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SANIDADE EM PISCICULTURA

Agar Costa Alexandrino de Perez

2017

Mini currículoAgar Costa Alexandrino de Pérez

• Médica Veterinária - UNESP Botucatu - SP

• Mestre em Histologia - USP - SP, 1984

• Doutor em Patologia - UFF - RJ , 1994

• Pesquisador Científico - Nível VI- APTA – SAA-SP

• Presidente do Colégio Brasileiro de Aquicultura

• Especialista em Ictiopatologia – FAO

• Presidente da Comissão de Aquicultura do CRMV-SP

• Membro da Comissão Nacional de Especialidades Emergentes - CFMV

• Consultora do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

• Professora de Pós Graduação

• Orientadora de Estagiários e Graduandos

• Revisora de Revistas Científicas

• Coordenador de Projetos de Pesquisa

• Participação e congressos nacionais e internacionais

• Participação em vários cursos de Higiene e Inspeção da FAO

• Coordenadora do Projeto de Controle de Qualidade de Pescado

• Responsável pelo Laboratório de Parasitologia do Pescado-IP/ Santos

• Resumos publicados em congresso

• Trabalhos publicados em revistas nacionais e internacionais

• Palestras ministradas

AQUICULTURA

• Atividade produtiva que mais se desenvolve

• Taxa de crescimento médio = 10% ao ano

• Abastece até 50% do pescado consumido

no mundo

IMPORTÂNCIA DA AQUICULTURAIncontestável

►Fonte de proteína animal

►Declínio dos recursos pesqueiros

►Exigências da população mundial

cada vez > por produtos aquáticos

►Aquicultura

potencial significativo para atender essa demanda

DESAFIOS DO SETOR PRODUTIVO• Regulamentação e administração do setor

• Intensificar e diversificar as criações

• (recorrer a novas espécies)

• Modificar sistemas de manejo e práticas utilizadas

• Atender as preferências dos mercados, comércios e consumo

produção de pescado seguro e de qualidade

• Participação dos produtores nos processos de tomada de decisões e

regulamentação (FAO,2008)

A aquicultura brasileira representa:

Agronegócio

Crescimento desordenado e falha nocontrole sanitário

Altas taxas de mortalidade e produção depescado

Procedência duvidosa

Baixa produtividade

METAS DA AQUICULTURA

• Aplicação de BPA para salvaguardar o

produto.

• BPA Ferramenta responsável pela

sustentabilidade ambiental, econômica e

social

pequenos aquicultores

alimento inócuo

Importância de BPA

• Promover o desenvolvimento e gestão do setor da

aquicultura de forma responsável e em conformidade com os

critérios de qualidade de produção alimentar,bem como com

as considerações ambientais e exigências do consumidor.

BPA :

• mais que um atributo

• componente competitivo

m e l h o r q u a l i d a d e

A c e s s o a n o v o s m e r c a d o s

C o n s o l i d a ç ã o d o s a t u a i s

R e d u ç ã o d e c u s t o s , e t c .

FATORES QUE FAVORECEM O SURGIMENTO

DAS DOENÇAS EM CULTIVO

• Fatores ambientais ou de manejo

• Fatores próprios do agente patogênico

• Fatores próprios do peixe

FATORES DE MANEJO

• Densidade populacional

• Alimentação incorreta

• Temperatura incorreta

• Acúmulo de substâncias tóxicas na água

• Policultivo com espécies incompatíveis

• Estresse por manejo indevido

• Falta de medidas profiláticas

FATORES PRÓPRIOS

DO AGENTE PATOGÊNICO

• Introdução do agente no viveiro

• Virulência do agente

• Quantidade do agente patogênico no meio

• Presença de veículos ou vetores

FATORES DE IMUNIDADE DO PEIXE

• Suscetibilidade ao agente (idade, espécie, etc.)

• Nível de defesa do peixe

• Temperatura - fator limitante para a criação de

animais aquáticos

• Temperatura - atua direta sobre a atividade

total dos animais aquáticos

Função cardíaca

Função respiratória

Digestão

Imunidade

Produção de hormônios

Reações sensoriais

SANIDADE

Atividade Aquícola deve considerar sempre:

• Saúde dos animais

• Meio ambiente

• Ecologia.

SANIDADE

Ausência de BP

Doenças

Contaminação do pescado

Contaminação ambiental

Risco para o consumidor

IMPACTO ECONÔMICO

DAS DOENÇAS INFECCIOSAS

• 1994 - cultivo de camarões _3 bilhões de dólares (doença da

mancha branca e taura)

• 1987/88 – cultivo de camarão

Penaeus monodon

Taiwan_0,5 bilhões dólares

(diversas infecções virais)

• 1985 - Salmão - Noruega - Vibrio monicida __

33 milhões de dólares

IMPORTÂNCIA DA DEFESA SANITÁRIA

NA AQUICULTURA

A agilização dos processos e o melhor

gerenciamento da criação

para aprimorar e fortalecer a aquicultura.

Publicações da O.I.E.

http://www.oie.int/eng/A_aquatic/publications.htm

RESOLUÇÃO CFMV - Nº 1165,

DE 11 DE AGOSTO DE 2017

• Art. 1º Os estabelecimentos que cultivam ou mantêm

organismos aquáticos, tais como os de reprodução,

produção, aquários de visitação, estabelecimentos de

comércio de animais aquáticos ornamentais, pesquisa,

ensino, recreação, aglomeração e quarentena, terão a

responsabilidade técnica regulamentada conforme

disposto nesta Resolução.

DESAFIO DOS ÓRGÃOS EXECUTORES

• Acompanhamento dos

• Auto-controles sanitários

Cadastrar e georeferenciar os estabelecimentos

Realizar monitoramento sanitário nos plantéis de

reprodução

Conhecer e analisar a água de origem

DESAFIO DOS ÓRGÃOS EXECUTORES

Adquirir animais com status de saúde superior.

Notificar casos de doença ou surto.

Realizar diagnóstico clínico laboratorial.

Registrar informações de produtividade e saúde.

Controlar e fiscalizar o trânsito

Fiscalizar as ações de vazio sanitário

Fornecer alimento registrado aos animais

Controlar o uso de medicamentos veterinários

DESAFIO DOS ÓRGÃOS EXECUTORES

DESAFIO DOS ÓRGÃOS EXECUTORES

Padronizar medidas de biosseguridade

Realizar sacrifício sanitário

Capacitar mão de obra

Tratar da água de transporte

Tratar efluentes

• Inocuidade

Garantia de que um

determinado

alimento não

causará dano ao

consumidor quando

seja preparado ou

ingerido

(Codex Alimentarius)

Qualidade

É um conjunto de

propriedades

inerentes a uma

coisa que permite ser

apreciada como

igual, melhor ou pior

que as restantes de

sua espécie

DESENVOLVIMENTO DA AQUICULTURA

Trânsito de animais aquáticos

Aumenta a probabilidade de introdução de patógenos

Gera consequências na aquicultura e nos peixes nativos e na

subsistência da atividade

CONTROLE DO TRÂNSITO

Minimizar ou evitar o risco de transferência de patógenos

Deve contar com indivíduos, sindicatos, associações,

instituições de pesquisa, instituições oficiais envolvidos com

a aquicultura

Garantia do manejo sanitário

IMPACTOS ADVERSOS SOCIAIS, ECONÔMICOS E AMBIENTAIS

São resultados da :

falta de responsabilidade e de conhecimento em trânsito de

animais aquáticos vivos e seus produtos, agentes, doença e

as espécies suscetíveis

Solução:

Criar protocolos para proteger:

aquicultura

animais aquáticos nativos

ambiente aquático

POR QUE OCORREM IMPACTOS?

Ausência de estratégia de manejo sanitário regional e

nacional.

COMO MINIMIZAR?

Medidas de quarentena efetivas

Certificação sanitária

Criar guias reconhecidas internacionalmente baseadas

na OIE:

Código Sanitário

Manual de diagnóstico

Impedir Barreiras Sanitárias

Essencial:

Conhecimento do status sanitário do plantel

APLICAÇÃO DO MANEJO

SANITÁRIO

PONTOS DE APLICAÇÃO DO

MANEJO SANITÁRIO

• Nos bioagressores

• No meio ambiente

• Nos animais aquáticos

TRIÂNGULO EPIZOOTIOLÓGICO

(EPIDEMIOLÓGICO)

AGENTES

PATOGÊNICOS AMBIENTE

COMPONENTES

SOCIAIS

HOSPEDEIRO

MEDIDAS SANITÁRIAS NA

PROPRIEDADE

• Animais

• Fundo de viveiros – Vazio sanitário

• Desinfecção de tanques, viveiros, equipamentos,

pessoas e etc

MEDIDAS SANITÁRIAS

REFERENTES À INTRODUÇÃO DE:

• Gametas

• Ovos

• Peixes

• Material de transporte

• Água

ENFOQUE SANITÁRIO NA

AQUICULTURA FAO/NACA/OMS

• Infecções zoonóticas parasitárias

• Infecções causadas por bactérias e vírus patógenos

• Intoxicações causadas por resíduos de agroquímicos

• Metais pesados

• Medicamentos veterinários

• Aditivos alimentares.

Devem cumprir recomendações do Código de Conduta

para a Pesca Responsável (FAO – Roma, 1995)

Para reduzir ao mínimo todos os perigos de sua

atividade

Para a saúde humana e para o ambiente

Estabelecimentos aquícolas

Sanidade (Codex alimentarius FAO x OMS, 2005)

Operação de produção

• Administração de alimentação

• Medicamentos veterinários

• Captura

• Manutenção e transporte

Comissão do Codex Alimentarius (FAO x OMS)

2005

Qualidade de água X Sanidade

• Água adequada: obtenção de produtos inócuos para o consumo

• Análise: periódica a fim de garantir bem-estar e produtos daaquicultura inócuos

• Localização: Locais isentos de risco de contaminação

• Desenho e construção: medidas apropriadas para assegurar ocontrole dos perigos e evitar a contaminação da água.

Feiras, leilões e exposições

Livre comércio

Falta de controle sanitário

Disseminação de doenças

IMPORTAÇÃO

• Instrução Normativa nº 4 de setembro/2017

• Quarentena

• Surto

• Vazio Sanitário

PONTOS BÁSICOS:

• 1 - Origem dos reprodutores:

• 2 – Isolamento

• 3 - Conhecimento das condições climáticas e sua interação com

os agentes infecciosos.

• 4 Conhecimento da qualidade físico-química e microbiológica da

água disponível em quantidade suficiente para a utilização na

propriedade.

ERRADICAÇÃO DE DOENÇAS

• Destruição do estoque infectado

• Desinfecção das instalações

• Reestocagem com peixes de fontes aprovadas

como livre de doenças

ERRADICAÇÃO DE DOENÇAS

• Notificação da doença

• Métodos de Diagnóstico

• Método “Screening”

DISSEMINAÇÃO DE PATÓGENOS

• Intensificação na movimentação internacional paracultivo ou ornamental

• Melhoramento genético com fins esportivos ourecreações

• Para a pesquisa

• Para uso como alimento vivo ou iscas vivas

DISSEMINAÇÃO DE PATÓGENOS

• Liberação ou fuga de formas vivas para omeio ambiente

• Introdução de produto de origem animalaquático congelado, resfriado, salgado,defumado de forma não adequada

• Movimentação de navios

RISCOS DE DISSEMINAÇÃO DE

PATÓGENOS

• Procedimentos que ocorrem fora do controle

legal:

• Cultivos não licenciados

• Movimentação não autorizada

• Ingresso clandestino

CONTROLE DE MOVIMENTAÇÃO DE

ANIMAIS AQUÁTICOS E PLANTAS

AQUÁTICAS

• Objetivo:

Controle de doenças e proteção ao meio ambiente

e à biodiversidade.

PRESENÇA DE ANIMAISSORRISO – MT / PESQUE- PAGUE

CONSORCIAÇÃO SUÍNO-PEIXE

POCILGA

SORRISO – MT / PESQUE - PAGUE

ORIGEM DA ÁGUA

CANARANA – MT / PISCICULTURA

HIGIENE DOS VIVEIROS

TORIXORÉU – MT / PISCICULTURA

PRESENÇA DE ANIMAIS (PCC)

HIGIENE DE VIVEIROSSANTO ANTÔNIO DE LEVERGER /

PISCICULTURA

PRESENÇA DE ANIMAIS (PCC)

PESSOAL (PCC)

PESSOAL (PCC)

HIGIENE PESSOAL

LUCAS DO RIO VERDE / PISCICULTURA

FIM

Contato

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