caetano (CEGH - IB - USP)Qua, Qui, Sex 08h00 Visando a necessidade constante de atualização, esse curso foi idealizado considerando os avanços biotecnológicos envolvidos na reprodução animal e humana. Os tópicos que serão apresentados versarão sobre temas interdisciplinares. Serão discutidos os diferentes conceitos de clonagem, como surgiu o termo e a abrangência de seu significado. Inicialmente, será apresentado um histórico dos principais casos de sucesso em clonagem, as dificuldades tecnológicas e as perspectivas do uso de embriões clonados. Será enfocada a clonagem terapêutica humana, sua aplicabilidade e as questões científicas, éticas e religiosas envolvidas. Professores convidados: Tatiana Jazedje (CEGH - IB - USP), Silmara Juny de Abreu Chinellato (Largo São Francisco) e Alexandre A. Martins (ICAPS). C09 - CronobiologiaLuiz Menna-Barreto (EACH - USP), Gisele Oda (IB - USP) e Mirian

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Marques (IB - USP)Qua, Qui, Sex 08h00 Estudar a estrutura temporal dos seres vivos e sua relação com os ciclos ambientais é o objetivo central da Cronobiologia. Plantas e animais, unicelulares e metazoários, todos apresentam ritmos gerados pelo próprio indivíduo. Estes ritmos estão presentes em diferentes funções e são responsáveis tanto pelas relações temporais no interior do organismo quanto por aquelas entre o organismo e o meio ambiente. As características fundamentais dos ritmos biológicos garantem a manutenção de suas propriedades mesmo quando as condições ambientais sofrem grandes mudanças ou quando o indivíduo desloca-se para regiões com marcações temporais diferentes, como as migrações para os pólos, por exemplo. Da mesma forma, essas propriedades são mantidas sob grandes variações climáticas em que as oscilações do relógio biológico praticamente não mudam. Os padrões rítmicos são hereditários e característicos de cada espécie. A organização temporal de um indivíduo é resultante da ação de muitos centros geradores de oscilações, sendo que os principais encontram-se no sistema nervoso central. Diversos genes são responsáveis pela geração de proteínas temporais e estes genes expressam-se em um grande número de tecidos, além do tecido nervoso.

C10 - Anatomia HumanaSilvia de Campos Boldrini (ICB - USP)Qua, Qui, Sex 08h00

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Mini-cursosMC01 - Evolução e Desenvolvimento (Evo-Devo) com Ênfase em VertebradosTiana Kohlsdorf e Mariana Bortoletto Grizante (FFCLRP - USP)Seg, Ter 18h30 A biologia evolutiva do desenvolvimento (ou ‘evo-devo’, do inglês ‘evolutionary developmental biology’) é uma área integrativa que busca explicar a evolução de características fenotípicas por meio de mudanças em processos e vias associadas ao desenvolvimento embrionário dos organismos. O mini-curso trará uma breve contextualização teórica da área, discutindo as principais questões abordadas pela biologia evolutiva do desenvolvimento, além de alguns dos métodos utilizados para respondê-las. Em seguida, será feito um panorama geral do desenvolvimento comparado de animais vertebrados, incluindo observação de série de embriões de peixes e de estágios embrionários equivalentes em diferentes grupos de Reptilia. MC02 - Identificação de Famílias de Coleoptera que Ocorrem no BrasilSergio Antonio Vanin (IB - USP)Seg 13h30 Besouros são insetos com metamorfose completa que possuem as asas anteriores modificadas em élitros. Para o Brasil foram registradas cerca de 28.000 espécies, reunidas em 105 famílias. O mini-curso constará de uma breve explanação inicial, na qual serão apresentadas noções sobre a diversidade e a classificação dos coleópteros. Será dada ênfase para as principais características morfológicas que serão utilizadas na identificação dos adultos de besouros. Algumas famílias serão identificadas com o uso de chaves dicotômicas enquanto, outras, já estarão identificadas e serão apresentadas como material em demonstração.

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MC03 - Genes HoxChao Yun Irene Yan (ICB - USP) e Felipe Monteleone Vieceli (ICB - USP)Seg, Ter 18h30 A diversidade de formas corporais entre os Bilateria é supreendente e imediatamente gera a pergunta: como que esta diversidade de formas apareceu na evolução? Ao mesmo tempo, se considerarmos que os Bilateria surgiram de um ancestral comum, incita-se uma outra pergunta: existe um mecanismo ancestral comum que rege a formação do plano corporal? A resposta para ambas as perguntas está na análise dos genes Hox ou genes homeóticos. Os genes Hox estão presentes desde os metazoários mais basais até os vertebrados e exercem sempre um papel fundamental na definição dos eixos do corpo e de apêndices durante a embriogênese animal. São, portanto, instrumentos básicos evolutivamente conservados para a formação do plano corporal. O papel central de genes Hox é refletido também nas variações de plano corporais resultantes de ligeiras modificações nas sequências codificantes e não-codificantes destes. Neste mini-curso, abordaremos o papel dos genes Hox e sua relevância na embriogênese, além de como variações destes genes durante a evolução geraram e gerariam planos corporais diversos.

MC04 - A Importância das Metodologias nos Estudos de Biologia da PolinizaçãoKayna Agostini (Universidade Metodista de Piracicaba)Ter, Qua 08h00 Como é de conhecimento geral a polinização faz parte do ciclo reprodutivo das angiospermas e consiste no transporte do grão de pólen até o estigma da flor. Atualmente, os estudos que envolvem a polinização são importantes para entendermos a diversidade em nível populacional e em nível de comunidade. Estudos sobre biologia da polinização podem ser realizados com diferentes enfoques, mas é necessário o conhecimento básico de diversas metodologias, principalmente sobre biologia floral e

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comportamento dos polinizadores. O objetivo deste mini-curso é expor diversas metodologias que podem ser utilizadas em estudos sobre biologia da polinização e entender a aplicabilidade das mesmas. O mini-curso se baseará em: 1) estudos da flor (morfologia floral; antese, avaliação de disponibilidade de recursos florais, viabilidade de grãos de pólen, receptividade de estigma, estimativa da razão pólen/óvulo); 2) síndromes de polinização; 3) testes de polinização (agamospermia, autopolinização e polinização cruzada manual e natural) e 4) estudos do comportamento do polinizador. É esperado que após o mini-curso os alunos consigam desenvolver projetos iniciais sobre biologia da polinização. MC05 - GliaCarmem Gottfried (UFRGS)Ter, Qua 08h00 As células gliais influenciam a atividade neural orquestrando diversas funções, incluindo participação de barreiras encefálicas, do acoplamento neurovascular, de mecanismos de defesa e de sistemas de reparo, podendo atuar como sensores de disfunção neural em resposta a estresse e desencadear processos de cicatrização. Além disso, expressam uma grande variedade de receptores para neurotransmissores e desempenham função importante na sinapse. Nas últimas décadas, surgiram muitos estudos visando compreender como a nossa complexa e intrincada rede de cerca de 100 trilhões de sinapses é estabelecida e remodelada durante o aprendizado ao longo do desenvolvimento. Os astrócitos participam como elementos-chave para a formação, plasticidade, eliminação e função sináptica e possuem domínios periféricos dinâmicos, em contato com células vizinhas. Os oligodendrócitos possuem um papel fundamental na mielinização axonal, podendo sofrer desmielinização decorrente de distúrbios funcionais e remielinização. A microglia constitui uma população de células com imunidade intrínseca do SNC, que podem atuar como rastreadores (scanners) em busca de irregularidades, passando do estado de vigilante e alerta, para o estado ativado mediante

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uma condição de estímulo adverso ou um quadro patológico. Podem também modular neurogênese, função e desenvolvimento neural. Não há dúvidas de que nas últimas décadas se descobriu inúmeras funções desempenhadas pelas células gliais, fazendo com que estas células passassem a ocupar um lugar de destaque no cenário da neurociência, visando melhor compreensão de patologias e novos alvos terapêuticos. Dessa forma, o MC-GLIA tem como objetivo principal, proporcionar uma descrição morfofuncional das células gliais, integrando mecanismos e conceitos básicos relacionados com plasticidade neural em situações fisiológicas e patológicas, abordando: 1. Marcos históricos;2. Origem das células gliais no sistema nervoso central e periférico;3. Funções associadas com barreiras neurais;4. Sinalização e plasticidade neuroglial;5. Novos questionamentos e estudos futuros.

MC06 - Biologia do SonoGabriel Natan Pires e Monica Levy Andersen (UNIFESP)Ter, Qua 08h00 O sono é um assunto que vem recebendo cada vez mais atenção. Basta que se atente ao crescente volume de publicação científica nesta área, bem como à exposição desse tema na mídia. Essa visibilidade pode ser devida a dois fatos principais: às novas descobertas nas ciências do sono e cronobiologia, bem como à evidente condição de débito crônico de sono vivida pela população e desencadeada por fatores relacionados à rotina de vida moderna. Desse modo, o presente mini-curso busca abordar de modo bastante abrangente as ciências do sono e da cronobiologia. Serão abordados principalmente assuntos de interesse estrito à biologia, mas também temas da área médica, oferecendo ao aluno uma abordagem translacional sobre o sono. Em suma, o curso será dividido em seis módulos: 1. Conceitos básicos sobre sono e cronobiologia; 2. Sono em condições normais; 3. Distúrbios de sono; 4. Avaliação do sono; 5. Privação de sono;

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6. Sono e sociedade. MC07 - Agroecologia e Sistemas AgroflorestaisPedro Kawamura Gonçalves, Paulo Kuwabara Fonseca e Simone Bazarian VosgueritchanTer, Qua 08h00 Conteúdo: Agroecologia: princípios e definições; Agroecologia como ciência emergente para a sustentabilidade na pauta dos movimentos sociais; A evolução do meio rural e o processo de modernização agrícola: consumo de agrotóxicos, êxodo rural, perda da biodiversidade; Mudanças climáticas, resistência e resiliência: ambiente urbano, agroecossistemas convencionais e agroecológicos; Eficiência energética, Produtividade, Serviços ambientais, e conservação da biodiversidade em sistemas agroecológicos; Ensino, pesquisa, extensão e redes em agroecologia; Práticas agroecológicas; Sistemas Agroflorestais: tipos, princípios e aplicações, conservação da paisagem; SAFs e código Florestal; Práticas em agroecologia urbana.

MC08 - AlergiasAntônio Condino Neto (ICB - USP)Ter, Qua 13h30 As alergias são doenças altamente prevalentes nas sociedades industrializadas, variando sua taxa de 20 a 30% na população. São doenças poligênicas e complexas, com grau variado de gravidade, associadas ou não a infecções de repetição. Seu estudo, diagnóstico e manejo deve levar em conta o meio ambiente, o potencial genético, a associação ou não com outras doenças de base imunológica e a resposta individual a fármacos. Neste módulo do mini-curso, abordaremos seus principais mecanismos imunofarmacológicos no contexto do desenvolvimento do sistema imunológico, as doenças mais frequentes e o seu manejo segundo diretrizes estabelecidas na literatura. MC09 - Metabolismo de InvernoJosé Eduardo de Carvalho (UNIFESP)

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Ter, Qua 13h30 O ciclo anual de atividade de diversas espécies de animais exibe um período de mudanças marcantes no comportamento e na fisiologia durante os meses do ano em que as condições do ambiente se tornam mais desfavoráveis, especialmente com relação à disponibilidade de recursos alimentares e às alterações na temperatura. Em muitos casos, esses períodos ocorrem durante os meses de inverno, quando os animais passam por diversos ajustes que podem envolver uma queda da atividade geral, com redução da taxa metabólica, e mudanças nos padrões de deposição e utilização de substratos energéticos. Acompanhado a isso, mudanças comportamentais são evidentes em muitos casos, o que contribui para a manutenção da homeostase energética e a para a sobrevivência. É dentro desse contexto que este mini-curso deverá explorar os principais aspectos fisiológicos e comportamentais envolvidos nas mudanças sazonais no metabolismo energético de diferentes linhagens animais, sob a luz dos princípios evolutivos subjacentes aos mecanismos relacionados. Em linhas gerais, serão apresentadas e discutidas as principais características dos processos de depressão metabólica como aqueles relacionados com a dormência, a hibernação, a tolerância a anóxia, a estivação, o torpor e a diapausa. Além disso, outros processos como a migração, o jejum voluntário e as tolerâncias ao congelamento e às baixas temperaturas também serão alvo de discussões durante o mini-curso. Para entender estes processos, é necessário também que sejam apresentadas as origens evolutivas e os cenários ambientais que propiciaram o surgimento dessas estratégias para lidar com os meses de inverno. Espera-se dessa forma que durante o mini-curso os participantes possam tomar conhecimento dos conceitos fundamentais sobre a regulação da taxa metabólica, desde o nível molecular até o organismo em seu ambiente. MC10 - Flor e Fruto: Morfologia, Filogenia e EcologiaGladys Flavia Melo de Pinna e Diego Demarco (IB - USP)Qua, Qui 18h30

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As flores constituem as estruturas mais vistosas das Angiospermas e têm atraído a atenção da maior parte dos observadores desde os primórdios do estudo botânico, com variadas especializações estruturais relacionadas a polinizações pelo vento e até a elaborados mecanismos vinculados à coevolução de seus polinizadores. Outro evento muito importante na evolução das plantas vasculares foi o surgimento dos frutos, que possibilitou uma maior proteção às sementes e, consequentemente, aos seus embriões, ao mesmo tempo em que promoveu uma grande diversidade de mecanismos de dispersão. Esses são os principais aspectos a serem abordados neste mini-curso, por meio de aulas teóricas e práticas, procurando integrar os conhecimentos estruturais, filogenéticos e ecológicos dos órgãos reprodutivos dentro do grande grupo das Angiospermas. MC11 - Conservação de Invertebrados em ExtinçãoKarina Schmidt Furieri (IPEMA)Qua, Qui 18h30 Critérios que levam uma espécie a ser considerada ameaçada de extinção; critérios para que uma espécie tenha seu risco de extinção avaliado; os invertebrados ameaçados de extinção no Brasil; critérios que levaram à inclusão dessas espécies na Lista Vermelha Brasileira; invertebrados com risco de extinção não avaliado; o papel das unidades de conservação na proteção das espécies de invertebrados; planos de manejo para espécies de invertebrados ameaçadas de extinção; conservar as espécies ou os habitats?; a divulgação científica na conservação de invertebrados.

MC12 - Arqueologia ForenseAdelino Poli Neto (Instituto Adolfo Lutz)Qua, Qui 18h30 Arqueologia Forense é o ramo da Arqueologia voltado à resolução de casos criminais surgidos em Investigações policiais e nos procedimentos legais. O arqueólogo forense é solicitado por autoridades judiciais, policiais e por agências especializadas

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para localizar cemitérios clandestinos, túmulos, recuperar restos humanos e outros utensílos de valor probatório procurados como parte de investigações de crimes sem solução. Ainda é solicitada para confirmação de laudos encaminhados à Justiça através de exulmações para uma segunda necrópsia. Serão abrangidos alguns temas como: morte - uma visão arqueológica e antropológica, práticas funerárias, causas prováveis de morte, reconstrução facial, mumificações, inumações e exulmações, entomologia, tanatologia, locais de crimes e análises de ossadas. MC13 - Ilustração BotânicaDiana Marliete Carneiro Marques (CIBP)Qui, Sex 08h001) Apresentação do material usual seguida de uma demontração de desenho rápido do natural. Elaboração de um esboço rápido. 2) Sombreamento do esboço e orientações para a transferência do desenho para o papel definitivo.3) Análise de algumas exsicatas com sugestões de procedimentos para a elaboração de desenhos.4) Apresentação do material e demonstração da técnica do bico de pena sobre o desenho feito.5) Apresentação de slides demostrativos das técnicas de grafite e de bico de pena e dos códigos de representação usados em ilustração botânica.6) Apreciação de trabalhos feitos e esclarecimentos de dúvidas gerais. MC14 - DNA Não-Codificador: Origem e FunçãoPedro Alexandre Favoretto Galante (Instituto Ludwig)Qui, Sex 08h00 A maior parte dos genomas dos mamíferos, incluindo o da nossa espécie, é composto por DNA não codificador para proteínas. Estas sequências, que já foram classificadas com “junk DNA”, hoje são extensivamente estudadas em termos de suas funções e origem. Atualmente, alguns autores até sugerem

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uma correlação direta entre a maior quantidade de DNA não codificador e a complexidade do organismo. Também nestas regiões genômicas não codificadoras estão localizadas diversas classes de genes importantíssimos, tais como os RNAs ribossomais, os RNAs transportadores, os RNAs não codificadores longos e os microRNAs. No geral, as sequências reguladoras da expressão e da estabilidade de todos os genes de um organismo também estão localizadas nas regiões não codificadoras. Entre as maneiras utilizadas para se estudar o DNA não codificador, aquelas que utilizam dados de conservação entre espécies e análises em larga escala de bioinformática são as mais utilizadas. Neste mini-curso serão abordados os principais conceitos relacionados ao DNA não codificador, incluindo suas funções e evolução. Também serão abordados alguns métodos práticos de estudo destas seqüências. MC15 - Ensino de Ciência por ArgumentaçãoDaniela Lopes Scarpa (UFABC) e Renata Orofino (IB - USP)Qui, Sex 08h00 MC16 - EspeleobiologiaMaria Elina Bichuette (UFSCar)Qui, Sex 08h00 O ambiente subterrâneo possui algumas características que o torna bem peculiar quando comparado com o da superfície. A zona afótica é caracterizada principalmente por ausência permanente de luz, temperatura relativamente constante acompanhando a média anual da região, atmosfera saturada de água e alta concentração de CO2. Essas características irão influenciar fortemente a distribuição dos organismos. Devido à ausência permanente de luz, os organismos fotoautotróficos estão ausentes neste ambiente, de modo que os organismos cavernícolas dependem principalmente de itens alóctones como fonte energética. Os animais cavernícolas são frequentemente inseridos em categorias ecológico-evolutivas. Os Trogloxenos, encontrados regularmente no meio hipógeo, que precisam retornar à superfície ou à zona de entrada para completar seu ciclo de

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vida; os Troglófilos, espécies que podem viver e se reproduzir tanto no meio hipógeo quanto no epígeo; os Troglóbios, espécies restritas ao ambiente subterrâneo, geralmente caracterizadas por troglomorfismos, estados de caráter associados à ocupação e isolamento neste ambiente. Os troglomorfismos mais comuns são a regressão, até ausência, dos olhos e da pigmentação melânica. Também podemos encontrar organismos acidentais que utilizam cavernas como rotas de fuga de predadores, como abrigo contra dessecação ou que até penetram por acidente, mas que são incapazes de se orientar para sair da caverna. O Brasil possui uma riqueza elevada de espécies cavernícolas e apresenta um grande potencial para trabalhos sobre ecologia, sistemática, evolução, comportamento e fisiologia.

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OficinasOfA - Preparação de Cortes HistológicosJosé Eduardo Amoroso Rodriguez Marian (IB - USP)Seg 18h30 Esta oficina tem como objetivo apresentar, sob uma abordagem teórico-prática, as técnicas empregadas rotineiramente na preparação de cortes histológicos. Embora o tempo do curso seja limitado, os alunos participarão ativamente de alguns dos procedimentos. Ao final da oficina, espera-se que os participantes tenham adquirido noções básicas sobre as técnicas envolvidas no preparo de material para análise histológica. Os seguintes temas serão abordados, tanto na teoria como na prática em laboratório:1) Fixação2) Desidratação em série alcóolica3) Diafanização (ou clareamento) em xilol4) Infiltração e inclusão em parafina5) Montagem em blocos6) Microtomia7) Remoção da parafina e hidratação dos cortes8) Técnicas de Coloração9) Desidratação dos cortes e montagem de lâminas permanentes10) Análise das lâminas sob microscópio óptico Público-alvo: graduandos com pouca ou nenhuma experiência em procedimentos histológicos. É necessário que cada aluno traga seu próprio avental (jaleco). Os demais materiais necessários serão fornecidos pelo curso.

OfB - Primeiros SocorrosTais Tinucci (EEFE - USP)Seg 18h30 Vamos nos ater aos primeiros socorros no ambiente pré-hospitalar. Os temas abordados serão:1) Reanimação de Parada Cardíaca com manobras de ressuscitação em manequim de treinamento e utilização de desfibrilador

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externo automático (DEA). Inicialmente faremos a demonstração do protocolo e, a seguir, os inscritos farão o treinamento;2) Diagnóstico dos principais tipos de lesão de partes moles;3) Técnicas para aplicação de curativos compressivos, utilizadas para coibir hemorragias e proteção da área lesionada;4) Diagnóstico de fraturas e outras lesões músculo-esqueléticas que necessitam de imobilização;5) Técnicas para imobilização e transporte de vítimas;6) Diagnóstico dos traumatismos cranianos e raqui-medulares;7) Cuidados e técnicas de imobilização da coluna;8) Cuidados iniciais nos acidentes por animais peçonhentos. Todos os procedimentos serão demonstrados e seguidos de prática pelos inscritos. OfC - Banca da Ciência: Aprendendo Astronomia e Física com Materiais de Baixo Custo no Ensino Fundamental e MédioRicardo Augusto Viana de Lacerda, Julyana Taques Gomes, Leila Ferreira Domingos, Emerson Izidoro dos Santos e Rui Manoel de Bastos Vieira (EACH - USP)Seg 18h301) Apresentação do Projeto “Banca da Ciência, de 2009 a 2011”2) Oficina “Sistema Solar em Escala – Qual o Tamanho da Terra?”3) Demonstração de experimentos para Ciências da Natureza (A Lâmpada de Humphry Davy, Sistema Digestório, As fases da Lua e os Eclipses no Interior de uma Caixa de Papelão, Braço Robótico, Ondas no Palito e o Parafuso de Arquimedes)4) Desafios Científicos. OfD - Nós e AmarrasEuclides Santos Pallamin (União dos Escoteiros do Brasil - Região de São Paulo)Seg 18h30 Esta oficina pretende ensinar técnicas de nós e amarras de escoteiros. Ao final dela, os participantes serão capazes de:- Fazer os nós de Noviço, 2ª e 1ª Classe, conhecendo as suas aplicações e seus nomes, além de saber falcaçar um cabo.

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- Fazer os nós avançados, conhecendo as suas aplicações.- Fazer as amarras quadrada, diagonal e paralela, executando uma mesa de estacas com varas como pioneiria. Além disso, passaremos conhecimentos sobre tipos de barracas e os cuidados necessários com elas.

OfE - Animais PeçonhentosGiuseppe Puorto e Marcelo S. Bellini Lucas (Instituto Butantan)Ter 08h00 Na atividade serão conceituados os animais venenosos e peçonhentos, bem como suas importâncias ecológica, econômica e médica. É possível a divisão dos animais causadores de acidentes em: invertebrados, iniciando-se pelos aspectos gerais da biologia de artrópodes (aracnídeos, lepidópteros, coleópteros, hymenopteros e hemipteros) que podem causar acidentes, bem como os aracnídeos sem importância em saúde (como aranhas-de-grama Lycosa sp.) e espécies de importância em saúde (aranha caranguejeira); vertebrados, abordando-se pontos referentes aos acidentes por peixes, relevando as formas de prevenção e primeiros socorros. Nas serpentes, aborda-se os aspectos gerais das espécies, com ênfase para as espécies peçonhentas de importância em saúde, destacam-se assuntos na Biologia, distribuição geográfica, mitos e lendas, ofidismo, principais habitat, preferência de hábitos, alimentação, táticas defensivas, identificação, reconhecimento e característica dos acidentes para os principais grupos envolvidos no Brasil, assim como os acidentes que se relacionam com espécies de serpentes consideradas não peçonhentas e com poucos registros de mordidas, considerados sem importância em saúde e acidentes traumatogênicos. Espécies de animais serpentiformes frequentemente confundidos com serpentes. Formas de prevenção de acidentes e em caso de ocorrência, os primeiros socorros recomendados a serem seguidos. Programa: Identificação dos animais causadores de acidentes (Artrópodes, Aracnídeos, Lepidópteros, Besouros, Formigas, Abelhas e vespas, Percevejos, Peixes, Serpentes), Acidentes, Prevenção de acidentes com animais peçonhentos,

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Primeiros socorros em caso de acidente.

OfF - Cultura de Tecidos VegetaisLuis Carlos da Silva Ramos (Instituto Agronômico de Campinas)Ter 08h00 OfG - Ecologia Para CriançasGabriela Ribeiro Arakari, Camila Mello e Leila VendramettoTer 08h00 A noção de que os seres vivos são interdependentes entre si e com o meio orgânico ou inorgânico no qual vivem será abordada através de vivências e atividades que buscam falar a linguagem da criança, ou seja, a linguagem do brincar, do lúdico e do jogo. Por meio do brincar, a criança entra em contato com aspectos sutis da natureza humana e aprofunda suas relações consigo mesma, com as outras pessoas e com o mundo natural. Embasamo-nos em princípios da permacultura e em alguns pensadores como Fritjof Capra (eco-alfabetização) - Capra apresenta a ideia de que somos moradores da casa Terra e devemos observar o comportamento dos outros moradores dessa casa – as plantas, os animais e os microorganismos, que constituem a “teia da vida” (gama de relações entre os seres vivos), para daí extrair e aprender alguns princípios morais na construção dos comportamentos humanos. Temos também como base o trabalho de pensadores como Joseph Cornell - um dos mais respeitados e conhecidos educadores naturalistas do mundo - e Lucia Legan - permacultora e educadora com experiência focada na transformação do ambiente escolar, propondo a integração da sustentabilidade ao currículo para a compreensão de conceitos científicos e suas técnicas investigativas. OfH - AquarismoGustavo Duarte (Projeto Coral Vivo)Ter 08h00 OfI - Terrário de Répteis

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Fábio Bianchi VelcioSex 13h30 Com o objetivo de esclarecer dúvidas freqüentes sobre a manutenção e manejo de répteis, a oficina fará uma breve introdução sobre os principais representantes mantidos em cativeiro e legislação vigente. Abordará diversos aspectos sobre espaço físico, tipos de habitats, substratos, iluminação, aquecimento e temperatura, além da montagem de terrários com características variadas. OfJ - Extração de Compostos VegetaisLucimar Barbosa MotaSex 13h30 O metabolismo nada mais é do que o conjunto de reações químicas que ocorrem no interior das células visando à produção de protoplasto e à manutenção de importantes funções vitais como, no caso dos vegetais, a fotossíntese e respiração, entre outras. Os metabólitos primários participam diretamente dos processos de formação de protoplasto e geração de energia, eles são universais, tais como carboidratos, proteínas e ácidos nucléicos. As plantas também apresentam o chamado metabolismo secundário; esse não participa dos processos de formação de protoplasto e geração de energia: muitos são mediadores em processos de interação das plantas com o ambiente; eles não ocorrem universalmente nas plantas e apresentam uma ampla diversidade estrutural tais como os taninos, flavonóides, alcalóides, glicosinolatos, pigmentos, ceras, etc. Desde muito cedo o homem aprendeu a observar e, consequentemente, a utilizar em seu benefício as propriedades conferidas por algumas substâncias de origem vegetal. Atualmente são inúmeras as atividades que empregam vegetais ou seus derivados, como alimentação, fármacos ou produtos de higiene pessoal; tais aplicações representam indústrias que movimentam enorme montante financeiro.

OfK - Anatomia AnimalPaula de Carvalho Papa (FMVZ - USP)

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Sex 13h30 OfL - BonsaiEduardo MizunoSex 13h30

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Mesa RedondaMR01 - Plágio em CiênciaAngela Maria Vianna Morgante (IB - USP), Marcus Vinícius Chrysóstomo Baldo (ICB - USP) e Thiago Jabur Carneiro (Mello Advogados Associados)Qui 13h30 A face (des)humana da Ciência - Marcus Baldo A prática científica é usualmente concebida como uma atividade essencialmente objetiva e necessariamente racional, não só pelo público leigo, mas, não raramente, também por cientistas e filósofos da ciência. Essa concepção racionalista, normalmente tomada a priori nas discussões sobre a ética na ciência, será analisada e questionada a partir de uma perspectiva neurofisiológica, onde aspectos afetivos e emocionais constituem parte integrante (se não predominante) dos processos cognitivos subjacentes à percepção, aprendizagem e tomada de decisão. O principal argumento a ser delineado e defendido é que esses mesmos processos cognitivos também determinam, apenas em uma escala mais ampla, a dinâmica da atividade científica.

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Exposição AcadêmicaAnálise morfométrica dos testículos de ratos wistar tratados com doxorubicina Santos, T. G.; Gonçalves, J. H. T.; Pereira, W. F. e Silva, R. C. A doxorubicina é uma droga amplamente utilizada no tratamento de diversas neoplasias humanas. Dentre os sistemas autorenováveis do nosso organismo, o epitélio seminífero (ES) é um dos que mais se proliferam, sendo, portanto, alvo de drogas que atuam sobre a divisão celular. A duração da espermatogênese em ratos wistar é de 56,6 dias e de acordo com o sistema acrossômico, o processo espermatogênico é dividido em 14 estádios. O objetivo foi investigar as possíveis alterações celulares promovidas pela doxorubicina nos diferentes estádios do ciclo do ES de ratos wistar. Foram utilizados ratos machos adultos. Os animais tratados receberam uma injeção endovenosa de 7,5 mg/Kg e o CON foi injetado salina. Os animais foram sacrificados com 7, 14, 21 e 28, após a injeção da droga. Os testículos foram fixados em glutaraldeído e Bouin e processados para análise histológica de rotina. Os animais com 7 dias após o tratamento (AT) reduziram em 30% o número de paquíteno no estádio 1. Já com 14 dias AT essa redução atingiu 90% dos túbulos seminíferos, além de uma diminuição em 50% e 25% do número de paquítenos no estádio 2-3 e 8 respectivamente. Nos ratos de 21 dias AT 90% dos túbulos seminíferos não apresentaram camada formada por paquíteno. Essas alterações foram mais evidentes nos animais de 28 dias AT e em 6% dos túbulos, ausência de células germinativas. Portanto, os resultados obtidos indicam que a doxorubicina afeta as células germinativas de forma estádio dependente.

Alterações histológicas testiculares promovidas pelo tratamento com extrato aquoso de sisal (Agave sisalana) em ratos adultosMendes, T. B.; Gonçalves, J. G. S.; Leite, G. A. A.; da Silva, R. M. G. e Camargo, I. C . C. Estima-se que 80% da população mundial façam uso de fitoterápicos e plantas medicinais. Em algumas culturas, o suco de sisal é usado no tratamento de doenças hepáticas, cardíacas, redução da pressão sanguínea e como antisséptico e antibacteriano. O trabalho visa investigar os efeitos da administração experimental de um derivado do suco de sisal (P1) sobre parâmetros reprodutivos de ratos adultos. Os animais foram distribuídos aleatoriamente nos grupos: controle (solução fisiológica

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0,9%) e tratado com sisal (100 mg/kg de peso corpóreo). Os tratamentos foram efetuados por via oral (gavage), durante 30 dias consecutivos (1 dose/dia). Ao final do período de tratamento, os animais foram pesados e sacrificados, as estruturas reprodutivas foram obtidas e pesadas, e as gônadas foram processadas para avaliação histológica em microscopia de luz. Os resultados indicaram que o peso corpóreo e peso dos órgãos reprodutores foram similares (p>0,05) nos dois grupos. O extrato aquoso de sisal promoveu várias alterações na estrutura tecidual dos testículos, tais como: intensa degeneração e atrofia dos túbulos seminíferos, depleção e vacuolização epitelial, formação multinucleada de células germinativas, acúmulo de células imaturas no lúmen tubular e escassez na produção de gametas. O tratamento experimental não alterou (p>0,05) a freqüência de formas teratospérmicas. Concluiu-se que o sisal apresentou potencial efeito antiespermatogênico para o modelo animal empregado.

Trilhas interpretativas em educação ambiental: a experiência do Programa Trilhas Urbanas no parque Alfredo VolpiTristão, V. T. V.; Abrahão, F. F.; Gaudereto, G. L.; Hora, B. R.; Medeiros, M. V. G.; Shahini, A. L.; Silva, M. R.; Crocci-Souza, R. e Toledo, M. C. A Educação Ambiental se apresenta como uma proposta que busca a mudança de hábitos, atitudes e práticas sociais que apontem uma solução para o atual quadro de degradação socioambiental. Visando contribuir com os processos de educação voltados para as questões ambientais da cidade de São Paulo, o Programa Trilhas Urbanas vem desenvolvendo uma metodologia para a criação de trilhas monitoradas nos parques municipais. Baseada nos conceitos de Trilhas Interpretativas e Estudo do Meio, a metodologia criada divide-se em três etapas: a preparação para o campo, a pesquisa de campo e a produção sobre o campo. A trilha desenvolvida para o Parque Alfredo Volpi evidencia os resultados que podem ser obtidos com a aplicação desta metodologia. Após as visitas de reconhecimento do parque e levantamento de dados, em campo, foram identificados alguns aspectos geográficos, históricos e biológicos do parque e entorno que deveriam ser investigados mais profundamente. O principal ponto focado na produção sobre o campo foi a biodiversidade. No percurso desenvolvido para a trilha são propostas atividades com foco na integração do grupo, a utilização dos sentidos e uma adequada inserção na atividade, onde são tratadas informações sobre o Parque, temas ambientais específicos tais como lixo e biodiversidade ou, ainda, questões sócio-ambientais pertinentes à área. A metodologia utilizada permitiu a elaboração de um folder que dá suporte às atividades educativas desenvolvidas pelo grupo.

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Novel intronic antisense non-coding RNA as a candidate regulator of RASSF1 geneCrocci-Souza, R.; Beckedorff, F. C.; Oliveira, A. C. A. and Verjovski-Almeida, S. Recent improvements in high-throughput gene expression analysis have led to the discovery that noncoding RNAs (ncRNAs) represent the majority of human transcriptional units. In this work, we describe a novel ncRNA transcribed from the opposite strand of the mitosis-suppressor protein-coding gene, RASSF1. This antisense RNA, designated as RASSF1 AS RNA, was confirmed by strand-specific RT-PCR experiments in two human cell lines, namely HeLa and HEK293, and it was mapped to an intron of RASSF1A gene just upstream to the RASSF1C gene transcription start site. This novel antisense gene, designated RASSF1-AS, is synthesized by RNA-polymerase-II since its transcription was inhibited with α-amanitin. A negative correlation between the expression levels of RASSF1A gene and RASSF1 AS RNA in the two cell lines was found, suggesting that the AS RNA could regulate the expression of RASSF1A gene. To address this question, we over-expressed RASSF1 AS RNA in HeLa cells and the overexpression of RASSF1 AS RNA promoted a decrease in the RNA levels of RASSF1A transcripts in two independent transfection assays. In order to find if the down-regulation of RASSF1A gene promoted an effect at the cellular level, we performed cell-proliferation assays in HeLa with or without overexpression of RASSF1 AS RNA and detect that cells overexpressing the ncRNA proliferated more rapidly. This study sheds further light on new mechanisms that involve ncRNAs as important players in regulating transcription.

Filogenia molecular da tribo Willughbeieae (Apocynaceae, Rauvolfioideae)Costa, D. D.; Morokawa, R.; Ferraz, C. A.; Kinoshita, L. e Simões, A. O. Willughbeieae é a segunda maior tribo da subfamília Rauvolfioideae (Apocynaceae), com 18 gêneros e 150 espécies, e ampla distribuição tropical. A tribo possui alta representatividade nos biomas tropicais, sendo que algumas espécies (ex. Parahancornia amapa, Hancornia speciosa) possuem importância econômica e ecológica devido a seus frutos e látex comestíveis. O conhecimento taxonômico sobre os gêneros e espécies de Willughbeieae é incompleto e desatualizado, sendo que até o momento somente treze espécies da tribo foram amostradas em estudos filogenéticos. Com o objetivo de testar relações filogenéticas em Willughbeieae, sequências de 5 marcadores do DNA do cloroplasto (íntrons trnK, rpl16 e rps16, gene matk e espaçador intergênico trnSG) foram amplificadas e sequenciadas. Para diversos táxons com DNA total

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obtido a partir de coleções herborizadas, a amplificação dos marcadores selecionados só foi possível com a fragmentação destes em duas ou mais porções menores e o uso de uma combinação de iniciadores externos e internos. A remoção de impurezas do DNA total com o uso de kit de purificação para produtos de PCR se mostrou uma estratégia adequada para diversas espécies. As espécies de Willughbeieae encontram-se distribuídos em 3 clados principais, dois destes com táxons exclusivamente neotropicais e o outro com os táxons paleotropicais mais os representantes amostrados de Pacouria, um gênero neotropical com grande similaridade morfológica com as espécies africanas da tribo.

Síndrome do comportamento, metabolismo energético e resposta à fragmentação em roedores muroides na Reserva Florestal do Morro GrandeGóes, M. B.; Ambar, G. e Cruz-Neto, A. P. Embora a fragmentação da paisagem seja apontada como uma das principais alterações antrópicas ao meio ambiente, sabe-se que nem todas as espécies são afetadas da mesma forma por este processo. Estudos recentes sugerem que estas respostas diferenciais poderiam estar associadas a perfis metabólico/comportamentais, com consequências para a capacidade de exploração do habitat e utilização de recursos. Neste trabalho investigamos aspectos comportamentais e do metabolismo energético de 3 espécies de roedores da Reserva Florestal do Morro Grande, classificados como sensíveis (Euryoryzomys russatus) e tolerantes à fragmentação (Akodon montensis e Oligoryzomys nigripes), a fim de testar se estes fatores explicariam em parte suas diferentes vulnerabilidades. Por meio de testes comportamentais verificamos que não há diferença significativa entre os níveis exploratórios das três espécies. Por outro lado, houve tendência de diferenciação na taxa metabólica basal (TMB) entre as espécies, com Euryoryzomys apresentando a mais alta TMB. Akodon e Oligoryzomys, por outro lado, apresentaram baixa TMB, além de certa plasticidade fenotípica (diminuição da TMB durante o inverno), fatores de provável contribuição para o sucesso em áreas fragmentadas. A relação entre a TMB e o comportamento exploratório, quando significativa, demonstrou o esperado Modelo da Partilha (correlação negativa), caracterizando animais com baixa demanda energética e alto desempenho na busca de recursos.

Efeitos da perturbação antrópica sobre as comunidades de aves no BrasilHorta, M. M. P.; Gussoni, C. O. A. e Pizo, M. A.

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As aves são consideradas importantes bio-indicadores, pois apresentam uma grande variedade de respostas frente às mudanças ambientais. Enquanto muitas são extremamente prejudicadas, outras conseguiram se beneficiar da alteração ambiental aumentando em abundância e distribuição geográfica. Isto por que cada espécie possui uma vulnerabilidade diferente que está relacionada às características de história de vida, ao tipo de dieta, capacidade de atravessar diferentes matrizes, sensibilidade ao tamanho do fragmento e dependência florestal. Trata-se de um trabalho inédito com o objetivo de reunir em um banco de dados todos os censos quantitativos de avifauna realizados nos biomas brasileiros e comparar aqueles de áreas preservadas e perturbadas a fim de responder quais seriam as famílias e guildas tróficas beneficiadas e prejudicadas pela ação antrópica. Por meio de uma análise baseada em um ranking de abundância e aplicação do teste de Mann-Whitney foi possível verificar que um grande número de famílias possui diferença entre áreas preservadas e perturbadas na Mata Atlântica e Cerrado. A nível de guilda, o ranking das três primeiras posições foram as mesmas nos dois tipos de área na Mata Atlântica, ou seja, apresentaram a mesma contribuição para a abundância na comunidade. No Cerrado, apenas o rank 1 (=insetívoro) foi o mesmo para os dois tipos de área que prosseguiram com ranks distintos para as outras guildas.

Maracujá-doce (Passiflora alata Curtis): importância da alelopatia e da germinação das sementesDe Paula, B. É. V. e Carreira, R. C. O maracujá-doce (Passiflora alata Curtis) é nativo da América do Sul e na composição dos frutos são encontradas substâncias com potencial farmacológico. Objetivou-se verificar os possíveis efeitos alelopáticos de extratos dos frutos de P. alata, sobre a germinação e o desenvolvimento inicial de sementes-teste de alface (Lactuca sativa L.) e tomate (Lycopersicum esculentum Mill.), posteriormente investigou-se a dormência presente nas sementes de P. alata. Realizaram-se testes de alelopatia com os extratos de P. alata na germinação e no desenvolvimento inicial de sementes-teste, em diferentes substratos. As sementes de P. alata foram submetidas a tratamentos com giberelina sintética (GA3), associado aos tratamentos de escarificação mecânica (lixa 180), estratificação térmica á 100°C e á 10°C, em diferentes substratos. Realizou-se a germinação das sementes em câmara de germinação, a 25ºC + 1ºC, sob fotoperíodo de 12h/12h (luz/escuro). Os extratos de P. alata apresentaram atividade alelopática e por esse motivo, as sementes, quando liberadas em ambiente natural podem estar sob influência desses inibidores de germinação. O substrato

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terroso e o tratamento de escarificação mecânica (lixa 180) promoveram com maior eficiência a superação da dormência das sementes de P. alata, sendo que, a eficiência deste último tratamento, reforça a evidência de que a dormência apresentada pelas sementes de P. alata, está relacionada com a impermeabilidade do tegumento das mesmas.

Novas linhagens obtidas por fusão de protoplastos de Penicillium echinulatum para aumento da produção de celulasesRodrigues, T. S.; Montemezzo, M.; Camassola, M. e Dillon, A. J. P. Novas linhagens obtidas por processos recombinantes pode ser uma alternativa para reduzir custos na produção do etanol de segunda geração a partir de lignocelulósicos. Neste trabalho linhagens mutantes de Penicillium echinulatum obtidas a partir de mutagênese foram tratadas com solução de enzimas líticas para quebra da parede celular. Os protoplastos foram inativados em duplicatas: parte em radiação ultravioleta, parte em temperatura elevada a 50°. A fusão foi induzida por solução de PEG4000 e Ca++. As células fusionadas cresceram em meio líquido de regeneração e depois foram mantidas em meio sólido com celulose intumescida. Os mutantes foram selecionados por seleção, tendo por base o halo de hidrólise do substrato, que foram repicados visando à estabilização genética dos mesmos. As colônias de fusionantes com maiores halos de hidrólise foram submetidas a microfermentação e posterior análise da liberação de açúcares redutores pela atividade enzimática. Os resultados demonstraram que três linhagens fusionantes produziram maiores quantidades de beta-glicosidases e quantidades equivalentes das outras enzimas do complexo celulases, quando comparadas ao parental.

Levantamento quali-quantitativo da vegetação arbórea existente no bosque do campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – IFSPSouza, F. P. A. e Paiva, A. M. S. O presente trabalho buscou realizar o levantamento quali-quantitativo da vegetação arbórea do Bosque do campus São Paulo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFSP. O bosque do campus apresenta 406 indivíduos; sendo que destes, 363 já foram identificados em suas respectivas famílias e gêneros. Os indivíduos identificados estão distribuídos em 27 gêneros e 17 famílias, notando-se predominância de MYRTACEAE (53,1%), representada por 04 gêneros: Eucalyptus sp., Psidium sp., Sygydium sp. e Eugenia sp.; seguida por BIGNONIACEAE (11,8%), representada por 04 gêneros: Spathodea sp., Tabebuia sp., Tecoma sp e Jacaranda sp.; e FABACEAE (8,5%), também

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representada por 04 gêneros: Bauhinia sp., Delonix sp., Caesalpinia sp. e Tipuana sp. Pretende-se com o levantamento gerar subsídios para futuras atividades de ensino, pesquisa e extensão no campus.

Viagem ao mundo invisível - novas vivências em biotecnologia, microbiologia, microscopia e educação ambientalStrohschoen, A. A. G. e Bersch, B. R. Considerando o ensino de Ciências Biológicas, aulas práticas são de extrema importância, pois são elas que possibilitam o aluno a fazer a relação entre o conhecimento científico, teoria e prática, ou seja, proporcionar à criança e ao adolescente a oportunidade de manipulação de equipamentos, vivenciando o método científico, como observação de fenômenos, registro de dados, formulação e teste de hipóteses, além de conclusões (SILVA Jr, BARBOSA, 2009). Este projeto tem como objetivo aproximar os estudantes de escolas de educação básica de Lajeado (RS), do mundo microscópico, realizando atividades práticas nos laboratórios da UNIVATES. Estas oficinas versam sobre temas da atualidade, como biologia celular e molecular, biotecnologia, genética, além de microbiologia e educação ambiental. Também promover a discussão sobre temas relevantes relacionados à saúde humana e aos métodos de análise microscópica. Tem-se observado grande interesse e motivação dos alunos envolvidos. Eles sempre relatam que após as atividades desenvolvidas e sua integração com as atividades téoricas, podem dar significado a estas. Espera-se que ao final do projeto todos os atendidos possam sair efetivamente maravilhados com o mundo microscópico.

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Anotações

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a

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Realização

Apoio e Patrocínio

Pró-reitoria de Pesquisa

Comissão deGraduação

Comissãode Culturae Extensão

SABONETES

SABONETES

RestauranteRainha das Saladas

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Caderno de ResumosCaderno de Resumos