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O perigo de usar celular antes de dormir Saiba o que acontece com nosso corpo quando a última coisa que fazemos antes de adormecer é mexer nos smartphones. E aproveite para parar com esse hábito agora Afeta a postura Causa a nomofobia Sono interrompido FONTES (INFOGRÁFICO CELULAR): FUNDAÇÃO DO SONO (ESTADOS UNIDOS) E PEW RESEARCH CENTER. FOTOS:SHUTTERSTOCK; DIVULGAÇÃO. Cegueira temporária Grande risco de miopia Noites mal dormidas Confesse, não é surpresa que tanta informação direta, em nosso rosto, minutos antes de repousar faz mal. “As luzes de tonalidade azul suprimem a melatonina – um dos hormônios do sono –, levando à insônia”, diz Flávio Sekeff Sallem, neurologista do Hospital Villa- -Lobos, da Rede D’Or São Luiz (SP). AUMENTO DE ESTRESSE ELEVAÇÃO DO PESO DORES DE CABEÇA CORAÇÃO FICA SOB TENSÃO PRESSÃO ALTA DORES NOS NERVOS A oftalmologista Lisia destaca que a ligação com o aumento da miopia ainda é incerta, “mas estudos mostram a relação desta doença com uso mais frequente da visão de perto”, conta. Para evitar, é necessário fazer pequenos intervalos após duas horas de uso contínuo. O perigo é checar a tela deitado, no escuro, usando apenas um dos olhos, que se adapta à luz do aparelho e provoca essa sensação. “Já existem casos relatados no New England Journal of Medicine de cegueira temporária”, revela Lisia Aoki, oftalmologista do Hospital das Clínicas (SP). Além da dificuldade em adormecer, um estudo mostrou que 65% dos americanos com celulares o levam à cama. Um em cada quatro deles não o silenciam durante o sono, fazendo com que um em cada dez relate ser acordado algumas vezes na semana com notificações. É pior ao usar o celular em pé, ou sentado, pois a cabeça fica baixa e põe-se muita atividade nos braços. “Isso propicia crises de dor nevrálgica no pescoço, que pode irradiar para um braço”, diz Maurício Marteleto Filho, da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Este é o nome da doença que veio com a era digital e retrata o medo de estar sem o celular. Levá-lo à cama pode sinalizar que o indivíduo sofre da necessidade de ver mensagens a cada minuto. “Ocorrem no cérebro as mesmas reações que decorrem do uso de algumas drogas”, conta Sallem. WWW.REVISTAVIVASAUDE.COM.BR 12 VIVASAÚDE sala de espera por Letícia Ronche

Saiba o que acontece com nosso corpo quando a última … England Journal of Medicine de cegueira temporária”, revela Lisia Aoki, oftalmologista do Hospital das Clínicas (SP)

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O perigo de usar celular antes de dormirSaiba o que acontece com nosso corpo quando a última coisa que fazemos antes de adormecer é mexer nos smartphones. E aproveite para parar com esse hábito agora

Afeta a posturaCausa a nomofobia Sono interrompido

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Cegueira temporária Grande risco de miopia Noites mal dormidas

Confesse, não é surpresa que tanta informação direta, em nosso rosto, minutos antes de repousar faz mal. “As luzes de tonalidade azul suprimem a melatonina – um dos hormônios do sono –, levando à insônia”, diz Flávio Sekeff Sallem, neurologista do Hospital Villa--Lobos, da Rede D’Or São Luiz (SP).

AumentO De eStReSSe

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DOReS De CAbeçA

CORAçãO FiCA SOb tenSãO

PReSSãO ALtA

DOReS nOS neRVOS

A oftalmologista Lisia destaca que a ligação com o aumento da miopia ainda é incerta, “mas estudos mostram a relação desta doença com uso mais frequente da visão de perto”, conta. Para evitar, é necessário fazer pequenos intervalos após duas horas de uso contínuo.

O perigo é checar a tela deitado, no escuro, usando apenas um dos olhos, que se adapta à luz do aparelho e provoca essa sensação. “Já existem casos relatados no New England Journal of Medicine de cegueira temporária”, revela Lisia Aoki, oftalmologista do Hospital das Clínicas (SP).

Além da dificuldade em adormecer, um estudo mostrou que 65% dos americanos com celulares o levam à cama. um em cada quatro deles não o silenciam durante o sono, fazendo com que um em cada dez relate ser acordado algumas vezes na semana com notificações.

É pior ao usar o celular em pé, ou sentado, pois a cabeça fica baixa e põe-se muita atividade nos braços. “isso propicia crises de dor nevrálgica no pescoço, que pode irradiar para um braço”, diz maurício marteleto Filho, da Sociedade brasileira de Ortopedia e traumatologia.

este é o nome da doença que veio com a era digital e retrata o medo de estar sem o celular. Levá-lo à cama pode sinalizar que o indivíduo sofre da necessidade de ver mensagens a cada minuto. “Ocorrem no cérebro as mesmas reações que decorrem do uso de algumas drogas”, conta Sallem.

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sala de espera por Letícia Ronche

o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (tdAh) é conhecido nas crianças, porém estima-se que 5% dos adultos sofram dele. “os principais sinais são falta de atenção e impulsividade em níveis além do comum”, conta o psiquiatra Paulo Mattos, membro do Instituto d’or de Pesquisa e ensino (RJ). Adultos não apresentam hiperatividade motora como crianças, eles têm excesso de atividades. o tdAh pode se associar a consequências negativas em diferentes áreas. Por exemplo, esses adultos estão mais suscetíveis a sofrer acidentes ou têm maior incidência de depressão e ansiedade. o diagnóstico é clínico com base em entrevista. e o tratamento farmacológico emprega os mesmos medicamentos em diferentes fases da vida. A primeira escolha são os psicoestimulantes, que reduzem os sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade.

Saber médicoHiperatividade que afeta até os adultos

O melhor da vida

Ganhamos maior

expectativa de vida e

queremos usufruir esses

anos da melhor forma. Boa

saúde é um componente

fundamental nessa

equação. Os benefícios de

uma alimentação adequada,

de evitarmos o tabaco e

o consumo excessivo de

álcool são conhecidos. E

quanto ao exercício físico?

Recentemente a literatura

médica aponta que para

ganharmos vida com

qualidade basta termos

uma rotina de exercícios de

baixa a média intensidade.

Algo como 30 minutos de

caminhada simples ao dia

tem sido associado a um

aumento de expectativa de

vida de sete anos, devido à

proteção cardíaca e redução

do risco de surgimento de

tumores. Para que essa

rotina seja ainda mais

aprazível, temos que zelar

pela qualidade das calçadas

e da sinalização voltadas à

segurança dos pedestres.

Parques, praças bem

cuidadas e calçadas seguras

são importantes políticas

de saúde e nos propiciam

aproveitarmos a cidade e a

vida em comunidade.

Tomar a pílula anticoncepcional junto com antibiótico pode cortar ou reduzir o efeito contraceptivo. Isso porque os dois remédios competem no corpo, saindo ambos prejudicados

FLáViA FAiRbAnkS, gineCOLOgiStA (SP)

5 informações para evitar a remoção do úteroHisterectomia é o nome da cirurgia para esse fim. Mas é possível se prevenir:

1. os miomas são responsáveis por 70% das cirurgias. no entanto, mais da metade das mulheres que os têm ainda não sabem disso, pois eles são assintomáticos. A identificação é obtida por meio do exame de ultrassom rotineiro.

2. se não há dor, sangramento, desconforto ou não estão associados à infertilidade, as mulheres podem conviver com miomas e checá-los de seis em seis meses.

3. só não há escapatória quando há um câncer invasivo no útero ou no colo uterino, úteros com múltiplos miomas, hiperplasia endometrial e câncer de ovário.

4. situações causadoras de dor, endometriose e queda do útero (prolapso uterino) têm a indicação de cirurgia discutível.

5. A histerectomia, mesmo se for bem indicada e realizada dentro de técnica apurada, deve ser o último recurso médico.

PAulO SAldivA

é diretor doInstituto

de EstudosAvançados daUniversidadede São Paulo

(IEA-USP).

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APóS A retirAdA dO SiSOeles são na verdade os terceiros molares, e aparecem por volta dos 18 e 20 anos de idade. “Os sisos surgem em ambos os lados nas arcadas superior e inferior dos maxilares. Normalmente, erupcionam, mas há casos em que podem não nascer por estar inclusos em um osso ou na gengiva, ou serem ausentes”, informa José Flávio torezan, membro do Colégio Brasileiro de Cirurgia e traumatologia Bucomaxilofaciais (SP).

dos casos de acne severa estão correlacionados à

síndrome dos ovários

policísticos (SOP)

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O Que COMer NeSte PeríOdO

Em prol de doença raraO Garoto do Cachecol

Vermelho (ed. verus) é um romance que promete encantar os leitores e

desempenha um papel pela conscientização sobre uma doença rara e sem cura, a

esclerose Lateral Amiotrófica (eLA). Parte das vendas do

livro é doada à ABreLA*. À venda por r$ 32,90

os dentes superiores geralmente apresentam um pós-operatório bastante tranquilo, porém os inferiores quase sempre causam incômodo.

É bastante comum a indicação de extração dos dentes do siso. e ela pode acontecer já a partir dos 12 anos de idade, quando o dente está em formação.

no entanto, em casos em que a arcada dentária comporte esse dente, não é necessário retirá-lo.

Quando não há espaço, não tem jeito. o dente tem que ser retirado para não acumular placa bacteriana na região e nem nos dentes adjacentes.

esteja preparado para um possível processo inflamatórios chamado alveolite ou alvéolo seco, que é quando o coágulo da cavidade onde o dente estava alojado se desfaz e o osso fica exposto.

É necessário evitar grãos duros, como pistache, amendoim, pipoca, nozes e grãos, pois podem entrar na ferida cirúrgica e atrapalhar a cicatrização.

48 HOrAS dePOiS: dieta líquida ou pastosa, fria ou morna. não há necessidade de alimentos congelados, como sorvete. Mas ele pode ser ingerido, bem como milk- -shake, sucos não cítricos, sopas mornas, mingau, iogurte e vitaminas batidas.

dePOiS: gradativamente vá aderindo a uma dieta pastosa, com massas um pouco mais cozidas.

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