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ANO II N O 15 NOVEMBRO/DEZEMBRO 2007 PUBLICAÇÃO DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS Econômico Economy 580/2004-DR/GO UFG BRASIL CORREIOS A Universidade Federal de Goiás experimen- tou durante este ano de 2007 um intenso crescimento. O empenho da comunidade uni- versitária – professores, técnicos-administra- tivos, estudantes e gestores – possibilitou am- pliar os investimentos em obras de infra-es- trutura e em projetos e atividades de ensi- no, pesquisa e extensão, com a busca de par- cerias e otimização de recursos. As ações afirmativas e de inclusão social, bem como a formação docente e dos servidores, merece- ram especial atenção da instituição nesse período. Ao completar 47 anos, a UFG en- contra-se madura para enfrentar os desafi- os que são postos a cada dia às Instituições Federais de Ensino Superior e também para continuar investindo na sua expansão. Págs. 12 e 13 UFG 2007 Saldo de crescimento Vestibular testa mudanças em questões objetivas Pág. 3 MEC aprova proposta da UFG para o Reuni Pág. 5 Bem-estar do servidor em pauta na Universidade Págs. 8 e 9 Carlos Siqueira

Saldo de crescimento - ufg.br · questões objetivas Pág. 3 MEC aprova proposta da UFG para o Reuni Pág. 5 Bem-estar do servidor em pauta na Universidade Págs. 8 e 9 Carlos Siqueira

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Page 1: Saldo de crescimento - ufg.br · questões objetivas Pág. 3 MEC aprova proposta da UFG para o Reuni Pág. 5 Bem-estar do servidor em pauta na Universidade Págs. 8 e 9 Carlos Siqueira

ANO II NO 15 NOVEMBRO/DEZEMBRO 2007

PUBLICAÇÃO DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

EconômicoEconomy

580/2004-DR/GOUFG

BRASILCORREIOS

A Universidade Federal de Goiás experimen-tou durante este ano de 2007 um intensocrescimento. O empenho da comunidade uni-versitária – professores, técnicos-administra-tivos, estudantes e gestores – possibilitou am-pliar os investimentos em obras de infra-es-trutura e em projetos e atividades de ensi-no, pesquisa e extensão, com a busca de par-cerias e otimização de recursos. As açõesafirmativas e de inclusão social, bem como aformação docente e dos servidores, merece-ram especial atenção da instituição nesseperíodo. Ao completar 47 anos, a UFG en-contra-se madura para enfrentar os desafi-os que são postos a cada dia às InstituiçõesFederais de Ensino Superior e também paracontinuar investindo na sua expansão.

Págs. 12 e 13

UFG 2007

Saldo decrescimento

Vestibular testamudanças em

questões objetivasPág. 3

MEC aprovaproposta da

UFG para o ReuniPág. 5

Bem-estar doservidor em pautana Universidade

Págs. 8 e 9

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2 Goiânia, novembro/dezembro de 2007OPINIÃO

PUBLICAÇÃO DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃODA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ANO II – NO 15 – NOVEMBRO/DEZEMBRO 2007

Jornal UFGAssessor de imprensa e editor-geral: Magno Medeiros; Editora executiva:Silvana Coleta Santos Pereira; Editora assistente: Silvânia de Cássia Lima;Conselho Editorial: Angelita Pereira, Goiamérico Felício Santos, Maria dasGraças Castro, Silvana Coleta Santos Pereira, Venerando Ribeiro de Campos,Mercês Pietsch Cunha Mendonça; Suplentes: Valéria Maria Soledade deAlmeida e Ellen Synthia Fernandes de Oliveira; Revisão de texto: AnaPaula Ribeiro Lopes; Projeto gráfico e editoração: Cleomar GomesNogueira; Fotografia: Carlos Siqueira; Repórteres: Alfredo Mergulhãoe Maria Glória Alves da Silva; Bolsistas de Jornalismo: Vinícius Batista,Ana Paula Vieira, Ana Flávia Alberton, Carollyne Almeida, José EduardoUmbelino, Mayara Jordana, Pedro Ivo Freire; Bolsistas de DesignGráfico: André Fernandes, Antonio Caixeta e Wesley Rodrigues;Colaboração: Maria das Graças Gonçalves, Thalízia Souza e Rose Mendes;Equipe administrativa: Amália Magalhães e Leny Borges

Impressão: Centro Editorial e Gráfico da UFG (Cegraf)

ASCOM – Reitoria da UFG – Câmpus SamambaiaC.P.: 131 – CEP 74001-970 – Goiânia – GO

Tel.: (62) 3521-1310 /3521-1311Fax: (62) 3521-1169

www.ufg.br – [email protected]

ReitorProf. Edward Madureira Brasil

Vice-reitorProf. Benedito Ferreira Marques

Pró-reitora de GraduaçãoProfa. Sandramara Matias Chaves

Pró-reitora de Pesquisa e Pós-GraduaçãoProfa. Divina das Dores de Paula Cardoso

Pró-reitor de Extensão e CulturaProf. Anselmo Pessoa Neto

Pró-reitor de Administração e FinançasProf. Orlando Afonso Valle do Amaral

Pró-reitor de Desenvolvimento Institucional eRecursos Humanos

Prof. Jeblin Antônio AbraãoPró-reitor de Assuntos da Comunidade Universitária

Cirurgião-dentista Ernando Melo Filizzola

Recital pro-movido pela Escolade Música e ArtesCênicas (Emac),em 28 de novem-bro, marcou o en-cerramento dasatividades de está-g io do curso deEducação Musical.O evento teve a in-tenção de mostraros resultados dostrabalhos desen-volvidos por esta-giários em entida-des sociais e esco-las públicas e particulares. O traba-lho de estágio, coordenado pela pro-fessora Flávia Cruvinel, envolve as se-guintes instituições: Associação Pes-talozzi, Colégio Pedro Gomes, Centrode Ensino e Pesquisa Aplicada à Edu-

Engenharia de SegurançaDois oficiais da Companhia do

Corpo de Bombeiros ministraram trei-namento sobre combate a incêndiose primeiros socorros em casos de aci-dentes com eletricidade, para alunosda disciplina Engenharia de Seguran-ça do curso de Engenharia Elétricada UFG. O treinamento, que tambémfoi extensivo a servidores da Escolade Engenharia Elétrica e da Compu-tação, é uma exigência do Ministériodo Trabalho.

40 anos do IPTSPOs 40 anos do Instituto de Patolo-

gia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) daUFG foram comemorados com a realiza-ção do VI Seminário em Patologia Tropi-cal e Saúde Pública, aberto pela direto-ra Regina Maria Bringel Martins queapresentou o conferencista JoaquimCaetano de Almeida Netto, que fez umhistórico da casa, no final de novem-

Educação pela Música

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Expansãoestratégica da UFG

A Comissão de Homologação do Ministério da Educaçãoaprovou sem ressalva, no último dia 27 de novembro, a pro-posta da UFG apresentada ao Programa de Apoio a Planosde Reestruturação e Expansão das Universidades Federais(Reuni), instituído pelo governo federal.

Homologado o projeto, a UFG agora aguarda a liberaçãode recursos da ordem de R$ 13 milhões para a execução deobras de infra-estrutura física, para a contratação de profes-sores e servidores técnico-administrativos e assistência es-tudantil. Esses recursos constituem o aporte inicial por par-te do governo federal para a viabilização do Reuni UFG, queprevê a criação de 29 novos cursos e a abertura de 22 novasturmas nos já existentes, além de ampliação de vagas nosatuais cursos de graduação.

Neste mês de dezembro, os reitores das universidadesfederais que tiveram seus projetos de expansão homologadospelo MEC vão se reunir, em Brasília, para a assinatura deum termo de cooperação institucional. O objetivo é estreitaros laços de colaboração política, acadêmica e administrativanesta fase de implementação dos planos de reestruturação eexpansão das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes).

Em 2008, a UFG viverá um momento ímpar em sua his-tória, uma vez que estará projetando o seu futuro acadêmico,científico e administrativo. Isso implica um planejamentosério, detalhado e rigoroso das várias etapas do processo decriação e ampliação de vagas na Universidade. Será neces-sário, pois, calcular e avaliar, com ponderação, as obras queserão erguidas para garantir as condições físicas necessári-as (salas de aula, laboratórios, auditórios etc). Isso implica,ainda, dimensionar, com precisão, a quantidade, a qualidadee a especificação técnica dos equipamentos laboratoriais queserão adquiridos.

A UFG abrirá em 2008 vários concursos públicos para acontratação de docentes e servidores técnico-administrati-vos. Serão contratados cerca de 500 novos docentes e 300servidores técnico-administrativos. Esse significativo acrés-cimo em nosso quadro de pessoal, além de garantir a quali-dade da expansão projetada, possibilitará também a amplia-ção das atividades de pesquisa e abertura de novos cursos depós-graduação.

A expansão prevista demandará também a elaboração deprojetos pedagógicos dos novos cursos, muitos dos quaisinexistentes no Estado Goiás. As unidades acadêmicas te-rão, certamente, intenso trabalho para montar uma estrutu-ra pedagógica moderna e adequada às exigências educacio-nais e profissionais dos respectivos cursos. A Universidade,sintonizada com as demandas sociais, vai construir projetospedagógicos consistentes, com estruturas curriculares flexí-veis e comprometidas com uma formação humanística, éti-ca e cidadã.

O ano que se inicia será, com certeza, um dos mais desa-fiadores na história da UFG. Certamente, 2008 ficará marcadocomo um ano de planejamento estratégico, a partir do qual se-rão lançadas as bases para uma expansão sustentável da insti-tuição. A UFG, mais do que nunca, está pronta para crescer e,por conseguinte, estruturada para garantir maior democrati-zação de acesso à universidade pública.

Edward Madureira BrasilReitor da UFG

bro. O IPTSP consolidou-se como re-ferência de ensino e pesquisa em do-enças tropicais no cenário nacionale internacional. É formado por umvasto corpo docente em várias áreasdo conhecimento, como biólogos, bi-omédicos, bioquímicos, enfermeiros,farmacêuticos, médicos, odontólogose veterinários.

cação (Cepae), Centro de Tradição eCultura de Goiás, Projeto Tenda doCaminho, Centro de Referência daAssistência Social da Vila Redenção,Externato São José e Colégio Poli-vante.

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3Goiânia, novembro/dezembro de 2007 SELEÇÃO

A nova pro-posta acrescentadaao projeto ‘UFG Inclui’,que pede a reserva de co-tas para negros, índios equilombolas na universidade, de-verá ser discutida em mais dois semi-nários. O primeiro está previsto para de-zembro e o último para o início do próximoano, de acordo com a pró-reitora de Gra-duação Sandramara Matias Chaves.

vestibular é um mo-mento esperado porgrande parte dos alu-

nos que concluíram o ensinomédio. Neste ano, o processoseletivo da Universidade Fe-deral de Goiás (UFG) totalizou28.960 inscritos que concor-rem a 3.963 vagas divididasem 92 cursos de graduação.Medicina foi o curso maisconcorrido, com 34,41 candi-datos por vaga, seguido deDireito (26,47), Administra-ção (25,10) e Psicologia(22,54). O processo seletivoadotado pela instituição para2008 sofreu alterações.

Uma das mudançasmais comentadas entre osvestibulandos foi a inclusãode questões interdisciplina-res. A primeira fase da pro-va, realizada no dia 18 denovembro, foi composta por90 questões objetivas, e novedelas relacionavam conteúdode mais de uma área de co-nhecimento específico. A pre-sidente em exercício do Cen-tro de Seleção (CS) da UFG,Luciana Freire, explica que amudança foi efetivada depoisde uma discussão realizadaentre o CS, professores daUFG e de ensino médio, ain-da durante o primeiro semes-tre deste ano. Segundo a pro-fessora, a interdisciplinarida-de é uma orientação curricu-lar nacional e que, de certaforma, já era aplicada ao pro-cesso seletivo, pois não hámaneiras de se pensar sepa-rando os conhecimentos poráreas específicas.

A pontuação máxima dasegunda fase também foi al-terada. Até ano passado, oscandidatos poderiam somar210 pontos e agora apenas180. Luciana destaca que to-das as mudanças foram pen-sadas para auxiliar o candi-dato na realização de umaprova mais tranqüila. “O tem-po de prova continua o mes-mo, o Centro de Seleção di-minuiu o número de ques-tões e fez algumas altera-ções na combinação das dis-ciplinas realizadas na se-gunda fase, pois acreditaque era muito pesado parao candidato realizar as pro-vas de português, literaturae redação no mesmo dia”,comenta a professora.

A partir do vestibular2008, apenas os candidatosao curso de Música farão averificação de habilidades econhecimentos específicos.Artes Visuais e Design deModa não exigirão o teste. Adecisão foi da Faculdade deArtes Visuais (FAV), que afir-ma que os alunos devem seravaliados da mesma formaque os candidatos a cursos deoutras unidades acadêmicas.

Também foram criadoscinco novos cursos no interi-

Vestibular 2008 testa interdisciplinaridadeCANDIDATOS EXPERIMENTAM NOVAS QUESTÕES, COMBINAÇÕES DE PROVAS E ESQUEMA DE SEGURANÇA REFORÇADO

or. Em Jataí, Ciências da Com-putação e Enfermagem, amboscom 30 vagas. Já em Catalão,Engenharia Civil, Engenhariade Minas e Engenharia de Pro-dução, com 40 vagas cada um.Pela primeira vez, o candidatopôde escolher em qual sede daUFG – Goiânia, Jataí, Cidadede Goiás e Catalão – realizariaa prova, independente do lo-cal do seu curso.

O manual do candidatoesclarece que a universidade,por meio do processo seleti-vo, seleciona candidatos quetenham um perfil de alunocom capacidade de leitura ecompreensão do mundo e que

‘UFG Inclui’ terá mais dois seminários

saiba aplicar o conhecimentoadquirido em sala de aula.

Vestibulandos – A candidataa uma vaga no curso de Me-dicina Veterinária, RenataGuimarães, aprovou o siste-ma de interdisciplinaridade.“Ao introduzir conhecimentosde várias áreas em uma mes-ma questão, fica mais fácilresolver a prova, pois assimos candidatos têm acesso amais informações, gráficos etabelas”. Renata, que pelasegunda vez tenta ingressarna universidade, completoudizendo que a prova da pri-meira fase do vestibular 2008

H a v i asido aprovada, pela

Câmara de Graduação, areserva de 20% na primeira fase

do vestibular e bônus de 8% na se-gunda etapa para alunos provenientes de

escolas públicas. Professores, grupos do Movi-mento Negro e Conexões de Saberes elaboraram um

projeto propondo, desde já, a parcela de cotas pretendidas.O processo foi interrompido para novas discussões.

“Foi apresentado um projeto diferente do que foi proposto inicialmen-te. Nossa idéia é de fazer inclusão social, mas não por cotas raciais ou qualquer

outra forma similar. Estamos priorizando a entrada de alunos de escola pública nauniversidade”, disse a pró-reitora. Ela acredita que, dessa forma, a questão étnico-racial também será contemplada. Após os seminários, o novo projeto será avaliadoe encaminhado para aprovação das instâncias máximas da instituição.

estava mais difícil do que noprocesso seletivo passado.

Wanessa Barreto, candi-data ao curso de Nutrição,também aprovou o sistema deinterdisciplinaridade, masafirma que as questões esta-vam confusas e abertas a in-terpretações diversas. “A pro-va interdisciplinar é interes-sante, pois o conhecimento einformação de áreas diversasajudam na resolução do exer-cício. O problema é que asquestões interdisciplinares daprimeira fase estavam mal-elaboradas, o sistema de in-terdisciplinaridade não foibem aplicado e pode ter pre-

judicado muita gente”, escla-receu Wanessa.

A segurança também foiassunto abordado pelos can-didatos. O fato de não se po-der entrar com relógios, celu-lares, agendas eletrônicas,gravadores, calculadoras,óculos escuros, bonés e ou-tros, diminui a chance defraude. Fiscais utilizaram de-tectores de metais para notarqualquer irregularidade.Quase 2500 pessoas traba-lharam para garantir a lisurae a segurança do processo. Aequipe foi formada pelas po-lícias Federal, Militar e Téc-nica, supervisores, coordena-dores, aplicadores de provase pessoal de apoio.

Centro de Seleção - O CSnão é responsável somentepelos processos seletivos parao ingresso aos cursos de gra-duação da UFG. Durante oano de 2007, o CS se consoli-dou na realização e organiza-ção de concursos no estadode Goiás. O aumento do nú-mero de candidatos ao vesti-bular, juntamente com a de-manda por concursos públi-cos, permitiu que o CS aper-feiçoasse os critérios e proce-dimentos para a realizaçãodesses concursos. Esta estru-tura está à disposição de ór-gãos públicos municipais, es-taduais e federais, de empre-sas públicas e privadas, deuniversidades e faculdadesisoladas, para oferecer umserviço de qualidade.

(Ana Flávia Alberton)

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Na primeira fase do processo seletivo, os estudantes resolveram questões objetivas que relacionavamconteúdo de mais de uma área de conhecimento específico, que já é uma orientação curricular nacional

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4 Goiânia, novembro/dezembro de 2007EVENTOS

I Encontro Centro-Oeste de Moda foi rea-lizado na Faculdade de

Artes Visuais (FAV) da Univer-sidade Federal de Goiás(UFG), entre os dias 29 e 31de outubro, por meio de umaparceria realizada entre o cur-so de Design de Moda da UFGe o curso de Tecnologia emDesign de Moda da Universi-dade Estadual de Goiás(UEG). O evento,que teve aintenção de divulgar e apoi-ar os novos profissionais doramo ,desenvolveu ativida-des diversas como pales-tras, mesas-redondas e gru-pos de comunicação. Houvetambém desfiles e um con-curso de moda.

Durante o encontro, aempresa Santana Textil doBrasil, que realiza uma pro-gramação de divulgação deconhecimentos no ramo deconfecções, participou doevento com a palestra “Eco-logia humana”, proferida pelacoordenadora do Núcleo deModa da Faculdade Boa Via-gem, de Recife (PE), Ana Pau-la Miranda. A palestrante fa-lou sobre a produção de rou-pas e acessórios aliada aomanejo sustentável dos re-cursos naturais e explicouque ecologia humana signifi-ca produzir com respeito aomeio ambiente, a eliminaçãodo desperdício, o equilíbrio noconsumo e um pagamentojusto pelo objeto produzido.

A partir da relação em-presa e universidade, estu-dantes de Design de Moda daUFG foram convidados a par-ticiparem do programa daSantana Textil do Brasil ti-rando fotos de empresas goi-anas que se preocupam coma natureza. As fotos dos es-tudantes irão alimentar o site

A I Jornada Jurídica da Fa-culdade de Direito da UFG, naCidade de Goiás, ocorreu de 25a 28 de outubro O tema “Direitoe Sociedade” foi debatido emmesas-redondas e palestrascom professores das Universi-dades Federal do Tocantins(UFT), do Vale do Rio dos Sinos(Unisinos) e membros do Minis-tério da Justiça e do Tribunal deJustiça de São Paulo. Segundo ocoordenador do evento, José doCarmo Alves Siqueira, a progra-mação possuía uma relação dire-ta com as disciplinas de Direitoministradas na UFG. O projeto éintensificar o processo de for-

Encontro discute moda da região Centro-OesteCURSOS DE DESIGN DE MODA DA UFG E UEG REALIZAM PALESTRAS E DESFILES SOBRE OS TEMAS DO MERCADO

da empresa. Uma das coor-denadoras do I Encontro Cen-tro-Oeste de Moda, MíriamManso, ressaltou que a pri-meira edição do evento foiimportante pela variedade deassuntos abordados nas pa-lestras e grupos de comuni-cação. Além disso, a profes-sora destacou a qualidadedos desfiles realizados no IConcurso de Novos Talentosdo Centro-Oeste, que encer-rou a programação do evento.

O concurso teve como te-mática a “Marcha para o Oes-te”, no qual profissionais e es-tudantes de moda trabalha-ram as características da re-gião central do país aliadas àprodução de roupas. Os trêsprimeiros lugares foram pre-miados. O estudante de Designde Moda da UFG Kleyson Bas-tos Nascimento, recebeu umprêmio de 1,5 mil reais. FoiThaís Martins Maciel, gradua-

da em Desing de Moda pelaUFG, a premiada com a quan-tia de mil reais O terceiro co-locado foi a estudante do se-gundo período de Design deModa, também da UFG, IaraGerônima Santana, que rece-beu 500 reais.

A professora MíriamManso explicou que os trêslooks apresentados pelos alu-nos no desfile foram muitobons. Segundo a professora,os vencedores trabalharambem a questão do contexto daregionalização da moda, en-fatizando recursos naturaiscomo ouro, e a saga dos ban-deirantes, além de produzi-rem estilos compatíveis aosexigidos para a comercializa-ção. Cerca de 200 pessoasparticiparam do evento que,segundo Mírian Manso, teráoutras edições.

(Ana Flávia Alberton eMayara Jordana)

I Jornada Jurídica na Cidade de Goiás

A XIII Semana de CiênciasSociais aconteceu nos dias 12,13e 14 de novembro e movimentoua Faculdade de Ciências Humanase Filosofia (FCHF) da UFG. A edi-ção do evento trouxe como novi-dade uma extensa programaçãocultural, com apresentações mu-sicais, feira gastronômica e de ar-tesanato. Outra novidade em re-lação às edições anteriores foi aampla participação dos estudan-tes, que formaram um grupo demonitoria. O objetivo principal daSemana foi traçar novas dimen-sões para as Ciências Sociais,redefinindo sua relação com asoutras disciplinas. Por isso o temaescolhido foi “Sem Fronteiras”. Avice-coordenadora das atividades,professora Heloísa Dias, disse queas Ciências Sociais devem ser en-tendidas como disciplinas semfronteiras, que se relacionam

XIII Semana de Ciências Sociais

mação dos estudantes. O eventofoi aberto para todos que se inte-ressassem, contando com a par-ticipação de estudantes de facul-dades privadas e de liderançaslocais. Foram cerca de 170 ins-crições e 200 participantes.

A I Jornada Jurídica foiuma vitrine para a divulgação docurso de Direito da Cidade deGoiás. Os parceiros da realizaçãoforam o Ministério do Desenvol-vimento Agrícola (MDA), a Uni-versidade Estadual de Goiás(UEG), a Agência Goiana de Cul-tura (Agepel), a Ordem dos Advo-gados do Brasil (OAB) e o CentroAcadêmico XI de Maio (Caxim).

com todas as outras. Um sinaldessa nova abordagem foi a gran-de participação de professores eprofissionais de outros cursosdurante a Semana. As professo-ras Ana Rita Vidica e Lisbeth Oli-veira, da Faculdade de Comuni-cação e Biblioteconomia (Fa-comb), ofereceram no dia 12 aoficina “Fotos pelo furo de umaagulha”, sobre técnicas de pro-dução artesanal de fotografias. Amesa-redonda sobre a cidade deGoiânia atraiu a atenção de mui-tos. O evento contou ainda comprofessores da Faculdade de Le-tras. Heloísa informou que o pro-jeto para o próximo ano é de umEncontro Regional de CiênciasSociais, com a participação daUniversidade de Brasília (UnB) ede outros campos de estudo daregião.

(José Eduardo Umbelino)

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ODurante o 32º Festival de Música Nacional, promovido

pela Escola de Música e Artes Cênicas (Emac), amusicoterapeuta Lílian Engelmann Coelho ministrou ominicurso “Possíveis leituras das 64 técnicas clínicas deBruscia”. O objetivo do curso foi apresentar o material teóricoelaborado pelo musicoterapeuta estadunidense, KennethBruscia, sobre diversas técnicas de improvisação e processode descrição e análise na atuação clínica. Além da teoria, aconvidada demonstrou a questão prática sobre o repertório detécnicas.

A iniciativa representou o esforço de se divulgar esedimentar a Musicoterapia no cenário universitário. LíliamCoelho entende que o desenvolvimento dessas técnicas e suaassimilação auxiliam a criar parâmetros para a profissão. Éuma forma de tornar as técnicas mais científicas e de ajudaros profissionais a ter uma metodologia mais rígida, gerandomaior credibilidade e maior precisão.

Esses são valores importantes para a Musicoterapia, quetrava uma grande batalha pela regulamentação. O projetoLei nº 025, de 2005, já foi encaminhado à Comissão de As-suntos Sociais (CAS) no Senado Federal. A Senadora LúciaVânia (PSDB-GO) é a relatora do projeto, e tem participadodas movimentações em favor dos profissionais. Segundo acoordenadora do curso, professora Eliamar Fleury, os bene-fícios da regulamentação centram-se, especialmente, no cui-dado ao uso indevido da música em situações e com pessoasque requerem atenção especializada. Eliamar frisa que, quan-do utilizada por pessoas não especializadas, a música podesurtir efeitos negativos sobre os pacientes.

A primeira turma do curso de Musicoterapia da Emac daUFG iniciou-se em 1999. Ao explorar as potencialidades clí-nicas da música, a profissão desenvolve um caráter multidis-ciplinar. Devido a isso, seu corpo docente conta não apenascom professores da própria Emac, como também do Institutode Ciências Biológicas (ICB) e das Faculdades de Medicina,Enfermagem, Educação e Educação Física.

(José Eduardo Umbelino)

Musicoterapia luta por regulamentação

O evento foi prestigiado por um público diversificado quecompareceu em grande número

Repetidos aplausos deram mostra da aprovação da coleção “Marcha para o Oeste” pelos presentes

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5Goiânia, novembro/dezembro de 2007 INSTITUCIONAL

proposta de adesão daUniversidade Federalde Goiás (UFG) ao Pro-

grama de Apoio a Planos deReestruturação e Expansãodas Universidades Federais(Reuni) foi aprovada pelo Mi-nistério da Educação (MEC).A Comissão de Homologaçãodo MEC, da qual faz parte opró-reitor de Administração eFinanças da UFG, professorOrlando Afonso Valle do Ama-ral, reuniu-se no dia 27 denovembro, em Brasília, eaprovou na íntegra o projetoenviado pela instituição, nofinal do mês de outubro.

Agora, a UFG aguarda aliberação de R$ 13 milhões,previstos para estarem dispo-

MEC aprova projeto da UFG ao ReuniA Comissão deHomologação do Ministérioda Educação (MEC)aprovou, na íntegra, oprojeto de reestruturação eexpansão da UFG. Agora,a instituição aguarda aliberação de R$ 13milhões para a execuçãode obras de infra-estrutura e para acontratação de pessoal.

níveis no próximo mês de ja-neiro. O montante será gastopara dar as condições neces-sárias à criação dos 29 novoscursos e a abertura das 22novas turmas nos já existen-tes, no ano de 2009, confor-me está previsto no projeto.

De acordo com o pró-rei-tor, os recursos de investi-mento serão aplicados naconstrução de blocos de sa-las de aulas, gabinetes deprofessores e laboratórios, ena aquisição de novos equi-pamentos. Também está pre-

garantir maior democratiza-ção de acesso à Universida-de. Acrescentou que o plane-jamento das obras de infra-estrutura e das contrataçõesocorrerá em 2008.

No mês de dezembro osreitores das universidadesque tiveram seus projetosde adesão ao Reuni homo-logados pelo MEC irão sereunir, em Brasília, para aassinatura de um termo decooperação entre as insti-tuições, que visa ajuda mú-tua na fase de aplicação dosprogramas de expansão. Opresidente Luís Inácio Lulada Silva estará presente naocasião.

Outras 18 InstituiçõesFederais de Ensino Superi-or do país tiveram seus pro-jetos aprovados, entre elasa Universidade Federal deMinas Gerais (UFMG), aUnivers idade Federal dePernambuco (UFPE) e a Uni-versidade Federal do Tocan-tins (UFTO). A Comissão deHomologação do MEC con-t inuará se reunindo emBrasília para avaliar as pro-postas de adesão das uni-versidades restantes.

(Alfredo Mergulhão)

vista a realização de concur-so público para a contrataçãode docentes e servidores téc-nico-administrativos.

O reitor da UFG, profes-sor Edward Madureira Brasil,afirmou que a instituiçãoestá pronta para crescer e

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A UFG está entre as instituições federais de ensino superior (Ifes) que já tiveram seusprojetos do Reuni aprovados para início em 2008

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6 Goiânia, novembro/dezembro de 2007

O prefeito de Goiânia,Íris Rezende, e o SecretárioMunicipal de Saúde, PauloRassi, visitaram o Hospitaldas Clínicas (HC) da UFG noúltimo dia 7 de novembro,para um encontro com o rei-tor da UFG, Edward Madurei-ra Brasil, e o diretor técnicodo HC, Luís Arantes Resen-de, que representou o diretorgeral, José Garcia Neto.

Na oportunidade, o rei-tor Edward Brasil solicitou oapoio do prefeito Íris Rezendepara conseguir, com o gover-no federal, a aprovação de vá-rios projetos referentes ao HCque se encontram em fase deavaliação pela equipe técnicada Secretaria de Atenção àSaúde (SAS), do Ministério daSaúde (MS). As propostas en-viadas pelo reitor aos minis-térios da Educação e da Saú-de prevêem reformas em vá-rios setores do HC, como aClínica Cirúrgica, UTI Cirúr-gica e Endoscopia, a aquisi-ção de equipamentos para os

Prefeito e Secretário Municipal de Saúde de Goiânia visitam o Hospital das Clínicassetores de Radiologia, Cen-tro Cirúrgico, Clínica Médica,Farmácia, Pronto Atendimen-to Infantil, Ambulatório deOtorrinolaringologia e Hemo-diálise – esse último já apro-vado tecnicamente pela SASe aguardando parecer final -,além da construção de umaárea de 364 m2 onde deveráfuncionar um ambulatório

para atender os portadoresde Anemia Falciforme.

Ao todo, foram elabora-dos 23 projetos para o HC,que aguardam a aprovação dogoverno federal e, caso se-jam aprovados, somam maisde 12 milhões de reais emrecursos que deverão ser li-berados pelo Fundo Nacio-nal de Saúde.

O reitor Edward Brasilsaiu confiante da reunião como prefeito, à quem expôs anecessidade de investimen-tos no HC para solucionar osatuais problemas enfrentadospelo hospital, como os deinfra-estrutura e o quadro re-duzido de funcionários, e res-saltou a importância dasemendas parlamentares paraa aprovação das propostas. “Oprefeito é um profundo conhe-cedor do hospital, sabe dosproblemas e necessidades doHC como também do potenci-al desse hospital para a re-gião de Goiás, portanto acre-dito que muitas ações pode-rão ser desenvolvidas com osministérios da Educação e daSaúde e apoio da Prefeitura”,afirmou.

O prefeito Íris Rezendegarantiu ao reitor o apoiopara os projetos apresentadose disse que pretende buscaruma parceria da Prefeituracom os governos estadual efederal para atender às ne-

cessidades do HC. “Goiâniase tornou hoje um centro depesquisa médica devido aotrabalho desenvolvido noHospital das Clínicas, quetem socorrido milhares depessoas em Goiânia. Portan-to, a prefeitura de Goiâniaserá solidária com a propos-ta e propõe viabilizar umaparceria com o governo fede-ral na tentativa de conseguiresses recursos”, salientou. Oprefeito também confirmou,durante a reunião, o custeiodo asfalto do estacionamentoque se encontra próximo aoCentro de Referência em Of-talmologia (Cerof).

O secretário municipalde Saúde, Paulo Rassi, ressal-tou a importância desses pro-jetos para o HC e disse quea Prefeitura se empenharápara a viabilização dos recur-sos. Atualmente, cerca de 90profissionais da SMS traba-lham no HC, para tentar su-prir seu déficit de pessoal.

(Thalízia de Souza)

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m visita a Universida-de Federal de Goiás(UFG), no dia 22 de

novembro, o assessor de Pla-nejamento e Projetos Espe-ciais do Arquivo Nacional,Márcio André Médici, reali-zou uma reunião com servi-dores técnico-administrati-vos do Centro de Informaçãoe DocumentaçãoArquivísticas (Cidarq) da UFGpara falar sobre o programaMemórias Reveladas: Projetosde Organização, Preservação eDifusão de Acervos Públicos/Privados referentes às lutas po-líticas no Brasil (1964-1985).

O projeto possui o avalda Casa Civil da Presidênciada República e é uma propo-sição da Associação Culturaldo Arquivo Nacional ( ACAN)que é uma sociedade sem finslucrativos que beneficia o Ar-quivo Nacional. O objetivoprincipal é preservar o acer-vo de documentos dos anosde 64 a 85, que se referem aslutas políticas no Brasil, edesse modo, será criado umcentro de referência sobre aditadura militar.

A UFG é a única institui-ção de ensino superior parcei-ra do projeto, as demais sãoa Associação dos Arquivistasde São Paulo e sete arquivospúblicos estaduais – RS, PR,

A Universidade Federal de Goiás (UFG) ocupa a 14°posição no ranking das instituições brasileiras que publi-cam mais artigos científicos de impacto. Em primeiro lu-gar está o Instituto Butantan, seguido da UniversidadeFederal de São Paulo (Unifesp) e Universidade de São Pau-lo (USP). O dado é de pesquisa realizada no Web of Science,em Setembro de 2007, levando em consideração citaçõesentre 2005 e 2007 de artigos originais publicados em 2005.

Foram encontradas 345 citações dos 166 artigos pu-blicados pela UFG no período delimitado, uma média de2,08 citações por artigo analisado pela Web of Science. Noexterior, o ranking é liderado pela Universidade de Harvard,dos Estados Unidos, seguido da Universidade deCambridge, no Reino Unido e Universidade de Stanford,também dos Estados Unidos.

O Brasil é responsável por cerca de 2% da ciênciamundial. Ocupa o 15° lugar no ranking de países por pro-dutividade. Em termos qualitativos, está na 20° posição.Esses números foram publicados em pesquisa realizadapela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de NívelSuperior (Capes). No estudo, foram levados em considera-ção os trabalhos publicados em revistas científicasindexadas na base de dados do Instituto para InformaçãoCientífica (ISI).

A pesquisa no país enfrenta problemas como a faltade investimento na área, a burocracia para importação dematerial científico e leis que dificultam os estudos da bio-diversidade brasileira. Apesar disso, há centros de exce-lência que se destacam por desenvolver trabalhos de qua-lidade, como é o caso da USP, da Universidade de Campi-nas (Unicamp) e da própria UFG. (Ana Flávia Alberton)

Universidade é destaqueem produção científica

UFG integra banco do Arquivo NacionalACERVO DE DOCUMENTOS DO DOPS GOIÁS, DA ÉPOCA DA DITADURA

MILITAR, SERÁ LIGADO À REDE NACIONAL DE INFORMAÇÃO ACADÊMICASP, PE, MA, ES e RJ. Na uni-versidade existem documen-tos da Delegacia de OrdemPolítica e Social (Dops) doEstado de Goiás que remon-tam fatos do período de 1964a 1985, que estão sob a tute-la da UFG desde 1996, pormeio de convênio entre a Se-cretaria de Segurança Públi-ca de Goiás e a instituição. AUFG participa do projeto como subprojeto 8, que consistena organização, preservação,microfilmagem e digitalizaçãodo acervo do Dops Goiás.

A instituição possui novemetros lineares de documen-tos textuais, fotograf ias,dossiês. O assessor MárcioMédici ressaltou a importân-cia de divulgar o projeto emGoiás, pois se houver no es-tado alguém que possua nosseus arquivos pessoais docu-mentos da época da ditaduramilitar, esses podem ser doa-dos à UFG, que irá tratá-los eservirão ao banco de dados doArquivo Nacional.

A idéia do projeto daACAN é disponibilizar o aces-so ao público por meio de umportal que estará disponível apartir de abril do próximoano. O acesso vai depender derestrições compatíveis com aclassificação do documento.Por exemplo, de acordo como decreto sancionado pelopresidente Lula, os arquivosultra-secretos poderão serabertos somente após 30anos.

Durante essa primeirafase do projeto, o assessorMárcio Médici explicou aos ser-vidores técnico-administrati-vos do Cidarq como deverá serfeita a gestão administrativa doprojeto por parte das institui-ções detentoras dos arquivos.Nesta primeira fase do proje-to, o orçamento disponível é depouco mais de R$ 2 milhõesdistribuídos entre as nove ins-tituições, de acordo com aquantidade de documentos aserem tratados.

(Mayara Jordana)

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Márcio Médici, assessor doArquivo Nacinal, explicou oprojeto para servidores do

Centro de Informação eDocumentação Arquivísticas

(Cidarq) da UFG

Prefeito Iris Resende e o reitor Edward Brasil durante a visita

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7Goiânia, novembro/dezembro de 2007 RECURSOS HUMANOS

um grupo de pessoas quebuscam um objetivo comum.

Estela esclarece quecada empresa ou institui-ção deve elaborar o seu pró-prio plano de gestão. “Nãoé possível padronizar ou im-portar um modelo pronto,pois é preciso adaptar o pla-no à realidade da institui-ção. Ele deve ser constituí-do levando em consideraçãoa cultura e as característi-cas do contexto onde a em-presa está inserida”.

A palestrante explicouainda que a gerência na áreapública é mais complexa doque na área privada, já quenesta o lucro é muito visado.Na esfera pública, os interes-

ses são mais di fusos econflitantes, pois, além dosobstáculos burocráticos, osclientes são, ao mesmo tem-po, usuários e cidadãos.

Para que um profissionallide de forma satisfatória coma gestão de pessoas, é preci-so que ele tenha uma visão in-tegrada da organização, ouseja, percebê-la dentro de umcontexto maior, além de terfacilidade para o trabalho emequipe. Desta forma, o gestorestará preparado para lidarcom sucessivas mudanças degestão e para construir me-canismos efetivos de motiva-ção de servidores. Uma delasé a constante capacitação dosfuncionários.

Ética em destaque – Du-rante a palestra “Ética ecompromisso no serviço pú-blico federal”, o procurador-chefe da Procuradoria Fede-ral em Goiás (Agu), BrunoCezar da Luz Pontes, mos-trou a importância de se dis-cutir o tema de forma per-manente dentro das repar-tições públicas. Para ele, oservidor deve ter compro-misso com a inst i tu içãoonde trabalha, pois a leal-dade permite que o traba-lhador faça parte da empre-sa e essa atitude perpassao caminho da ética.

Bruno afirma que a éti-ca deve compor as pequenasatitudes tomadas dentro dos

I Seminário sobre Ges-tão de Pessoas na Uni-versidade Federal de

Goiás (UFG) ocorreu no dia 20de novembro no salão nobreda Faculdade de Direito. Oevento foi realizado pela Pró-reitoria de DesenvolvimentoInstitucional e Recursos Hu-manos (Prodirh), por meio doDepartamento de Desenvolvi-mento de Recursos Humanos(DDRH) e promoveu o debatea respeito de assuntos queenvolvem o gerenciamento depessoas.

O pró-reitor de Desen-volvimento Institucional e deRecursos Humanos, JeblinAbraão, explica que a UFGtrabalha pela integração e for-mação do servidor. “É preci-so pensar a universidadecomo um centro de qualida-de técnico-administrativa.Por trás do sucesso da insti-tuição está cada pessoa quenela trabalha, por isso, é im-portante o desenvolvimento deatividades que permitam aqualificação de nossos gesto-res”. O vice-reitor, BeneditoFerreira Marques, completa:“Administrar a universidadenão é só construir prédios econtratar servidores, é precisoqualificá-los e assim construiruma UFG cada vez melhor”.

A palestra “O papel doservidor público e a gestãode pessoas”, ministrada pelaprofessora do curso de Ad-ministração da UFG, EstelaNajberg, tratou da impor-tância de se organizar umplano de gestão de pessoas evalorizar a participação do ser-vidor nesse processo. Paraela, a gestão de pessoas é amaneira pela qual uma or-ganização gerencial orientao comportamento humanono ambiente de trabalho,com a intenção de conduzir

Seminário discute gestão de pessoas na UFGO EVENTO, MARCADO POR PALESTRAS E DEBATES, VISA A FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DOS SERVIDORES

departamentos. “Ética équestão do dia-a-dia, ela co-meça com atitudes como co-locar o papel na mesa certae discutir melhores cami-nhos para o futuro da insti-tuição”. Atitudes como corte-sia, cumprimento de regras eassiduidade devem fazer par-te da rotina do servidor, as-sim como outras atitudesprevistas no código de éticado servidor público.

Para o palestrante, o ser-vidor tem a obrigatoriedademoral de receber apenas oque lhe é devido, ou seja, nãoutilizar a estrutura públicapara atividades pessoais ebasear-se na verdade, mesmoque ela vá contra o interesseda instituição pública. “Seessas pequenas atitudes fos-sem cumpridas por todos, avisão que a sociedade tem doservidor seria diferente”. Bru-no Cezar apresentou pesqui-sas e mostrou que, para obrasileiro, o funcionário pú-blico trabalha menos do queé estipulado.

O seminário foi marcadopor duas apresentações cul-turais. Pela manhã, o estu-dante da Escola de Música eArtes Cênicas (Emac), Viní-cius Linhares e, à tarde, umgrupo formado por dois ser-vidores da UFG e um alunoda Emac tocaram sucessos damúsica nacional e composi-ções próprias.

Jeblin Abraão afirmaque a discussão sobre ges-tão de pessoas não se encer-rará com a realização do se-minário. “Isso não é um tra-balho conclusivo e sim maisuma aplicação de nosso tra-balho”. É característica dagestão da universidade o in-centivo à formação e capa-citação do servidor da UFG.

(Ana Flávia Alberton)

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O pró-reitor de Desenvolvimento Institucional e de Recursos Humanos, Jeblin Abraão, defendeu que a Universidade qualifique seus técnicos-administrativos

A professora Estela Najberg falou sobre a importância de valorizar a participação doservidor no plano de gestão de pessoas.O evento lotou o salão nobre da Faculdade de Direito

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8 Goiânia, novembro/dezembro de 2007SALUBRIDADE

Pró-reitoria de Assuntos da Comunidade Uni-versitária (Procom) da Universidade Federalde Goiás (UFG) desenvolve uma política so-

cial que contempla os estudantes com programasde assistência estudantil, tais como bolsa alimen-tação, bolsa permanência e moradia estudantil.Além disso, a Procom está comprometida com osservidores, na medida em que desenvolve ações vol-tadas para a saúde dos técnicos e professores dauniversidade, como apoio médico, odontológico, psi-cológico, entre outros.

Mesmo com essa preocupação, os serviços ofe-recidos pela UFG em relação à saúde dos servidoresainda são reduzidos em face da demanda. A equipeodontológica, por exemplo, conta com dez cirurgi-ões dentistas para o atendimento de aproximada-mente dez mil pessoas. O programa Saudavelmen-te, relacionado à saúde mental, que oferece acompa-nhamento em casos de depressão, crises emocionais,a síndrome do pânico, dispõe apenas de um psicólogoe um psiquiatra da universidade em sua equipe.

A dificuldade enfrentada pela universidade emrelação à abrangência de suas políticas de saúde aindaé agravada pelo fato de cerca de metade dos servido-res não possuírem plano de saúde. Essa, porém, foiuma das reivindicações feitas na última greve dosservidores, ocorrida entre os meses de junho a agos-to deste ano e acatadas pelo governo federal ao fimdo movimento. “É uma demanda histórica da univer-

Asfixia, irritação, edemapulmonar e pneumonite quí-mica são alguns dos sinaisdetectados em estudo queavaliou sintomas decorrentesda exposição dos servidoresdo Departamento de Morfolo-gia (DMORF), ligado ao Insti-tuto de Ciências Biológicas(ICB), a substâncias tóxicas.Esse foi um dos diagnósticosda pesquisa coordenada pelaprofessora Ellen Synthia deOliveira, com a participaçãodos alunos Cilmário Leite Sil-va Filho, Edlon Luiz Lamoni-er Júnior, Hígor Chagas Cardoso, Isabela Cinqui-ni Junqueira, Jordana Verano Oliveira e RodrigoSilva de Paula Rocha, dos cursos de Medicina eBiomedicina da UFG.

Com o objetivo de apontar efeitos e proporsoluções para o problema da exposição crônica asubstâncias tóxicas, o grupo aplicou questionári-os a 20 servidores do DMORF e usou como ele-mento de comparação 20 funcionários da Faculda-de de Letras, que não têm contato com tais com-postos. A professora Ellen Synthia justificou aescolha: “Por incrível que pareça, mesmo a unida-de controle teve alguns problemas de saúde, comoestresse, dor de cabeça e sonolência”. No caso dostrabalhadores do ICB, o instituto fornece materi-ais de proteção individuais, como óculos, luvas emáscaras. Porém, os pesquisadores verificaram quetais dispositivos de segurança não são utilizadospor todos os técnicos laboratoriais.

Ações - Detectados os principais sintomas nasduas unidades, a pesquisa agora parte para a apre-sentação de soluções. “Não adianta ter esses da-dos como prova e não fazer algo. Não adianta sócomeçar bem, queremos dar continuidade”, adver-te Ellen. Está prevista para o ano que vem a im-plantação de atividades que visem o bem-estar doservidor, tais como ioga, prática de exercícios físi-cos, tai chi chuan e alongamento. A professora ex-

Bem-estar do trabalhador é O PROGRAMA UNIVERSIDADE SAUDÁVEL É ALTERNATIVA PARA A PROMOÇÃO DE AÇÕES VISANDO A

Pesquisa avalia a saúde dos servidores ativos e

sidade ter um plano de saúde subsi-diado pelo governo federal”, concor-dou o pró-reitor de Assuntos da Co-munidade, Ernando Melo Filizzola.Atualmente, estudos são realizados naUFG a fim de escolher uma modali-dade de assistência à saúde, que seráimplantada em 2008.

Universidade Saudável – A UFGassume o compromisso de discu-tir estratégias de promoção de saú-de, tendo em vista a melhoria daqualidade de vida, por meio do pro-grama Universidade Saudável, lan-çado pela Procom no IV Congressode Pesquisa, Ensino e Extensão(Conpeex), realizado em outubro. A iniciativa con-siste na integração de projetos de diversas uni-dades acadêmicas afinadas com os princípios dapromoção de saúde, propostos pela primeira vezna Conferência de Otawa, realizada em 1986. Elesperpassam pela construção de políticas públicassaudáveis, criação de ambientes favoráveis à saú-de, fortalecimento da ação comunitária e reori-entação dos serviços de saúde.

A proposta de criação surgiu no I Encontro Uni-versidade Saudável na UFG, ocorrido no final de2006. De lá pra cá, a Procom está recebendo pro-

postas e discutindo maneiras deimplantá-las, visando a melhoria daqualidade de vida da comunidadeacadêmica. O slogan “UniversidadeSaudável, compromisso de todos”,confirma o aspecto de cooperaçãoentre os diversos agentes da comu-nidade universitária, que podemapresentar suas idéias à Procom, pormeio de cadastro em um site do pro-grama, que está em fase final deconstrução. Aprovadas as propostas,a Pró-reitoria disponibilizará recur-sos, bolsistas, material gráfico, en-tre outros, que poderão viabilizarprojetos, ações e eventos.

A universidade é um lugar pro-pício para o desenvolvimento desse tipo de projeto,pois é um espaço social que dá suporte ao aprendi-zado e à pesquisa, buscando a resolução de proble-mas que afetam a sociedade. “Está comprovado queuma universidade é um espaço social estratégicopara promoção da saúde. Nela, se produz conheci-mento. É muito mais fácil formar profissionais comessa mentalidade e visão de vida, comprometidoscom a multiplicação do conhecimento no futuro”,ressaltou Ernando Melo.

O Universidade Saudável busca modificar oambiente físico, social e econômico, já que tra-

plica que, mesmo com tantasiniciativas, esbarra-se no pro-blema estrutural enfrentadopela universidade. “Nós esta-mos procurando um ambiente,nem que seja lá fora numatenda, ao ar livre, para a pes-soa descansar um pouco desuas atividades e voltar maisdisposta”, afirma a professo-ra. Paralelamente, ainda serãopromovidos seminários e pa-lestras a fim de debater temascomo estresse, tédio e depres-são, para conscientizar a co-munidade universitária.

Esse tipo de iniciativa obteve sucesso emoutras universidades. Atualmente, as institui-

ções, tanto públicas quanto privadas, percebemque a qualidade do trabalho depende das condi-ções oferecidas aos funcionários. “Esses proje-tos são importantes, pois com o aumento do ín-dice de satisfação pessoal, a produtividade au-menta e os problemas de saúde diminuem”, es-clarece a professora Ellen.

Os estudantes Hígor Chagas e Cilmário Leiteconcordam que a prevenção é o melhor caminho,inclusive o menos oneroso. “Nós, alunos da Medi-cina, queremos tratar todas as doenças possíveis,mas antes disso temos que buscar formas de evitá-las, garantindo a promoção de saúde”, lembra Cil-mário.

Segundo o professor Carlos Rosemberg Luiz,colaborador do projeto, que planeja ministrar umcurso de ioga no ano que vem, se ações deses-tressantes forem trabalhadas dentro de cada ins-

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O plano de comunicaçãocontém um selo de certificaçãoe o mascote Bené, que ilusta o

material de divulgação doprograma Universidade

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Móveis adequados que facilitem uma posturacorreta durante o trabalho também devem ser

considerados como prioridade

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9Goiânia, novembro/dezembro de 2007 SALUBRIDADE

Lanches feitos fora de casa, em restaurantes elanchonetes espalhados pelas ruas, escolas e em-presas constituem a realidade de uma grande par-cela da população. Como em muitos casos essa é aalternativa viável, o mercado aponta que a qualida-de dos produtos oferecidos deixou de ser um dife-rencial e agora é fundamental para quem dependedeles. Tendo em vista essa preocupação, a Facul-dade de Nutrição (Fanut) da UFG está desenvolven-do um projeto de estudo das condições físicas, es-truturais, higiênicas e sanitárias das Unidades deAlimentação e Nutrição (UANs) dos câmpus I e II dauniversidade.

O primeiro objetivo do projeto conhecido como“Cantinas Saudáveis” é realizar um diagnóstico dasUANs por meio de um questionário. Depois, as açõesincluem identificação da estrutura de pessoal dosestabelecimentos, avaliação das etapas de produ-ção das refeições, análises microbiológicas de amos-tras dos produtos e, finalmente, apresentação depropostas de intervenção nas unidades estudadas,com base nos resultados obtidos.

De acordo com a Pró-reitoria de Administra-ção e Finanças (Proad), são 18 estabelecimentos dis-tribuídos pelos câmpus da capital, sendo três res-taurantes, Restaurante Universitário I, Restauran-te Universitário II, e o restaurante do Hospital dasClínicas, duas UANs em escolas, no Centro de En-sino e Pesquisa Aplicados à Educação e na Creche,e onze cantinas, nas faculdades de Engenharia, Di-reito, Odontologia, Educação, Nutrição e Enferma-

gem, Agronomia, Veteri-nária, Educação Física,Ciências Humanas e Fi-losofia, e no Hospitaldas Clínicas. “Com essetrabalho teremos um di-agnóstico real da situa-ção físico-estrutural ehigiênico- sanitária des-ses estabelecimentos, oque permitirá a realiza-ção de um planejamen-to e estabelecimento demetas e de prioridadespara reformas e cons-trução de novas edifica-ções”, explicou a profes-sora da Fanut, ElaineMeire de Assis, uma dasorientadoras do projeto.

Segundo a profes-sora Elaine Meire, apósa avaliação da qualida-de nutricional das re-feições e lanches co-mercializados nesseslocais, serão propostasopções saudáveis dealimentos. Para a ma-nutenção das CantinasSaudáveis, um projetode extensão irá orien-tar os proprietários das

UANs em relação aos aspectos higiênico-sanitá-rios e de boas práticas de fabricação e comercia-lização de alimentos.

Os consumidores também receberão orienta-ção nutricional. “A opção pela alimentação saudá-vel só será possível com a conscientização da clien-tela e o empenho da universidade, que tem se mos-trado muito interessada nas questões que tragambenefícios para a saúde e qualidade de vida da co-munidade universitária”, ressalta a professoraMeire. O projeto das cantinas saudáveis já está ca-dastrado no programa Universidade Saudável, pro-movido pela Pró-reitoria de Assuntos da Comuni-dade Universitária (Procom).

Outra ação prevista é a incorporação dos da-dos conseguidos aos pré-requisitos exigidos pelaReitoria nos editais e contratos de abertura de umestabelecimento de alimentação na universidade.

(Ana Flávia Alberton e Ana Paula Vieira)

preocupação da UFG A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DE SERVIDORES E ALUNOS

faz sugestões

Diagnóstico das cantinaspermitirá melhorias

balha com uma visão ampliada de saúde. “Saú-de que deve ser entendida não como ausênciade doenças, mas como um modo de viver, queimplica condições de trabalho, estilo de vidasaudável e melhoria da qualidade de vida do ser-vidor”, define o pró-reitor.

Ernando Melo explica que, a partir da cria-ção do programa, havia duas metas: divulgá-lona universidade e articulá-lo com unidades e ór-gãos. O processo de divulgação interna contoucom a participação dos alunos da agência expe-rimental de Publicidade e Propaganda da Facul-dade de Comunicação e Biblioteconomia (Fa-comb), a “Inova”, que criou o plano de comunica-ção, incluindo a criação do selo de certificaçãoda campanha. “No futuro nós queremos que aslogomarcas do projeto e da universidade sejamuma só e que a UFG seja sinônimo de universi-dade saudável”, almeja o pró-reitor.

Depois da consolidação com o público inter-no, o pró-reitor aposta em parcerias para o melhordesenvolvimento do programa. Inspirada no mode-lo adotado pela Universidade Federal do Paraná(UFPR) e pela Pontifícia Universidade Católica (PUC)do Paraná, a Procom tem a intenção de estabelecerparcerias com empresas, escolas e os poderes esta-dual e municipal. Por enquanto, os recursos vêmdo orçamento da própria universidade. O reitorEdward Madureira Brasil já manifestou, publica-

mente, apoio ao programa e, juntamente com a Pró-reitoria de Administração e Finanças (Proad), estácompromissado com o patrocínio.

Perspectivas – O Universidade Saudável consis-te em um programa de promoção da saúde e qua-lidade de vida que envolve aspectos físicos, men-tais, psicológicos e outros. Gestão ambiental, ge-renciamento de lixo e ergonomia são alguns dostemas concernentes ao programa. Dentre os pro-jetos em execução destaca-se o das Cantinas Sau-dáveis.

O desejo é que o câmpus da UFG seja um pro-motor dessa qualidade de vida para toda a socieda-de, tanto que o projeto inclui o câmpus I e II deGoiânia e os câmpus do interior do estado, em Ca-talão e Jataí, além das cidades que possuem exten-são da UFG, Cidade de Goiás e Rialma, atendendo,assim, cerca de 13.500 alunos e pessoas que tran-sitam diariamente por esses espaços.

O pró-reitor destacou que há o objetivo dese institucionalizar o programa, de maneira queele possa ser autônomo e permanente. ErnandoMelo afirma que o Universidade Saudável não re-solverá todos os problemas, mas tentará a integra-ção da comunidade e a apresentação de soluções.“É um pensamento global, todo mundo está preo-cupado com o bem-estar e a qualidade de vida. Estána agenda mundial”, conclui Ernando Melo.

tituto, diminuirá um pouco o número de pessoasem nível crítico de problemas de saúde. A idéia doprofessor é oferecer, além da ioga, reiki, relaxa-mento, educação física com ênfase em artes mar-ciais, bioenergética e ayurveda, trabalhando coma integração entre corpo e mente. Carlos Rosem-berg defende que esses tipos de cuidados contri-buem para a melhoria da qualidade de vida. Prati-cante de ioga há 30 anos, ele afirma: “Não é queeu pretendo viver mais do que todos, mas, enquan-to eu viver, terei mais probabilidades de viver me-lhor do que os outros”.

A professora Ellen Synthia ressalta que a ini-ciativa é uma pesquisa, portanto, requer avaliaçãode resultados: “No final veremos se foi positivo, oque é necessário e o que surtiu efeito”. A inten-ção é que o projeto seja permanente e se expandapara outras unidades da UFG.

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O trabalho permitirá aavaliação da qualidadenutricional dosalimentos e a propostade sugestões maissaudaveis

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10 Goiânia, novembro/dezembro de 2007QUALIDADE DE VIDA

gerenciamento de resíduos sólidos é um processo composto por umasérie de etapas que compreende desde a geração, segregação, coleta,acondicionamento, armazenamento, transporte, tratamento, até o des-

carte de materiais, sejam eles restos de experiências laboratoriais ou lixo con-vencional que possam ser reciclados. Para que isso aconteça, é necessária acriação de planos de gerenciamento que proponham um tratamento prelimi-nar dos resíduos gerados, passando pelo seu armazenamento, coleta e trata-mento externos e sua disposição final.

A Universidade Federal de Goiás (UFG) organiza o Plano de Gerencia-mento Integrado de Resíduos e parte, primeiramente, de um levantamentofeito a respeito dos resíduos, suas quantidades e classes conforme a periculo-sidade. Após essa etapa de quantificação e composição dos resíduos, é neces-sário verificar se eles estão sendo armazenados corretamente,as formas de tratamento utilizadas dentro e fora da UFG e odestino final do resíduo.

A tarefa está a cargo da Comissão de GerenciamentoIntegrado de Resíduos. Segundo o coordenador da espe-cialização em Tratamento e Disposição Final de Resí-duos Sólidos e Líquidos e membro permanente da co-missão, Eraldo Henriques de Carvalho, com base nessacoleta de dados a UFG pode começar a planejar for-mas de produzir causando menor impacto ao meioambiente. “Nós, servidores, pretendemos gerar amenor quantidade possível de resíduo, maximizan-do reciclagem e reuso de recurso dentro da insti-tuição”, declara Eraldo.

O projeto de gerenciamento proposto pela uni-versidade passa pelo principio de diminuição doimpacto causado ao ambiente pelo lixo: todo mate-rial pode ser reduzido, reutilizado e reci-clado. “Se a gente cumpriresses objetivos, nós atende-mos uma grande expec-tativa de um plano degerenciamento que émandar para forada universidade sóo que realmentenão pudermos reu-tilizar e reciclar in-ternamente”, expli-ca o professor.

Coleta seletiva na UFG –A coleta seletiva na uni-versidade ainda nãoocorre de forma signi-ficativa. Mas, segundoEraldo Henriques, foi or-ganizado um projeto paraa aquisição de lixeiras gran-des para comportar o lixodevidamente separado. Ha-verá também a seleção deuma pró-cooperativa paraque seja doado todo o mate-rial arrecadado. Os materiaisrecicláveis serão doados aoscatadores de lixo, pssuidores deuma estrutura organizacionalque garanta a retirada do mate-rial dos câmpus.

A meta principal do projeto, nes-te ano, é a criação dos abrigos pararesíduos químicos perigosos. Esse tipode material estava sendo armazenado in-devidamente dentro da UFG, o que repre-sentaria risco de acidentes com alunos e téc-nicos, e já foi retirado. Serão construídos doisespaços para armazenar os resíduos perigososproduzidos. Um será localizado no condomínio doInstituto de Patologia Tropical e Saúde Pública(IPTSP), no setor Universitário e outro no Instituto deQuímica, no câmpus II.

Um problema enfrentado pela comissão é a retiradadas lixeiras do câmpus II. Eraldo Henriques explica que aação foi isolada e que, em breve, serão repostas em ambientesinternos e externos dos institutos para que se construa umaestrutura eficiente que permita a coleta de forma efetiva. EmGoiânia, a situação não é muito diferente da UFG. Há algunspostos de entrega voluntária em pontos estratégicos, como no Par-que Areião e no Zoológico, porém, não há uma coleta de alcance maior.

Um destino para os resíduos da universidadeUFG PROPÕE MANEIRAS DE LIDAR COM O RESTO DE PRODUTOS LABORATORIAIS E LIXO PRODUZIDO NA INSTITUIÇÃO

Curso para servidores – Para ajudar na implantação de todo esse siste-ma, um curso de gerenciamento de resíduos sólidos foi oferecido aos servi-dores da UFG. O curso veio atender a uma demanda de vários institutos,como o Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) e a Escolade Agronomia e Engenharia de Alimentos (EA). O recurso para a realizaçãoé proveniente do fundo de capacitação do servidor da universidade.

Segundo o diretor da Divisão de Treinamento e Desenvolvimento do De-partamento de Desenvolvimento de Recursos Humanos (DDRH), Luís CarlosRibeiro e Silva, a formação desses profissionais é de extrema importância,pois a UFG gera o resíduo, mas quase não tem formas corretas de lidar com oproduto. “Como ainda não há uma política de gerenciamento de resíduos efe-tiva, mesmo sabendo que não é uma atitude correta, as unidades acabamjogando o que não pode ser reaproveitado na pia, corroendo a tubulação e

causando danos”, declara Luís Carlos.O programa de gerenciamento visa aplicação prática dos conhe-

cimentos adquiridos em sala de aula. Um dos elementos que a co-missão destaca é que ela é responsável por coordenar e apontardestinos para o resíduo, mas o gerenciamento é de responsabili-dade do servidor. Isso não implica dizer que os servidores que

estão participando do curso ou os agentes ambientais sejam osresponsáveis. “Os resíduos produzidos na universidade são

de responsabilidade das unidades que os produzem”, afir-ma Luís Carlos.

Eraldo Henriques se mostra satisfeito como resultado alcançado com o curso. Ele

explica que há pessoas das mais dife-rentes formações e níveis educacio-

nais e há um interesse grande dosalunos. As aulas vão até dezem-

bro, e é somente a primeiraetapa para a implantação doSistema Integrado de Geren-ciamento de Resíduos Sólidosna UFG.

Conscientização – Após o tér-mino do curso para servidorese a finalização da estrutura decoleta seletiva da universidade,o programa investirá no proces-

so de conscientização da comunidade acadê-mica. Para Eraldo Henriques, “se as pes-

soas não enxergarem que o material co-letado será separado e encaminhado

para reciclagem, eles não vão acre-ditar e colaborar com o projeto”. E

completa: “consciente, a maioriada comunidade acadêmica é, elaprecisa praticar essa consciên-cia, criar o hábito e isso não éuma medida rápida”.

A comissão de geren-ciamento convida a comu-nidade a participar efeti-vamente e a pensar, deacordo com a área deatuação, formas de cola-borar com o projeto.Qualquer colaboraçãopode ser encaminha-da aos membros per-

manentes dacomissão, for-mada por re-p r esen tan t esdos Departa-mentos de En-genharia Civil,

Química, Veteri-nária, Odontolo-

gia, Farmácia, alémdo IPTSP, da Pró-rei-toria de Administraçãoe Finanças (Proad) e doCentro de Gestão doEspaço Físico (Cegef).No site da Proad(www.proad.ufg.br),

item “resíduo”, encon-tram-se os contatos dos

membros da comissão. (Ana Flávia Alberton)

O

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11Goiânia, novembro/dezembro de 2007 EM TEMPO

Rede Ifes permuta programas de rádio e tvCOM SIMPLICIDADE, A REDEIFES É UMA SAÍDA PARA BARATEAR CUSTOS DE EMISSORAS UNIVERSITÁRIAS

Associação Nacionaldos Dirigentes de Ins-tituições Federais de

Ensino Superior (Andifes),que congrega as 58 Institui-ções Federais de Ensino Su-perior (Ifes) presentes em to-dos os estados da Federaçãoe no Distrito Federal, aprovou,no último mês de agosto, acriação de uma rede de inte-gração e permuta de conteú-dos multimídia, a RedeIfes.

A idéia surgiu no I En-contro Nacional das Emisso-ras das Ifes, realizado emOuro Preto, em outubro de2003. Nesse mesmo ano, im-plantou-se base tecnológicana Universidade Federal doParaná (UFPR), para viabili-zar o funcionamento da rede,que prevê a troca de progra-mas produzidos pelas rádiose TVs universitárias. O reitorda UFG, Edward MadureiraBrasil, é o coordenador dogrupo de trabalho para im-plantação da RedeIfes.

Como funciona – A rede é umprojeto de pesquisa do pro-fessor Carlos Alberto Mar-tins da Rocha, registrado egerenciado pela UFPR. Sãoparceiros externos a Uni-versidade Federal de MinasGerais (UFMG), Universida-de Federal do Rio Grandedo Sul (UFRS), Universida-de Federal do Rio Grandedo Norte (UFRN) e Univer-sidade de Brasília (UnB).

“É uma rede muitosimples, não existe umaestrutura complexa. Essasimplicidade é um dos seusdiferenciais”, assim definiuo autor do projeto, Carlos

Renovação, reserva e alerta dedevolução on line facilitam avida dos usuários

O Sistema de Bibliotecas(Sibi/UFG) está disponibilizandoos novos serviços de renovação,reserva e alerta de devolução online a todos os usuários inscritosno cadastro de pessoas da UFGque estejam com a carteiraativada e que usem as unidadesde Goiânia.

Desde o início de 2006estes serviços vinham sendotestados pelos usuários das ca-tegorias estudantes de pós-gra-duação e servidores da UFG.Após os testes de funcionabi-lidade e aplicação dos referi-dos serviços, o Sistema de Bi-bliotecas concluiu que está emcondições de oferecê-los tam-bém aos estudantes de gradua-ção – maioria dos usuários dasbibliotecas.

Para que possam dispor

SAIBA MAISPassos para solicitar a senha:

– Servidores UFG: enviar um e-mail com nome completoe número de matrícula para: [email protected].

– Estudantes de graduação e de pós-graduação:1. acessar o Portal do Aluno;2. clicar em “Informações Pessoais”;3. atualizar os dados cadastrais informando um e-mail prefe-

rencial para receber informações da UFG;4. clicar no botão “Atualizar”;5. clicar no botão “Solicitação à biblioteca”.

Obs.: A atualização do cadastro é imprescindível para aemissão da senha.

* Para todos os solicitantes a senha será enviada por e-mail dentro de até três dias úteis.

* O Sistema de Bibliotecas recomenda que o usuário tomeconhecimento das normas de utilização dos serviços – dispos-tas na Instrução Normativa nº 001/2007, disponível no site dabiblioteca (www.bc.ufg.br) – antes de começar a usá-los. A re-ferida instrução normativa também é enviada por e-mail, juntocom o login e a senha, para todos os usuários que solicitemsenha.

Alberto. Para as Ifes colocarema rede em funcionamento, énecessário um kit de equipa-mentos, padronizado para to-das elas, e conseguido pelaAndifes com a Secretaria deEducação Superior (Sesu). Okit contém dois servidores eum computador tradicional,dotado de CPU com gravadorde DVD, HD de cerca de250GB e memória de, no míni-mo, 1GB, além de uma workstation, uma ilha “reforçada”,que edita e converte arquivospara diferentes formatos, in-clusive para o sistema de te-levisão digital a ser adotadono Brasil.

Cada instituição terá umservidor plugado à Rede Naci-onal de Pesquisa (RNP), comseus arquivos. O professorCarlos Rocha ressalta que,para acessar esses conteú-dos, há um sistema de busca,ativado por uma palavra-cha-ve, que pode ser o estilo doprograma (entrevista, docu-mentário, etc), o nome de um

participante, e assim suces-sivamente. “É uma plataformaque não impõe praticamentenada”, conclui o professor.

Para permitir tal acesso,cada instituição terá cerca deduas pessoas habilitadas parafazer o cadastro de seus pro-gramas. “É um número limita-do de pessoas autorizadas, aidéia não é fazer um youtube”,adverte o professor Carlos Al-berto. “É nossa intenção queas universidades tenham umaprogramação científica e diver-sificada a partir desse fluxo”,almeja o reitor da UFG.

O sistema de cadastro edownload dos conteúdos com-prova a autonomia de cadauniversidade dentro da rede. Oprofessor Carlos Alberto expli-ca que não há um cabeça derede, os arquivos não serãoenviados para uma espécie decentral, como também ressal-ta o reitor Edward Madureira:“É um sistema horizontal”.

Como afirma Carlos Al-berto, o primeiro objetivo é apermuta de programas, o queconseqüentemente fomentanovos canais: “esse projetovem para auxiliar inclusive asIfes que ainda não têm rádioe/ou TV”, destacou o ideali-zador da RedeIfes. Segundoele, a grande dificuldade naimplantação das emissoras éinvestir em produção e exibi-ção. Porém, com a permuta deconteúdos por meio da rede,num primeiro momento, osgastos com produção seriamreduzidos. Boa notícia para aUFG, que já tem concessão docanal e iniciou processo deimplantação da sua TV: “Ne-nhuma universidade hoje nopaís consegue produzir umagrade de programação muitogrande, já que nós temos li-mitações de recursos huma-nos e financeiros”, destaca oreitor Edward Madureira.

Testes – Um programa de 28minutos produzido

pela UFPR, chamado Scientia,foi ‘baixado’ pela UFRS emcerca de 32 minutos e pelaUFMG, em cerca de meia hora.“Nos surpreendeu muito, qua-se em tempo real”, comemorouo professor Carlos Alberto.Maior surpresa ainda foi aUniversidade Federal de MatoGrosso tê-lo baixado em 19minutos, mais rápido que viasatélite. Durante teste feitode madrugada, o programa foibaixado em três minutos. “Émuito parecido com Internet,onde tiver muita informação,contrafluxo, demora mais”,explicou Carlos Alberto.

A Sesu fornecerá oskits com equipamentos ne-cessários à implantação darede para as 58 Ifes. A licita-ção de compra desses equipa-mentos foi realizada no últimodia 10 de novembro. Depoisque as equipes da UFPR, daUniversidade Federal do Riode Janeiro (UFRJ) e da UFRSderem o parecer técnico fi-nal e a compra for efetuada,os equipamentos serão dis-

tribuídos para as institui-ções. Carlos Alberto

Martins estima que adistribuição comeceantes do Natal e ter-mine em fevereiro doano que vem. Otimis-ta em relação à Re-deIfes, o reitor daUFG, que é membroda Diretoria Executi-

va da Andifes, afirma:“Nós estamos trabalhan-

do com os reitores paraque todos invistam nessaidéia, que eu acredito serum grande diferencial”.

(Ana Paula Vieira)

Sistema de Bibliotecas da UFG oferece novos serviçosdos benefícios dos novos servi-ços a diretora do Sibi/UFG, bi-bliotecária Valéria Maria So-ledade de Almeida, esclareceque é necessário que os usuá-rios mantenham atualizadosseus dados cadastrais, em par-ticular o e-mail preferencialde contato.

Serviços – O serviço de reno-vação on line permite que ousuário renove, via internet, osmateriais que estão em seu po-der por até três vezes, de qual-quer lugar onde ele esteja (noBrasil e no exterior).

O serviço de reserva deobras também pode ser feito apartir de qualquer lugar evisa democratizar o uso do ma-terial, evitando que o mesmofique em poder de apenas umusuário.

Já o alerta de devolução éum aviso que é enviado por e-mail, dois dias antes da data

de vencimento do empréstimo,para lembrar o usuário de queele precisa renovar ou devolvero material na data prevista pelosistema. “Este serviço atendea uma solicitação antiga dosusuários das bibliotecas daUFG e evita as sanções por atra-so na devolução”, comenta a bi-bliotecária Valéria Soledade.

Para utilizar os serviçoson line de renovação, reserva ealerta de devolução é necessá-rio que o usuário tenha umasenha de acesso via web ao seucadastro na biblioteca. A senhatambém servirá para que eleacompanhe sua movimentaçãode empréstimo domiciliar e de-volução de material, pois per-mite ver o que está registradoem seu nome e as respectivasdatas para devolução. Além dis-so, o usuário pode sugerirobras para serem adquiridaspelo Sibi/UFG via site.

(Rose Mendes)

A

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12 Goiânia, novembro/dezembro de 2007ADMINISTRAÇÃO

CAPACITAÇÃO DE RECURSOS – Como estratégia de capta-ção de verbas para complementar o orçamento da UFG, a ad-ministração central tem buscado recursos do orçamento daUnião por meio de emendas parlamentares.

O primeiro resultado concreto desta estratégia foi a ob-tenção de recursos provenientes de cinco emendas indivi-duais, para o orçamento de 2006, utilizados na conclusão doCentro de Aulas, inaugurado em dezembro de 2007.

Para o orçamento de 2007, doze deputados federais des-tinaram à UFG recursos de suas emendas individuais, alémde uma emenda da bancada goiana no Congresso específicapara a continuação das obras do Bloco de Internações do HC.

A fim de obter recursos para 2008, a Reitoria se reuniu,em novembro deste ano, em Brasília, com a bancada goiana.Na ocasião, os parlamentares fizeram o compromisso de desti-nação de recursos para as duas obras prioritárias da UFG em2008: Centro de Cultura e Eventos e Bloco de Internações doHospital das Clínicas.

PARCERIAS – Visando uma efetiva contribuição de insti-tuições bancárias, instaladas nos câmpus I e II, para a me-lhoria da infra-estrutura física da UFG, incluindo suas pró-prias instalações, foi negociada a participação da Caixa Eco-nômica Federal (CEF) e do Banco do Brasil (BB) em doisgrandes projetos.

Com o BB foi firmada uma parceira para viabilizar os re-cursos financeiros para construção de uma nova bibliotecano Câmpus I, uma antiga aspiração de toda a comunidadeuniversitária. A parceria estabelecida com a CEF prevê o aportede parte significativa dos recursos necessários à construçãodo Centro de Cultura e Eventos.

UFG ITINERANTE – Em abril deste ano, a administração cen-tral visitou o Câmpus de Catalão (CAC). Nessa edição, a agen-da da Reitoria incluiu reuniões políticas e admi-nistrativas, entrega de prédio, visitas a autori-dades e empresários, busca de parcerias insti-tucionais e posse da nova diretoria do CAC.

Transparência e maior proximidade com acomunidade universitária são os objetivos cen-trais do Programa, implantado em junho de 2006,com uma visita a esta mesma unidade. “A Reito-ria Itinerante possibilita à comunidade universi-tária conhecer a real situação da universidade,com suas possibilidades e limitações. É funda-mental também para que os gestores conheçammais de perto os problemas enfrentados por essacomunidade, no seu dia-a-dia”, acrescenta o rei-tor Edward Madureira.

REITORIA NO HC – A atual administração centralda UFG tinha como prioridade de gestão o estreita-mento das relações institucionais com o Hospitaldas Clínicas (HC). O resultado dessa decisão ocor-reu já em março de 2006: a transferência, em um diada semana, do comando central da UFG para o HC.

Iniciou-se nesta data, sempre às segundas-fei-ras, os despachos semanais no hospital. Reitor, vice-reitor, pró-reitores, assessores e diretores de ór-gãos administrativos ‘transferem’ seus gabinetespara o HC para receber pessoas, ouvir críticas e su-gestões, discutir problemas e apontar soluções. To-das essas ações são realizadas em sintonia com adireção do hospital.

TRANSFERÊNCIA TECNOLÓGICA – A Coordenação de Trans-ferência e Inovação Tecnológica, vinculada à Pró-reitoria dePesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), foi criada nesta gestão,em março de 2007, com o objetivo de implementar uma polí-tica de transferência tecnológica na UFG, buscando uma in-terlocução com o setor empresarial.

Além de promover debates com a comunidade universitá-ria e também com segmentos de fora da universidade para defi-nições dessa política, a coordenação é responsável pela capta-ção de recursos, via projetos de pesquisas, para viabilizar e pro-mover a transferência de tecnologia.

Estão vinculados à coordenação o Programa de Incuba-dora de Empresa (Proine), a Empresa UFG Júnior e o Núcleode Inovação Tecnológica (os dois últimos projetos se encon-tram em fase de estruturação). A coordenação estuda ainda aimplantação de um Parque Tecnológico.

INCUBADORA SOCIAL – O objetivo geral da IncubadoraSocial da UFG, que começou a funcionar em outubro de 2007,é promover a inserção sócioeconômica de pessoas de baixarenda, por meio de apoio à criação e ao desenvolvimento deEmpreendimentos Econômicos Solidários, em cooperativas eassociações, que desenvolvam ações em diferentes setoresda economia e cadeias produtivas.

As ações iniciais da Incubadora estão concentradas na for-

UFG em retUFG em retmação e fortalecimento de co-operativas de catadores dematerial reciclável, devendo seestender posteriormente paraoutros grupos sociais e ativi-dades produtivas. O Projetoprevê a incubação dos empre-endimentos de três grupos:Associação dos Catadores deMaterial Reciclável Ordem eProgresso (Acop), Associaçãodos Catadores de Material Re-ciclável Beija Flor e grupo decatadores do entorno do Câm-pus II da UFG.

As atividades de incuba-ção serão realizadas em sin-tonia com a implantação doProjeto de Coleta Seletiva naUFG, elaborado pela Comis-são de Gestão Integrada deResíduos, com o apoio da Rei-toria.

À UFG, SAÚDE! – A Pró-reito-ria de Assuntos da Comuni-dade Universitária (Procom) daUFG lançou em outubro de2007, durante o IV Conpeex,as peças publicitárias do Pro-grama Universidade Saudável,compostas por uma cartilha,selo, slogan, mascote, kitpress e camisetas.

O materi-al tem por objetivos infor-mar a comunidade universi-tária sobre o Programa, am-pliar os conhecimentos ereforçar a importância deações que promovam saúdee qualidade de vida. Algunsaspectos acadêmicos doUnivers idade Saudáve l :maior integração entre pes-quisa e prática, ampliaçãoda responsabilidade sobresaúde, maior incentivo aosque trabalham na univer-sidade, manutenção de umaforça de trabalho saudávele produtiva.

Outros pontos observa-dos pelo Programa: reduçãode custos empregatícios, di-minuição da evasão escolar,melhoria no desempenhoacadêmico, aumento da efe-tividade, vantagem competi-tiva e ampliação da respon-sabilidade social.

A Universidade Federal de Goiás (UFGúnico em sua história, com recorde de in

e em projetos e atividades de pesdescentralização administrativa, açinvestimentos na formação docente e

otimização de recursos, foram fundameas melhores, especialmente pela aproresumo das principais ações executadque trouxeram resultados práticos par

benefícios para a com

CRESCIMENTO DO SERVI-DOR – Na execução de suasações, a UFG tem buscadoenvolver a comunidade uni-versitária no planejamento,desenvolvimento e na ava-liação da política de gestãode pessoas. Ligado à Pro-reitoria de Desenvolvimen-to Institucional e RecursosHumanos (Prodirh), o De-partamento de Desenvolvi-mento de Recursos Huma-nos (DDRH), órgão executordessa política, implementasuas atividades por meio desistemas de treinamento edesenvolvimento, recruta-mento e seleção, avaliaçãode desempenho e do dimen-sionamento da força de tra-balho da UFG.

O Departamento promo-veu, em 2006 e 2007, mais deduas mil horas de cursos,treinamentos, seminários eencontros, com o envolvi-

mento de 1.795 servidores.Possibilitou ainda a capaci-tação de trabalhadores emcursos de especialização latusensu em Gestão Pública.

Em novembro de 2007,realizou o Seminário Gestãode Pessoas, centrado em dis-cussões dos grandes proble-mas gerenciais da UFG. Oevento aponta para a implan-tação de uma política de ges-tão de pessoas por competên-cia, já no primeiro semestrede 2008.

INVESTIMENTOS – A UFGinvestiu, nestes dois últimosanos, mais de 1,3 milhões emprojetos e atividades de pes-

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13Goiânia, novembro/dezembro de 2007 ADMINISTRAÇÃO

trospectivatrospectivaG) experimentou, em 2007, um período

nvestimentos em obras de infra-estruturasquisa. A ampliação de parcerias,ções afirmativas e de inclusão social,e no crescimento do servidor, além daentais. E as expectativas para 2008 sãoovação do Reuni. O Jornal UFG traz umdas ao longo deste ano. São realizaçõesra o desenvolvimento da instituição e de

munidade universitária.

quisa – 600 mil, em 2006; 750mil, em 2007. Esses valoresrepresentam 6% do orçamen-to de custeio anual da UFG,descontados os gastos comas despesas básicas.

Já previsto no Estatu-to Gera l da UFG desde1996, esse percentual nun-ca tinha sido colocado emprática. É a primeira vez, emmais de dez anos, que auniversidade, por intermé-dio da Pró-Reitoria de Ad-min is t ração e F inanças(Proad), destina essa verbapara os investimentos empesquisas. O recurso temsido gasto, principalmente,no apoio a recém-doutores,

no Progra-ma de Apoio às Publi-cações Periódicas Ci-entíficas e na aquisi-ção de livros e equipa-mentos.

OBRAS – Os investi-mentos em infra-es-trutura na UFG ultra-passaram os R$ 11 mi-lhões nos últimos doisanos. As novas edifica-

ções vão ampliar o espaço fí-sico da instituição em 17%,melhorando as condições detrabalho de professores, es-tudantes e servidores técni-co-administrativos. Ao todo,são 27 novas construções ereformas – 24 concluídas etrês ainda em andamento,tanto na capital quanto noscâmpus do interior.

Destacam-se as seguin-tes obras: o Centro de Aulas,feito com recursos da ordemde 2,8 milhões de reais einaugurado em outubro de2007; a construção do Blocode Internações do Hospitaldas Clínicas (já foram cons-truídos os 1º e 2º subsolos);

o Laboratório de Análise eGerenciamento Ambiental deRecursos Hídricos (Lamarh),inaugurado em março desteano; o prédio de Administra-ção, Ciências Contábeis eEconomia; a construção dasede própria do Centro de Re-cursos Computacionais (Cer-comp); as novas livrarias UFGe o Laboratório de Processa-mento de Imagens e Geopro-cessamento (Lapig).

Os câmpus de Catalão,com cinco obras, e de Jataí,com quatro, também vivemuma fase inédita de sua his-tória em quantidade de re-cursos. Com os investimen-tos financeiros foram cons-truídas salas de aula, labo-ratórios, quadras de esportescobertas, piscinas e vestiá-rios. Estas obras são prove-nientes dos recursos recebi-

dosdo Programa de

Expansão das Instituições Fe-derais de Ensino Superior(Ifes), criado pelo Ministérioda Educação (MEC), com o ob-jetivo principal de criar novoscursos no interior.

EAD – Os cursos de Educaçãoa Distância (EAD), mantidospela UFG desde 2006, tem pro-porcionado às pessoas quenão têm condições de fre-qüentar salas de aula uma for-mação superior de qualidade.Atualmente, são oferecidoscursos de licenciatura em Ci-ências Biológicas, Artes Visu-ais, Artes Cênicas e Física, ba-charelado em Administração,e especialização em Metodo-logia do Ensino Fundamental.No total, a política de EADabriu 1.050 novas vagas.

Os investimentos emEducação a Distância existempara preencher uma lacuna nosistema educacional do esta-do. Em Goiás, somente a UFGé credenciada pelo Ministérioda Educação para ministraraulas nessa modalidade deensino. “Por meio da EAD nóspodemos democratizar, ex-pandir e interiorizar a oferta

de educação superior pública”, afirma o reitor Edward Madu-reira Brasil.

O processo educacional não é feito inteiramente nos am-bientes virtuais. No mínimo 20% da carga-horária de cada dis-ciplina é dedicada a encontros presenciais, que ocorrem aosfinais de semana nas cidades pólo, que são os lugares onde osalunos são matriculados e têm suporte administrativo.

Em Goiás, são 20 os pólos educacionais: Porangatu, AltoParaíso, Ceres, Goianésia, Formosa, Uruana, Cidade de Goiás,Iporá, Anápolis, Alexânia, Luziânia, Firminópolis, Goiânia,Aparecida de Goiânia, Cezarina, Morrinhos, Catalão, Jataí,Quirinópolis e São Simão. O sistema de avaliação é continu-ado e 70% focado em atividades presenciais, o que garante acredibilidade do curso.

FORMAÇÃO PARA DOCENTES - A Pró-reitoria de Gradua-ção (Prograd) da UFG implementou, em 2007, o Programa For-mação para Docência no Ensino Superior. O objetivo do pro-jeto é propiciar a formação de docentes críticos, reflexivos eque incorporem a pesquisa como princípio educativo.

A iniciativa foi inspirada em pesquisas que apontam aprecária formação pedagógica dos docentes, focada no exer-cício técnico da profissão. Nas instituições de ensino supe-rior, a maioria de mestres e doutores não possui formaçãoespecífica para o exercício da docência universitária.

O ofício de professor exige conhecimentosacerca de métodos de ensino, de instrumentos eprocedimentos de avaliação, de elaboração deprovas e de formulação de questões, que sãooferecidos nos seminários do Programa. A par-ticipação é obrigatória para professores em es-tágio probatório, e facultativo para professo-res substitutos e do quadro permanente dainstituição.

LOGOMARCA – A UFG está de cara nova, gra-ças ao concurso que selecionou a melhor ver-são do redesign da sua antiga logomarca, quetem como principais características a fácilleitura, assimilação, aplicabilidade e algodenominado de pregnância, que significa acapacidade que ela tem de se firmar no ima-ginário coletivo.

Após a escolha, o trabalho da univer-sidade se concentrou no fortalecimento damarca. Um manual - que está disponívelno site da UFG – foi feito para tentar regu-lar o seu uso, e evitar que ela seja alte-rada e deturpada. E mais: produtos comocanetas, broches, camisetas, capas deCD e marca-textos também foram pro-duzidos para divulgar a nova logomarca.

ECONOMIA – Otimização de recursos financeiros.Essa foi a fórmula encontrada pela Pró-reitoria de Admi-nistração e Finanças (Proad) para reduzir as despesas comserviços como reprografia. Para isso, uma nova licitaçãofoi realizada com a finalidade de se estabelecer outros ter-mos no contrato de prestação de serviços. Com a franquiada empresa que faz fotocópias, a economia anual da insti-tuição é de R$ 480 mil.

A Proad identificou que o consumo médio da UFG éde 400 mil cópias mensais. Esse valor foi a base de cálculopara o edital da licitação realizada em 2006. Os gastos comfotocópias foram reduzidos em R$ 40 mil por mês.

Além do valor da franquia, a Proad também conseguiudiminuir o preço da cópia em preto e branco, que estava aci-ma do valor de mercado. Após a nova licitação, o custo pas-sou a ser de R$ 0,75 por cópia. Com as mudanças, a econo-mia com serviços de reprografia no final da atual gestão seráde quase R$ 2 milhões.

EXTENSÃO – Atualmente, a UFG tem 401 ações cadastradasna Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec). São iniciati-vas governamentais, nãogovernamentais ou mesmo particu-lares que articulam atividades de ensino e pesquisa, e quetenham como princípio a busca por alternativas que visem àmelhoria das condições de vida na sociedade.

As ações – sistematizadas na forma de cursos, eventos,prestação de serviços, projetos e programas – envolvem maisde 2,5 mil estudantes, cerca de 1,5 mil professores e 600servidores técnico-administrativos em atividades voltadaspara o cidadão, nas áreas de educação pública e especial,cultura, lazer, recreação saúde e meio ambiente.

Para viabilizar a execução dessas ações, a UFG destina2% da parte do seu orçamento dedicado a investimentos, va-lor que corresponde a R$ 300 mil por ano. No ano de 2007, asações cadastradas na Proec foram responsáveis pela realiza-ção de 85 eventos científicos e culturais, 21 cursos e 16 mi-nicursos. (Alfredo Mergulhão e Maria Glória)

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14 Goiânia, novembro/dezembro de 2007

As pesquisas do grupo da Faculdadede Educação da UFG serãopublicadas em livro no próximo ano

s estudos sobre a infância,principalmente a goiana, sãoo eixo central dos Grupos de

Estudos e Pesquisas da Infância esua Educação em Diferentes Contex-tos, coordenados pela professora docurso de Pedagogia da UniversidadeFederal de Goiás (UFG), Ivone Gar-cia Barbosa. O diferencial do gruporeside já na sua composição de equi-pe, integrada por graduandos, bolsis-tas do Programa Institucional de Bol-sas de Iniciação Científica (Pibic) ePrograma Institucional de Voluntá-rios de Iniciação Científica (Pivic),mestrandos, doutorandos e profis-sionais de fora da universidade, quese encontram todas as terças-feiras,à tarde, na Faculdade de Educação(FE) da UFG.

Os integrantes se reúnem emgrupos de pesquisas, de estudos e deformação e se articulam em torno doprojeto maior, Políticas públicas e edu-cação da infância em Goiás:história,concepções, projetos e práticas. Segun-do a professora Ivone, o projeto temcomo objetivo analisar a educação dainfância em Goiás e de que forma elafoi constituída ao longo da história.Também é pesquisado como as con-cepções de infância influenciaram odesenvolvimento das políticas públi-cas goianas em diversas décadas.

A articulação entre graduandos,mestrandos e doutorandos não é umproblema, de acordo com a professora.“A regra dentro do grupo é que umapessoa não compete com a outra, nóstemos um trabalho colaborativo inten-so. Na verdade, nós nos ajudamos nainvestigação e produção conjunta.”Desse modo, com base nos estudos re-alizados, quando um colaborador dogrupo pretende fazer uma pesquisa in-dividual, seja uma monografia, umadissertação de mestrado ou uma tese,ele tem a possibilidade de utilizar osdados já adquiridos por outras pesqui-sas. A colaboração parte do princípiode que o conhecimento deve ser com-partilhado e que ao final da pesquisaindividual os resultados irão comple-mentar o banco de dados.

• UFG / Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (vigência: 17/10/2007 a16/10/2012) - Este convênio tem por objetivo proporcionar aos estudantes, regularmentematriculados e com freqüência efetiva nos cursos de graduação oferecidos pela UFG, opor-tunidade de realização de estágio curricular obrigatório nas diversas áreas de atuação daAgepel.• UFG / Associação Software Livre de Goiás - ASL (vigência: 26/07/2007 a 25/07/2012)- Estabelecimento de cooperação mútua, abrangendo programas, projetos e atividades naárea de softwares livres, no tocante à difusão e ao fomento das atividades sócioeducativas esistemas alternativos de produção e distribuição de softwares livres a serem desenvolvidaspela ASL-GO e UFG.• UFG / Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE (vigência: 29/10/2007 a 28/10/2012)- Cooperação entre os partícipes para a integração da UFG aos setores de produção,serviços, comunidade e governo, possibilitando a operacionalização de Programas de Está-gio de Estudantes desta Instituição de Ensino.• UFG / Comissão Pastoral da Terra - CPT (vigência: 31/08/2007 a 30/08/2012} - Pro-porcionar aos estudantes, regularmente matriculados e com freqüência efetiva nos cursosde graduação oferecidos pela UFG, oportunidade de realização de estágio curricular obriga-tório e não obrigatório nas diversas áreas de atuação da CPT.• UFG / Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado deGoiás - Crea/GO (vigência: 28/02/2007 a 27/02/2012) - Atender às condições de moradiada população com renda familiar de até quatro salários mínimos, através da elaboração deprojetos e da disponibilização das tecnologias utilizadas na construção civil, elevando,assim, o padrão de suas edificações, qualidade de vida e segurança.• UFG / Controladoria-Geral da União – CGU (vigência: 18/01/2007 a 17/01/2012) -Estabelecimento de mecanismos de cooperação entre a CGU e a UFG, visando ao desenvol-vimento de projetos e ações que estimulem a produção de conhecimento sobre o fenômenoda corrupção e sobre a adequada gestão dos recursos públicos.• UFG / FGR Construtora Ltda (vigência: 26/07/2007 a 25/07/2012) - Proporcionar aosestudantes, regularmente matriculados e com freqüência efetiva nos cursos de graduaçãooferecidos pela UFG, oportunidade de realização de estágio curricular obrigatório e nãoobrigatório nas diversas áreas de atuação da FGR.• UFG / Foco Recursos Humanos Ltda (vigência: 06/06/2007 a 05/06/2012) - Coopera-ção entre os partícipes para a integração da UFG aos setores de produção, serviços, comu-nidade e governo, possibilitando a operacionalização de Programas de Estágio de Estudan-tes desta Instituição de Ensino, no intuito de proporcionar aos seus estudantes aproxima-ção e integração ao mercado de trabalho.• UFG / Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (vigência: 03/08/2007 a 02/08/2012) - Proporcionar aos estudantes, regularmente matriculados e com fre-qüência efetiva nos cursos de graduação oferecidos pela UFG, oportunidade de realizaçãode estágio curricular obrigatório e não obrigatório nas diversas áreas de atuação da Funda-ção MT.• UFG / Fundação Mamíferos Aquáticos (vigência: 05/10/2007 a 04/10/2012) - Propor-cionar aos estudantes, regularmente matriculados e com freqüência efetiva nos cursos degraduação oferecidos pela UFG, oportunidade de realização de estágio curricular obrigató-rio nas diversas áreas da FMA.• UFG / Hospital Santa Genoveva (vigência: 19/11/2007 a 18/11/2012) - Oferecimentode estágio curricular obrigatório para os estudantes de graduação da UFG nas diversasáreas de atuação do Hospital Santa Genoveva;• UFG / Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - Inpa (vigência: 28/09/2007a27/09/2012) - Estabelecimento de normas de procedimentos entre os partícipes, visandoao desenvolvimento de ações de cooperação técnico-científica na área de Biologia, bemcomo proporcionar aos estudantes, regularmente matriculados e com freqüência efetivanos cursos de graduação oferecidos pela UFG, oportunidade de realização de estágio curri-cular obrigatório e não obrigatório nas diversas áreas de atuação do Inpa;• UFG / Ministério Público Federal / Procuradoria da República em Goiás (vigência:28/02/2007 a 27/02/2012) - Proporcionar aos alubos regularmente matriculados nos cur-sos de graduação, oportunidade de realização de estágio curricular no MPF/PR-GO• UFG / Município de Goiânia (vigência: 10/08/2007 a 09/08/2008) - Contrato de presta-ção de serviços especializados de seleção de pessoal na realização de concurso público doquadro de pessoal do Município (Editais n.º 002/2007 e 003/2007);• UFG / Município de Jataí (vigência: 17/10/2007 a 16/10/2012) - Proporcionar aosestudantes, regularmente matriculados e com freqüência efetiva nos cursos de graduaçãooferecidos pela UFG, oportunidade de realização de estágio curricular obrigatório nas di-versas áreas de atuação do município;• UFG / Secretaria de Justiça do Estado de Goiás (vigência: 13/02/2007 a 12/02/2009)- Estabelecer cooperação técnica para realização do curso de pós-graduação Latu sensu,em nível de especialização, que trata do tema “Gestão Prisional”, para o quadro deprofissionais vinculados ao sistema prisional do Estado de Goiás;• UFG / Secretaria Estadual de Saúde - SES (vigência: 17/10/2007 a 16/10/2012) -Cooperação mútua entre os partícipes, a fim de se realizar estágio curricular nas unidadesde saúde da SES, para os alunos que estejam comprovadamente matriculados e com fre-qüência efetiva nos cursos de graduação oferecidos pela convenente;• UFG / Secretaria Municipal do Meio Ambiente – SEMMA (vigência: 31/08/2007 a 30/08/2012) - Proporcionar aos estudantes regularmente matriculados e com freqüência efeti-va nos cursos de graduação oportunidade de realização de estágio na Semma.• UFG / Tribunal Regional Eleitoral de Goiás - TRE/GO (vigência: 06/06/2007 a 05/06/2008) - Estabelecimento de normas de procedimentos entre a UFG e o TRE/GO, visando àcooperação técnica para a implementação da gestão de documentos na Justiça Eleitoral deGoiás, por meio da Comissão Técnica Interdisciplinar instituída pela Resolução TRE/GOn.º 110/2007.• UFG / Universia Brasil S/A (vigência: 14/03/2007 a 13/03/2012) - Estabelecer as li-nhas essenciais de parceria entre a UFG e o Universia, visando à integração da UFG aoPortal Universia para a disponibilização de conteúdos e serviços de alta qualidade, a partirdas necessidades e propostas das instituições parceiras.• UFG / Universidade Estadual de Goiás - UEG (vigência: 19/01/07 a 18/01/2012) -Estabelecimento de normas de procedimento entre os partícipes, visando à elaboração eexecução de programas de educação, voltados a cursos de pós-graduação, atividades deextensão, pesquisas e cultura, oportunizando a participação recíproca de professores eestudantes vinculados às instituições convenentes.• UFG / Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (vigência: 19/01/2007 a 18/01/2012) - Proporcionar aos estudantes, regularmente matriculados e com freqüência efetivanos cursos de graduação oferecidos pela UEMS, oportunidade de realização de estágio cur-ricular obrigatório e não obrigatorio nas diversas áreas de atuação da UFG.• UFG / Universidade Federal de Lavras (vigência: 19/01/2007 a 18/01/2012) - Estabe-lecimento de mútua cooperação entre a UFG e a Ufla, visando, reciprocamente, o ofereci-mento de estágio curricular obrigatório e não obrigatório a estudantes matriculados e comefetiva freqüência nos cursos de graduação por elas ofertados.• UFG / Universidade Federal de Pelotas (vigência: 12/09/2007 a 11/09/2012) - Estabe-lecer um programa de cooperação dedático-científica, entre a UFG e a UFPEL, por intermé-dio das suas Faculdades de Enfermagem, contribuindo para elevar o nível do ensino degraduação, através do intercâmbio de material didático, estudantes e professores.• UFG / Universidade Paulista Júlio de Mesquita Filho / Faculdade Ilha Solteira (vi-gência: 19/03/2007 a 18/03/2012) - Conceder aos estudantes de graduação dos cursos deMedicina Veterinária e Agronomia da UFG, regularmente matriculados e com freqüênciaefetiva, a realização de estágio curricular obrigatório nas áreas de atuação da concedente.

Principais convênioscelebrados com a UFG em 2007

Grupo de Pesquisa atua há 10anos em estudos sobre a infância

Atualmente, são três pessoasno grupo de estudos e 26 no de pes-quisas. A professora destacou umestudo realizado juntamente comduas bolsistas Pibic e Pivic que ana-lisa a relação gênero e educação eaborda a perspectiva da maternida-de e educação. A investigação ocorrecom mulheres que sejam mães e quefazem cursos de licenciatura na uni-versidade. A professora revela algunsresultados os quais apontam que,quando a mãe é professora, há umamistura de papéis entre maternida-de e profissão, e essa interferênciaatinge a constituição da identidadede menino e menina nas crianças. Aprofessora Ivone ressalta que é pormeio das pesquisas que o trabalhoacaba se estendendo à família, so-bre a disciplina escolar, e tambémtraz elementos da infância em Goi-ás. Outra pesquisa realizada pelo gru-po é sobre a história da infância nacidade de Mineiros, baseada nasbrincadeiras, e em São Luís de Mon-tes Belos, que resultou em uma dis-sertação de mestrado, a respeito dehistórias e lembranças relatadaspelos idosos.

As produções do grupo da FE,que possui 10 anos de atividades,serão divulgadas em um livro que ogrupo pretende lançar no próximoano. Uma grande preocupação daequipe é a formatação de um bancode imagens sobre a criança goiana.Ivone Garcia explica que existe umaequipe específica dentro do grupo,que é responsável por captar imagenssobre a infância goiana no arquivohistórico estadual de Goiás, e quemcoordena essa equipe é o professor daFaculdade de Artes Visuais (FAV),Marcos Antônio Soares. O grupo éreferência na Associação Nacional dePós-graduação e Pesquisa em Edu-cação (Anped) e a professora desta-ca que as discussões sobre a infân-cia sempre foram postas à margemdentro da academia, e ter a infân-cia como objeto de estudo entre gra-duandos e profissionais de fora dainstituição contribui para o desen-volvimento de um grupo de forma-ção que extrapola as fronteiras dauniversidade.

(Mayara Jordana)

Carlos S

iqueira

PESQUISA/CONVÊNIOS

Os integrantes do grupo se articulam em torno do projeto “Políticas públicas e educaçãoda infância em Goiás:história, concepções, projetos e práticas”

O

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15Goiânia, novembro/dezembro de 2007 ADMINISTRAÇÃO

elo terceiro ano consecutivo, aUniversidade Federal de Goiás(UFG) trabalha com a finalidade

de estreitar suas relações com a ban-cada política goiana no CongressoNacional. O objetivo dessa aproxima-ção é viabilizar a execução de projetosda instituição por meio da liberação derecursos financeiros provenientes deemendas parlamentares ao orçamen-to da União. No dia 6 de novembro, aUFG conseguiu reunir 12 deputadose senadores em um jantar realizadoem Brasília, onde prestou contas daaplicação das verbas já recebidas eapresentou novas demandas para oano de 2008.

Na ocasião, estiveram presen-tes os deputados federais Pedro Wil-son (PT), Marcelo Melo (PMDB), LuizBittencourt (PMDB), Leandro Vilela(PMDB), Pedro Chaves (PMDB), Jo-vair Arantes (PTB), Sandes Júnior(PP), Ronaldo Caiado (DEM), RaquelTeixeira (PSDB), Carlos Alberto Le-réia (PSDB) e Chico Abreu (PR), alémdo senador Marconi Perillo (PSDB),assessores da senadora Lúcia Vânia(PSDB) e dos deputados LeonardoVilela (PSDB) e Íris Araújo (PMDB).

Os parlamentares foram unâni-

Deputados e senadores garantem apoio paraprojetos da UFG BANCADA COMPROMETEU-SE A APOIAR PROJETOS DE INFRA-ESTRUTURA, COMO

O CENTRO DE CULTURA E EVENTOS E O BLOCO DE INTERNAÇÕES DO HC

mes ao destacar a importância de seestabelecer parcerias entre a classepolítica e a UFG, uma vez que os avan-ços da universidade têm alcance eimpacto relevantes no desenvolvimen-to social e econômico do estado deGoiás. Prova do sucesso dessa rela-ção é o recém-inaugurado Centro deAulas da instituição, feito com recur-sos da ordem de 2,8 milhões de re-

ais destinados por deputados goia-nos via emendas ao orçamento fede-ral desse ano. O prédio possui trêspavimentos em uma área construídade 2.492 m², com 29 salas de aulaequipadas com mobiliário novo eequipamentos multimídia, e com ca-pacidade de atender 1350 estudantesde diversos cursos por turno.

Para 2008, as prioridades são a

conclusão do Centro de Cultura eEventos e a construção do novo Blo-co de Internações do Hospital dasClínicas. A reitoria da UFG obteveontem a garantia de destinação deverbas para a execução desses pro-jetos já para o ano que vem.

As obras do Centro de Cultura eEventos foram iniciadas no final domês de setembro. O local será um es-paço multiuso projetado para a reali-zação de congressos, feiras, colaçõesde grau e apresentações culturais di-versas. Irá atender tanto a comuni-dade acadêmica quanto a sociedadeem geral.

O Bloco de Internações do Hos-pital das Clínicas terá 18 andares econtará com um heliporto exclusivopara atender emergências e equipesde transplantes. No prédio tambémirão funcionar 600 leitos de interna-ção que contemplarão todas as espe-cialidades médicas; um centro cirúr-gico; um centro de recuperação pós-cirúrgica; um centro de recuperaçãopós-anestésica; Unidades de TerapiaIntensiva adulta, pediátrica e pré-na-tal; uma unidade de transplantes; eum centro obstetrício.

(Alfredo Mergulhão)

MARCONI PERILLO“Essa idéia dereunir perma-nentemente osparlamentarespara pedir co-laboração pormeio de emen-das facilita acompreensãodo projeto decrescimento daUFG, que é fundamental para o de-senvolvimento de Goiás.”

PEDRO WILSON“Como parteintegrante eimportante das o c i e d a d e ,acho funda-mental a apro-ximação entrea UFG e a clas-se política, querepresenta opovo goiano noCongresso Nacional. Por meio da ban-cada, a instituição pode obter mais re-cursos para viabilizar seus projetos.”

JOVAIR ARANTES“Encurtar asdistâncias en-tre a universi-dade e a classepolítica é im-portante por-que a bancadatrabalha me-lhor quando éacionada. Des-se modo toma-mos conhecimento das demandas dainstituição e podemos trabalhar parasatisfazê-las.”

SANDES JÚNIOR“Como políti-cos, nós deve-mos incentivaros bons traba-lhos realizadospe la UFG aolongo de déca-das. Ajudandoa expandí-la,poderemos co-laborar maispara o desenvolvimento de Goiás.”

CHICO ABREU“Esse papel dese relacionarcom toda a so-ciedade desem-penhado hojepela UFG é fun-damental. Háalgum tempoatrás a univer-sidade se fecha-va dentro de sienquanto tinha um universo enorme aser explorado no sentido de levar co-nhecimento à sociedade goiana.”

PEDRO CHAVES“Esse contatopróximo daUFG com osparlamentaresna busca poremendas parafinanciar asobras físicas dainstituição élouvável, poischama a aten-ção da bancada para os interesses dainstituição, que se fundem com os dasociedade goiana.”

LEANDRO VILELA“A contribuiçãoda UFG com asociedade goia-na por meio doensino, da pes-quisa e exten-são é incalculá-vel. É mais queuma obrigaçãocolaborar coma qualificaçãode quadros e com a infra-estrutura dainstituição.”

LUIZ BITENCOURT“A relação en-tre a UFG e abancada goia-na no Congres-so Nacionalestá se aperfei-çoando, equem ganha éo ensino supe-rior do estado.Com essa par-ceria fica mais fácil entender e apoiaros projetos da universidade.”

MARCELO MELO“Nós, deputa-dos, temos aobr igação dealocar recur-sos para insti-tuições que re-a lmente t ra-zem re tornopara a socie-dade goiana, enada melhorpara ilustrar isso do que a Univer-sidade Federal de Goiás.”

RAQUEL TEIXEIRA“Tenho certezaque essa rela-ção entre uni-vers idade eparlamentaresdará ó t imosr e s u l t a d o s ,pois a institui-ção tem sabidoenvolver a ban-cada, que, porsua vez, tem desenvolvido um traba-lho supra partidário.”

RONALDO CAIADO“Essa práticade trazer rei-vindicações edepois prestarcontas aosparlamentaresdo que foi fei-to com os re-cursos estimu-la a continui-dade dessa re-lação já esta-belecida entre a universidade e abancada goiana.”

CARLOS ALBERTO LERÉIA“Essa interaçãoentre a UFG eos parlamenta-res, de todas ascorrentes epartidos, é im-portante por-que fomenta od e s e n v o l v i -mento do esta-do de Goiás pormeio da destinação de recursos quefinanciam pesquisas e projetos dainstituição.”

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O reitor da UFG Edward Madureira Brasil prestou contas da aplicação das verbas járecebidas e apresentou novas demandas para o ano de 2008

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16 Goiânia, novembro/dezembro de 2007

que era para ser ape-nas mais uma viagemao Congresso Nacio-

nal de Botânica, em São Pau-lo, transformou-se em umaoportunidade única para osestudantes conhecerem deperto o Bioma da Mata Atlân-tica e a vegetação de restinga.

“Eu vi pela TV uma re-portagem falando sobre umapesquisa incrível sobre o Bio-ma da Mata Atlântica na Ilhade Marambaia, em Itacuruçá,no Rio de Janeiro. Entrei emcontato com a professora Ge-nise Vieira Somner, da Uni-versidade Federal Rural doRio de Janeiro, responsávelpelo projeto, para parabenizá-la, e ela então nos convidoupara conhecermos de perto o

seu trabalho. Achei que aque-le era o momento perfeito paradar um colorido a mais na via-gem. Conversamos sobre apossibilidade de estabelecer-mos parcerias permanentes,mas isso é algo que ainda te-mos que estudar”, afirmou aprofessora e coordenadora doprojeto Estudos Florísticos daSerra dos Pireneus, Vera LúciaGomes Klein.

Inicialmente, o grupoera composto por 18 alunosda UFG, porém, como sobra-ram vagas no ônibus, a pro-fessora Vera, mediante auto-rização da Pró-reitoria deAdministração e Finanças(Proad), estabeleceu uma par-ceria com outras quatro uni-versidades de Goiânia, parapreencher as 17 vagas res-tantes. A docente explica aimportância dessa iniciativa:“Era uma oportunidade inte-ressante demais para que oônibus fosse vazio daquelejeito”.

O objetivo da viagem eraacrescentar conhecimentoaos alunos com conteúdos e

“Os programas de ini-ciação científica são sim-plesmente imprescindíveispara a universidade. Elesenvolvem os alunos com aprodução científica, estimu-lando-os o fazer pesquisa”,observou Izabel Maria Lo-pes Cunha, coordenadoraadministrativa do ProgramaInstitucional de Bolsas deIniciação Científica (Pibic) ePrograma Institucional deVoluntários de IniciaçãoCientífica (Pivic).

A coordenadora aindaressaltou o número satisfa-tório de inscrições para oprêmio anual dos progra-mas de iniciação científicana UFG. Em 2007, 56 tra-balhos concorrem ao prê-mio que será entregue nasemana de comemoração doaniversário da UFG em de-zembro. Os trabalhos serãoselecionados por um comi-tê interno do Pibic, além derepresentantes externos doCNPq, contemplando os 16melhores trabalhos commenções honrosas e publi-cação em livro, disponível

Incentivo à iniciaçãocientífica premiada

Expedição científica e conquista de prêmioA UFG GANHA PELA SEGUNDA VEZ O PRÊMIO VERDE, NACIONAL, E GARANTE OPORTUNIDADES DE ENSINO EM BOTÂNICA

na livraria e bibliotecas daUFG.

Os trabalhos, obrigato-riamente anuais, são desen-volvidos individualmente poralunos dos mais variados pe-ríodos e cursos, com a ori-entação de um professor ori-entador, nos períodos deagosto de 2006 a agosto de2007. Para o aluno Leonar-do Abdala Elias, primeiro lu-gar no concurso realizado noano passado e concorrenteao prêmio desse ano, o con-curso é mais do que umasimples competição.“A mi-nha pesquisa no ano passa-do era sobre modelagem ma-temática de neurônios moto-res. Nesse ano, estou concor-rendo com a pesquisa do es-tudo experimental que avaliaos disparos das atividadesmotoras nos músculos esque-léticos periféricos. Para mimisso é um reconhecimento dotrabalho. O prêmio de 2006já me abriu muitas portasconferindo muitas oportuni-dades no mercado”, avaliaLeonardo.

(Pedro Ivo Freire)

vivências fora da sala de aula,assim como prestigiar e apre-sentar as pesquisas de inici-ação científica e pós-gradua-ção desenvolvidas pelos estu-dantes no 58º CongressoNacional de Botânica, em SãoPaulo.

Os alunos saíram deGoiânia no dia 25 de outubroe chegaram à Reserva Bioló-gica da Marambaia no dia 26,onde fizeram um trabalho decoleta, fotografia e herboriza-ção de plantas, orientadospor profissionais e professo-res. No dia seguinte, o grupofinalmente saiu com destinoa São Paulo.

Prêmio – Os trabalhos dosalunos foram apresentadosem estandes localizados nocongresso e tratavam sobrevários assuntos na área debotânica, como: A família Po-lygalaceae Hoffmanns & Linkna Serra dos Pireneus; Mus-gos (Bryophyta) do ParqueEstadual dos Pireneus; Es-tudo anatômico de folha ecaule de Memora nodosa; Ana-

tomia foliar de espéci-es da subseção glome-ratae; Estudo prelimi-nar dos microhabitatsdas Brióf itas (Bryo-phyta) da floresta basedo Morro do Cabeludo;Potencial econômico euso sustentável dosfrutos do cerrado, den-tre outros.

Dentre os traba-lhos apresentados, umdeles concorreu a umprêmio nacional queprestigia pesquisas naárea de botânica deno-minado “Prêmio Verde”,realizado pela Socieda-de Brasileira de Botâni-ca. O aluno do terceiroano de Biologia, WalterSantos de Araújo, con-correu ao prêmio apre-sentando sua pesquisasobre “as galhas de in-setos do Parque Esta-

dual da Serra dos Pireneusem Pirenópolis, Goiás, Bra-sil”. A sua pesquisa foi umadentre as 15 selecionadaspara uma apresentação oralavaliada por uma banca jul-gadora no congresso. Após aapresentação oral, a pesqui-sa do aluno ficou entre asduas primeiras, conquistan-do o prêmio de menção hon-rosa dividido por empate napontuação com o trabalho“Anatomia e aspectos ultra-estruturais de corpos de ali-mentação em HOVENIA DUL-CIS Thunberg (Rhamnaceae)”do aluno Rafael Andrade Buo-no, da Universidade Federalde Minas Gerais. “A bancadisse que os dois trabalhoseram muito bons e então de-cidiram premiar os dois”, res-salta Vera. Para Walter, otrabalho dele e de sua equi-pe valeu a pena. “Tenho issocomo o reconhecimento deum duro trabalho de doisanos de pesquisa. Pretendoseguir carreira científica”,declara.

(Pedro Ivo Freire)

A foto abaixo foi vencedora da categoria Aves Marinhas do con-curso promovido durante o X Simpósio de Biologia Marinha, em San-tos, SP. O autor é o aluno Jean Carlo Ferreira dos Santos, maisconhecido pelos estudantes do Instituto de Ciências Biológicas (ICB)por Jeremias. Ele está no quinto ano da última turma anual de Bio-logia da UFG e possui dois blogs fotográficos onde expõe suas ima-gens. Com o orgulho de ter obtido o primeiro lugar em número deacessos do Brasil, ele afirma: “A fotografia é um hobbie que tenho”.

O estudante começou a fotografar quando ganhou de presentesua câmera em julho do ano passado. “Uso uma Canon A-420 dequatro megapixels”, explicando que não utiliza nenhum equipamen-to profissional e sem fazer grandes edições de suas imagens. JeanCarlo pretende fazer mestrado em Zoologia e seguir carreira acadê-mica. “Sou biólogo e apaixonado pela natureza. Parto do pressupos-to de que quem conhece, conserva. Fotografia é uma ferramentapara conservação da natureza. Eu posso levar informação por meioda fotografia”. O trabalho de Jean Carlo pode ser conferido nos se-guintes endereços eletrônicos: www.olhares.com/jeanjeremias ewww.fotosdanatureza.gigafoto.com.br (Vinícius Batista)

Biólogo ocular

O estudante Walter Santos de Araújo no momento em que apresen-tou seu trabalho premiado no 58º Congresso Nacional de Botânia

Expedição a caminho da ilha de Marambaia, uma reserva biológica

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17Goiânia, novembro/dezembro de 2007

Instituto de Física (IF)da UFG, localizado noCâmpus Samambaia da

Universidade, não é apenasuma instituição de ensino su-perior de qualidade e sim, umobjetivo, uma meta para melho-ria da ciência e do bem estarsocial. “Formamos profissio-nais críticos, atuantes e capa-zes de contribuir com o desen-volvimento científico e tecnoló-gico no Brasil e no mundo, pormeio do ensino e extensão dequalidade e da pesquisa cientí-fica na área de Física. Isso le-vando em consideração as carac-terísticas socioeconômicas e cul-turais dos nossos alunos”, con-clui o diretor do instituto, eleitopela segunda vez consecutiva,professor Carlito Lariucci.

Pesquisa e expansão – De fato,Carlito não exagera quandoafirma que o IF se preocupacom a contribuição ao desen-volvimento tecnológico no Bra-sil e no mundo. Atualmente, oinstituto possui o maior núme-ro de publicações científicas in-ternacionais na UFG, com 40 a50 publicações anuais em dife-rentes áreas de pesquisa; vári-os pedidos de patente em an-damento; 33 projetos nos Pro-gramas Institucionais de Bol-sas / Voluntários de IniciaçãoCientífica (Pibic/Pivic), além deter os seus oito grupos de pes-quisas (Biofísica, Ensino de Fí-sica, Estatísticas de Sólidos eSuperfícies, Física Atômica eMolecular, Física de Semicon-dutores, Cristalografia e Mate-riais, Óptica Quântica e Resso-nância Paramagnética Eletrôni-ca) conceituados pela Coorde-nadoria de Aperfeiçoamento de

Física é destaque em produção científicaPROFESSORES DOUTORES SÃO RESPONSÁVEIS PELA MAIOR QUANTIDADE DE PUBLICAÇÕES INTERNACIONAIS DA UFG

Pessoal de Ensino Superior(Capes), com a nota 4, consi-derada uma boa nota.

O IF também é responsá-vel pelo curso de graduação emFísica nas modalidades de ba-charelado, licenciatura e peloPrograma de Mestrado e Dou-torado em Física. Anualmente, em média, 250 alunos sãomatriculados nesses progra-mas. Seu programa de douto-rado foi recomendado pela Ca-pes e terá início no primeirosemestre de 2008.

Por meio do Reuni, caso aproposta da UFG seja aprova-da pelo MEC, o IF procura au-mentar ainda mais as vagas nagraduação, criando uma novaturma de licenciatura no perí-odo vespertino, com 40 vagas,

e aumentando 10 vagas nas áre-as de licenciatura e bacharela-do, duplicando assim de 60para 120 as vagas oferecidas.

Atuante também na edu-cação a distância, o IF já contacom sete pólos municipais noprojeto do Pró-Licenciatura emFísica, com 30 vagas cada, ecom um pólo no projeto da Uni-versidade Aberta do Brasil(UAB), com 50 vagas, além deum projeto de criação de maisoito pólos da área pela UAB.

Pioneirismo e extensão – Comum quadro atuante de técnicos-administrativos, compostos porprofissionais nas áreas Labora-torial, Mecânica e Elétrica, oinstituto mantém o maior nú-mero de professores doutores

por unidade na UFG. Dos 31professores do IF, 27 são dou-tores. Do restante, há três mes-tres e fase de doutoramento.

O pioneirismo do institu-to ainda se estende para os pro-jetos de pesquisa, destacando-se como a primeira unidade daUFG a preparar sua semanacientífica. Iniciada em 1983, aSemana da Física completouem 2007 a sua 24ª edição, compalestras e minicursos regidospor professores brasileiros e es-trangeiros. Além desse evento,os projetos Escola de Invernode Física, Olimpíada de Físicae Conhecendo o Instituto deFísica, destacam-se como ati-vidades de extensão destinadasao fortalecimento do hábito deestudo da Física pelos alunos

da própria universidade, alémde aproximar mais o ensinomédio do aprendizado da área,colocando-os em contato coma física no dia a dia.

Dessa forma, o IF investeno incentivo à formação de no-vos formandos e conseqüente-mente, de mais professores epesquisadores em diversas áre-as, estimulando aos alunospré-vestibulandos a quebraremo preconceito de que a física éum “bicho de sete cabeças”. “Afísica no segundo grau não étrabalhada de forma interes-sante ao aluno e isso é umabarreira. Apostamos nessesprojetos de extensão que apro-ximam os estudantes de 2ºgrau do estudo da Física comouma forma de incentivá-los aingressarem no curso e desco-brirem o que é realmente serum físico”, ressalta Carlito.

Estrutura – Os 14 laboratóriosdo IF são mantidos pelo montan-te distribuído pelo governo, con-tando com editais de apoio àpesquisa científica e servindo àsáreas de Física Teórico-Computacional e Física Experi-mental Aplicada. Apesar de terum número relativamente acimada média de desistência na gra-duação, o IF mantém uma mé-dia de 60% dos alunos por tur-ma graduanda anualmente.

O IF mantém acima detudo uma política de ensino quepreza a qualidade dos forman-dos, destacando-se como umaunidade que aprova muitos alu-nos em cursos de pós-gradua-ção dentro e fora do país, ge-rando conhecimento para auniversidade e para o estado.

(Pedro Ivo Freire)

A solenidade de premiação da fase estadual da Olimpíada Bra-sileira de Física 2007 (OBF) ocorreu dia 23 de novembro, no Institu-to de Física da UFG. No total, 149 escolas públicas participaram doprograma.

Os 10 primeiros alunos de todas as séries das redes estaduaisde ensino médio e fundamental que passaram na segunda fase esta-dual da olimpíada receberam medalhas, livros e certificados, comorecompensa pelos bons resultados. Houve, ainda, cinco mençõeshonrosas para os alunos de escola pública. Os professores tambémreceberam mençãohonrosa pelo trabalhofeito durante o ano.

A terceira fase daOBF ocorreu no diaseguinte, também naUFG, e o resultado seráconhecido até 22 dedezembro. A OBF, queteve início no ano de1999, é um programapermanente da Socie-dade Brasileira de Fí-sica (SBF), destinado atodos os alunos do en-sino médio e da últimasérie do ensino fundamental. Por meio da Olimpíada, a SBF emcolaboração com os vários institutos e departamentos de Física deUniversidades Estaduais, Federais e Cefets elaborou um projeto que,como em outros países, visa usar as competições intelectuais comomeios capazes de despertar e instigar o interesse pela Física, me-lhorar o ensino, incentivar os estudantes a seguirem carreiras ci-entífico-tecnológicas e prepará-los para as Olimpíadas Internacio-nais de Física (OIF). (Carollyne Almeida)

Olimpíada Brasileira de FísicaAlunos, no total de 118,

de seis escolas municipais doEnsino Fundamental de Neró-polis, GO, foram reunidos nodia 09 de novembro para parti-ciparem do I Campeonato deJogos Matemáticos da cidade.O evento foi realizado pela par-ceria entre o Instituto de Mate-mática e Estatística (IME) daUFG. Prefeitura Municipal deNerópolis e Universidade Esta-dual de Goiás (UEG).

Professores,bolsistas do curso dematemática e estagi-ários ajudaram naorganização e auxíliodas disputas. Estu-dantes do 3° ao 9°ano passaram o diapraticando jogos detabuleiros como sei-xos, peões, hex, ama-zonas e ouri. A pro-fessora aposentadado IME e coordena-dora do evento, Zaí-ra da Cunha MeloVarizo, disse que oprograma é embasa-do na teoria dos jo-gos, capaz de desen-

UFG nos jogos matemáticos de Nerópolisvolver o raciocínio e aumentar acapacidade na tomada deci-sões. O que mais impressiona,segundo ela, é como “os alunosse interessam pelos jogos eaprendem a matemática ape-nas brincando”.

Essa é uma das ativida-des do programa Campeonato deJogos Matemáticos criado hátrês anos no Laboratório de Edu-cação Matemática (Lemat) do

IME. Seu objetivo é difundir di-ferentes formas de aprendizagempara outras instituições de en-sino. Durante um ano, educado-res de Nerópolis freqüentaram,uma vez por semana, o labora-tório para receberem orientaçõese repassarem aos outros profes-sores da cidade. As brincadei-ras passaram a ocupar espaçonas salas de aulas e foram pro-movidos pequenos campeona-

tos internos. “Parajogar é necessário fa-zer contas de cabeça,assim, eles apren-dem facilmente a ta-buada”, afirma a co-ordenadora.

Os resultados doprojeto favorecem aida das atividadespara outras cidadesdo interior de Goiás.Zaíra ressaltou que oprograma poderá seexpandir para outrasescolas, porém, é ne-cessário que exista ointeresse e o apoiodas prefeituras mu-nicipais.

(Vinícius Batista)

A entrega dos prêmios contou com aparticipação do reitor Edward Brasil e do

diretor do IF, Carlito Lariucci

Recursos laboratoriais são fundamentais para a compreensão dos fenômenos da Física. Na foto, professordemonstra para alunos os efeitos de descarga elétrica em um Gerador de Van De Graaff, carregado com

alta voltagem, durante a Semana de Física, no câmpus II da UFG

Com o auxilio de uma estágiaria da UFG,alunos do ensino fundamental elaboram o

conhecimento matemático por meio da vivênciados jogos

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ENSINO E EXTENSÃO

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18 Goiânia, novembro/dezembro de 2007

m estudo sobre o pro-cesso de formação deum campo político na

América Latina, memórias deuma infância na Vila de Nos-sa Senhora da Pena do Buri-ty, detalhes da MedicinaAyurvédica em prol da quali-dade de vida, e versos, paraos amantes da poesia. Essa éa diversidade de assuntos dosquatro livros lançados pelaEditora UFG no último dia 7de novembro, com solenida-de no Museu Antropológico.

A festa de lançamentocontou com a presença da pró-reitora de Pesquisa e Pós-Gra-duação da UFG, Divina dasDores de Paula Cardoso, repre-sentando o reitor Edward Ma-dureira Brasil, da diretora ge-ral do Centro Editorial e Gráfi-co (Cegraf) da UFG, Maria dasGraças Monteiro Castro, da di-retora do museu, professoraNei Clara de Lima, de profes-sores da universidade, alémdos autores e seus familiares.

Maria das Graças come-morou o lançamento dos qua-tro títulos, o que ela conside-rou uma missão “custosa”,em face de problemas como agreve dos servidores técnico-administrativos ocorrida nes-te ano. “É muito bom quandoo livro se concretiza e damosretorno aos autores”, ressal-tou a diretora do Cegraf.

Divina das Dores para-benizou os autores e destacouque apenas as amostras dasobras, feitas no lançamento,já foram magníficas: “Sãoquatro obras com nuancesdiferentes e cada uma temuma contribuição importan-tíssima”, atestou a pró-reitora. Divina das Dores afir-mou, ainda, que é muito sa-tisfatório ver que o Cegraf estácumprindo uma das priorida-des desse reitorado, que écolocar a serviço dos docen-tes e da comunidade a possi-bilidade de produzir obras.

Obras – A professora da Facul-dade de Ciências Humanas eFilosofia (FCHF) da UFG, Liber-tad Borges Bittencourt, teve

Amigos do HC realizam bazarno Shopping Flamboyant paraarrecadar recursos para ospacientes

“Um amigo vale muito.Muitos amigos fazem o HC”, esseé o lema dos voluntários Amigosdo Hospital das Clínicas (HC),da UniversidadeFederal de Goiás(UFG), que reali-zaram um bazarno piso 2 doFlamboyant Sho-pping Center,durante os dias31 de outubro a9 de novembro.No local, foramexpostos mais demil peças e arti-gos artesanaisconfeccionadospelos voluntári-os do hospital.

No bazar,estavam disponí-veis à venda vári-os produtos ma-nuais como pa-nos de pratos, ta-petes, toalhas derosto, enfeites demesa, artigos na-talinos, sabone-tes artesanais e demais produ-tos, que custavam de R$ 3,00a R$ 120,00. Os trabalhos sãorealizados pelos 32 voluntári-os do HC que doam os aviamen-tos necessários para a confec-ção dos artigos artesanais.

Segundo a coordenadorada assistência social, Coracildeda Silva, os recursos arrecada-dos no bazar são utilizados paraatender aos pacientes do hospi-tal. Coracilde explicou que,quando um paciente dá entradano Hospital das Clínicas, a as-sistente social faz o atendimen-to, e, dessa forma, conhece asnecessidades dos pacientes.Assim, os amigos do HC utili-zam os recursos advindos dosbazares para comprar medica-mentos, doam cestas básicas,confeccionam enxovais, doamroupas, calçados, brinquedos eajudam os necessitados.

Coracilde da Silva ressal-

Editora UFG lança quatro títulosPUBLICAÇÕES VERSAM SOBRE DIFERENTES TEMAS

sua tese de doutorado, “A for-mação de um campo políticona América Latina – As orga-nizações indígenas no Brasil”,realizado na Universidade deBrasília (UnB), lançada em li-vro. Atuante na área de Histó-ria Latino-Americana, a profes-sora explicou que essa é umapesquisa inédita no país. Elaestudou tribos indígenas doBrasil e do México, com asquais teve contato, e percebeuque tinham discursos e reivin-dicações semelhantes. O livrotraz também um apanhado dedepoimentos de indígenas dascinco regiões do país.

Para apresentar seu li-vro, “Memórias Catrumanas –Recordações da Vila de Nos-sa Senhora da Pena do Buri-ty no Urucuia”, o professor daFCHF, Sidney Valadares Pi-mentel, convidou a tambémprofessora de Antropologia daFCHF, Cintya Rodrigues, queclassificou o livro como “meioantropológico, meio autobio-gráfico e meio memorialísti-co”. Ela destacou o desloca-mento de olhar dado por Sid-ney às histórias de sua infân-cia, segundo Cintya, contadascom olhos de criança. Para ela,o autor subverte a noção me-morialista convencional deuma forma muito sofisticada.

O médico Danilo MacielCarneiro, se dizendo um es-tranho no ninho, por não serescritor nem professor, apre-sentou seu “Ayurveda – Saú-de e Longevidade”, como umaobra de tema alternativo, den-tro da linha editorial e até

mesmo da linha médica. Da-nilo explicou que o Ayurvedaé uma ciência, uma filosofiae um sistema de medicinamilenar, que chegou ao Bra-sil e a Goiânia há cerca de 25anos. Segundo ele, o livro nãotem linguagem técnica, por-tanto, é destinado a todas aspessoas: “o objetivo é trazerpara o nosso conhecimentoessa ciência, que promovesaúde e qualidade de vida”.

O professor do CâmpusAvançado de Catalão da UFG,Wesley Peres, explicou queseu “Palimpsestos” tem frag-mentos de um “ensaio de pro-sa poética” e de poemas naversificação tradicional. Pa-limpsestos eram manuscritosfeitos antes da invenção e dis-seminação do uso do papel.Como havia escassez dessematerial, cada palimpsestoera reescrito duas ou três ve-zes, mediante a raspagem dotexto anterior. “Era como sevocê tivesse várias camadasde textos, então, palimpses-tos é a idéia do que eu pensodo texto poético, como se eletivesse muitas camadas sig-nificativas”, afirmou Wesley.

A diretora do Cegraf fes-tejou a inauguração do parquegráfico, que deve ocorrer nopróximo ano. Com o retorno doprocesso de licitação de umaimpressora off-set, Maria dasGraças acredita que muitosproblemas de ordem técnica ede aparelhagem serão sana-dos, fazendo de 2008 um ano“vindouro e próspero” para oCegraf. (Ana Paula Vieira)

Por uma boa causatou que ser um amigo do HC vaialém de somente contribuir ma-terialmente, ajudando quem pre-cisa de tratamento médico. Osvoluntários são responsáveispelo atendimento humanizado, jáque os médicos e as enfermeiraspossuem uma pesada carga ho-rária de trabalho. Desse modo,

esses profissionaisnem sempre têmtempo de conhecerquem são as pesso-as que eles estãoatendendo. Assim,os voluntários sedispõem a ajudarno pronto-socorro,na pediatria e nosdemais setores doHC, nos quais elesse sentem bem,prestando atendi-mento.

O grupo irápromover mais doisbazares ainda esteano. O primeiroserá realizado du-rante a Feira da So-lidariedade, promo-vida pelo arcebispode Goiânia, DomWashington Cruz,entre os dias 6 a 9de dezembro , no

Flamboyant Shopping Center. Osegundo será o Bazar de Nataldo HC, que ocorrerá nos dias 10a 14 de dezembro, nas depen-dências do hospital.

O serviço de voluntariadodo HC é um trabalho sem finslucrativos. O principal objetivo dogrupo, de acordo com Coracilde,é promover a solidariedade e obem-estar dos pacientes. A coor-denadora da assistência socialafirmou que o maior desejo dosvoluntários é conscientizar aspessoas a servirem ao próximo.

Para ser um voluntário doHC o interessado precisa dedi-car somente quatro horas de ser-viço, uma vez por semana. OsAmigos do HC foi criado em 1999e irá completar 10 anos, em2009, de atividades desenvolvi-das no hospital. Mais informa-ções podem ser obtidas pelo te-lefone (62) 3269-8366.

(Mayara Jordana)

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Feira do valor da gente

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Os servidores da Universidade Federal de Goiás tiverama oportunidade de mostrar e comercializar seus trabalhos ar-tesanais na II Feira do Servidor da UFG, que trouxe o tema“Valor da Gente” e ocorreu no dia 6 de dezembro no Centro deConvivência Professor Colemar Natal e Silva, na Praça Univer-sitária. Além dos servidores ativos e aposentados terem a opor-tunidade de expor artigos artesanais e culinários, houve sere-nata e apresentações culturais. A edição do ano passado, re-tratada na foto, teve um público de aproximadamente 500pessoas. A procura para a feira de 2007 começou em janeiroe foi concluida com 50 inscritos.

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DESTAQUE

Os autores Sidney Valadares, Danilo Maciel, Libertad Borges eWesley Peres posam com suas respectivas obras

Maria das Graças Monteiro Castro, diretora do Cegraf da UFG (no centro) comemorou o lançamentodos livros: “É muito bom quando o livro se concretiza e damos retorno aos autores”

No bazar foram oferecidosprodutos manuais, enfeites

natalinos, sabonetesartesanais, dentre outros

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19Goiânia, novembro/dezembro de 2007

As professoras da Faculdade de Artes Visuais (FAV)da Universidade Federal de Goiás (UFG), Lêda Maria deBarros Guimarães e Rosa Maria Berardo, receberam con-vite para visitar a universidade The Ohio State (The OSU),nos Estados Unidos. A visita tem a intenção de garantir atroca de experiências na área de ensino de arte, além dedelinear ações conjuntas para pesquisa e publicações.

Durante o encontro, haverá a troca de informaçõessobre projetos de pesquisa em andamento, um workshopsobre culturas tradicionais com apresentação de vídeosda docente Rosa Berardo e elaboração de projetos de pes-quisa em parceria entre as instituições.

Dois alunos do Programa de Pos-Graduação em Cul-tura Visual irão acompanhar as professoras. A viagem estáprevista para o dia 15 de janeiro de 2008 e terá a dura-ção de dez dias.

Em 2005, a UFG recebeu equipes das universida-des estadudinenses Ohio State University e Cincinnati Uni-versity, formadas por professores e alunos para firmarum acordo colaborativo entre essas instituições e a UFG,especialmente no campo do ensino de arte.

(Ana Flávia Alberton)

Aluna do 9º perío-do do curso de Farmá-cia, Thaís Leite Nasci-mento, é a primeira es-tudante da UFG a serselecionada para o cur-so de Língua e CulturaAlemã, oferecido peloDiretório Alemão de In-tercâmbio Acadêmico(DAAD), que será reali-zado de 4 de janeiro a 9de fevereiro de 2008.

A oportunidade éum incentivo a jovenspesquisadores do mun-do inteiro, principal-mente os que queiramfazer especialização oudoutorado na Alema-nha. Estudantes de gra-duação a partir do 6ºperíodo e de mestradopodem se candidatar. Aseleção consiste em pro-va de língua alemã, car-ta de motivação, cartade recomendação e aná-lise de currículo e his-tórico acadêmico.

Thaís está entre os12 estudantes brasilei-ros, cinco de mestradoe sete de graduação,que, rumo à cidade de

A professora da Escola de Música e ArtesCênicas (Emac) da Universidade Federal de Goi-ás (UFG), Marília Laboissière, foi júri do Con-curso Internacional Cláudio Arrau, realizado nacidade de Quilpué, no Chile. O evento ocorreuentre os dias 29 de outubro e 4 de novembro.

Esta foi a segunda vez que a professora re-cebeu o convite para integrar o júri do concursoque é realizado há 23 anos e tem a intenção dehomenagear o pianista Cláudio Arrau e promo-ver a música chilena. A comissão organizadoraescolheu as partituras utilizadas no confronto -momento em que os participantes de cada cate-goria tocam as mesmas composições para se-rem avaliados.

Entre os dias 26 e 28 de Outubro, Maríliafoi jurada do Concurso Nacional de Piano Ores-tes Farinello, realizado em Anápolis. Dentre di-versas atividades desenvolvidas este ano, a pro-fessora compôs o corpo de jurados do VIII Con-gresso Nacional Villa Lobos, fez parte da orga-nização do comitê científico do 3° Encontro deMúsica e Mídia, promovido pelo Núcleo de Es-tudos de Música e Mídia da USP e foi coordena-dora científica do 17° Congresso da AssociaçãoNacional de Pesquisa e Pós-graduação em Mú-sica (Anppom), realizado em São Paulo.

(Ana Flávia Alberton)

O intercâmbio dealunos e professores comas écoles francesas temampliou-se significativa-mente nos últimos doisanos. No mês de novem-bro a professora Ofir Ber-gemann de Aguiar, Coor-denadora de Assuntos In-ternacionais/UFG e oprofessor Robson MaiaGeraldine, Coordenadordo Projeto Capes/Brafitecnº 24, que envolve UFG,Universidade de São Pau-lo – Escola Superior deAgricultura “Luiz de Quei-roz” (USP/Esalq) e Fede-ração das Escolas Supe-riores de Engenharia emAgricultura da França(Fesia), visitaram as ins-tituições de ensino supe-rior que compõem a Fesia.

A visita teve por ob-jetivo acompanhar in locoas atividades que os alu-nos estão desenvolvendona França, além de con-tribuir na seleção dos alu-nos franceses que virão aUFG em janeiro do próxi-

A Associação Brasi-leira de Estudos Canaden-ses (Abecan) é uma entida-de financiada pelo governodo Canadá, formada pormais de 450 pesquisado-res, entre professores euniversitários, que traba-lham com estudos voltadospara esse país. A sede atu-al da associação é em Sal-vador, na UniversidadeFederal da Bahia (UFBA).A novidade é que a partirde abril de 2008 a UFGserá a nova sede da enti-dade. É a primeira vez quea associação vem para aregião Centro-Oeste.

A gestão 2008/2010da Abecan será presididapela professora da Facul-dade de Artes Visuais,Rosa Berardo, que coorde-na o Núcleo de EstudosCanadenses na UFG. AAbecan sempre esteve vol-tada para a área de Huma-nas, especialmente Letras,e, segundo Rosa, um dosnovos desafios é fazer comque a associação seja maismultidisciplinar e que en-globe outras áreas, desdeArtes até Computação. Ooutro desafio é mudar operfil da Abecan. A in-

Com a ida do rei-tor Edward MadureiraBrasil, ao Instituto Po-litécnico de Bragança(IPB), em Portugal, nomês de julho, agora foia vez do presidente doIPB, João Sobrinho Tei-xeira, do vice-presiden-te, Luis Manoel SantosPaes, e do diretor daEscola Superior Agrária,Albino Antônio Bento,visitarem a UFG. Du-rante o dia 16 de no-vembro, os professoresconheceram a Escola deAgronomia e Engenha-ria de Alimentos, o Mu-seu Antropológico e as-sistiram a demonstra-ções de laboratórios deengenharia.

O motivo da visitafoi discutir novas possi-bilidades para ampliar aparceria entre as duasinstituições. Atualmente,dois alunos do curso deAgronomia estão cursan-do disciplinas e estagian-do no IPB. Em 2008, aestudante de CiênciasBiológicas do câmpus deJataí, Tatiana dos AnjosResende, realizará estu-dos e estágio em Portu-

Aluna vai à Alemanha

Leipzig, no leste da Ale-manha, representará aUFG entre instituiçõescomo Universidade deSão Paulo (USP), Univer-sidade de Campinas(Unicamp), UniversidadeFederal do Rio de Janei-ro (UFRJ) e Instituto Tec-nológico de Aeronáutica(ITA). “Vai ser uma boaexperiência, pois terei aoportunidade de conhe-cer estudantes do mun-do inteiro. Poderei trocarexperiências e fazer oscontatos para a minhapós-graduação”, con-cluiu Thaís.

(Ana Paula Vieira)

Professores visitam a França

Brasil e Canadá estreitam laçostenção é implementarações que não sejam sóteóricas ou acadêmicas.“É preciso que as açõessociais sejam aplicadasno projeto. O acadêmicoaliado e envolvido com osocial”, afirma Rosa.

O projeto WapikoniMobile é uma escola decinema ambulante. O es-túdio percorre as comuni-dades indígenas no Que-bec e ensina aos índios afazerem seus próprios fil-mes. Por intermédio deRosa Berardo, o Minis-tério da Cultura do Bra-sil e o governo do Cana-dá acabam de firmar par-ceria para a troca de ex-periências entre os ín-dios brasileiros e cana-denses. “Nossos índiosvão fazer estágios no Ca-nadá, por meio do Wapi-koni, e os índios cana-denses farão estágios noBrasil dentro do projetoVídeo nas Aldeias”, in-forma a professora. Jáestá estabelecido, ainda,que a partir de março de2008, será realizado naUFG um festival de cine-ma indígena.

(Carollyne Almeida)

UFG e Ohio: ações pela arte

gal. Segundo a pró-reitora de Graduação,Sandramara MatiasChaves, existe a possibi-lidade da UFG oferecerdez bolsas para estudan-tes do IPB que desejaremfazer intercâmbio. O Ins-tituto oferecerá, em tro-ca, a mesma quantidadede vagas para alunos dauniversidade.

Também foram dis-cutidas a possibilidadede transferência de alu-nos, a criação de mestra-dos interinstitucionais ea participação da UFGem um projeto realizadopelo IPB em Angola. “Foiuma visita na qual asperspectivas são muitoboas. O convênio estásendo encaminhado. Asoutras questões nós va-mos discutir e ver, doponto de vista legal, oque é possível fazer. So-bre o mestrado, nós va-mos discutir com as uni-dades que poderiam serenvolvidas. Temos quever quais são áreas emcomum que eles têm lá enós aqui”, disse a pró-reitora.

(Vinícius Batista)

Docentes de Bragança na UFG

Emac em concurso no Chile

mo ano. Segundo o pro-fessor José Peres de LimaNeto, responsável pelasrelações entre instituiçõesbrasileiras e a ÉcoleSuperieur d´AgricultureD´Angers (ESA-Angers/Fesia), “a visita foi umaboa oportunidade de inte-grar os parceiros” e con-tribuir de forma efetivapara que as relações entreas instituições sejam am-pliadas.

Intercambistas – A aca-dêmica Thays de LimaDias acaba de embarcarpara a França. Ela teráaulas no Institut Supérieurd´Agriculture de Lille. Emjaneiro de 2008, será a vezde Luiz Paulo Santos Sil-va. Jordana Gabriel Sarae João Victor Silva No-gueira irem para Isara-Lyon e Luiz Paulo SalesSilva para a Ecoled´Ingénieurs de Purpan ,em Toulouse. Eles irão so-mar-se aos 14 alunos queestão na França. (CAI)

Gestores do Instituto Politécnico de Bragança e daEscola Superior Agrária, de Portugal, foram

recepcionados por dirigentes da Reitoria da UFG e daEscola de Agronomia e Engenharia de Alimentos

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Professora Ofir Bergemann (centro) eintercambistas brasileiros na França

A inserção da UFG na Rede Bracerb propiciará aampliação de intercâmbios e garantirá redução das

taxas escolares para os alunos da UFG. A Uqam sedia oCentro de Estudos e Pesquisas sobre o Brasil (Cerb),

que é o centro de referências sobre o Brasil nascomunidades universitárias canadenses. O fato é

motivo de orgulho para a UFG que, ao ingressar narede, também já ocupa a presidência da rede, assumida

pela professora Rosa Berardo, da Faculdade de ArtesVisuais (FAV). Na foto: professora Rosa Berardo (fundoà direita) e representantes de instituições brasileiras ecanadense (Universidade de Quebéc - Uqam), inclusive

o diretor do Centro de Estudos e Pesquisas sobre oBrasil (Cerb), Gaetan Tremblay (último à esquerda).

INTERCÂMBIO

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20 Goiânia, novembro/dezembro de 2007

série “Meio Ambiente”da Rádio Universitáriada Universidade Fede-

ral de Goiás (UFG) fo i agrande vencedora desteano, na categoria imprensa-rádio, do 6° Prêmio Crea deMeio Ambiente concedidopelo Conselho Regional deEngenharia e Arquitetura deGoiás (Crea-GO). A série foiproduzida e apresentada peladiretora de jornalismo daRádio, Josete Bringel, e con-tou com a edição de Sebasti-ão Cruz. A solenidade de pre-miação ocorreu no dia 23 denovembro, na casa de even-tos Boullevard.

A série, que foi veicu-lada de julho a agosto, na870AM, divulgou dez pro-gramas re lac ionados aomeio ambiente. Segundo Jo-sete Bringel, foram dois me-ses para se realizar o levan-tamento de temas, as entre-vistas e a edição. Foram fei-tas enquetes para se conhe-cer o posicionamento daspessoas quanto ao meio am-biente, além da busca porautoridades especialistasnos assuntos.

O Instituto Euvaldo Lodi(IEL) concedeu o primeiro lu-gar do Prêmio Top Estagiárioao estudante Eduardo Lou-renço de Sá, do curso de En-genharia de Alimentos daUniversidade Federal de Goi-ás. Seu trabalho para a in-dústria Cristal Alimentos re-cebeu a premiação máximana categoria Média Empresa.Eduardo também conquistouo segundo lugar no prêmio

A equipe universitáriaformada pelos alunos AlexValim Lopes, Maria Izabel dosSantos, Fadylla Caetano eDiogo Henrique Santana, aca-dêmicos do curso de Econo-mia da UFG, ganharam o Prê-mio Desafio Sebrae/2007Etapa Regional Goiás.

O Desafio Sebrae é umjogo que utiliza um softwarede gerenciamento que, duran-te a competição, avalia as de-cisões das equipes em ambi-entes que simulam a realida-de do mercado.

Neste ano, os vencedo-res do estado de Goiás, alu-nos do curso de Economia daUFG, conseguiram a melhorpontuação na administraçãode uma empresa virtual de

Rádio Universitária vence Prêmio Crea GoiásA SERIE “MEIO AMBIENTE” DA DIRETORA DE JORNALISMO JOSETE BRINGEL VENCEU A CATEGORIA IMPRENSA-RÁDIO

A degradação ambiental,tanto mundialmente como noterritório goiano, foi umasdas preocupações abordadasna série. De acordo com Jo-sete Bringel, um dos assun-tos abordou a destinaçãomundial de pneus usados.Com base nas pesquisas re-alizadas, tomou-se conheci-mento de que a Europa, du-rante muito tempo, mandavaseus pneus semi usados paravários países, inclusive parao Brasil, não reaproveitando omaterial e aumentando aquantidade de lixo dos paísesque recebiam os pneus.

Outros temas tambémdiscutidos foram a destrui-ção do Cerrado e a utiliza-ção da madeira deste biomapara produção de carvão,com o propósito de abaste-cer as siderúrgicas minei-ras, e um relativo à educa-ção ambiental, que divulgoua iniciativa de reciclagempromovida pela associaçãode catadores de materiaisrecicláveis, Beija Flor, queatua em Goiânia. JoseteBringel afirmou que o inte-resse em produzir a série

“Meio Ambiente” surgiu ba-seado em programas já vei-cu lados na 870 AM queabordam a temática. Sobrea premiação, Josete Bringeldestacou que é o reconheci-mento de um trabalho dequalidade e que a vitória in-centiva a realização de ou-tros projetos .

Segundo a diretora dejornalismo da Rádio Univer-sitária, a linha editorial darádio permite que trabalhostemáticos e educativos comoesse sejam realizados. Eladefiniu que o diferencial daUniversitária é a indepen-dência e que por ser umaemissora per tencente àUFG, prima pelo ensino,pesquisa e extensão. “Nóstemos como diferencial apossibilidade de trabalharmais a informação, porquea gente não lida apenas coma factual do dia-a-dia”, res-saltou Josete. A série “MeioAmbiente” está disponívelno site da Rádio Universi-tária www.radio.ufg.br edeverá ser reprisada na pro-gramação da 870 AM.

(Mayara Jordana)

Estudante da UFG recebeo Prêmio Top Estagiário 2007

nacional, que foi entregue nodia 6 de novembro, no edifí-cio sede da Confederação Na-cional da Indústria, em Bra-sília.

O Prêmio IEL de estágioé um projeto do Instituto Eu-valdo Lodi para homenagear,incentivar e premiar estagiá-rios que desenvolveram tra-balhos inovadores dentro dasempresas. É ainda um gran-de estímulo para o fortaleci-

mento do estágio como pos-sibilidade não apenas de apri-moramento profissional dosestudantes, como também deretorno produtivo para as em-presas. A professora MarildaShuvartz, coordenadora geralde Estágios da UFG, repre-sentou oficialmente a institui-ção na solenidade de entregada premiação.

Segundo a professoraorientadora do projeto vence-dor, Raquel de Andrade San-tiago, o estágio tem por ob-jetivo reduzir a distância en-tre a universidade e a socie-dade, realizando parceriasrentáveis para os dois lados.A professora Raquel frisa queo estagiário desenvolve umtrabalho rigoroso e científicopara valorizar os produtos fa-bricados pela indústria, re-vertendo o conhecimento emaprendizado e em maior pro-dutividade. Eduardo de Sádesenvolveu um projeto deaproveitamento de subprodu-tos do processo de arroz naprodução de barras de cere-ais, com diferentes teores defarelo. Outro destaque foi oprofessor do curso de Enge-nharia de Alimentos, CelsoMoura, que participou dabanca examinadora do IELpelo segundo ano consecuti-vo e foi homenageado na en-trega do prêmio nacional.

Economia vence PrêmioDesafio Sebrae Regional

cosméticos, setor que estáem franca expansão no Bra-si l . Durante o desafio, aequipe lidou com situaçõesreais de administração de umnegócio, cuidando da contra-tação e ações de marketingaté o gerenciamento de re-cursos e planejamento.

Agora, os estudantesesperam para participaremdas semifinais em São Pau-lo . O Prêmio do Desaf ioSebrae é famoso pe lasimensas oportunidades detrabalho que podem trazeraos vencedores. Em 2005,por exemplo, os vencedoresregionais de Goiás ganha-ram viagens internacionaise vagas de trabalho na em-presa Vale do Rio Doce.

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PRÊMIOS

Josete Bringel dedicou dois meses de trabalho naprodução e edição do série de reportagens vencedora

Eduardo Lourenço de Sá (no centro) do curso deEngenharia de Alimentos com o seu prêmio

A equipe vencedora , formada por quatro estudantede Economia exibe os troféus

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21Goiânia, novembro/dezembro de 2007 HOMENAGENS

le é meu mestre”. As-sim, Raimundo Ferrei-ra Marques descreve o

irmão mais novo, BeneditoFerreira Marques, vice-reitorda Universidade Federal deGoiás e mais novo cidadãogoiano, agraciado com o títuloem sessão solene da Assem-bléia Legislativa do estado deGoiás no dia 12 de novembro.A atmosfera de admiração aomestre era visível no Plená-rio Getulino Artiaga, apinha-do de amigos, alunos, ex-alu-nos, autoridades de váriasinstâncias, professores, ser-vidores, pró-reitores e reitorda UFG, e familiares.

Uma palavra permeoutodos os depoimentos sobre ohomenageado: perseverança.Esse maranhense de BarroBranco, que estudou em es-cola pública, saiu cedo decasa para estudar Direito naUniversidade Federal do Ma-ranhão, em São Luís. Comofuncionário do quadro jurídi-co do Banco do Brasil, veiotransferido para Goiânia em1972, enxergando a cidadeapenas como um ponto estra-tégico para alcançar a sonha-da capital federal. Brasília foium destino arquivado quan-do, chegando a Goiânia, aocair da noite, viu as luzes edisse: “Que lindo!”. Segundoele, foi amor à primeira vista.

Dono de uma vaga dispu-tada por quinze candidatos,ouviu, quando chegou: “Ou ébom de serviço ou teve um for-te pistolão”, o que soou comoadvertência e incentivou Bene-dito a provar a resposta dadana época: “Não tive pistolão”.Esse foi o empurrão para avida acadêmica, quando fezespecialização em Direito Ci-

O reitor da Universi-dade Federal de Goiás,Edward Madureira Brasil,foi homenageado pela As-sociação dos EngenheirosAgrônomos de Goiás (Aea-go), recebendo o PrêmioDestaque do Agrobusinessdo estado de Goiás, em so-lenidade realizada esta se-mana, no Clube de Enge-nharia.

A noite de homena-gens foi em comemoraçãoao Dia do EngenheiroAgrônomo (12 de outubro).Cerca de 300 pessoas par-ticiparam do evento, mar-cado também pelo lança-mento do livro “Reminis-cências de um trabalhadoragro-brasileiro – aconteci-

Em sessão solene rea-lizada no dia 18 de outubro,no Plenário Getulino ArtiagaLima, José Garcia Neto, dire-tor geral do Hospital das Clí-nicas (HC) da UFG, recebeu aMedalha do Mérito Legislativo“Pedro Ludovico Teixeira”, ematendimento à propositurados deputados Vanuza Vala-dares e Valdir Bastos.

O deputado JardelSebba, médico e presidentedo Legislativo, ressaltou, du-rante a solenidade, que Goi-ás é motivo de orgulho para apopulação, por ser um doscentros mais avançados daMedicina no país, graças aoalto grau de competência dosprofissionais que aqui atuam.O deputado Valdir Bastosdestacou as áreas de oftalmo-logia, cirurgia plástica e cirur-gia cardiovascular, que colo-cam o estado em destaque nocenário nacional.

Vice-reitor da UFG é o mais novo cidadão goianoBENEDITO FERREIRA MARQUES É AGRACIADO COM TÍTULO EM SESSÃO SOLENE DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Reitor recebe prêmio Destaquedo Agrobusiness de Goiás

Diretor do Hospital das Clínicas recebe homenagemTambém foram homena-

geados os médicos do HC RuiGilberto Ferreira, chefe doserviço de Ginecologia, Mau-rício Guilherme Viggiano, pro-fessor da área de Obstetrícia,e Paulo Garcia, professor deNeurocirurgia. Para José Gar-cia, a homenagem tem umsignificado muito importante,pois “é o reconhecimento do

trabalho pessoal e coletivodos homenageados em prolda melhoria da UFG e do hos-pital universitário e, conse-qüentemente, da melhoria daassistência à saúde da popu-lação do estado de Goiás”.Ainda completou, dizendo quea homenagem veio como umincentivo para continuar tra-balhando arduamente.

mentos, histórias e cau-sos”, de autoria do enge-nheiro agrônomo, CarlosCésar de Queiroz.

Além do reitor – que éagrônomo –, a Associaçãocondecorou outras perso-nalidades de destaquedentro do setor agrícola.Foram eles: o presidente doConselho Regional de Enge-nharia e Arquitetura (Crea-Go), Francisco Antônio Sil-va de Almeida, o consultortécnico do Caderno do Cam-po do jornal O Popular,Udisson Boaventura, e osempresários MauriozanCarrijo de Souza (Agroqui-ma Produtos Agropecuários)e Verni Werman (AgrícolaWehrman).

vil, Direito Agrário e DireitoComercial, respectivamenteem 1975, 1976 e 1980, na UFG.Sendo assim, em agosto de1976 foi convidado a ministraraulas na Universidade Católi-ca de Goiás (UCG) e em 1980chegou ao quadro de professo-res da Faculdade de Direito daUFG. “Tomei gosto pelo magis-tério e, mesmo trabalhando noBanco do Brasil até 1990,quando me aposentei, resolvime jogar de corpo e alma”, dis-se o professor Benedito.

Ao apresentar o home-nageado, o presidente da ses-são, deputado Honor Cruvi-nel, autor do requerimentoque atende à Lei 14456, pro-posta pelo finado colega Bis-po Walter Inácio, assim justi-ficou a homenagem: “Por suadedicação ao estudo da ciên-cia jurídica, por sua vastacultura, por ter escolhido,mesmo diante de tantas di-ficuldades, a vida acadêmica,

e pelo importante trabalhoque vem sendo realizado naUFG, tenho a honra de presi-dir essa sessão que outorga otítulo de cidadão goiano a Be-nedito Ferreira Marques”.

Confirmando o discursode Honor Cruvinel, Benedito,que considera a docência umsacerdócio, foi enfático ao di-zer que atribui o título à suaconduta como professor, deajudar o desenvolvimento do

estado. O presi-dente da Ordemdos Advogados doBrasil (OAB), seçãoGoiás, e ex-alunode Benedito, Mi-guel Ângelo Can-çado, sentenciou:“aprendi que a per-severança, o estu-do, é o caminhoque se deve seguir.É essa a missãoque ele tem passa-do às várias gera-ções e eu tive oprazer de fazer par-

te de uma delas”.Além de professor, na

UFG, Benedito Ferreira acu-mula diversos cargos admi-nistrativos: foi subchefe dodepartamento do curso deDireito Privado, diretor daFaculdade de Direito, coorde-nador do mestrado em DireitoAgrário por dois mandatos,chegando ao atual cargo device-reitor em 2006. “A home-nagem ao professor Beneditoé justíssima, pois, além de játer se tornado um goiano de co-ração, é um companheiro leal,parceiro nessa minha jornada,que me dá a sustentação paraaté, às vezes, ousar mais naspropostas. Tudo isso com umahumildade enorme”, declarouo reitor da UFG, Edward Ma-dureira Brasil.

O discurso emocionado epoético feito pelo homenagea-do provou o talento e a elo-qüência característicos de umjurista. Em tom nostálgico,Benedito Ferreira Marques re-latou dificuldades, lembrou doesforço dos pais, que deixaramnove filhos formados, e agra-deceu o apoio da família, es-posa Nelice, filhas Carla Re-

gina e Marlice, netos, além doirmão Raimundo, também ad-vogado, que veio do Maranhãoespecialmente para prestigiara homenagem a Benedito, aquem recorre nos momentosde dúvidas jurídicas. “Ele sem-pre foi, desde pequeno, o maisestudioso da família”, confi-denciou Raimundo. Beneditoagradeceu, ainda, aos colegasdo Banco do Brasil e aos ir-mãos da Maçonaria.

Depois do discurso, a de-putada Vanusa Valadares feza proclamação do título, entre-gue pelo presidente da sessão.“Eu me sinto bem com esse tí-tulo, pois é a materialização deum sentimento que eu já vinhatendo. Hoje, exatamente 34anos, 9 meses e 9 dias depoisde ter chegado a Goiás, sougoiano de coração e por lei”,festejou o professor Benedito.Virmondes Cruvinel Filho, ve-reador representante da Câ-mara Municipal, professor daUFG e também ex-aluno dohomenageado, contou: “Tam-bém propus na Câmara a en-trega da Comenda ColemarNatal e Silva em homenagemao professor Benedito, desta-cando o trabalho que ele de-sempenha, de forma que quemganha é o estado de Goiás”.

“Eu já escolhi Goiás paraser minha morada derradeira”,disse Benedito Ferreira Mar-ques. Ele conta que, como ad-vogado do Banco do Brasil, eem eventos científicos, conhe-ceu muitas cidades do interi-or: “Isso foi fortalecendo o sen-timento de amor que tenho aesse estado, sem esquecer evi-dentemente a minha terra na-tal, mas escolhi Goiás pra fi-car o resto da minha vida”.

(Ana Paula Vieira)

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Professor JoséGarcia ao lado deValdir Bastos emregistro histórico desua homenagempela AssembléiaLegislativa de Goiás

Professor Benedito Ferreira Marques ladeado pelo deputadoestadual Honor Cruvinel e pelo reitor Edward Madureira Brasil

(acima) e cercado pelo carinho da família

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22 Goiânia, novembro/dezembro de 2007

O comportamento suicida constitui um im-portante problema de saúde pública. Compreen-de um continuum, que vai desde a ideação suici-da, plano suicida, ameaça suicida, tentativa desuicídio e o suicídio consumado. Os registros es-tatísticos evidenciam que, nos últimos 45 anos,a mortalidade global por suicídio vem migrandodos grupos dos mais idosos para o de indivíduosmais jovens.

Ao se estudar causas e fatores que levam umapessoa a tentar suicídio, a forma mais pragmáticaé a divisão entre fatores de risco modificáveis enão modificáveis. Entre os primeiros, se situam otratamento adequado e eficaz para os casos detranstorno depressivo, a presença de arma de fogono domicílio, acesso a medicamentos e substânci-as tóxicas. Entre os fatores não modificáveis es-tão as histórias pregressas e familiares de suicídi-os, aspectos demográficos como sexo e idade.Acrescentam-se ainda o isolamento social e pro-blemas interpessoais presentes em alguns trans-tornos psiquiátricos.

O suicídio acomete pessoas independente dograu de instrução e posição sócioeconômica -cultural.

O sofrimento psíquico presente em pessoascom comportamento suicida atinge pessoas cria-tivas, produtivas, sem esperança, famosas, fracas-sadas, solitárias, que, em algum momento da vida,concretizam em atos a derrota do existir.

Poderia nomear a vasta gama de escritores,políticos, cientistas, filósofos e artistas que se sui-cidaram, deixando profundas indagações entre osfamiliares e as pessoas com as quais conviviam,desencadeando fortes sentimentos de culpa, rai-va e vergonha.

Por gostar de literatura, não me furto aodesejo de trazer o exemplo da norte-americanaSylvia Plath. Os aspectos autobiográficos apon-tam para a indissolução entre vida, morte e obra.Para a autora, a escrita teve, indubitavelmente,uma função terapêutica. Contudo, em sua poé-tica autobiográfica existe uma poética do suicí-dio, como pode se ler no trecho de um poema“o jato de sangue é poesia, não há nada que odetenha”.

Sylvia Plath morreu após 10 anos do iníciode uma trajetória de desespero em que sobrevive-ra a inúmeras tentativas de suicídio.

Escritores célebres como Virginia Woolf eFlorbela Espanca buscaram a morte por suicídio.Ao cânone sinistro, junta-se o nome de Ana Cris-tina César, brasileira que se matou em 1983. Nema incursão no mundo mágico das letras e da pai-xão pelas palavras conseguiram re – inventar suasexperiências. O fascínio pela poesia e o prazer emescrever não foram suficientes para alimentar odesejo de viver.

Por que o homem se sente atraído pela mor-te, não suporta o jogo das interações e sucumbeao peso da dor psíquica, sem querer romper seusilêncio com um pedido de ajuda?

Responder a tais questionamentos nos lançaaos desafios da complexidade da existência, mer-gulhar nas incertezas do viver, enfrentar o para-doxo vida/morte.

A filosofia, a sociologia, a medicina, a psico-logia, o direito e tantas outras áreas do conheci-mento tentam compreender a explicar as razõesporque uma pessoa perde a paixão pela vida. Masnenhuma área do conhecimento consegue explicarplenamente a morte por suicídio.

Professora Célia Maria Ferreira da SilvaTeixeiraCoordenadora do Programa de Estudos ePrevenção ao Suicídio e Atendimento aPacientes com Tentativa de Suicídio(PATS). FM/HC/UFG. Psicoterapeuta doProjeto Inter - vir Suporte em Perdas.

quando se perde apaixão pela vida

SUICÍDIO

ubem Fonseca retoma,em Ela e outras mulheres,coletânea de contos pu-

blicados pela Companhia dasLetras em 2006, alguns elemen-tos característicos de sua pro-sa, como a violência, a escato-logia, o sexo, a alternância defocos narrativos e a tendência,recente, de agrupar os livros decontos em torno de uma únicatemática, já perfeitamente de-lineada para o leitor por meiodo título, e iniciada com a pu-blicação de Histórias de amor,em 1997.

Ela e outras mulheres sedestaca pela supremacia do fe-minino em 27 contos, cujos tí-tulos são nomes de mulher, dis-postos em ordem alfabética, doA ao Z. Tal como o discurso daloucura, analisado por MichelFoucault em A ordem do discurso(1999), o da feminilidade foi, porséculos, ignorado, por ser desti-tuído de valor, produzido por umindivíduo social alijado do poder.Visto que o discurso, paraFoucault, é “aquilo por que, peloque se luta, o poder do qual nosqueremos apoderar” (p. 10), Ru-bem Fonseca imprime status dediscurso verdadeiro à palavra damulher, na sua luta pela apreen-são do poder social. São elas, deA a Z, que comandam a voz e anarrativa dos textos, irrompendopoderosas, mesmo naqueles emque o narrador é uma voz mas-culina. Disso resulta histórias nasquais as mulheres aparentam serdiferentes entre si, bem como assituações vivenciadas por elas eas soluções para os conflitos tam-bém o são.

Ela e outras mulheresRubem Fonseca

Companhia das Letras176 págs. R$ 34

Rubem Fonseca e o exercíciopleno do poder feminino escamoteado

RESENHA

Pela extensa galeria depersonagens elaborada peloautor transitam mulherescomo Francisca e Zezé, que, àprimeira vista, aparentam serdiferentes. A primeira é a es-posa amargurada de um ho-mem cínico e controlador, quedecide se vingar do marido,ponderando que “um maridodesses tem que ser morto”, ese dispõe a executar o planocom metódica frieza, diluindoDormonid na bebida, para de-pois empurrar o marido da va-randa. Já Zezé, uma divorcia-da de 40 anos, mãe de dois fi-lhos, e que nunca teve um or-gasmo, se prepara para obtê-lo no Dia Internacional do Or-

gasmo, quase matando seuamante por acidente ao fazê-loingerir, diluída no vinho, umadose excessiva de remédio paradisfunção erétil. A morte do ma-rido dará a Francisca o mesmoque cinco minutos de ereção pro-porcionarão a Zezé, ou seja, aapreensão do poder. Para uma,significa reaver a liberdade, li-vrando-se de um estorvo. Para aoutra, a posse de sua sexualida-de, mediante o exercício do pra-zer sexual.

Ironicamente, a supressãoconsciente do discurso femininopermite a ambas as mulheres dis-simularem seus verdadeiros in-tentos, para modificar seu statusquo. Elas superam sua condiçãosubmissa e impotente, apoderan-do-se do poder, por meio da ação.É o discurso posto em prática, queresulta em sucesso. Bem-sucedi-das, Francisca e Zezé se tornamlivres para expor o que pensamacerca de si e do papel que o ou-tro representa em suas vidas.

Ao final dos contos o leitortem a impressão de que, às mu-lheres, tudo é possível, desde queelas se disponham a isso. Contu-do, a trajetória a ser seguida nemsempre será a do confronto aber-to, mas aquela em que a mulherpossa, no dissimular de suas ver-dadeiras intenções e por intermé-dio do discurso escamoteado,exercer plenamente o poder, doqual ela esteve alijada por tantose tantos séculos.

Ana Paula Ribeiro Lopes érevisora da Assessoria de Comu-nicação (Ascom) e mestre emEstudos Literários pela UFG.

No início do mês de outu-bro, a diretora-geral da EditoraUFG, Maria das Graças Montei-ro Castro, estabeleceu uma par-ceria para venda dos livros daEditora Cosac Naify, na Livra-ria UFG. Essa parceria é con-siderada auspiciosa por duasrazões fundamentais: pela in-questionável qualidade edito-rial das publicações dessa edi-tora paulistana e pela oportu-nidade de, por meio dessa par-ceria, repassar descontossubstanciais a alunos, profes-sores e servidores da UFG.

Para a Cosac Naify, a uni-versidade é um dos pontosmais importantes de contatocom seu público leitor, por seresta a instituição que maistem condições não só de ava-liar a produção editorial, mastambém de selecionar o que háde melhor para contribuir com

Editora UFG e Cosac Naify:parceria pela difusão da leitura

a formação cultural do povobrasileiro. Seus editores sem-pre deixam claro que cada li-vro do seu catálogo é pensado

com uma lógica editorial estri-tamente cultural, investindoem obras, nacionais e interna-

cionais, de peso clássico e con-temporâneo, bem como em im-portantes coleções de diversaslinhas do conhecimento e das ar-

tes, organizadas por edito-res especialistas nas árease por coordenadores acadê-micos.

A Cosac Naify publicalivros de artes visuais, en-saios sobre história e teoriada arte, cinema, teatro, ar-quitetura, dança, moda.Para a Livraria UFG, as par-cerias com editoras consa-gradas, como a Cosac Naifye a Companhia das Letras -com a qual a UFG tambémjá entrou em contato - per-mitirão que aquele espaçoofereça aos leitores umaexpressiva variedade de tí-

tulos, que abarquem os mais di-versos campos do conhecimen-to, com descontos especiais.

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DEBATE

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23Goiânia, novembro/dezembro de 2007

Festival Internacional de Ar-tes Cênicas - Goiânia emCena se mostrou resistente

diante da ausência de políticas cul-turais afirmativas na capital goiana.O festival é uma referência impor-tante deste gênero de mostra de Te-atro, Dança e Circo na região Cen-tro-Oeste do país. Mas ainda nãomobiliza decisivamente a populaçãogoianiense. O evento realizado en-tre os dias 21 de outubro e 3 de no-vembro estava visivelmente retraído,comparado a outras edições. Desde2001, ano de sua criação, o festivalpropiciou a exibição de espetáculosinéditos na cidade, contribuiu paraa inclusão de Goiânia na rota devários grupos artísticos e possibi-litou o contato de produtores deespetáculos com o mercado de pro-dução cultural goiano.

Bastidores – No tocante à programa-ção, o festival carece análise. Os es-petáculos de dança apresentadoscausaram inconformidade entre osque produzem e são público cativode dança em Goiânia. O trabalho tra-zido pela Ana Andréa Arte Contem-porânea (RJ) tinha aspecto de mos-tra de resultado depesquisa cênica. ACompanhia deDança da Cidade(RJ) trouxe uma in-teressante pesqui-sa coreográfica.Mas não era nadaalém de uma im-portante aula daHistória da DançaB r a s i l e i r a .Porém, o maior es-tranhamento foi ainserção dos premi-ados do Festdança2007, que exibiucoreografias monta-das em escolas dedança goianienses.Este tipo de festi-val tem natureza epropósitos bastantedistintos em rela-ção às premissas doGoiânia em Cena.

Ingressos a baixo custo perma-neceram com valores inferioresaos praticados pelas produções inde-pendentes. Cada ingresso custavaR$12,00 e estava assegura-do o paga-mento de meia-entrada a estudantes.Também foi vendido o passaporte aR$60,00 que permitia acesso a todosos espetáculos, pagando-se cerca deum quarto do valor original a cada ses-são. Os ingressos da Mostra de Cine-ma custaram R$ 1,00. No entanto, amédia de ocupação dos assentos osci-lou entre quarenta e sessenta por cen-to da capacidade total das salas de es-petáculos.

O Festival homenageou diver-sos profissionais que foram reconhe-cidos pelas suas relevantes contri-buições para as Artes Cênicas. Aarte-educadora Delmari de Brito Ros-si, a atriz Ingrid Guimarães, o core-ógrafo Henrique Rodovalho, o dire-tor e dramaturgo Hugo Zorzetti, o di-retor circense e palhaço ManecoManacá, o ator e diretor MarcosFayad, o ator e diretor Oswaldo Lou-reiro e o cenógrafo e diretor de arteShell Jr. figuraram na lista de ho-menageados do Goiânia em Cena2007.

Goiânia em Cena?Produção – Pela segunda vez con-secutiva, a UFG participa como co-realizadora do evento. A Pró-Reito-ria de Extensão e Cultura delega auma comissão organizadora as açõesde concepção do eixo temático, cap-tação de recursos, seleção de espe-táculos e produção geral. A parce-ria partiu de um convite instituci-onal feito à Universidade pela Se-cretaria Municipal de Cultura. AUFG, que sempre participou de al-guma maneira do Goiânia em Cenadesde sua criação, já é reconheci-da pela colaboração em eventos decaráter cultural, como o Festival In-ternacional de Cinema e Vídeo Am-biental (Fica) e o Festival de Cine-ma Brasileiro (Festcine).

Além do know-how e da expe-riência dos membros que integrama comissão organizadora, que geral-mente são professores universitá-rios, o Goiânia em Cena oferece aalguns alunos do curso de Artes Cê-nicas a experiência de trabalharem um festival de porte internaci-onal. Os graduandos atuam comoassistentes de produção.

Festival – Em 2007, a Mostra Local

exibiu nove espetáculos goianos,escolhidos por seleção pública, pre-vista em edital. Na Mostra Nacional,oito espetáculos vieram dos estadosda Bahia, Minas Gerais, Paraná,Rio de Janeiro, São Paulo e Goi-ás, que foi representado pela Qua-sar Cia. de Dança. A Mostra Inter-nacional recebeu dois países:Rússia, com o Cirk Bolshoi, e Ar-gentina, com o Grupo Harapo. AMostra de Cinema exibiu onze pro-duções cinematográficas francesas.Também foram apresentadas video-danças de Philippe Decouflé e doDV8 Physical Theatre. A programa-ção de 22 a 28 de outubro do CirkBolshoi foi anexada à programaçãodo Festival.

No Mercado de Produção Cêni-ca, artistas locais puderam trocarinformações e material de divulga-ção de seus trabalhos com represen-tantes da Funarte e do festival CenaContemporânea, de Brasília. Tam-bém foram promovidos debates, ofi-cinas e apresentações musicais.

Tradição e ruptura – O eixo temá-tico denominado “Tradição e Ruptu-ra na Cena Contemporânea” ficou

evidente em dois pontos: no teatrode bonecos e na organização do fes-tival. O conceituado grupo mineiroGiramundo, conhecido por partici-par em produções da RedeGlobo, apresentou um sofisticadoespetáculo de marionetes. Para areleitura da clássica saga de Pinoc-chio, o Giramundo utilizou recursoscinematográficos em cena e surpre-endeu ao representar a personagemGepetto com um armário. Sem, con-tudo, renunciar às técnicas e es-truturas do tradicional teatro de bo-necos, que ainda é praticado habil-mente pelo trintão Grupo Harapocom recursos cênicos simples. Umaconvivência entre estes dois mo-mentos do teatro de bonecos mos-trou-se possível.

A organização do festival op-tou pe la t rad ição . A maior iados espetáculos teatrais foi apre-sentada no Teatro Goiânia e no Te-atro do Goiânia Ouro. Duas apresen-tações fora deste circuito ocorreramno Centro Cultural Martim Cererê ena Praça do Sol. O festival não foi àperiferia como outrora.

O evento foi marcado por um re-sultado autoral de sua curadoria. Re-

al izar umaconsulta po-pular, paraa v e r i g u a rquais espetá-culos o pú-blico está in-teressado ema s s i s t i r ,pode ser umasaída paraevitar o des-c o n t e n t a -mento dian-te da progra-mação. Outrofator de im-portância éarticular comos agentesculturais so-bre o que elesconsideramr e l e v a n t epara a audi-ência do pú-

blico goiano. Porque festivais tambémservem para o intercâmbio de infor-mações e artistas lidam cotidiana-mente com a administração do rela-cionamento público-obra. Goiânia tempúblico para teatro e a cidadequer perpetuar a realização do Goiâniaem Cena, pelo entendimento governa-mental e pela vontade de seus habi-tantes.

Nestes seis anos de existência,o festival resistiu à carnavalização aque eventos de grande aglomeraçãode público parecem estar fadados noBrasil. A fidelidade em promover asArtes Cênicas em Goiás, sobretudo emGoiânia, é fator para compreender orespeito que o festival conquistou dopúblico, de artistas e de investido-res, como a Petrobras, que novamen-te patrocinou o Goiânia em Cena.

Ruptura pode ser tema de umpróximo ato, em que Goiânia e goia-nienses estejam definitivamente emcena.

Rafael VentunaEstudante de Jornalismo daFaculdade de Comunicação eBiblioteconomia da UFG

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Bailarinos em Uma História Invisível: Quasar Cia. de Dança representaGoiás na Mostra Nacional

FESTIVAL DE ARTES CÊNICASLEVANTA CONTROVÉRSIAS E PRECISA REPENSAR SUA VOCAÇÃO

Cine Ouro: instantes após a abertura dasportas que levam para o teatro e a coisa já estava“empelotada”. Auditório lotado, cinema mais ain-da. Gente sentada nos corredores, escadas, in-tervalos de poltronas e escoradas em corrimões.Muita gente engravatada, milhares de agradeci-mentos e anúncios publicitários. Uma luz tímidailuminava o palco para que as pessoas pudessemfalar. “Sei que muitas pessoas nascem com umdom e que muitas vezes não podem dar vida a eleporque não têm oportunidades. Esta é uma inici-ativa criada para isso. Dar voz, espaço, oportuni-dades”, ressaltou o prefeito de Goiânia, ÍrisRezende.

Vários artistas e personalidades participa-ram da abertura do festival, tais como BrunaLombardi, Neuza Borges, Fernando Perilo, MiguelJorge e outros. Elogios ao festival e à cidade fei-tos pelos convidados não faltaram. Após a fala deIris, o diretor Guilherme de Almeida Prado con-cordou. “Gostaria de parabenizar o prefeito pelaspalavras que aqui proferiu, porque não é algo quese escuta por aí todos os dias. Em outras cida-des, o discurso é outro”. Bruna Lombardi tam-bém elogiou. “Eu estava comentando, como essacidade é bonita e verde”, ressaltou.

Cinema levado a sério – “Esse filme deveria cus-tar mais ou menos R$ 15 mil. Nós o fizemos comapenas R$3,5 mil. Isso porque, dos R$ 5 mil doprêmio que ganhamos no ano passado para fazeresse filme, R$ 1,5 mil nos foi tirado em impostos.Fazer cinema em Goiás ainda é um grande desa-fio. Agradecemos, sim, à prefeitura pelo incenti-vo, mas é preciso deixar claro que nosso desejode fazer cinema é mais forte”, revelou MarcelaBorela, jornalista formada pela UFG e integranteda equipe do filme “Palhaços”, dirigido por WertemTawera, publicitário também graduado pela UFG.

O curta “Palhaços” é fruto de um outro fil-me, também dirigido por Wertem, denominado“Póstumo” e que ganhou o prêmio de incentivona categoria “Universitário” do 2° FestCine, em2006. “O filme é uma homenagem aos artistas.Hoje, as pessoas querem ser qualquer coisa quenão esteja relacionada à arte, porque isso nãodá dinheiro”, assinalou Wertem. No mesmo dia,também foi apresentado o longa “Onde AndaráDulce Veiga?”, dirigido por Guilherme de Almei-da Prado.

O festival ocorreu de 7 a 14 de novembro econtou com a participação de diversas produçõescinematográficas que competiram nas categoriasde longa-metragem (12 produções: 6 na catego-ria ficção e 6 documentários), curta-metragem (12produções), vídeo universitário (50 produções) evídeo caseiro (14 produções). As produções foramjulgadas por uma banca avaliadora do festival queconferiu três categorias de prêmios - “João Bênio”,“Troféu Goiânia” (criação do artista plástico Si-ron Franco) e “Troféu Goiânia Homenagem” (con-junto representativo de obras) - a nomes signifi-cativos do cinema brasileiro e que variavam deR$ 500 a R$ 30mil. (Pedro Ivo Freire)

Cinema do “pé-rachado”

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A abertura do festival foi prestigiada porautoridades e artístas, como Bruna Lombardi,

que elogiou Goiânia

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24 Goiânia, novembro/dezembro de 200724CAMPANHA

erca de 70 mil brasileiros aguardam, emuma longa lista de espera, a doação deórgãos, como coração, rim, córnea, pân-

creas, fígado e medula óssea. Em muitos des-ses casos, o transplante significa a única op-ção de cura e a possibilidade para a pessoa le-var uma vida normal. O medo e a falta de infor-mação da sociedade são as principais causasque impedem o aumento do número de doado-res no Brasil. Em Goiás, segundo a Central deTransplantes (CNCDO-GO), 2.707 pessoasaguardam na fila de espera por um transplan-te. Destas, 2.100 aguardam a doação de cór-nea, 596 de rins, 10 de coração e uma pessoaespera pela doação de pâncreas e rim.

Para tentar mudar essas estatísticas, oHospital das Clínicas da UFG promoveu, entreos dias 26 e 28 de setembro, a 1ª Campanha deDoação de Órgãos e Tecidos do HC como partede uma campanha promovida em todo o paísdurante a semana dedicada à Doação de Ór-gãos e Tecidos – 24 a 29 de setembro, em come-moração ao Dia Nacional do Doador de Órgãos,comemorado no dia 27. Durante os três dias decampanha no hospital, foram realizadas pales-tras sobre o assunto, com depoimentos de pes-soas que ainda aguardam ou já receberam adoação de um órgão, e montados estandes nohall de entrada do HC para a distribuição defolhetos informativos com esclarecimentos dedúvidas sobre a questão, como, por exemplo, odiagnóstico de morte encefálica.

Também esteve presente no HC, no últimodia da campanha, uma equipe do Hemocentropara fazer a abordagem de professores, alunose funcionários do hospital e sensibilizá-los paraque se cadastrem como possíveis doadores demedula óssea. Embora o procedimento para adoação de medula óssea seja simples, é muitodifícil encontrar doadores devido ao problemade compatibilidade entre as medulas do doadore do receptor. A chance de encontrar uma me-dula compatível pode chegar a uma em 1 mi-lhão. Por isso, durante todo o dia, a equipe co-letou amostras de sangue das pessoas interes-sadas para que fossem cadastradas no Regis-tro de Doadores de Medula Óssea (Redome), umbanco nacional de dados de doadores.

A campanha foi realizada pela ComissãoIntra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Teci-

DOAR ÓRGÃOS: O MEDO E A FALTA DEINFORMAÇÃO IMPEDEM O

AUMENTO DO NÚMERO DEDOADORES NO BRASIL

Para se tornar um doador• O passo principal para você se tornar um doador é conversar com a sua família e deixar bem claro o seu desejode ser doador.• Não é necessário deixar nada por escrito, ou seja, não é necessário que a pessoa conste em seusdocumentos pessoais a disposição de doar órgãos após a morte.Fonte: Ministério da Saúde

Para se tornar um doador de medula óssea• Você precisa ter entre 18 e 55 anos de idade e estar em bom estado de saúde.• Procurar o Hemocentro de Goiás para realizar seu cadastro. Nessa fase, será coletada umaamostra de seu sangue (5 ml) para o teste de compatibilidade (HLA).• Fornecer sua identificação e endereço para serem colocados no banco de dados como resultado de seu exame de (HLA).• Quando aparecer um paciente, sua compatibilidade será verificada. Se houvercompatibilidade, outros testes sangüíneos serão necessários.• Se a compatibilidade for confirmada, você será convocado para decidir adoação.• Você será avaliado por um clínico e receberá mais informações.Fonte: Hemocentro de Goiás. Tel.: (62) 3201-4575E-mail: [email protected] informações também na Central de Trans-plantes, por meio do telefone 3221- 6115

dos para Transplante (CIHDOTT) do HC, com oobjetivo de sensibilizar os profissionais de saú-de, em especial médicos e enfermeiros, paraa importância da abordagem dos familiares dodoador. Segundo a médica intensivista e pre-sidente da CIHDOTT, Denise Milioli, o maiorentrave para a doação de órgãos é a recusa dofamiliar. Embora tenham sido identificados 221possíveis doadores em Goiás no ano passado,somente 17 famílias aceitaram doar os órgãosde seus entes.

Em sua palestra, a médica explicou que oHC tem condições de aumentar o número decaptações de órgãos e tecidos em relação ao queé captado atualmente no hospital. E esse tra-balho dependerá das abordagens. Segundo Mi-lioli, o HC apresenta uma média de 30 óbitos/mês, mas são realizadas, em média, somenteduas abordagens mensais. Somente no mês desetembro deste ano, foram identificados seispossíveis doadores de um total de 35 óbitos ocor-ridos no HC, mas realizada abordagem somen-te à família de um doador, sem sucesso no pro-cedimento.

Para mudar esse quadro, Milioli enfatiza queo trabalho da CIHDOTT depende da mobilizaçãode todos os profissionais de saúde, que devemnotificar à comissão a identificação de um possí-vel doador. A CIHDOTT do HC, por sua vez, seencarregará de fazer a abordagem do familiar e,caso seja confirmada a doação, comunicará aoCentro de Referência em Oftalmologia (Cerof) doHC a doação de córnea, ou à Central de Trans-plantes (CNCDO-GO) a doação de outros órgãos.

Somente quem aguarda na fila de esperapor um transplante sabe o quanto é grande ovalor do gesto de um familiar que doa os órgãosde um ente querido. Filemon Dias Filho, 24anos, esteve presente à abertura do evento paradar seu depoimento. Ele passou pelo transplan-te de córnea do olho direito no Cerof, há doismeses, e aguarda o do olho esquerdo. “O trans-plante é meu único recurso para voltar a en-xergar normalmente”, afirmou Filemon, queaguardou durante um ano e nove meses nafila de espera pela doação da primeira córnea.

Outro grande gesto de amor é o de doado-res vivos, ou seja, aquelas pessoas que se dis-põem a doar um dos rins, parte do fígado, parteda medula óssea ou parte do pulmão. Pela le-

um gesto de amor à vidagislação brasileira, parentes até quarto graue cônjuges podem ser doadores; e não-paren-tes, mediante autorização judicial. É o caso dosirmãos Diógenes e Pierre Gregory Dutra, 26 e28 anos respectivamente, que fazem trata-mento de hemodiálise no HC e aguardam nafila de espera pela doação de rins. Caso nãoencontrem doadores compatíveis, o pai e o cu-nhado se dispõem a serem doadores dos irmãos.

Estatísticas – Dados estatísticos do Ministérioda Saúde mostram que houve uma queda nonúmero de transplantes realizados no país apartir do ano de 2006 – 14.100 procedimentosrealizados naquele ano, atrás de 14.263 trans-plantes realizados em 2005.

Em Goiás, também foi registrada a mesmatendência do país. De acordo com a Central deTransplantes do estado (CNCDO – GO), houve umgrande avanço no número de doações a partir de1997, quando foi realizada uma ampla campanhaem todo o Brasil sobre o transplante. Naqueleano, foram registrados 221 procedimentos emGoiás – número que saltou para 1.002 transplan-tes em 2005, mas caiu para 870 transplantes em2006, e somente 339 até agosto deste ano.

O Banco de Olhos do Hospital das Clíni-cas, que funciona no Cerof, também registra umbaixo número de doações desde a sua criação,em outubro de 2005. Segundo a coordenadorado Banco de Olhos, Célia Regina Malverte, obanco conseguiu somente cinco captaçõesoriundas de óbitos do HC, que possui uma mé-dia de 30 óbitos/mês.

Em 2006, o Banco de Olhos do HC captouoito doações de córneas, e neste ano, regis-trou até setembro, seis doações – a maior par-te delas vindas de notificações de outros hos-pitais para a Central de Transplantes de Goi-ás (CNCDO – GO).

Segundo o diretor técnico do HC, LuísArantes Resende, a intenção da campanhanão é trabalhar apenas para o HC, maspara a comunidade. “É preciso dar vi-são àqueles que não têm”, afirma.E completa dizendo que o objetivoé que o representante do HC -o Cerof - possa cada vez maisrealizar transplantes.

(Thalízia Souza)

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