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II Encontro de Irmãos em Cristo 28, 29, 30 de Abril e 1 de Maio de 2012 Atibaia, SP Tema: “O BATISMO DO ESPÍRITO SANTO” “E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo.” (Mateus, 3:11) Projeto Despertai

Sacerdócio e Reunião de Oração

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Destina-se aos irmãos que pretendam iniciar uma comunidade doméstica.

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II Encontro de Irmãos em Cristo

28, 29, 30 de Abril e 1 de Maio de 2012

Atibaia, SP

Tema:

“O BATISMO DO ESPÍRITO SANTO”

“E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu;

cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo.”

(Mateus, 3:11)

Projeto Despertai

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OFÍCIOS DO SACERDOTE A volta dos profetas de Deus

O Sacerdócio

A carta do Apóstolo Paulo aos Hebreus, instrui abundantemente sobre a questão do sacerdócio e coloca Cristo como Supremo Sacerdote de DEUS, único intercessor por meio de quem os homens podem receber o perdão dos pecados, a ressurreição, a herança do FILHO e Vida Eterna. Por mais importante que seja um sacerdote escolhido pelos homens, entre os homens, nenhum deles é capaz de revestir-se da condição de sacerdote espiritual, se tal autoridade não lhe for concedida pela fé em Jesus. Não queremos lançar descrédito, nem menosprezar os sacerdotes ordenados nas escolas, mas apenas dizer que, para se tornar um sacerdote a serviço do SENHOR, o crente de modo algum necessita das coisas deste mundo.

Arão foi chamado por DEUS para ser ordenado sacerdote nas coisas concernentes a este mundo, tendo em vista a sombra das coisas futuras. Isso quer dizer que o sacerdócio levítico, seria de caráter transitório (Hebreus 7:11). Nos dias atuais, mesmo depois de termos recebido a Jesus Cristo, muitos sacerdotes continuam sendo ordenados por homens, que seguem tratando das sombras e vivendo a fé, como se a liberdade não houvesse chegado (II Coríntios 2:17). Ora, onde há remissão dos pecados, não há mais necessidade de oblação, diz Paulo em Hebreus (Hebreus 10:18). A maioria das igrejas cristãs segue envolta em rituais, promessas, dízimos, ofertas e tantas outras práticas que, em verdade, comemoram o pecado, sem oferecer libertação.

Hebreus, 10

05 Por isso, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta tu não quiseste, Mas corpo tu me preparaste;

06 Holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram.

07 Então disse: Eis aqui venho (No princípio do livro está escrito de mim), Para fazer, ó Deus, a tua vontade.

08 Como acima diz: Sacrifício e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram (os quais se oferecem segundo a lei).

09 Então disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo.

10 Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez.

11 E assim, todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados;

12 Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à direita de Deus.

Os versículos 5 e 6 esclarecem que nenhuma oferta ou sacrifício podem agradar a

DEUS, a não ser o sacrifício derradeiro, feito por Jesus Cristo. Em certa passagem, sem compreender com clareza a salvação anunciada pelo Cristo, alguns judeus perguntaram-Lhe, quais seriam as obras de DEUS a serem executadas. E Ele lhes respondeu: “Que

creiais naquele que Ele enviou” (João, 6:29). Portanto, eis as obras esperadas pelo nosso DEUS: que tenhamos fé no seu FILHO, para que sejamos salvos do pecado e que todas as coisas anunciadas (as boas novas), se estabeleçam definitivamente na vida de todos os crentes.

Os sacerdotes são de duas ordens: a Ordem de Arão e a Ordem de Melquisedeque. Arão é a figura dos sacerdotes ordenados pelos homens (embora tenha sido ele tomado por ordem divina). O antigo Melquisedeque, que abençoou Abraão depois da guerra

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chamada “a matança dos reis” (Gênesis, 14:19), representa os sacerdotes ordenados diretamente por DEUS. O primeiro é de descendência conhecida, conforme a própria Escritura testifica. O segundo, porém, é de origem desconhecida. Ninguém soube de sua origem; de onde veio, nem o seu destino. Foi um sacerdote que apareceu na história antiga, levantado exclusivamente pela vontade de DEUS, para servir a determinado propósito.

Como instituição representativa de Cristo ao longo da história, a igreja católica escolheu ordenar seus sacerdotes conforme a primeira ordem, criando para isso, uma estrutura eclesiástica hierárquica. Os sacerdotes da segunda ordem, porém, foram e são levantados por DEUS todos os dias, pela força da fé em Jesus Cristo. São homens e mulheres escolhidos pelo ESPÍRITO, para servirem na Seara, com dons espirituais. Não importa se fazem ou não parte de determinada igreja. Estes são os verdadeiros ministros de Cristo. Não necessitam oferecer sacrifício ou ofertas ao DEUS VIVO, pois Cristo os libertou para sempre. João, 8

36 Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.

Jesus Cristo foi chamado por Paulo de “Sacerdote Eterno”, segundo a Ordem de

Melquisedeque (Hebreus, 5:10), justamente por não ter sido instruído segundo a carne, nem pertencer a nenhuma tribo que servia a DEUS. Foi constituído sacerdote pela vontade e propósito de DEUS. Não se quer dizer com isso que os sacerdotes oficiais (padres, reverendos e pastores) não possuam sacerdócio espiritual, mas sim, que o sacerdócio espiritual em nada depende das instituições terrenas ou das autoridades eclesiásticas.

Quando, pela vontade de DEUS, o homem é constituído sacerdote, reveste-se da santidade e dos bens de Cristo. Revestindo-se desses bens é natural que também se revista das mesmas aflições, angústias e compromissos. Se Jesus Cristo, estando no mundo, sofreu e intercedeu pelos pecadores, justo é que todos os sacerdotes constituídos pelo mesmo ESPÍRITO SANTO, sofram e intercedam do mesmo modo. Todos os cristãos são sacerdotes

Do segundo para o terceiro século da era cristã, sob o argumento de que as pessoas eram despreparadas e imaturas, ou que poderiam trazer idéias impuras e perturbadoras para o seio da igreja, os cristãos foram destituídos por suas lideranças, do direito à manifestação do ESPÍRITO SANTO. Ficaram impedidos de falar em assembléias, de receberem instruções, de serem consolados e de consolarem uns aos outros e, o mais grave, de receberem revelações. Somente poderia fazê-lo os que fossem oficialmente designados pela cúpula eclesiástica. Foi uma artimanha do diabo, para por fim ao modelo da igreja primitiva. Na idade média, frente aos muitos abusos do clero, DEUS soprou um espírito de mudanças, que deu origem à Reforma Protestante. Nascia, assim, as igrejas reformadas.

No início do século dezenove, surgiram na Europa diversas manifestações de espíritos, que deram origem às igrejas chamadas “pentecostais”, ou tradicionalmente denominadas “evangélicas”. Lamentavelmente ainda lhes falta, e muito, o espírito do Evangelho de Jesus Cristo.

Não há igreja cristã sem liberdade de espírito. Se o direito de profetizar ou exercer o sacerdócio de Cristo fosse apenas de alguns escolhidos, já não haveria ESPÍRITO SANTO,

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nem espírito de liberdade, conforme diz o apóstolo Paulo (II Coríntios 3). Nos dias atuais, os crentes ainda são tratados como nos tempos em que a igreja católica dominava o cenário religioso ocidental. O sacerdócio oficial (o de Arão) continua presente na maior parte das igrejas cristãs, mesmo nas igrejas reformadas. Sob argumentos diversos, os crentes continuam sendo mantidos na infantilidade espiritual, bebendo leite (I Coríntios

3:2). Todos nós que vivemos para Cristo, à frente ou não de comunidades, temos de nos

esforçar para romper com este estado de coisas. A tarefa não é apenas dos pastores e líderes das comunidades, mas de todos nós que cremos em Jesus Cristo, como o Caminho, a Verdade e a Vida.

A Escritura deixa claro que nós somos irmãos e co-herdeiros de Cristo, mas nem sempre o fomos. Houve tempo em que não participávamos da família de DEUS e estávamos destituídos da glória de seu FILHO. Tínhamos que ofertar indefinidamente, para cumprirmos uma lei que, dia a dia, nos condenava à morte. E, como se tornou possível nós sermos feitos filhos de DEUS, se as ofertas não nos livravam do pecado? Hebreus, nos oferece resposta, ao afirmar que o FILHO foi gerado do sacrifício e da ressurreição:

“Entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta tu não quiseste; mas corpo tu me preparaste; holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram (os quais se oferecem segundo a lei). Então disse: Eis, aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro para estabelecer o segundo (concerto ou sacerdócio)” - (Hebreus, 10:5-8).

Cristo veio ao mundo como uma luz a brilhar na escuridão dos conceitos e das vidas

obscuras. Veio para mudar a maneira como os homens viam o sacerdócio, salvando-os dos pecados e das obrigações mortificantes da lei. As palavras da carta aos Hebreus, lembram o livro de Salmos, capítulo 40: DEUS não desejava mais antigos sacrifícios, mas que fosse feito um derradeiro sacrifício: o sacrifício de Jesus. Na sua morte e ressurreição, Cristo foi feito FILHO PERFEITO PARA SEMPRE. O livro Atos dos Apóstolos, o testifica:

Atos, 13

29 E, havendo eles cumprido todas as coisas que dele estavam escritas, tirando-o do madeiro, o puseram na sepultura;

30 Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos.

31 E ele, por muitos dias foi visto pelos que subiram com ele da Galiléia a Jerusalém, e são suas testemunhas para com o povo.

32 E nós vos anunciamos que a promessa que foi feita aos pais, Deus a cumpriu a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus;

33 Como também está escrito no Salmo segundo: Meu filho és tu, hoje te gerei.

34 E que o ressuscitaria dentre os mortos, para nunca mais tornar à corrupção, disse-o assim: As santas e fiéis bênçãos de Davi, eu vos darei.

35 Por isso também, em outro Salmo diz: Não permitirás que o teu santo veja corrupção.

36 Porque, na verdade, tendo Davi no seu tempo servido conforme a vontade de Deus, dormiu, foi posto junto de seus pais e viu a corrupção.

37 Mas aquele a quem Deus ressuscitou, nenhuma corrupção viu.

38 Seja-vos, pois, notório, homens irmãos, que por este se vos anuncia a remissão dos pecados.

A ressurreição fez de Jesus Cristo o primogênito da grande família divina. Ele foi

constituído Sacerdote, para diante de DEUS interceder sempre pelos pecadores. Jesus morreu e nasceu de novo, pela ressurreição. A ressurreição é, pois, a mãe que deu à

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luz, o FILHO DE DEUS. Assim, passou a ser mãe de todos nós que Nele cremos. Quando aceitamos de coração a Jesus como nosso salvador, somos também crucificados com Ele na cruz e, como Ele, renascemos para uma nova vida. Este renascimento acontece pela ressurreição (que é a mãe do Cristo vitorioso). É ela que nos faz (por sua maternidade) irmãos do SENHOR e, assim, herdeiros da mesma herança. Não teríamos coisa alguma, se não fosse por meio das dádivas de Cristo. Assim, pela fé, entramos para a família de DEUS, sem que sejam necessários obras ou sacrifícios.

Consideremos, porém, que Jesus, no ato da ressurreição, não foi constituído apenas FILHO PERFEITO PARA SEMPRE, abrindo o caminho para que, os que Nele cressem, pudessem se tornar seus irmãos; mas foi também feito SUMO SACERDOTE (Hebreus, 8:1-2), para que mudasse o tempo e os costumes, estabelecendo um novo concerto, um concerto eterno, que tornaria seus irmãos sacerdotes como Ele.

Jesus concedeu aos crentes o sacerdócio (que é um dos bens da sua herança) e passou a interceder por seus irmãos diante de DEUS, perdoando seus pecados e os pecados alheios, quando houvesse ministração. Para isso, venceu a morte, o inferno e todas as tentações. Irmãos, sacerdotes e herdeiros do Reino. Eis o presente que nos foi dado gratuitamente por Cristo.

Hebreus, 7

11 De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão?

12 Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.

13 Porque aquele de quem estas coisas se dizem pertence a outra tribo, da qual ninguém serviu ao altar,

14 Visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio.

15 E muito mais manifesto é ainda, se à semelhança de Melquisedeque se levantar outro sacerdote,

16 Que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas segundo a virtude da vida incorruptível.

17 Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque.

18 Porque o precedente mandamento é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade

19 (Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus.

20 E visto como não é sem prestar juramento (porque certamente aqueles, sem juramento, foram feitos sacerdotes),

21 Mas este com juramento por aquele que lhe disse: Jurou o Senhor, e não se arrependerá; Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque),

22 De tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador.

23 E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer,

24 Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo.

O sacerdócio de Cristo é eterno e foi testificado pela Escritura. Se nos tornamos irmãos de Cristo pela fé e pela ressurreição (nossa mãe comum), também somos transformados em herdeiros da promessa. E, se recebemos a filiação por esta divina morte e renascimento, naturalmente nós receberemos também o sacerdócio, por meio do sacerdócio que Cristo recebeu. Em verdade, tornamo-nos irmãos de Cristo, por causa dessa grande e gratuita glória: a de participarmos dessa família, desse sacerdócio e entrarmos nesse Reino. E tudo, por causa da fé. Nela, somos justificados.

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Irmãos de Cristo - Salmos, 22

22 Então declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação.

23 Vós, que temeis ao SENHOR, louvai-o; todos vós, semente de Jacó, glorificai-o; e temei-o todos vós, semente de Israel.

24 Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu.

25 O meu louvor será de ti na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem.

26 Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao SENHOR os que o buscam; o vosso coração viverá eternamente.

27 Todos os limites da terra se lembrarão, e se converterão ao SENHOR; e todas as famílias das nações adorarão perante a tua face.

Companheiros de Cristo - Salmos 45

02 Tu és mais formoso do que os filhos dos homens; a graça se derramou em teus lábios; por isso Deus te abençoou para sempre.

03 Cinge a tua espada à coxa, ó valente, com a tua glória e a tua majestade.

04 E neste teu esplendor cavalga prosperamente, por causa da verdade, da mansidão e da justiça; e a tua destra te ensinará coisas terríveis.

05 As tuas flechas são agudas no coração dos inimigos do rei, e por elas os povos caíram debaixo de ti.

06 O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de eqüidade.

07 Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros.

Deus nos concede todas as coisas - Romanos, 8

32 Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?

33 Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.

34 Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.

35 Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?

36 Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro.

37 Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.

38 Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,

39 Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.

Herdeiros de Deus por Cristo – Gálatas, 4

03 Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo.

04 Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,

05 Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.

06 E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.

07 Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo.

Visto exaustivamente que somos feitos irmãos, filhos e sacerdotes por meio da fé

em Jesus Cristo (pela cruz, pelo sangue e pela ressurreição), concluímos que todo aquele que crê no FILHO DE DEUS é sacerdote como Ele.

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Jesus foi feito o primeiro sacerdote no Novo Testamento, constituído filho perfeito para sempre. Deu inicio a uma nova era e novos tempos; tempos de liberdade, de bênçãos, de verdade, de renascimento e de vida. Não devemos mais olhar o antigo sacerdócio, de ordenanças humanas, como se nos servisse para alguma coisa. Não tomemos do arado, olhando para trás (Lucas 9:62). Sigamos em novidade de vida, abençoando em nome do Senhor e sendo abençoados.

Agora, feitos sacerdotes por meio da fé, quais seriam as funções sacerdotais a desempenharmos, para dignificar devidamente a Cristo, como suas fiéis testemunhas? A título de reflexão, vamos recordar alguns conceitos do reformador Martinho Lutero (1483 - 1546), sobre as funções do sacerdócio. Ensinar, pregar e anunciar

Não se pode compreender a vida do crente que em tudo não seja envolvida com a Palavra de DEUS. Se alguém vive na igreja de Cristo, ou fora dela, seja nas suas atividades profissionais, ou relações familiares, e não está profundamente influenciado e influenciando por meio da PALAVRA, este ainda não é um verdadeiro convertido. Quando o homem é batizado pelo ESPÍRITO SANTO e recebe o galardão de “Filho”, sua vida é inundada pelas santas beneficências. Sua alma nunca mais será a mesma; e a alegria que sente por ter sido salvo do pecado, faz com que o seu cálice seja transbordante. Ora, se no tocante às coisas terrenas, a vida do crente é profundamente transformada pela presença de Cristo, o que diremos das coisas espirituais?

Por meio da fé, a PALAVRA DE DEUS concede ao que crê em Jesus Cristo, a condição de ministro, ou seja, ela o credencia a ministrar os sacramentos: pregar, chamar,

batizar, ligar, absolver, sacrificar, consagrar e julgar doutrinas e espíritos. Com ela e por meio dela (a Palavra), todos os ofícios são cumpridos. Por isso, não há nenhum outro ofício mais importante, do que o de ser “Ministro da Palavra de Deus”. Por meio desse ministério, o crente ensina, prega, anuncia o Reino e a salvação que está em Jesus Cristo. A PALAVRA DE DEUS é distribuída a todos indistintamente e o ESPÍRITO SANTO se incumbe de instruir a cada um, segundo o determinado propósito do PAI.

Isaías, 54

13 E todos os teus filhos serão ensinados do SENHOR; e a paz de teus filhos será abundante.

Jó, 33

33 Se não, escuta-me tu; cala-te, e ensinar-te-ei a sabedoria.

Salmos, 32

08 Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos.

O crente deve ser devidamente instruído na PALAVRA DE DEUS e no conhecimento

das Escrituras, tanto nos aspectos históricos, quanto nos teológicos. Mas, aquele que instrui na igreja, não deve se esquecer, de que nenhum esforço irá adiante, sem a intercessão do ESPÍRITO SANTO, que sonda os corações, ordena os pensamentos e prepara o servo para exercer em tempo e lugares oportunos, o ofício de sacerdote (ou de ministro, como preferia Lutero). É preciso fazer com que todos possam testemunhar a Jesus Cristo e a sua abundante graça, por meio da anunciação.

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Todos nós que cremos no FILHO DE DEUS, somos constituídos irmãos de Cristo, sacerdotes e servos da CASA DO SENHOR. Podemos e devemos exercer o sacerdócio ensinando, pregando, curando, libertando e anunciando o Senhor Jesus, o fim do mundo e a chegada do Reino. Uma multidão de homens e mulheres crentes, que bem poderia estar servindo a Jesus, foi colocada pelo diabo na inutilidade. Ele (o diabo) convenceu a multidão, de que era indispensável caminhar sob a tutela de sacerdotes e autoridades eclesiásticas. Mas, a PALAVRA DE DEUS, expressa no Novo Testamento, aponta em outro sentido:

I Pedro

08 Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;

09 Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia.

“Assim, não existe outra pregação no Ministério da Palavra, se não aquela que é comum a todos, a saber, a das virtudes de Deus; assim, também, não existe outro sacerdócio, senão o espiritual, comum a todos, que o apóstolo Pedro definiu nessa passagem.” (Lutero, em Obras Selecionadas – Item: Como instituir Ministros na igreja)

Batizar e consagrar

Quando o homem profere a PALAVRA DE DEUS, por fé viva em Jesus Cristo, reveste-se do sacerdócio universal e, por meio dele, comunica o Espírito de Salvação àquele que ouve. Quando a Palavra é recebida de bom grado, o ato de pregar, exortar ou ensinar, torna-se um verdadeiro “BATISMO”. O ESPÍRITO é comunicado ao ouvinte, pelo sacerdócio do pregador, de modo que, de maneira alguma, o batizado voltará às sombras de onde Cristo o tirou (se ele recebeu a Palavra por sinceridade de coração). Ao contrário do batismo nas águas (que é exterior e temporal), o verdadeiro batismo é interior, espiritual e eterno (BATISMO DO ESPÍRITO SANTO). Sabemos que somente o Espírito de DEUS pode sondar os corações e batizar para sempre. Assim, não há outro ato do sacerdote (ou ministro), a não ser o de ministrar o batismo àquele que aceita PALAVRA DE DEUS de boa mente. O ministro deve abençoá-lo em nome de Jesus Cristo, crendo para a sua salvação.

Marcos, 9

23 E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê.

Marcos, 16

16 Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.

Atos dos Apóstolos, 8

12 Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus, e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres.

Como sacerdotes ou ministros de DEUS em Cristo e por Cristo, podemos e devemos

abençoar todas as circunstâncias da vida, tanto as do plano pessoal, como as da vida de relação, seja na igreja ou fora dela (desde que formos chamados a fazê-lo). A idéia da consagração, desde muito tempo, foi atrelada ao abençoar o pão e o vinho, como se fez no dia da Ceia do Senhor.

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Lucas, 22

19 E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim.

20 Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós.

“Essa comemoração, porém, nada mais é do que pregar a Palavra de Deus, como Paulo expõe em I Coríntios, 11:26 – “Todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, vós anunciareis a morte de Cristo, até que ele venha.” Anunciar a morte de Cristo é anunciar as virtudes de Deus, que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Comemorar a morte do Senhor, é direito e dever de todos, para que Deus seja louvado e glorificado em suas virtudes.” (Lutero, em Obras Selecionadas – Item: Como instituir Ministros na igreja).

A consagração do pão e do vinho foi transformada pelas igrejas cristãs em um ritual

festivo, onde mais uma vez o povo é mero expectador, como se fosse incapaz de ministrar a verdadeira Ceia. Antes do apagar do fim desse mundo, façamos um esforço para que o Espírito de DEUS possa libertar homens e mulheres das ilusões da vida temporal, credenciando-os ao sacerdócio; servos e servas de SUA casa, para comunicarem o perdão dos pecados e a Vida Eterna. Não somente os homens, mas também as mulheres podem e devem exercer o sacerdócio de Cristo. Se formos chamados a abençoar, abençoemos em viva consagração a DEUS. Se formos chamados a batizar, batizemos em nome do SENHOR. Recordemos as suas próprias palavras: “Fazei

isso em memória de mim” (Lucas, 22:19). Ligar e absolver

Dentre os dons concedidos por DEUS aos seus filhos, e que o inimigo na sua sanha de destruir a igreja se apropriou, foi o dom de perdoar e ligar os homens aos céus por meio da PALAVRA. O diabo tratou de criar uma casta de pretensos escolhidos, e os credenciou a cuidar da salvação e condenação das almas. É como se as chaves do céu e a do inferno estivessem disponíveis apenas para alguns. Ora, os que se tornam irmãos de Jesus Cristo pela fé, tomam posse da herança eterna. E, dessa herança, fazem parte as chaves do céu e do inferno. Como podemos abrir a porta do inferno e tirar de lá um pecador que jaz nas mãos do diabo? Como podemos abrir a porta dos céus e conduzi-lo a Cristo? É preciso ter em mãos as “chaves”. Se todos os que crêem em Jesus Cristo, são feitos sacerdotes, a todos indistintamente é concedido o dom de perdoar e de reter o pecado, por meio da PALAVRA ensinada, pregada e anunciada. Portanto, todos nós crentes, temos em mãos, as chaves do céu e do inferno.

Mateus, 18

15 Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão;

16 Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada.

17 E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano.

18 Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.

A PALAVRA DE DEUS comunica a salvação ou a condenação aos que a ouvem, sejam

crentes ou não. Se o ouvinte aceitar a PALAVRA estará livre das cadeias do mundo. Se

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não a receber estará condenado. Assim, o sacerdote ou ministro, pelo simples anúncio da Palavra da Salvação, tem o dom de libertar ou de reter o pecado.

É evidente que a letra em si mesma, não tem poder algum para libertar ou condenar uma alma. Fosse assim, qualquer indivíduo poderia ler a Bíblia diante de um pecador e ele seria salvo ou condenado pelos seus atos. Mesmo um homem malvado, poderia fazê-lo. Por que não? Mas o dom gratuito e perfeito de DEUS manifesta-se apenas por meio daquele que é guiado por um coração sincero e que na sua entrega ao Senhor Jesus, recebeu o batismo do ESPÍRITO SANTO, revestindo-se do divino e santo sacerdócio.

Sempre se deve considerar como suspeita toda instrução que pretenda afirmar que as pessoas comuns são destituídas da condição de exercerem o sacerdócio de Cristo. Foi assim que, em todos esses anos, Satanás manteve o povo de DEUS no cativeiro babilônico. Lutero dizia que as chaves pertencem a toda a igreja cristã (não a uma denominação específica) e a qualquer um dos seus membros, tanto por direito, quanto pelo uso, de qualquer modo que seja.

“O ministério da Palavra pertence a todos. Pois ligar e absolver, evidentemente, nada mais é do que pregar e aplicar o Evangelho. Que significa absolver, senão anunciar a remissão dos pecados perante Deus? Que significa ligar, senão retirar o Evangelho e anunciar a retenção dos pecados? Por isso, queiram ou não, as chaves pertencem a todos, visto que consiste no ministério de aplicar a Palavra de Deus ao povo.” (Lutero, em Obras Selecionadas – Item: Como instituir Ministros na igreja).

Sacrificar

Nos tempos da lei, o sacerdote era o único que podia realizar sacrifícios em benefício dos pecadores. Isso já deveria ter sido mudado, depois que Cristo estabeleceu uma Nova Aliança entre DEUS e os homens, um novo pacto. Mas, mesmo depois do advento de Cristo (o derradeiro sacrifício), a idéia de casta sacerdotal, de homens diferentes de outros homens, permanece em nossos dias com toda a sua força. O ato de sacrificar, ofertar e interceder, tem sido exercido pelo sacerdócio humano. Na igreja de Jesus Cristo, o sacrifício, a oferta e a intercessão, devem ser obras de todos os cristãos, pois cada um pode e deve (no seu sacerdócio) estabelecer uma relação direta com DEUS, sem qualquer intermediário, a não ser Cristo (pelo ESPÍRITO SANTO). DEUS deseja ser adorado por seus filhos em espírito e verdade, não só no templo, mas em todos os lugares.

“Paulo nos ensina a oferecer nossos corpos por sacrifício, assim como Cristo sacrificou o seu por nós na cruz. Nesse sacrifício, ele encerra o sacrifício de louvor e ação de graças. Também Pedro, ordena em I Pedro, Capítulo 2, que ofereçamos sacrifícios espirituais, aceitos por Deus por meio de Cristo; isso é, a nós mesmos (nossas vidas mundanas) e não ouro ou prata.” (Lutero, em Obras Selecionadas – Item: Como instituir Ministros na igreja).

1 Pedro, 2

04 Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.

Marcos, 12

33 E que amá-lo (a Deus) de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios.

Romanos, 12

01 Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos

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em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.

Hebreus, 13

15 Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.

Orar

Como Sacerdotes de Cristo, ministros por meio da fé, herdeiros da promessa, somos feitos também intercessores. Isso significa que, diante de DEUS, em nome de Jesus Cristo, podemos pedir misericórdia pelos pecadores. Como sacerdotes, podemos através da oração, entrar no “Santo dos Santos” (o templo espiritual), para rogar a DEUS por alguém que esteja enfermo, perturbado, perdido ou desesperado. A oração de um justo pode muito em seus efeitos (Tiago 5:16). Na oração intercessória, a ação divina é facilitada pela fé do intercessor e o seu desejo de ajudar alguém que está sob o domínio do maligno. É como se o ministro fosse feito uma miniatura de Cristo, que nos amou, mesmo estando todos nós indiferentes ao seu amor.

Mateus, 21

22 E, tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis.

Felipenses, 4

06 Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.

Tiago, 5

15 E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.

Quando oramos a DEUS nos é concedido o ESPÍRITO SANTO, em Jesus Cristo. Por

meio do ESPÍRITO, as virtudes dos céus descem em socorro dos sofredores. Orando, podemos pedir e ter certeza de receber. Na oração, encontramos paz e equilíbrio para as nossas almas. Embora o Senhor DEUS conheça as intenções do coração de seus filhos, assim como as suas necessidades, a PALAVRA determina que clamemos. De outro modo, não estaria escrito: “Pedi, e dar-se-vos-á.” (Mateus 7:7). E lembre-se, que ao ministro, não basta apenas pedir. É necessário que os desejos do coração sejam acompanhados de ação de graças, ou seja, testemunhos no campo da fé e do amor.

Pergunta: Poderia o cristão, revestido do sacerdócio de Cristo, perdoar pecados? Se ele foi feito irmão de Cristo, pela ressurreição e recebeu a herança do FILHO, sim, ele pode perdoar pecados. Se Cristo os perdoa, seus irmãos também podem fazê-lo. Não há dúvida a este respeito. Tiago, no Capítulo 5, versículo 15, de sua epístola, diz que a

oração da fé, (daquele que possui a verdadeira fé) salvaria o enfermo. E, se a doença fosse causada por pecados, eles seriam perdoados. Assim, o cristão pode perdoar pecados por meio de Cristo. Mas, entenda que tal fato não se dá por méritos do ministro e sim, pelos méritos de Cristo (que agora passaram a ser do ministro). É assim que, em Jesus, nós podemos fazer todas as obras que Ele (Jesus) fez. Porém, sem Cristo, nada poderá ser feito. Julgar doutrinas e espíritos

A igreja católica concedeu a si mesma, e somente a ela, o direito de julgar as coisas terrenas e as espirituais. Fez-se, no mundo, representante exclusiva de Cristo. Julgar e

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apreciar doutrinas e espíritos é uma prerrogativa de todos os crentes em Jesus e não somente da casta sacerdotal, desta ou daquela igreja. O crente, para desempenhar seu papel de seguidor fiel de Cristo, deve habilitar-se para discernir “espíritos” (saber o que é certo e o que é errado). Para tanto, é necessário ter a chamada “sabedoria de DEUS”, concedida apenas pelo ESPÍRITO SANTO, quando estudamos as Escrituras. A sabedoria não nos vem de um dia para o outro. É preciso adquiri-la, por meio de bom conhecimento bíblico; não apenas no sentido formal (das letras), mas também no sentido espiritual. Cada comunidade deve ter o seu estudo bíblico, destinado à formação intelectual e espiritual de seus ministros, de modo que cada um venha a desempenhar o sacerdócio de que é revestido, da melhor maneira possível.

A instrução na igreja sempre foi e será ministrada por um irmão mais velho, mais experimentado com a PALAVRA. O crente precisa ter paciência com sua formação espiritual, pois o tempo do credenciamento será segundo o tempo de DEUS. O homem se instrui no plano terreno, mas o ESPÍRITO SANTO ordena e esclarece nas dimensões da alma. O credenciamento vem de cima para baixo e não de baixo para cima.

O ESPÍRITO SANTO não é privilégio de nenhum homem, por mais probo que venha a ser. O ESPÍRITO é dado a todos os crentes, por meio da fé em Jesus Cristo, justamente para que todos como legítimos representantes, possam fazer a obra de Cristo. De outro modo, como seriam constituídas as testemunhas de que fala o Evangelho? É preciso trazer de volta os profetas de DEUS. Os crentes precisam receber o que lhes foi roubado por Satanás; seja o direito de falar, de julgar, como o de ministrar.

Tenham o cuidado, para não confundir a liberdade de profetizar, com o que se faz em algumas igrejas chamadas “pentecostais”, onde, em geral, todos falam e ninguém diz coisa alguma. Tratamos aqui, da verdadeira e responsável liberdade; com instrução, com formação, com gravidade; de modo a que se fale a qualquer tempo, em qualquer lugar, da doutrina e do amor de Jesus, que salva a alma da morte e do inferno.

“Com que temor e tremor teriam falado os bispos e concílios e decretado sobre o ofício de ensinar, batizar, sacrificar, ligar, desligar, orar e julgar; se tivessem de temer o juízo dos ouvintes. Sim, se tivesse prevalecido esse juízo (o livre sacerdócio), jamais teria surgido o papado universal. Por isso, estiveram bem aconselhados (pelo inimigo), quando reivindicaram este ofício para si. Agora prevalece a Palavra de Cristo em João 10: “Minhas ovelhas ouvem a minha voz”. (E não dá ouvidos à voz dos outros). Em Mateus 7: “Acautelai-vos dos falsos profetas”. Mateus 16: “Acautelai-vos do fermento dos fariseus”, ou seja, dos hipócritas. Mateus 23: “Na cátedra de Moisés estão sentados os escribas e os fariseus; tudo o que vos ordena observar; observai e fazei-o; em suas obras, porém, não os imiteis”. Por essas e muitas abonações, tanto do Evangelho, quanto de toda a Escritura, somos admoestados a não dar crédito a falsos mestres. Que nos ensina isso, senão que cada um de nós tenha cuidado de sua salvação; tenha a certeza do que deve crer e a que seguir; e seja juiz inteiramente livre de tudo que lhe ensinam (exteriormente), sendo ensinado interiormente só por Deus, conforme João 6:45: “Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu vem a mim”. Pois não serás condenado ou salvo pela doutrina de alguém outro, seja ela verdadeira ou falsa, mas somente por tua própria fé. Portanto, cada qual ensine o que quiser. A ti, porém, compete observar se o que crês te resulta em supremo perigo ou benefício.” (Lutero, em Obras Selecionadas – Item: Como instituir Ministros na igreja).

O ensino da igreja deve ser observado e julgado pelo juízo do próprio crente. O que

lhe parecer conforme a verdade de DEUS, ele aceitará. Mas o que não lhe parecer verdadeiro, que não seja aceito; ou que peça esclarecimentos àquele que ensina; ou ainda a outros profetas. Não se pode ter certeza de que tudo o que se ensina nas tribunas esteja livre da unha do diabo. Os ministros são homens e, como todos nós, sujeitos ao

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bem e ao mal. Quem estaria livre do inimigo? Que DEUS os ajude e nos ajude, para que não ensinemos outra doutrina, senão a doutrina da verdade, que está no amor do Cristo de DEUS e no ESPÍRITO SANTO.

Jesus Cristo, o supremo ministro, conceda a todos os crentes a liberdade e o discernimento para julgar doutrinas e espíritos. Porém, tenhamos cautela, para não nos constituirmos em loucos juízes, falando de tudo e julgando todas as coisas, como se não houvesse ensino ou admoestação pública do ESPÍRITO. Questionemos apenas o que não conseguirmos entender ou o que nos parecer contraditório à Escritura (falamos aqui do Novo Testamento). Tenhamos serenidade para apreciar e julgar; aprendamos a ouvir os profetas e a nos instruir com eles, de modo que no andar da igreja de Cristo, não sejamos transformados por Satanás em uma pedra de tropeço.

Encerramos, com alguns conceitos luteranos:

1. Não existe outra PALAVRA DE DEUS, além daquela que é ordenada a ser pregada a todos e por todos os cristãos. 2. Não existe outro BATISMO, senão aquele que qualquer cristão pode conceder a alguém que deseja salvação por meio de Cristo. 3. Não existe outra memória da CEIA DO SENHOR, além daquela que qualquer cristão pode realizar, e que Cristo instituiu. 4. Não existe outro PECADO, além daquele que qualquer cristão, por causa da herança de Cristo, pode ligar ou absolver. 5. Não existe outro SACRIFÍCIO, além do corpo de qualquer cristão. 6. Ninguém pode ORAR a DEUS, em nome de Jesus, não ser o cristão. 7. Ninguém pode JULGAR doutrinas e espíritos, a não ser o cristão.

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REUNIÃO DE ORAÇÃO Diretrizes

Finalidade

A finalidade da Reunião de Oração, como o próprio nome diz, é a de reunir irmãos para orarem juntos, clamando ao Senhor pelas obras da beneficência. Mas, essa reunião não se limita a orações. Destina-se também, ao estudo da PALAVRA DE DEUS, ao exercício dos dons espirituais e à convivência entre os santos. É um momento especialmente dedicado ao fortalecimento da Comunidade (*). É lugar de oração, de intercessão, de instrução, de orientação e profecia.

A igreja, nas suas atividades cotidianas, acaba por criar em torno dos seus cultos um espírito de formalismo, que gera constrangimento entre os irmãos e à própria liberdade de espírito. Frequentemente impede a voz do ESPÍRITO SANTO. A Reunião de Oração pretende ser uma assembléia informal, ambiente fraterno, onde os crentes interessados na obra do ESPÍRITO possam ser experimentados e instruídos para o cumprimento do propósito de DEUS em suas vidas.

* Comunidade: Entenda como “comunidade”, uma reunião de irmãos, uma família, uma família e alguns convidados.

Atos, 2

17 E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos terão sonhos;

18 E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão;

I Coríntios, 14

12 Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai abundar neles, para edificação da igreja.

Na Reunião de Oração o fortalecimento espiritual dos crentes poderá ser feito por

meio da oração coletiva, individual, expositiva ou silenciosa. A oração é o mais poderoso recurso a ser utilizado contra a ação do diabo. É o melhor e mais digno ato de louvor ao DEUS ALTÍSSIMO. Deve-se orar com os lábios, mas, sobretudo, orar com a profundeza do coração.

Felipenses, 4

6 Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.

7 E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.

Lucas, 6

45 O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.

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A Reunião de Oração poderá interceder por pessoas que estejam enfermas, perturbadas ou passando por momentos difíceis. Elas (essas pessoas) podem ou não, estar presentes na reunião. O responsável pela Comunidade é quem determinará quais membros poderão fazer parte da assembléia. Não será permitida a presença de pessoas estranhas ao corpo da Comunidade, exceção para as que forem autorizadas pelo responsável.

Tiago, 5

13 Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores.

14 Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor;

15 E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.

16 Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.

FUNCIONAMENTO DA REUNIÃO

Presidência – A Reunião de Oração sempre será presidida por um irmão mais velho responsável pela Comunidade ou, na sua ausência, por uma outra pessoa idônea devidamente instruída para coordenar as atividades. Aquele que estiver presidindo a assembléia deverá direcionar e orientar todos os procedimentos relativos à leitura da Escritura, aos comentários e à participação dos crentes, em todos os sentidos.

I Tessalonicenses, 5

12 E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam;

Atos, 2

14 Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a sua voz, e disse-lhes: Homens judeus, e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.

15 Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia.

16 Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:

17 E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos terão sonhos;

18 E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão;

I Coríntios, 14

40 Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.

Leitura da Escritura - Os crentes participantes da Reunião de Oração sempre deverão examinar um texto bíblico significativo, destinado à edificação e à instrução dos ouvintes. Todos devem ter sua Bíblia. A leitura e os comentários em torno das passagens bíblicas farão com que os aspectos emocionais e psicológicos das pessoas reunidas possam ser devidamente preparados para o exercício dos dons espirituais. O responsável pela Comunidade escolherá a passagem bíblica a ser examinada. Recomendamos que nos primeiros tempos a leitura seja voltada ao exame e

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interpretação dos livros do Novo Testamento. Mais tarde, depois de aprender a discernir, a assembléia se ocupará de passagens do Velho Testamento, caso o queiram.

II Timóteo, 3

15 E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.

16 Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;

17 Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.

Para fins de organização e orientação, a Reunião de Oração será dividida em seis

partes: Abertura, Leitura, Profecia, Oração Silenciosa, Lamentação e Encerramento. 1ª Parte

Abertura – A assembléia terá início com uma oração feita em voz alta pelo irmão responsável pela Comunidade. Ele clamará ao Senhor Jesus, que seja Ele (o Filho de Deus) a presidir espiritualmente a assembléia, intercedendo junto ao DEUS VIVO, pela presença e proteção do ESPÍRITO SANTO. Que o Senhor possa providenciar a segurança necessária para as atividades que vão se desenvolver.

Hebreus, 4

14 Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.

15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado;, mas sem pecado.

16 Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.

2ª Parte

Leitura - A seguir, o responsável pela Comunidade, escolherá um capítulo de um livro do Novo Testamento para a leitura do dia. Pedirá a um dos irmãos presentes, que tenha facilidade com a leitura (poderá ser o próprio responsável), para ler cuidadosamente o texto bíblico. A seguir, o responsável pela Comunidade fará um breve comentário dos ensinamentos. O tempo dessa exposição será de no máximo 15 minutos. Palavras simples e objetivas. O que não servir para edificar a vida presente e a vida eterna não deverá ser dito. Sejamos como Jesus Cristo, cujas palavras eram de amor, perdão, misericórdia e de salvação. Façamos tudo para a edificação da igreja.

Provérbio, 1

7 O temor do SENHOR é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.

Romanos, 15

4 Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.

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I Coríntios, 14

6 E agora, irmãos, se eu for ter convosco falando em línguas, que vos aproveitaria, se não vos falasse ou por meio da revelação, ou da ciência, ou da profecia, ou da doutrina?

3ª Parte

Profecia - Após os comentários do responsável pela Comunidade, tratando exclusivamente da PALAVRA DE DEUS e do amor, terá início ao segundo período da assembléia. Nele, acontecerá o exercício do chamado dom de Profecia. O irmão que preside a Reunião de Oração poderá permitir até três participações por assembléia, com um tempo individual de 2 a 3 minutos cada uma. Que se dê preferência a comentários relacionados com o Clamor e com a Exortação. Os comentários poderão ser simples, de poucas palavras, mas sempre voltados para a edificação dos presentes, sem qualquer tipo de condenação. Os irmãos e irmãs poderão falar cada um por sua vez, em ordem e sob a direção do responsável. A intenção é treinar os participantes, para que aprendam a comentar o EVANGELHO com simplicidade. Com o passar do tempo, o ESPÍRITO começará a fazer um ou outro comentário, sem que as pessoas percebam e isso tocará, com certeza, o coração dos presentes. Isso é a verdadeira profecia.

I Coríntios, 14

1 Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar.

I Coríntios, 14

29 E falem dois ou três profetas, e os outros julguem. 30 Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.

31 Porque todos vós podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados.

Alguns exemplos de Clamor: . Clamor pela igreja reunida . Clamor pelas igrejas despertas . Clamor pela igreja de Cristo (que congrega todas as igrejas) . Clamor pelos que servem a Cristo no mundo . Clamor pelos jovens . Clamor pelas famílias . Clamor pela vida conjugal dos crentes Alguns exemplos de Exortação: . Exortação ao arrependimento . Exortação à vida com retidão . Exortação a servir na igreja . Exortação à leitura da Escritura . Exortação ao amor e à bem-aventurança . Exortação às virtudes de Cristo . Exortação ao conhecimento da Palavra 4ª Parte

Oração Silenciosa - Terminado o período da Profecia, terá início o período da Oração Silenciosa, que será um espaço de tempo entre 5 e 10 minutos, destinado à

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conversa do crente (em pensamento) com o Senhor. Durante esses minutos, o irmão ou irmã se manterá em silêncio e em estado de reflexão. Poderão confessar em pensamento os seus pecados ao Senhor, solicitar esclarecimento para dúvidas; diante de suas fraquezas, pedirá forças; intercederá por pessoas que deseja ajudar; clamará pelo desenvolvimento da sua fé, do seu entendimento etc. O irmão responsável marcará o tempo do período, dizendo “amém” ao seu término. Poderá esperar mais um ou dois minutos, para que todos encerrem seus diálogos e petições.

Mateus, 6

6 Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.

7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos

8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.

5ª Parte

Lamentação - Após o término da Instrução por meio da PALAVRA DE DEUS, terá início a mais um período de exercício dos dons, o da Lamentação. É dedicado às lamentações, feitas por dois ou três irmãos, com tempo de 2 a 3 minutos, cada uma.

Mateus, 11

16 Mas, a quem assemelharei esta geração? É semelhante aos meninos que se assentam nas praças, e clamam aos seus companheiros,

17 E dizem: Tocamo-vos flauta, e não dançastes; cantamo-vos lamentações, e não chorastes.

Tiago 4

7 Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.

8 Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações.

9 Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza.

10 Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.

Durante a Lamentação é comum que alguns dos membros reunidos (os que são

mais sensíveis), sintam vontade de chorar. O choro deverá ser visto como um fenômeno natural das almas que buscam a santidade. É produto dos corações arrependidos; dos corações envolvidos pela compaixão e pela misericórdia. Essas almas são tocadas pelo ESPÍRITO SANTO e, de modo algum, as pessoas saem se sentindo mal. Mesmo depois de chorarem num ou noutro momento, a sensação é de profundo bem-estar. A sensação de choro poderá também acontecer em outros momentos da assembléia, mas sempre por causa da emoção que desperta a PALAVRA, os clamores e as orações.

I Coríntios, 14

32 E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.

Alguns exemplos de Lamentação:

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. Lamentação pelos pecados cometidos . Lamentação pela desobediência a Deus . Lamentação pelos doentes . Lamentação pelos atormentados . Lamentação pelas guerras . Lamentação pela violência do mundo . Lamentação pela indiferença das pessoas

Romanos, 12

15 Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram; 6ª Parte

Encerramento – Após o período de Lamentação, o irmão que preside a assembléia, tomará a palavra para fazer o encerramento. Orará a DEUS, NOSSO PAI, pedindo que seja afastada toda e qualquer influência do inimigo na vida das pessoas presentes. Todos os irmãos e irmãs serão limpos das suas enfermidades físicas e espirituais. Angústias, depressões, medos, incertezas, todas essas coisas, que sejam afastadas da Comunidade, em nome de Jesus Cristo, o Senhor. Os presentes serão “lavados” pela PALAVRA que foi proferida na assembléia e pela ação operosa do ESPÍRITO SANTO. Ao término, os crentes se cumprimentam e abençoam uns aos outros.

I Tessalonicenses 5

17 Orai sem cessar. 18 Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. 19 Não extingais o Espírito. 20 Não desprezeis as profecias. 21 Examinai tudo. Retende o bem. 22 Abstende-vos de toda a aparência do mal.

23 E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.

24 Fiel é o que vos chama, o qual também o fará. 25 Irmãos, orai por nós. 26 Saudai a todos os irmãos com ósculo santo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Discussões vãs

Na Reunião de Oração os participantes devem evitar discussões sobre pontos obscuros da Escritura, ou seja, coisas que possam gerar discussões e desentendimentos. O ESPÍRITO SANTO só se manifesta se todos nós estivermos reunidos e em paz uns com os outros, em nome de Jesus. O responsável pela assembléia deverá cuidar para que, durante os comentários, não sejam levantadas questões loucas.

II Timóteo, 2

14 Traze estas coisas à memória, ordenando-lhes diante do Senhor que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para perversão dos ouvintes.

15 Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.

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16 Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade.

II Timóteo, 2

23 E rejeita as questões loucas, e sem instrução, sabendo que produzem contendas.

24 E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor;

25 Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade,

Línguas estranhas

Durante as manifestações de Clamor, Exortação ou Lamentação deve-se entender que o espírito dos profetas está em liberdade. Pode acontecer que, em algum momento, um crente sinta vontade de falar em línguas. Paulo instrui com clareza sobre o dom das línguas, dizendo que esse sinal era para os descrentes.

Que todos tenham em mente, que as línguas estranhas que se falava na igreja primitiva eram línguas conhecidas de ouvintes estrangeiros (Atos, 2). Portanto, se alguém falar em língua estranha, que haja alguém que a possa interpretar. E mesmo assim, depois de se interpretar a língua, que se verifique o conteúdo da palavra proferida. Línguas que não possam ser interpretadas, para nada servem.

I Coríntios, 14

3 Mas o que profetiza fala aos homens, para edificação, exortação e consolação.

4 O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja.

5 E eu quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação.

6 E agora, irmãos, se eu for ter convosco falando em línguas, que vos aproveitaria, se não vos falasse ou por meio da revelação, ou da ciência, ou da profecia, ou da doutrina?

O dom de falar em línguas foi utilizado em Pentecostes e mais tarde em Corinto,

mais para chamar a atenção das pessoas presentes, do que para edificar vivamente os corações. Por esta razão, a igreja não deve estimular a manifestação deste dom em seus profetas e sim, procurar os melhores dons. Se alguém participar de uma Reunião de

Oração e não entender o que diz o profeta, como dirá “amém” ao que se fala? Falar numa língua estranha pode até edificar quem fala, mas nem sempre edifica quem ouve.

I Coríntios, 14

22 De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis.

23 Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos?

24 Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado.

25 Portanto, os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós.

O caminho para os melhores dons

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De nada adianta buscarmos os dons do ESPÍRITO, se não vivemos ainda no amor de Cristo. Se nós já temos verdadeira comunhão com Jesus, podemos ser agraciados com algum dom espiritual, mas sempre para a edificação e benefício geral da igreja. De nenhum modo nos deixemos iludir por vanglórias, ou por pensamentos de que recebemos uma graça porque somos diferentes de outras pessoas. O dom espiritual é atributo exclusivo do ESPÍRITO SANTO e é distribuído gratuitamente conforme o propósito de DEUS. O Apóstolo dos Gentios (Paulo) indica um caminho excelente para exercitarmos os dons com segurança: o caminho do amor.

I Coríntios, 13

1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; 7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

8 O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;

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