SãoJornal da Escola

Domingos39EDIÇÃO NO

maio a julho de 2015

Lições PARA A VIDAA escola tem muitos objetivos: ensinar a ler,

escrever, somar, dividir e interpretar, entre outros. Mas também é importante que ela proporcione aos alunos conhecimentos que sejam úteis à construção do caráter e da cidadania.

É por isso que na Escola São Domingos sempre há espaço para o debate de assuntos que fazem a diferença na vida dos alunos e de suas famílias.

“Trabalhamos com temas que costumam preocupar tanto pais como a instituição. Recen-temente, por exemplo, falamos sobre segurança na internet. O meio digital pode ser uma grande fonte de aprendizagem, entretenimento e socialização para jovens e crianças. É necessário, porém, que eles sejam instruídos sobre os riscos envolvendo

o uso dessa tecnologia”, a� rmou Kristine Carneiro, supervisora do Ensino Fundamental da Unidade II.

A palestra sobre o tema foi apresentada pelo policial civil Eduardo Pinheiro, que alertou alunos do 6º ao 9º anos a respeito dos perigos que o mau uso da rede de computadores pode gerar.

“Muitas pessoas expõem demais suas vidas nas redes sociais. Informações como ‘partiu shop-ping’ e fotos de bens materiais chamam a atenção de criminosos”, disse o policial.

Segundo ele, a ética também é importante no mundo digital. “Os crimes de injúria, calúnia e difa-mação são recorrentes entre os adolescentes. Mas há punição para o menor que comete o cyberbullying”.

Veja outros temas de palestras realizadas pela escola.

Rendimento escolarO psicopedagogo Cláudio Miranda

conversou com as turmas de 7º e 8º anos e também com os pais sobre como melhorar o rendimento na escola. Segundo ele, o aluno deve estudar todos os dias, usando a seguinte estratégia: 50 minutos de estudos e dez de descanso, em três momentos do dia. Assim, ele reforça o conteúdo dado em sala e não deixa os assuntos acumularem para a véspera da prova.

Cláudio também alertou para os ladrões do tempo, como celular e com-putador, e disse que é importante manter um ambiente tranquilo para os estudos.

BullyingAs psicólogas Mariana Figueiredo e Talita

Medeiros alertaram os estudantes do 6º e do 8º anos sobre o assunto. Segundo elas, o bullying pode provocar danos emocionais sérios e afetar a vida de uma pessoa por muito tempo. O cha-mado cyberbullying se espalha viralmente pela web e pode fazer a vítima se sentir humilhada constantemente, de uma forma difícil de deter.

PRISÃO“Pela manhã, bateram com força na porta e gritaram: ‘Todos para fora!’. Toda a família – meus pais e os cinco � lhos – foi capturada. Primeiro nos levaram para um gueto localizado na própria Grécia. Um tempo depois, fomos deportados para a Polônia. Fomos todos colocados em vagões lotados, mal podíamos nos mexer.”

SEPARAÇÃO“Nos campos de concentração, homens e mulheres eram separados. A maioria dos idosos e das crianças era logo descartada. Só escapei porque era alta e forte, e fui selecionada para o trabalho, assim como a Mary. Ficávamos o tempo todo juntas e ela me protegia. Nunca mais vi o restante da minha família.”

MARCA“Passamos por vários campos de concentração, principalmente Auschwitz-Birkenau e Bergen-Belsen. Os prisioneiros tinham números tatuados nos braços. Tenho essa marca até hoje. Quando olho para ela, sei que sobrevivi a todo aquele horror. Vivíamos para trabalhar e apanhar. A comida era mínima e, ainda assim, minha irmã dava a maior parte do que recebia para mim.”

TRABALHO FORÇADO“Não podíamos trabalhar com roupa suja, mas quase não havia peças extras. E o trabalho era pesado. Eu quebrava casas com um martelinho, era o dia inteiro trabalhando. Então, à noite, a gente lavava a roupa durante o banho, espremia e colocava embaixo do col-chão, para tentar secar. Muitas vezes, dormíamos nuas. Só depois descobrimos que os sabonetes que a gente usava eram feitos com o sebo das pessoas mortas.”

INTÉRPRETE“Eu aprendi a falar alemão e me colocaram como intérprete. Eu traduzia as ordens que as oficiais davam para as prisioneiras. Nós não podíamos falar nada nem olhar para os nazistas, já que éramos considerados inferiores.”

LIBERTAÇÃO“No dia em que fomos libertados, nós estávamos dormindo e começaram a gritar: ‘Estamos livres!’. Os soldados aliados invadiram o campo e ordena-ram: ‘O� ciais, abaixem as armas!’. As prisioneiras começaram a correr, algumas cuspiram na cara das o� ciais alemãs. Foi uma loucura!”

AMOR“Fomos levados para campos de refugiados. Foi no refeitório que conheci o meu marido, Michael. Ele estava com o melhor amigo, David Oziel, que o ajudou a sobreviver no campo. O David foi falar com a minha irmã e o Michael estava junto. Ele pegou no meu braço e falou: ‘Você não vai sair do meu lado, você é minha agora’. Ele também era de Salônica, mas a gente não se conhecia. Nunca mais nos separamos.”

GRÉCIA E ISRAEL“Eu e Michael decidimos voltar para a Grécia, para ver se encontrávamos alguém da nossa família, mas não achamos ninguém. Casamos em uma sinagoga e tivemos dois filhos, Salomão e Abraão. Em 1951, decidimos ir para Israel, pois alguns familiares do meu marido moravam lá. Ficamos três anos em Tel Aviv, mas a vida estava muito difícil lá.”

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Edição CONECTA COMUNICAÇÃO INTEGRADA(27) 3227-5242 • contato@conectacomunica.com.brJornalista responsável Katiuscia Comarella (MTB 1180/ES) Colaboração Caroline TardinProjeto Gráfico e Editoração BiosImpressão Gráfica e Editora GSA

Jornal da Escola São DomingosUma publicação da Escola São Domingos

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ENTREVISTA

“Olho para o número no meubraço e sei que sobrevivi”O número 39.422 está gravado no braço esquerdo e na alma de Lúcia Carasso, 85 anos, uma judia nascida em Salônica, na Grécia, que foi uma das vítimas do Holocausto. A marca foi feita pelos nazistas, depois que ela e seus familiares foram levados para campos de concentração.

Lúcia escapou da morte porque era uma criança alta e forte, e por isso foi selecionada para trabalhos forçados, assim como a irmã mais velha, Mary. As duas enfrentaram juntas os anos de prisão, e tiveram de aprender a conviver com o esgotamento físico e mental e a ideia de morte iminente.

Foi na ESD que, pela primeira vez, Lúcia falou em público sobre todo o terror que viveu. Não foi fácil abrir essa caixa repleta de recordações, mas ela sabe o quanto é importante preservar a memória do Holocausto e assegurar que as futuras gerações não o esquecerão, pois lembrar essa tragédia é recusar o ódio e a intolerância. Holocausto nunca mais!

BRASIL“Meu marido passou em uma agência de turismo e viu um cartaz do Brasil. Ele � cou encantado com as fotos das bananeiras e araras. Ele me disse: ‘Lúcia, vamos morar no Brasil. Lá seremos felizes com nossos � lhos’. Foram mais de 20 dias de viagem de navio. Michael tinha apenas 500 dólares e uma boneca que ele levou para tentar vender no Brasil.Ficamos uns meses em São Paulo, onde Michael trabalhou como camelô. Ele também passava um período em Vitória trabalhando, até que surgiu a oportunidade de abrir um comércio em Vila Velha e nos mudamos para lá. Com muito esforço, fomos melhorando de vida. Criamos nossos � lhos, tivemos seis netos e vamos para cinco bisnetos.”

NUNCA MAIS!“Michael contou em um livro o que viveu nos campos de concentração. Ele havia prometido ao pai que revelaria ao mundo tudo o que aconteceu. Antes de morrer, ele me disse: ‘Lúcia, você precisa continuar contando a nossa história’. É importante que a gente sempre fale sobre o Holocausto, para que a humanidade nunca mais viva um horror assim!”

“A maioria dos idosos e das

crianças era logo descartada. Só escapei porque era alta e forte”

Site maismoderno e atrativo

O site da Escola São Domingos está de cara nova! Com uma linguagem grá� ca mais moder-na e atrativa, o portal agora é responsivo, ou seja, ele muda a sua aparência e disposição de acordo com o tamanho da tela em que é exibido.

Isso quer dizer que, se o usuário acessar o endereço eletrônico por meio de seu smartpho-ne, por exemplo, os elementos se reorganizam para se adequar a essa tela e mostrar as infor-mações principais em primeiro lugar.

“Os conteúdos estão mais organizados, facilitando a navegação. Procuramos tornar o material mais rico visualmente, com a inclusão de novas imagens e outros elementos grá� cos”, informou o diretor da ESD, Leandro Daher Car-neiro. O portal foi desenvolvido pela Backstage Digital. Acesse o site (www.escolasaodomingos.com.br) e con� ra as novidades!

Nova campanha da ESDExistem algumas situações na trajetória escolar que � cam para sempre

na lembrança. E esses momentos são retratados na nova campanha institu-cional da Escola São Domingos, que trabalha valores como família, equilíbrio, amizade e conquista.

Nas peças, criadas pela agência e-brand, os alunos aparecem em dife-rentes momentos dentro e fora do colégio. “Trabalhamos com imagens dos estudantes no interior do colégio (grupo de estudo, laboratório, sala de aula

e biblioteca) e em cenas externas (praia, lanchonete, calçadão e faculdade)”, explicou Rafael Andaku, diretor de criação da agência e-brand.

A ideia é mostrar o quanto a ESD é especial e importante para os seus alu-nos, e que os ensinamentos aprendidos na Escola são levados para a vida toda.

Aqui vocês conferem em primeira mão algumas peças da nova campanha, que só será lançada em agosto. A divulgação será feita em outdoors e também no site e nas mídias sociais da ESD.

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Ótimo resultado em Olimpíada: 68 medalhasNossos alunos dos Ensinos Fundamental

e Médio tiveram um ótimo desempenho na Olimpíada Canguru de Matemática, um concurso internacional que tem o objetivo de mostrar o quanto essa disciplina pode ser interessante, útil e divertida.

Ao todo, 443 estudantes das duas Unidades da ESD participaram da competição e 68 ganha-ram medalhas. Foram sete medalhas de ouro, 24 de prata e 37 de bronze. A premiação, realizada no dia 8 de julho, foi prestigiada pelos familiares dos alunos. Parabéns aos nossos medalhistas!

Inscrições de novos alunosAtenção, responsáveis! Já podem ser feitas as inscrições de

novos alunos para o ano letivo de 2016.Os interessados poderão conhecer as instalações da

instituição e, em seguida, deverão preencher um formulário de inscrição nas secretarias das unidades.

Na Unidade I (do Maternal I ao 5º ano), há avaliação escrita de Português e Matemática, a partir do 2º ano do Ensino Fundamental, e também análise de boletim.

No caso da Unidade II (do 6º ano ao Ensino Médio), além das avaliações de Português, Matemática e análise de boletim, haverá o preenchimento de um questionário pessoal para diagnose e entrevista do aluno com o Serviço de Orientação Pedagógica.

Festa do interior!A festa junina da ESD foi muito animada! Mais uma vez, os nossos alunos cuidaram da decoração. Eles � zeram todos os enfeites nas aulas de Arte, orientados pelas professoras Jô, Tuty e Danielle. O cenário deste ano caracterizou-se pela releitura de obras de diversos artistas nacionais que retrataram, por meio da Arte Naif, a vida interiorana de nosso país, como Militão dos Santos, Rosân-gela Borges, Rodrigues Lessa, Lourdes de Deus, San Bertini e Volpi. Con� ra as fotos!

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