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Um convite a contemplar a Palavra de Deus na Lectio Divina Papa Francisco divulga Mensagem sobre os refugiados Monsenhor Lino completa 90 anos de vida, evangelizando pág. 2 pág. 6 pág. 7 PALAVRA DO ARCEBISPO SANTA SÉ VIDA PASTORAL semanal Edição 332ª - 27 de setembro de 2020 www.arquidiocesedegoiania.org.br Siga-nos Capa: Carlos Henrique págs. 4 e 5 Santuário Sagrada Família é elevado à dignidade de Basílica EDICAO 332 - DIAGRAMADO.indd 1 25/09/2020 14:12:10

Santuário Sagrada Família é elevado à dignidade de Basílica · por nós, de fazer crescer o Reino de Deus dentro de nós. A contemplação é olhar com olhos de admiração,

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Page 1: Santuário Sagrada Família é elevado à dignidade de Basílica · por nós, de fazer crescer o Reino de Deus dentro de nós. A contemplação é olhar com olhos de admiração,

Um convite a contemplara Palavra de Deus na

Lectio Divina

Papa Francisco divulgaMensagem sobre

os refugiados

Monsenhor Linocompleta 90 anos devida, evangelizando

pág. 2 pág. 6 pág. 7

PALAVRA DO ARCEBISPO SANTA SÉ VIDA PASTORAL

semanalEdição 332ª - 27 de setembro de 2020 www.arquidiocesedegoiania.org.br Siga-nos

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do o modo de sentir de cada região, mais nobres, por exemplo, o marfi m ou certas madeiras muito duras, con-tanto que sejam adequadas para o uso sagrado. Neste caso, dê-se preferência aos materiais que não se quebrem nem deteriorem facilmente. Isto vale para todos os vasos destinados a receber as hóstias, como a patena, a píxide, a cai-xa-cibório, a custódia e semelhantes. 330. Quanto aos cálices e outros vasos, destinados a receber o Sangue do Se-nhor, a copa deve ser de material que não absorva os líquidos. O pé do cálice pode ser de outra matéria sólida e digna. 331. Para a consagração das hóstias, pode usar-se convenientemente uma patena maior, na qual se põe o pão não só para o sacerdote e o diácono, mas também para os outros ministros e fi éis.332. Quanto à forma dos vasos sa-grados, compete ao artista fabricá-los do modo que melhor se coadune com os costumes de cada região, contanto que sejam adequados ao uso litúrgico a que se destinam, e se distingam cla-ramente daqueles que se destinam ao uso quotidiano.333. Para a bênção dos vasos sagra-dos, sigam-se os ritos prescritos nos livros litúrgicos.

(Pe. João Batista de Lima)

PALAVRA DO ARCEBISPO

Setembro de 2020 Arquid iocese de Go iânia

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Arcebispo de Goiânia: Dom Washington CruzBispos Auxiliares: Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes

Coordenadora de Comunicação: Eliane Borges (GO 00575 JP)Consultor Teológico: Pe. Warlen MaxwellJornalista Responsável: Fúlvio Costa (MTB 8674/DF)Redação: Fúlvio Costa / Eliane Borges / Macos Paulo MotaRevisão: Camila Di AssisDiagramação: Ana Paula Mota e Carlos HenriqueColaboração: Marcos Paulo Mota

Fotogra� as: Rudger Remígio e colaboradoresTiragem: 25.000 exemplaresImpressão: Grá� ca Moura

Contatos: [email protected]: (62) 3229-2683/2673

@jornalencontro

EditorialApós quatro anos, desde que

recebeu o título de Santuário, a Sagrada Família, igreja localiza-da na Vila Canaã, em Goiânia, agora, se tornará Basílica. Nas palavras do seu reitor, padre Ro-drigo de Castro, o novo título é o reconhecimento da Santa Sé a uma igreja que se dedica 24 ho-ras por dia ao povo de Deus. Na reportagem de capa, o sacerdote explica o que muda e as peculia-ridades de uma igreja Santuário--Basílica. A Palavra do Arcebisponos convida a contemplar a Pala-vra de Deus na leitura orante da Bíblia. Já na Série Objetos Litúrgi-cos, abordamos, desta vez, o tema Vasos Sagrados, e trazemos ma-téria sobre os 90 anos de vida do

Siga-nos nas redes sociais:

@jornalencontrosemanal

@jornalencontro

mons. Lino Dalla Pozza, na seção Vida Pastoral. O missionário ita-liano já dedicou a maior parte de sua vida à Igreja no Brasil, sobre-tudo na Arquidiocese de Goiânia. Destaque ainda, neste número doJornal Encontro Semanal, para as inscrições ao Congresso Interna-cional sobre a Proteção dos Me-nores e das Pessoas Vulneráveis, que acontecerá virtualmente, de 3 a 7 de novembro.

Boa leitura!

Contemplando o mistério de Deus

Queridos irmãos e irmãs,

Neste domingo, gostaria de refl etir com vocês sobre o último passo da Lectio Di-vina, que é a contemplação.

Seguindo os passos anteriores, pode-mos dizer que, uma vez que alcan-çamos o momento da oração, pode-ríamos nos fi rmar na contemplação, porque cada verdadeira oração é contemplativa. Segundo a tradição da Lectio, a oração desemboca na con-templação, como seu vértice e fruto natural, tempo no qual a Palavra vem degustada no coração.

A contemplação não é uma técnica ou algo conquistado a partir de algo externo. É um dom do Espírito, que nasce da mesma experiência da Lec-tio bem-feita. Contemplar é conhecer Deus com a experiência do coração, é a concentração contemplativa no

mistério de Deus. O apóstolo João di-ria: “Esta é a vida eterna, conhecer a Ti, único Deus verdadeiro, e aquele que enviastes, Jesus Cristo” (Jo 17,3).

Se a leitura, a meditação e a ora-ção são os momentos ativos da Lec-tio, isto é, aqueles do nosso empenho e da nossa fi delidade quotidiana, a contemplação é o momento passivo da intimidade, no qual a iniciativa diz respeito a Deus. Não se chega à contemplação mediante o exclusivo esforço pessoal ou exercício da von-tade. A contemplação é um fruto que se experimenta depois de uma pro-longada oração sobre a Palavra. Esse fruto é a presença do Senhor, que suscita em nós estupor, maravilha, olhar claro da realidade com os olhos dos simples, plenos de fé, alegria e paz. A intimidade com Deus, então, é profunda, real e exige novamente o silêncio, porque nada demais se pode dizer. Deus introduz-nos a contem-plar o seu mistério, aquele do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Contemplar a Palavra é esquecer os particulares e alcançar o essencial. Se descobre com o coração a própria vida, o próprio mistério no mistério de Deus, com um olhar que é sim-plicidade, adoração, conhecimento e experiência de um Pai que nos ama como fi lhos. Se sente, então, a neces-sidade de olhar somente Jesus, de repousar nele, de acolher o seu amor por nós, de fazer crescer o Reino de Deus dentro de nós. A contemplação é olhar com olhos de admiração, no silêncio, o mistério de Deus-Pai, de Jesus-amigo e do Espírito-amor. É reencontrar a participação límpida, transparente, da realidade de Deus, própria dos puros, dos simples, dos pobres de Deus. Não é fruto de um carisma especial, nem de um esforço suplementar, nem de êxtase. É deixar o Espírito de Deus agir em nós, cons-cientes de que tudo é dom de um Pai que é Amor.

A contemplação, como resulta-do da Lectio, é a postura de quem

se imerge nos acontecimentos, para descobrir e saborear nela a experiên-cia ativa da Palavra, e se empenha no processo de transformação que a Pa-lavra está provocando no interior da história. A contemplação realiza e co-loca em prática a Palavra, produzin-do uma saborosa experiência, que an-tecipa a alegria que “Deus preparou para aqueles que O ama” (1Cor 2,9).

Tendo refl etido sobre os passos da Lectio Divina, gostaria de encorajar todos os irmãos de nossa Arquidioce-se a assumir o compromisso de rezar-mos com a Palavra de Deus todos os dias, seguindo possivelmente o mé-todo sobre o qual meditamos. Não é tanto uma questão de tempo, que va-ria de pessoa para pessoa, segundo as possibilidades de cada uma, mas do amor a Deus e do desejo de entrar em comunhão com Ele e de viver com os irmãos uma vida mais profundamen-te cristã. Coragem, tomemos a Pala-vra de Deus e com ela encontremos o Senhor que nos espera.

Os objetos sagrados são usados durante a celebração eucarística. Em sua dignida-de e em seu uso correto, eles colaboram na comunicação do mistério sagrado. Nesta seção, vamos falar de modo geral so-bre os vasos sagrados, que não são meros utensílios de culto, mas, pela sua destinação, ad-quirem um valor sagrado. Foi por esse valor sagrado que a Igreja sempre prezou que os vasos usados, no culto, fossem dignos e belos.

Na Introdução Geral do Missal Romano (IGMR), precisamente no número 327, diz o seguinte: “entre as coisas necessárias para a celebração da missa, honram-se especialmente os vasos sagrados”. Essa afi rmação sobre honrar os vasos sagrados é um veemente apelo a reconhecer sempre a necessidade de nos educarmos para não perdermos este sentido: o que ma-nuseamos é algo que toca o sagrado.

São muitos os vasos sagrados: cá-lice, patena, âmbula-cibório, osten-sório, lavabo, galhetas etc. Quando se diz que são honrados, essa honra se dá, sobretudo, ao cálice e à pate-na, pois é neles que se oferecem, são consagrados e consumidos o vinho e pão (cf. IGMR, 327).

Algumas observações da IGMR so-bre os vasos sagrados:328. Os vasos sagrados devem ser fabricados de metal nobre. Se forem fabricados de metal oxidável, ou me-nos nobre que o ouro, normalmente devem ser dourados por dentro. 329. A juízo das Conferências Epis-copais, e com a confi rmação da Sé Apostólica, os vasos sagrados tam-bém podem ser fabricados com outros materiais sólidos e que sejam, segun-

Série Objetos Litúrgicos

OS VASOS SAGRADOS

DOM WASHINGTON CRUZ, CPArcebispo Metropolitano de Goiânia

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No dia 13 de setembro fi cou registrado os 40 anos de existência e evangeli-zação da Paróquia Jesus Bom Pastor, localizada no Jardim Guanabara. A missa em ação de graças foi presidida pelo bispo auxiliar de Goiânia, Dom Moacir Silva Arantes. Em suas palavras iniciais, ele fez comentários sobre a caminhada pastoral da paróquia, das pessoas que passaram por ela e da responsabilidade que cada um tem de dar continuidade a essa história.

Na homilia, o bispo falou sobre a importância do perdão. “Deus é bom, Deus é bom sempre. Embora muitas vezes façamos o que não queremos, deve-mos fazer a experiência do amor de Deus. Não cultivemos dentro de nós res-sentimentos e mágoas, porque não amamos pessoas perfeitas. Devemos viver o perdão, a correção para salvar o outro, pois o ato de perdoar é para me salvar também”, destacou.

No fi m da celebração foram cantados os parabéns pelo aniversário da paró-quia e compartilhado um delicioso bolo.

No dia 19 deste mês, a Paróquia São Paulo Apóstolo reabriu a Capela Nossa Senhora Mãe da Divina Pro-vidência, que estava fechada há dois meses, para reforma. Situada no pá-tio ao lado da igreja matriz, a capela é muito frequentada pelos paroquianos. Como explica o pároco, padre Geova-ni dos Santos, “entre a igreja e a capela existe um corredor de passagem, que liga a Rua Dom Orione com a Av. T-7.

“Todos os dias, muitas pessoas pa-

No dia em que a Igreja celebrou a Festa da Natividade de Nossa Se-nhora, 8 de setembro, foi realizada a aula inaugural do Curso de Teologia da PUC Goiás, com o tema “Espera o mundo que virá: perspectivas escato-lógicas a partir da covid-19”. Asses-sorou o evento o bispo auxiliar da Ar-quidiocese de Porto Alegre (RS), Dom Leomar Brustolin.

O sentido de mundo que virá de-pois da pandemia, as incertezas e as dúvidas que pairam sobre nós foram alguns dos pontos abordados pelo bispo. “É propício ao cristão autênti-co esperar o Reino de Deus, esperar uma eternidade, uma realidade que está além deste mundo”, disse. Ele fez comentários sobre o n. 4 da Constitui-ção Pastoral Gaudium et Spes, a Igreja no mundo atual. Ressaltou que deve-mos, como Igreja, observar em todos

“Precisamos ter prudência eolhos abertos para umajustiça plena”

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Paróquia Jesus Bom Pastorcelebra 40 anos de evangelização

ram ali para fazer sua oração. Até mes-mo antes da missa, os paroquianos costumam ir à gruta e à capela. Então, é um espaço que estava precisando e merecia essa reforma, os reparos fei-tos, para oferecer mais conforto, tornar o lugar mais aconchegante para nosso povo de Deus. Agradeço a todos que se empenharam e colaboraram para a realização da reforma. O povo tem um carinho muito grande por essa cape-la”, explicou padre Geovani.

os momentos os sinais dos tempos e interpretá-los à luz do Evangelho.

Dom Leomar também destacou duas questões que são muito impor-tantes e que o ser humano parecia ter esquecido: o sentido da vida humana, o problema da ética e o bem comum e enfatizou que essas questões não são consequências da pandemia, mas já existem há muito tempo e foram

Capela da Paróquia São Paulo Apóstolo é reinaugurada

“Perspectivas escatológicas a partir da covid-19”foi tema de aula inaugural do Curso de Teologia da PUC Goiás

INSCRIÇÕES ABERTAS

Nos dias 3 a 7 de novembro, acontecerá o CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE A PROTEÇÃO DOS MENORES E DAS PESSOAS VULNERÁVEIS. Duran-te esses dias haverá uma extensa programação com conferências, debates, além de comunicações e espaço de apresentação de trabalhos e pesquisa.

O evento, que será totalmente virtual, é organizado pelo Pontifício Insti-tuto Superior de Direito Canônico do Rio de Janeiro e Extensões de Goiânia e Londrina (PR), pela Sociedade Brasileira de Canonistas (SBC), pelo Curso de Teologia da PUC Goiás, pelo Instituto Superior de Direito Canônico de Santa Catarina e Faculdade de Direito Canônico São Paulo Apóstolo, com o apoio das Arquidioceses de Goiânia e Londrina.

Assista, no Instagram da Arquidiocese de Goiânia, ao vídeo que apresen-ta o objetivo do Congresso Internacional. A explicação é do padre Cristiano Faria, coordenador do Mestrado em Direito Canônico de Goiânia. A progra-mação e o link para inscrições já estão disponíveis no site da nossa arqui-diocese e das demais instituições parceiras e apoiadoras do congresso.

esquecidas. O bispo recorreu à Carta Encíclica do papa emérito Bento XVI, Spe Salvi – sobre a esperança cristã, haja vista o momento que o mundo está vivendo e sua relação com a es-catologia. Ele afi rmou que precisamos buscar o sentido da vida presente e futura, projetar o futuro condiciona-do à justiça do Evangelho de Jesus e pregar o tempo da graça até mesmo

em meio à pandemia. Esse momento ainda é, segundo ele, propício para avaliar a nossa relação com toda a criação. Ele explicou que foi preciso haver uma pandemia para podermos rever valores e relações.

A fala de Dom Leomar é provo-cativa e nos faz refl etir e questionar sobre a morte e o luto, temas pouco tocados e que, com a pandemia, tor-nou-se assunto do cotidiano, sentido por muitos que perderam entes queri-dos ou que conhecem alguém que fa-leceu vítima do coronavírus. O bispo fez uma referência às falsas esperan-ças vividas pelo homem, a soluções sem fundamento por ele apontadas, consideradas mágicas. Ressaltou ain-da que a covid-19 pegou todas as pes-soas desprevenidas, que precisamos de prudência e ter olhos abertos para uma justiça plena.

Com informações doseminarista Alex Yury Lemos

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de 2020, mas era preciso fazer algu-mas adequações no templo antes de fazer a Celebração de Elevação, que será presidida pelo nosso arcebispo, Dom Washington Cruz, na próxima terça-feira, 29 de setembro, dia em que celebramos a Festa dos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael.

Dom Washington falou sobre a

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CAPA

AArquidiocese de Goiânia vive um momento de ale-gria, pois o Santo Padre, o papa Francisco, concedeu

ao Santuário Sagrada Família a hon-ra de ser a terceira Basílica em nossa Igreja particular de Goiânia.

A deferência foi concedida pelo papa Francisco no dia 2 de fevereiro

Construído em 1980 para ser uma Paróquia da Sagrada Família em Goiânia, teve, com o passar dos anos, uma afl uência de seus fi éis e um aumento cada vez maior de graças obtidas. Foram 36 anos de história como Paróquia até receber o título de Santuário, o que aconteceu no dia 30 de dezembro de 2016. A partir dessa data, a Paróquia Sagrada Família passou a se chamar Santuário Sagrada Família e Santuário de Adoração Perpétua da Santíssima Eucaristia.

O Santuário recebe, hoje, cerca de 80 mil fi éis por semana, que par-ticipam das várias celebrações e ati-vidades que o Santuário possui. Há uma programação extensa, com a Santa Missa celebrada de segunda--feira a sábado: 6h30, 9h, 12h, 15h, 19h30 e 22h; no domingo: 6h30, 8h, 10h15, 12h, 15h, 17h, 19h30 e 22h. Todas essas celebrações são trans-mitidas ao vivo pelas redes sociais do Santuário, que contam com qua-se 500 mil seguidores.

Para quem deseja se confessar, o

MARCOS PAULO MOTA

importância desse título conferido pelo papa Francisco, para o Santuá-rio Sagrada Família. “Trata-se de mais uma benevolência do Santo Padre para com a nossa Igreja local. Temos a Basílica dedicada ao Divi-no Pai Eterno, a Basílica dedicada a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e, agora, teremos a Basílica dedicada

à Sagrada Família de Nazaré. O San-tuário Sagrada Família vem sendo, para nós, uma igreja de grande im-portância aqui na cidade de Goiânia. Peço ao Senhor que cada dia mais o Santuário-Basílica da Sagrada Famí-lia possa ser uma igreja que acolhe, celebra e uma igreja que está sempre a serviço dos irmãos.”

SantuárioBasílica

História doSantuário

Pastoral

Em comunhão coma Igreja de Roma,aberta, em saída,

a serviço dasfamílias

Santuário conta ainda com padres atendendo confi ssão das 7h às 21h.

Com uma comunidade formada pelas mais diversas faixas etárias, o Santuário possui nove grupos de oração, para que os jovens e adul-tos possam fazer a sua experiência de oração; 12 pastorais e movi-mentos, para que os paroquianos possam encontrar a sua vocação no serviço da Igreja; e ainda cin-co missões em diversas áreas para ajudar os irmãos nos momentos de difi culdade.

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A Sagrada Família passou de Paróquia a Santuário. Quase quatro anos depois será elevada à dignidade de Basílica. O que signi� ca isso para a Igreja e o que muda na rotina do Santuário com esse novo título?

A realidade é que a Paróquia Sagrada Família já vivia uma realida-de de Santuário, já não era algo territorial, pois recebia fi éis de toda a cidade de Goiânia e também da região metropolitana. Então, em 2018, resolvemos pedir ao Santo Padre que o Santuário pudesse ser Basílica, pensando naquilo que o Santuário oferece aos fi éis, que é a adoração perpétua da Eucaristia, o zelo e o cuidado que tivemos com a arquite-tura do templo. Quando nós mandamos os documentos para a Santa Sé, o cardeal, que analisou os documentos, gostou muito. A igreja foi tomando essa proporção e, mesmo com esse tempo de pandemia, nas dimensões pastorais e sociais, o Santuário não parou e tem feito muitas ações. Não é a questão de título, mas a pertença à Igreja de Roma.

Por que o Santuário recebe esse novo título?Nosso arcebispo Dom Washington Cruz foi quem pediu essa defe-

rência ao Santo Padre, pois seria a terceira basílica na arquidiocese, e o papa concedeu. Preparamos todos os documentos para que se tornasse possível essa elevação. É uma iniciativa que nasce no coração do nosso arcebispo, diante de todo esse cuidado que ele tem com as famílias e com a adoração perpétua, por termos a igreja aberta 24 horas, por todo esse esforço e também pelo cuidado dos paroquianos com o Santuário, isto é, o que os paroquianos fazem pelo Santuário.

Quais as adequações o senhor teve que fazer para que fosse concedido o título?

Nós já tínhamos feito a reforma no presbitério. Quando o cardeal,

que analisa os documentos e fotos, viu, ele gostou muito. À primeira vista, não foi aprovado o batistério que fi cava na porta de entrada. En-tão, a grande adequação que tivemos de fazer foi a construção de uma espécie de capela, para melhor comportar as celebrações do Sacramento do Batismo.

Qual é a importância deste momento para a Igreja de Goiânia?Vejo como um tesouro espiritual, pois o Santuário é um lugar de de-

voção, um lugar de peregrinação, um lugar da misericórdia de Deus e esse lugar privilegiado da Eucaristia, bem como o relicário que está sendo construído e também os testemunhos dos apóstolos, os santos mártires e toda essa história que vem acompanhando. O Santuário é uma igreja rica desses tesouros espirituais e uma igreja muito ativa, que continua nessa caminhada para a fábrica de novos santos e essa luta pela família.

Como reitor, o que o senhor espera deste Santuário-Basílica a respeito da devoção à Sagrada Família?

Espero que continuemos com essa comunhão com a Igreja de Roma e que essa igreja possa ser mesmo a serviço das famílias; que seja essa igreja aberta com todo o carinho de seus paroquianos; e que sejamos sempre essa igreja em saída, como nos pede tanto o Santo Padre. Espe-ro que cada vez mais possamos ir ao encontro dos mais pobres e dos mais necessitados. Quero que cada vez mais essa igreja seja espaço de acolhida com esse número grande de celebrações diárias e sempre com um padre à disposição para atender os fi éis e ser um sinal de Deus para tantas famílias. Espero dar continuidade a esse trabalho pastoral que vem fazendo bem a tantas pessoas.

EntrevistaConfi ra a entrevista com o reitor do agora Santuário-Ba-

sílica Sagrada Família, padre Rodrigo de Castro. Nela, o padre explica o processo até que o título fosse conferido, o porquê desse título, as adequações que foram feitas e a sua expectativa para essa nova fase da comunidade.

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Roma, em São João de Latrão, na Memória deNossa Senhora de Fátima, 13 de maio de 2020.

Dia Mundial do Migrante e do Refugiado,27 de setembro de 2020.

No discurso que dirigi, nos pri-meiros dias deste ano, aos membros do Corpo Diplomáti-co acreditado junto da Santa Sé,

mencionei entre os desafi os do mundo contemporâneo o drama dos deslocados dentro da própria nação: “Os confl itos e as emergências humanitárias, agravadas pelas convulsões climáticas, aumentam o número dos deslocados e repercutem--se sobre as pessoas que já vivem em grave estado de pobreza. Muitos dos países atingidos por essas situações ca-recem de estruturas adequadas que per-mitam atender às necessidades daqueles que foram deslocados” (9/01/2020).

Por tais razões, decidi dedicar esta Mensagem ao drama dos deslocados den-tro da nação, um drama – muitas vezes in-visível – que a crise mundial causada pela pandemia da covid-19 exacerbou. De fato, esta crise, devido à sua veemência, gra-vidade e extensão geográfi ca, redimen-sionou tantas outras emergências huma-nitárias que afl igem milhões de pessoas, relegando para um plano secundário, nas agendas políticas nacionais, iniciativas e ajudas internacionais, essenciais e ur-gentes para salvar vidas. Mas, “este não é tempo para o esquecimento. A crise que estamos a enfrentar não nos faça esquecer muitas outras emergências que acarretam sofrimentos a tantas pessoas” (Francis-co, Mensagem Urbi et Orbi, 12/04/2020).

À luz dos acontecimentos dramáticos que têm marcado o ano de 2020 quero, nesta Mensagem dedicada às pessoas deslocadas internamente, englobar todos aqueles que atravessaram e ainda vivem experiências de precariedade, abandono, marginalização e rejeição por causa do vírus covid-19.

E, como ponto de partida, gostaria de tomar o mesmo ícone que inspirou o Papa Pio XII ao redigir a constituição apostóli-ca Exsul Familia (1/08/1952): na sua fuga para o Egito, o menino Jesus experimen-ta, juntamente com seus pais, a dramática condição de deslocado e refugiado “mar-cada por medo, incerteza e difi culdades (cf. Mt 2,13-15.19-23). Infelizmente, nos nossos dias, há milhões de famílias que se podem reconhecer nesta triste realida-de. Quase todos os dias, a televisão e os jornais dão notícias de refugiados que fo-gem da fome, da guerra e doutros perigos graves, em busca de segurança e de uma vida digna para si e para as suas famílias” (Francisco, Angelus, 29/12/2013). Em cada um deles, está presente Jesus, forçado – como no tempo de Herodes – a fugir para se salvar. Nos seus rostos, somos chama-dos a reconhecer o rosto de Cristo famin-to, sedento, nu, doente, forasteiro e encar-cerado que nos interpela (cf. Mt 25,31-46). Se o reconhecermos, seremos nós a agra-decer-lhe, por o termos podido encontrar, amar e servir.

As pessoas deslocadas proporcionam--nos esta oportunidade de encontrar o Se-nhor, “mesmo que os nossos olhos sintam difi culdade em o reconhecer: com as ves-

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Forçados, como Jesus Cristo, a fugir. Acolher,proteger, promover e integrar os deslocados internos

tes rasgadas, com os pés sujos, com o ros-to desfi gurado, o corpo chagado, incapaz de falar a nossa língua” (Francisco, Homi-lia, 15/02/2019). É um desafi o pastoral ao qual somos chamados a responder com os quatro verbos que indiquei na Mensagem para este mesmo Dia de 2018: acolher, pro-teger, promover e integrar. A eles, gosta-ria agora de acrescentar seis pares de ver-bos que traduzem ações muito concretas, interligadas numa relação de causa-efeito.

É preciso conhecer para compreender. O conhecimento é um passo necessário para a compreensão do outro. Assim ensina o próprio Jesus no episódio dos discípu-los de Emaús: “Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se deles o próprio Jesus e pôs-se com eles a caminho; os seus olhos, porém, estavam impedidos de o re-conhecer” (Lc 24,15-16). Frequentemente, quando falamos de migrantes e desloca-dos, limitamo-nos à questão do seu núme-ro. Mas não se trata de números; trata-se de pessoas! Se as encontrarmos, chegare-mos a conhecê-las. E conhecendo as suas histórias, conseguiremos compreender. Poderemos compreender, por exemplo, que a precariedade, que estamos doloro-samente a experimentar por causa dapandemia, é um elemento constantena vida dos deslocados.

É necessário aproximar-se paraservir. Parece óbvio, mas muitasvezes não o é. “Um samaritano,que ia de viagem, chegouao pé dele

(do homem espancado e deixado meio--morto) e, vendo-o, encheu-se de com-paixão. Aproximou-se, ligou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele” (Lc 10,33-34). Os receios e os pre-conceitos – tantos preconceitos – man-têm-nos afastados dos outros e, muitas vezes, impedem de “nos aproximarmos” deles para os servir com amor. Abeirar--se do próximo frequentemente signifi ca estar dispostos a correr riscos, como mui-tos médicos e enfermeiros nos ensinaram nos últimos meses. Aproximar-se para servir vai além do puro sentido do de-ver; o maior exemplo disto, deixou Jesus, quando lavou os pés dos seus discípulos: tirou o manto, ajoelhou-se e pôs mãos ao humilde serviço (cf. Jo 13,1-15).

Para reconciliar-se é preciso escutar. Ensina o próprio Deus que quis escutar o gemido da humanidade com ouvidos humanos, enviando o seu Filho ao mun-do: “Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigênito, (…) para que o mundo seja salvo por Ele” (Jo 3,16.17). O amor, que reconcilia e salva, começa pela escuta. No mundo de hoje, multiplicam-se as mensagens, mas vai-se perdendo a atitude de escutar. É somen-te através da escuta humilde e atenta que podemos chegar verdadeiramente a re-conciliar-nos. Durante semanas neste ano de 2020, reinou o silêncio nas nossas ruas; um silêncio dramático e inquietante, mas que nos deu ocasião para ouvir o clamor dos mais vulneráveis, dos deslocados e do nosso planeta gravemente enfermo. E, escutando, temos a oportunidade de nos reconciliar com o próximo, com tan-tas pessoas descartadas, conosco e com Deus, que nunca secansa de nos oferecera sua misericórdia.

Para crescer é necessário partilhar. A primeira comunidade cristã teve, na partilha, um dos seus elementos basila-res: “A multidão dos que haviam abra-çado a fé tinha um só coração e uma só alma. Ninguém chamava seu ao que lhe pertencia, mas entre eles tudo era co-mum” (At 4,32). Deus não queria que os recursos do nosso planeta benefi ciassem apenas alguns. Não, o Senhor não queria isso! Devemos aprender a partilhar para crescermos juntos, sem deixar ninguém de fora. A pandemia veio-nos recordar que estamos todos no mesmo barco. O fato de nos depararmos com preocupa-ções e temores comuns demonstrou-nos mais uma vez que ninguém se salva so-zinho. Para crescer verdadeiramente, devemos crescer juntos, partilhando o que temos, como aquele rapaz que ofe-

receu a Jesus cinco pães de cevada e dois peixes (cf. Jo 6,1-15); e foram sufi cientes para cinco mil pessoas…

É preciso coenvolver para promover. Efetivamente, assim procedeu Jesus com a mulher samaritana (cf. Jo 4,1-30). O Senhor aproxima-se, escuta-a, fala-lhe ao coração, para então a guiar até à ver-dade e torná-la anunciadora da Boa-No-va: “Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fi z! Não será Ele o Mes-sias?” (Jo 4,29). Por vezes, o ímpeto de servir os outros impede-nos de ver a sua riqueza íntima. Se queremos verdadei-ramente promover as pessoas a quem oferecemos ajuda, devemos coenvol-vê-las e torná-las protagonistas da sua promoção. A pandemia recordou-nos como é essencial a corresponsabilida-de, pois só foi possível enfrentar a crise com a contribuição de todos, mesmo de categorias frequentemente subestima-das. Devemos “encontrar a coragem de abrir espaços onde todos possam sentir--se chamados e permitir novas formas de hospitalidade, de fraternidade e de solidariedade” (Francisco, Meditação na Praça de São Pedro, 27/03/2020).

É necessário colaborar para construir. Isso mesmo recomenda o apóstolo Pau-lo à comunidade de Corinto: “Peço-vos, irmãos, em nome de Nosso Senhor Je-sus Cristo, que estejais todos de acordo e que não haja divisões entre vós; per-manecei unidos num mesmo espírito e num mesmo pensamento” (1Cor 1,10). A construção do Reino de Deus é um com-promisso comum a todos os cristãos e, para isso, é necessário que aprendamos a colaborar, sem nos deixarmos tentar por invejas, discórdias e divisões. No contexto atual, não posso deixar de rei-terar que “este não é tempo para egoís-mos, pois o desafi o que enfrentamos nos une a todos e não faz distinção de pessoas” (Francisco, Mensagem Urbi et Orbi, 12/04/2020). Para salvaguardar a Casa Comum e torná-la cada vez mais parecida com o plano original de Deus, devemos empenhar-nos em garantir a cooperação internacional, a solidarie-dade global e o compromisso local, sem deixar ninguém de fora.

Con� ra, na página 8, umaoração inspirada no exemplode São José, particularmente

quando foi forçado a fugir parao Egito, a � m de salvar o Menino.

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VIDA PASTORAL

Setembro de 2020Arquid iocese de Go iânia

7

Monsenhor Lino Dalla Pozza completou, no dia 23 de se-tembro, 90 anos de idade. Italiano natural de Vicenza, é

o fi lho do meio de nove irmãos e gêmeo de Línea. Criado dentro de uma família de católicos, na infância ele foi coroinha. Nos primeiros anos como seminarista externo, ele pedalava 3km para estudar e só foi morar no seminário quando ini-ciou a fase do estudo propedêutico.

Lino foi ordenado padre com 29 anos, no dia 25 de junho de 1961, e co-meçou sua caminhada pastoral na Paró-quia Sagrado Coração de Esquio, ainda na Itália. Dez anos após sua ordenação, fez um curso preparatório para o Semi-nário na América Latina e, em seguida, veio em missão para o Brasil.

Viajou durante duas semanas de navio, até chegar ao Brasil, em 1976. No país, foi recebido pelo então bispo da Diocese de Ipameri, Dom Gilberto Pereira Lopes. Nos primeiros anos em Goiás, passou pelas cidades de Arizo-

na, Goiandira, Nova Aurora, Catalão, Corumbaíba, Caldas Novas, Ipameri, Três Ranchos, até que teve que retornar para Itália.

Depois de um tempo em seu país, ele voltou ao Brasil a pedido de Dom Washington Cruz. Nessa época, traba-lhou na Paróquia São João Batista, em Aparecida de Goiânia, e contribuiu no Seminário São João Maria Vianney, ministrando aulas de italiano e latim. Monsenhor Lino passou ainda pelas Pa-róquias São Leopoldo Mandic, no Setor Jaó, e São João Batista, em Senador Ca-nedo. Depois, foi trabalhar no Seminá-rio Santa Cruz, onde mora até hoje.

Teovânio Santos Moreira é paro-quiano da Paróquia São João Batista,

Monsenhor Lino Dalla Pozza90 anos de vida

que trabalhamos muito, não aposenta-mos. A fé não se aposenta, é um com-promisso de vida, colaboração e partici-pação comunitária. Então, a gente vive e convive com essa realidade. A vida continua.” O padre comenta também que tem muito tempo livre para prati-car atividades prazerosas que o faz se sentir vivo. “Hoje, eu posso rezar mais e melhor, ler mais e assistir televisão. Sou fã da TV Canção Nova. Isso me faz sentir vivo e presente numa Igreja que é empenhada e caminha.” Para o futuro, o padre só deseja uma coisa. “Que Deus perdoe os meus pecados e me ajude a perseverar até o fi m”, fi naliza.

Suzany Marques

de Aparecida de Goiânia. Ele já partici-pava da vida da comunidade, quando monsenhor Lino passou por lá. O rapaz descreve o padre como uma pessoa ale-gre e brincalhona, que adorava ajudar a comunidade. Teovânio relembra, ainda, como o padre sempre buscava novos jovens que pudessem doar sua vida a Cristo, por meio do trabalho eclesial. “Ele sempre foi muito focado em con-seguir novos discípulos para a Igreja. Era muito comum, quando eu chegava para a missa e ao pedir a bênção, levava um leve tapa no rosto com a pergunta: ‘E você, quando vai para o seminário?’”.

Embora a idade esteja avançada, monsenhor Lino faz questão de não se aposentar para as coisas de Deus. “Nós,

Para celebrar os 90 anos de vida do monsenhor Lino, foi realizada uma mis-sa no Seminário Santa Cruz. O sacerdote recebeu uma homenagem de seus sobrinhos, diretamente da Itália. A celebração foi presidida pelo arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz. Concelebraram o bispo auxiliar de Goiânia, Dom Moacir; Dom Dilmo Franco, bispo auxiliar de Anápolis. Estiveram pre-sentes os padres responsáveis pelo seminário, Pe. Pedro Fleury, Pe. David e Pe. Genésio, que já foi coroinha de monsenhor Lino. A missa contou ainda com a presença dos seminaristas.

Missa em Ação de Graças

“A fé não se aposentaporque ela é compromissode vida”

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“O Reino de Deus vos será tirado e entreguea um povo que produzirá frutos” (Mt 21,43)

Setembro de 2020 Arquid iocese de Go iânia

8 LEITURA ORANTE

Siga os passos para a leitura orante:

Texto para oração: Mt 21,33-43 (página 1376 – Bíblia das Edições CNBB)

Passos para a Lectio Divina retirada da Verbum Domini de Bento XVI (n. 87):1. Lectio: o que o texto diz?2. Meditatio: o que o texto diz para você?3. Oratio: o que você diz ao Senhor, em resposta à Pala-

vra lida e meditada?4. Contemplatio: qual é a conversão da mente, do cora-

ção e da vida que o Senhor pede a você?5. Actio: a Palavra lida, meditada, rezada e contempla-

da impele a sua existência para doar-se aos outros na caridade.

27° Domingo da Quaresma – Ano A. Liturgia da Palavra: Is 5,1-7; Sl 79 (80),9.12.13-14.15-16.19-20 (R/. Is 5,7a); Fl 4, 6-9; Mt 21,33-43 (Parábola dos vinhateiros).

Liturgia da Semana: 2ª-f.: Jó 1,6-22; Sl 16(17); Lc 9,46-50. 3ª-f.: Dn 7,9-10.13-14; Sl 137(138); Jo 1,47-51.4ª-f.: Jó 9,1-12.14-16; Sl 87(88); Lc 9,57-62. 5ª-f.: Jó 19,21-27; Sl 26(27); Lc 10,1-12. 6ª-f.: Ex 23,20-23; Sl 90(91); Mt 18,1-5.10. Sábado: Jó 42,1-3.5-6.12-16; Sl 118(119); Lc 10,17-24. Domingo: 27º Domingo do Tempo Comum – Is 5,1-7; Sl 79(80); Fl 4,6-9; Mt 21, 33-43 (Parábolas dos vinheiros).

Aimagem da vinha nas Sagra-da Escrituras é muita cara por dois motivos: o primeiro é que quando se planta uma vinha

são necessários cuidados especiais – na escolha da videira, em retirar as pedras, na fertilização do solo etc. (Is 5,2). O se-gundo motivo consiste em que o fruto produzido deve ser bom para a fabrica-ção de vinho bom. Caso o fruto seja aze-do, não presta para se fazer vinho. Con-sequentemente, toda a vinha precisa ser destruída e replantada.

A vinha do Senhor foi confi ada, pri-meiramente, à casa de Israel, que não produziu frutos bons. A vinha, agora,

foi confi ada a nós, cristãos, e precisamos nos perguntar: que tipo de fruto esta-mos produzindo? É para fazer o vinho da alegria ou o vinagre?

Ocupemo-nos com tudo aquilo que mereça louvor (Fl 4,8) para zelar pela vinha confi ada a nós, e que Deus esteja sempre cuidando dela.

LENILSON OLIVEIRA PAULA SILVA (SEMINARISTA)Seminário Interdiocesano São João Maria Vianney

ORAÇÃO PARA O DIA DO MIGRANTE E DO REFUGIADO

“Pai, con� astes a São José o que tínheis de mais precioso: o Meni-no Jesus e sua mãe, para os proteger de perigos e ameaças dos mal-vados. Concedei-nos, também a nós, a graça de experimentar a sua proteção e ajuda. Tendo ele provado o sofrimento de quem foge por causa do ódio dos poderosos, fazei que possa confortar e proteger to-dos os irmãos e irmãs que, forçados por guerras, pobreza e carências, deixam a sua casa e a sua terra a � m de se lançarem ao caminho como refugiados rumo a lugares mais seguros.

Ajudai-os, pela sua intercessão, a terem força para prosseguir, conforto na tristeza, coragem na provação. Dai a quem os recebe um pouco da ternura deste pai justo e sábio, que amou Jesus como um verdadeiro � lho e amparou Maria ao longo do caminho. Ele, que ga-nhou o pão com o trabalho das suas mãos, possa prover àqueles a quem a vida tudo levou, dando-lhes a dignidade de um trabalho e a serenidade de uma casa.

Nós vo-lo pedimos por Jesus Cristo, vosso Filho, que São José sal-vou, fugindo para o Egito, e por intercessão da Virgem Maria, a quem ele amou como esposo � el segundo a vossa vontade. Amém.”

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