Saber Decidir _ a Virtude Da PRUDÊNCIA

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  • 8/19/2019 Saber Decidir _ a Virtude Da PRUDÊNCIA

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    JEAN LAUAND

    http://hottopos.com/rih8/jean.htm

    em português: http://hottopos.com/4.htm#Portuguj

    A!E" DE$D$": A %$"&UDE DA  PRUDENTIA

     Jean LauandProf. Titular FEUSP

     [email protected]

     N'o ( o)jeti*o +esta con,erência tratar sistematicamente +a prudentia, consi+era+a c-assicamente a principa-+as *irtu+es car+eais nem ana-isar eausti*amente a +outrina +e &om0s +e A1uino o maior mestre 1ue se

    ap-icou ao tema. &ais tare,as s'o sem +2*i+a importantes e j0 ,oram empreen+i+as por especia-istas +emo+o a+e1ua+o. 3 1ue sim interessa a1ui ( apontar um pro)-ema mais gera- na ,ronteira entre (tica e-inguagem e +estacar a-guns aspectos 1ue e*i+enciam a atua-i+a+e +a +outrina +e &om0s so)re a *irtu+e+a prudentia e a memoria e a docilitas5: sua re-a6'o com a pro)-em0tica +e nosso tempo seu 7a-canceeistencia-7 +e interesse para o jurista tema 1ue ser0 +esen*o-*i+o na se1ência pe-o Pro,. 9auro e--er5.

     Na *er+a+e a prudentia en1uanto *irtu+e +a +ecis'o ( a pr;pria )ase +a justi6a e a iurisprudentia na+amais ( +o 1ue a prudentia +o ius.

    Linguagem e percepção da realidade

    3 re-acionamento entre pensamento e -inguagem ( tema )0sico para a compreens'o +a (tica e +a e+uca6'omora- nas an0-ises 1ue &om0s +e A1uino ,a< +as *irtu+es car+eais e +a  prudentia +e etrema import=ncia

     para o homem +e hoje.

    3 pensamento e a *i+a est'o mais -iga+os > -inguagem +o 1ue > primeira *ista supomos. Para a-(m +o=m)ito +a mera comunica6'o a ,or6a *i*a +a pa-a*ra n'o s; transmite mas at( mesmo gera e preser*a emintera6'o +in=mica o 1ue pensamos e sentimos o 1ue po+emos pensar e sentir.

    em a pa-a*ra nossa percep6'o +a rea-i+a+e ( con,usa ou nem se1uer chega a ocorrer. ?uan+o a -@ngua *i*a+ispe +e uma +etermina+a pa-a*ra e 1uan+o +e-a nos apropriamos...5 ( poss@*e- a con,igura6'o +e umarea-i+a+e 1ue B precisamente pe-a pa-a*ra B emerge +a massa in,orme +e eperiências con,usas e +esconeas

    1ue *amos acumu-an+o. Em gera- *a-e a regra: nossa possi)i-i+a+e +e 7*isua-i

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    empo)recimento +o -(ico mora- ( hoje um +os mais agu+os pro)-emas +a e+uca6'o mora- na me+i+a em1ue gera um c@rcu-o -itera-mente *icioso: a ,a-ta +e -inguagem *i*a em)ota a *is'o e o *i*enciamento +area-i+a+e mora- o +e,inhamento +a rea-i+a+e es*a  prudentia5 ( trocar essa ,ina arte +e+iscernir o 1ue a rea-i+a+e eige na1ue-a situa6'o concreta por crit(rios operacionais r@gi+os como numC9anua- +e escoteiro mora- ou no campo +o +ireito num estreito -ega-ismo > margem +a justi6a. M

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    tam)(m o caso +o ra+ica-ismo +e certas propostas re-igiosas: em *e< +e se +ar ao tra)a-ho +e +iscernir oscasos simp-i,icaBse grosseiramente tu+o: ( peca+o e pronto

    ertamente h0 a)so-utos na mora- n'o eistem homic@+ios ou a+u-t(rios )ons5 re,iroBme > in+e*i+aa)so-uti a-ma $$B$$48H5. Prossegue ep-ican+o 1ue no caso +as *irtu+es partesintegrais GSI s'o as 1ue concorrem para o ato per,eito +a *irtu+e +o mesmo mo+o 1ue +igamos uma casasem teto n'o seria uma casa comp-eta5.

    J0 as partes su)jeti*as s'o as +i*ersas esp(cies +a *irtu+e a pru+ência po+e *o-tarBse para a )oa +ire6'o +e simesmo ou +o co-eti*o neste caso &om0s ana-isa as pru+ências mi-itar a +om(stica e a po-@tica5.

    As partes potenciais s'o *irtu+es a+juntas 1ue se +irigem a atos secun+0rios 1ue n'o possuem to+a a*irtua-i+a+e +a *irtu+e principa-.

    Ain+a em $$B$$ 48 H &om0s enumera as partes +a pru+ência.

    Destacaremos a1ui +uas *irtu+es +entre as cinco partes %uasi  integrais +a pru+ência em sua +imens'ocognosciti*a: a mem&ria memoria5 e a docilidade docilitas5.

    As outras partes s'o:

    B A inte-igência intellectus5 enten+i+a n'o en1uanto ,acu-+a+e inte-ecti*a nem en1uanto cognosciti*a +euni*ersais mas como uma 7outra inte-igência7 alius intellectus5 GRI 1ue conhece a outra 7ponta7 extremi5:um primeiro singu-ar e contingente oper0*e- a menor +o si-ogismo +a prudentia 1ue +e*e ser particu-ar $$B$$4TS c e a+ H5. e a mem;ria +i< respeito ao passa+o o intellectus re,ereBse ao presente 7oper0*e-7.

    B A solertia ta- como a docilitas re,ereBse > a1uisi6'o +e uma reta opini'o. Ao contr0rio +esta por(m +0Bsen'o por meio +e ensinamento +e outro mas per se in#eniendo com r0pi+a e ,0ci- +esco)erta +o meio $$B$$

    4T 45.

    B Kina-mente $$B$$ 4T 5 a ratio ra

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    Prud!ncia e conting!ncia

    &om0s nos artigos H a +e $$B$$ 4T5 trata em particu-ar +e ca+a uma +a1ue-as cinco *irtu+es B partes %uasi integrais +a pru+ência em sua +imens'o cognosciti*a +as 1uais interessamBnos particu-armentea memoria e a docilitas5. Uma constante essencia- nesses artigos ( o ,ato +e 1ue a pru+ência *ersa so)rea6es contingentes.

    Assim no artigo H +e+ica+o > *irtu+e +a memoria &om0s o)ser*a 1ue n'o po+e o homem regerBse por *er+a+es necess0rias mas somente pe-o 1ue acontece in pluri"us gera-mente5. NoteBse 1ue esta ( tam)(m ara

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    rea-i+a+e me+iante o sim ou o n'o +a *onta+e constitui a mais t@pica ,orma +e per*ers'o +a pru+ência7 GHHI .

    3 artigo +e &om0s so)re a memoria ,echaBse com a resposta > terceira o)je6'o a o)je6'o +e 1ue a mem;rian'o po+eria ser parte +a pru+ência pe-o ,ato t'o simp-es +e 1ue a pru+ência ( para o 7ag@*e-7 opera"ilium5+o ,uturo en1uanto a mem;ria ( +o passa+o. A resposta +e &om0s a esta o)je6'o associa o passa+o ao,uturo: 7M mister tomar +o passa+o argumentos para o ,uturo. E assim a mem;ria +o passa+o ( necess0ria

     para )em aconse-harBnos so)re o ,uturo7.

    docilitas

    Do mesmo mo+o 1ue po+e ha*er um ,a-seamento +a -em)ran6a po+e se +ar tam)(m um ,a-seamento +a percep6'o +a rea-i+a+e presente 1ue se recusa > o)jeti*i+a+e. Da@ 1ue no art.R sempre em $$B$$4T5+e+ica+o > outra parte %uasiintegra- +a pru+ência a docilitas &om0s a,irme a necessi+a+e +essa +isposi6'o+e a)ertura e aco-himento para apren+er a 1ue se opem a autoBsu,iciência e a in+i,eren6a neg-igente a+ S5.3 A1uinate *o-ta a -em)rar 1ue a pru+ência tem por o)jeto a6es particu-ares e 1ue estas se +'o em+i*ersi+a+e praticamente in,inita %uasi in)initae di#ersitates5. Assim para eercer a pru+ência n'o po+eum in+i*@+uo so *er+a+e +as coisasreais am)as assentam na incapaci+a+e +e o sujeito conseguir ,a

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    concretamente para e-esF 3,erecerB-hes to+as as como+i+a+es poupan+oB-hes to+o tra)a-ho ou +ei0B-os1ue se ocupem +e suas tare,as para 1ue n'o caiam numa torpe a-iena6'oF

    A con+i6'o humana ( ta- 1ue B muitas *e

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    E a in*eja e a eterna insatis,a6'o humana eram -u+icamente +esmascara+as: a ga-inha +o *i

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    con+ena6'o por homic@+io +o-oso C9ari+o +as cartas psicogra,a+as *o-ta a j2ri 0 Estado de S' Paulo VB4BTX p. HV5.

    Em outro j2ri +e homic@+io um ju@< +e urupiB3 em HT8W con*ocou hico ^a*ier como testemunhan'o como testemunha *isua- mas me+i2nica5 pe-o ,ato +e o m(+ium ter rece)i+o mensagem +o a-(m +a

     pretensa *@tima C&estemunha +o crime: o m(+ium 0 Estado de S' Paulo SBRB8W p. HW5. E o 7Jorna-Esp@rita7 comentou essa not@cia em mat(ria +e primeira p0gina: 7Oa*er0 +e chegar um tempo em 1ue osesp@ritos po+er'o *ir +o \-a+o +e -0\ B com o a*a- +as autori+a+es B consertar tantas injusti6as7 Ano ^$ No.

    H4R 9aio +e HT8W5.

    3utro tanto po+eria ser 1uestiona+o a prop;sito +a pr0tica +e cirurgias por m(+iuns o 1ue na pr0ticae1ui*a-e a uma +ispensa +o +ip-oma +e m(+ico. Etc.

    ?ue os esp@ritos nos orientem so)re 1uestes +e ,oro @ntimo ou ent'o ta- como no caso +o pro,eta Danie-nos apontem as ra

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    "EKLE^`E 3!"E 3 KUNDA9EN&3P"UDEN$AL DA A&$%$DADE JU"D$A

    (comentários à conferência do Prof. Jean Lauand)

     

    9auro +e 9e+eiros e--er Procura+or +o Esta+o +e 'o Pau-o.9estre em Ki-oso,ia +o Direito KADUP5.

    Doutoran+o em Ki-oso,ia +a E+uca6'o KEUP5.Pro,essor +e Direito i*i- +o Ke+era- oncursos.

     

    !em perce)emos como juristas o 1uanto as consi+era6es 1ue aca)amos +e ou*ir so)re o pape-transcen+enta- +a *irtu+e +a pru+ência têm a *er com as ati*i+a+es 1ue esco-hemos como nosso m2nus

     pro,issiona-. !asta apenas para mencionar um +os *0rios aspectos +estaca+os na au-a +o Pro,. Jean Lauan+at( 1ue ponto somos tenta+os +iuturnamente a contornar nossas responsa)i-i+a+es como opera+ores +o+ireito o 1ue +e*eria signi,icar o mesmo 1ue Cser*i+ores +a justi6a no senti+o mais amp-o +a epress'o5em pro- +e uma ap-ica6'o mec=nica +e +ispositi*os -egais e+ita+os e postos em *igor por 1uem Cj0 +eci+iuantes por n;s. Estou con*enci+o +e 1ue s; enten+eremos rea-mente o 1ue representa a pru+ência no =m)ito+o +ireito se ,ormos capa

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    %i--e] +emonstraBo +e +i*ersos mo+os. Em primeiro -ugar n'o con*(m > pru+ência eercerBseso-itariamente. M sua parte integrante a +oci-i+a+e 1ue signi,ica a capaci+a+e +e +eiarBse instruir ,ancia no signi)ica de modo algum este$a sendo

    aper)ei8oado o sa"er da%uilo %ue ele procura executar' Pelo contr3rio, ele se limita a simples restri8?es nocurso da execu8o' Neste sentido, trata-se #erdadeiramente de uma aplica8o do seu sa"er, em"ora

     so)rendo a dolorosa imper)ei8o %ue le 6 insepar3#el  C%(rit( et 9etho+e Paris: eui- HT8R p0g. HT5.&ota-mente +i*ersa ( a situa6'o +e 1uem se *ê na contingência +e reso-*er uma pen+ência ju+icia- ou )aiar um ato a+ministrati*o com *istas a aplicar  a -ei. ertamente e-e ter0 no caso concreto +e atenuarB-he origor. C /as B sa-ienta a+amer com gran+e perspic0cia B se ele assim o )a, no 6 por )alta de melor alternati#a, mas por%ue, de outro modo, no estaria sendo $usto' Ao atenuar  a lei, ele no d3 lugar a umarestri8o ao direito, mas ao contr3rio desco"re um direito melor  i+. i)i+ p0g. HVX5. En1uanto no+om@nio +a arte a a+apta6'o > rea-i+a+e origina um minus, compara+o ao sa)er projeto5 +o artista no

    +om@nio +os a,a

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    H45. E ( tam)(m por a1ui 1ue se enten+em os ma-a)arismos +e 1ue se ser*em os juristas 1uan+o interpretamos conceitos e normas -egais: ora -hes con,erem um maior ora -hes outorgam um menor e-ast(rio oraesta)e-ecem uma antinomia entre a regra +a+a e um princ@pio ep-@cito ou imp-@cito +a onstitui6'o ora

     postu-am 1ue para a hip;tese n'o h0 +isposi6'o +ireta por *is-um)rarem a eistência +e uma -acuna oraassumem 1ue a regra n'o mais est0 em *igor ora 1ue ain+a est0 etc. 3 1ue aos o-hos +o -eigo po+e parecer o eerc@cio mais escancara+o +o capricho e +o jogo +os interesses humanos +e*e ao re*erso ser consi+era+o como a pr;pria maneira +e ser +a ati*i+a+e jur@+ica ra+ica-mente pru+encia- essa incessante

     procura pe-os opera+ores +o +ireito em especia- pe-o mais em)-em0tico +e to+os o juis outras. e a teoria jur@+ica tem como o)jeto esta especia- rea-i+a+e ter0 +e encontrar o mo+o +ea-can60B-a em sua +imens'o mais caracter@stica. 3 -ongo es,or6o +o pensamento jur@+ico em intro+u pru+ênciaF N'o ( certo 1ue

    muitas +ecises justas s'o toma+as n'o por1ue 1uem as toma ( *irtuoso e pru+ente mas por1ue teme asconse1uências para si +e uma atua6'o em contr0rioF

    Em *er+a+e con*(m sa-ientar 1ue a +ecis'o justa correta n'o ( justa por1ue ( justo 1uem a toma mas por1ue pru+entemente pru+encia-mente sou)eBse ,iar o meioBtermo. 3ra o justo @di!aion ( o)jeti*o. Emsi tem um *a-or 1ue n'o +epen+e +as inten6es su)jeti*as +e 1uem o rea-i

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    Esta proprie+a+e +a justi6a tem a mais @ntima cone'o com o ,ato +e e-a ser essencia-mente uma re-a6'ocom o outro. 3ra s; me+iante um ato eterior ( 1ue o outro ,ica a possuir a1ui-o 1ue ( seu. C E esta 6tam"6m a rao por %ue, no dom5nio da $usti8a, o "em e o mal so $ulgados somente em )un8o do pr&prio

    ato, sem importar a maneira como ele se relaciona com o estado 5ntimo do su$eito* o "em e o mal na

    #erdade, no dependem da concord=ncia do ato com o seu autor, mas da concord=ncia do ato com o outroi+. i)i+. p0g. TH5.

    Por on+e se po+e ep-icar 1ue n'o o)stante o car0ter essencia-mente mut0*e- e contingente +o o)jeto +a

     pru+ência 1uan+o o agir pru+encia- *o-taBse para a rea-i

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    Esta+o Legis-ati*o tri)unais superiores5 re-ati*amente ao 1ua- po+eBse presumir encontrarBse +ota+o +eme-hores con+i6es para a*a-iar o a-cance 1ue suas ,ormu-a6es ou interpreta6es possam ter com *istas agarantir o )em comum +5 e+ucam o jurispru+ente 1uanto a *0rios +om@nios +as re-a6es sociaisestrutura+os em institui6es jur@+icas e o orientam a )uscar so-u6es com maior ,aci-i+a+e pe-o acr(scimo +ein,orma6es a respeito +a 1uest'o a 1ue *isa e-uci+ar ( a1ui 1ue o senti+o +e tradição em to+a a sua ,or6a,a rea-i+a+e e,eti*a 1uese *isa regu-ar a maior proimi+a+e +a casu@stica a essa rea-i+a+e e,eti*a B a meio caminho entre asconc-uses te;ricas +a ciência e a +ecis'o ime+iatamente ati*a +a pru+ência B po+e ,aci-itar o tr=nsito entre

    am)os os +om@nios e preparar +e um mo+o mais seguro a +etermina6'o pru+encia-.A pru+ência por(m n'o +e*emos es1uecer jamais tam)(m no jur@+ico ( a 2nica regra ime+iata +a a6'oconcreta. A casu@stica ain+a 1ue +e mo+o muito mais intenso 1ue as -eis n'o po+e sen'o ,ornecerB-hesu)s@+ios. Da@ 1ue o jurista mais ,ami-iarincia sistem3tica em captar a no#idade da situa8o %ue se de#e

    regular e o recurso apressado 7s )&rmulas e receitas %ue ti#eram :xito em situa8?es an3logas' Se le#armos

    em conta a%uela particularidade da $usti8a pela %ual ela 6 independente em m3ximo grau da mudan8a das

     situa8?es e suscet5#el de ser determinada de uma #e para sempre, teremos de reconecer %ue a%uele

     procedimento pode le#ar consigo, em numerosas ocasi?es, a realia8o da $usti8a' /as se recordarmos %ue

     s& 7 prud:ncia, %ue nada mais al6m dela, corresponde o o)5cio de emitir uma deciso reta so"re a mat6ria

    concreta, %ue nos diga como de#emos agir agora, compreenderemos at6 %ue ponto em outras ocasi?es,

    tam"6m numerosas, a pura t6cnica criadora ou aplicadora do direito pode cegar e)eti#amente a resultados

    catastr&)icos i)i+. p0gs. TW/T85'

    3 1ue *a-e sempre ser0 em 2-tima an0-ise o *a-or (tico B com to+a a ,or6a +a pa-a*ra B +a1ue-e 1ue est0chama+o a pro,erir as +ecises justas a enunciar o +ireito $us dicere: o jurisBpru+ente.

    3 caminho seguro para a humani

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    APE&3 D3 EN$N3 NA K$L33K$A DAEDUAd3 DE &39 DE A?U$N3

    B A 9E9f"$A E 3 3N"E&3

    http://hottopos.com/rih8/jean.htm

    (notas de conferência proferida no I Colóquio Filosofia e Educação -

    "Educação e Educadores", Feusp, !--!)

    Jean Lauan+Prof. Titular FEUSP

     [email protected]

     

    $nicia-mente 1uero para)eni *er+a+e +as coisas e n'o >s opinies teo-;gicas...

    Esse 7materia-ismo7 +e &om0s est0 presente inB,orman+o to+o seu pensamento por eemp-o:1uan+o +iscute o jejum nas 1uestes +e Cuodli"et  +ir0 1ue o jejum ( sem +2*i+a peca+oa"s%ue du"io peccat 5 1uan+o +e)i-ita a nature

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    7A a-ma necessita +o corpo para conseguir o seu ,im na me+i+a em 1ue ( pe-o corpo 1uea+1uire a per,ei6'o no conhecimento e na *irtu+e7 .. R H44.5.

    E contra a1ue-a tra+i6'o teo-;gica 1ue a,irma*a a i-umina6'o ime+iata +a inte-igência humana por Deus para o A1uinate Deus nos +eu sua -us i+(ias mais a)stratas e >s consi+era6es mais espirituais a partir +a rea-i+a+e

    sens@*e- materia- concreta:

    73 inte-ecto humano 1ue est0 acop-a+o ao corpo tem por o)jeto pr;prio a nature me+i+a 1ue escre*e7. 3utros homens s'o essencia-mente po-@ticos: nem )emaca)ou a e-ei6'o ontem e Pau-o 9a-u, B ,ragorosamente +errota+o B j0 +ec-arou 1ue *aicontinuar concorren+o... hap-in era essencia-mente um ator. ontaBse 1ue certa *e< cantounuma ,esta e cantou muito )em. ?uan+o os amigos ,oram ,e-icit0B-o e-e +ec-arou: 7N'o eucanto muito ma-... $sto e 7isto7 era um cantar )ri-hante5 era s; uma imita6'o...7

    &om0s era essencia-mente um pro,essor uma *oca6'o 1ue a,eta a tota-i+a+e +a *i+a: n'o ( poracaso 1ue o 7pro,essar7 ,icou reser*a+o para o pro,essor: ningu(m +i

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    J0 no Pr;-ogo +a Suma Teol&gica &om0s ,a-a +e *@cios +o ensino ao mesmo tempo em 1ue se+irige aos estu+antes +i

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    A pru+ência ap-ica o conhecimento uni*ersa- aos casos particu-ares +os 1uais se ocupam ossenti+os. Da@ 1ue a pru+ência re1uer muito +a parte sensiti#a, na %ual se inclui a mem&ria. $B$$4T H a+ H5

    Para a-(m +e to+as as +istin6es ( e*i+ente 1ue h0 uma +imens'o +a mem;ria 1ue ( inte-ectua-B -em)rar +e um teorema B etc. 5 e ten+o em conta 1ue no homem tu+o est0 integra+o pe-a

    a-ma... a mem;ria ( ,un+amenta-mente sensoria-.

    &om0s no a+ S +e $$B$$4TH ao apontar as -eis ,un+amentais +a mem;ria +i< 1ue para nos-em)rarmos +e*emos esta)e-ecer seme-han6as  similitudines5 a+e1ua+as para o 1ue se 1uerrecor+ar. 9as a,irma n'o seme-han6as usuais pois guar+amos me-hor o in*u-gar. E assim

     prossegue o A1uinate ( necess0rio encontrar seme-han6as ou imagens pois as rea-i+a+esespirituais ,aci-mente se es*aem se n'o est'o 7amarra+as7 a a-guma seme-han6a corp;rea nisi%ui"usdam similitudini"us corporalis %uasi alligentur 5. E isto conc-ui por1ue o conhecimentohumano ( mais ,orte com re-a6'o ao sens@*e-.

    -u< +este princ@pio a-i0s )astante emp@rico5 tornaBse ime+iatamente e*i+ente a etraor+in0ria,or6a e+ucati*a e-uci+a+ora +a rea-i+a+e +as similitudines +e 1ue ,a-a &om0s.

     Neste ponto procurarei eu mesmo seguir o conse-ho +e &om0s e apresentar a-guns eemp-osconcretos.

    Um sugesti*o eemp-o ( o +a +i,eren6a entre certos pro*(r)ios nossos e os correspon+entes0ra)es muito mais concretos e portanto mais ,ortes e sugesti*os. Para o nosso t'o a)strato:

    7A e+uca6'o *em +o )er6o7

    encontramos como correspon+ente na tra+i6'o 0ra)e:

    73 pai +e-e ( a-ho a m'e ce)o-a. omo po+e e-e cheirar )emF7

     NoteBse 1ue na in+e,ect@*e- e in,inita imers'o no concreto imaginati*o +o pensamento orienta-o comportamento ( antes +e mais na+a associa+o ao aroma . 3 0ra)e ain+a hoje +iante +o,i-ho 1ue -em)ra os pais +i

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    2o) "(dia e a concretude da g/ria brasileira

     Nesse *o-tarBse para o concreto a-gumas geniais imagens +e nossa g@ria *a-em por mais +e mi- pa-a*ras. %ou +eterBme em um 2nico eemp-o rico +o ponto +e *ista ,i-os;,ico e antropo-;gico.E mais: a met0,ora +essa g@ria n'o se trata apenas +e uma compara6'o para epressar a-go 1ue j0t@nhamos mas trataBse ta-*e

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    Essa *iagem 1ue ,a<

    3 mar em torno +o mar 

    9eu *e-ho um +ia ,a-ou

    om seu jeito +e a*isar 

    73-ha o mar n'o tem ca)e-os

    ?ue a gente possa agarrar7

    &imoneiro nunca ,ui

    ?ue eu n'o sou +e *e-ejar 

    3 -eme +a minha *i+a

    Deus ( 1uem ,a< go*ernar 

    E 1uan+o a-gu(m me pergunta

    omo se ,a< pra na+arF

    Ep-ico 1ue eu n'o na*ego

    ?uem me na*ega ( o mar 

    A re+e +o meu +estino

    Parece a +e um pesca+or 

    ?uan+o retorna *a

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    Esse ati*o 1ue n'o ( tota-mente ati*o mas 1ue tampouco ( passi*o ( important@ssimo para aE+uca6'o e para a Antropo-ogia. A e+uca6'o e+ucar +eri*a+a +e educere 7e+u

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    M +esse ponto +e *ista 1ue se compreen+e a senten6a e*ang(-ica so)re a1ue-es 1ue 1ueremsa-*ar a *i+a e por isso a per+em 9t HV S5 e 1ue se esten+e a tantas outras rea-i+a+es 1ue s;se o)têm 1uan+o n'o s'o epressamente )usca+as e surgem somente como +om +e uma atitu+en'o interesseira por eemp-o temBse tanto mais sa2+e menta- 1uanto menos se pensa ne-a... ereciprocamente na+a me-hor para +estruir um re-acionamento +o 1ue 1uerer 7sa-*0B-o7 por ,or6a+e ci2mes5.

    A t@tu-o +e Anexo apresentamos a seguir o artigo +a Suma Teol&gica no 1ua- &om0s apresenta a9em;ria como parte +a *irtu+e +a Pru+ência. 3 artigo ( prece+i+o +e uma )re*e nota so)re aestrutura +a Suma.

     

    Um artigo da Suma Teológica0 "em#ria e Prud!ncia

    Apresentamos a1ui a tra+u6'o +e uma p0gina +a Suma Teol&gica: o artigo H +a 1uest'o 4T +a $$B$$ $$B$$ 4T H5 1ue +iscute se a mem;ria ( parte +a *irtu+e +a pru+ência. A Suma o)ra capita-+e &om0s +e A1uino est0 +i*i+i+a em três gran+es partes. A parte $  prima5 trata +e Deus Uno e&rino e +e Deus como princ@pio +as criaturas. A parte $$ ( +e+ica+a > Mtica e +i*i+eBse em +uassu)Bpartes: $B$$  prima secundae5 1ue eamina em gera- a *irtu+e e o *@cio a gra6a o peca+oetc. e $$B$$  secunda secundae5 a segun+a parte +a segun+a parte na 1ua- trata +as *irtu+es e+os man+amentos +e mo+o concreto. A parte $$$ +iscute a risto-ogia a 9ario-ogia osacramentos etc.

    a+a uma +as R gran+es partes compeBse +e *uest$es num tota- +e HS5 ca+a uma +e+ica+a aum tema. a+a 1uest'o ( +esmem)ra+a nos +i,erentes aspectos +o tema 1ue s'o os artigos umtota- +e SVVT artigos5 em n2mero *ari0*e- cerca +e 4 a HX5 por 1uest'o.

    a+a artigo ( uma uni+a+e mo-ecu-ar +e estrutura constante conten+o:

    AB Enunciado +o tema em ,orma +e +e)ate. Da@ 1ue os t@tu-os comecem pe-a pa-a*ra utrum7se7 p. e.: 7e a mem;ria ( parte +a Pru+ênciaF75.

    !B &om0s come6a por apresentar objeç$es contra o 1ue *ai ser sua pr;pria tese. A intro+u6'o +e

    ca+a o)je6'o tam)(m se ,a< por enuncia+o constante: Videtur %uod non''' 7parece 1ue n'o...7no artigo 1ue a1ui apresentamos: 7Parece 1ue a mem;ria n'o ( parte +a Pru+ência75. Keito esse

     )re*e enuncia+o &om0s *ai enumeran+o as o)je6es B +igamos 1uatro B a seu pensamento.3)je6es por *e autori+a+e +a . Escritura +os Pa+res +a $greja +os ,i-;so,os etc.ou conce)i+as pe-o pr;prio &om0s.

    B Antes +e ,a

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    DB 3 corpus ( em gera- a parte mais importante e -onga +o artigo. No corpus &om0s epeor+ena+amente seu pensamento +eian+o as respostas particu-ares a ca+a o)je6'o para a parteseguinte. A ,;rmu-a inicia- constante +o corpus (: Respondeo dicendum respon+o 1ue se +e*e+i

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    "espon+o 1ue se +e*e +i

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    R5 M necess0rio 1ue o homem tenha so-icitu+e e a,eto para com a1ui-o 1ue 1uer recor+ar  GHRI  pois 1uanto mais gra*a+as ,i1uem as impresses em n;s menos se es*aem. Da@ 1ue @ceroa,irme em sua Ret&rica $ R5 1ue a so-icitu+e conser*a @ntegras as ,iguras +as imagens.

    45 M necess0rio me+itar ,re1entemente so)re o 1ue 1ueremos guar+ar na mem;ria. Da@ 1ue oKi-;so,o +iga  De /emoria $5 1ue as me+ita6es preser*am a mem;ria pois como se +i< no

    mesmo -i*ro  De /emoria $$5: 7o costume ( como 1ue uma nature

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    GSI . Et i+eo huiusmo+i sunt a+hi)en+a cum 1ua+am mensura rationis: ut sci-icet concupiscentia+e*itetur et natura non etinguatur secun+um i--u+ A+ "om. ^$$ H: 7ehi)eatis corpora *estrahostiam *i*entem et postea su)+it: rationa)i-e o)se1uium *estrum. i *ero a-i1uis in tantum*irtutem naturae +e)i-itet per ieiunia et *igi-ias et a-ia huiusmo+i 1uo+ non su,,iciat +e)itaopera ee1ui puta prae+icator prae+icare +octor +ocere cantor cantare et sic +e a-iis a)s1ue+u)io peccat sicut etiam peccaret *ir 1ui nimia a)stinentia se impotentem re++eret a+ +e)itum

    uori re++en+um. un+e Oieron]mus +icit: 7De rapina ho-ocaustum o,,ert 1ui *e- ci)orum nimiaegestate *e- somni penuria immo+erate corpus a,,-igit et iterum rationa-is hominis +ignitatemamittit 1ui ieiunium caritati *igi-ias sensus integritati prae,ert. Cuodl'  1. T a. S c5.

    GRI . Neste t;pico reco-ho a-gumas +as i+(ias apresenta+as por Pieper em seu (in)rung uTomas #on A%uin.

    G4I . ?uia catho-icae *eritatis +octor non so-um pro*ectos +e)et instruere se+ a+ eum pertinetetiam incipientes eru+ire secun+um i--u+ Aposto-i $ Ad .orint. R tan1uam par*u-is in hristo

    -ac *o)is potum +e+i non escam propositum nostrae intentionis in hoc opere est ea 1uae a+christianam re-igionem pertinent eo mo+o tra+ere secun+um 1uo+ congruit a+ eru+itionemincipientium.

    GI . onsi+era*imus nam1ue huius +octrinae no*itios in his 1uae a +i*ersis conscripta sunt p-urimum impe+iri partim 1ui+em propter mu-tip-icationem inuti-ium 1uaestionum articu-orumet argumentorum partim etiam 1uia ea 1uae sunt necessaria ta-i)us a+ scien+um non tra+untursecun+um or+inem +iscip-inae se+ secun+um 1uo+ re1uire)at -i)rorum epositio *e- secun+um1uo+ se prae)e)at occasio +isputan+i partim 1ui+em 1uia eorun+em ,re1uens repetitio et

    ,asti+ium et con,usionem genera)at in animis au+itorum. haec igitur et a-ia huiusmo+i e*itarestu+entes tenta)imus cum con,i+entia +i*ini aui-ii ea 1uae a+ sacram +octrinam pertinent

     )re*iter ac +i-uci+e prose1ui secun+um 1uo+ materia patietur.

    GVI . Sermones *o- H. 9a+ri+ !A 4a. e+. HT8H.

    GWI . ,. Pieper Jose, Virtudes 1undamentales 9a+ri+ "ia-p HTWV p. 48.

    G8I . E muito mais +o 1ue meramente gramatica-: trataBse +a pr;pria possi)i-i+a+e +e acessar

    regies inteiras +a rea-i+a+e.GTI . Uma ece-ente panor=mica +a *o< m(+ia ( a entre*ista +e 9ario pro*iero: 7 Linguagem eonsciência B a *o< m(+ia7 B http://.hottopos.com/miran+R/-inguage.htm

    GHXI . M interessante notar 1ue certas necesi+a+es ,isio-;gicas em espanho- s'o muitoacerta+amente epressas em re,-ei*o procuran+o resgatar a per+i+a *o< m(+ia.

    GHHI . 3utra sugesti*a can6'o para nosso tema ( 7Deia a *i+a me -e*ar7 +e erginho 9eriti eEri +o ais: 7Deia a *i+a me -e*ar *i+a -e*a eu5 / ou ,e-i< e agra+e6o por tu+o 1ue Deus me+eu / ; posso -e*antar as m'os pro c(u / Agra+ecer e ser ,ie- ao +estino 1ue Deus me +eu7.

    GHSI . omo +issemos na antropo-ogia +e &om0s a mem;ria ( consi+era+a um senti+o interno.

    http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref2http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref3http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref4http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref5http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref6http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref7http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref8http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref9http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref10http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref11http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref12http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref2http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref3http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref4http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref5http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref6http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref7http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref8http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref9http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref10http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref11http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref12

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    GHRI . Da@ as epresses: 7sa)er de cor 7 com o cora6'o "4 eart  par coeur .

    http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref13http://hottopos.com/rih8/jean.htm#_ftnref13