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PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
Secretaria Municipal de Transportes, Trânsito e Obras Públicas.
Sistema de Transporte Público Municipal
PROJETO BÁSICO
Abril /2015
Prefeitura Municipal de CANGUÇU Sistema de Transporte Público Municipal Projeto Básico
2
Estado do Rio Grande do Sul
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
GERSON CARDOSO NUNES Prefeito Municipal
JOSÉ ALCIDES BUBOLZ Vice-prefeito Municipal
Consultoria Técnica
Prefeitura Municipal de CANGUÇU Sistema de Transporte Público Municipal Projeto Básico
3
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO ____________________________________________________________ 6
1. CONTEXTUALIZAÇÃO GERAL _____________________________________________ 7
1.1. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA _____________________________________________ 7
1.2. DIVISÃO ADMINISTRATIVA ______________________________________________ 8
1.3. BREVE HISTÓRICO ____________________________________________________ 10
1.3.1. Origem e desenvolvimento ___________________________________________ 10
1.3.2. Formação Administrativa ____________________________________________ 11
2. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA ____________________________________ 12
2.1. DEMOGRAFIA _______________________________________________________ 12
2.2. INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO ___________________________________ 12
2.3. ATIVIDADES ECONÔMICAS _____________________________________________ 13
2.3.1. Composição do PIB _________________________________________________ 13
2.3.2. Principais Atividades ________________________________________________ 13
3. CARACTERIZAÇÃO FÍSICO TERRITORIAL ___________________________________ 14
3.1. GEOMORFOLOGIA ____________________________________________________ 14
3.1.1. Clima_____________________________________________________________ 14
3.2. MORFOLOGIA URBANA ________________________________________________ 15
3.2.1. Conexões Regionais _________________________________________________ 15
3.2.2. Malha Viária ______________________________________________________ 15
3.3. SISTEMA VIÁRIO DE SUPORTE AO TRANSPORTE COLETIVO ___________________ 16
3.3.1. Vias Interdistritais __________________________________________________ 16
3.3.2. Vias Urbanas ______________________________________________________ 18
PARTE II __________________________________________________________________ 19
CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE TRANSPORTE ATUAL __________________________ 19
4. CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO DO SISTEMA ____________ Erro! Indicador não definido.
4.1. CARACTERIZAÇÃO DA OFERTA ____________________ Erro! Indicador não definido.
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4
4.1.1. Empresas operadoras e Linhas __________________ Erro! Indicador não definido.
4.2. CARACTERIZAÇÃO DA DEMANDA DE PASSAGEIROS ___ Erro! Indicador não definido.
4.2.1. Passageiros Transportados _____________________ Erro! Indicador não definido.
4.2.2. Distribuição espacial dos passageiros ____________ Erro! Indicador não definido.
4.2.3. Caracterização dos deslocamentos _____________________________________ 19
4.2.4. Caracterização dos usuários __________________________________________ 21
PARTE III _________________________________________________________________ 23
O SISTEMA DE TRANSPORTES A SER LICITADO ___________________________________ 23
5. JUSTIFICATIVA _______________________________________________________ 23
6. DO OBJETO __________________________________________________________ 24
6.1. DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO SISTEMA _________________________________ 24
6.2. MODELO OPERACIONAL DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS ______________________ 25
7. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS _____________________________________________ 26
7.1. Eixo 00 – Centro ________________________________ Erro! Indicador não definido.
7.1.1. Área de Influência ____________________________ Erro! Indicador não definido.
7.1.2. Quadro Resumo da Operação do Eixo 00 __________ Erro! Indicador não definido.
7.2. Eixo 100 – BR 392 Norte _________________________ Erro! Indicador não definido.
7.2.1. Área de Influência ____________________________ Erro! Indicador não definido.
7.2.2. Quadro Resumo da Operação do Eixo 00 __________ Erro! Indicador não definido.
7.3. Eixo 200 – RS 265 LESTE _________________________ Erro! Indicador não definido.
7.3.1. Área de Influência ____________________________ Erro! Indicador não definido.
7.3.2. Quadro Resumo da Operação do Eixo 200 _________ Erro! Indicador não definido.
7.4. Eixo 300 – BR 392 SUL ___________________________ Erro! Indicador não definido.
7.4.1. Área de Influência ____________________________ Erro! Indicador não definido.
7.4.2. Quadro Resumo da Operação do Eixo 300 _________ Erro! Indicador não definido.
7.5. Eixo 400 – RS 265 Oeste _________________________ Erro! Indicador não definido.
7.5.1. Área de Influência ____________________________ Erro! Indicador não definido.
7.5.2. Quadro Resumo da Operação do Eixo 400 _________ Erro! Indicador não definido.
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8. INDICADORES OPERACIONAIS __________________________________________ 29
8.1. RODAGEM __________________________________________________________ 29
8.2. PASSAGEIROS TRANSPORTADOS ________________________________________ 30
8.3. IPK ________________________________________________________________ 30
8.4. Frota: ______________________________________________________________ 30
8.5. Tarifa ______________________________________________________________ 31
8.5.1. Política Tarifária ___________________________________________________ 31
8.5.1.1. Aspectos Metodológicos ___________________________________________ 31
8.5.1.2. Alocação de passageiros por anel tarifário ______ Erro! Indicador não definido.
8.5.2. Cálculo Tarifário ____________________________________________________ 33
8.5.2.1. Aspectos Metodológicos ___________________________________________ 33
8.5.3. Planilha de Cálculo _________________________________________________ 33
8.5.4. Receita prospectada __________________________ Erro! Indicador não definido.
8.6. Quadro resumo da operação _____________________ Erro! Indicador não definido.
9. FORMA DE ORGANIZAÇÃO PARA LICITAÇÃO _________ Erro! Indicador não definido.
10. ANEXOS ____________________________________________________________ 34
Anexo II A – Especificações Mínimas da Frota _____________ Erro! Indicador não definido.
Anexo II B – Planilha de Cálculo Tarifário _______________________________________ 34
Anexo II C – Especificações Técnicas das Linhas __________________________________ 34
Anexo II-A ESPECIFICAÇÕES MÍNIMAS PARA A FROTA _______ Erro! Indicador não definido.
ANEXO II - B PLANILHA DE CÁLCULO TARIFÁRIO ___________ Erro! Indicador não definido.
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APRESENTAÇÃO
O presente documento objetiva apresentar as condições básicas para
operação dos serviços de transporte coletivo por ônibus no Município de
Canguçu, sendo parte integrante do Processo Licitatório com vistas à
contratação de empresas para operar o sistema de transporte coletivo de
passageiros no âmbito urbano e rural do Município.
As informações apresentadas têm como finalidade expressar as condições
técnicas e operacionais que deverão ser observadas na prestação dos
serviços, se constituindo no documento base que contempla os dados
necessários à plena elucidação dos serviços a serem prestados pelas
futuras concessionárias a ser contratadas mediante o processo de licitação
pública em pauta.
O documento é apresentado em três partes: A Parte I apresenta a
contextualização geral do município em seus aspectos econômicos, sociais
e fisiográficos e tem como finalidade o conhecimento do território de
inserção do sistema de transportes a ser licitado. A Parte II contextualiza o
sistema de transportes local quanto à caracterização da demanda de
passageiros e sua distribuição sobre o território do Município, bem como a
atual configuração operacional do sistema.
Por último, a Parte III descreve a forma de organização dos serviços e
especifica a operação nos aspectos atinentes aos itinerários, tabelas
horárias e respectivas extensões. Ao final, o documento também
quantifica os parâmetros de custos e de receitas do sistema a ser licitado
nos aspectos relativos à frota, pessoal de operação e rodagem, bem como
a apresentação do IPK o sistema com base na atual operação.
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PARTE I
DO TERRITÓRIO DE INSERÇÃO DO SISTEMA DE TRANSPORTE
1. CONTEXTUALIZAÇÃO GERAL
1.1. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
Canguçu é um município brasileiro do Estado do Rio Grande do Sul, situado no Sudeste
do Estado do Rio Grande do Sul, no Micro Região Pelotas, e dista cerca de 270 km da
Capital do Estado. Geograficamente, situa-se nas coordenadas 31° 23’ 15” de latitude
sul e 52° 40' 33” de longitude oeste.
Canguçu possui como limite os municípios de Encruzilhada do Sul, Amaral Ferrador,
Cristal, Cerrito, Morro Redondo, Pelotas, São Lourenço e Piratini.
Figura 1.1 - Mapa com a localização do município no Estado do Rio Grande do Sul
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Fonte: Wikipédia
O acesso ao município a partir da Capital do Estado é propiciado pela Rodovia BR-116
com acesso via São Lourenço e Pelotas e pela RS-471/BR-392 via Encruzilhada do Sul.
O Mapa a seguir apresenta o sistema viário de acesso ao município.
Figura 1.2 – Mapa Rodoviário do Rio Grande do Sul
Fonte: Daer – RS, Site oficial.
1.2. DIVISÃO ADMINISTRATIVA
O Município possui uma extensão de 3.525,309km², sendo é integrado pela sede
localizada em seu setor sudeste e por mais cinco distritos.
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9
O Mapa a seguir apresenta a divisão administrativa do município de Canguçu com os
municípios limítrofes.
Fonte: Prefeitura Municipal de Canguçu
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1.3. BREVE HISTÓRICO
1.3.1. Origem e desenvolvimento
Os primitivos habitantes de Canguçu foram os índios tapes, tapuias, guaranizados e
subordinados aos guaranis, e que deram seu nome à região onde Canguçu se assenta.
Vestígios deles ainda são encontrados nos traços de habitantes do Posto Branco,
Canguçu Velho e Herval.
De 1762 a 1777 houve violentos choques entre espanhóis e portugueses, visando ambos
o domínio de que hoje constitui o Estado do Rio Grande do Sul e a República Oriental do
Uruguai. Após o término dessas lutas, foram concedidas sesmarias para a região onde
hoje está constituído o município de Canguçu. Por volta de 1793, os sesmeiros Paulo
Rodrigues Xavier de Prates e João Francisco Teixeira de Oliveira, que até então viviam
disputando a posse do Rincão do Tamanduá e, visando solucionar o litígio, doaram o
sítio para a construção de uma capela. Em dezembro de 1799, 140 moradores da região
dirigiram ao governador Sebastião Xavier da Veiga Cabral da Câmara, uma petição
requerendo a concessão do rincão para erigir a capela e fundar a povoação. Em 10 de
janeiro de1800, era lançada a pedra fundamental da capela de Nossa Senhora da
Conceição, sendo seu primeiro cura o padre Pedro Rodrigues Tourem.
Nas imediações ergueram-se as casas quase que imediatamente, e logo florescia uma
povoação de tamanho considerável e bem organizada. Tais foram os méritos, que a
capela curada era, em doze anos, levada à categoria de freguesia por carta régia do
príncipe regente D. João, assinada a 31 de janeiro de1812. Havia então, no Rio Grande
do Sul, apenas quatro municípios, sendo que a freguesia de Canguçu fazia parte de Rio
Grande, passando somente em 1830 ao de Piratini, do qual se constituiu distrito entre
1831 a 1857.
Canguçu foi o 22º município gaúcho a ser criado por desmembramento do município de
Piratini. Em ata da sessão de 1857, assinada pelo líder farrapo Vicente Ferrer de
Almeida, deu-se a emancipação.
Canguçu teve grande participação e projeção nas disputas políticas locais, pois as tropas
que integraram a Brigada Liberal de Antônio de Sousa Neto, que o apoiaram em 10 de
setembro de 1836 no vitorioso combate do Seival e, no outro dia na proclamação da
República Rio-Grandense, era constituída por canguçuenses na proporção de cerca de ¼.
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11
Ao ser instalada a República Rio-Grandense em Piratini, em seis de novembro de 1836,
quem carregou o pavilhão tricolor pela primeira vez foi o canguçuense major de
lanceiros Joaquim Teixeira Nunes– o Coronel Gavião, considerado pelo general Tasso
Fragoso como "a maior lança farrapa", e que se tornou célebre no comando do Corpo de
Lanceiros Negros Farroupilhas, personagem abordado com grandeza e simpatia na
minissérie A Casa das Sete Mulheres pelo ator Douglas Simon.
A vila de Canguçu, em momentos difíceis da revolução, abrigou por diversas vezes Bento
Gonçalves até agosto de 1843, conforme se concluiu de ofício do Barão de Caxias ao
ministro da Guerra. Isto até que Canguçu fosse ocupado pela ala esquerda do Exército
ao comando de Caxias, de setembro de 1843 em diante. Comandou a referida ala
esquerda o célebre guerrilheiro Francisco Pedro Buarque de Abreu, o futuro Barão de
Jacuí.
Canguçu foi criado município junto com Passo Fundo por sugestão do simbolista farrapo
major Bernardo Pires, autor do desenho da bandeira da República Rio-Grandense e,
desde 1891, adotada como a bandeira do Rio Grande do Sul.
Fonte: Wikipédia in http://pt.wikipedia.org/wiki/Cangu
1.3.2. Formação Administrativa
O Distrito criado com a denominação de Cangussú se deu pela Resolução Régia, de 31 de
janeiro de 1812 sendo elevado à categoria de vila com a denominação de Cangussú, pela
Lei Provincial n.º 340, de 28/01/1857. Pelo Ato Municipal n.º 10, de 10 de janeiro de
1901, foram criados os distritos de Iguatemi, Pantanoso e Rincão dos Cravos anexados a
vila de Cangussú.
Pelo Ato Municipal n.º 19, de 09 janeiro de 1901, foram criados os distritos de Cerrito
Velho, Coxilha das Flores e Coxilha do Fogo e anexados a vila de Cangussú. Em divisão
administrativa referente ao ano de 1911, a vila é constituída de 7 distritos: Cangussú,
Cerrito do Cangussú (ex-Cerrito Velho), Coxilha das Flores, Coxilha do Fogo, Iguatemi,
Pantanoso e Rincão dos Cravos.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 7
distritos: Cangussú, Cerrito Velho, Coxilha das Flores, Coxila do Fogo, Iguatemi,
Pantanoso e Rincão dos Cravos.
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12
Em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937,
o município é constituído de 7 distritos: Cangussú, Cerrito, (ex-Cerrito do Cangussú),
Coxilha de Fogo, Estação Cerrito, Iguatemi, Pantanoso e Rincão dos Cravos.
Cangussú teve sua grafia alterada para Canguçu pelo Decreto-lei n.º 7.199, de 31-de
março de 1938.
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 950, o município é constituído de 3
distritos: Canguçu, Cerrito e Freire.
Pela Lei Estadual n.º 3.735, de 08 de abril de 1959, o distrito de Freire foi transferido de
Canguçu para o novo município de Pedro Osório. Pela mesma Lei Estadual é extinto o
distrito de Cerrito, sendo seu território anexado ao município de Pedro Osório.
Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960, o município é constituído por 5
distritos e a sede localizada no setor sudeste do município.
Fonte: IBGE site oficial
2. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA
2.1. DEMOGRAFIA
A população do município, de acordo com o IBGE (Censo de 2010), é de 53.259
habitantes sendo 19.694 (37 %) urbana 33.567 (63 %) rural. A população rural se
distribui em cerca de 14 mil minifúndios.
2.2. INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO
De acordo com os institutos oficiais de pesquisas, a cidade apresenta os indicadores de
desenvolvimento apresentados na tabela a seguir:
Tabela 2.1 – Indicadores de desenvolvimento do município.
PIB a preços correntes: R$ 545.155.000,00
PIB per capita a preços correntes R$ 9.728,80
IDH: 0,743 (PNUD 2000)
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13
Índice Gini: 0,51 1
Fonte: IBGE/2009 – Site oficial
2.3. ATIVIDADES ECONÔMICAS
2.3.1. Composição do PIB
A tabela a seguir, apresenta a composição do PIB por tipo de atividade:
Tabela 2.2 – Composição do PIB por atividade
Atividades Valor (em R$ 1.000)
Agropecuária
167.675
Indústria 37.090
Serviços 323.570
Impostos 16.821
Fonte: IBGE 2009 - Site Oficial
2.3.2. Principais Atividades
Canguçu possui sua economia baseada na agricultura familiar, caracterizada pelas
pequenas propriedades rurais de culturas diversificadas, onde vive mais de 60% da
população. A agroindústria é uma atividade que vem crescendo no município onde são
produzidos produtos artesanais e ecológicos,
O comércio e serviços contribuem no cenário econômico do município representando
cerca de 60% da economia local. Também no setor terciário vem se desenvolvendo
1 Índice utilizado para calcular a desigualdade de distribuição de renda que consiste em um número entre 0 e 1, onde 0 corresponde à completa igualdade de renda mesma renda) e 1 corresponde à completa desigualdade.
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14
localmente o segmento do turismo religioso com a construção do Parque Turístico Nossa
Senhora da Conceição no Serro dos Borges. O acervo arquitetônico do município com
edificações que datam do inicio do século XIX como a Igreja Matriz de Nossa Senhora da
Conceição e a Casa de Cultura Marlene Barbosa Coelho também apresentam um apelo
para o turismo local.
O desenvolvimento da indústria no município vem recebendo atenção especial das
políticas públicas do Município com o desenvolvimento do Distrito Industrial, onde estão
em implantação várias indústrias.
3. CARACTERIZAÇÃO FÍSICO TERRITORIAL
3.1. GEOMORFOLOGIA
Canguçu está incrustado na Serra dos Tapes a qual forma junto com a Serra do Herval a
região fisiográfica gaúcha denominada Serras do Sudeste, serras divididas pelo rio
Camaquã, que limita ao norte o município e que se constituem dos solos mais antigos do
estado, como parte do Escudo Rio-Grandense, de formação no Período Arqueano. O
sítio onde se assenta a sede do município está a uma altitude de 386 metros.
O Município possui uma hidrografia muito rica, formada por micro bacias que incidem
sobre o solo formando uma sucessão de pequenas elevações e talvegues.
3.1.1. Clima
O clima da cidade é classificado como subtropical de altitude, e suas temperaturas
absolutas variam entre -4°C e 36°C. A média de temperatura é de 19°C, com invernos
frios, e verões com temperaturas elevadas. Os meses mais quentes, janeiro e fevereiro,
têm temperatura máxima média de 26 °C e mínima média de 17°C, enquanto os meses
mais frios, junho e julho, têm máxima média de 17°C e mínima média de 8 C. Outono e
primavera são consideradas estações de transição.
Fonte: Wikipédia in wikipedia.org/wiki.
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3.2. MORFOLOGIA URBANA
3.2.1. Conexões Regionais
A área urbanizada do município situa-se no quadrante sudeste da confluência de duas
importantes rodovias do Estado, quais sejam, a rodovia BR 392/471 e a Rodovia RS 285.
A primeira tangencia a cidade pelo setor oeste e conecta Canguçu com Santa Maria e
com o centro do Estado pelo setor norte com o Superporto de Rio Grande no setor sul.
A segunda tangencia a área urbanizada no setor norte e e permite a conexão com a
cidade de São Lourenço e com a BR-116.
3.2.2. Malha Viária
O traçado viário da cidade revela a sua formação primitiva ao longo de um eixo viário de
conexão regional formado pelos eixos das ruas Gen. Osório e Avenida 20 de Setembro
as quais se assentam sobre uma crista da topografia local e que atravessam a cidade no
sentido no sentido sudoeste/noroeste. Este conjunto de vias permite a ligação da
Rodovia BR 471 ao sul com a rodovia RS-265 ao norte . Acompanham este traçado
uma série de vias paralas e transversais, formando um traçado xadrez levemente
deformado.
A medida que a urbanização avança para as periferias, observa-se um sistema viário
desconectado devido às condições topográficas e acidentes naturais. Esta condição
permeia ao tecido urbano com uma série de vazios.
A figura 3.1 a seguir apresenta as conexões regionais e o sistema viário principal da
cidade de Canguçu.
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16
Figura 3.1 - Conexões Regionais e Sistema Viário Principal.
3.3. SISTEMA VIÁRIO DE SUPORTE AO TRANSPORTE COLETIVO
3.3.1. Vias Interdistritais
A conecção dos distritos e localidades do interior do município com a sede é propiciada
por algumas rodovias e por uma série de estradas vicinais e estradas municipais, as quais
servem de suporte ao transporte coletivo.
O mapa a seguir apresenta as vias de suporte às linhas de transporte coletivo,
considerando os diferentes pavimentos existentes nas vias.
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Figura 3.1 – Sistema viário interdistrital de conforme a hierarquia e tipo de pavimento
existente.
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3.3.2. Vias Urbanas
As vias urbanas que servem te suporte ao transporte coletivo urbano e interdistrital
apresentam diferentes tipos de pavimento conforme apresentado na tabela a seguir .
Figura 3.3 – Pavimentação das Vias Urbanas de suporte ao transporte público.
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19
PARTE II
CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE TRANSPORTE ATUAL
4. CARACTERIZAÇÃO DOS DESLOCAMENTOS
A caracterização da demanda de passageiros também envolve a caracterização dos
deslocamentos considerando, para isto, os seus hábitos, necessidade e condições de
acesso ao sistema de transportes em sua atual configuração.
Os dados necessários para a caracterização dos deslocamentos foram obtidos a partir
de entrevistas como os usuários nos pontos de parada, em abordagens aleatórias. As
pesquisas foram aplicadas no período de 13 e 14 de junho envolvendo 430 entrevistas2.
Os gráficos a seguir apresentam os resultados das pesquisas quanto aos quesitos
investigados:
Motivos geradores de viagem
Os gráficos a seguir apresentam os motivos geradores de viagem:
Gráfico 4.1 – Motivos geradores de viagem por transporte público.
Fonte: pesquisa operacional realizada em 13 e 14/6/12
2 Os dados apresentados no presente tópico são amostrais, tendo como fonte de coleta pesquisas realizadas em um período típico do mês. Para efeito do presente documento possuem caráter apenas ilustrativo tendo como objetivo apontar o perfil genérico do usuário em operação típica em que são expurgados movimentos sazonais de início e final de mês.
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O destaque para os motivos geradores de viagens é a necessidade de acesso ao serviços
de saúde que representam 38% do total das viagens pesquisadas, seguido do motivo
estudo e trabalho os quais, em conjunto, somam 32% dos motivos geradores.
Frequência dos deslocamentos
Gráfico 4.2 – Frequência nos deslocamentos realizados por transporte coletivo.
Fonte: pesquisa operacional realizada em 13 e 14/6/12
Tempo de caminhada até chegar ao ponto de parada
Gráfico 4.3 – Tempos de deslocamento até chegar ao ponto de parada de ônibus.
Fonte: pesquisa operacional realizada em 13 e 14/6/12
Conforme pode ser concluído do gráfico acima, 25% dos usuários necessitam realizar
caminhadas de mais de 30 minutos para acessar aos pontos de embarque oferecidos
pelas linhas de transporte coletivo que atendem o município.
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4.1.1. Caracterização dos usuários
Os gráficos a seguir apresentam a caracterização socioeconômica dos usuários do
transporte coletivo, tendo como metodologia de coleta de dados a entrevista com os
usuários nos pontos de parada.
Faixa Etária
Gráfico 4.4 – Faixa etária dos usuários de transporte público.
Fonte: pesquisa operacional realizada em 13 e 14/6/12 ,
Grau de Instrução
Gráfico 4.5 – Grau de ensino dos usuários de transporte coletivo entrevistados.
Fonte: pesquisa operacional realizada em 13 e 14/6/12
Ocupação principal
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Gráfico 4.6 – Ocupação principal dos usuários de transporte coletivo entrevistados
Fonte: pesquisa operacional realizada em 13 e 14/6/12
Faixa de renda
Gráfico 4.7 – Faixa de Renda dos Usuários de transporte coletivo.
Fonte: pesquisa operacional realizada em 13 e 14/6/12
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PARTE III
O SISTEMA DE TRANSPORTES A SER LICITADO
5. JUSTIFICATIVA
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu artigo 30, inciso V,
estabelece que cabe ao Poder Público Municipal, organizar e prestar, diretamente ou
sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o
de transporte coletivo.
Serviços Públicos Essenciais, segundo o jurista João Sardi Junior3, são aqueles ao qual se
atribui todo o desenvolvimento econômico e social de uma sociedade e cuja falta ou
interrupção de tais serviços podem geram grandes prejuízos à vida dos cidadãos.
Para qualificar os serviços essenciais, na falta de uma legislação específica o autor se
apoia na Lei Federal 7.783, de 28 de junho de 1989 a qual, em seu artigo 10, são
elencados um rol de serviços ou atividades considerados essenciais, conforme
transcrição a seguir:
Art. 10. São considerados serviços ou atividades essenciais: I Tratamento e abastecimento de água; Produção e distribuição de energia elétrica, gás e
combustíveis. II Assistência médica e hospitalar; III Distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; IV Funerários; V Transporte coletivo; VI Captação e tratamento de esgoto e lixo VII Telecomunicações; VIII Guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares; IX Processamento de dados ligados a serviços essenciais; X Controle do tráfico aéreo; XI Compensação bancária.
Também a Lei n.º 8.078, de 11 de setembro de 1990, em seu artigo 22, dispõe que os
serviços públicos essenciais não são passíveis de interrupção e que os órgãos públicos,
3 J.Sardi Junior, Dos serviços públicos essenciais quanto a continuidade de sua prestação frente a legislação vigente, Mundo Jurídico (www.mundojuridico.adv.br) em 29.07.2003
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por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma
de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes e seguros.
Ao transporte urbano é atribuído um importante papel social, econômico e cultural
sendo, por este motivo, considerado um serviço público essencial conforme caracteriza a
Carta Magna, sendo fundamental para o exercício do direito de ir e vir. Assim, cabe ao
município, prioritariamente, a função de promover a democratização deste direito
constitucional, através de um sistema de transporte público eficiente, confiável e
seguro, tratando-o como um bem público que deve estar a serviço de todo o conjunto
da sociedade.
Na atribuição das funções de promover a mobilidade urbana por transporte público o
Artigo 175 da Constituição Federal estabelece o que segue:
“ Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. Parágrafo único. A lei disporá sobre: I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; II - os direitos dos usuários; III - política tarifária; IV - a obrigação de manter serviço adequado”. ...
A presente licitação tem, assim, como justificativa, o enquadramento legal da prestação
do serviço de transporte coletivo urbano e interdistrital do Município de Canguçu,
estabelecendo normas de conduta para a exploração dos serviços que garantam a sua
prestação dentro de parâmetros técnicos de eficiência e práticas tarifárias justas. Para
tanto a licitação se apoiará nos preceitos do presente Projeto Básico e na Lei Municipal
3449/2010.
6. DO OBJETO
O objeto a ser licitado compreende a operação do sistema de transporte coletivo
interdistrital por ônibus, com a utilização de uma frota de 28 ônibus padrão rodoviário.
6.1. DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO SISTEMA
A área de abrangência do sistema de transportes a ser licitado compreende a zona rural
do território do Município Canguçu em suas ligações dos distritos com a sede.
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6.2. MODO DE ORGANIZAÇÃO DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS
O sistema a ser licitado será formado por um conjunto de linhas básicas e linhas
derivadas organizadas em oito lotes conforme segue:
Figura 5.1 – Organização dos Lotes de serviços
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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
As informações a seguir apresentam a caracterização de cada lote de transportes
preconizado no Modelo Operacional, nos aspectos atinentes aos itinerários, quadros de
horários, dias de operação e extensões.
Os itinerários e quadros de horários das linhas e de suas derivações estão relacionados
como referência para a presente licitação e poderão ser alteradas, a critério do Poder
Publico Municipal, através da expedição de Ordens de Serviço Operacionais, conforme
especificado em Edital.
Lote 1 – Coxilha do Fogo Cód. Linhas Extensão (km) Nº Viagens/ Rodagem
/semana(km)
dia Semana Frota
B/C C/B B/C C/B BC CB
101 Passo do Marinheiro 66,80 66,80 1 1 5 5 668 1
102 Coxilha do Fogo 65,60 65,60 1 1 5 5 656 1
1324 2
Lote 2 – Vau dos Prestes Cód. Linhas Extensão (km) Nº Viagens/ Rodagem
/semana(km)
Frota
dia Semana
B/C C/B B/C C/B BC CB
201 Vau dos
Prestes/Ventura
67,70 67,70 1 1 5 5 677,00 1
202 Faxinal 66,80 66,80 1 1 5 5 668,00 1
202.1 Faxinal/Vergara 73,40 73,40 1 1 1 1 147,00
203 Baixada do Rodeio 35,60 35,60 1 1 2 2 143,00 1
Total 1.635,00 3
Lote 3 – Florida
Cód. Linhas Extensão (km) Nº Viagens/ Rodagem
/semana
(km)
Frota
dia Semana
B/C C/B B/C C/B BC CB
301 Pantanoso 24,65 24,65 1 1 2 2 99,00 1
302 Florida 58,60 58,60 1 1 5 5 586,00 1
303 Florida/ Zavico 57,60 57,60 1 1 5 5 576,00 1
Total 1.261,00 3
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Lote 4 – Quinto Distrito Cód. Linhas Extensão (km) Nº Viagens/ Rodagem
/semana
(km)
Frota
dia Semana
B/C C/B B/C C/B BC CB
401 Costa do Sapato 72,50 72,50 2 2 12 12 1.812 1
402 Passo da Guarda 84,20 84,20 1 1 5 5 842 1
Total 2.654 2 + 1
Lote 5 – Segundo Distrito Cód. Linhas Extensão (km) Nº Viagens/ Rodagem
/semana
(km)
Frota
dia Semana
B/C C/B B/C C/B BC CB
501 Colônia da Palma 56,60 56,60 2 2 10 10 1132,00 1
501.1 Colônia da Palma até a
Cordilheira
70,20 70,20 1 1 1 1 140,40
502 Nova Gonçalves 36,80 36,80 1 1 5 5 368 1
502.1 Nova Gonçalves até a
C.da Palma
54,30 54,30 1 1 1 1 108,60
503 Dois Irmãos 38,40 38,40 4 4 20 20 1.392,00 1
504 Santa Barbara 40,00 40,00 1 1 5 5 400,00 1
505 Solidez 31,50 31,50 1 1 5 5 315,00 1
Total 3.856,00 5+1
Lote 6 – Rincão dos Maias Cód. Linhas Extensão (km) Nº Viagens Rodagem
/semana (km)
Frota
dia Semana
B/C C/B B/C C/B BC CB
601 Favila 40,35 40,35 1 1 5 5 404,00 1
602 Rincão dos Maias 23,20 23,20 1 1 4 4 186,00 1
602.1 R. dos Maias/Loiola 15,20 15,20 1 1 1 1 30,50
603 Glória 27,20 27,20 1 1 5 5 272,00 1
604 Cachoeira 24,60 24,60 1 1 5 5 246,00 1
Total 1.138,50 4
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Lote 7 – Quarto Distrito Cód. Linhas Extensão (km) Nº Viagens Rodagem
/semana
(km)
Frota
dia Semana
B/C C/B B/C C/B BC CB
701 Coxilha das Flores 38,80 38,80 1 1 5 5 388,00 1
702 Trapeira 23,60 23,60 1 1 5 5 236,0000 1
702.1 Trapeira Cox.do Amaral 26,10 26,10 1 1 1 1 52,20
703 Rincão dos Marques 67,50 67,50 2 2 12 12 1620,00 1
Total 2296,00 3
Lote 8 – Remanso Cód. Linhas Extensão (km) Nº Viagens Rodagem
/semana
(km)
Frota
dia Semana
B/C C/B B/C C/B BC CB
801 Maria Antonia 34,50 34,50 2 2 12 12 828,00 1
802
Fortaleza Cox.dos Cunha 59,30 59,30 1 1 5 5 593,00 1
802.1 Fortaleza Coxilha dos
Cavaleiros
66,20 66,20 1 1 1 1 133,40
803 Remanso 34,10 34,10 2 2 12 12 818,40 1
804 Arvorito 33,00 33,00 1 1 4 4 264,00 1
804.1 Arvorito Oscar Ramos 65,7 65,70 1 1 2 2 262,80
Total 2.900,00 4
O Mapa a seguir apresenta a composição dos lotes.
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7. INDICADORES OPERACIONAIS
Os indicadores operacionais a seguir apresentados são referência para balisamento dos
custos e receitas do sistema, sendo os parâmetros também utilizados para o cálculo da
planilha tarifária. Como item de custos são apresentados os valores relativos à rodagem
do sistema. Como item de receita é apresentado o número de passageiros
transportados transformados em passageiros econômicos.
7.1. RODAGEM
Lote Rodagem/semana Rodagem/mês (* 4,25 semanas )
Rodagem morta (5%)
Rodagem total
Lote 1 1.324 5.627 281 5.908 Lote 2 1.635 6.932 347 7.279 Lote 3 1.261 5.359 268 5.627 Lote 4 2.654 11.253 563 11.816 Lote 5 3.856 16.388 819 17.207 Lote 6 1.138 4.825 241 5.066 Lote 7 2.296 9.758 488 10.246 Lote 8 2.900 12.296 615 12.911 Rodagem total 72.439 3.622 76.061
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7.2. PASSAGEIROS TRANSPORTADOS
Conforme metodologia adotada para a aferição do número do passageiros, foram
identificados no sistema os seguinte volume de passageiros conforme identificado na
tabela a seguir:
Tabela 8.1 – Volume de Passageiros Transportados
Forma de ingresso. Media
semanal
Total
mensal
Passageiros pagantes (*) 11.482 (**) 48.800
(*) Passageiros utilizados para o cálculo do IPK que será considerado para efeito de cálculo
tarifário do sistema.
(**) Fator de multiplicação: 4,25 semanas/mês
Fonte: Compilação de dados realizada pela consultoria
7.3. IPK
Com base nos dados de Rodagem e de passageiros transportados pagantes o IPK do
Sistema e de 0,6416 passageiros por Km rodado.
7.4. Frota:
A operacionalização das linhas componentes de cada eixo apresentado no modelo
operacional requer a frota apresentada na tabela a seguir:
Tabela 8.2 – Frota por lote
Subsistema Tipo de veiculo Frota Operante
Reserva Técnica (10%)
Frota total
Lote 1 Rodoviário 2 0 2
Lote 2 Rodoviário 3 0 3
Lote 3 Rodoviário 3 0 3
Lote 4 Rodoviário 2 1 3
Lote 5 Rodoviário 5 1 6
Lote 6 Rodoviário 4 0 4
Lote 7 Rodoviário 3 0 3
Lote 8 Rodoviário 4 0 4
Total 26 2 28
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7.5. Tarifa
7.5.1. Política Tarifária
7.5.1.1. Aspectos Metodológicos
Considerando a diretriz de manutenção da atual cobrança de tarifa de acordo com o
deslocamento realizado pelos usuários, adotou-se como metodologia a utilização de
anéis tarifários tendo como critério a configuração de um anel central urbano e 9 anéis,
com intervalos de 6 km de extensão a partir do anel central.
Este critério foi adotado para evitar incorporação de custos devidos aos desvios
realizados pelas linhas como viagens com retornos e voltas com a finalidade de
atendimento a regiões lindeiras aos eixos de acesso, o que obrigaria os usuários a
pagamentos pela rodagem do veículo e não pela efetiva distância percorrida.
Em cada anel foram alocadas as respectivas localidades que resultam na tarifa a ser
desembolsada pelos usuários.
A tabela a seguir apresenta as localidades e paradas integrantes de cada anel tarifário,
em seu respectivo eixo de acesso, conforme estabelecido no modelo operacional.
Tabela 8.3 - Localidades abrangidas por cada anel tarifário.
Anel
Eixo 100 Eixo 200 Eixo 300 Eixo 400
1
a. Parada Lacera b. Cerro dos Lemos c. Macota
Macota W. Bergmann
Arroio do Moinho Otto Schellin Três Pontes Bruno Blass Loiola Chácara Paraíso C. Divino Picada do Rosa São José Vila dos Campos Alto da Vime Passo do Valadão Alto Alegre
Lacerda Veba
2
Lagoa do Junco Bubliz Bettin Baixada do Rodeio Florida Coelho
Posto Branco Emil Rutz Humberto Volz Bita Igreja Solidez
Canguçu Velho Valter O Alemão Rincão dos Maia 20 de Setembro P.F.Gloria Edgar Camping Parada Divisa de Pelotas Passo da Barra Cachoeira Morro Redondo Romano1
Colégio Rodolfo Lagoa do Junco
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Romano 2 Encruzilhada dos Grilos Coxilha do Amaral Picada do Corvo Passo dos Oliveiras Corredor
3 Cerca de Pedra Antônio Moreira P.F.Linha B.Rodeiro Pedregal Esquina Pinto Romário Storch
Humberto Horke Guido Kurtz Roberto Wili Arno Winke Vanda Wenske Hugo Bartz Passo do Arroio Z. Koller
Graffite Interior de Pelotas Sanga Funda Venda Nova P.F Albino Noimann Izidro Matoso Rincão dos Melões Trapeira Tertúlia Capela Cartório Dionísio Cardoso
Idê Coxilha dos Cunha Zilmar Centeno Ezequiel Assent. Herdeiros da Luta
4 Venda da Lagoa S.Castro Vergara P.F.Pantanoso Gonçalves Iraci Lessa
Ademar Soares Colégio dos Brito Parada da Ponte Nadir Soares Posto de Policia Esquina Winke Nova Gonçalves Arno Winke Arno Geske Nelvino Thurow Parada do Colégio Santa Barbara H.Schilling
Paço do Lourenço Geraldo P.F. Coxilha das Flores Osvaldo Ponte Pedregulho Parada Valter Vila dos Marques E.C. Figueira Corunilha Corredor Dias
Guarani Flores Alcides Souza Antonio Maia Bernardo Santa Clara P.F. Canários Mario A. Hugo Storch P.F. Solidão
5 Paraíso (392) Paraíso (RS 471 Coxilha do Fogo 1 Dario Corredor Ventura Passo do Costa Edmar Fonseca Sivino Soares
Alto da Cruz Parada do Peixe 1 Gládis Riemer
Encruzilhada Passo do Lajeado Com. S.J.Evangelista Luiza Avelino P.F. Maria Antonia
P. F. Arvorito/ Oscar Ramos
6 Coxilha do Fogo2 Fazenda Cunha Carlos Firpo O. Pereira Santo Antonio Antonio Matos Pantanoso Zavico Cunha
Diogo Fonseca Ramão Strieder Estância da Figueira
P.F. Passo dos Alves P.Final Rincão dos Marques
7 Boa Vista Boqueirão Pedras Altas Rincão do Progresso Londa Passo da Olaria Assentamento Renascer
Antonio Matos Colônia da Palma Gonçalino Fonseca
8 P.F. Cerro Grande P.F Vau dos Prestes P.F.Florida
Arroio das Pedras Assentamento
9 P.F Passo do Marinheiro
Passo da Guarda Lindinho Borges P.F. Bela Vista Armada Tivico Fonseca P.F. P. Sapato
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7.6. Cálculo Tarifário
7.6.1. Aspectos Metodológicos
Para o cálculo tarifário foi utilizado como ferramenta a Planilha de Cálculo desenvolvida
pelo GEIPOT/Ministério dos Transportes4, utilizando como dados de entrada as seguintes
fontes:
Custos de rodagem:
o Combustivel: ANP – CSA/SLP preço médio ref. a Março de 2015.
o lubrificantes e pneus: pesquisas de mercado local
Custos fixos: Pesquisa de mercado referente ao valor da frota;
Despesas com pessoal de operação:
o Valor do salário do motorista conforme dissídio regional da categoria,
Outras despesas: Pesquisas de mercado;
Rodagem: Quilometragem/mês, conforme projeto básico .
Passageiros Transportados: Atribuição de passageiros por anéis tarifários, tendo
como critério módulos com raio de 6 km a partir do anel central; ;
Tributos: Conforme legislação aplicável.
Taxa de Lucro: 10% podendo ser reduzida conforme proposta econômica
apresentada por cada licitante.
7.6.2. Planilha de Cálculo
O anexo I ao presente relatório apresenta a planilha de cálculo tarifário do sistema tendo
como ferramenta a Planilha do Geipot. O processo de cálculo resultou numa tarifa
média de R$ 6,90 aplicada ao 3º anel que corresponde ao maior volume de passageiros.
Este valor cubriria o total de custos do sistema se aplicados a todos os usuários.
Entretanto, como política tarifária, para não onerar os deslocamantos mais curtos,
aplicou-se tarifa proporcional aos deslocamentos com fator de variação de R$ 1,80, que
corresponde a variação entre o 3º e 4º anel. Para os demais anais, aplicou-se um fator
de redução para os anéis abaixo e majoração para os anéis acima.
4 Planilha desenvolvida pelo Geipot-Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes do Ministério
dos transportes – Governo Federal.
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O anel central, por ser um sistema com custos e receitas diferenciados foi utilizado como
fator de equilíbrio dos custos gerais do sistema, tendo sua tarifa administrada como
política geral de subsídios.
Para os demais anéis foram atribuídos valores proporcionais conforme tabela a seguir:
Quadro 8.5 – Tarifa por anel tarifário.
1º Anel 1,80 R$ 3,30
2º Anel 1,80 R$ 5,10
3º Anel Referência R$ 6,90
4º Anel 1,80 R$ 8,70
5º Anel 1,80 R$ 10,50
6º Anel 1,80 R$ 12,30
7º Anel 1,80 R$ 14,10
8º Anel 1,80 R$ 15,90
9º Anel 1,80 R$ 17,70
8. ANEXOS
Compõe o presente documento os seguintes Anexos.
Anexo II B – Planilha de Cálculo Tarifário
Anexo II C – Especificações Técnicas das Linhas
Canguçu, abril de 2015
Arq. Ida Marilena Bianchi
CAU A9064-6
Responsável Técnico