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Jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná - Nº 74 - Abril/Maio/Junho - 2005 - ISSN 1517-0217 [email protected] http://www.sindijorpr.org.br Impresso Especial 3600137940-DR/PR SIND. DOS JORNALISTAS CORREIOS Defesa da Formação Página 3 Arnaldo Cruz (1950-2005) Página 4 A seleção para a RTVE Página 5 História do Sindijor Página 15 Os horrores do Correio Metropolitano Página 16 EXTRA PAUTA O Prêmio Sangue Novo no Jornalismo Paranaense chegou à 10.ª edição como uma iniciativa mais que consolidada. A cerimônia de entrega, no dia 10 de junho, serviu para se fazer um resgate histórico deste período e homenagear as pessoas e instituições que mais contribuíram nesta senda vitoriosa. Acompanhe nesta edição a publicação dos trabalhos vencedores nas categorias Reportagem Fotográfica e Reportagem Impressa. Páginas 8 a 13 E AS CONQUISTAS DOS SEUS 10 ANOS SANGUE NOVO Arnaldo Alves

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Jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná -Nº 74 - Abril/Maio/Junho - 2005 - ISSN 1517-0217

[email protected]

http:/ /www.sindijorpr.org.br

ImpressoEspecial

3600137940-DR/PRSIND. DOS

JORNALISTAS

C O R R E I O S

Defesa da

Formação

Página 3

Arnaldo Cruz

(1950-2005)

Página 4

A seleção

para a RTVE

Página 5

História do

Sindijor

Página 15

Os horrores

do Correio

Metropolitano

Página 16

EXTRA PAUTA

O Prêmio Sangue Novo no

Jornalismo Paranaense chegou

à 10.ª edição como uma

iniciativa mais que consolidada.

A cerimônia de entrega, no dia

10 de junho, serviu para se

fazer um resgate histórico deste

período e homenagear as

pessoas e instituições que mais

contribuíram nesta senda

vitoriosa. Acompanhe nesta

edição a publicação dos

trabalhos vencedores nas

categorias Reportagem

Fotográfica e Reportagem

Impressa. Páginas 8 a 13

E AS CONQUISTAS DOS SEUS 10 ANOS

SANGUE NOVO

Arnaldo Alves

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2 - E X T R A P A U T A - A B R I L / M A I O / J U N H O - 2 0 0 5

EDITORIAL

Dez anos de Sangue Novo

no jornal ismo do Paraná

rádio corredor

esta edição do Extra Pauta, trazemos umacobertura especial do 10.º Prêmio Sangue Novono Jornalismo Paranaense. Há dez anos, oSindijor procura valorizar a formação superiorem Jornalismo, premiando os melhores

trabalhos realizados pelos futuros coleguinhas nosbancos escolares do Estado. Em 1996, poucos foram ostrabalhos inscritos. Neste ano, 577 alunos seinscreveram nas 17 categorias criadas com a intençãode atender à demanda das novas tendências na área decomunicação. Pelo incentivo à produção acadêmica, oprêmio procura reforçar que o jornalista deve ter semprecomo parâmetro profissional o seu trabalho comocomunicador social.

A festa teve casa nova. O auditório da Fesp estavalotado. Receberam homenagens vários professores que,como orientadores, mais tiveram trabalhos entre osfinalistas e as faculdades que receberam mais prêmiosdesde a criação do Sangue Novo. Para valorizar asproduções premiadas, o Extra Pauta publica nestenúmero as melhores reportagens impressa e fotográfica.

Mas a edição não é só de festa. Os jornalistasbrasileiros têm enfrentado nos dois últimos anosdesmandos da Justiça. Com o fim da exigência do cursosuperior para exercer a profissão, o que vimos foi aqualidade da produção jornalística cair. Para mostrar queos jornalistas não vão aceitar a decisão de uma juízaque demonstrou total desconhecimento sobre o nossotrabalho é que a Fenaj e os sindicatos de jornalistas detodo o país realizaram em junho o movimento deretomada da luta pelo diploma. O Dia Nacional emDefesa da Formação e Regulamentação Profissional doJornalista foi marcado no Paraná por atividades comodebates, sessões solenes em Câmaras Municipais eAssembléia Legislativa, além de atos públicos.

Os jornalistas lutaram por mais de 60 anos paraconseguir ter a profissão regulamentada. Por anos sediscutiu a criação de cursos superiores específicos deJornalismo. A primeira faculdade é da década de 1940.Técnicas e teorias foram criadas, publicadas edebatidas. Profissionais se tornaram mestres e doutoresem jornalismo. Em resumo. Jornalismo é uma profissãoconsolidada e que evoluiu muito desde a criação daimprensa. Por isso, necessita de uma formaçãoespecífica. Em agosto, esperamos que a Justiça revejaessa decisão absurda que já durou tempo demais.

A jornalista Josiany Vieira está assinandouma coluna de tecnologia e outra demúsica para a revista carioca Fato online(www.fato.com.br) com atualizaçãosemanal.

A jornalista Nume Teixeira, diretora deComunicação da EcoParaná, comemoraa aprovação, pelo Ministério do Turismo,dos projetos Arte Comunitária eCondutores em Áreas Naturais.

O jornalista Vanderlei Rebelo não é maisassessor de imprensa do Partido PopularSocialista, no qual atuou por quatro anos.Agora, vai se dedicar integralmente aescrever o livro sobre o governador BentoMunhoz da Rocha, cujos arquivos lhetomaram dois anos de pesquisa.

Quatro jornalistas do Paraná receberamo Troféu Bola de Ouro, prêmio nacionalque homenageia as pessoas que maisse destacaram nos Estados na crônicaesportiva, durante o ano de 2004. Oscontemplados do Paraná foram CristianToledo, Moacir Domingues, ValmirGomes e Vinícius Coelho. A promoção,em sua 32ª edição, é do grupojornalístico JJ Comunicação.

O jornalista João Beltrão, que estava emSão Paulo editando o Jornal da Noite daBand, volta à Band Curitiba. Ele retornouao posto de diretor de Jornalismo, que jáhavia ocupado no passado. José Willepermanece na Band, mas só naapresentação do Band Cidade. Willeagora vai se dedicar à ampliação da redede rádio do grupo J.Malucelli. São quatroemissoras: a CBN Curitiba, a CBNParanaguá, a ser lançada em breve, aRádio Globo Curitiba AM e a Rádio Rock.E na UFPR trabalha na implantação daRádio UFPR FM, que já está no ar apenasna internet no endereço www.radio.ufpr.br

O jornalista Ricardo Rossi, ex-DiárioPopular, ex-repórter (terceirizado) doscadernos de Imóveis e Construção &Decoração, da Gazeta do Povo, é o novocorrespondente no Paraná do jornalDiário do Comércio e Indústria (DCI), deSão Paulo.

As jornalistas Luciana Alves de Deus ePatricia Schmidt somam sua experiênciade dez anos de profissão na criação daagência Media Center ComunicaçãoIntegrada. Com uma nova proposta de

N

Extra Pauta é órgão de divulgação oficial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná.Endereço: Rua José Loureiro, 211, Curitiba/Paraná. CEP 80010-140. Fone/Fax (041) 3224-9296. E-mail: [email protected]

Expediente

Jornalista Responsável - Aurélio Munhoz - Reg. prof. 2635/10/137v - Redação - Adir Nasser Junior - [email protected] - Colaboraram - Emerson Castro,Aurélio Munhoz, Rogério Waldrigues Galindo e Adriane Fin - Fotografias - Arnaldo Alves, Fábio Conterno, Rodolfo Bührer e Andressa Katriny - Ilustrações - SimonTaylor - Edição Gráfica - Leandro Taques - Tiragem - 3.500 - exemplares - Impressão - Helvética - Composições Gráficas Ltda.

As matérias deste jornal podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte. Não são de responsabilidade deste jornal os artigos de opinião e as opiniões emitidas em entrevistas, por nãorepresentarem, necessariamente, a opinião de sua diretoria.

também oferecer o desenvolvimento deprojetos gráficos aos clientes, o designerFábio Schmidt compõe a equipe,agregando diferencial à empresa.

José Marinho, jornalista na Federaçãodas Indústrias do Estado do Paraná(Fiep) e professor de Jornalismo naUniandrade, tornou-se mestre pelaUniversidade Federal do Paraná. Eledefendeu dissertação, intitulada AHistória do Festival de Teatro deLondrina (Filo), na área de EstudosLiterários do curso de Letras. O materialvai se transformar em livro.

O jornalista Jamur Junior assumiu aSecretaria de Turismo de Guaratuba.Uma de suas primeiras iniciativas foi acriação do concurso Clique o Pôr do Solem Guaratuba, aberto a todos osamantes da arte fotográfica. Maisinformações sobre inscrições podemser obtidas pelo telefone (41) 3442-8243 ou pelo [email protected]

A TV Iguaçu, retomando o Jornalismo,contratou quatro profissionais paraseus quadros: Almeri Cezino comoeditor-chefe; Rodrigo Leite, comoapresentador e editor; Giovanna Perini,para a reportagem e Bianca Krebs naprodução. Já integrava a equipe ajornalista Rossane Lemos.

Aos 82 anos, faleceu em Curitiba orepórter fotográfico Oswaldo Jansen, umdos fundadores do jornal O Estado doParaná, onde ocupou a chefia do Setor deFotografia, na qual atuaria seu filho,Edison Jansen. Foi presidente da Arfoc-PR e chefiou o setor de Fotografia doDepartamento de Turismo e Divulgaçãodo governo do Estado durante osgovernos Moysés Lupion e Ney Braga.

O jornalista Antônio D’Aquino Borgesmorreu no dia 9 de julho, em Curitiba,vítima de enfarte. D’Aquino, que tinha onúmero 3 no registro de associados doSindijor, comandou por muitos anos aredação da Gazeta do Povo, onde inicioua carreira em 1953.

Marcos Xavier Vicente é o novocorrespondente do jornal O Globo emCuritiba. Ele entra no lugar de RobertaCanetti, que segue na reportagem darádio CBN.

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E X T R A P A U T A - A B R I L / M A I O / J U N H O - 2 0 0 5 - 3

REVISTA DIVULGA AÇÕES CIDADÃSO jornalista Mário Milani está lançando a revista Bem Público, publicação que vaitratar de ações e idéias construtivas do setor público, de empresas solidárias edas demais áreas voltadas aos direitos civis e ao aprimoramento da democracia.A revista conta com uma tiragem de 40 mil exemplares.

JORNALISTAS AMIGAS DA CRIANÇAAs jornalistas Dulcinéia Novaes, da TV Paranaense, e Joseane Martins, do jornalO Estado do Paraná, foram diplomadas no dia 12 de julho “Jornalistas Amigas daCriança”. A escolha das duas repórteres foi um reconhecimento pela coberturavoltada aos direitos infanto-juvenis. A cerimônia foi em Brasília.

CAMPANHA

A luta em defesa da formaçãoDia 21 de junho marca a mobilização dos jornalistas em defesa da volta da obrigatoriedade do diploma

OUTRA AMEAÇA: A ALTERAÇÃO DOS CURSOS DE COMUNICAÇÃO

Não bastasse pairar sobre a regulamentaçãoprofissional de jornalista a ameaça da retiradada necessidade do diploma pela decisãoequivocada do Tribunal Regional Federal de SãoPaulo, agora surge ainda mais uma tentativa dealterar o campo de exercício do Jornalismo dosprofissionais formados. Representantes daAssociação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (Compós)

aprovaram em reunião em Salvador um projetopara reformular totalmente a graduação emComunicação que, se aplicada, significaria ofim do estudo do Jornalismo.

Segundo a proposta, a graduação emcomunicação comportaria cinco subáreas(Teorias; Processos sociais; Mídias;Processos de Produção; e Estética eLinguagem), resultando num curso generalista.

A proposta deve baratear o custo da formaçãodo comunicólogo (para alegria das instituiçõesparticulares) e que corresponderá àconcomitante expansão dos cursosinterdisciplinares de pós-graduação. Além disto,haverá um descompasso entre os cursos deJornalismo e os de Comunicação Social,habilitação em Jornalismo, que seriam afetadoscom a proposta.

Fenaj e os sindicatos dejornalistas de todo o paísrealizaram no dia 21 dejunho um importantemovimento na retomada

da luta pelo diploma. O DiaNacional em Defesa da Formação eRegulamentação Profissional doJornalista foi marcado poratividades em diversos Estados,como debates, sessões solenesem Câmaras e Assembléias,reuniões com entidades einstituições, além de atos públicos.

O Sindijor demonstrou seuempenho pela volta da formaçãocom uma série de atos. Opresidente do Sindijor, RicardoMedeiros, fez um pronunciamentona Câmara Municipal de Curitibaem favor da volta daobrigatoriedade do diploma para oexercício da profissão. Medeirossolicitou aos vereadores que seengajem na campanha pela voltada obrigatoriedade do diplomaespecífico para o exercício doJornalismo e tragam para ela seuscolegas de partido. Comoresposta, o presidente recebeudos vereadores uma moção formalde apoio. O Sindijor fez umabaixo-assinado manifestandoapoio à causa e distribuiu omaterial a todas as 26universidades públicas e privadasdo Paraná. Também foramentregue cópias do manifesto àsredações de jornais.

Em Cascavel, a Regional doSindijor distribuiu o manifesto aosjornalistas nas redações. Em PatoBranco, Câmara Municipal votoumoção de apoio, que recebeu apoioda Ordem dos Advogados do Brasil(OAB) local. Em Ponta Grossa, oSindijor fez uma manifestaçãoconjunta com estudantes da UEPG.

O Sindijor prosseguiu com asmanifestações: em Foz do Iguaçu, nodia 25, o nosso problema foidenunciado durante o SeminárioTrinacional de Jornalistas na Luta

contra a Exploração SexualComercial de Crianças eAdolescentes; no dia 27, o diretor deDefesa Corporativa, Aurélio Munhoz,discursou no Plenário na AssembléiaLegislativa, defendendo a valorizaçãoprofissional. Munhoz fez uma defesaenfática da necessidade de umcomportamento ético por parte dosprofissionais, e que, para tanto, énecessária a formação superiorespecífica a quem quer exercer oJornalismo como profissão, a fim deque se tenha uma melhor qualificação

aos quadros da imprensa. Umamoção de apoio foi aprovada pelolegislativo.

O objetivo maior é conquistar avolta da exigência de diploma emcurso superior de Jornalismo para oregistro e exercício da profissão. OTRF da 3.ª Região deverá julgar, atéagosto, o recurso da Fenaj contra adecisão da juíza Carla Rister deacabar com a obrigatoriedade dodiploma, um dos pilares daregulamentação profissional dacategoria.

Ricardo Medeiros discursa na Câmara Municipal de Curitiba

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REVISTA CAPITAL TRAZ INFORMAÇÃO POLÍTICAEstá circulando a Revista Capital, publicação de cobertura política que tambémconta com um site na internet (www.revistacapital.com.br). Dirigida por JoséMaurício da Costa Marques, a redação conta ainda com Marcelo Motta Vieira,Roberto José da Silva, Adriana Ferronatto e Claudia de Albuquerque.

DOCUMENTÁRIO CONTA A VIDA DE HERZOG“30 Anos Depois” é a história de Vladimir Herzog, agora filmada por João Batistade Andrade, amigo do jornalista assassinado sob tortura no dia 25 de outubro de1975. Com lançamento previsto para outubro, o documentário longa-metragemutiliza equipamento digital, equipe reduzida e baixo orçamento.

TRISTEZA

Imprensa paranaense perde

Arnaldo CruzRogerio Waldrigues Galindo

notícia da morte dojornalista Arnaldo Alves daCruz ganhou destaque naimprensa paranaense nofim de abril –

principalmente pelo cargo que eleocupou nos cinco últimos anos desua vida. De 1999 a 2005, Arnaldofoi diretor de redação da Gazeta doPovo, jornal em que trabalhava hámais de 20 anos. Mas a vida deArnaldo também foi dedicada avárias outras tarefas. Entre elas, ade trabalhar para os jornalistas doEstado. Durante 12 anos, eleexerceu funções importantes dentrodo Sindicato dos JornalistasProfissionais do Paraná.

Arnaldo, que nasceu de umafamília pobre em Caçador, interiorde Santa Catarina, começou noJornalismo em Curitiba. Trabalhouno Diário Popular, na TVParanaense e na Gazeta do Povo.Paralelamente, dedicou seu tempoà entidade que criou para defenderos direitos do consumidor, aAssociação de Defesa e Orientaçãodo Cidadão (Adoc). Adefesa dos consumidoresainda era um tema raro nadécada de 70, por isso ojornalista trabalhou quase otempo todo sozinho em sualuta.

O trabalho rendeu frutos.“Há artigos no Código de

A

JORNALISTAS DEVEM APRESENTAR DIPLOMA PARA VALIDAR REGISTRO

O Sindijor lança um recado a todos osjornalistas que obtiveram registro profissionalapresentando apenas o certificado deconclusão do curso de Jornalismo. Énecessário apresentar o diploma deJornalismo ou de Comunicação SocialHabilitação em Jornalismo. O Ministério doTrabalho dá um prazo de 180 dias aos

profissionais para que apresentemdefinitivamente o diploma, para efetivar oregistro profissional. Embora considerandoque as faculdades costumam demorar naemissão do diploma (que precisa dechancela do MEC), não se pode esquecerda necessidade de apresentar o documento,a fim de que o registro não se torne nulo.

Diversos profissionais filiados ao Sindijorestão hoje com registro pendente há mais dedois anos por falta de apresentação dodiploma. Cópia autenticada do diploma ecarteira de trabalho original devem serencaminhadas ao Sindijor ou diretamente àDelegacia Regional do Trabalho pararegularizar a situação.

Defesa do Consumidor que foramescritos por ele, baseado notrabalho dele na associação”, contao irmão, o também jornalista ValdirCruz, professor do curso deJornalismo da Unibrasil.Complementou seu trabalho nestaárea ajudando vereadores a criarleis a favor dos consumidores etambém criando uma coluna sobredireitos e deveres dos consumidoresna Gazeta do Povo.

No sindicato, a militânciacomeçou em 1979. Teve mandatosdurante quatro gestões. Foi diretorduas vezes, secretário e delegadoem duas outras ocasiões. Contavacom orgulho que uma das vitóriasde seu grupo à frente do sindicatofoi a implantação do anuênio –benefício que aumentaautomaticamente o salário dojornalista a cada ano em que elepermanece trabalhando na mesmaempresa.

“Conseguimos um aumento de10% para quem tinha dez anos”,dizia. “Aí falamos para os patrões: eserá que quem trabalhou cinco anosjá não merece alguma coisa? E

assim fomos até conseguiraumento de 1% ao ano”,contava. Falava dasconquistas com asimplicidade que sempremanteve, mesmo depois deter assumido a direção dojornal de maior circulaçãodo Paraná.

A UniBrasil homenageou Arnaldo Cruz dando o nome do jornalista a um deseus laboratórios de Comunicação Social. Na Câmara Municipal de Curitiba, foiaprovado um projeto do vereador Mario Celso Cunha estabelecendo que o próximoequipamento público municipal (escola, por exemplo) a ser designado tenha onome do jornalista.

Arnaldo comandou a redação da Gazeta do Povo por seis anos

JORNALISTA É HOMENAGEADO

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JORNALISTA ACUSADA DE OFENSA AO ISLÃUm tribunal italiano decidiu que a jornalista Oriana Fallaci será julgada pelaacusação de insulto à religião islâmica em seu último livro “La Forza dellaRagione” (“A Força da Razão”). Na obra, a escritora pró-ocidente afirma que aEuropa está se tornando “uma colônia islâmica”.

TELESUR TRANSMITE PRIMEIRO SINALNo dia 24 de maio, a rede de TV formada por Venezuela, Argentina, Cuba eUruguai, com apoio logístico do Brasil, emitiu de Caracas seu primeiro sinal. ATelesur, promovida pelo presidente venezuelano Hugo Chávez, pretende concorrercom redes européias e americanas, numa proposta “contra-hegemônica”.

EMPREGO

Permanece impasse sobre

teste seletivo da RTVE

pedido do TribunalRegional Federal daQuarta Região, oMinistério PúblicoFederal deve se

pronunciar sobre o edital daFunpar para o teste seletivopara jornalistas e radialistasque prestariam serviço àRTVE. Um agravo regimentalfoi interposto pelosparlamentares de oposição,autores da ação que questionaa decisão do desembargadorCarlos Eduardo ThompsonFlores Lenz, que suspendeuos efeitos de uma liminarobtida em primeira instânciaque anulava alguns dostermos do edital. Com isso, aFunpar não pode darprosseguimento ao teste,divulgando os aprovados.

A liminar da JustiçaFederal de Curitiba, queanulava parte do edital daFundação da UFPR (Funpar)para a contratação via testeseletivo de profissionais paraatuar na RTVE, havia sidosuspensa no final de março

A

Ministério Público Federal vai se pronunciar sobre ação contra seleção

COPEL E GOVERNO DO ESTADO APONTAM PARA REGULARIZAÇÃO DE DESVIOS

Em reunião com o diretor de GestãoCorporativa da Companhia Paranaense deEnergia (Copel), Luiz Antônio Rossafa, o diretorde Defesa Corporativa do Sindijor, AurélioMunhoz, recebeu uma promessa da empresa emregularizar todos os jornalistas de seu quadroque estivessem desviados de função. Munhozainda solicitou uma adequação do edital doconcurso público da empresa, que prevê umavaga para comunicador social que desempenharáfunções jornalísticas, mas que terá jornada detrabalho superior à da categoria (oito diárias

contra as cinco estabelecidas na CLT) e salárionão proporcional. Rossafa disse que não seriapossível impugnar o edital; o Sindijor, noentanto, não concorda com os argumentos eestuda medidas a respeito.

Também a pedido do Sindijor, a secretária deEstado da Administração, Maria MartaLunardon, recebeu a diretoria do Sindijor parauma reunião, na qual informou que o governonão pretende implantar um plano de carreirapara os jornalistas de seu quadro próprio.Haveria 63 jornalistas no quadro e outros 10 fora

de função. A secretária se comprometeu, noentanto, em levantar a situação dos profissionaiscom problemas e tentar resolvê-las, caso a caso,em conjunto com o Sindijor. Sobre a jornada deoito horas – estabelecida em decreto em fevereiropara todos os funcionários do Estado, inclusivejornalistas – a secretária argumentou que oEstado, por estar fora da CLT, pode criar jornadaprópria para profissionais de seu quadro. OSindijor permanecerá acompanhando a situaçãodos colegas que prestam serviço para o governodo Estado.

pelo Tribunal Regional Federalda 4.ª Região. Obtida no iníciode abril por deputadosestaduais oposicionistas que,por meio de uma ação popular,tentavam anular todo oconvênio sob a alegação deque seria uma forma demaquiar contratações paracargos típicos de carreira. Emprimeira instância, a liminarfora parcialmente deferida,autorizando contrataçõesapenas para atuação naprópria Funpar. Odesembargador federal CarlosEduardo Thompson FloresLenz, que derrubou a liminar,citou em sua decisão umparecer da Advocacia-Geral daUnião que afirma que ostermos do contrato são reais enão estão burlando oucamuflando qualquer outroobjetivo. Paralelamente,permanecem no MinistérioPúblico Estadual as denúnciasde jornalistas encaminhadaspelo Sindijor sobre possíveisirregularidades na conduçãodo processo seletivo.

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CCS PRIVILEGIA EMPRESARIADONuma atitude inédita, o presidente do Conselho de Comunicação Social (CCS),Arnaldo Niskier, selecionou apenas representantes do meio empresarial paraintegrar os grupos de trabalho do Ministério das Comunicações. As indicaçõesatenderiam a interesses do próprio ministro Eunício Oliveira.

BBC ABRE ESPAÇO PARA O PÚBLICOA BBC inglesa acaba de lançar um projeto chamado BackStage (bastidores), coma revolucionária proposta de abrir seu conteúdo ao público e tornar possível o livreuso de softwares, texto, fotos, áudio e vídeos para projetos desenvolvidos porpessoas ou grupos de pessoas de fora da empresa.

ARTIGO

Marketing: a arte de conquistar clientes

Aurélio Munhoz

publicitário e consultor paranaense ElóiZanetti é um daqueles (poucos)profissionais do meio que dispensamapresentações. Mas engana-se quempensa que o criador de algumas das

campanhas de marketing mais bem sucedidas doBrasil - como o “Bicho do Paraná” - é um profissionalconsagrado nacionalmente porque aderiu a certosconceitos tradicionais da propaganda e nacomunicação.

Autor de obras importantes do mundo dapropaganda e da publicidade, como “O Encantador deClientes” e “O General que Sabia Ganhar Batalhas”,Zanetti caminha na contramão da obviedade domercado. Para ele, marketing não é promoção e nempropaganda. “Marketing é a ciência e a arte deconquistar e manter clientes, desenvolvendorelacionamentos positivos (e lucrativos) com eles”, dizo publicitário, que esteve nas Faculdades Curitiba aconvite do Núcleo de Assessoria de Imprensa doSindijor-PR, no dia 28 de abril, falando sobre “Acriatividade na comunicação”.

A CADÊNCIA DA COMUNICAÇÃOZanetti também aconselha os publicitários a

adotar mais “ritmo” na comunicação para atingir seus

O

objetivos de forma mais satisfatória, mais eficiente. “Acomunicação tem que ter sonoridade, ritmo,cadência. E esse ritmo tem que ser adaptável àsituação”, diz o publicitário. Ele afirma ainda que osprofissionais precisam ter bom senso e não ter medode roteiros simples e até de parecer óbvios naelaboração de peças publicitárias.

“Ser criativo é ser espontâneo”, propõe. Zanetti dizque esta tomada de posição significa nunca concebere julgar idéias ao mesmo tempo. “Isso inibe acriatividade”, afirma, citando o bom exemplo doescritor norte-americano Ernest Hemingway, quetinha o hábito de jogar no lixo centenas de laudas detexto que produzia até encontrar o conceito que lheinteressava.

PELA ADAPTAÇÃO AO MERCADOAos profissionais e estudantes que

acompanharam a palestra Zanetti foi taxativo: ogrande problema das empresas é a comunicação e adificuldade de se perceber as mudanças da realidadeque ocorrem no mercado. “As empresas devemprocurar respostas criativas para cada pessoa, cadafato e cada situação“, aconselha Zanetti, que cita umdado para comprovar a necessidade de as empresasse ajustarem às mudanças da sociedade. Segundoele, 93% dos consumidores brasileiros não são fiéisaos pontos de venda.

“A sociedade exige adaptação do profissional.Nela, sobrevive não o mais forte, mas o maisadaptado”. O caminho, sugere, é as empresasadotarem mecanismos criativos no atendimento,comunicação, design e logística. Para ele, porém,não há nenhuma racionalidade no fato de asempresas recorrerem apenas à comunicação pararesolver seus problemas com o cliente. “Só acomunicação não resolve. Geralmente, quanto maisemotiva, mais forte ela é. Isso passa simplicidade. Épreciso criar uma história, deixar uma marca”,recomenda.

MARKETING DE RELACIONAMENTOO publicitário diz ainda que é mais barato para as

empresas manter o cliente que sair correndo atrás denovos consumidores, o que justifica a importância dese adotar o endomarketing – ou endocomunicação.Na prática, isto significa adotar uma política decomunicação voltada para dentro da empresa, não sópara fora.

E também investir mais no chamado marketing derelacionamento como ferramenta para alavancar seusnegócios. “Os empresários precisam entender que oprincipal público de uma empresa não é o cliente,mas sim os funcionários da empresa. Se elestrabalham bem, a empresa funciona bem”, aconselhaZanetti.

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PRÊMIO ETHOS DE JORNALISMOEstão abertas até o final de junho as inscrições para o Prêmio Ethos deJornalismo – Empresas e Responsabilidade Social. O vencedor de cada uma dascategorias receberá uma bolsa para formação profissional e/ou acadêmica. Maisinformações e inscrições, no site www.ethos.org.br.

SITE DIÁRIO DE CURITIBA PODE SE TORNAR IMPRESSOOs jornalistas Eduardo Furiatti, Emerson Alessandro Saraiva, Guilherme Larsen eVitor da Costa criaram o site de notícias Diário de Curitiba(www.diariocuritiba.com.br), que deve ganhar uma versão impressa, com ênfaseem esportes, e para isto estão em busca de patrocinadores.

REGIONAL CASCAVEL

Sindicato promove encontro

de Jornalismo InvestigativoCerca de 300 acadêmicos e profissionais da área participaram do evento

Adriane Fin

Sindicato dos Jornalistase Profissionais do Paraná,através da regional deCascavel, realizou nosdias 12 e 13 de maio o I

Encontro de JornalismoInvestigativo: Memória ePerspectivas. O evento teve comopalestrantes os jornalistasinvestigativos José Amaral Argolo eMauri König.

O evento teve como objetivodiscutir o jornalismo investigativopor ser uma área pouco exploradanos cursos de graduação, bemcomo, colocar acadêmicos eprofissionais em contato comdiferentes realidades profissionais,como no caso do professor Argolo,que há 30 anos exerce a profissãono Estado do Rio de Janeiro, e dojornalista paranaense König, que járecebeu o reconhecimentointernacional pelo seu trabalhoinvestigativo.

No primeiro dia do evento, osacadêmicos de jornalismo eprofissionais da área puderamprestigiar uma exposição depainéis com escritos e obras dosjornalistas, e também, olançamento do livro de jornalismoReflexões sobre o Jornalismo

Investigativo, de Argolo. Naoportunidade, o autor concedeuvárias entrevistas aos acadêmicosque aproveitaram a oportunidadepara questionar os atuaisproblemas da profissão.

Já durante a palestra do dia 13,foram discutidos diversos temas,entre eles a volta do bom e velhoJornalismo e a ética na imprensa. Oexperiente jornalista também deualgumas dicas de investigação. “O

OS PALESTRANTES

JOSÉ AMARAL ARGOLO - Jornalista e advogado, pós-graduado em CiênciaPolíticas e em Jornalismo, mestre em Filosofia, doutor emComunicação e Cultura e pós-doutorado em Jornalismo. Atualmente édiretor e professor da Escola de Comunicação na UniversidadeFederal do Rio de Janeiro. Atuou nas redações de: O Globo, Jornal doCommércio, Última Hora, O Dia e TV Globo. Obras publicadas:Reflexões sobre o Jornalismo Investigativo; Dos quartéis àespionagem: caminhos e desvios do Poder Militar e A DireitaExplosiva no Brasil.

MAURI KÖNIG - Jornalista, formado em Letras e Comunicação Social, comparticipação em um curso para correspondente de guerra realizado em 2004em Buenos Aires, a convite da Sociedade interamericana de Imprensa.Trabalhou nos jornais: Folha de Londrina, O Estado de S. Paulo, O Estado doParaná, Gazeta Mercantil e atualmente na Gazeta do Povo. Recebeu ao todo11 prêmios de jornalismo, entre eles dois Esso Regional, um Embratel, doisVladimir Herzog, um da Sociedade Interamericana de Imprensa, com sedeem Miami, e um da Federação Internacional dos Jornalistas, com sede naBélgica.

O

Mauri König e José Amaral Argolo debateram o trabalho investigativo dos jornalistas

mais importante para o jornalista éter fontes de confiança eestabelecer uma base sólida dereferência, como arquivos edossiês. Isso embasa o trabalho. OJornalismo Investigativo é umtrabalho demorado, que nãoacontece do dia para a noite. Levatempo, anos”, salientou o jornalista.

O jornalista paranaense MauriKönig contou um pouco de suasexperiências e comentou sobre a

produção de matériasinvestigativas. “Hoje em dia não setem uma produção de jornalismoinvestigativo tão grande como setinha, por exemplo, há 20 ou 30anos atrás, porque a mídia de umaforma geral está mais focada noimediatismo” reforçou König.

O evento contou com o apoio daCaixa Econômica Federal – agênciacentro, Prefeitura MunicipalCascavel e Livraria Nobel.

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FESTA NA ENTREGA DO 10ais de 400 pessoaslotaram o auditório daFesp, em Curitiba, nodia 10 de junho, para aentrega do 10º Prêmio

Sangue Novo no JornalismoParanaense, iniciativa do Sindijorcom apoio do Banco do Brasil. Oencontro entre jornalistasveteranos e futuros colegas, játípico do prêmio, foi intensificadocom o aumento no número decategorias e a inclusão dacategoria ResponsabilidadeSocial.

Foi a ocasião para que osacadêmicos pudessem mostrarseu potencial. A cerimônia serviutambém para que fosse feito umretrospecto dos dez anos doconcurso. Foram prestadashomenagens às faculdades eaos orientadores que mais sedestacaram no prêmio até hoje.O UnicenP recebeu homenagemcomo a escola com maiorprodutividade (289 trabalhos nosúltimos seis anos), a PUC-PR,com 154 trabalhos também foihomenageada, assim como aUFPR, que registrou o recordede premiações (72).

As professoras Flávia LúciaBazan Bespalhok, da UEL, MariaZaclis, do UnicenP, e MônicaFort, da PUC-PR, receberamprêmios pelo maior número deorientandos classificados. Nacerimônia, o público foi chamadoa assinar a moção de apoio àiniciativa da Fenaj, sindicatos eFórum dos Professores deJornalismo que pede a revisãoda decisão parcial da JustiçaFederal que acabou com anecessidade de formaçãouniversitária específica para oexercício do Jornalismo.

Nas páginas seguintes,acompanhe os trabalhospremiado em primeiro lugar nascategorias ReportagemFotográfica – O Retrato do Bóia-fria -, de Karina Yoshizawa, daUFPR, e Reportagem Impressa -O mapa da violência, Bairro Alto-, de Thiago Bastchen e VivianeS. Luciani, da UniBrasil

O diretor de Defesa Corporativa do Sindijor, Aurélio Munhoz,

exorta o público a assinar uma moção de apoio à volta da

obrigatoriedade do diploma para o exercício do Jornalismo

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Equipe do jornal Lona, do UnicenP, recebe do jornalista

Walter Schmidt o grande prêmio na categoria Jornal

Laboratório

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Jornalista Rossane Lemos entrega prêmio a Ana Carolina

Roble Knechtel, do UnicenP, vencedora da categoria Projeto

em Telejornalismo (Vila em Ação), e à orientadora, Maria

Zaclis Veiga

Auditório da Fesp lotado durante a cerimôn

A jornalista Maria Duarte entrega prêmio na

categoria Radiojornal Laboratório a

representante da Unipar, ganhadora com o jornal

Focalizando

Jornalista Aurélio Munhoz entrega o

grande prêmio da categoria

Reportagem Fotográfica a Karina

Yoshizawa, da UFPR, autora do

trabalho “Um retrato do bóia-fria”

Jornalista Mauri König entrega o grande prêmio na

categoria Reportagem Impressa para Thiago Bastchen e

Viviane Luciani, da UniBrasil, autores da matéria “O mapa

da violência – Bairro Alto”

Homenagem aos

Castro, do Un

Medeiros, Luiz

Bespalhok, da

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0º PRÊMIO SANGUE NOVORELAÇÃO DOS CLASSIFICADOS

REPORTAGEM FOTOGRÁFICA1º lugar - “Um retrato do bóia-fria” - UFPR- Autora: Karina Yoshizawa - 3º ano -Professor: Paulo Henrique CamargoBatista2º lugar - “Frenge” - UTP - Autor: Brunoda Costa Piccoli - 4º ano - Professor:Giovani Francisco Santos3º lugar - “Lixo não é lugar de criança” -Faculdade Opet - Autora: Paula Martins -2º ano - Professor: Audrey Possebom

PROJETO JORNALÍSTICO PARAASSESSORIA DE IMPRENSAMenção Honrosa - “Manual de mídiatraining para jogadores de futebol” - UFPR- Autores: Roger Azevedo Costa Pereira,Sabrina Dominique Dias Mancio - 4º anoProfessor: Luiz Paulo Maia

PROJETO EM JORNALISMO IMPRESSO1º lugar - “Informativo Integração Apae -Curitiba” - UTP - Autores: ValdireneOliveira; Luis Otávio Dias - 4º anoProfessor: Eumar Francisco2º lugar - “Pontapé inicial” - UEPG - Autor:Guilherme Gomes Ferreira - 4º ano -Professora: Irvana Chemin Branco3º lugar - “Antena” - UFPR - Autores:Alexandro Kurovski; Luciana Romagnolli -3º ano - Professor: João Augusto Moliani

MELHOR MONOGRAFIA1º lugar - “O tempo no Jornalismo” -UnicenP - Autor: Pedro Henrique SilvaGuillen - 4º ano - Professor: Marcelo LimaMenção Honrosa - “Adolescentes,jovens, violência e mídia” - Unopar -Autores: Ellenn Cristyna Reis Hoffmann;Thatiane Ramos dos Santos - 4º anoProfessor: Reinaldo César ZanardiMenção Honrosa - “O território federaldo Iguassú e o comportamento do jornalGazeta do Povo” - UnicenP - Autor: GabrielTabatcheik Comin - 4º ano - Professor:Marcelo Lima

REPORTAGEM IMPRESSA1º lugar - “O mapa da violência – BairroAlto” - UniBrasil - Autora: Thiago Bastchen;Viviane S. Luciani - 3º ano - Professora:Elza Aparecida de Oliveira Filha2º lugar - “A infância vendida” - UFPR -Autora: Mariana Franco Ramos - 4º ano -Professor: Luiz Paulo Maia

PROJETO EM RADIOJORNALISMO1º lugar - “Mãos da sobrevivência”Cesumar - Autores: Cleberson França;David Silva; Vanessa Bellei - 3º ano -Professora: Ana Paula Machado Velho2º lugar - “Programa Carteira Assinada –Um modelo de Jornalismo Público aplicadoao rádio” - UTP - Autoras: Camila de PauliCordeiro; Inara Camargo Pilatti; MilenaStella - 4º ano - Professora: Cláudia Irenede Quadros3º lugar - “Revista radiofônica Na Mosca”- UEL - Autores: Anay Cury F. Manercic;Diego Palmieri Scacalossi; ÉmersonAraújo; Núbia Cibele De Oliveira Tavares -3º ano - Professora: Francisca SousaMota e PinheiroMenção honrosa - “Rádio Mulher” - UTP- Autores: Karina Lanconi Bernardi;Vanessa Carla Fernandes - 4º ano -Professora: Elisângela Ribas Godoy

PROJETO EM TELEJORNALISMO1º lugar - “Vila em Ação” - UnicenP - Autora:Ana Carolina Roble Knechtel - 4º ano -Professora: Maria Zaclis Veiga2º lugar - “É o Bicho” - Fadep - Autoras: AnniJoice Saleski; Carine Prolo - 4º ano -Professor: Arnaldo Telles Ferreira3º lugar - “Dicionário Eletrônico” - Fadep -Autores: Lúcia Mara Formigueri; MartaMaraschin; Rodrigo Xavier Simões - 4º ano -Professor: Arnaldo Telles FerreiraMenção honrosa - “Assoma” - PUC -Autora: Priscilla Luparelli - 4º ano -Professora: Mônica FortMenção honrosa - “Com as próprias mãos”- UTP - Autor: Sergio Ricardo Kirsten - 4º ano- Professora: Ana Maria de Souza MelechMenção honrosa - “Desejos da terra” -UnicenP - Autor: Carlos Eduardo IodakMachado - 4º ano - Professor: Elson Faxina

REPORTAGEM PARA RÁDIO1º lugar - “Palavrões na música” - PUC -Autora: Paula Magalhães Sasso - 2º ano -Professora: Mônica Panis Kaseker2º lugar - “O resgate da memória de nossoscausos” - UEL - Autor: Renato Forin Junior -3º ano - Professora: Francisca Sousa Mota ePinheiro3º lugar - “Mídia e pessoa com deficiência” -UEL - Autores: Diego Palmieri Scacalossi;Núbia Cibele de Oliveira Tavares - 3º ano -Professora: Francisca Sousa Mota e PinheiroMenção honrosa - “Sombras da realidade” -UnicenP - Autores: Fábio Marcolino; GabrielTabatcheik Comin - 2º ano - Professora: MariaZaclis Veiga

REPORTAGEM PARA TELEVISÃO1º lugar - “Estrangeirismo” - UnicenP -Autores: Camila dos Santos; Felipe HarmataMarinho; Maria Alice Tornesi; Michelle daCunha Botelho - 3º ano - Professor: ElsonFaxina2º lugar - “Drag-queens – As rainhas danoite” - UnicenP - Autor: André de OliveiraGomes dos Santos - 3º ano - Professor:Elson Faxina3º lugar - “Moda de Brechó” - UTP - Autores:Thiago de Araújo; Adriane Baldini - 4º ano -Professora: Sandra NodariMenção honrosa - “Decreto 79.797” - IESB- Autores: Leonardo Delai Lucas; ThayanaNunes; Hugo Reis; Gisele Mazzei; LucianaLadeira; Roberta Fittback - 4º ano -Professor: Edenilson de AlmeidaMenção honrosa - “Ser mulher, pormulheres da Vila Verde”. - UnicenP - Autores:Fernanda Dorta; Izabella Bellenda; JulianaFreitas; Raphaela Salinet - 4º ano -Professor: Elson Faxina

LIVRO REPORTAGEM1º lugar - “Os 12 dias – Histórias da eleiçãode 1988” - UFPR - Autores: Mariana FrancoRamos; Fabiano Klostermann - 4º ano -Professor: Luiz Paulo Maia2º lugar - “A Curitiba da gente” - UnicenP -Autor: Roberto Massignan Neto - 4º ano -Professor: Tomás Eon Barreiros3º lugar - “Sou cidadão” - UnicenP -Autora:Maria C. A G. Ferreira Chaves - 4º ano -Professor: Tomás Eon Barreiros

PROJETO/PRODUTO JORNALÍSTICO LIVRE1º lugar - “Eu por você só – Umaexperiência do olhar sobre o real através do

vídeo” - UFPR - Autora: Lisely RobertaBorges - 4º ano - Professor: PauloHenrique Camargo Batista2º lugar - “Ilustres desconhecidos –Prazer em conhecê-los” - Unopar -Autores: Carina Dias de Freitas; FábioRadigonda Serrato; Luiz Antônio BartelliJr; Heloísa Zanardi Coltro; VanessaCristina Sanches Gusmão; Jóice BenderRaio - 2º ano - Professora: Patrícia ZaninHeitzman3º lugar - “A face oriental dos 70 anosde Londrina” - IESB - Autores: CélioCosta, Marivone Ramos, Luiz RobertoBorghesi, Arlete Marzanatti, KellenLopes, Bruno Ghering, Diego Reginato -4º ano - Professor: Edenilson de AlmeidaMenção honrosa - “Entrevista coletiva2” - Autores: do 1º, 2º, 3º e 4º anos -UnicenP - Professor: Tomás EonBarreiros

PRÊMIO SANGUE NOVO DERELEVÂNCIA SOCIAL1º lugar - “Programa CarteiraAssinada – Um modelo de Jornalismopúblico aplicado ao rádio” - UTP -Autoras: Camila De Pauli Cordeiro,Inara Camargo Pilatti, Milena Stella - 4ºano - Professora: Cláudia Irene deQuadros2º lugar - “Jornalismo eresponsabilidade social com ênfaseem deficientes visuais” - PUC -Autoras: Aline Cambuy, RenataBarboza de Souza, Gabriela RoussenqSquarizi - 4º ano - Professora: MariaRegina Ribas3º lugar - “Apuração na informaçãojornalística” - UTP - Autoras: ElaineNunes Wzorek, Priscila Gois Duarte,Elisangela Borile - 4º ano -Professora: Alessandra AssadMenção honrosa - “Vila em ação” -UnicenP - Autora: Ana Carolina RobleKenechtel - 4º ano - Professora: MariaZaclis VeigaMenção honrosa - “Documentário:Grupo Fauna por uma causa animal” -UEPG - Autor: Felipe Fontana - 4º ano- Professora: Irvana Chemin Branco

CATEGORIAS LABORATORIAIS

RADIOJORNAL LABORATÓRIO1º lugar - “Focalizando” - Unipar2º lugar - “Radiojornalismo eComunicação Integrada” - PUC3º lugar - “20 Minutos de Notícia” -UnoparMenção honrosa - “Rádio Teia” -UnicenP

JORNAL LABORATÓRIO ON-LINE1º lugar - Comunicação.jor.br(www.comunicacao.jor.br) - UFPR2º lugar - Jornal Matéria Prima -(www.jornalmateriaprima.jex.com.br) -Cesumar

JORNAL LABORATÓRIO1º lugar - Lona - UnicenP2º lugar - Comunicare - PUC3º lugar - Capital da Notícia (bairro) -UniBrasilMenção honrosa - Observatório -Unipar

enP, recordista de prêmios: os professores

os Alexandre Castro, Élson Faxina, Maria

lis Veiga, Tomás Eon Barreiros e Marcelo

Lima contabilizam o êxito

nia de entrega dos prêmios

s professores e escolas: Carlos Alexandre

icenP, o presidente do Sindijor, Ricardo

Paulo Maia, da UFPR, Flávia Lúcia Bazan

a UEL, e o coordenador do prêmio, Mário

Messagi Júnior

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OCEPAR LANÇA 2.ª EDIÇÃO DE PRÊMIOPoderão concorrer reportagens impressas (jornais e revistas), de rádio, detelevisão e mídia cooperativa (jornal, revista, rádio e internet) que tratem do tema “Aresponsabilidade Social e Econômica das Cooperativas no Desenvolvimento doParaná”. Inscrições até 1.º de novembro de 2005.

INFORMAÇÕES DE EMPRESAS DE ASSESSORIAO Sindijor solicita que os assessores de imprensa informem dados gerais (nome,endereço, telefone, e-mail, site) de suas empresas ou das empresas a queprestam serviços, a fim de manter o cadastro da entidade atualizado pelo telefone(41) 3224-9296 ou no e-mail [email protected]

“Um retrato do bóia-fria”Primeiro lugar em Reportagem Fotográfica do 10º Prêmio Sangue Novo no Jornalismo Paranaense

Autora: Karina Yoshizawa, do 3º ano da UFPR, sob orientação do professor Paulo Henrique Camargo Batista

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ANCINE DISPONIBILIZA GLOSSÁRIOA Ancine está disponibilizando em seu site um glossário dos termos maisutilizados no setor cinematográfico e audiovisual a interessados sobre aterminologia utilizada pela agência em seus documentos. A consulta ao glossárioé feita pelo link “Manuais” no site www.ancine.gov.br.

MOSTRA DE FOTOS DE ÁUREA CUNHA EM CURITIBAA exposição fotográfica “Todas as Cores do Mundo – Retratos do Multiculturalismode Foz do Iguaçu”, da fotojornalista Áurea Cunha, da sucursal da Gazeta do Povoem Foz, está no Salão Brasil do Memorial de Curitiba (Rua Claudino dos Santos,s/n.º – Setor Histórico). A exposição fica aberta até o dia 31 de julho.

ão me chame de bóia-fria, que bóia-frianão sou”, pede Maria Pereira da Luz, de36 anos. Ela, como os demaistrabalhadores rurais retratados nestas

fotos, moram em Jacarezinho, norte doParaná, e trabalham na Fazenda São Luiz,Ourinhos (SP). Acordam às 4 horas da manhã,preparam a comida, seus equipamentos, evão com o ônibus da fazenda para oscanaviais. O corte de cana-de-açúcar começaa ser realizado às 7h, e só acaba às 17h. Sãocerca de dez horas de trabalho para ganharquase R$ 10,00, proporcional à quantidade decana cortada. “A gentenão ganha muito,mas é trabalhohonesto”, diz João deDeus, 41 anos.

As fotos mostram ocorte da cana verde,ou seja, cortada semqueimar, para serreplantada como muda,quadruplicando aquantidade cortada.Este tipo de corteaumenta apossibilidade dostrabalhadores serempicados por cobras e exige mais força. Noentanto, a cana se torna uma sobremesa,depois da bóia-fria, como o arroz, feijão esardinha de Antônio da Silva, 53 anos. Depoisdo almoço às 10h, voltam ao trabalho.

No fim da tarde, todos esperam o ônibusna beira da estrada, com caras cansadas,mas conversando e rindo da novidade deserem fotografados, sentindo-sereconhecidos por seu trabalho e não sócomo bóia-fria. “Quem diria que um dia euiria ser reconhecida de alguma forma, atéfotografada, por ser cortadora de cana”, dizFrancisca dos Santos, 54 anos.

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FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO ESPORTIVA – JORNALISMO PARAINICIADOS E LEIGOS - SERGIO VILAS BOAS (ORG.), 160 PP. SÃOPAULO: SUMMUS EDITORIAL, 2005, R$ 29,40A coleção Formação e Informação – Jornalismo para Iniciados e Leigos, daSummus Editorial, surgida com o objetivo de trazer para o conhecimento dopúblico conteúdos essenciais sobre macrotemas jornalísticos, à tona um dosgrandes temas da mídia: o Jornalismo esportivo. Sergio Vilas Boas,organizador da coleção, montou um time de especialistas para falar dacobertura jornalística, sua ética (ou antiética), seus amadorismos, discursos,

espetáculos, folclores e pedantismos; suas histórias, sociologias, parcialidades e comoções.Os jornalistas, com vasta experiência na área, se esforçam para responder se ainda é possíveldar credibilidade ao “Jornalismo esportivo”. A obra mostra que o esporte é muito mais do queum jogo e que há inúmeras interfaces possíveis, polêmicas e necessárias que o jornalistapoderia costurar para não se ater somente à questão da disputa.

MÍDIA E ETNICIDADESFERNANDO CONCEIÇÃO, 242 PP., SÃO PAULO, EDITORALIVROPRONTO, 2005; R$ 32,00Resultado de estudos e pesquisas acadêmicas desde o início dosanos 1990, quando ingressou no programa de pós-graduação daEscola de Comunicações e Artes da USP, este livro inclui uma análisedo processo de produção jornalística, sob a perspectiva das relaçõesraciais, no Brasil e nos Estados Unidos. O trabalho indica que, nas

últimas três décadas do século 20, houve substancial alteração na forma como a grandemídia, tanto num país como no outro, lidou com o tema do racismo. Isso fez com que adiversidade entrasse na agenda do século XXI como um dos temas mais importantes.Tomando por recorte o ano de 1995 no Brasil, tricentenário da morte de Zumbi dos Palmares,o autor analisa o projeto montado pelo jornal Folha de S.Paulo para a cobertura dosacontecimentos e debates do período. The New York Times serviu como base comparativaentre a mídia norte-americana e a brasileira no tratamento das questões dos conflitos raciaisexistentes nos dois países. Para compreender o contexto em que o Jornalismo funciona, oautor faz uma descrição da história das relações raciais no Brasil e nos Estados Unidos,comparando-as e demonstra como uma sociedade e a outra se comportam diante doproblema.

COMUNICAÇÃO, REPRESENTAÇÕES E PRÁTICAS SOCIAISMIGUEL PEREIRA, RENATO CORDEIRO GOMES E VERA LÚCIA FOLLAINDE FIGUEIREDO (ORG.), 284 PP. CO-EDIÇÃO PUC-RIO/IDÉIAS & LETRAS,RIO DE JANEIRO, 2005, PREÇO: R$ 29,00.Esta obra, resultado do 1.º Seminário do Programa de Pós-graduação emComunicação Social da PUC-Rio, reúne textos de pesquisadores eacadêmicos de diversas áreas, enfoca assuntos que, hoje, não somentefazem parte do currículo de qualquer faculdade de Comunicação, comotambém estão presentes em todas as discussões sobre cultura e sociedade,

abordando desde globalização e mídia digital até arte contemporânea e música eletrônica –passando ainda por outros indispensáveis a uma compreensão da identidade brasileira, comofutebol e música popular. A interdisciplinaridade da obra consegue combinar questões teóricase aplicadas na discussão da comunicação e de seu papel na sociedade. Com isso, o temacondutor foi desdobrado e interpretado de vários pontos de vista, quer epistemológicos,institucionais, políticos, ideológicos ou estéticos, uma amostra de como estão sendo guiadasas pesquisas acerca da comunicação nas universidades do país.

AS NOTÍCIAS MAIS MALUCAS DO BRASILALESSANDRO BENDER, 190 PP. SÃO PAULO, PARIS EDITORIAL, 2005,PREÇO: R$ 29,90.Depois do sucesso do livro “As notícias mais malucas do planeta”, chegou avez da versão nacional. O autor, Alessandro Bender, garante que todas asnotas foram publicadas na imprensa. Mas, quem vai acreditar que ummorador da pequena Fernando de Noronha decidiu assaltar o único banco dailha com sua própria moto? Ou então que no campus da UniversidadeCatólica de Brasília foi realizado o 1.º Cannabis Cup Brasil? O vencedor,

segundo um site, foi um baseado de 1,5 metro, apresentado por uma delegação baiana. Ointeresse de Bender por notícias esdrúxulas começou por hobby há três anos. Consultor decomunicação, o autor tem contato diariamente com informações de todo o mundo. Um diacomeçou a separar as mais pitorescas veiculadas na mídia. Para Bender, a mídia brasileirapõe foco maior em assuntos de economia, política e violência. “O comportamento humanonem sempre é bem retratado, falta mais espaço para o insólito”, opina.

Biblioteca da comunicação tabela de preços - Março 2005

SALÁRIOS DE INGRESSORepórter, redator, revisor, ilustrador, diagramador,repórter fotográfico e repórter cinematográfico 1.617,56Editor 2.102,83Pauteiro 2.102,83Editor chefe 2.426,34Chefe de setor 2.426,34Chefe de reportagem 2.426,34Estes são os menores salários que poderão ser pagos nas redações; Os valoresda tabela são para jornada de trabalho de 5 horas.O piso salarial da categoria édefinido em Acordo Coletivo de Trabalho, Convenção Coletiva e/ou Dissídio Coletivo.FREE LANCEAssessoria de imprensaServiço mensal local 1.617,56RedaçãoLauda de 20 linhas (1.440 caracteres) 86,80Mais de duas fontes: 50% a maisEdição por páginaTablóide 112,40Standard 134,69Diagramação por páginaTablóide 56,22Standart 76,66Revista 41,79Tablita / Ofício / A4 28,55RevisãoLauda (1.440 caracteres) 22,62Tablóide 47,24Tablita 35,63Standard 98,79IlustraçãoCor 134,11P&B 89,30Reportagem fotográfica – ARFOCReportagem EditorialSaída cor ou P&B até 3 horas 266,00Saída cor ou P&B até 5 horas 401,00Saída cor ou P&B até 8 horas 678,00Adicional por foto solicitada 98,00Foto de arquivo para uso editorial 268,00Com equipamento digital Editorial InstitucionalSaída 3 horas R$ 360,00 R$ 560,00Saída 5 horas R$ 575,00 R$ 884,00Diária viagem R$ 985,00 R$ 1.627,00Reportagem Comercial/InstitucionalSaída cor ou P&B até 3 horas 370,00Saída cor ou P&B até 5 horas 587,00Saída cor ou P&B até 8 horas 978,00Adicional por foto 130,00Reportagem CinematográficaEquipamento e estrutura funcional fornecida pelo contratanteSaída até 5 horas 289,00Saída até 8 horas 354,00Adicional por hora 100%Foto de arquivo para uso em:Anúncio de jornais (interna) 580,00Anúncio de Revista (interna) 624,00Capa de Disco, calendário, revista, jornal 978,00Outdoor 1230,00Cartazes, Folhetos e Camisetas 401,00Audiovisual até 50 unidades 1661,00Audiovisual acima de 50 unidades a combinarDiária em reportagem que inclui viagem a combinarReportagem aérea internacional a combinarHora técnica 78,00

Observações importantes: Lembramos que os valores acima referem-se apenas aotrabalho do profissional, incluído o uso do equipamento básico necessário para seexecutar uma cobertura fotográfica.Despesas com filmes, revelações, provas -contato, cópias, duplicatas, molduras, transmissões, transporte, alimentação,hospedagem, seguro de vida, credenciamento, dentre outras, correm por conta docontratante.Trabalhos realizados entre 22 e 6 horas, aos domingos e feriados e assaídas mistas (p & b e cor) serão acrescidas em 50%.Conforme a Lei 9610/98 ofotojornalista realiza um trabalho de criação intelectual, que não pode ser confundidocom mera prestação de serviços, portanto a LICENÇA DE REPRODUÇÃO DEOBRA FOTOGRÁFICA é um documento legal de cobrança e deve substituir a notafiscal de serviços. O crédito na foto é um direito do autor, obrigação de quem querque divulgue, previsto pela Lei 9.610, de 19/02/1998. Trabalhos publicados semcrédito, junto à foto, sofrerão multa de 50% sobre seu valor, conforme a Lei 9.610de 19/02/98.Na republicação, será cobrado 100% do valor da tabela.A foto editorialnão pode ter utilização comercial.Certifique-se que a pessoa que vai lhe prestar oserviço de fotojornalismo, é um profissional habilitado. EXIJA A IDENTIFICAÇÃODE REPÓRTER FOTOGRÁFICO.Sugestões deverão ser encaminhadas ao Sindicatoatravés do fax 41 224-9296 ou Correio Eletrônico: [email protected]

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CONSELHOS MUNICIPAIS DE COMUNICAÇÃO À VISTAO governo federal pretende criar conselhos municipais de comunicação, queteriam a responsabilidade de discutir a produção do conteúdo local dos canais doserviço de retransmissão de televisão institucional, além de criar regras efiscalizar o funcionamento das rádios comunitárias.

PRÊMIO ABCR DE JORNALISMOA Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) está cominscrições abertas para a segunda edição de seu prêmio de Jornalismo, comapoio da Fenaj. Em cada uma das seis categorias, o prêmio é de R$ 10 mil. Maisinformações, ligue (11) 5506-1144 ou acesse www.abcr.org.br

HISTÓRIA

Bate-chapa, conquistas e uma

mudança crucialEmerson Castro *

m março de 1959, na Convenção Nacional dos Jornalistas,debate-se a questão das mudanças operacionais dentro dasredações, impostas a partir das novas necessidades dasempresas jornalísticas. Estas novas necessidades sãoincompatíveis com a forma de remuneração dos jornalistas.

A partir da gestão de 1959, ações de enfrentamento àsempresas foram realizadas – juntando-se a radialistas e gráficos. Estafoi uma das diretorias mais ativas desde a criação do sindicato. Umaquantidade cada vez maior de jornalistas estaria levando a novadiretoria a ampliar e inovar nas ações propostas.

Após o bate-chapa de 1959, a diretoria encabeçada por NewtonStadler de Souza, fortalecida, conta com uma coesão dos jornalistasaté então não registrada. Prova visível da unidade estabelecida entreos profissionais foi a paralisação parcial em 1961, ainda que por seishoras somente. Já em 1963 foram três dias de greve em quepraticamente não houve circulação de jornais em Curitiba. A exceçãofoi o jornal dos grevistas “A Greve”, impresso na gráfica do DiárioPopular, cujo diretor, Abdo Kudri, aparentemente, não se colocavainteiramente ao lado, ainda, do restante das empresas.

O Diário do Paraná chegou a ser impresso, mas não saiu da sede dojornal, barrado pelos piqueteiros, que deitaram na Rua José Loureiro,impedindo a passagem dos caminhões de entrega. O jornal dos grevistasseria o único a informar a população sobre o que estava ocorrendo.

CAMINHO CERTOAs conquistas obtidas nas duas paralisações confirmaram que o sindicato

estava no caminho certo: a implantação de um processo salarial profissional, e abusca da profissionalização do jornalismo paranaense.

Ao unir as duas questões – que por certo já estavam embutidas nasdiscussões dos jornalistas – a diretoria, com respaldo da Assembléia, semperceber transformou aquele no momento certo para assumir a rédea no processode profissionalização da imprensa paranaense. Isto aconteceria através damelhoria dos salários dos jornalistas, da definição de novas nomenclaturas daatividade, fazendo com que as empresas valorizassem os jornalistas.

É fato que o domínio da modernização racional da atividade, sobretudo a partirde 1950, estava sob controle do dono do jornal, o qual levou os jornalistas aassumirem novas posturas. Desde as reformas gráficas até as mudanças nocampo administrativo, era seu proprietário quem detinha o controle do processo,pois os objetivos eram empresariais.

Assim que os jornalistas, sobretudo aqueles que estavam na direção sindicalparanaense entre 1959 e 1964, inverteram ou reinterpretaram o modelo demodernização racional, começando a assumir o controle desse processo,obrigaram o patronato, num primeiro momento, a ceder em melhores salários econdições de trabalho.

Outro ponto é que esta (a de 1959) foi a primeira diretoria na história dosindicato a agir a partir de uma campanha eleitoral com disputa. Vitoriosa,aparentemente, esta nova diretoria obrigou-se a ampliar as ações sindicais, masao mesmo tempo ganhou respaldo e personalidade para avançar, sobretudo nascampanhas salariais.

E

Esse processo – conflito explícito nas eleições - identidade e integraçãoreforçadas – será retomado e ficará mais visível nas eleições de 1976, 1979 e,sobretudo, 1988, mas também nas assembléias gerais do período 1983/1988,quando oposições organizadas se formam para estabelecer o contraste deidéias e tudo que isto implica nos campos profissional, sindical e social.

PRIMEIROS ENCONTROS ESTADUAISO mesmo grupo fez os primeiros encontros de jornalistas paranaenses, um

em Londrina, outro em Ponta Grossa. Questões como nomenclatura de funções,acesso às fontes de informação, criação e funcionamento das escolas deJornalismo, os jornalistas e a conjuntura política. As jornalistas Rosy de SáCardoso e Celina Silveira Luz apresentaram a tese que reclamava tanto adificuldade de penetração no mercado de trabalho, especialmente nas redações,quanto a própria discussão do problema dentro dos futuros encontros.

Mas há pontos contundentes destacados nas resoluções finais do IIEncontro: de forma bastante peculiar ao Jornalismo paranaense, a solicitaçãopara que “que seja disciplinada legalmente a publicidade que é distribuída peloPoder Público”.

* Emerson Castro é jornalista e professor.

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PRÊMIO MADEIRA DE JORNALISMOA Associação Mineira de Silvicultura (AMS) está promovendo o Prêmio Madeira deJornalismo Florestal, que dará aos primeiros colocados de cada categoria umvalor de R$ 5 mil. Mais informações em www.silviminas.com.br ewww.presscomunicacao.com.br ou pelo telefone (31) 3292-5335.

TVS PODEM APRESENTAR PROGRAMAS PARA ÍNDIOSUm projeto de lei do deputado Badu Picanço (PL-AP), em tramitação conclusiva naCâmara, estipula que emissoras e retransmissoras de rádio e televisão cuja áreade cobertura atinja terras indígenas veiculem, em pelo menos 2% de seu tempodiário, programas de valorização do índio.

IRREGULARIDADES

Os horrores do Correio Metropolitano

O

Salários atrasados e constrangimentos fazem parte do dia-a-dia dos jornalistas

Sindijor denunciou à Delegacia Regionaldo Trabalho o jornal CorreioMetropolitano por diversosdescumprimentos da legislaçãotrabalhista e da convenção coletiva

de trabalho dos jornalistas. Surgidoem setembro de 2004, o jornalCorreio Metropolitano de Curitibaatuou durante três meses nomercado publicando um jornaldiário, sem anunciantes. Depoisdeste período, mudou deendereço, suspendeu suacirculação e atrasou trêsmeses o salário dosfuncionários. Em final dejaneiro deste ano, foramregularizados ospagamentos atrasados.

Para isso, osfuncionários foramobrigados a apresentaruma declaraçãoregistrada em cartórioafirmando ser verdadeiraa quantia que estavamrecebendo. De acordocom a denúncia recebidapelo Sindijor, cada um delesteria sido obrigado acalcular os seus própriosvalores a receber, já quenão existe departamentofinanceiro no jornal. Noacerto de contas, cadaprofissional teria sido obrigado a abrir mão de umaquantia para receber o valor a vista, como porexemplo, o 13.º salário.

SINDIJOR FAZ NOTIFICAÇÃO E SOLICITA FISCALIZAÇÕES DA DRT

O Sindijor fez ainda uma notificação e duasdenúncias à Delegacia Regional do Trabalho. Anotificação foi feita à Cúria Metropolitana deCuritiba, tendo em vista o grande número dejornais de paróquias da capital que circulavamsem constar o nome do jornalista responsável. Airregularidade foi constatada pelo menos 11jornais paroquiais que, a despeito de sua

natureza, não são isentos da obrigação dojornalista responsável.O Sindijor denunciou ainda à Delegacia Regionaldo Trabalho a Êxito Comunicação Ltda., de QuatroBarras, onde teria sido registrado caso de exercícioirregular da profissão. O jornal Metropolitan’sNotícias, editado pela empresa, contaria com umapessoa que não era jornalista realizando atividades

de redação e reportagem e com uma repórterfotográfica que estaria escrevendo matérias parao veículo. Outro denunciado foi a empresa MaisCidade Editorial Ltda., de Ponta Grossa, queedita o jornal Classificados Carro & Cia. Noveículo foi registrado exercício ilegal da profissãojá que não conta com jornalistas em seusquadros. Foi solicitada fiscalização.

Além disso, os funcionários que passaram omês de janeiro sem produzir matérias para o jornalparado, por imposição do proprietário do veículo,alegam ter sofrido humilhações do diretor-

proprietário Ayrton Ferreira Précoma, que justificoua falta de pagamento de salários pela ausência daprodução. Alguns funcionários adoeceram em

virtude do estresse causado pela situação, outrossofreram desentendimentos em suas famílias etodos passaram por momentos de total baixaestima e falta de perspectivas.

Ainda há a vergonha perante a comunidade.Em dois restaurantes onde todos almoçavam

às custas do jornal, eles afirmam que odébito mensal não foi pago e osfuncionários tiveram que optar poroutro estabelecimento. O mesmoaconteceu com os carros alugadospelo jornal, que tiveram que serdevolvidos e agora foram locadosem outro estabelecimento. Alémdisso, os funcionários afirmamque presenciam cobradores nasede da empresa.

Atualmente, o jornal possuisete jornalistas, dos quais apenasdois estão registrados. No entanto,

o registro consta de uma empresa(DKL) que não existe mais. Também

não estão sendo feitos os depósitosdo Fundo de Garantia destesjornalistas. Os profissionais sãoobrigados a exercer oito horasdiárias de trabalho para receber opiso salarial de jornalista. Tambémsofrem acúmulo de função, uma vez

que precisam realizar assessoriade imprensa para o diretor dojornal, que teve um livro –

“Holocausto Brasileiro” –publicado. Ayrton Ferreira Précoma

figura controvertida, que já defendeu o votonulo, é indiciado em quatro inquéritos no Paraná:por furto, furto de veículos, corrupção de menores etentativa de homicídio.