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C.D.U.: 338:661.183.8(812.1) o PROJETO ALUMAR E A MUDANÇA SOCIAL EM SÃO LutS-KA~*) Sandra Maria Nascimento Sousa. RESUMO Partindo do conceito de desenvolviment~ questiona-se ate que ponto a. im plantação do projeto Alumar, na ilha de são Luís, constitui-se como fator de mu dança social. Do confronto do discurso oficial com a história de vida de uma famT lia atingida pela implantação do projeto,conc1ui-se que a A1umar não modificou a composição da estrutura social de são Luís. PALAVRAS-CHAVE: Produção alumínio. Projetos industriais. Maranhão. Mudanças Sociais. são Luís. Falar de mudança social decor rente da implantação do Projeto AL~ em São Luís, implica em retomarmos o di~ curso do desenvolvimento, no qual está inserida essa questão. Oficialmente, é velculado que, em razão do funcionamento deste projeto, o Estado do Maranhão, nos próximos anos, será palco de um crescente desenvolvi mento econômico que, entre outros in dicadores, apresentará o incremento da arrecadação de impostos tributários p~ gos pela ALUMAR, o surgimento de indUs trias paralelas e o aumento da oferta de empregos, trazendo para são Luís uma grande mudança social, refletida nas p~ lavras ''progresso''e "bem estar". Desenvolvimento e mudança soci aI, portanto, são as tônicas de um àis curso que merece um aprofundamento,b~ cando-se, inicialmente, rever eSses conceitos. Para Bresser Pereira, "0 dese~ volvimento é um processo social global, dinâmico e ascendente no qual as estru turas econômicas, políticas e sociais de uma organização social. sofrem pr~ fundas e contínuas transformações que afetarão as formas de vida de toda a população" 1. O conceito de mudança soci. aI, de certa forma implícito no de d~ senvolvimento,ref1ete a ocorrência de um processo no qual, modificando-se as condições de produção de uma sociedade, isso repercutirá na sua estrutura soci aI atingindo toda a coletividade. Precisamos, ainda, entender o que nao fica claro no discurso oficial, (*) Síntese da monografia apresentada como trabalho de conclusão do Curso de Esp~ cialização em Sociologia. UFMA, 1986. (1) PEREIRA, Bresser. Desenvolvimento e crise no Brasil. Rio de Janeiro, Zahar, 1968. p.17. 72 Cad. Pesq, são Luís, l'cl): 72 - 77, jan./jun. 1986

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C.D.U.: 338:661.183.8(812.1)

o PROJETO ALUMAR E A MUDANÇA SOCIAL EM SÃO LutS-KA~*)

Sandra Maria Nascimento Sousa.

RESUMO

Partindo do conceito de desenvolviment~ questiona-se ate que ponto a. implantação do projeto Alumar, na ilha de são Luís, constitui-se como fator de mudança social. Do confronto do discurso oficial com a história de vida de uma famTlia atingida pela implantação do projeto,conc1ui-se que a A1umar não modificou acomposição da estrutura social de são Luís.

PALAVRAS-CHAVE: Produção alumínio. Projetos industriais. Maranhão.Mudanças Sociais. são Luís.

Falar de mudança social decorrente da implantação do Projeto AL~em São Luís, implica em retomarmos o di~curso do desenvolvimento, no qual estáinserida essa questão.

Oficialmente, é velculado que,em razão do funcionamento deste projeto,o Estado do Maranhão, nos próximos anos,será palco de um crescente desenvolvimento econômico que, entre outros indicadores, apresentará o incremento daarrecadação de impostos tributários p~gos pela ALUMAR, o surgimento de indUstrias paralelas e o aumento da ofertade empregos, trazendo para são Luís umagrande mudança social, refletida nas p~lavras ''progresso''e "bem estar".

Desenvolvimento e mudança sociaI, portanto, são as tônicas de um àis

curso que merece um aprofundamento,b~cando-se, inicialmente, rever eSsesconceitos.

Para Bresser Pereira, "0 dese~volvimento é um processo social global,dinâmico e ascendente no qual as estruturas econômicas, políticas e sociaisde uma organização social. sofrem pr~fundas e contínuas transformações queafetarão as formas de vida de toda apopulação" 1. O conceito de mudança soci.aI, de certa forma implícito no de d~senvolvimento,ref1ete a ocorrência deum processo no qual, modificando-se ascondições de produção de uma sociedade,isso repercutirá na sua estrutura sociaI atingindo toda a coletividade.

Precisamos, ainda, entender oque nao fica claro no discurso oficial,

(*) Síntese da monografia apresentada como trabalho de conclusão do Curso de Esp~cialização em Sociologia. UFMA, 1986.

(1) PEREIRA, Bresser. Desenvolvimento e crise no Brasil. Rio de Janeiro, Zahar,1968. p.17.

72 Cad. Pesq, são Luís, l'cl): 72 - 77, jan. /jun. 1986

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isto e, o que ficou nas entrelinhas, esó podemos fazer mais acuradamente essaleitura, colocando-se a questão da 1mplantação do Projeto ALUM\R na sua "totalidade", ou seja, percebendo-se.o conjunto de forças e as inter-relações queintegrarrlos dinamismos econômicos, politicos e culturais da organização interna da sociedade brasileira e a sua vinculação com os dinamismos econômicospolÍticos e culturais das sociedades"desenvolvidas" ou "centrais".

E preciso p~rceber que umaparcela muito signifi~ativa destes dinamismos é representada pela articulaçãoque existe entre as classes s>ciais dominantes de ambas as sociedades, que tr~balham continuamente para rnante~ a nlvel da organização interna da sociedadebrasileira, sua hegemonia de classe e,conseqUentemente,seus privilégios econ~mi.co e político, com o qual dá asregrasde um jogo, no qual o essencial é gar~tir-se a continuidade do processo de expansão do capital internacional, contrQlando os setores vitais para o desenvolvimento da economia das sociedades "p~riféricas".

Nesse contexto, insere-se a temática dos Grandes Projetos Industriaiscomo essenciais ao crescimento econômico e ao desenvolvimento.

Esse argumento encontra apoionas teorias modernizàntes, segundo asquais é preciso"avançar" - ê preciso queas sociedades "atrasadas" percorram asmesmas etapas já percorridas pelas soc!edades "desenvolvidas" e alcancem o es

tágio destas Últimas, hoje em ritmo acelerado, para obterem "o progresso" e"o bem-estar social" como se este fosse um processo linear, no qual se distinguem "claramente", dois pontos extremos - "o tradicional" e o "moderno".o primeiro, apresentando uma sociedade"em atraso" social, econômico e polít!co e,o segundo, significando elevadosp~drões de crescimento econômico e qual!dade de vida, fundamentados nos principios básicos da economia das sociedades"desenvolvidas" .

Com esses fundamentos, em nossa sociedade, a industrialização adqu!re desde seu início o caráter de umprocesso sócio-econômico, culturalmente','::.nculadoà assimilação de técnicas, v~lares e instituições importados da Europa e dos Estados Unidos. O Prof. FIorestan Fernandes afirma que "ao longode seu processo histórico, a sociedadebrasileira tem se transformado a pa~tir de um modelo regulado e dirigido"de fora", absorvendo dinamismos culturais dos países capitalistas hegemôn!cos,produzindo-se nessas condições umamodernização dependente':".

Vimos acontecerem,em São Luís,as primeiras transformações, num r1tmoacelerado, sem espaços para maiores r~conhecimentos, debates ou discussões ,sobre a implantação e o funcionamentodo Projeto ALUMAR e seus efeitos, confundindo e atordoando a todos.Voltamosa recorrer aos fundamentos científicosque nos possam explicar as causas eefeitos dessas mudanças e nos permitam

(2) FERNANDES, Florestan-Mudanças Sociais no Brasil. são Paulo, DIFEL. p.68.

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dissipar a confusão.B ainda Florestan Fernandes

quem nos revela que "nas condições desociedade periférica, dependente politica, econômica e culturalmente cornonos encontramos, há em todo processo demudança, pelo menos no início, gravesconflitos entre os MODELOS IDEAIS de desenvolvimento a serem seguidos e as FORMl\S REAIS de orgniazção social onde serao implantados esses modelos. Entreessas duas instância: o.Çorreum vazio histórico que,forçosamente, tem que ser preenchido com grandesesforços por parte daquela sociedadeque terá de se reorganizar internamentepara criar ou se adaptar às concliçõesnecessárias a essa implantação" 3

Entendemos que o rítmo acelerado com que se processam essas transfor-mações agravam mais o conflito, criandosérios problemas biológicos, psicológlcos e sociais para o agente humano, quediante de um destino histórico-socialcaptado por transplantação, vê-se na co~tingência de adaptar-se, muito rapidame~te, às novas formas de vida, sem quepossa aos poucos, num titmo menos violento, atingir a compreensão racional dosignificado e de utilidade delas.

Buscamos, ainda, situar juntoaos agentes sociais q~e vivenciam. maisdiretamente as primeiras transformações,dados e informações que nos possibilltem confrontar o discurso oficial, o modelo teórico em discussão e a prática s~cial em que se insere o seu movimento

(3) ido ibid., p.122.

de mudança.Parte desse nosso trabalho e

empreendido com a reconstituição da hi~tória de vida de uma família que residiu na área onde se implantou e funciona a ALUMAR, e mora, hoje,na periferiade nossa cidade. no bairro do Anil.

~o conjunto das entrevistasconcedidas por essa família, tivemos umrelato que reflete as transformaçõesque atingiram as comunidades daquelaárea, tendo-se registrado sobretudo acaracterização de três momentos distintos, que situam o movimento de exp~são do capitalismo em nossa sociedade:I - O MJmento da vida no Cm:Ip>, que sltua a família cornolavradores, reside~

-. -tes no povoado de Pindotiua, proxlmo aEstiva,a cerca de 23 km do centro urbano de São Luís. A área era integradapor sítios grandes e pequenos. O trab~lho principal estava no roçado, de onde tiravam os alimentos necessários asua reprodução, e com a venda do "excedente" de sua principal cultura, obtinham os demais artigos necessários aoseu consumo - roupas, calçados, azeite,etc. '.cornoé claro no depoimento do Sr.Isae1, chefe da família estudada.

"Tinha cada sítio que era urnabe1~za, com jaca, banana, laranja, lIlél!!.

ga .-..A gente fazia a roça da gente ...tinha de tudo lá. Se plantava ~dioca, milho, rnacaxeira, se faziamuita farinha ...Menino agarrava manga para comer

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com farinha â vontade. Lá tudo viviade lavoura e da pescaria. Perto dagente moravam os parentes. Meus Vlzinhos eram gente boa. Lá meus filhos viviam bem. No igarapé tinhapeixe, caranguejo, siri.A farinha agente dava, comia e vendia quando se tinha outras precisão

"... .II - O r.brnentoda Saída do Campo - A Sua

Expropriação."A gente soube que a ALeOA ia fazer uma fábrica de alumínio e começou a dar no jo,al que ela tinhaido em diversas cidades para comprar terra.Quando nós soubemos ficou tudo ap~varado. O pessoal da COI foi nosprocurar. Não conversaram nada. Sóchegaram e disseram que iam precisar da área e nós tinha de salr.Eles marcavam reunião para ajustede preço. Quem ia pedindo mais aIto eles baixavam mais. As areas tudinho foi vendida e os vizinhos começaram a se retirar".

Nestes depoimentos percebe- seclaramente a atuação do poder do Estado,através da CDI - Companhia de DesenvoIvimento Industrial - realizando a intermediação entre a ALUMAR e os lavradorespara a expropriação destes e em defesados interesses das empresas portadorasde Grandes Projetos, descortinando-se aideologia de que o Estado é o "defensordos interesses de toda a sociedade Clvil".

Pelos relatos, verifica-se queo papel do Estado é bastante autoritário, evidenciando o caminho por onde ~vança o capitalismo, destituindo o Iavrador do seu meio de produção. Segun-do José de Souza Martins, "a expropr.iação constitui uma característica esse~cial do processo de expansão do capit~lismo, um componente da lógica de reprodução do capital. O capital só podecrescer ã custa do trabalho, porque sótrabalho é capaz de gerar r.iqueza':",III - O M:>mento da Instalação na Zona

Urbana."Depois que nos viemos para cá onegoclo piorou mais pra gente ...Tudo depende do dinheiro. Tem diaque a gente tem, tem dia que não.E, assim,vai enfrentando uma Vlda meio dura ... Pelo menos o custo de vida tá ruim. O dinheironão dá pra nada".

A inserção dessa família nomundo urbano é carregada de contradiçoes: desde a procura de uma casa aconsecução de um emprego, até a dist~cia e o isolamento dos familiares e vizinhos, que se ressentem muito, devidoa sua forma anterior de vida, comum aomeio rural, onde estão estruturadas outras condições de trabalho e de relaçoes sociais baseadas no trabalho familiar e no contato interpessoal mais direto.

Os relatos vao refletindo gr~ves situações de vida que encontramce~ta explicação no que é enunciado por

(4) MARTINS, Jose de Souza. Expropriação e violência. são Paulo, Hucitec, p.5l.

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Eurii.ceDuhran: "O trabalho agrícola podee freqUentemente cria situação de carê~cia permanente ou crônica, pois não of~rece rendimento suficiente para satisfazer as necessidades socialmente definidas ... Mas, mesmo nessas condições nãoameaça de modo drástico e imediato apossibilidade de subsistência. Pode pr~vocal', é verdade, um estado de carênciaalimentar e desnutrição, mas raramentese apresenta corno impossibilidade de sobrevivência física. Na cidade, ao contrário, a dependência do salário é total e o desemprego cria desajustamentostão agudos que só podem ser resolvidospela criminal idade ou mendicância"s.

Pelas observações por nós efetuadas distinguimos, de um lado, aqu~les que durante as transformações vão"acumulando" com a venda das terras asgrandes empresas - os beneficiários; deoutro, aqueles a quem cabe os maiores s~crifícios impostos pelo desenvolvimento,sendo afastados do seu local de moradiae trabalho e mais, excluídos, ainda,dosbenefícios sociais que possam decorrerdaquelas mudanças.

Mudança social decorrente dodesenvolvimento não é um processo sociaI global no qual toda a coletividadede determinada organização social é atingida?

Sabemos que grande contingentede técnicos, cientistas sociais, analistas, membros de movimentos sociaiscomunitários, como o Comitê de Defesa daIlha, tem proposto alternativas de implantação desses projetos de aproveita-

mento do ferro e do alumínio nuna outraperspect iva: com características maisadequadas ao aproveitamento dos recursos técnicos, orçamentários e financeiros locais, além de poderem ser efetivados em um tempo mais demorado, massem grandes prejuízos para a populaçãono sentido de que grandes investimentose despesas sejam repassados ã sociedadecivil, com sérios ônus para esta.

Entretanto, todas elas caemno "vazio", ou numa discussão sem caminho, evitando-se criar uma alternativ2adequada à necessidade de vi.abilizaçào

desses projetos.De que mudança social então

fala o "discurso oficial" - quando pe!.cebemos que a estrutura social,econômica e política de nossa sociedade permanece inalterada, com as classes que d~tém o poder econômico-político rearticulando-se constantemente, favorecendoa manutenção da "dependência" histórica em que vivemos?

"A mudança social, em suastransformações observáveis e verificáveis,afeta a forma de vida de toda acoletlvidade". Esta premissa parece di~tante de aplicação à atual situação darealidade social brasileira,onde o pr~cesso de expansão do capitalismo se desenvolve em urnaorganlzaçao social que,ao longo das transfonnações histórico-sociais, vem conservando contradiçõesespecíficas - como a existência de umsistema de classes bem diferenciado,noqual alguns dos antigos estamentos senhoriais do período colonial perpass~

(5) DUHRAN, Eunice. A Caminho da Cidade. são Paulo, Perspectiva. p.86.

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ram as mudanças e ainda hoje mantém naatual classe dominante um relevante papel econômico e político.

TBE ALUMAR PROJECT AND TIlli SOCIALCHANGES

Starting from the conception ofdevelopment, we question to what extremthe implantation of the Alumar proj ectin the Island of São Luís is a factorofsocial change. From the confrontationofthe official discourse with the lifehistory of a family which was hitted bythe implantation of the project it wasconcluded that the Alumar didn't changethe composition of the são Luís socialstructure.

Cad. Pesq. São Luís, 2 (1): 72 - 77,

REFERENClAS BIBLIOGR!FICAS

1.DUHRAN, Eunice. A caniinho da cidade.São Paulo, Perspectiva, 1973 ..

2. FERNANDES, Florestan. Mudanças soeiais no Brasil. São Paulo, DIFEL ,1968.

3.MARTINS, Jose de Souza. Expropriaçãoe violencia. São Paulo, Hucitec,1980.

4.PEREIRA, Bresser. Desenvolvimento ecrise no Brasil. Rio de Janeiro,Z~har, 1968.

ENDEREÇO DA AUTORA

SANDRA MARIA NASCIMENTO SOUSA

Aluna do Curso de Especialização emSociologia da UFMA, 1986.Caminho da Boiada, 263 - Centro.65.000 - SÃO LuíS-MA.

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