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Saneamento Básico – Capítulo 08 CAPTAÇÃO DE ÁGUAS É um conjunto de estruturas e dispositivos, construídos ou montados junto a um manancial (fonte para o suprimento de água), para a retirada de água destinada a um sistema de abastecimento. Superficiais: Córregos, Rios, Lagos, Represas Subterrâneas: Aqüíferos freáticos e artesianos Devem ser projetas e construídas para: Funcionar ininterruptamente em qualquer época do ano Permitir a retirada de água para o sistema de abastecimento em quantidade suficiente e com a melhor qualidade possível Facilitar o acesso para a operação e manutenção do sistema Requisitos mínimos dos mananciais: Aspectos quantitativos Vazões Aspectos da qualidade Físico Químico Biológico Bacteriológico Principais fatores que alteram a qualidade da água dos mananciais: Urbanização Erosão e assoreamento Desmatamento e supressão da mata ciliar Recreação e lazer Indústrias e minerações 1

Saneamento Basico Capitulo 08 - Captacao de Aguas Parte1

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Saneamento Basico Capitulo 08 - Captacao de Aguas Parte1

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CAPTAO DE GUAS

Saneamento Bsico Captulo 08

CAPTAO DE GUAS

um conjunto de estruturas e dispositivos, construdos ou montados junto a um manancial (fonte para o suprimento de gua), para a retirada de gua destinada a um sistema de abastecimento.Superficiais: Crregos, Rios, Lagos, Represas

Subterrneas: Aqferos freticos e artesianosDevem ser projetas e construdas para: Funcionar ininterruptamente em qualquer poca do ano

Permitir a retirada de gua para o sistema de abastecimento em quantidade suficiente e com a melhor qualidade possvel

Facilitar o acesso para a operao e manuteno do sistemaRequisitos mnimos dos mananciais:Aspectos quantitativos Vazes

Aspectos da qualidade

Fsico

Qumico

Biolgico

BacteriolgicoPrincipais fatores que alteram a qualidade da gua dos mananciais:

Urbanizao

Eroso e assoreamento

Desmatamento e supresso da mata ciliar

Recreao e lazer

Indstrias e mineraes

Resduos slidos

Contribuies de crregos e guas pluviais

Resduos agrcolas

Esgotos domsticos

AcidentesMedidas de ControleCarter corretivo: medidas que visam corrigir uma situao existente, para melhorar a qualidade das guas

Carter preventivo: medidas que evitam ou minimizam a piora na qualidade das guasMedidas de Controle corretivo:1. Implantao de ETEs nas fontes poluidoras localizadas na bacia hidrogrfica do manancial2. Medidas aplicadas ao manancial

Eliminao de microrganismos patognicos

Remoo de algas

Combate a insetos, crustceos e moluscos

Remoo do lodo e sedimentos

Aerao da gua

Eliminao da vegetao aqutica superior

Instalao de ETA adequada qualidade da gua brutaMedidas de Controle preventivo:

1. Implantao de sistemas de coleta, transporte e tratamento de esgotos

2. Planejamento do uso e ocupao do solo

3. Controle da eroso, do escoamento superficial e da vegetao

4. Controle da qualidade da gua das represas

5. Avaliao prvia de impactos ambientaisQUALIDADE DA GUAgua potvel: gua para consumo humano cujos parmetros microbiolgicos, fsicos, qumicos e radioativos, atendam ao padro de potabilidade e que no oferea riscos sade

Padro de potabilidade: define valores mximos permitidos para parmetros fsicos, qumicos e bacteriolgicos Portaria n 2914, de 12/12/2011 Ministrio da Sade Padres de parmetros ps-filtrao ou pr-desinfeco Padres de parmetros de aceitao para consumo humano.

Planos de amostragens (quantidades mnimas e freqncia de amostras) no manancial e na distribuioSondas:

pH, oxignio dissolvido, temperatura, turbidez, nitrato, cloreto, amonia, etc.

RMSP Regio Metropolitana de So Paulo (SP)

SELEO DO MANANCIALFatores que influem na seleo dos mananciais: Garantia de fornecimento da gua em quantidade e qualidade adequadas

Proximidade do consumo

Locais favorveis construo da captao (acesso, infraestrutura, etc.)

Transporte de sedimentos pelo curso de guaSeleo do manancial abrange estudo tcnico, econmico e ambientalA vazo a ser consideradas para fins de escolha deve corresponder ao dia de demanda mxima prevista para o alcance do plano (final do plano, projeo da populao futura de projeto, em geral 20 anos).Quando a diferena entre a vazo disponvel estimada para o manancial e a vazo requerida (final do projeto) no ultrapassar a 10% da vazo necessria, devem ser prevista complementaes de vazo em condies tcnicas e econmicas aceitveis.

ESTUDOS HIDROLGICOS Perodo de retorno

Vazo mnima do manancial Perodo de retorno

Vazo mxima do manancial Nveis dgua mximos e mnimosAs obras de proteo da seo do curso de gua devem ser projetadas considerando a vazo de enchente correspondente a um perodo mnimo de retorno de 50 anos e dimensionadas considerando-se as condies hidrulicas a montante e a jusante do trecho a ser estabilizado.CAPTAO EM CURSOS DE GUAEscolha do local de captaoDepende da variao do nvel de gua e da concentrao de slidos sedimentveis em suspenso do manancial.

Principais cuidados para a escolha do local da captao:

Evitar locais sujeitos formao de bancos de areia

Evitar locais com margens instveis (eroso e assoareamento) Local salvo de inundaes, garantia de acesso todo o tempo

Condies topogrficas e geotcnicas favorveis Acesso ao local de captao (estradas e obras) em condies desfavorveis (temporais e inundaes)

Fornecimento e entrega de energia eltricaPARTES CONSTITUINTES DE UMA CAPTAO Barragem, vertedor ou enrocamento (para regularizao de vazes ou elevao do nvel dgua) Tomada de gua Gradeamento Desarenador Dispositivos de controle (comportas) Canais e tubulaes

Barragem (Represa) e Reservatrio de regularizao

Barragem de nvel, Vertedor e Enrocamento: eleva o nvel de gua do manancial (no regulariza vazes!), garante nvel de gua (NA) mnimo na captao

Barragem de nvelTomada de gua: conjunto de dispositivos destinado a conduzir a gua do manancial para as demais partes constituintes da captaoPrincipais cuidados: Velocidade nas tubulaes/canais da tomada de gua: maior ou igual a 0,60 m/s;

Prever dispositivo antivrticeDiversas variaes no projeto, estudo caso a caso: nem sempre h necessidade do desarenador

a tomada de gua pode ser feita com canais ou com tubulao

na elevatria as bombas podem ser afogadas ou no

na elevatria as bombas podem ter eixo horizontal ou verticalTomada de gua com barragem de nvel, gradeamento, caixa de areia e estao elevatria

Tomada de gua atravs de tubulao

Tomada de gua em rios ou represas com grande variao do nvel de gua:

Torre de tomada

Captao flutuante

GRADEAMENTOGrades:

Constitudas de barras paralelas

Impedem a passagem de materiais grosseiros flutuantes e em suspenso

Grade grossa: espaamento entre barras de 7,5 a 15 cm

Grade fina: espaamento entre barras de 2 a 4 cm

Telas:

Constitudas de fios que formam malhas, de 8 a 16 fios por decmetro

Retm materiais flutuantes no retidos pelas gradesOBS: A limpeza desses equipamentos pode ser manual ou mecanizada.Perda de carga nas grades e telas

onde: h = perda de carga (m)

V = velocidade mdia de aproximao (m/s)

g = acelerao da gravidade (m/s)

k = coeficiente de perda de carga, funo dos parmetros geomtricos das grades e telas, adimensionalDESARENADOR

Recomendaes para o dimensionamento: Velocidade de sedimentao de partculas 0,021 m/s

Velocidade de escoamento longitudinal 0,30 m/s

Adotar coeficiente de segurana de 50% para o comprimento do desarenador

A remoo de areia pode ser feita por:

Deslocamento hidrulico com descarga de tubulao instalada no fundo

Equipamentos tipo bombas (dragas)

Processo manual

CAPTAO EM REPRESAS E LAGOS- Qualidade da gua em funo da variao de profundidade

Propiciam aparecimento de algas nas camadas superiores, onde temperatura mais elevada e a penetrao de raios solares mais intensas.

Principalmente no vero, a gua com excessivo teor de matria orgnica em decomposio, provoca a produo de compostos causadores de gosto e cheiro desagradveis. Por isso, busca-se tomadas de gua em profundidades adequadas por meio de torres de tomadas.- Variao/oscilao de nvel de gua

CAPTAO DE GUAS SUBTERRNEAS

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