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SÃO PEDRO DA ALDEIA

SÃO PEDRO DA ALDEIA - tce.rj.gov.br Socioeconômico... · Fernanda Barreto Pedrosa . 3 SÃO PEDRO DA ALDEIA APRESENTAÇÃO Em período marcado pela seca, que sinaliza dificuldades

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SÃO PEDRO DA ALDEIA

Conselho Deliberativo Presidente Jonas Lopes de Carvalho Junior Vice-Presidente Aluisio Gama de Souza Conselheiros José Gomes Graciosa Marco Antonio Barbosa de Alencar José Maurício de Lima Nolasco Julio Lambertson Rabello Aloysio Neves Guedes Procurador-Geral do Ministério Público Especial Horácio Machado Medeiros Secretário-Geral de Controle Externo Carlos Roberto de Freitas Leal Secretário-Geral de Planejamento José Roberto Pereira Monteiro Secretário-Geral de Administração Marcelo Alves Martins Pinheiro Secretária-Geral das Sessões Gardênia de Andrade Costa Procurador-Geral Sérgio Cavalieri Filho Chefe de Gabinete da Presidência Ana Helena Bogado Serrão Diretora-Geral da Escola de Contas e Gestão Paula Alexandra Nazareth Coordenadora-Geral de Comunicação Social, Imprensa e Editoração Fernanda Barreto Pedrosa

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SÃO PEDRO DA ALDEIA

APRESENTAÇÃO

Em período marcado pela seca, que sinaliza dificuldades no abastecimento de água, traz prejuízos ao agronegócio e ameaça outras consequências funestas, o zelo pela sustentabilidade se impõe ao administrador público. Edições recentes dos Estudos Socioeconômicos trouxeram capítulos especiais sobre mudança do clima e vulnerabilidade dos municípios a desastres naturais. Este ano, na nossa décima quarta edição, abordamos o tema no capítulo II, em uma seção consolidada que abrange planejamento urbano, saneamento básico, destinação de resíduos sólidos, conformação de aglomerados subnormais e distribuição de ICMS ecológico.

O capítulo III apresenta as diretrizes e metas do novo Plano Nacional de Educação, com vigência de 10 anos a partir de sua publicação, ocorrida em junho de 2014. Traz ainda os resultados do Ideb 2013, apontando saudável melhoria no desempenho da rede pública do estado, que alcançou o quarto lugar no ranking nacional, em trajetória que passou pela penúltima posição em 2009.

O capítulo especial desta edição é dedicado à cultura, dimensão da vida humana que dá significado ao mundo por nós compartilhado. O Plano Nacional de Cultura, instituído em 2010, abarca “práticas, serviços e bens artísticos e culturais determinantes para o exercício da cidadania, a expressão simbólica e o desenvolvimento socioeconômico”. A rica cultura fluminense extrapola os limites da cidade do Rio de Janeiro – amplamente reconhecida pela sua centralidade desde o tempo em que era a capital do país – e alcança a Região Metropolitana e o interior. São exemplos as pastorinhas de Santo Antônio de Pádua, a cavalhada de Campos, o mineiro pau de Miracema, o boi pintadinho de Italva, o caxambu de Porciúncula, o calango de Vassouras, o maracatu de Resende. Em várias partes do estado, agentes locais formam cineclubes e coletivos de artes cênicas, visuais e literários. Há festivais de teatro, música e literatura.

Esses são alguns destaques de um trabalho com o qual o Tribunal de Contas pretende alcançar um amplo público interno e externo à instituição. Os Estudos Socioeconômicos oferecem aos gestores, legisladores, técnicos, pesquisadores e leitores interessados no universo fluminense informações sobre demografia, educação, saúde, trabalho e renda, economia, finanças e meio ambiente, entre outros temas. Todas as edições dos Estudos Socioeconômicos, publicados desde 2001, podem ser consultadas no endereço http://www.tce.rj.gov.br.

SECRETARIA-GERAL DE PLANEJAMENTO

Dezembro de 2014

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SÃO PEDRO DA ALDEIA

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................................................... 3

SUMÁRIO ............................................................................................................................ 4

I - HISTÓRICO .................................................................................................................... 7

II - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ............................................................................ 8

Aspectos demográficos ................................................................................................. 9

Sustentabilidade ........................................................................................................... 11

Planejamento urbano ................................................................................................ 11

Saneamento básico ................................................................................................... 12

Resíduos sólidos ....................................................................................................... 13

Aglomerados subnormais ......................................................................................... 13

ICMS ecológico .......................................................................................................... 14

Administração municipal .............................................................................................. 15

Governo eletrônico ....................................................................................................... 16

Resultados da pesquisa ........................................................................................... 18

III - INDICADORES SOCIAIS ............................................................................................ 24

Índice de Desenvolvimento Humano .......................................................................... 24

IDHM ............................................................................................................................... 24

Educação .......................................................................................................................... 27

Resultados de comparativos e exames internacionais e nacionais ........................ 31

Education for All – EFA Global Monitoring Report ................................................. 31

Pisa – Programme for International Student Assessment ..................................... 31

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb ........................................ 33

Exame Nacional do Ensino Médio – Enem .............................................................. 35

Educação no Estado do Rio de Janeiro ..................................................................... 36

Quadro da educação no RJ ...................................................................................... 37

Educação no município ............................................................................................... 39

Saúde ............................................................................................................................. 46

Pacto pela Saúde ....................................................................................................... 46

Transição do Pacto pela Saúde ao Coap ................................................................. 47

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Atenção básica da saúde .......................................................................................... 48

Desempenho do SUS ................................................................................................ 52

Saúde no município ................................................................................................... 54

Tema de maior significância ..................................................................................... 56

Mercado de Trabalho .................................................................................................... 57

IV - INDICADORES ECONÔMICOS ................................................................................. 60

Introdução ..................................................................................................................... 60

PIB mundial ................................................................................................................... 61

Panorama econômico .................................................................................................. 62

Inflação ....................................................................................................................... 64

Investimento .............................................................................................................. 64

Produção industrial .................................................................................................. 64

Serviços ..................................................................................................................... 65

Desempenho da economia estadual em 2012 ............................................................ 65

Agricultura, pecuária e pesca ................................................................................... 66

Indústria...................................................................................................................... 66

Serviços ...................................................................................................................... 66

Estimativas para 2013 .................................................................................................. 66

Evolução setorial .......................................................................................................... 72

PIB regional e dos municípios de 2007 a 2012 .......................................................... 74

V - INDICADORES FINANCEIROS ................................................................................... 82

1. Indicador de equilíbrio orçamentário em 2013 ................................................. 86

2. Indicador do comprometimento da receita corrente com a máquina

administrativa em 2013 ............................................................................................. 86

3. Indicador de autonomia financeira em 2013 ..................................................... 87

4. Indicador do esforço tributário próprio em 2013 .............................................. 88

5. Indicador da dependência de transferências de recursos em 2013 ............... 90

6. Indicador da carga tributária per capita em 2013 ............................................. 92

7. Indicador das despesas correntes per capita em 2013 .................................... 93

8. Indicador dos investimentos per capita em 2013 ............................................. 93

9. Indicador do grau de investimento em 2013 ..................................................... 94

10. Indicador da liquidez corrente em 2013 .......................................................... 95

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SÃO PEDRO DA ALDEIA

VI - MAPA DA CULTURA FLUMINENSE ......................................................................... 96

Introdução ..................................................................................................................... 96

Instituições culturais .................................................................................................... 96

Plano Nacional de Cultura – PNC ............................................................................. 97

Política cultural no estado do Rio de Janeiro ............................................................ 97

Projeto Mapa de Cultura ............................................................................................... 99

Patrimônio material ................................................................................................... 99

Agenda ...................................................................................................................... 100

Espaços culturais .................................................................................................... 100

Destaques ................................................................................................................. 102

VII - CONCLUSÃO .......................................................................................................... 103

Tabela A - Receitas totais e per capita de 2013, com indicadores ...................... 105

Tabela B - Despesas totais e per capita de 2013 .................................................. 107

Tabela C - Carga tributária per capita em 2013 – total e rubricas ....................... 109

Tabela D – Despesa corrente per capita e comprometimento em 2013 ............. 111

Tabela E - Investimento per capita e grau de investimento em 2013 .................. 113

Tabela F - Royalties e dependência de transferências em 2013 ......................... 115

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................... 117

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SÃO PEDRO DA ALDEIA

I - HISTÓRICO 1

A colonização das terras do atual município de São Pedro da Aldeia teve início com a catequese de grupos indígenas realizada pelos missionários da Companhia de Jesus. Em 1617, após concessão de uma sesmaria, os jesuítas fundaram a aldeia de São Pedro, construindo uma capela que se tornou o marco da colonização dessa área.

Os poucos habitantes da região se dedicavam à pesca e à exploração das salinas naturais da lagoa, enquanto os donos de terras, especialmente jesuítas e beneditinos, estabeleceram fazendas de gado em Bacaxá, Paraty, São Matheus, Búzios e Macaé. Escravos africanos e índios trabalhavam nessas fazendas, dedicando-se à agricultura, pesca, caça e coleta de subsistência. Entre 1650 e 1660, houve grande desabastecimento do sal português no Brasil. Essa crise chamou a atenção metropolitana para a cristalização natural do produto na lagoa de Araruama. A pesca também foi de grande importância nesse período. Em Arraial do Cabo, florescia a pesca de arrasto e foi constituída a vila de Nossa Senhora dos Remédios. Na Armação dos Búzios, entre 1720 e 1770, caçavam-se baleias e manufaturava-se o óleo.

O desenvolvimento da aldeia determinou sua elevação à categoria de freguesia em 1795, recebendo a denominação de São Pedro da Aldeia. A localidade manteve essa hierarquia durante um século, em razão da supremacia mantida pela cidade de Cabo Frio. A abolição dos escravos trouxe mudança de suas atividades agrícolas para a pesca. Essa adaptação rápida motivou a independência político-administrativa, tendo sido desmembrado de Cabo Frio em 1890, pelo Decreto nº 118, de 10 de setembro daquele ano, como município de Sapiatiba, e elevado à categoria de vila, também Sapiatiba, com instalação em 1º de fevereiro de 1893.

Durante meses, no ano de 1892, o município foi reanexado a Cabo Frio, mas recuperou sua autonomia, por último sob o nome de São Pedro da Aldeia. A vila somente adquiriu jurisdição de cidade em 1929.

Até pouco mais da metade do século XX, o parque salineiro de Araruama dominou a produção econômica regional. O auge do desenvolvimento ocorreu na década de 60, com a instalação de duas grandes usinas de beneficiamento de sal em Cabo Frio e com a construção do complexo industrial da Cia. Nacional de Álcalis, em Arraial do Cabo.

A atual área urbana de São Pedro formou-se a partir da ocupação do centro, bem como da península de Ponta Grossa, primitivamente ocupada por pescadores e pequenos agricultores, ali se encontrando importante patrimônio histórico arquitetônico decorrente da primeira fase de sua ocupação. Com a criação da Base Aeronaval de São Pedro da Aldeia, em 1961, a estrutura urbana passa a sofrer alterações com os loteamentos de veraneio que, a partir do núcleo habitacional da base, desdobram-se pela RJ-106 em direção a Iguaba Grande e Cabo Frio, com os quais tende a conurbar-se.

1 - Fontes: Estudos para o Planejamento Municipal – Secplan/Fiderj – 1978; Abreu, A., “Municípios e Topônimos Fluminenses – Histórico e Memória”, Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 1994; e sítio www.saopedrodaaldeia.com.br.

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II - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

São Pedro da Aldeia pertence à Região das Baixadas Litorâneas, que também abrange os municípios de Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Rio das Ostras, Saquarema e Silva Jardim

2.

O município tem um único distrito-sede, ocupando uma área total

3 de 332,8

quilômetros quadrados, correspondentes a 9,1% da área da Região das Baixadas Litorâneas. Os limites municipais, no sentido horário, são: Araruama, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Iguaba Grande.

A RJ-106 é a via de acesso ao município, chegando a Iguaba Grande, a oeste, e a Tamoios, distrito de Cabo Frio, ao norte. A RJ-140 segue rumo leste para a sede de Cabo Frio. Em leito natural, a mesma segue rumo noroeste para São Vicente de Paulo, distrito ao norte de Araruama, onde conecta a RJ-138 rumo a Silva Jardim.

As imagens a seguir apresentam o mapa do município e uma perspectiva de satélite capturada do programa Google Earth, em julho de 2010.

2 - A Lei Complementar 158, de 26 de dezembro de 2013, transferiu Cachoeiras de Macacu e Rio Bonito da Região das Baixadas Litorâneas para a Região Metropolitana. 3 - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

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Fonte: DER-RJ (2006)

São Pedro da Aldeia, em conurbação com Iguaba Grande a oeste e Cabo Frio a leste, apresentando parte do complexo lagunar e a Base Aeronaval na parte superior da imagem, a 7,7 km de altitude.

Aspectos demográficos

Em 2010, de acordo com o censo 4, São Pedro da Aldeia tinha uma população de

87.875 habitantes, correspondente a 10,8% do contingente da Região das Baixadas Litorâneas, com uma proporção de 97,7 homens para cada 100 mulheres. A densidade demográfica era de 264 habitantes por km², contra 160,4 habitantes por km² de sua região. A taxa de urbanização correspondia a 93% da população. Em comparação com a década anterior, a população do município aumentou 39%, o 13º maior crescimento no estado.

4 - IBGE - Censo 2010.

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A distribuição da população fluminense em 2010 dava-se conforme o gráfico a seguir:

Gráfico 1: Distribuição da população – Regiões Administrativas – 2010

RM sem a capital

34,5%

Capital

39,5%

Região Noroeste

Fluminense

2,0%

Região Centro-Sul

Fluminense

1,7%

Região da Costa Verde

1,5%

Região do Médio Paraíba

5,3%

Região das Baixadas

Litorâneas

5,1%

Região Serrana

5,0%Região Norte Fluminense

5,3%

A comparação entre as pirâmides etárias construídas pelos censos 2000 e 2010

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revela mudanças no perfil demográfico municipal, com estreitamento na base e alargamento no meio da figura:

Gráfico 2: Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade, conforme os censos 2000 e 2010

Censo 2000 Censo 2010

Segundo o levantamento, o município possuía 42.712 domicílios 6, dos quais 22%

eram de uso ocasional, demonstrando o forte perfil turístico local.

5 - IBGE. 6 - IBGE - Censo 2010.

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A população de São Pedro da Aldeia, em 2013 7, era de 93.659 pessoas. O

município tinha um contingente de 57.835 eleitores 8, correspondente a 62% do total da

população. Contava seis agências de correios 9, cinco agências bancárias

10 e oito

estabelecimentos hoteleiros 11

.

Sustentabilidade

A sustentabilidade ambiental é um dos oito objetivos do Pacto do Milênio (ODM), uma agenda global estratégica, com participação do Brasil, em prol de um desenvolvimento econômico inclusivo e sustentável que erradique a fome e elimine a extrema pobreza.

Conforme o pacto, para alcançar a sustentabilidade os países têm que atingir quatro metas

12, sendo duas referentes ao acesso à água potável e ao saneamento

básico e melhoria das condições de vida da população urbana. As outras duas dizem respeito à proteção dos recursos ambientais e da biodiversidade. Relacionam-se a ações e políticas de preservação da cobertura vegetal, controle de desmatamentos ilegais e mitigação das mudanças do clima.

Planejamento urbano

A Pesquisa de Informações Básicas Municipais, conhecida como PIBM ou Munic, é apurada pelo IBGE na totalidade dos municípios do país. Trata-se de pesquisa institucional e de registros administrativos da gestão pública municipal, e se insere entre as demais pesquisas sociais e estudos empíricos dedicados à escala municipal.

A primeira edição apresentava dados de 1999. Em 2014, foi divulgada a décima-primeira edição, com dados de 2013, organizada em sete capítulos em que são destacados aspectos relevantes da gestão e da estrutura dos municípios a partir dos seguintes eixos: perfil dos gestores municipais, recursos humanos das administrações municipais, legislação e instrumentos de planejamento, saúde, meio ambiente, política de gênero – temas já investigados em anos anteriores – além de gestão de riscos e resposta a desastres, este inédito até então.

A Munic elenca os instrumentos de política urbana existentes no município voltados para prevenção, redução e gestão de riscos e desastres

13, discriminados no

Estatuto da Cidade que, junto com o Plano Diretor, tem por meta regular o uso e ocupação do solo urbano, como se evidencia na tabela a seguir.

7 - Estimativa encaminhada pelo IBGE ao Tribunal de Contas da União em julho de 2013. 8 - Tribunal Superior Eleitoral - julho de 2013. 9 - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - 2014 (inclui agências comunitárias). 10 - Banco Central - 2014. 11 - Ministério do Trabalho e Emprego - Rais 2010. 12 - Relatório de Acompanhamento e Monitoramento dos ODM. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos. 2014. 13 - Segundo dados do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil – Sinpdec, em 2013, no estado do Rio de Janeiro, houve 12 registros de acidentes motivadores de situações de emergência. Foram atingidos 11 municípios das regiões Metropolitana, Serrana, Médio Paraíba e Costa Verde.

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Tabela 1: Instrumentos de planejamento urbano – 2013

O município dispõe de lei/plano

Plano Diretor (a)

Plano Diretor (b)

Lei de Uso e Ocupação do Solo (a)

Lei de Uso e Ocupação do Solo (b)

Lei específica (a)

Lei específica (b)

Plano Municipal de Redução de Riscos X

Carta geotécnica de aptidão à urbanização

Plano de Saneamento básico (c) X

Plano de Saneamento básico (d) X

Plano de Saneamento básico (e) X

Plano de Saneamento básico (f) X

Nota: O plano/lei contempla: (a) prevenção de enchentes ou inundações graduais, ou enxurradas ou inundações bruscas; (b) prevenção de escorregamentos ou deslizamentos de encostas; (c) serviço de abastecimento de água; (d) serviço de esgotamento sanitário; (e) serviço de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; (f) serviço de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas

A pesquisa aponta que o município dispõe de mapeamento de áreas com risco de eventos como enchentes, inundações, enxurradas, escorregamentos e deslizamentos.

Segundo a Munic, existe legislação sobre zona e/ou área de interesse social para assentamentos habitacionais de população de baixa renda, como parte integrante do Plano Diretor municipal

14, porém o município não dispõe de programas habitacionais

para realocação da população residente em áreas de risco.

Saneamento básico

A edição dos Estudos Socioeconômicos de 2012 compara dados dos censos 2000 e 2010, concluindo que houve redução geral do saneamento inadequado no estado, com exceção de Itatiaia, onde esse percentual manteve-se inalterado, e em Aperibé, onde aumentou.

No entanto, quando se trata de regiões rurais, diminui o percentual de domicílios com saneamento adequado

15. A dificuldade e o alto custo da coleta do lixo

fazem com que a opção de queimá-lo seja a mais adotada pelos moradores, sendo essa variável a principal responsável pela inadequação do saneamento em domicílios rurais do país.

14 - Lei Complementar nº 40, de 03/02/2005. 15 - O IBGE considera adequado o saneamento de domicílios com ligação à rede geral de esgoto, rede pluvial ou fossa séptica, abastecimento de água da rede geral e coleta regular de lixo. Nesse sentido, cabe observar que o censo não registra se o esgo to coletado é tratado, nem se o tratamento, quando ocorre, é de tipo primário, secundário ou terciário.

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Em 2010, conforme o censo, São Pedro da Aldeia contava com 27.743 domicílios permanentes. Em 26.246 a coleta de lixo era feita diretamente por serviço de limpeza, e em 411 através de caçamba de serviço de limpeza. Em 1.092 domicílios, o lixo era queimado, enterrado ou jogado em terreno baldio, entre outras possibilidades inadequadas.

O abastecimento de água era feito adequadamente, através da rede geral de distribuição, em 24.293 domicílios. Formas inadequadas, como a utilização de poço ou nascente dentro ou fora da propriedade, ou o armazenamento de água da chuva, eram utilizadas em 3.450 domicílios.

O esgotamento sanitário adequado distribuía-se entre a rede geral de esgoto ou pluvial (em 12.765 domicílios) e fossa séptica (em 9.807 domicílios). Outros 5.064 utilizavam formas inadequadas como fossa rudimentar, rio, lago ou mar e valas. Não dispunham de banheiro ou sanitário 107 domicílios.

Resíduos sólidos

O TCE-RJ realizou inspeções nos municípios com o objetivo de verificar as condições de organização e funcionamento dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos no que se refere ao planejamento e organização da gestão, coleta de resíduos sólidos (urbanos e de serviços de saúde) e sua destinação final. O resultado obtido no município, conforme publicado na Vitrine de Auditorias do portal do TCE-RJ na internet

16, é como segue:

Tabela 2: Coleta e destinação dos resíduos sólidos – Município – 2011/2012

RSU resíduos sólidos urbanos; RSS resíduos sólidos de saúde; RCC resíduos da construção civil

Aglomerados subnormais

O Censo 2010 ofereceu um quadro atualizado a respeito dos aglomerados subnormais, definidos como os conjuntos constituídos de, no mínimo, 51 unidades habitacionais (barracos, casas etc.), carentes, em sua maioria, de serviços públicos essenciais, ocupando ou tendo ocupado, até período recente, terreno de propriedade

16 - http://www.tce.rj.gov.br/.

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alheia (pública ou particular) e estando dispostas, em geral, de forma desordenada e densa

17.

Em 2010, o estado do Rio de Janeiro tinha 1.322 aglomerados subnormais, distribuídos em 42 municípios, contendo 617 mil domicílios ocupados e totalizando uma população de 2 milhões de habitantes – a maior parte (1,7 milhão) na Região Metropolitana. No interior, a situação mais grave ocorria em Angra dos Reis, Mangaratiba, Teresópolis, Arraial do Cabo e Cabo Frio, que têm 20% ou mais de seus domicílios ocupados situados em aglomerados subnormais. Em Angra dos Reis, o índice chegava a 35,5%.

Conforme o IBGE, em 2010, São Pedro da Aldeia contava com 1.069 domicílios particulares ocupados em seis aglomerados subnormais, onde viviam 3.572 pessoas.

Considerando-se 1.068 domicílios permanentes, em 1.015 a coleta de lixo era feita diretamente por serviço de limpeza, e em 46 através de caçamba de serviço de limpeza. Em sete domicílios, o lixo era queimado, enterrado ou jogado em terreno baldio, entre outras possibilidades inadequadas.

A energia elétrica, em 912 domicílios, era fornecida por companhia distribuidora, com medidor de uso exclusivo do domicílio. Em 152 domicílios, a energia era fornecida de forma inadequada. Não existia energia elétrica em quatro domicílios.

O abastecimento de água era feito adequadamente, através da rede geral de distribuição, em 1.041 domicílios. Formas inadequadas, como a utilização de poço ou nascente dentro ou fora da propriedade, ou o armazenamento de água da chuva, eram utilizadas em 27 domicílios.

O esgotamento sanitário adequado distribuía-se entre a rede geral de esgoto ou pluvial (em 737 domicílios) e fossa séptica (174 domicílios). Outros 152 utilizavam formas inadequadas como fossa rudimentar, rio, lago ou mar e valas. Não dispunham de banheiro ou sanitário cinco domicílios.

ICMS ecológico

Por força constitucional, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é dividido na proporção de 75% para o estado e 25% para os municípios onde foi gerado. A Constituição estabelece que o estado pode legislar sobre a distribuição de até um quarto destes 25%, criando, por exemplo, critérios ambientais como os que fundamentam o chamado ICMS verde ou ICMS ecológico.

No estado do Rio de Janeiro, o ICMS ecológico existe desde 2009 18

. Estão habilitados ao recebimento deste recurso os municípios que implementaram um sistema municipal de meio ambiente composto, no mínimo, por Conselho Municipal do Meio Ambiente, Fundo Municipal do Meio Ambiente, órgão administrativo executor da política ambiental municipal e guarda municipal ambiental.

17 - Um aglomerado pode se enquadrar nas seguintes categorias: invasão, loteamento irregular ou clandestino, e áreas invadidas e loteamentos irregulares e clandestinos regularizados em período recente.

18 - Instituído pela Lei estadual 5.100, de 4/10/2007, e regulamentado pelos Decretos 41.844 (4/05/2009), 43.284 (10/11/2011), 43.700 (31/07/2012) e 44.252 (17/06/2013).

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O gráfico a seguir 19

evidencia as parcelas que compõem o Índice Final de Conservação Ambiental – IFCA, base para o cálculo de distribuição do ICMS ecológico. São seis os subíndices utilizados: relativo a tratamento de esgoto (IrTE), à destinação final de resíduos sólidos urbanos (IrDL), à remediação de vazadouros (IrRV), aos mananciais de abastecimento (IrMA), bem como à existência e efetiva implantação de áreas protegidas (IrAP), com um percentual específico destinado às áreas criadas pelos municípios (IrAPM).

Gráfico 3: Estimativa de repasse do ICMS ecológico ao município - 2009-2013

Fonte: Secretaria de Estado do Ambiente

Administração municipal

A Munic 2013, apurada pelo IBGE, aponta a seguinte evolução do quadro de pessoal de São Pedro da Aldeia.

Gráfico 4: Evolução do número de funcionários do município – 1999-2013

19 - Tabela de distribuição do ICMS ecológico no estado do Rio de Janeiro 2009 a 2013, disponível no endereço http://www.rj.gov.br/web/sea/exibeconteudo?article-id=164974.

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O vínculo empregatício dos servidores e funcionários apresentou o seguinte comportamento:

Gráfico 5: Total de funcionários da administração direta por vínculo empregatício – 1999-2013

A pesquisa realizada pelo IBGE aponta o crescimento do quadro de pessoal da administração municipal.

Em São Pedro da Aldeia, até 2011, havia pequenos contingentes – de três a cinco funcionários – na administração indireta.

Governo eletrônico

Nos dias atuais, a internet ostenta colocação destacada para qualquer atividade social. O uso de tecnologias de informação e comunicação na administração pública possibilita simplificar e otimizar os processos administrativos e eliminar formalidades e exigências burocráticas que oneram o cidadão e os próprios cofres públicos. Seu uso propicia agilidade e transparência, eficiência e flexibilidade.

Para garantir o acesso a serviços e informações, o desenvolvimento do governo eletrônico passa por três estágios diferentes. O primeiro consiste na criação de sítios para difusão de informações sobre os mais diversos órgãos e departamentos dos vários níveis de governo. Eventualmente, esses sítios são caracterizados como portal oficial

informativo.

Num segundo estágio, estes sítios passam também a receber informações e dados por parte dos cidadãos, empresas e outros órgãos. O usuário pode, por exemplo, utilizar a internet para declarar seu imposto de renda, informar uma mudança de endereço, fazer

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reclamações e sugestões a diversas repartições ou, ainda, efetuar o cadastro online de sua empresa. Nesse âmbito, o sítio governamental passa a ter uma finalidade maior do

que a meramente informativa, tornando-se interativo.

Na terceira etapa de implantação do e-government, as transações se tornam mais

complexas e o sítio assume um caráter transacional. Nesse estágio, são possíveis trocas de valores que podem ser quantificáveis, como pagamentos de contas e impostos, matrículas na rede pública ou em educação à distância, marcação de consultas médicas, compra de materiais etc. Em outras palavras, além da troca de informações, interações ocorrem e serviços anteriormente prestados por um conjunto de funcionários passam a ser realizados diretamente pela internet.

Essas modificações tornam-se ainda mais complexas num quarto estágio de implantação do e-government, quando é desenvolvido um tipo de portal que é uma plataforma de convergência de todos os serviços prestados pelos governos. Os serviços são disponibilizados por funções ou temas, sem seguir a divisão real do Estado em ministérios, secretarias estaduais, municipais, entidades etc. Assim, ao lidar com o governo, cidadãos e empresas não precisam mais se dirigir a inúmeros órgãos diferentes. Em um único portal e com uma única senha, qualificada como assinatura eletrônica (certificação digital), é possível resolver tudo o que precisam. Para tal, a integração entre os diferentes órgãos prestadores de informações e serviços é imprescindível, ou seja, esses devem realizar trocas de suas respectivas bases de dados numa velocidade capaz de garantir o atendimento ao cidadão. Esse recurso exige informações de uma série de órgãos que, interligados por uma infraestrutura avançada, conseguem atender à demanda do cidadão “em tempo real”. Nesse último estágio, ainda fora da realidade dos municípios do Rio de Janeiro, o sítio é qualificado

como integrativo.

Este tópico tem por objetivo analisar e avaliar o conteúdo dos sítios oficiais por meio de pesquisa realizada entre maio e a primeira semana de julho de 2014. Para efeito dos resultados da pesquisa, não foram considerados os municípios em que os sítios que não existiam, estavam em construção, em reformulação, manutenção ou com mensagem de erro, nem a capital. Alguns municípios, apesar de estarem em processo de reformulação do sítio oficial, optaram por manter o acesso a alguns serviços. Nesses casos, os serviços mantidos foram registrados.

Os principais problemas encontrados, mais uma vez, foram sítios com navegação deficiente, links inativos ou com mensagem de erro, ícones inoperantes

20 e dificuldade

em localizar informações ou serviços. Alguns desses, apesar de constarem na página, não estão disponíveis, e um grande número de informações se apresenta defasado, às vezes por margem de até uma década.

Deve-se destacar que, em 2002, havia 42 municípios fluminenses na web. Edições anteriores deste Estudo vêm acompanhando e avaliando, desde 2006, o nível de abrangência do conteúdo e dos serviços dos sítios municipais. Em 2014, de acordo

20 - É possível que algumas falhas tenham sido solucionadas pelos sítios municipais, dada a dinâmica da internet. Sítios que não estavam operacionais podem se tornar acessíveis de um dia para o outro. O contrário também é verdadeiro: informações e serviços que estavam disponíveis nos portais, subitamente, tornam-se inacessíveis.

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SÃO PEDRO DA ALDEIA

com o levantamento efetuado, dos 91 municípios objetivados, 87 mantinham sítios ativos

21 na internet.

Resultados da pesquisa

Na sequência, é apresentado o desempenho do conjunto do estado e das diversas regiões administrativas para, em seguida, fazer-se um comparativo do município ante os demais de sua região.

Para classificação das categorias, denominadas estágios informativo, interativo e transacional, foi considerado bom o desempenho do sítio que obteve aproveitamento superior a 70% dos quesitos; regular, na faixa descendente até 50%; sofrível, até 30%; e insuficiente, quando abaixo desse último. O sítio de cada prefeitura foi avaliado de acordo com a quantidade de temas disponíveis em relação ao total dos quesitos da categoria.

No conjunto das regiões, os serviços informativos continuam predominando, com uma performance regular. Já a oferta de serviços interativos permanece insuficiente. Em relação a esse estágio, Volta Redonda, Angra dos Reis e Petrópolis apresentaram bom desempenho. Oito municípios – Rio das Ostras, Niterói, Barra Mansa, Macaé, São Gonçalo, Barra do Piraí, Paraty e São Pedro da Aldeia – mantêm sítios de qualidade regular. Os demais tiveram desempenho insuficiente ou sofrível nos serviços interativos oferecidos.

Na primeira semana de julho de 2014, quando foi concluída a pesquisa, eram 69 as municipalidades a oferecer alguma transação em seus sítios, mostrando evolução significativa em relação a 2013, quando 60 prefeituras disponibilizavam na internet esse tipo de serviço. Registre-se que, em 2010, esse número não passava de 27. O aumento da oferta deve-se, sobretudo, à adoção da Nota Fiscal Eletrônica, presente em 97% dos sítios que pontuaram nesse estágio.

Há um longo caminho a ser percorrido: apesar de websites interativos e transacionais estarem disponíveis no mercado para todo tipo de comércio, com segurança e privacidade, a integração dos sistemas das bases de dados é tarefa complexa. Mais fácil e rapidamente se executa – e se mantém – um sítio com informações confiáveis e atualizadas, oferecendo um leque mínimo de opções para o “cliente” internauta: uma pessoa, um grupo de pessoas, uma organização, todas as organizações existentes na localidade e ainda as que para ali poderão migrar, qualquer um em qualquer lugar.

No estágio informativo da pesquisa, são definidos 19 temas autoexplicativos. Todas as 87 prefeituras analisadas apresentaram algum resultado nessa categoria, mas seu conjunto somente atingiu 51% de aproveitamento no total de serviços elencados, imputando classificação regular ao grupo. Novamente, houve piora da qualidade da informação das páginas municipais, com redução de dois pontos percentuais em relação ao ano anterior.

21 - A capital não faz parte do escopo dos Estudos. No período de realização da pesquisa, pelos motivos já citados, não foi possível avaliar os sítios oficiais de Aperibé, Belford Roxo, Carmo e Varre-Sai. Apesar das reformulações em curso, houve registro de serviços nos sítios de Areal e Cambuci.

19

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Tabela 3: Rendimento dos sítios municipais – Estágio Informativo – Regiões – 2014

Região Administrativa Centro-Sul

Fluminense

Costa

Verde

Baixadas

Litorâneas

Médio

Paraíba Metropolitana

Noroeste

Fluminense

Norte

Fluminense Serrana Totais

Quantidade de sítios

pesquisados /

total de municípios da região

10/10 3/3 10/10 12/12 19/20 11/13 9/9 13/14 87/91

História do Município 90% 67% 100% 92% 74% 73% 100% 100% 87%

Geografia 60% 67% 80% 58% 42% 55% 67% 85% 64%

Economia 10% 33% 10% 58% 37% 27% 67% 46% 36%

Finanças Públicas 90% 100% 90% 83% 79% 82% 56% 85% 83%

Cultura e Entretenimento 60% 100% 80% 58% 32% 27% 89% 69% 64%

Saúde 30% 67% 80% 58% 53% 27% 56% 46% 52%

Educação 20% 67% 70% 75% 58% 18% 44% 38% 49%

Meio Ambiente 10% 33% 40% 50% 26% 9% 22% 23% 27%

Infraestrutura 0% 33% 30% 42% 11% 0% 33% 8% 20%

Tributação 20% 67% 70% 75% 68% 9% 33% 62% 51%

Legislação 60% 67% 100% 92% 63% 73% 67% 100% 78%

Notícias 80% 100% 100% 100% 100% 73% 100% 85% 92%

Turismo 70% 100% 90% 83% 42% 27% 89% 62% 70%

Estrutura Administrativa 90% 100% 90% 92% 100% 73% 100% 100% 93%

Investimentos 0% 0% 10% 42% 11% 0% 44% 8% 14%

Políticas Públicas 0% 33% 20% 25% 0% 0% 22% 15% 14%

Trabalho e emprego 10% 67% 50% 50% 37% 9% 33% 15% 34%

Trânsito 0% 67% 40% 50% 5% 9% 44% 46% 33%

Plano Diretor 20% 33% 60% 50% 26% 27% 44% 46% 38%

Totais 38% 63% 64% 65% 45% 33% 58% 55%

Como se vê na tabela comparativa das regiões do estado, o Médio Paraíba retornou à liderança do estágio informativo, com 65% de atendimento dos quesitos. Com resultado ainda regular, seguem-se as Baixadas Litorâneas, com 64%, a Costa Verde, com 63%, o Norte Fluminense, com 58%, e a Região Serrana, com 55%. Já no conceito de sofrível, a Região Metropolitana caiu para 45%, assim como o Centro-Sul, que ficou em 38%. O Noroeste Fluminense segue com o menor percentual entre as regiões, de 33%.

Informações sobre a Estrutura Administrativa do município estão presentes em 81 dos 87 sítios avaliados, revelando-se como o conteúdo predominante. Na sequência, os temas mais frequentes são Notícias, História do Município e Finanças Públicas. O menos encontrado é Políticas Públicas, uma vez que somente 10 municípios desenvolvem satisfatoriamente esse item, que se refere à exposição sistemática dos esforços para atender às necessidades dos cidadãos.

Ainda com referência aos serviços informativos, como no ano anterior, os mesmos cinco municípios atenderam a 100% dos quesitos: Macaé, Petrópolis, Resende, Rio das Ostras e Volta Redonda. Outros 11, espalhados por diversas regiões, mantiveram o bom desempenho. Por outro lado, nas Regiões Centro-Sul e Noroeste Fluminense, mais uma vez, nenhum sítio alcançou índice igual ou superior a 70%.

No estágio interativo, foram definidos 18 temas, também autoexplicativos. Com performance insuficiente em cinco das oito regiões do estado, permanece o desafio de se obter algum formulário ou realizar um cadastro simples nos sítios oficiais. Houve melhora em alguns percentuais. A Costa Verde recuperou os 54% de aproveitamento que tinha antes de cair para 35%, em 2013. O Médio Paraíba subiu de 36% para 3%. A Região das Baixadas Litorâneas foi de 28% para 33%. Ganharam um ponto percentual a Região

20

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Metropolitana, que passou de 26% para 27%, e o Noroeste Fluminense, de 15% para 16%. A Região Serrana manteve os 24% do ano anterior. E duas regiões recuaram nesse estágio: o Centro-Sul e o Norte Fluminense, de 22% para 19% e 17%, respectivamente.

Tabela 4: Rendimento dos sítios municipais – Estágio Interativo – Regiões – 2014

Região Administrativa Centro-Sul

Fluminense

Costa

Verde

Baixadas

Litorâneas

Médio

Paraíba Metropolitana

Noroeste

Fluminense

Norte

Fluminense Serrana Totais

Quantidade de sítios

pesquisados /

total de municípios da região

10/10 3/3 10/10 12/12 19/20 10/13 9/9 13/14 86/91

IPTU 40% 100% 90% 83% 84% 40% 33% 46% 65%

ISS 60% 100% 90% 83% 79% 50% 44% 54% 70%

ITBI 10% 67% 40% 8% 5% 0% 11% 8% 19%

Simples 10% 0% 0% 25% 5% 10% 0% 0% 6%

Processos 40% 100% 60% 75% 42% 30% 22% 23% 49%

Saúde 0% 33% 10% 17% 0% 0% 0% 0% 8%

Educação 0% 67% 30% 25% 21% 0% 11% 8% 20%

Habitação 0% 0% 0% 17% 16% 0% 0% 0% 4%

Iluminação Pública 0% 0% 10% 8% 0% 0% 0% 8% 3%

Água e Esgoto 0% 67% 10% 17% 0% 0% 0% 0% 12%

Transportes 0% 67% 20% 8% 5% 0% 11% 15% 16%

Obras e Meio Ambiente 10% 33% 20% 33% 16% 0% 0% 15% 16%

Vigilância Sanitária 0% 33% 0% 8% 5% 0% 0% 8% 7%

Concursos 30% 33% 70% 42% 74% 30% 22% 77% 47%

Licitações 20% 67% 10% 75% 16% 30% 0% 46% 33%

Cadastro de Fornecedores 20% 33% 10% 25% 26% 10% 44% 23% 24%

Balcão de Empregos 20% 67% 20% 25% 5% 0% 11% 15% 20%

Ouvidoria 80% 100% 100% 100% 95% 80% 100% 92% 93%

Totais 19% 54% 33% 38% 27% 16% 17% 24%

Predomina o serviço de Ouvidoria, presente em 93% dos sítios pesquisados. Outros serviços preferencialmente disponibilizados referem-se aos principais tributos municipais – ISS e IPTU – seguidos de Processos administrativos e Concursos. Por outro lado, serviços interativos de Saúde, Habitação, Iluminação Pública, Água e Esgoto, Transportes e Vigilância Sanitária, além de tributação Simples, são oferecidos por menos de dez municípios em seus sítios oficiais. Volta Redonda, com 100%, Angra dos Reis, com 83%, e Petrópolis, com 72%, foram os únicos municípios a apresentar bom rendimento nesse estágio.

Em relação aos 37 quesitos resultantes da soma do estágio informativo e do interativo, o município que se destaca é Volta Redonda, com 100% de aproveitamento. Foram identificados sete sítios com aproveitamento superior a 70% – pela ordem, além de Volta Redonda, contam-se Petrópolis, Angra dos Reis, Rio das Ostras, Macaé, Barra Mansa e São Gonçalo. Outros 15 municípios – Barra do Piraí, Piraí, Resende, Cantagalo, Niterói, Armação dos Búzios, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Paraty, Casimiro de Abreu, Itatiaia, Magé, Maricá e Nova Friburgo – ficaram na faixa de 50% a 69%; 38 sítios não atingiram 50%, enquanto 27 nem chegaram a 30%.

Em todos os estágios, há forte variância intrarregional, o que será objeto da análise a seguir.

A Região das Baixadas Litorâneas avançou da 5ª para a 2ª colocação no estágio informativo, permanecendo na 3ª posição no ranking de serviços interativos. Todos os municípios tiveram seus sítios avaliados.

21

SÃO PEDRO DA ALDEIA

O sítio oficial de Rio das Ostras está completo no estágio informativo. Armação dos Búzios e Cabo Frio também apresentaram bom desempenho, com 84% e 74% de aproveitamento, respectivamente. Há cinco municípios em situação regular: Araruama, Casimiro de Abreu, São Pedro da Aldeia e Saquarema, com 63%, seguidos de Arraial do Cabo, com 53%. Iguaba Grande, com 47%, teve resultado sofrível, seguido pelo insuficiente sítio de Silva Jardim, com 26%.

Tabela 5: Rendimento dos sítios municipais – Estágio Informativo – Região das Baixadas Litorâneas – 2014

Municípios

Ara

ruam

a

Arm

ação d

os B

úzio

s

Arr

aia

l do C

abo

Cabo F

rio

Casim

iro d

e A

bre

u

Iguaba G

rande

Rio

das O

str

as

São P

edro

da A

ldeia

Saquare

ma

Silv

a J

ard

im

Baixadas

Litorâneas

Data da visita ao sítio

oficial 19/5 20/5 20/5 23/5 26/5 29/5 16/6 26/6 27/6 27/6

História do Município 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 100%

Geografia 1 1 1 1 1

1 1 1 80%

Economia 1

10%

Finanças Públicas 1 1 1 1 1 1 1 1 1 90%

Cultura e Entretenimento 1 1 1 1 1

1 1 1 80%

Saúde 1 1 1 1 1

1 1 1 80%

Educação 1 1

1 1

1 1 1 70%

Meio Ambiente 1

1 1

1

40%

Infraestrutra 1 1

1

30%

Tributação 1 1 1

1 1 1 1

70%

Legislação 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 100%

Notícias 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 100%

Turismo 1 1 1 1 1 1 1 1 1 90%

Estrutura Administrativa 1 1

1 1 1 1 1 1 1 90%

Investimentos 1

10%

Políticas Públicas 1

1

20%

Trabalho e Emprego 1 1

1 1 1 50%

Trânsito 1 1

1

1 40%

Plano Diretor 1 1 1 1 1 1 60%

Percentual 63% 84% 53% 74% 63% 47% 100% 63% 63% 26%

Quanto ao estágio interativo, os resultados se assemelham aos anos anteriores: todos os municípios pontuaram, mas nenhum apresentou bom desempenho. Três quesitos – Habitação e Vigilância Sanitária, além de tributação Simples – não foram atendidos por nenhum portal.

Nesse estágio, Rio das Ostras mantém a 1ª colocação, com aproveitamento de 67%. Ainda com desempenho regular, São Pedro da Aldeia ocupa a 2ª colocação, com 50%. Casimiro de Abreu pontuou sofríveis 39%, seguido de Armação dos Búzios e Cabo Frio, com 33%. Os demais municípios apresentaram desempenho insuficiente: Arraial do Cabo, Iguaba Grande, Saquarema e Silva Jardim empataram em 22%, enquanto Araruama ficou com 17%.

22

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Tabela 6: Rendimento dos sítios municipais – Estágio Interativo – Região das Baixadas Litorâneas – 2014

Municípios

Ara

ruam

a

Arm

ação d

os B

úzio

s

Arr

aia

l do C

abo

Cabo F

rio

Casim

iro d

e A

bre

u

Iguaba G

rande

Rio

das O

str

as

São P

edro

da A

ldeia

Saquare

ma

Silv

a J

ard

im Baixadas

Litorâneas

Data da visita ao sítio

oficial 19/5 20/5 20/5 23/5 26/5 29/5 16/6 26/6 27/6 27/6

IPTU 1 1

1 1 1 1 1 1 1 90%

ISS 1

1 1 1 1 1 1 1 1 90%

ITBI 1 1

1 1

40%

Simples 0%

Processos 1

1 1

1 1 1

60%

Saúde 1

10%

Educação 1

1

1

30%

Habitação 0%

Iluminação Pública 1

10%

Água e Esgoto 1

10%

Transportes 1

1

20%

Obras e Meio Ambiente 1 1

20%

Vigilância Sanitária 0%

Concursos 1

1 1 1 1 1

1 70%

Licitações 1

10%

Cadastro de Fornecedores 1

10%

Balcão de Empregos 1

1

20%

Ouvidoria 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 100%

Percentual 17% 33% 22% 33% 39% 22% 67% 50% 22% 22%

Para o estágio transacional, a pesquisa testou se os sítios municipais possibilitam a realização de cinco tipos de transações diferentes. Dos 87 municípios analisados, 69 apresentaram algum serviço transacional, correspondendo a 79% do total, um aumento de cinco pontos percentuais em relação ao ano anterior. Confirmando o avanço nesse estágio, três em cada quatro prefeituras fluminenses já são capazes de disponibilizar alguma transação via web.

A Nota Fiscal Eletrônica estava disponível em 67 sítios oficiais, um aumento expressivo em relação aos 53 municípios verificados no ano anterior. Consulta Prévia/Alvará Provisório esteve presente em 33 municípios. Na sequência, aparecem Emissão de Certidão Negativa de Débito, com 21 incidências, e Licitação e Pregão, com oito registros. O serviço de Educação/Matrícula Online foi oferecido em apenas quatro municípios.

No estágio transacional, a Região das Baixadas Litorâneas caiu para a 3ª posição, com 36% de aproveitamento. O sítio de Rio das Ostras disponibilizou quatro serviços. Cabo Frio, três. Araruama, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia apresentaram dois serviços. O grupo formado por Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Casimiro de Abreu,

23

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Saquarema e Silva Jardim, um serviço. O item Licitação e Pregão não foi registrado em nenhum sítio da região.

Tabela 7: Rendimento dos sítios municipais – Estágio Transacional – Região das Baixadas Litorâneas – 2014

Municípios

Consulta P

révia

/Alv

ará

Pro

vis

ório

Lic

itação e

Pre

gão

Nota

Fis

cal E

letr

ônic

a

Educação/M

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Em

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e D

ébito

Baixadas

Litorâneas

Data

da

vis

ita a

o s

ítio

ofi

cia

l

Araruama 1

1

40% 19/5

Armação dos Búzios 1

20% 20/5

Arraial do Cabo 1

20% 20/5

Cabo Frio 1

1

1 60% 23/5

Casimiro de Abreu 1

20% 26/5

Iguaba Grande 1

1 40% 29/5

Rio das Ostras 1

1 1 1 80% 16/6

São Pedro da Aldeia 1

1

40% 26/6

Saquarema 1

20% 27/6

Silva Jardim 1

20% 27/6

Percentual 40% 0% 100% 10% 30%

Ainda sobre a Região das Baixadas Litorâneas, no sítio de Arraial do Cabo, as informações disponíveis sobre Finanças Públicas referiam-se ao exercício de 2009. Em Cabo Frio, no portal da Transparência, não existe movimento registrado nos anos de 2012, 2013 e 2014. O portal da transparência de Araruama não funcionava, assim como o serviço de “marcação de consultas” de Arraial.

Enfatizamos que o principal objetivo do governo eletrônico é promover o acesso à informação e à prestação de serviços públicos através dos websites oficiais. Essa pesquisa tem por finalidade acompanhar o grau de participação das prefeituras do estado do Rio de Janeiro nesse processo de desburocratização eletrônica. Resta evidente que o uso dessa ferramenta é uma providência importante e irreversível no mundo moderno.

24

SÃO PEDRO DA ALDEIA

III - INDICADORES SOCIAIS

Índice de Desenvolvimento Humano

O IDH foi criado pelas Nações Unidas para medir o desenvolvimento dos países a partir de três indicadores: educação, longevidade e renda. O primeiro é uma combinação da média dos anos de estudo da população adulta com os anos de estudo esperados da população jovem, o segundo é medido pela expectativa de vida da população ao nascer e o terceiro é dado pela renda média nacional per capita medida em dólar-PPC (paridade do poder de compra).

Com um IDH de 0,744, o Brasil melhorou uma posição em relação a 2012 no ranking de países

22, aparecendo, em 2013, em 79º entre os 187 países e territórios

reconhecidos pela ONU. Este IDH é superior ao IDH médio da América Latina e do Caribe (0,740) e ao IDH calculado para os países de Alto Desenvolvimento Humano (0,735), grupo do qual o Brasil faz parte. Das 102 nações que compõem os grupos de Muito Alto e Alto Desenvolvimento Humano, apenas 18 apresentaram melhora no ranking em relação ao ano anterior, dentre as quais o Brasil.

Numa perspectiva de longo prazo, o IDH do Brasil acumulou crescimento de 36,4% entre 1980 e 2013, o que representa um aumento anual médio de 0,95% no índice. Este foi o melhor desempenho entre os países da América Latina e do Caribe no período. Isso significa que, nestas três décadas, os brasileiros ganharam 11,2 anos de expectativa de vida, viram a renda aumentar em 55,9% enquanto, na educação, a expectativa de anos de estudo para uma criança que entra para o ensino em idade escolar cresceu 53,5% (5,3 anos) e a média de anos de estudo de adultos com 25 anos ou mais subiu quase 176,9% (4,6 anos).

IDHM

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM é calculado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – Pnud, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea e pela Fundação João Pinheiro (de Minas Gerais) com uma série de ajustes para se adaptar à realidade brasileira. O resultado divulgado em 2013, baseado nas informações do Censo 2010, está publicado com o nome de Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 (http://atlasbrasil.org.br/2013/). Para possibilitar a comparação com os resultados do IDHM de 1991 e 2000, estes foram recalculados conforme as adaptações metodológicas introduzidas na versão atual.

O IDHM varia de zero a um e classifica os resultados em cinco faixas de

desenvolvimento: muito baixo (de 0,000 a 0,499), baixo (de 0,500 a 0,599), médio (de

0,600 a 0,699), alto (de 0,700 a 0,799) e muito alto (de 0,800 a 1,000). Portanto, quanto mais próximo de um, maior é o desenvolvimento humano apurado. Em vinte anos, o IDHM brasileiro apresentou um crescimento de 47,5%, passando da classificação de muito baixo (0,493 em 1991) para alto desenvolvimento humano (0,727 em 2010). Educação é o subíndice que apresenta o valor mais baixo (0,637 em 2010), seguido de renda (0,739) e longevidade (0,816), este com valor considerado muito alto pela classificação proposta.

22 - http://www.pnud.org.br.

25

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Gráfico 6: Evolução do IDHM – Brasil – 1991-2010

0,493

0,647 0,662

0,279

0,612

0,692

0,727

0,456

0,727 0,739

0,816

0,637

0

0

0

0

0

1

1

1

1

1

1

IDHM IDHM Renda IDHM Longevidade IDHM Educação

1991 2000 2010

Avanços também ocorreram no IDHM estadual, com os índices do Rio de Janeiro caminhando de 0,573 em 1991 para 0,761 em 2010, conforme ilustra a figura a seguir.

Gráfico 7: Evolução do IDHM – Estado do Rio de Janeiro – 1991-2010

Nesse período, a renda evoluiu de 0,696 para 0,782, a longevidade foi de 0,690 para 0,835 e a educação passou de 0,392 até 0,675. No ranking dos estados, o Rio de Janeiro ocupa a quarta posição, atrás do Distrito Federal (0,824), de São Paulo (0,783) e de Santa Catarina (0,774).

Desenvolvimento local

O IDHM de São Pedro da Aldeia era de 0,712 em 2010. O município está situado na faixa de desenvolvimento humano alto (IDHM entre 0,700 e 0,799). Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi educação (com crescimento de 0,189), seguida por longevidade e por renda. Entre 1991 e 2000, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi educação (com crescimento de 0,173), seguida por renda e por longevidade.

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Tabela 8: IDHM – Município – 1991-2010

IDHM e componentes 1991 2000 2010

Índice 0,476 0,598 0,712

Educação 0,264 0,437 0,626

% de 18 anos ou mais com ensino fundamental completo 28,55 38,15 57,81

% de 5 a 6 anos frequentando a escola 42,00 77,31 96,32

% de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental

34,77 54,16 79,34

% de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo 13,55 34,59 47,88

% de 18 a 20 anos com ensino médio completo 11,10 20,62 37,04

Longevidade 0,700 0,733 0,801

Esperança de vida ao nascer (em anos) 67,02 68,98 73,03

Renda 0,585 0,669 0,721

Renda per capita (em R$) 304,76 513,35 710,04

Evolução

São Pedro da Aldeia teve um incremento no seu IDHM de 49,58% nas últimas duas décadas, acima das médias de crescimento nacional (47,46%) e estadual (32,81%). O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 45,04% entre 1991 e 2010.

São Pedro da Aldeia ocupa a 1.546ª posição em relação aos 5.565 municípios do Brasil, ou seja, 1.545 (27,76%) municípios estão em situação melhor e 4.020 (72,24%) municípios estão em situação igual ou pior. Em relação aos 91 outros municípios do Rio de Janeiro, São Pedro da Aldeia ocupa a 47ª posição, ou seja, 46 (50,00%) municípios estão em situação melhor e 46 (50,00%) municípios estão em situação pior ou igual.

Tabela 9: Ranking do IDHM – Municípios do estado do Rio de Janeiro

1º - Niterói 0,837 23º - Natividade 0,730 47º - São Pedro da Aldeia 0,712 70º - Areal 0,684

2º - Rio de Janeiro 0,799 23º - Itaperuna 0,730 47º - Conc. de Macabu 0,712 70º - Belford Roxo 0,684

3º - Rio das Ostras 0,773 26º - Barra Mansa 0,729 49º - Duque de Caxias 0,711 72º - Rio Claro 0,683

4º - Volta Redonda 0,771 26º - Cordeiro 0,729 50º - Rio Bonito 0,710 73º - Rio das Flores 0,680

5º - Resende 0,768 28º - Armação dos Búzios 0,728 51º - Saquarema 0,709 73º - Queimados 0,680

6º - Maricá 0,765 29º - Casimiro de Abreu 0,726 51º - Cantagalo 0,709 75º - Sapucaia 0,675

7º - Macaé 0,764 30º - Três Rios 0,725 51º - Magé 0,709 76 - Paty do Alferes 0,671

8º - Iguaba Grande 0,761 31º - Angra dos Reis 0,724 54º - Piraí 0,708 76º - São João da Barra 0,671

9º - Mangaratiba 0,753 32º - Engo. Paulo de Frontin 0,722 55º - Quissamã 0,704 78º - Laje do Muriaé 0,668

9º - Nilópolis 0,753 33º - Paracambi 0,720 56º - Macuco 0,703 78º - Santa M. Madalena 0,668

11º - Petrópolis 0,745 34º - São João de Meriti 0,719 57º - Paraíba do Sul 0,702 80º - Trajano de Morais 0,667

11º - Nova Friburgo 0,745 35º - Santo Ant. de Pádua 0,718 58º - Cachoeiras de Macacu 0,700 81º - Bom Jardim 0,660

11º - Miguel Pereira 0,745 35º - Araruama 0,718 59º - Guapimirim 0,698 81º - São J. V. R. Preto 0,660

14º - São Gonçalo 0,739 37º - Campos dos Goytacazes 0,716 60º - Porciúncula 0,697 83º - Duas Barras 0,659

15º - Valença 0,738 38º - Itaguaí 0,715 61º - Carmo 0,696 83º - Japeri 0,659

16º - Mesquita 0,737 38º - Pinheiral 0,715 62º - Itaboraí 0,693 83º - Varre-Sai 0,659

16º - Itatiaia 0,737 40º - Vassouras 0,714 62º - Paraty 0,693 86º - Tanguá 0,654

18º - Mendes 0,736 41º - Porto Real 0,713 64º - Aperibé 0,602 86º - Silva Jardim 0,654

19º - Cabo Frio 0,735 41º - Miracema 0,713 65º - Cambuci 0,691 88º - São José de Ubá 0,652

20º - Barra do Piraí 0,733 41º - Nova Iguaçu 0,713 65º - São Fidélis 0,691 89º - Cardoso Moreira 0,648

20º - Arraial do Cabo 0,733 41º - Carapebus 0,713 67º - Quatis 0,690 90º - São Seb. do Alto 0,646

22º - Bom J. do Itabapoana 0,732 41º - Itaocara 0,713 68º - Italva 0,688 91º - São F. Itabapoana 0,639

23º - Teresópolis 0,730 41º - Seropédica 0,713 69º - Com.Levy Gasparian 0,685 92º - Sumidouro 0,611

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Educação

O quadro educacional é constante objeto de preocupação de gestores e analistas de políticas públicas. Com efeito, conforme examinado nas páginas anteriores, a educação é a ponta fraca do tripé, que puxa para baixo os índices de desenvolvimento humano em nível nacional, estadual e municipal, quando comparada às variáveis longevidade e renda.

Em nível nacional, foi aprovado o novo Plano Nacional de Educação – PNE, através da Lei 13.005, de 25 de junho de 2014, com vigência de 10 anos a partir de sua publicação, ocorrida no dia seguinte, no Diário Oficial da União.

Conforme o art. 2º da lei, um conjunto de 10 diretrizes orienta a execução do PNE:

I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar;

III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;

IV - melhoria da qualidade da educação;

V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;

VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;

VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do país;

VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;

IX - valorização dos (as) profissionais da educação;

X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.

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Um anexo estabelece 20 metas a serem atingidas durante o prazo de vigência do plano.

Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até 3 anos até o final da vigência do PNE;

Meta 2: universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda a população de 6 a 14 anos e garantir que pelo menos 95% dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência do PNE;

Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até o final do período de vigência do PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%;

Meta 4: universalizar, para a população de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados;

Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do terceiro ano do Ensino Fundamental;

Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos (as) alunos (as) da educação básica;

Meta 7: fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica:

IDEB 2015 2017 2019 2021

Anos iniciais do ensino fundamental 5,2 5,5 5,7 6,0

Anos finais do ensino fundamental 4,7 5,0 5,2 5,5

Ensino médio 4,3 4,7 5,0 5,2

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Meta 8: elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 anos de estudo no último ano de vigência do plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados ao IBGE;

Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência do PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional;

Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de Educação de Jovens e Adultos – EJA, nos ensinos Fundamental e Médio, na forma integrada à educação profissional;

Meta 11: triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% da expansão no segmento público;

Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% das novas matrículas, no segmento público;

Meta 13: elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75%, sendo, do total, no mínimo, 35% doutores;

Meta 14: elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores;

Meta 15: garantir, em regime de colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, no prazo de um ano de vigência do PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam;

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Meta 16: formar, em nível de pós-graduação, 50% dos professores da educação básica, até o último ano de vigência do PNE, e garantir a todos (as) os (as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino;

Meta 17: valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência do PNE;

Meta 18: assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os (as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos (as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal;

Meta 19: assegurar condições, no prazo de dois anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto;

Meta 20: ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do PIB do país no quinto ano de vigência da lei e, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB ao final do decênio.

Para alcançar as metas estipuladas no PNE, serão empregadas 254 estratégias, também definidas no anexo da Lei 13.005. De acordo com o art. 5

o, a execução do

plano e o cumprimento das metas serão objeto de monitoramento contínuo e de avaliações periódicas, a serem realizados pelo Ministério da Educação, pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, pelo Conselho Nacional de Educação e pelo Fórum Nacional de Educação.

Em nível estadual, a regulamentação da educação é feita pela Lei Estadual nº 5.597, de 18 de dezembro de 2009, que estabeleceu o Plano Estadual de Educação, conforme publicado nos Estudos Socioeconômicos de 2010. Também naquele ano, a Secretaria de Estado de Educação – Seeduc anunciou um plano estratégico com a meta de situar a rede de escolas estaduais do Rio de Janeiro entre as cinco melhores no ranking do Ensino Médio estabelecido pelo Ideb, resultado que foi alcançado com a obtenção do

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quarto lugar em 2013 – em 2009, estava em penúltimo. O assunto será abordado mais adiante neste capítulo.

Os principais indicadores da área educacional serão apresentados nas páginas a seguir.

Resultados de comparativos e exames internacionais e nacionais

A divulgação de estatísticas internacionais é apresentada antes dos resultados nacionais para se obter uma perspectiva da situação do país em relação ao resto do mundo. Posteriormente, são focados os indicadores do estado e do próprio município em estudo.

Education for All – EFA Global Monitoring Report

No Fórum de Educação Mundial de 2000, realizado em Dakar, no Senegal, 164 países se comprometeram a tomar seis medidas para melhorar o ensino em suas escolas até 2015: garantir o acesso aos cuidados e à educação para a primeira infância; garantir a educação primária universal; criar oportunidades aprimoradas de aprendizado para jovens e adultos; gerar um aumento de 50% em taxas de alfabetização de adultos; promover a igualdade de gênero; e melhorar todos os aspectos da qualidade da educação. Esse compromisso foi ratificado quando da Declaração da ONU de 2002, que definiu os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, abordados na edição de 2005 deste Estudo Socioeconômico.

No Relatório de Monitoramento Global de 2011, feito pela Unesco 23

com base em dados de 2008 gerados pelos próprios países, o Brasil permanece como no ano anterior: na 88ª colocação no Índice de Desenvolvimento do “Educação para Todos” (Education for All – EFA), abaixo daquela referente a 2006. No Relatório de 2012, o Brasil é citado quando se analisa temas relativos a juventude, trabalho e habilidades mas, dos dados referentes ao EFA 2010

24, o país não consta dentre os 120 países

reportados. Da mesma forma, no Relatório de 2013/2014, sobre base de dados de 2011, o Brasil novamente não consta entre os 115 países ranqueados.

Esse índice se baseia em indicadores das quatro medidas que podem ser mais facilmente mensuradas: educação primária universal, alfabetização de adultos, qualidade (utilizando como indicador a taxa de permanência dos alunos até a 5ª série) e paridade de gênero.

Pisa – Programme for International Student Assessment

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE vem buscando melhorar os indicadores internacionais de desempenho educacional. Para tanto, uma de suas iniciativas é o Pisa: uma avaliação internacional padronizada para

23 - Para maiores informações, consulte http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/HQ/ED/pdf/gmr2011-efa-development-index.pdf, acesso em 02.09.2011. 24 - Mais informações podem ser obtidas nos endereços http://unesdoc.unesco.org/images/0021/002180/218003e.pdf e http://www.orealc.cl/informe-ept-2012/?lang=en. Acesso em 10.01.2013.

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estudantes de 15 anos de idade que vem sendo realizada a cada três anos, começando em 2000 e repetindo-se em 2003, 2006, 2009 e 2012. Uma mostra expressiva de estudantes, entre os quais cerca de 20 mil brasileiros, foi submetida aos testes, que medem o desempenho dos alunos nas áreas de leitura, matemática e ciências.

A edição de 2012 do Pisa, cujos resultados foram divulgados no final de 2013 25

, reuniu 65 participantes, incluindo algumas economias que não podem ser consideradas países, como Hong Kong, Macau, Shangai e Taiwan. Em 2012, ingressaram Chipre, Costa Rica, Emirados Árabes Unidos, Malásia e Vietnam, enquanto Azerbaijão, Dubai (EAU), Panamá, Quirguistão e Trinidad e Tobago, que estiveram no Pisa 2009, desta vez não se inscreveram.

O Brasil, mesmo não sendo membro da OCDE, participou de todos os exames do Pisa, sob a coordenação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep. Os desempenhos alcançados pelo país foram sofríveis, como apresentado em edições anteriores deste Estudo. Ainda assim, desde 2003, o Brasil foi o país com maior avanço em matemática, foco da avaliação em 2012. Nesse período, a média de desempenho dos estudantes brasileiros saltou de 356 para 391, um aumento de 35 pontos.

Apesar da melhoria, 67,1% dos alunos do país ainda estão abaixo da linha básica de proficiência em matemática, segundo o Pisa 2012. No ranking da matéria, o país ocupa a 58ª posição, duas posições a menos que em 2009, e mais de 100 pontos abaixo da média dos países da OCDE, que foi de 494 pontos. O Brasil ficou atrás de países latino-americanos como Chile, México, Uruguai e Costa Rica e à frente de Argentina, Colômbia e Peru. Os outros países piores que o Brasil são Tunísia, Jordânia, Qatar e Indonésia.

A cada edição do Pisa, uma das três áreas do conhecimento recebe enfoque especial, mas as outras duas também são incluídas entre as questões aplicadas. O desempenho do Brasil está evidenciado na tabela a seguir:

Tabela 10: Evolução do Brasil no Pisa (pontuação e posição no ranking)

Brasil 2000 2003 2006 2009 2012

Matemática 334 356 370 386 (57ª) 391 (58ª)

Leitura 396 403 393 412 (53ª) 410 (55ª)

Ciências 375 390 390 405 (53ª) 405 (59ª)

Média geral 368 383 384 401 402

Fonte: OCDE e Inep/MEC

Em leitura, o desempenho dos estudantes brasileiros evoluiu de 396 pontos em

2000 para 410 pontos em 2010 – a média da OCDE, para efeito de comparação, chega a 496. Segundo os dados, nas últimas cinco edições do Pisa, o Brasil tem tido altos e baixos em leitura: em 2009, o desempenho foi de 412 pontos, mas recuou três anos depois. Pelos dados do último teste, 49,2% dos estudantes brasileiros sabem apenas o básico em leitura, como reconhecer o tema principal ou o objetivo do autor de textos

25 - Fontes consultadas: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep e http://g1.globo.com/educacao/noticia/2013/12/brasil-evolui-mas-segue-nas-ultimas-posicoes-em-ranking-de-educacao.html.

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sobre temas familiares a ele, e fazer uma conexão simples entre as informações em um texto e o conhecimento do cotidiano. Esse é o nível 2 de conhecimento no espectro da avaliação, considerado "abaixo da linha de base da proficiência". Apenas um em cada 200 alunos alcançou proficiência de nível 5 e consegue, por exemplo, compreender textos com formato e conteúdo que eles não conhecem, ou analisar textos em detalhes.

Já em ciências, o desempenho do país em 2012 foi o mesmo de 2009: 405 pontos, quase 100 pontos abaixo da média dos países da OCDE, que é de 501. Entre 2003 e 2006, o Brasil havia estagnado em 390 pontos. Na última edição, 61% dos estudantes estavam no patamar considerado de "baixo desempenho", demonstrando capacidade de apresentar apenas explicações científicas óbvias e seguir somente evidências explícitas. Só 0,3% dos alunos conseguiram demonstrar alto desempenho na área, incluindo habilidades como "identificar, explicar e aplicar conhecimento científico em uma variedade de situações complexas de vida".

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb

Há longa data o MEC implementou sistemas de avaliação de desempenho educacional. Em 2007, apresentou o primeiro Ideb, relativo a 2005. Ele é um indicador sintético de qualidade educacional que combina dois indicadores usualmente utilizados para monitorar nosso sistema de ensino: desempenho em exames padronizados e rendimento escolar (taxa média de aprovação dos estudantes na etapa de ensino). O indicador final é a pontuação no exame padronizado (Prova Brasil) ajustada pelo tempo médio, em anos, para conclusão de uma série naquela etapa de ensino. A proficiência média é padronizada para o Ideb estar entre zero e dez.

Para o conjunto do país, a proposta reiterada no Plano Nacional de Educação é que os resultados do Ideb dos anos iniciais do Ensino Fundamental passem de 3,8 em 2005 para 6,0 em 2021; de 3,5 para 5,5 nos anos finais do Ensino Fundamental; e de 3,4 para 5,2 no Ensino Médio. As metas abrangem cada dependência administrativa, com desafios para todas as redes de ensino.

No caso do estado do Rio de Janeiro, o Ideb da rede estadual dos anos iniciais do Ensino Fundamental – EF deve passar dos 3,8 de 2005 para 6,0 em 2021; de 2,9 para 4,9 nos anos finais, e de 2,8 para 4,6 no Ensino Médio. Os resultados do Ideb 2005 serviram como referência para as metas futuras, já havendo a segunda avaliação de 2007, a terceira, de 2009, a quarta, de 2011, e a quinta, de 2013, cujos resultados foram divulgados em setembro de 2014. De acordo com o Inep, o quadro geral que se observa no estado do Rio de Janeiro é o seguinte:

Tabela 11: Notas médias do Ideb – RJ – 2005 a 2013

IDEB global RJ

Anos iniciais do EF Anos finais do EF Ensino Médio

2005 2007 2009 2011 2013 2005 2007 2009 2011 2013 2005 2007 2009 2011 2013

4,3 4,4 4,7 5,1 5,2 3,6 3,8 3,8 4,2 4,3 3,3 3,2 3,3 3,7 4,0

Meta global RJ

- 4,4 4,7 5,1 5,4 - 3,6 3,8 4,1 4,5 - 3,3 3,4 3,6 3,8

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Nota-se que as metas globais do Ensino Fundamental para o conjunto das escolas do estado não foram atingidas em 2013 – nem nos anos iniciais, nem nos anos finais. No Ensino Médio, as metas não foram alcançadas em 2007 e em 2009. Os graus alcançados foram beneficiados pelas escolas privadas, apesar da queda de rendimento dessa rede em 2013. Nacionalmente, as metas, em geral, são mais ambiciosas do que aquelas estabelecidas para as escolas fluminenses, como demonstram as tabelas que se seguem:

Tabela 12: Notas médias do Ideb – rede estadual RJ – 2005 a 2013

IDEB da rede

estadual RJ

Anos Iniciais do EF Anos Finais do EF Ensino Médio

2005 2007 2009 2011 2013 2005 2007 2009 2011 2013 2005 2007 2009 2011 2013

3,7 3,8 4,0 4,3 4,7 2,9 2,9 3,1 3,2 3,6 2,8 2,8 2,8 3,2 3,6

Meta RJ - 3,8 4,1 4,5 4,8 - 2,9 3,1 3,3 3,7 - 2,8 2,9 3,1 3,3

Meta BR - 4,0 4,3 4,7 5,0 - 3,3 3,5 3,8 4,2 - 3,1 3,2 3,3 3,6

Tabela 13: Notas médias do Ideb – rede privada RJ – 2005 a 2013

IDEB da rede

privada RJ

Anos Iniciais do EF Anos Finais do EF Ensino Médio

2005 2007 2009 2011 2013 2005 2007 2009 2011 2013 2005 2007 2009 2011 2013

5,7 5,9 5,9 6,3 6,1 5,5 5,5 5,7 5,7 5,5 5,1 5,4 5,7 5,5 4,8

Meta RJ - 5,8 6,1 6,4 6,6 - 5,5 5,6 5,9 6,2 - 5,2 5,2 5,4 5,6

Meta BR - 6,0 6,3 6,6 6,8 - 5,8 6,0 6,2 6,5 - 5,6 5,7 5,8 6,0

O nível de acompanhamento dos resultados do Ideb chega às redes municipais e a todas as escolas públicas do Ensino Fundamental, uma vez que cada uma delas tem suas metas individualizadas.

Os números de 2013 indicam que, em contraponto à recuperação da rede estadual de Ensino Médio, perduram as dificuldades no Ensino Fundamental. O déficit de desempenho atinge escolas particulares e estaduais, que ficaram abaixo das metas, mas a responsabilidade recai principalmente sobre os municípios, que concentram a maior parte das matrículas nesse estágio. Embora os municípios, em geral, apresentem melhoria de desempenho (em valores absolutos) desde o inicio do processo, é cada vez menor o número daqueles que conseguem atingir as metas fixadas: em 2013, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 47 municípios fluminenses (de 91 avaliados) ficaram abaixo das metas projetadas para suas redes próprias. Registre-se que, em 2007, ao serem verificadas as primeiras metas de Ideb, havia somente 24 municípios nessa condição deficitária. Com relação aos anos finais, de 83 redes municipais avaliadas em 2013 (contra 89, no Ideb 2011), 69 não cumpriram a meta estabelecida (contra 63, na edição anterior).

Nas cinco edições do Ideb já realizadas, São Pedro da Aldeia apresentou o seguinte quadro:

35

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Tabela 14 Notas médias e variação do Ideb do Ensino Fundamental – rede municipal local – 2005 a 2013

Rede municipal

IDEB 2005

Ranking 2005

IDEB 2007

Ranking 2007

IDEB 2009

Ranking 2009

IDEB 2011

Ranking 2011

IDEB 2013

Ranking 2013

Meta IDEB 2013

Atingiu meta

de 2013?

Anos Iniciais

3,7 51º entre

88 avaliados

4,1 46º entre

91 avaliados

4,3 50º entre

91 avaliados

4,7 41º entre

91 avaliados

4,6 64º entre

91 avaliados

4.8 não

Anos Finais

3,6 32º entre

73 avaliados

3,6 42º entre

83 avaliados

3,6 48º entre

80 avaliados

- não

avaliado 3,2

71º entre 83

avaliados 4.5 não

Tabela 15: Notas médias e variação do Ideb do Ensino Fundamental – rede estadual local – 2005 a 2013

Rede estadual

IDEB 2005

Ranking 2005

IDEB 2007

Ranking 2007

IDEB 2009

Ranking 2009

IDEB 2011

Ranking 2011

IDEB 2013

Ranking 2013

Meta IDEB 2013

Atingiu meta

de 2013?

Anos Iniciais

3,2 61º entre

71 avaliados

3,6 61º entre

77 avaliados

2,5 69º entre

69 avaliados

- não

avaliado sem

média não

avaliado 4.3 NA

Anos Finais

3,3 54º entre

90 avaliados

3,0 58º entre

90 avaliados

3,2 55º entre

90 avaliados

3,2 61º entre

89 avaliados

3,6 63º entre

87 avaliados

4.2 não

Para conhecer os resultados e as metas de cada escola individualmente, inclusive para os próximos anos, deve-se acessar o sítio http://sistemasideb.inep.gov.br/resultado/.

Exame Nacional do Ensino Médio – Enem

Criado em 1998, o Enem tem o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica. O exame destina-se aos alunos que estão concluindo (concluintes) ou que já concluíram o Ensino Médio em anos anteriores (egressos). O Enem é utilizado como critério de seleção para os estudantes que pretendem concorrer a uma bolsa no Programa Universidade para Todos – Prouni. Além disso, cerca de 500 universidades já usam o resultado do exame como critério de seleção para o ingresso no Ensino Superior, seja complementando ou substituindo o vestibular.

O número de inscritos para o Enem 2014 chegou a 8.721.946, superando a expectativa do Ministério da Educação, com crescimento de 21,6% em relação ao ano anterior – foram 7,17 milhões de candidatos em 2013. Dentre os inscritos, 85% estavam na faixa etária de 15 a 29 anos. Outro aspecto destacado pelo ministério foi o acréscimo de mais de 1 milhão no número de participantes negros. Em 2014, 5.051.206 inscritos declararam-se negros (57,91% do total). Em 2013, o número foi de 4.006.415. As provas foram realizadas nos dias 8 e 9 de novembro, em todas as unidades da Federação.

Submeter-se ao exame também é pré-requisito para quem quer participar de programas de financiamento e de acesso ao ensino superior como o Fundo de Financiamento Estudantil – Fies e Ciência sem Fronteiras.

36

SÃO PEDRO DA ALDEIA

O Inep não mais divulga nota global por município ou por rede. Somente se pode conhecer os resultados de cada escola individualmente

26, acessando o sítio

http://sistemasenem2.inep.gov.br/enemMediasEscola/, desde que no mínimo 50% de seus estudantes concluintes do ensino médio regular tenham participado de todas as provas. Mas o Inep ressalva que, mesmo para as escolas com taxa igual ou maior que 50%, os participantes podem não representar o desempenho médio que a escola obteria caso todos os estudantes se submetessem ao exame, portanto, é importante observar a taxa de cada escola. Outra mudança adotada é a divulgação das médias apenas para cada área do conhecimento e para redação, não havendo mais a divulgação de uma única média por escola.

Educação no Estado do Rio de Janeiro

Em dezembro de 2009, foi aprovado o Plano Estadual de Educação – PEE/RJ, objeto da Lei Estadual nº 5.597. Os objetivos e metas que o plano estabelece para a Educação Básica estão direcionados para a ampliação e universalização do ensino nas três etapas que a compõem, com a qualidade que permita a continuidade de estudos para aqueles que optarem pela Educação Superior, bem como a inserção no mundo do trabalho em condições de igualdade com os alunos oriundos das redes privadas.

Entre as promessas trazidas pelo PEE/RJ, estavam a transparência com referência a aspectos como a destinação de recursos financeiros e materiais, o funcionamento dos Conselhos de Educação com autonomia e em bases democráticas e participativas, a organização e funcionamento das Associações de Apoio à Escola, a criação de fóruns regionais, a realização bienal do Congresso Estadual de Educação e o acompanhamento, pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do estado, do cumprimento dos objetivos e metas, nos prazos estabelecidos para revisão do plano, com a participação de diferentes atores da sociedade civil fluminense.

Em virtude do mau desempenho do estado do Rio de Janeiro no Ideb 2009, cujos resultados foram revelados em 2010, bem como dos alarmantes índices de distorção série-idade verificados na época, a Secretaria de Estado de Educação – Seeduc elaborou um plano estratégico, divulgado em janeiro de 2011, estabelecendo diversas mudanças na estrutura, no ensino e no dia a dia em sala de aula. O programa prometeu, entre outros avanços, a atualização e a valorização dos professores; a construção de novas escolas e a melhoria na infraestrutura das unidades escolares já existentes; um currículo mínimo para cada disciplina; e a realização de processo seletivo para funções estratégicas da área pedagógica.

Através de um documento chamado Relatório de Governança 2013 27

, o sítio da Seeduc apresenta uma avaliação dos resultados obtidos até 2012, tomando o Ideb como indicador central. No Ideb 2011, cujos resultados foram divulgados em 2012, a rede estadual do Rio de Janeiro subiu 11 posições no ranking do Ensino Médio em comparação com 2009, passando de 26º para 15º lugar. O índice subiu de 2,8 para 3,2, diminuindo a defasagem em relação à média nacional, que ficou estagnada em 3,4

26 - Consultado em 21/08/2013, o sítio disponibilizava somente os dados de escolas do Enem 2011. 27 - http://download.rj.gov.br/documentos/10112/912504/DLFE-61803.pdf/RELATORIODEGOVERNANCA2013web.pdf, acesso em 10/06/2014.

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SÃO PEDRO DA ALDEIA

naquele período. Como o índice da rede privada fluminense caiu 4%, houve também redução da desigualdade nesse comparativo. No Ensino Fundamental, o Ideb melhorou de 2009 para 2011 tanto nos anos iniciais como nos anos finais. Nos anos iniciais, o aumento foi de 8%, o sétimo maior entre os estados e o dobro da média do Brasil. Nos anos finais, o indicador apresentou uma evolução de 4%, um ponto percentual acima da média brasileira geral. Com relação à taxa de distorção série-idade referente ao Ensino Médio, o estado obteve uma redução de 21,4% no período entre 2007 e 2013, aproximando-se da média nacional.

O Ideb 2013 trouxe a rede estadual fluminense em 4º lugar no ranking, juntamente com Santa Catarina, Minas Gerais e Pernambuco, todos com índice 3,6. Os primeiros lugares couberam a Goiás (3,8), São Paulo (3,7) e Rio Grande do Sul (3,4). As autoridades do setor no estado comemoraram a evolução do indicador

28, que foi

atribuída, sobretudo, à instituição de avaliação bimestral dos alunos da rede, com aulas de reforço quando necessário, e a um esforço de capacitação dos profissionais de educação. Outros números extraídos do Ideb 2013 foram a diminuição da taxa de abandono escolar, que caiu de 16,5% em 2007 para 7,6% em 2013, e a redução da desigualdade entre as redes pública e privada. Enquanto o Ideb da rede pública estadual evoluiu de 2,7 para 3,6, de 2007 a 2013, a rede privada caiu de 5,7 para 4,8 no período.

Quadro da educação no RJ

Em um breve resumo sobre a situação da estrutura educacional no estado do Rio de Janeiro, com referência ao ano de 2013

29, verifica-se que:

Com relação à quantidade de escolas:

- Para o Ensino Infantil, há 4.139 estabelecimentos de creche e a rede pública é responsável por 42% deles. A pré-escola soma 6.576 estabelecimentos, 48% da rede pública;

- o Ensino Fundamental é disponibilizado em 8.104 escolas, das quais 57% são públicas;

- o Ensino Médio é encontrado em 2.193 escolas, 52% delas pertencentes à rede pública.

No que diz respeito ao corpo docente:

- Em 2013, a estrutura educacional dispunha de 211 mil professores 30

. Um total de 14.990 deles lecionava na creche e 23.073, na pré-escola. Outros 123.554 lecionavam no Ensino Fundamental, e 48.814 profissionais davam aulas no Ensino Médio.

- O corpo docente municipal representa 52% dos professores da creche e da pré-escola e 49% do Ensino Fundamental. A rede estadual permanece com 17% do corpo docente do Ensino Fundamental e 66% do Ensino Médio.

28 - http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/secretario-de-educacao-comemora-resultado-do-rio-no-ideb-13842011. 29 - Fonte: Inep/MEC. 30 - O mesmo docente pode atuar em mais de um nível/modalidade de ensino e em mais de um estabelecimento. Esse critério serve para as demais informações relativas aos quantitativos de corpo docente.

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SÃO PEDRO DA ALDEIA

Quanto à evolução das matrículas iniciais:

- A Educação Infantil disponibilizou 554 mil matrículas. Cursam a rede pública 56% do total de 209 mil alunos de creche e 57% dos 345 mil estudantes de pré-escola.

- O estado do Rio de Janeiro teve 2,2 milhões de estudantes matriculados no Ensino Fundamental. No último ano, houve recuo de 22 mil matrículas em relação a 2012. Prossegue o processo de redução da participação da rede estadual, com significativo avanço da rede particular nesse nível educacional.

Tabela 16: Distribuição de matrículas por rede no Ensino Fundamental – 2008 a 2013

Dependência

Administrativa 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Federal 0,4% 0,4% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5%

Estadual 19,4% 18,6% 17,6% 16,1% 14,0% 12,4%

Municipal 59,2% 59,2% 58,3% 57,7% 58,6% 58,6%

Particular 21,0% 21,8% 23,6% 25,7% 26,8% 28,5%

Nº total de alunos

do Ensino Fundamental 2.387.714 2.353.532 2.305.338 2.277.461 2.233.437 2.211.145

- O ano de 2013 também apresentou recuo no total de alunos matriculados no Ensino Médio em nosso estado. Nos últimos seis anos, foi expressiva a queda no total das matrículas, um contingente de quase 60 mil estudantes.

Tabela 17: Distribuição de matrículas por rede no Ensino Médio – 2008 a 2013

Dependência

Administrativa 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Federal 2,0% 2,2% 2,4% 2,4% 2,7% 2,8%

Estadual 79,9% 79,4% 76,8% 77,1% 74,9% 74,2%

Municipal 1,5% 1,3% 1,1% 1,0% 1,0% 1,0%

Particular 16,6% 17,1% 17,7% 19,5% 21,4% 22,0%

Nº total de alunos

do Ensino Médio 656.228 635.418 623.549 609.680 603.057 596.746

O gráfico a seguir, referente à evolução das matrículas, indica os picos de repetência nas antigas 1ª e 5ª séries do Ensino Fundamental, bem como da 1ª série do Ensino Médio. Por conta da adoção parcial do Sistema de Ciclos de Aprendizagem, mais conhecido como Progressão Continuada, ou de modelo híbrido de Sistemas Seriado e de Ciclos, houve uma dispersão do degrau até então existente dessas mesmas séries para as imediatamente seguintes tanto na rede estadual quanto na rede de muitos municípios.

A evasão escolar também é ilustrada com a redução continuada que se observa, de um ano para o outro, nas demais séries. Basta observar o quantitativo da 2ª série de um determinado ano e acompanhar a redução do número de matrículas que se segue a cada ano seguinte na série imediatamente superior.

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SÃO PEDRO DA ALDEIA

Gráfico 8: Total das matrículas nos Ensinos Fundamental e Médio – 2000 a 2013

A educação de jovens e adultos (EJA) presencial teve 277 mil alunos em 2013.

Os dados da Educação Superior sempre apresentam defasagem maior. Assim, em 2012, houve 530.853 estudantes matriculados e distribuídos em 2.550 cursos de graduação presenciais. Dessas matrículas, 24% foram em instituições públicas. Somem-se 68.879 inscritos em cursos de graduação à distância, 31% em instituições públicas.

Educação no município

O número total de matrículas nos ensinos infantil, fundamental e médio regulares de São Pedro da Aldeia, em 2012, foi de 20.746 alunos, tendo evoluído para 20.369 em 2013, apresentando variação de -1,8% no número de estudantes.

A seguir, apresentamos a situação nos seis últimos anos dos diversos níveis de ensino. As tabelas apresentam a evolução do número de estabelecimentos daquele segmento, de professores e matrículas iniciais, além do rateio de alunos por professor.

Ensino Infantil de São Pedro da Aldeia:

A rede municipal respondeu por 49% das matrículas na Creche em 2013. O número total de matrículas teve evolução de 60% no período de 2008 a 2013.

Tabela 18: Unidades escolares, professores, matrículas e indicadores – Creche – Total – 2008 a 2013

Ano Nº de Unidades

Nº de

professores Nº de matrículas

Rateio alunos/

professor no

município

Rateio alunos/

professor no

estado

08 17 54 651 12,1 15,8

09 21 51 635 12,5 19,6

10 11 57 295 5,2 17,5

11 25 60 806 13,4 17,2

12 11 72 883 12,3 14,5

13 30 87 1.043 12,0 13,9

40

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Na Pré-escola, a rede do município de São Pedro da Aldeia foi responsável por 69% das matrículas em 2013 e o quadro que se apresenta é o seguinte:

Tabela 10: Unidades escolares, professores, matrículas e indicadores – Pré-escola – Total – 2008 a 2013

Ano Nº de Unidades

Nº de

professores Nº de matrículas

Rateio alunos/

professor no

município

Rateio alunos/

professor no

estado

08 42 125 2.569 20,6 16,7

09 42 132 2.548 19,3 18,0

10 28 131 1.752 13,4 16,6

11 42 129 2.426 18,8 16,9

12 42 125 2.354 18,8 12,6

13 41 141 2.368 16,8 15,0

Houve variação de -8% na quantidade de alunos matriculados na Pré-escola entre 2008 e 2013.

São Pedro da Aldeia apresenta o panorama abaixo para o Ensino Fundamental:

Tabela 19: Unidades escolares, professores, matrículas e indicadores – Ensino Fundamental – Total – 2008 a 2013

Ano

Nº de Unidades Nº de

professores Nº de matrículas

Rateio alunos/

professor no

município

Rateio alunos/

professor no

estado

08 57 867 15.347 17,7 17,6

09 58 777 15.322 19,7 21,3

10 59 761 15.218 20,0 19,1

11 59 784 15.238 19,4 21,0

12 59 783 14.731 18,8 21,1

13 58 813 14.255 17,5 17,9

O número de matrículas oscilou em -7% no período.

A rede estadual de ensino teve 15% dos alunos matriculados de 2013 e o quadro que se apresenta é o seguinte:

Tabela 20: Unidades escolares, professores, matrículas e indicadores – Ensino Fundamental – Rede estadual – 2008 a 2013

Ano Nº de Unidades

Nº de

professores Nº de matrículas

Rateio alunos/

professor no

município

Rateio alunos/

professor da

rede estadual no

estado

08 9 204 2.677 13,1 16,3

09 9 180 2.912 16,2 20,2

10 9 190 2.796 14,7 16,9

11 9 182 2.799 15,4 18,3

12 8 161 2.366 14,7 16,3

13 8 178 2.185 12,3 13,1

41

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Quase dois terços dos municípios apresentaram redução na quantidade de estabelecimentos da rede estadual, cujo número de matrículas, em São Pedro da Aldeia, teve variação de -18%.

Já na rede municipal, com 62% do volume de matrículas em 2013, os dados seguem na tabela:

Tabela 21: Unidades escolares, professores, matrículas e indicadores – Ensino Fundamental – Rede municipal – 2008 a 2013

Ano Nº de Unidades

Nº de

professores Nº de matrículas

Rateio alunos/

professor no

município

Rateio alunos/

professor da

rede municipal

no estado

08 34 445 9.748 21,9 20,5

09 35 395 9.357 23,7 24,2

10 35 407 9.282 22,8 23,3

11 35 383 9.251 24,2 25,7

12 36 415 9.198 22,2 24,5

13 35 424 8.872 20,9 10,5

Houve, no período, variação de -9% no número de alunos, com melhora do rateio de alunos por professor.

O indicador de distorção de idade por série permite verificar o percentual de estudantes com idade acima do adequado para o ano em estudo. O gráfico a seguir apresenta o nível médio de distorção por série entre 2008 e 2013:

Gráfico 9: Evolução da taxa de distorção série-idade - Ensino Fundamental – Total – 2008 a 2013

Mesmo que haja uma tendência de redução de distorção série-idade, se ocorre queda desse indicador entre uma série e a seguinte no decorrer dos anos, isso representa evasão escolar. Em 2013, esse indicador por rede é apresentado a seguir.

42

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Gráfico 10: Taxa de distorção série-idade no Ensino Fundamental – Redes – 2013

Os indicadores de aprovação por rede de ensino de 2013, apresentados no gráfico a seguir, são ilustrativos do baixo rendimento da rede pública e da hegemonia de aprovação na rede particular.

Gráfico 11: Taxa de aprovação no Ensino Fundamental – Redes e total – 2013

O gráfico seguinte apresenta o número de alunos que concluíram o curso

fundamental em São Pedro da Aldeia. De um total de 533 em 1998 para 818 formandos em 2013, houve variação de 53% no período.

43

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Gráfico 12: Concluintes do Ensino Fundamental – Redes e total – 1998 a 2013

No Ensino Médio, São Pedro da Aldeia apresenta o panorama a seguir:

Tabela 22: Unidades escolares, professores, matrículas e indicadores – Ensino Médio – Total – 2008 a 2013

Ano

Nº de Unidades Nº de

professores Nº de matrículas

Rateio alunos/

professor no

município

Rateio alunos/

professor no

estado

08 10 266 3.227 12,1 13,2

09 11 237 2.966 12,5 15,8

10 11 241 2.962 12,3 12,8

11 11 252 2.948 11,7 13,9

12 11 243 2.778 11,4 13,9

13 11 265 2.703 10,2 12,0

O número de matrículas oscilou em -16% no período de 2008 a 2013, contra

redução no quadro de docentes, influenciando proporcionalmente no rateio de alunos por professor.

Especificamente da rede estadual, com 84% do volume de matrículas em 2013, o quadro que se apresenta é o seguinte:

Tabela 23: Unidades escolares, professores, matrículas e indicadores – Ensino Médio – Rede estadual – 2008 a 2013

Ano Nº de Unidades

Nº de

professores Nº de matrículas

Rateio alunos/

professor no

município

Rateio alunos/

professor da

rede estadual no

estado

08 6 207 2.799 13,5 15,1

09 7 183 2.562 14,0 18,6

10 7 192 2.542 13,2 15,1

11 7 195 2.513 12,9 16,2

12 7 186 2.316 12,5 15,1

13 7 208 2.265 10,9 13,5

44

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Houve variação de -19% na quantidade de alunos matriculados no período.

Os gráficos a seguir apresentam o nível médio de distorção por série entre 2008 e 2013 e a comparação de cada rede escolar do município no ano de 2013:

Gráfico 13: Taxa de distorção série-idade – Ensino Médio – Total – 2008 a 2013

Gráfico 14: Evolução da taxa de distorção série-idade total – Ensino Médio – Redes – 2013

O comparativo dos índices de aprovação por rede de ensino em 2013 é

apresentado no gráfico a seguir:

45

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Gráfico 15: Taxa de aprovação no Ensino Médio – Redes – 2013

O gráfico seguinte apresenta o número de alunos que concluíram o curso. Os formandos foram em número de 274 em 1998, passando para 610 em 2013, com variação de 123% nesse período de 12 anos.

Gráfico 16: Concluintes do Ensino Médio – 1998-2013

No Ensino de Jovens e Adultos, São Pedro da Aldeia teve um total de 2.055 alunos matriculados em 2013, sendo 76% na rede estadual e 24% na municipal.

O município não tinha curso de graduação no ensino superior em 2012 (último dado disponível).

46

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Saúde

A atenção à saúde obedece a uma regionalização para escalonar o nível de atendimento ao cidadão, desde os procedimentos simples e ambulatoriais até os de média a alta complexidade. Nesse sentido, foram estabelecidos centros de referência para as ações de maior complexidade. Todo o sistema segue uma programação que deve ser integrada e objeto de um contrato entre as diversas secretarias de saúde envolvidas. A regionalização é responsável por estruturar e regular esse processo de descentralização das ações e serviços de saúde.

Gráfico 17: Regionalização da saúde – Estado do RJ

A regionalização ganhou força com a adesão do estado ao Pacto pela Saúde

descrito adiante, seguido por muitos municípios no decorrer dos anos.

Pacto pela Saúde

Iniciado em 2006, o Pacto pela Saúde foi um conjunto de reformas institucionais ajustadas entre União, estados e municípios com o objetivo de promover inovações nos processos e instrumentos de gestão, visando a alcançar maior eficiência e qualidade das respostas do Sistema Único de Saúde – SUS, ao mesmo tempo em que redefiniu as responsabilidades de cada gestor. A implementação do pacto se dava pela adesão dos entes federados ao Termo de Compromisso de Gestão – TCG, que substituiu os processos de habilitação das várias formas de gestão anteriormente vigentes e

47

SÃO PEDRO DA ALDEIA

estabeleceu metas e compromissos para cada ente da federação, sendo renovado anualmente.

O pacto alterou a lógica do processo de habilitação dos entes federados, não havendo mais a divisão entre municípios ou estados “habilitados” e “não habilitados”. Todos passaram a ser gestores das ações de saúde, com atribuições definidas e metas a cumprir. A adesão dos municípios ao Pacto pela Saúde indicava a formalização da assunção das responsabilidades e atribuições da esfera municipal na condução do processo de aprimoramento e consolidação do SUS. Para todas as responsabilidades, eram estabelecidas categorizações de “realiza” e “não realiza” e, consequentemente, um plano de ação e prazo para realização daquelas ainda não realizadas. As formas de transferência dos recursos federais para estados e municípios também foram modificadas, passando a ser integradas em cinco grandes blocos de financiamento (atenção básica; média e alta complexidade da assistência; vigilância em saúde; assistência farmacêutica e gestão do SUS), substituindo, assim, as mais de cem rubricas que eram utilizadas para essas finalidades.

Conforme já examinado em edição anterior deste Estudo Socioeconômico, o Pacto pela Saúde dividia-se em Pacto pela Vida, que define as prioridades para o SUS; Pacto em Defesa do SUS, que propõe uma agenda de repolitização do SUS com a sociedade e a busca de financiamento adequado; e Pacto de Gestão, que estabelece as diretrizes e redefine as responsabilidades de gestão em função das necessidades de saúde da população e da busca de equidade social.

No Pacto pela Vida, foram enumeradas prioridades básicas que os três níveis de governo deveriam perseguir, com metas e indicadores para avaliação anual. A agenda de atividades prioritárias buscava a atenção integral à saúde do idoso; ao controle do câncer de colo de útero e de mama; à redução da mortalidade materna e infantil; ao fortalecimento da atenção básica; à promoção da saúde; e ao reforço de ações para o controle de emergências e endemias com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza.

No estado do Rio de Janeiro, 54 dos 92 municípios aderiram ao Pacto pela Saúde até 2011.

Transição do Pacto pela Saúde ao Coap

Em 25 de junho de 2011, o governo federal editou o Decreto 7.508, de regulamentação do SUS. Entre outras medidas, o decreto instituiu o Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde – Coap, definido como um acordo de colaboração com a finalidade de organizar e integrar as ações e serviços na rede regionalizada e hierarquizada, com definição de responsabilidades, indicadores e metas de saúde, critérios de avaliação de desempenho, indicação dos recursos financeiros a serem disponibilizados, forma de controle e fiscalização de sua execução e demais elementos necessários à implementação integrada das ações e serviços em uma região de saúde. Outra inovação contida no decreto foi a instituição da Relação Nacional de

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Ações e Serviços de Saúde – Renases e da Relação Nacional de Medicamentos do SUS – Rename, instrumentos que tendem a tornar mais transparente para a sociedade quais são as ações e serviços oferecidos pelo poder público no âmbito da integralidade da assistência à saúde, além dispor sobre o processo para a obtenção de medicamentos.

Em julho de 2012, o Ministério da Saúde extinguiu a exigência de adesão ao Pacto pela Saúde ou de assinatura do Termo de Compromisso de Gestão – TCG. Para fins de transição entre os processos operacionais do Pacto pela Saúde e a sistemática do Coap, ficou definido que todos os entes federados passam a assumir responsabilidades sanitárias que traduzem exatamente o conteúdo do antigo TCG. Ficou definido também que as ações para o cumprimento das responsabilidades sanitárias devem estar expressas na programação anual de saúde de cada ente federado e vinculadas às diretrizes e aos objetivos dos respectivos planos de saúde.

Atenção básica da saúde

A formulação de uma política de atenção à saúde voltada para a organização de um sistema equânime, integral e resolutivo requer o atendimento efetivo dos problemas de saúde da população e a realização de um conjunto de ações articuladas e complementares entre os diferentes níveis hierárquicos de atuação: atenção básica, média complexidade e alta complexidade.

A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais se assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinâmica existente no território em que vivem essas populações. É o contato preferencial dos usuários com os sistemas de saúde. Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social.

Com vistas à operacionalização da atenção básica, definem-se como áreas estratégicas para atuação: a eliminação da hanseníase, o controle da tuberculose, o controle da hipertensão arterial, o controle do diabetes mellitus, a eliminação da desnutrição infantil, a saúde da criança, a saúde da mulher, a saúde do idoso, a saúde bucal e a promoção da saúde.

A estratégia saúde da família – ESF, com a participação dos agentes comunitários de saúde – ACS e das equipes de saúde bucal – eSB, pretende superar o antigo modelo exclusivamente centrado na doença, passando a uma ação preventiva que deverá sempre se integrar a todo o contexto de reorganização do sistema de saúde. Conforme o Ministério da Saúde, a ESF favorece a reorientação do processo de trabalho, com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade.

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Um ponto importante é o estabelecimento de uma equipe multiprofissional (equipe de saúde da família – eSF) composta por, no mínimo: médico generalista, ou especialista em saúde da família, ou médico de família e comunidade; enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família; auxiliar ou técnico de enfermagem; e agentes comunitários de saúde. Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de saúde bucal. Existem dois tipos de equipe de saúde bucal, quais sejam: a modalidade I, composta por cirurgião-dentista generalista ou especialista em saúde da família e auxiliar em saúde bucal; e a modalidade II, que inclui um técnico em saúde bucal.

Cada equipe de saúde da família deve ser responsável por, no máximo, 4 mil pessoas, sendo a média recomendada de 3 mil pessoas, respeitando critérios de equidade para essa definição. Recomenda-se que o número de pessoas por equipe considere o grau de vulnerabilidade das famílias daquele território, sendo que, quanto maior o grau de vulnerabilidade, menor deverá ser a quantidade de pessoas por equipe. Cada agente comunitário de saúde deve ter sob sua responsabilidade uma microárea cuja população não ultrapasse 750 pessoas.

A tabela a seguir demonstra a evolução dessa política ao longo de dez anos no conjunto do estado e aponta para a dificuldade que existe em implantar essa estratégia, sempre aquém do que está credenciado pelo Ministério da Saúde e com insuficiente nível de cobertura:

Tabela 24: Evolução do Programa Saúde da Família – 2004-2013

Nº de

Municípios

com ACS

Credenciados

pelo Ministério

da Saúde

Implantados

Proporção de

cobertura

populacional

estimada

Nº de

Municípios

com eSF

Credenciadas

pelo Ministério

da Saúde

Implantadas

Proporção de

cobertura

populacional

estimada

Nº de

Municípios

com eSB

Credenciadas

pelo Ministério

da Saúde

Implantadas

Credenciadas

pelo Ministério

da Saúde

Implantadas

2004 87 13.042 7.300 27% 80 2.027 1.010 23% 32 243 168 44 24

2005 88 13.329 8.196 30% 85 2.083 1.185 27% 48 359 284 93 30

2006 89 14.197 9.046 33% 86 2.198 1.328 29% 61 493 404 108 51

2007 87 14.617 8.511 31% 85 2.237 1.302 28% 62 590 436 73 45

2008 91 14.790 9.922 35% 89 2.266 1.440 31% 67 611 510 75 54

2009 90 15.337 10.205 36% 88 2.342 1.477 31% 69 651 532 82 56

2010 91 15.544 11.334 39% 90 2.365 1.633 34% 74 911 647 198 89

2011 91 16.190 13.005 45% 90 2.408 1.880 39% 76 947 720 193 166

2012 92 18.015 14.643 50% 89 2.769 2.124 45% 77 1.377 816 429 205

2013 91 18.118 14.328 49% 90 2.773 2.160 45% 77 1.396 830 429 195

Modalidade I Modalidade IIDezembro

de cada

Ano

Agentes Comunitários de Saúde Equipe de Saúde da Família Equipe de Saúde Bucal

Até o fim de 2013, o município de Cambuci não possuía ACS e eSF implantados,

Campos dos Goytacazes não possuía nenhuma eSF implantada e 15 municípios não dispunham de eSB. Os desafios que se impõem para um melhor andamento dessa política de saúde pública vão desde a precarização dos processos de seleção e recrutamento, bem como das relações de trabalho, com baixos salários, carga horária excessiva e contratações instáveis, e passam pela falta de entrosamento e capacitação dos agentes comunitários de saúde e dos demais componentes das equipes, culminando com a demanda excessiva e com a reversão da ênfase inicialmente proposta: de preventiva e promotora da saúde para tão somente curativa.

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São Pedro da Aldeia, ao final de 2013, apresentava o seguinte quadro:

Tabela 25: Situação do Programa Saúde da Família – 2013

Agentes Comunitários de Saúde Equipe de Saúde da Família Equipe de Saúde Bucal

Modalidade I Modalidade II

Teto Credenciados

pelo Ministério

da Saúde Implantados

Proporção

de cobertura

populacional

estimada

Teto Credenciadas

pelo Ministério

da Saúde Implantadas

Proporção

de cobertura

populacional

estimada

Credenciadas

pelo Ministério

da Saúde Implantadas

Credenciadas

pelo Ministério

da Saúde Implantadas

229 120 77 48% 46 19 13 49% 12 11 0 0

Tuberculose – Ainda no âmbito da atenção básica, é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões

31. Anualmente são notificados cerca

de 6 milhões de novos casos em todo o mundo, levando mais de um milhão de pessoas a óbito. O surgimento da Aids e o aparecimento de focos de tuberculose resistente aos medicamentos agravam ainda mais esse cenário.

No Brasil, a tuberculose é sério problema de saúde pública, com profundas raízes sociais. A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem 4,6 mil mortes em decorrência da doença, causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis). O Brasil ocupa o 16º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo. Nos últimos 17 anos, a tuberculose apresentou queda de 38,7% na taxa de incidência e de 33,6% na taxa de mortalidade. Porém, ainda mata todos os anos cerca de 800 pessoas somente no estado do Rio de Janeiro, o de maior incidência no país

32. Segundo a Organização Mundial de Saúde, para considerar a

tuberculose uma doença sob controle, a taxa de incidência não deve ultrapassar cinco casos em cada 100 mil habitantes. O estado possui 72 casos para cada 100 mil.

Em 2012, no Rio de Janeiro, foram notificados 14.505 casos de tuberculose e 739 óbitos. No mesmo período, foram diagnosticados 2.440 casos de Aids, o que representa uma taxa de 15 por 100 mil habitantes. Entre 2003 e 2012, foram notificados 32.729 casos de Aids em todo o estado. A tuberculose é a principal causa de óbito entre portadores do vírus HIV: eles têm 35 vezes mais chances de ter a doença do que a população em geral.

Em maio de 2013, a Secretaria de Estado de Saúde pactuou com as secretarias municipais de saúde um plano de ação a fim de capacitar profissionais de saúde, aumentar o diagnóstico precoce e melhorar índices de cura, no caso da tuberculose, e de pacientes bem adaptados ao tratamento, no caso dos portadores de HIV. Entre as ações municipais estão o prazo de 15 dias para resultado dos exames de HIV e consultas em até sete dias para pacientes com resultado positivo da doença.

Hanseníase – Outro foco de atenção é o bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae), causador de uma doença infecto-contagiosa crônica que atinge, principalmente, as células cutâneas e dos nervos periféricos, mas tem tratamento e cura. Sem o tratamento adequado, a doença pode evoluir para graves deformações em áreas do corpo como o nariz e os dedos (dos pés ou das mãos). Uma pessoa que apresente a forma infectante da doença e que esteja sem tratamento poderá transmiti-la a outras pessoas suscetíveis com quem tenha contato direto e prolongado.

31 - Ministério da Saúde, http://portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=11045&Itemid=674. 32 - Secretaria de Estado de Saúde, http://www.rj.gov.br/web/ses/exibeconteudo?article-id=2080662.

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Apesar de o Brasil ter a situação mais desfavorável da hanseníase nas Américas e o segundo maior número de casos novos no mundo, entre 2010 e 2011 o percentual de detecção de casos novos caiu 15% no país

33. Entre menores de 15 anos, este número

baixou em 11%. A meta é que até 2015 haja menos de um caso de hanseníase para cada grupo de 10 mil habitantes. Segundo dados preliminares, a hanseníase fez 33.955 novas vítimas no país em 2011, 1.719 somente no estado do Rio de Janeiro. Esse número representa uma queda no número de casos se comparado a 2010, quando foram registrados 1.762 casos em todo o estado.

Dengue – É um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A OMS estima que 50 milhões de pessoas são infectadas anualmente em mais de 100 países de todos os continentes, exceto Europa. Não há tratamento específico para a doença, mas uma atenção médica apropriada salva com frequência a vida dos pacientes acometidos da forma mais grave – a dengue hemorrágica. No mundo, cerca de 500 mil doentes graves, em grande parte crianças, necessitam de hospitalização a cada ano, e um pequeno percentual dos afetados vem a falecer em decorrência da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. A figura a seguir ilustra as áreas de risco de transmissão da dengue entre 2000 e 2011, conforme a OMS.

Gráfico 18: Distribuição espacial da incidência de casos de dengue no mundo – 2000-2011

Fonte: Organização Mundial da Saúde

O maior surto de dengue no Brasil ocorreu em 2013, com aproximadamente 2 milhões de casos notificados. Atualmente, circulam no país os quatro sorotipos da doença. No estado do Rio de Janeiro

34, a epidemia de dengue mais grave foi

registrada em 2002, com mais de 288 mil casos notificados. Em 2008, ocorreu outro pico da doença, com quase 256 mil notificações e 252 óbitos confirmados. Após uma queda em 2009, com 12,6 mil casos notificados, os números voltaram a subir a part ir de 2010. Em 2013, até a 44ª semana epidemiológica (de 1º de janeiro até 2 de novembro), foram notificados mais de 217 mil casos suspeitos de dengue no estado, com 57 óbitos confirmados.

33 - Secretaria de Estado de Saúde, http://www.rj.gov.br/web/ses/exibeconteudo?article-id=1032256. 34 - Governo do Rio de Janeiro, http://www.riocontradengue.com.br/Site/Conteudo/PlantaoDetalhe.aspx?C=819.

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Em contraste, conforme a Secretaria de Estado de Saúde, durante 21 semanas epidemiológicas de 2014 (de 1º de janeiro até 24 de maio) foram notificados apenas 5 mil casos suspeitos de dengue no estado, com quatro óbitos confirmados: um em São Gonçalo, um em São José do Vale do Rio Preto e dois em Campos dos Goytacazes. No mesmo período do ano anterior, haviam sido notificados 178 mil casos suspeitos.

O Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (Liraa), realizado periodicamente pelos municípios do estado do Rio de Janeiro, fornece o Índice de Infestação Predial (IIP) e o Índice de Infestação em Depósitos (Índice de Breteau – IB), o que o torna importante instrumento de orientação, pois identifica áreas prioritárias para adoção de medidas e ações estratégicas de controle e combate ao mosquito. Em cada município, agentes de saúde visitam residências e outros tipos de imóveis, para inspecionar e identificar os criadouros, e ao encontrar, coletar as larvas ou pupas para análise em laboratório.

Com base nas informações recebidas, a Secretaria de Estado de Saúde configurou o seguinte cenário: dos 92 municípios, 73 (79,3%) informaram a realização do levantamento. Destes, 36 (49,2%) foram classificados como satisfatórios, 34 (46,6%) em alerta e 03 (4,1%) em risco. Neste ciclo, 19 municípios não informaram.

Gráfico 19: Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti – Junho 2014

Desempenho do SUS

O Índice de Desempenho do SUS – Idsus é um indicador elaborado pelo Ministério da Saúde que faz uma aferição do SUS quanto ao acesso e à efetividade da atenção básica, da atenção ambulatorial e hospitalar e das urgências e emergências. Pretende subsidiar ações, presentes e futuras, dos gestores municipais, estaduais e federais, a fim de melhorar a qualidade dos sistemas de serviços e a saúde dos brasileiros. O índice varia de 0 a 10, e quanto mais alto, melhor.

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SÃO PEDRO DA ALDEIA

O serviço do SUS pode ser considerado bom com nota superior a 7,00. A pesquisa, divulgada em março de 2012, atribuiu ao SUS no Brasil a nota 5,47, ficando o estado do Rio de Janeiro com 4,58 e a cidade do Rio de Janeiro com 4,33. Dentre os municípios fluminenses, o principal destaque foi Piraí, com nota 7,30.

Em função da diversidade do país, a pesquisa distribuiu 5.563 municípios brasileiros em seis grupos, conforme as semelhanças. No que diz respeito ao estado do Rio de Janeiro, a capital está no grupo 1. O mais numeroso é o grupo 3, com 43 municípios, seguido do grupo 5, com 30. Os grupos 2, 4 e 6 reúnem, respectivamente, nove, sete e dois municípios.

São Pedro da Aldeia, pertencente ao grupo 3 do Idsus, obteve o índice 5,04, como mostra a tabela a seguir.

Tabela 26: Índice de Desempenho do SUS – Grupo 3 – Março 2012

O modelo avaliativo adotado independe da existência – no município, estado ou região – da estrutura de serviços de saúde necessária à atenção integral, visto que o oferecimento de tal atenção deve ser orientado pelas diretrizes organizativas de descentralização, hierarquização e regionalização. Ou seja, nos municípios que realizam apenas a atenção básica, o desempenho do SUS é dado pela atenção básica municipal e pelas atenções especializada, ambulatorial e hospitalar regionalizada, de corresponsabilidade do gestor municipal, estadual e federal.

Os resultados do Idsus podem ser consultados na internet, em forma de gráficos e mapas, no portal do MS, endereço www.saude.gov.br/idsus.

Angra dos Reis 6,23 Nova Friburgo 4,58

Araruama 4,37 Paracambi 4,97

B. Jesus do Itabapoana 5,75 Paraíba do Sul 5,63

Barra do Piraí 4,92 Paraty 5,13

Barra Mansa 5,67 Piraí 7,30

Bom Jardim 4,78 Porciúncula 5,60

Cachoeiras de Macacu 4,04 Quissamã 5,37

Cantagalo 5,34 Resende 5,67

Carmo 5,32 Rio Bonito 4,75

Casimiro de Abreu 5,01 Rio das Ostras 4,06

Cordeiro 5,62 Santo Antônio de Pádua 4,72

Itaboraí 4,95 São Fidélis 4,17

Itaguaí 4,98 São João de Meriti 4,03

Italva 5,11 São José do V. Rio Preto 4,33

Itaocara 4,12 São Pedro da Aldeia 5,04

Itatiaia 4,85 Saquarema 4,83

Macaé 4,51 Seropédica 4,63

Mangaratiba 5,47 Teresópolis 5,20

Maricá 3,84 Três Rios 5,28

Miguel Pereira 5,47 Valença 6,78

Natividade 6,00 Vassouras 5,73

Nilópolis 3,95

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Saúde no município

Os dados a seguir 35

, coletados no sistema Datasus, referem-se à rede local e aos recursos materiais e humanos disponíveis em São Pedro da Aldeia.

Tabela 27: Estabelecimentos por tipo – Município – Maio 2014

Estabelecimentos por tipo Quantidade

Academia da saúde 0

Central de regulação 0

Central de regulação médica das urgências 0

Centro de apoio à saúde da família 0

Centro de atenção hemoterápica e/ou hematológica 0

Centro de atenção psicossocial 1

Centro de parto normal 0

Centro de saúde/unidade básica de saúde 21

Central de regulação de serviços de saúde 0

Clinica especializada/ambulatório especializado 8

Consultório 10

Cooperativa 0

Farmácia 0

Hospital especializado 0

Hospital geral 1

Hospital-dia 0

Laboratório central de saúde pública - Lacen 0

Policlínica 2

Posto de saúde 1

Pronto atendimento 1

Pronto socorro especializado 0

Pronto socorro geral 1

Secretaria de Saúde 1

Serviço de atenção domiciliar isolado (home care) 0

Unidade de atenção à saúde indígena 0

Unidade de serviço de apoio de diagnose e terapia 4

Unidade de vigilância em saúde 0

Unidade mista 0

Unidade móvel pré-hospitalar - urgência/emergência 0

Unidade móvel fluvial 0

Unidade móvel terrestre 0

Tele-saúde 0

35 - Os indicadores na área da saúde são inúmeros e podem ser encontrados no sítio http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/cadernos/rj.htm, que gera os Cadernos de Informação de Saúde, ou na Sala de Situação em Saúde (http://189.28.128.178/sage/), ambos do Ministério da Saúde, bem como nos Retratos Municipais da Sesdec, em http://www.saude.rj.gov.br/retratos/RetratosMunicipais/index.html.

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Tabela 28: Distribuição de leitos hospitalares – Município – Maio 2014

Descrição Quantidade

existente

% à

disposição

do SUS

Cirúrgico 17 76%

Clínico 8 100%

Obstétrico 16 100%

Pediátrico 8 100%

Outras especialidades 0 0%

Hospital-dia 0 0%

O Cadastro Nacional de Equipamentos de Saúde dispõe dos dados sobre os equipamentos existentes, aqueles que se encontram em uso e os que estão disponíveis para o SUS. A tabela seguinte apresenta um resumo do quadro local:

Tabela 29: Recursos Físicos – Equipamentos – Município – Maio 2014

Descrição Quantidade

existente

% à

disposição

do SUS

Audiologia 1 0%

Diagnóstico por imagem 29 38%

Infraestrutura 1 100%

Métodos ópticos 2 50%

Métodos gráficos 18 50%

Manutenção da vida 94 20%

Odontologia 104 26%

Outros 66 11%

Os recursos humanos disponíveis para a população de São Pedro da Aldeia são os seguintes:

Tabela 30: Recursos Humanos – Ocupações – Município – Maio 2014

Ocupação do profissional Quant. SUS Ocupação do profissional Quant. SUS

Assistente social 3 33% Nutricionista 2 50%

Bioquímico/Farmacêutico 8 100% Odontólogo 44 84%

Cirurgião geral 0 0% Pediatra 8 100%

Clínico geral 29 97% Psicólogo 4 50%

Enfermeiro 50 94% Psiquiatra 1 100%

Fisioterapeuta 18 83% Radiologista 1 100%

Fonoaudiólogo 1 0% Sanitarista 0 0%

Ginecologista/Obstetra 3 100% Outras especialidades médicas 6 50%

Médico de família 5 100% Outras ocup. de nível superior rel. à saúde 12 67%

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Tema de maior significância

A área de saúde foi apontada, em 2011, como tema de maior significância na programação das auditorias do TCE-RJ. O tribunal avaliou a atenção básica (Programa Saúde da Família – PSF), as centrais de regulação (que administram o fluxo de pacientes entre os postos de saúde, ambulatórios e hospitais de urgência e emergência), as unidades de pronto atendimento (UPAs) e o planejamento municipal em saúde. Após o exame da matéria, o Plenário determinou a 88 municípios que elaborem planos de ação para sanar as falhas no PSF. Os resultados do trabalho permanecem no portal do TCE-RJ.

Todos os municípios do estado, com exceção da capital, tiveram suas estratégias de saúde da família avaliadas. Cerca de 300 unidades de saúde foram visitadas. Nas 44 UPAs em funcionamento à época da auditoria – 23 sob responsabilidade somente do estado, 20 sob responsabilidade conjunta do estado e dos municípios, e uma federal – o TCE-RJ constatou que 80% dos atendimentos fugiam ao objetivo inicial, que era cobrir casos de urgência e emergência para reduzir a lotação da rede hospitalar. As UPAs apresentavam ainda problemas no processo de admissão dos profissionais, na localização, na acessibilidade dos pacientes e no cumprimento das normas técnicas.

Em seguida, o TCE-RJ analisou o planejamento em três das nove regiões de saúde do estado – Norte, Médio Paraíba e Baía da Ilha Grande – no total de 23 municípios. Desses, apenas nove tinham planejamento na área de saúde. Quanto à presença de especialistas, eles eram suficientes em 9% dos municípios, insuficientes em 52% e não existiam em 39%. A estrutura física era adequada em 17% dos jurisdicionados, razoável em 14% e inadequada nos demais.

São Fidélis, Campos e Niterói não contavam com Saúde da Família (Niterói tinha um programa semelhante). Nos outros 88 municípios, havia problemas com as equipes (admissões irregulares, não cumprimento da carga horária, baixa remuneração), na infraestrutura das unidades (má localização e má conservação, dimensões erradas das salas e consultórios, falta de equipamentos) e na assistência farmacêutica (aquisição inadequada de medicamentos, distribuição, armazenamento e entrega irregulares). Em 68 municípios não existia comissão de farmácia e terapêutica e em 73 não havia relação de medicamentos essenciais.

Em São Pedro da Aldeia, os problemas encontrados pelo TCE-RJ foram os seguintes:

Composição das Equipes de Saúde

Admissão irregular de pessoal.

Composição irregular de equipe de saúde.

Descumprimento de jornada de trabalho.

Estrutura Física e Equipamentos das Unidades de Saúde da Família

Unidades de saúde sem os ambientes obrigatórios.

Unidades de saúde com ambientes que não possuem área e/ou dimensão mínima exigida.

Unidades de saúde sem as condições de acessibilidade exigidas.

Unidades de saúde com problemas estruturais ou de má conservação.

Unidades de saúde sem os mobiliários ou equipamentos mínimos.

Ciclo da Assistência Farmacêutica

Ausência de norma municipal sobre assistência farmacêutica na atenção básica.

Seleção, programação, aquisição e armazenamento inadequados de medicamentos.

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Mercado de Trabalho

De acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais – Rais 36

, do Ministério do Trabalho, o mercado de trabalho formal brasileiro apresentou, em 2013, um crescimento da ordem de 3,14%, correspondente a 1,490 milhão de empregos adicionais, resultado superior ao verificado no ano de 2012 (mais 1,148 milhão de empregos, ou 2,48% em relação ao ano anterior). Esse número, embora positivo, ainda representa um recuo significativo, quando comparado aos registros de 2011 (mais 2,242 milhões de empregos, ou 5,09%) e 2010 (mais 2,861 milhões de empregos, ou 6,94%).

O rendimento real médio do trabalhador, tomando como referência o INPC, passou de R$ 2.195,78 em dezembro de 2012 para R$ 2.265,71 em dezembro de 2013, uma elevação de 3,18%, percentual superior ao ocorrido no período anterior, entre dezembro de 2011 e dezembro de 2012, quando foi registrada variação de 2,97%.

No estado do Rio de Janeiro, a pesquisa registrou um crescimento de 2,80% do emprego formal, decorrente da geração de 125.084 postos de trabalho, resultado superior aos 2,59% anotados em 2012. O rendimento médio do trabalhador fluminense passou de R$ 2.621,43, em dezembro de 2012, para R$ 2.671,71, em dezembro de 2013, a preços de dezembro de 2013. Tal variação representa um crescimento de 1,92%, como resultado de variações positivas nas remunerações médias recebidas pelos homens, passando de R$ 2.860,99 em 2012 para R$ 2.942,26 em 2013 (2,84%), e de R$ 2.279,17 para R$ 2.292,14 (0,57%), no que se refere às mulheres.

Em dezembro de 2013, o número de empregos formais totalizava 4.586.790 no Rio de Janeiro. Os setores com os melhores desempenhos, em números absolutos, foram os Serviços, que criaram 55,9 mil postos de trabalho (um aumento de 2,87% em relação aos empregos existentes em 2012), o Comércio, que gerou 26,7 mil postos (3,14%) e a Administração Pública, que gerou 25,7 mil postos (3,33%). Em termos relativos, o melhor desempenho foi registrado pela Construção Civil, com crescimento de 4,54% (13 mil postos de trabalho). A maior queda foi observada no setor dos Serviços Industriais de Utilidade Pública (-4,01%), que eliminou 2,4 mil postos de trabalho.

O estoque de empregos por setor é mostrado no gráfico a seguir.

Gráfico 20: Estoque de empregos formais por setor da economia fluminense – dez 2013

36 - Disponível em http://portal.mte.gov.br/portal-mte/rais/#2. Acesso em 11.09.2014.

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SÃO PEDRO DA ALDEIA

Conforme o grau de instrução, os postos de trabalho apresentam no estado a seguinte distribuição:

Gráfico 21: Estoque de empregos formais da economia fluminense por grau de instrução – dez 2013

Na comparação com o ano anterior, o maior crescimento observado (99.320 empregos, correspondente a 5,41%) refere-se aos trabalhadores com Ensino Médio completo. A maior redução, em termos absolutos, ocorreu no contingente de trabalhadores da 5ª série completa do Ensino Fundamental, subtraindo-se 13.276 postos. Em termos relativos, a variação negativa do número de trabalhadores com Ensino Superior incompleto chegou a 3,67%, correspondente a menos 6.308 empregos.

De acordo com a faixa etária, a distribuição dos empregos no estado é como segue:

Gráfico 22: Estoque de empregos formais da economia fluminense por faixa etária – dez 2013

Em relação a dezembro de 2012, todas as faixas etárias apresentaram crescimento. O maior crescimento absoluto ocorreu na faixa de 50 a 64 anos, com mais 47.419 empregos, e o maior crescimento relativo incidiu na faixa de 65 anos ou mais, com 11,84%, correspondentes a mais 7.066 postos.

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Em seguida, é apresentada a informação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged sobre o município em estudo, em comparação com sua microrregião, própria do Ministério do Trabalho para o estado do Rio de Janeiro, a saber:

Tabela 31: Microrregiões e seus municípios, conforme o Caged

Microrregião Caged Municípios que dela fazem parte

Bacia de São João Casimiro de Abreu, Rio das Ostras e Silva Jardim

Baía da Ilha Grande Angra dos Reis e Paraty

Barra do Piraí Barra do Piraí, Rio das Flores e Valença

Campos dos Goytacazes Campos dos Goytacazes, Cardoso Moreira, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra

Cantagalo-Cordeiro Cantagalo, Carmo, Cordeiro e Macuco

Itaguaí Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica

Itaperuna Bom Jesus do Itabapoana, Italva, Itaperuna, Laje do Muriaé, Natividade, Porciúncula e Varre-Sai

Lagos Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia e Saquarema

Macacu-Caceribu Cachoeiras de Macacu e Rio Bonito

Macaé Carapebus, Conceição de Macabu, Macaé e Quissamã

Nova Friburgo Bom Jardim, Duas Barras, Nova Friburgo e Sumidouro

Rio de Janeiro Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Japeri, Magé, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Queimados, Rio de Janeiro, São Gonçalo, São João de Meriti e Tanguá

Santa Maria Madalena Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto e Trajano de Morais

Santo Antônio de Pádua Aperibé, Cambuci, Itaocara, Miracema, Santo Antônio de Pádua e São José de Ubá.

Serrana Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto e Teresópolis

Três Rios Areal, Comendador Levy Gasparian, Paraíba do Sul, Sapucaia e Três Rios

Vale do Paraíba Barra Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Resende, Rio Claro e Volta Redonda

Vassouras Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira, Paracambi, Paty do Alferes e Vassouras

A evolução e a participação no número de empregos formais no município e na microrregião a que pertence encontram-se na tabela que se segue:

Tabela 32: Evolução do mercado de trabalho, conforme o Caged – Jan a dez 2013

Movimentação Município Microrregião

Qt Qt

Admissões 3.516 44.635

Desligamentos 3.452 42.487

Variação Absoluta 64 2.148

Número de empregos formais (1º jan 2014) 7.709 84.991

Total de Estabelecimentos (1º jan 2014) 1.990 24.234

Fonte: Caged, disponível em http://bi.mte.gov.br/bgcaged/caged_perfil_municipio/index.php

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IV - INDICADORES ECONÔMICOS

Introdução

O desempenho da economia mundial em 2013 refletiu a recuperação das economias maduras, com destaque para Estados Unidos e Reino Unido, e a retomada do crescimento na área do euro

37. As economias emergentes estiveram aquém das

projeções iniciais, evolução associada, em parte, às oscilações registradas nos mercados financeiros durante o ano.

Incertezas relacionadas à política monetária nos EUA traduziram-se, de maio a setembro, em volatilidade dos mercados e das taxas de juros de longo prazo, em especial naquele país. Esse movimento afetou negativamente os influxos de capital para os países emergentes, com impacto na depreciação das respectivas moedas em relação ao dólar.

As cotações internacionais das commodities agrícolas e metálicas permaneceram em trajetória decrescente, em ambiente de melhores condições de oferta e crescimento chinês aquém do previsto. Conflitos em regiões produtoras de petróleo e a recuperação da economia dos EUA contribuíram para o aumento das cotações no segmento de commodities energéticas.

No Brasil, de acordo com o Banco Central, o financiamento externo (definido como o somatório do resultado em transações correntes e dos fluxos líquidos de investimento estrangeiro direto) passou de um excedente de US$ 11 bilhões, em 2012, para US$ 17,3 bilhões negativos, em 2013, refletindo a evolução da conta de transações correntes, cujo déficit aumentou de US$ 54,2 bilhões, em 2012, para US$ 81,4 bilhões, em 2013.

Nesse ambiente, a retomada da atividade na economia brasileira, evidenciada pelo crescimento de 2,3% do PIB, foi sustentada, em especial, pela agropecuária, destacando-se as lavouras de soja, cana-de-açúcar, milho e trigo, e a expansão no abate de bovinos e aves. É importante destacar, adicionalmente, os resultados favoráveis da indústria e dos serviços.

Em relação aos componentes da demanda, o Banco Central enfatiza a recuperação da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), sustentada por elevações na produção de bens de capital para a construção e de equipamentos de transporte, e a relativa moderação do consumo das famílias, consistente com a evolução dos rendimentos, do mercado de crédito e dos índices de confiança dos consumidores. A alteração na composição da demanda, com os investimentos ampliando-se em ritmo superior ao consumo, constitui condição favorável para a sustentabilidade do crescimento econômico no longo prazo.

A variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 5,91% em 2013, situando-se no intervalo de 2,5% a 6,5% estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional – CMN para o ano, no âmbito do regime de metas de inflação.

37 - Banco Central do Brasil: Relatório Anual 2013.

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SÃO PEDRO DA ALDEIA

PIB mundial

Estimado em 74,9 trilhões de dólares, o PIB mundial cresceu 2,2% em 2013, após uma expansão de 2,4% no ano anterior

38. Os Estados Unidos seguiram como a

maior economia do planeta, com produto da ordem de US$ 16,8 trilhões. A China permanece como segunda potência, seguida por Japão, Alemanha, França e Reino Unido. O Brasil mantém a sétima posição, com US$ 2,2 trilhões. O gráfico a seguir ilustra o desempenho das 15 economias com PIB acima de US$ 1 trilhão.

Gráfico 23: PIB das maiores economias (US$ trilhões) – 2013

O gráfico seguinte ilustra a variação do PIB do Brasil frente ao desempenho do mundo, segundo o Fundo Monetário Internacional

39. O país teve poucas marcas

superiores à média dos demais países reunidos:

Gráfico 24: Taxa anual de crescimento do PIB 1980-2014 e Projeção do PIB até 2019 – Mundo e Brasil

38 - Fonte: http://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.MKTP.CD. Acesso em 4.8.2014. 39 - Fonte: http://www.imf.org/external/datamapper/index.php. Acesso em 4.8.2014.

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Panorama econômico

A economia brasileira registrou modesto desempenho em 2013, com crescimento anual de 2,3% do Produto Interno Bruto a preços de mercado. Embora aponte para uma recuperação ante o fraco crescimento observado em 2012, quando o PIB aumentou 1,0%, esse resultado ficou aquém do previsto pelo governo federal, bem como pelo Fundo Monetário Internacional, que no final daquele ano haviam estimado um avanço de 4,5% e 4,0%, respectivamente

40.

De acordo com as Contas Nacionais Trimestrais publicadas pelo IBGE 41

, o PIB a preços de mercado totalizou R$ 4.838 bilhões em 2013. O PIB per capita alcançou R$ 24.065, crescendo, em termos reais, 1,4% em relação ao ano anterior.

A análise pela ótica da demanda 42

indica que o componente doméstico contribuiu com 3,2 pontos percentuais para a evolução anual do PIB, contrastando com o impacto negativo de 0,9 ponto percentual exercido pelo setor externo. No âmbito da demanda interna, ressalta-se a expansão de 6,3% da FBCF, seguindo-se as elevações no consumo das famílias (2,3%) e do governo (1,9%). A contribuição negativa do setor externo refletiu as elevações anuais nas exportações (2,5%) e nas importações (8,4%).

Tabela 33: Taxas reais de variação do PIB – Ótica da despesa

Percentual

Discriminação 2011 2012 2013

PIB 2,7 1,0 2,3

Consumo das famílias 4,1 3,2 2,3

Consumo do governo 1,9 3,3 1,9

Formação Bruta de Capital Fixo 4,7 -4,0 6,3

Exportações 4,5 0,5 2,5

Importações 9,7 0,2 8,4

Fonte: IBGE

No âmbito da oferta, destacou-se o crescimento de 7% na agropecuária. O setor de serviços cresceu 2%, impulsionado pelas atividades de serviços de informação (5,3%), transporte, armazenagem e correio (2,9%), e comércio (2,5%). A produção da indústria aumentou 1,3% no ano, com ênfase nos crescimentos da produção e distribuição de eletricidade, água e gás (2,9%), da construção civil (1,9%) e da indústria de transformação (1,9%).

O exame do PIB sob a ótica da oferta mostra que, com exceção da queda da indústria extrativa mineral (-2,8%), todos os demais subsetores da indústria e de serviços apresentaram taxas positivas em 2013, na comparação com o ano anterior. O desempenho dos subsetores do PIB sob a ótica da oferta em 2013 e 2012, na comparação em bases anuais, é evidenciado no gráfico a seguir.

40 - Contas de Governo 2013, disponível no portal do TCE-RJ, no endereço http://www.tce.rj.gov.br/web/guest/contas-de-governo-do-estado-do-rio-de-janeiro. 41 - IBGE: Contas Nacionais Trimestrais - Indicadores de Volume e Valores Correntes (outubro/dezembro 2013). 42 - BC: Relatório Anual 2013.

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Tabela 34: Taxas reais de variação do PIB – Ótica da oferta

Percentual

Discriminação 2011 2012 2013

PIB 2,7 1,0 2,3

Setor agropecuário 3,9 -2,1 7,0

Setor industrial 1,6 -0,8 1,3

Extrativa mineral 3,2 -1,1 -2,8

Transformação 0,1 -2,4 1,9

Construção 3,6 1,4 1,9

Produção e distribuição de eletricidade, gás e água 3,8 3,5 2,9

Setor serviços 2,7 1,9 2,0

Comércio 3,4 0,9 2,5

Transporte, armazenagem e correio 2,8 1,9 2,9

Serviços de informação 4,9 4,2 5,3

Intermediação financeira, seguros, previdência complementar e serviços relativos 3,9 0,7 1,7

Outros serviços 2,3 2,2 0,6

Atividades imobiliárias e aluguel 1,4 2,2 2,3

Administração, saúde e educação públicas 2,3 2,3 2,1

Fonte: IBGE

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea 43

, conforme citado nas Contas de Governo 2013, analisadas pelo TCE-RJ, a economia brasileira foi afetada por fatores de ordem interna e externa responsáveis pela volatilidade no nível de atividade observado no exame do PIB trimestral que, após crescimento nulo no primeiro trimestre, mostrou forte crescimento no segundo (1,8%), queda no terceiro (-0,5%), retomando o crescimento (0,7%) no quarto trimestre, na comparação com o trimestre anterior.

Para o Ipea, a volatilidade no nível de atividade indica que seu comportamento tem sido sensível a eventos e fatores pontuais, ressaltando, com relação aos primeiros, as manifestações populares de junho e julho de 2013, a possibilidade de mudanças na política monetária americana e o aperto monetário por meio da elevação gradual da taxa Selic pelo Banco Central. No que se refere aos fatores pontuais, o Ipea cita o excepcional crescimento da safra agrícola e os incentivos à aquisição de bens de capital em condições especiais.

Esses fatores acabaram por ter grande influência sobre o crescimento em virtude da desaceleração dos componentes tradicionalmente mais estáveis do PIB: o consumo das famílias e o consumo do governo, que fecharam com as menores taxas dos últimos 10 anos. Como destaca o Ipea, embora o consumo das famílias ainda seja o principal sustentáculo da atividade econômica – responsável por 61,9% da variação do PIB em 2013 – vem perdendo fôlego, possivelmente em face da desaceleração dos

43 - Ipea – Carta de Conjuntura – Março de 2014.

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rendimentos reais do trabalho e dos níveis de ocupação, da desaceleração das concessões de crédito ao consumo e da inflação persistente.

Inflação

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) superou o centro da meta, de 4,5%, mas não o limite de 6,5%, fato que se repete desde 2010. Conforme o Ipea, o foco inflacionário veio dos preços livres, com alta de 7,3%, pressionados, sobretudo, pelo comportamento dos serviços, dos alimentos e dos bens de consumo duráveis. Os preços administrados, ou monitorados, terminaram o ano de 2013 com alta de apenas 1,5%, constituindo um fator de alívio inflacionário, destacando-se, neste segmento, energia elétrica e transporte público, cujas variações (-15,7% e 2,3%) ficaram bem abaixo das observadas no ano anterior (2,95 e 7,7%, respectivamente).

Para conter as pressões inflacionárias – agravadas pela desvalorização do real em relação ao dólar, em um contexto de política fiscal mais folgada adotada pelo governo federal para acelerar o crescimento, juntamente com o controle de preços administrados e a desoneração tributária – o Comitê de Política Monetária do Banco Central elevou a taxa básica de juros, que terminou o ano em 10%, contabilizando uma alta de 2,75 pontos percentuais em 2013.

Investimento

De acordo com as Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, a taxa de investimento no ano de 2013 foi de 18,4% do PIB, ligeiramente acima do observado no ano anterior (18,2%). A taxa de poupança foi de 13,9% em 2013 (ante 14,6% no ano anterior).

Produção industrial

A produção física da indústria, medida através da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, cresceu 2,3% em 2013. Houve recuo de 3,6% da indústria extrativa e expansão de 3,0% da indústria de transformação. A segmentação por categorias de uso indica que a indústria de bens de capital cresceu 11,3%, destacando-se o dinamismo das atividades de veículos automotores (34,7%) e máquinas e equipamentos (5%). A produção de bens intermediários cresceu 0,8%, com aumento nas atividades outros produtos químicos (4,8%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,7%). Além da indústria extrativa, também houve recuo na indústria de produtos de metal (-1,6%).

A indústria de bens de consumo duráveis cresceu 4,5% no ano, ressaltando-se os aumentos nas atividades equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (11,2%) e veículos automotores (4,2%). A produção de bens de consumo semi e não duráveis aumentou 2,1%, salientando-se o avanço nas atividades coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (12,3%), perfumaria, sabões, detergentes, produtos de limpeza e higiene pessoal (5,6%) e couros, artigos para viagem e calçados (5,2%).

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Gráfico 25: Produção industrial, por categoria de uso

Fonte: IBGE

Houve crescimento da produção em 17 dos 26 segmentos industriais considerados, com ênfase nos relativos a veículos automotores (11,4%) e produtos diversos (7,9%). Em sentido inverso, destacaram-se os desempenhos negativos do segmentos fumo (-8,2%) e impressão e reprodução de gravações (-5%). A produção de alimentos, atividade com maior peso na indústria, cresceu 0,6%.

A produção industrial cresceu em 11 das 14 regiões pesquisadas, com destaque para os aumentos no Ceará (9,6%), Amazonas (8%) e Rio Grande do Sul (7,7%), e para os recuos no Espírito Santo (-3,5%), Rio de Janeiro (-1,3%) e Pará (-0,2%). A indústria de São Paulo, com maior participação nacional, cresceu 1,8%.

Serviços

A receita nominal do setor de serviços cresceu 8,5% em 2013, contra 10% em 2012, segundo a Pesquisa Nacional de Serviços divulgada pelo IBGE. Destacaram-se as expansões da receita nos segmentos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (10,8%) e serviços prestados a famílias (10,2%).

Desempenho da economia estadual em 2012

De acordo com a Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro – Ceperj

44, o Produto Interno Bruto do estado do

Rio de Janeiro totalizava R$ 504.221 milhões ao fim de 2012. A economia estadual apresentou, naquele ano, crescimento real de 1,9%, inferior ao de 2011, que foi de 2,1%. Este resultado foi também maior do que o nacional, que registrou uma taxa de variação de 1,0%. O estado respondeu, em 2012, por 11,48% do PIB do país, sendo superado apenas por São Paulo (32,1%) e seguido por Minas Gerais (9,2%). Sua renda per capita foi de R$ 31.064,63, inferior apenas a Distrito Federal (R$ 64.653,00) e São Paulo (R$ 33.624,41).

As atividades econômicas que registraram maiores taxas de variação de volume foram construção civil (8,9%); comércio e serviços de reparação (5,4%); e transporte e armazenagem (4,3%).

44 - Projeto Contas Regionais do Brasil – Produto Interno Bruto – PIB do Estado do Rio de Janeiro – 2012, parceria entre IBGE e órgãos estaduais de estatística, publicado em novembro de 2014 no sítio http://www.ceperj.rj.gov.br/ceep/pib/pib.html.

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Cumpre observar que a atividade extrativa mineral – petróleo, embora tenha apresentado ligeira melhora no índice de volume em 2012 (0,1%), apresentou crescimento significativo no índice de preço, por conta do aumento de 32,2% do preço do petróleo em reais. Em consequência, o estado do Rio de Janeiro aumentou sua participação no PIB do país de 11,2% em 2011 para 11,5% em 2012.

Agricultura, pecuária e pesca

A agropecuária, responsável por 0,4% do valor adicionado do estado, apresentou, em 2012, taxa de variação positiva de 6,8%, em função dos bons resultados do setor agrícola. As atividades de pecuária e pesca tiveram desempenhos modestos, com taxas de crescimento de 1,7%.

Indústria

Com relação à taxa de variação do volume do setor industrial, o Rio de Janeiro encerrou 2012 com um desempenho positivo de 1,1%, superior ao alcançado em 2011, de -0,5%. A indústria extrativa – petróleo, conforme comentado, embora tenha apresentado crescimento significativo no índice de preços, apresentou resultado pouco expressivo em volume produzido (0,1%). O setor de petróleo ganhou em participação, passando de 14,5% para 17,7% do valor adicionado.

A indústria de transformação, que representa 7,1% do valor adicionado, apresentou volume com taxa de variação negativa (-5,4%), em função, principalmente, do mau desempenho na produção de caminhões e ônibus (-36,3%), automóveis (-32,3%) e metalurgia de metais não-ferroros (-32,1%).

O setor de produção e distribuição de energia, gás, água e limpeza urbana, com participação de 2,2% no valor adicionado, e a construção civil, que participa com 5,3%, registraram crescimento de 12,5% e 8,9% respectivamente. No caso da construção civil, o destaque foi para o segmento das obras públicas.

Serviços

O setor de serviços, responsável por 67,4% do valor adicionado, apresentou taxa de variação de volume de 2,2%, com destaque para as atividades de comércio (5,4%) e transporte (4,1%).

Estimativas para 2013

Segundo estimativas da Fundação Ceperj, o PIB fluminense atingiu R$ 576.011,70 em 2013, apresentando crescimento de 2,1%, inferior ao do país, de 2,3%, mas superior ao observado em 2012, tanto no estado do Rio de Janeiro (1,9%), quanto no Brasil (1,0%)

45. Tais estimativas também apontam crescimento do PIB per capita,

atingindo R$ 35.188,80 no estado, com maior participação do Rio de Janeiro no PIB

45 - A Fundação Ceperj destaca que o IBGE está em processo de elaboração de uma “nova base”, com aperfeiçoamentos metodológicos no cálculo e incorporação das novas recomendações internacionais, em que 2010 será o ano de referência. Assim. as informações sofrerão algum tipo de revisão. A expectativa é que os dados definitivos do PIB, de 2010 em diante, sejam divulgados em 2015.

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Brasil, passando de 11,48% em 2012 para 11,91% em 2013. A tabela a seguir demonstra a evolução do PIB estadual.

Tabela 35: PIB, PIB per capita, população residente e relação PIB Rio de Janeiro/PIB Brasil – 1995-2013

Ano

Rio de Janeiro Brasil

Relação

PIB RJ/

PIB Brasil

(%)

Produto Interno Bruto População residente

(habitantes)

PIB per capita

(R$)

Produto

Interno Bruto

Em

R$ 1.000.000

Em R$1.000.000

Volume

Índice

1995=100

Variação

anual (%)

1995 78.944,95 100,00 - 13 642 758 5.786,58 705.640,89 11,19

1996 94.684,07 100,99 0,99 13 795 558 6.863,37 843.965,63 11,22

1997 104.424,11 101,95 0,95 13 947 862 7.486,75 939.146,62 11,12

1998 114.177,72 102,75 0,78 14 107 866 8.093,20 979.275,75 11,66

1999 127.218,91 103,20 0,44 14 319 537 8.884,29 1.064.999,71 11,95

2000 139.754,79 105,86 2,57 14 493 715 9.642,44 1.179.482,00 11,85

2001 152.098,91 106,78 0,87 14 668 977 10.368,75 1.302.135,03 11,68

2002 171.371,99 110,87 3,82 14 846 102 11.543,23 1.477.821,77 11,60

2003 188.014,96 109,64 -1,11 15 024 965 12.513,50 1.699.947,69 11,06

2004 222.945,04 113,17 3,22 15 203 750 14.663,82 1.941.498,36 11,48

2005 247.017,53 116,51 2,95 15 383 407 16.057,40 2.147.239,29 11,50

2006 275.327,13 121,15 3,99 15 561 720 17.692,59 2.369.483,55 11,62

2007 296.767,78 125,53 3,62 15 420 450 19.245,08 2.661.344,53 11,15

2008 343.182,07 130,74 4,15 15 872 362 21.621,36 3.032.203,49 11,32

2009 353.878,14 133,30 1,96 16 010 429 22.102,98 3.239.404,05 10,92

2010 407.122,79 139,25 4,46 15 993 583 25.455,38 3.770.084,87 10,80

2011 462.376,21 142,22 2,13 16 112 678 28.696,42 4.143.013,34 11,16

2012 504.221,37 144,96 1,93 16 231 365 31.064,63 4.392.093,00 11,48

2013* 576.011,70 148,02 2,11 16 369 179 35.188,80 4.837.950,00 11,91

Fonte: Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro – Ceperj/Centro de Estatísticas, Estudos e Pesquisas – Ceep.

Nota: Estimativas para o PIB regional.

Ainda com referência ao exercício de 2013 46

, os principais indicadores do nível de atividade no estado do Rio de Janeiro – produção industrial, volume de vendas e receitas do comércio varejista, serviços e emprego e renda – registram, alguns, estabilidade e, a maioria, resultados positivos em comparação com os de 2012, sinalizando, no seu conjunto, para o crescimento da economia fluminense em 2013.

No que se refere à produção industrial do Rio de Janeiro, a Pesquisa Mensal da Indústria do IBGE aponta uma expansão de 0,1% em 2013, mostrando estabilidade no nível de atividade, embora abaixo do desempenho médio nacional (1,2%), como evidenciado na tabela apresentada mais adiante. Conforme a pesquisa, para esse resultado da indústria

46 - Adaptado das Contas de Governo 2013, disponível no portal do TCE-RJ, no endereço http://www.tce.rj.gov.br/web/guest/contas-de-governo-do-estado-do-rio-de-janeiro.

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SÃO PEDRO DA ALDEIA

geral foi determinante o crescimento de 1,6% da indústria de transformação, uma vez que a indústria extrativa apresentou uma retração de 6% em 2013

47.

Na indústria de transformação, o impacto positivo mais importante ficou com o setor de veículos automotores (26,7%), impulsionado, especialmente, pela maior produção de caminhões e automóveis; destacam-se ainda os avanços vindos de farmacêutica (11,8%), de borracha e plástico (19,8%) e de outros produtos químicos (5,6%), influenciados, principalmente, pela maior fabricação dos itens medicamentos, no primeiro ramo, pneus, artigos de plástico para uso doméstico e chapas ou folhas autoadesivas de plástico, no segundo, e herbicidas para uso na agricultura e oxigênio, no último.

Em sentido oposto, o IBGE aponta para a forte retração observada na indústria de transformação da metalurgia básica (-14,5%), que exerceu, junto com a queda nas indústrias extrativas, as influências negativas mais relevantes sobre o total da indústria fluminense em 2013, pressionadas, em grande parte, pelos recuos verificados na produção de vergalhões de aços ao carbono e de óleos brutos de petróleo, respectivamente.

O resultado negativo da produção na indústria extrativa explicaria o fraco resultado observado na arrecadação estadual em 2013, no que se refere, especificamente, à receita patrimonial (-12,05%), decorrente das receitas provenientes do petróleo – royalties e participações especiais, que mostrou queda de 5,84%, em termos reais, na comparação com 2012, sendo responsável por quase a totalidade das receitas auferidas naquela rubrica.

Em termos regionais, entre 14 locais pesquisados, o resultado da indústria fluminense ficou aquém dos 10 que apontaram crescimento na produção, além do Brasil, como evidenciado na tabela apresentada a seguir:

Tabela 36: Indústria geral – Indicadores da produção fixa – Resultados regionais – 2013 – Variação (%)

Locais Acumulado

dez/jan 2013

Amazonas 0,7

Pará -4,9

Região Nordeste 0,8

Ceará 3,3

Pernambuco 0,7

Bahia 3,8

Minas Gerais -1,3

Espírito Santo -6,7

Rio de Janeiro 0,1

São Paulo 0,7

Paraná 5,6

Santa Catarina 1,5

Rio Grande do Sul 6,8

Goiás 0,5

Brasil 1,2

Fonte: IBGE

47 - IBGE. Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física – Regional. Rio de Janeiro. Dezembro de 2013. Acesso em 31.03.2014. http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimpfregional/default.shtm.

69

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Quanto aos indicadores do comércio, segundo a Pesquisa Mensal do IBGE, o comércio varejista ampliado do estado apresentou taxas positivas, em 2013, tanto para o volume de vendas (6,1%) quanto para a receita nominal de vendas (12,5%), em relação a 2012

48. Essa pesquisa ampliada destaca as vendas em volume das atividades

Equipamentos e materiais para informática e de comunicação (25,2%), outros artigos de uso pessoal (18,0%), além dos materiais de construção (7,8%) e veículos e motocicletas, partes e peças (7,9%).

Essas taxas observadas no comércio varejista ampliado (sem ajustamento sazonal) foram positivas e muito superiores àquelas observadas para o país, referentes ao volume de vendas (3,6%) e à receita nominal de vendas (8,9%), como evidenciado na tabela apresentada a seguir:

Tabela 37: Comércio varejista ampliado – Receita nominal e volume de vendas – Resultados regionais – 2013 – Variação (%)

Locais

Acumulado

dez/jan 2013

Receita nominal Volume de

vendas

Ceará 6,0 -0,1

Pernambuco 11,0 5,1

Bahia 7,5 1,8

Minas Gerais 3,9 -0,5

Espírito Santo 0,4 -4,3

Rio de Janeiro 12,5 6,1

São Paulo 8,1 3,0

Paraná 12,8 7,0

Santa Catarina 9,1 3,7

Rio Grande do Sul 11,6 6,4

Goiás 9,6 5,3

Distrito Federal 3,8 -0,3

Brasil 8,9 3,6

Fonte: IBGE

Com relação aos Serviços, a Pesquisa Mensal do IBGE apontou para o crescimento de 6,7% em 2013 na comparação com o ano anterior (vide tabela anterior), abaixo da média nacional (8,5%), destacando-se as atividades Serviços prestados às famílias (8,3%), Serviço de Informação (8,0%) e de Transportes (7,7%)

49.

48 - Optou-se por demonstrar a variação do comércio varejista ampliado, que compreende as atividades Veículos e motos, partes e peças e Material de construção, além de todas as outras computadas no comércio varejista, em razão da importância relativa dessas atividades no estado do Rio de Janeiro. As atividades do comércio varejista são: combustíveis e lubrificantes, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, tecidos, vestuário e calçados, móveis e eletrodomésticos, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, equipamentos e material para escritório informática e comunicação, Livros, jornais, revistas e papelaria, Outros artigos de uso pessoal e doméstico. Também o comércio varejista apresentou resultado positivo em 2013 na comparação com 2012, assinalando variação de 5,0% no volume de vendas e de 13,7% da receita nominal, ambas acima da média nacional, de 4,3% e 5,0%, respectivamente. Cf. IBGE. Pesquisa Mensal do Comércio. Rio de Janeiro. Dezembro de 2013. Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/comercio/pmc/default.shtm. Acesso em 31.03.2014. 49 - Cf. IBGE. Pesquisa Mensal de Serviços. Rio de Janeiro. Dezembro de 2013. Acesso em 31.03.2014. Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/servicos/pms/default.shtm.

70

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Tabela 38: Serviços – Receita nominal – Resultados regionais – 2013 – Variação (%)

Locais Acumulado

dez/jan 2013

Rondônia 9,2

Acre 8,5

Amazonas 10,5

Roraima 5,0

Pará 8,4

Amapá 4,4

Tocantins 13,0

Maranhão 8,3

Piauí 3,4

Ceará 13,0

Rio Grande do Norte 5,2

Paraíba 11,1

Pernambuco 5,7

Alagoas 9,4

Sergipe 3,0

Fonte: IBGE

No que se refere ao comércio exterior, segundo o Banco Central, a balança comercial do estado acumulou déficit de US$ 301,1 milhões em 2013, ante um déficit de US$ 8,3 bilhões em 2012, como resultado da redução das exportações em 26% e do crescimento das em 5,5%, totalizando, no ano de 2013, respectivamente, US$ 21,3 bilhões importações e US$ 21,6 bilhões

50. A contração das exportações refletiu reduções de 8,3% nos preços e

de 19,4% no quantum, destacando-se o recuo de 36,8% nas vendas de produtos básicos. Já o crescimento das importações, por sua vez, resultou de redução de 4,9% nos preços e de aumento de 10,8% no quantum, ressaltando-se as elevações de 13,8% nas aquisições de matérias-primas e produtos intermediários e de 11,9% nas de bens de capital

51.

Segundo os dados do Siafem, a arrecadação estadual do ICMS, considerada um indicador do ritmo da atividade econômica no estado, totalizou R$ 30,7 bilhões em 2013

52, com um crescimento de 8,64%, em termos reais, na comparação com o ano

anterior, acompanhando a tendência de crescimento já observada. Para a Fundação Ceperj, os setores de comércio, serviços e construção civil foram os principais responsáveis pelos resultados positivos na economia fluminense em 2013, em função, principalmente, dos grandes eventos que foram realizados no estado (tais como a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude) e das obras de infraestruturas viárias. A tendência futura, conforme o BC, é que a economia seja favorecida pela combinação dos impactos da Copa do Mundo da Fifa 2014 e da recomposição da produção de petróleo, que, aliada à recente depreciação da taxa de câmbio, tende a contribuir para a melhora do saldo comercial do estado

53.

50 - Cf. Banco Central do Brasil. Boletim Regional. Rio de Janeiro. Janeiro de 2014, p. 55. 51 - Idem. 52 - Neste total está incluído o valor referente ao Adicional do ICMS, referente a Lei nº 4.056/02. 53 - Cf. Banco Central do Brasil. Boletim Regional. Rio de Janeiro. Janeiro de 2014, p. 57.

71

SÃO PEDRO DA ALDEIA

De fato, o estudo prospectivo realizado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro – Firjan, referente a 2012-2014, publicado no documento “Decisão Rio”, informa que são anunciados investimentos públicos e privados, de origem nacional e estrangeira, da ordem de R$ 211,5 bilhões, representando um aumento de 16,6% em relação ao anunciado para o período 2011-2013

54.

Gráfico 26: Investimentos por setor de atividade

Fonte: Firjan, Decisão Investimento Rio 2012/2014

Desse total, 70,1% (R$ 148,2 bilhões) correspondem a investimentos industriais – soma dos investimentos da indústria de transformação (R$ 40,5 bilhões) e os da Petrobras (R$ 107,7 bilhões); do restante, destacam-se 24,1% (R$ 51 bilhões) previstos para infraestrutura – transporte, logística, energia, desenvolvimento urbano e saneamento básico, 4,1% (R$ 8,6 bilhões) relativos a instalações olímpicas e 0,8% (R$ 1,8 bilhão) para turismo.

Segundo a Firjan, os investimentos relacionados à Copa da Fifa 2014 e aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 representam R$ 17,9 bilhões de um total de R$ 211,5 bilhões, sendo que os R$ 8,6 bilhões relativos a instalações olímpicas tratam apenas de projetos anunciados, mas ainda não detalhados pelos setores público e privado, incluindo hotéis, infraestrutura e reforma ou construção de instalações olímpicas.

Em suma, observa-se que os principais indicadores conjunturais apontam, de fato, para um crescimento moderado da economia fluminense em 2013, estimado pela Ceperj em 2,65%, superior ao nacional (2,3%), com sinais de aquecimento da demanda e no mercado de trabalho e boas perspectivas de expansão em 2014, em razão da maturação de diversos investimentos relacionados com os eventos internacionais designados para o estado.

54 - Decisão Rio 2012-2014. Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. Acesso em 24.04.2014. Disponível em http://www.firjan.org.br/main.jsp?lumChannelId=402880811F24243A011F243843420638.

72

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Evolução setorial

A tabela a seguir demonstra o desempenho dos subsetores na evolução do PIB fluminense.

Tabela 39: Participação da atividade no valor adicionado bruto a preço básico – RJ – 2012

Atividades Participação (%)

AGROPECUÁRIA 0,43

INDÚSTRIA

Indústria extrativa 17,65

Indústria de transformação 7,10

Construção civil 5,26

Siup - Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 2,18

SERVIÇOS

Comércio e serviços de manutenção e reparação 9,35

Transportes, armazenagem e correio 5,46

Serviços de informação 3,83

Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados 5,57

Atividades imobiliárias e aluguéis 8,24

Administração, saúde e educação públicas e seguridade social 17,93

Outros serviços 17,00

Fonte: IBGE - Contas Regionais do Brasil..

Com exceção dos anos de 2007 e 2009, na última década o setor de serviços perdeu espaço em sua participação no PIB estadual para a indústria extrativa, em vermelho no gráfico que segue:

Gráfico 27: Evolução da participação da indústria extrativa

no valor adicionado bruto a preço básico – 1997-2012

73

SÃO PEDRO DA ALDEIA

O gráfico a seguir ilustra o avanço da indústria extrativa, em azul escuro, o recuo e posterior recuperação dos Siup e da construção civil e a estagnação da indústria de transformação, em laranja. Ao tomar o ano de 2002 como índice 100, os avanços e recuos são facilmente identificáveis:

Gráfico 28: Evolução do índice acumulado do volume do valor adicionado a preço básico, segundo atividades da indústria – 1997-2012

52,4

61,3

68,1

77,184,4

100,0

100,1

99,1

113,2

118,4

115,7 116,0

125,7122,0

116,9 117,0

109,6

105,7 101,8 99,495,5 97,3

100,3

98,1 99,0 101,9 101,193,3

100,2 100,1 100,2

106,7107,6

104,0 104,3 101,5 97,5104,2

104,6110,1

115,6 122,8

117,4

124,3 132,9

144,7

109,3110,1 110,4 109,6

101,3

95,3

107,6 107,3 113,4

112,9

135,5135,8

155,0

146,8

165,2

40

60

80

100

120

140

160

180

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

2002=100

Extração de petróleo e outros minerais

Indústria de transformação

Construção civil

Produção e distribuição de eletricidade e gás, água e esgoto e limpeza urbana

No setor de serviços, a administração pública apresentou crescimento consistente e superior à variação populacional, tendo ocorrido forte recuperação da intermediação financeira nos anos recentes. Comércio, porém, passou anos em situação pior que a registrada em 1997, somente reagindo a partir de 2006 e registrando recuo em 2009.

Gráfico 29: Evolução do índice acumulado do volume do valor adicionado a preço básico,

segundo atividades de serviços – 1997-2012

101,5 103,197,0

102,4 101,2

94,197,5

100,1 104,8

112,3

118,8 116,4

127,2

136,6

143,9

91,8 91,9 93,094,2

95,093,3

92,9

98,3

106,2

118,6

133,7

149,1

159,1162,4 164,1

88,7 90,7 93,194,3

96,9

100,0102,0

105,8106,0

109,2

111,8

110,5115,7

116,0

117,1

118,8

80

90

100

110

120

130

140

150

160

170

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

2002=100

Comércio e serviços de reparação e manutenção

Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

Administração, saúde e educação públicas e seguridade social

74

SÃO PEDRO DA ALDEIA

PIB regional e dos municípios de 2007 a 2012

No contexto regional ou municipal, a metodologia para apuração do PIB adotada pela Fundação Ceperj segue aquela do IBGE e apresenta apenas os três setores de atividade econômica, abrindo detalhamento somente ao subsetor de administração pública. A mudança, ocorrida há alguns anos, também excluiu a separação da produção de petróleo e gás natural na Bacia de Campos, passando a integrar as produções industriais de municípios.

O rateio da produção de petróleo e gás natural, no caso de dois ou mais municípios serem confrontantes com o mesmo campo no mar, será proporcional à área de campo contida entre as linhas de projeção dos limites territoriais do município, até a linha de limite da plataforma continental. Mas esse dado não é divulgado e, por conseguinte, a evolução do desempenho da indústria fica mascarada pela impossibilidade de separação da atividade extração de petróleo e gás dos demais subsetores industriais.

Em virtude dessas restrições, o presente tópico 55

analisará a evolução dessas quatro variáveis: agropecuária, indústria, serviços e administração pública nos níveis estadual e regional, apresentando, ao final, os comportamentos dos municípios frente à sua região e ao conjunto do estado do Rio de Janeiro.

De acordo com a Fundação Ceperj, em 2012, cinco municípios destacaram-se na liderança das participações no PIB do estado, mantendo suas posições no ranking: Rio de Janeiro (43,8%), Campos dos Goytacazes (8,9%), Duque de Caxias (5,4%), Niterói (3,0%) e Macaé (2,9%). Somados, esses municípios responderam por 64,0% da economia fluminense:

O gráfico seguinte traz a evolução da participação de cada região 56

no valor adicionado bruto do estado.

Gráfico 30: Evolução da contribuição das regiões administrativas ao PIB estadual – 2007-2012

25,0

42,9

1,0

12,3

3,7

6,5 6,0

1,0 1,5

21,2

39,6

1,0

16,1

3,9

8,3

5,5

1,33,0

-

10

20

30

40

50

60

Metropolitanasem a capital

Capital RegiãoNoroeste

Fluminense

Região NorteFluminense

RegiãoSerrana

Região dasBaixadasLitorâneas

Região doMédio Paraíba

RegiãoCentro-SulFluminense

Região daCosta Verde

% do PIB estadual total2007 2008 2009 2010 2011 2012

55 - A Fundação Ceperj utiliza como referência básica os resultados dos projetos Contas Regionais do Brasil e PIB Municipal, desenvolvidos pelo IBGE com a participação, entre outros, dos órgãos estaduais de estatística. Disponível em dezembro de 2014 no sítio http://www.ceperj.rj.gov.br/ceep/pib/pib.html. 56 - A pesquisa inclui Cachoeiras de Macacu e Rio Bonito na região das Baixadas Litorâneas, à qual pertenciam até 2013.

75

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Como no ano anterior, os cinco municípios com maiores participações na agropecuária foram Teresópolis (10,0%), Campos dos Goytacazes (7,7%), São Francisco de Itabapoana (6,7%), Sumidouro (5,2%) e Nova Friburgo (3,8%). As regiões Serrana (28,1%) e Norte Fluminense (22,7%) seguem sendo o celeiro estadual.

Gráfico 31: Evolução da contribuição das regiões administrativas ao PIB estadual na agropecuária – 2007-2012

10,9

4,3

14,1

24,0

20,1

9,17,9

5,54,2

7,3

3,4

12,0

22,7

29,1

7,38,6

6,9

2,6

-

10

20

30

40

50

60

Metropolitanasem a capital

Capital RegiãoNoroeste

Fluminense

Região NorteFluminense

RegiãoSerrana

Região dasBaixadasLitorâneas

Região doMédio Paraíba

Região Centro-Sul

Fluminense

Região daCosta Verde

% do PIB estadual na atividade econômica

2007 2008 2009 2010 2011 2012

Ainda no setor agropecuário, o peso que a atividade teve na produção segue pouco representativo, com exceção das regiões Noroeste Fluminense, Serrana e Centro-Sul, conforme se observa no próximo gráfico.

Gráfico 32: Evolução da contribuição da agropecuária na economia regional – 2007-2012

0,1 0,0

5,2

0,8

2,1

0,5 0,5

2,1

1,0

0,1 0,0

5,1

0,6

3,2

0,40,7

2,3

0,4

-

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Metropolitana Capital RegiãoNoroeste

Fluminense

Região NorteFluminense

RegiãoSerrana

Região dasBaixadasLitorâneas

Região doMédio Paraíba

RegiãoCentro-SulFluminense

Região daCosta Verde

% do PIB regional 2007 2008 2009 2010 2011 2012

76

SÃO PEDRO DA ALDEIA

A indústria respondeu por 32,2% do valor adicionado em 2012. Os cinco municípios que encerraram o ano com maiores participações no ranking foram Campos dos Goytacazes (26,0%), Rio de Janeiro (16,7%), Rio das Ostras (6,5%), Cabo Frio (6,3%) e Duque de Caxias (4,7%). Voltou a ganhar espaço a petroleira Região Norte Fluminense, aproximando-se do pico alcançado em 2008. Seguem-se as Baixadas Litorâneas, a capital e as regiões Metropolitana (sem a capital) e Médio Paraíba. O gráfico ilustra a evolução no período:

Gráfico 33: Evolução da contribuição das regiões administrativas ao PIB estadual na indústria – 2007-2012

22,8

18,5

0,4

30,7

2,8

13,7

8,3

0,52,3

16,4 16,7

0,4

36,3

3,4

17,0

6,0

1,22,5

-

10

20

30

40

50

60

Metropolitanasem a capital

Capital RegiãoNoroeste

Fluminense

Região NorteFluminense

RegiãoSerrana

Região dasBaixadasLitorâneas

Região doMédio Paraíba

RegiãoCentro-SulFluminense

Região daCosta Verde

% do PIB estadual na atividade econômica

2007 2008 2009 2010 2011 2012

O setor industrial prevalece nas regiões confrontantes à Bacia de Campos. No período analisado, a indústria cresceu em participação nas regiões Centro-Sul, Serrana, Baixadas Litorâneas e Noroeste Fluminense, além da capital.

Gráfico 34: Evolução da contribuição da indústria na economia regional – 2007-2012

18,2

12,9 12,4

74,3

22,5

63,3

41,6

14,1

45,0

17,513,6 13,1

72,8

27,9

65,5

34,9

30,0 27,5

-

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Metropolitana Capital RegiãoNoroeste

Fluminense

Região NorteFluminense

RegiãoSerrana

Região dasBaixadasLitorâneas

Região doMédio Paraíba

RegiãoCentro-SulFluminense

Região daCosta Verde

% do PIB regional 2007 2008 2009 2010 2011 2012

77

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Na capital e na Região Metropolitana estão concentradas as maiores contribuições para o PIB estadual de serviços de administração, saúde e educação públicas e seguridade social. O gráfico evidencia a participação dessa atividade em todas as regiões do estado.

Gráfico 35: Evolução da contribuição das regiões administrativas ao PIB estadual na administração pública – 2007-2012

32,3

40,5

2,0

6,35,1 5,0 5,6

1,7 1,6

31,9

39,8

2,0

6,65,0 5,6 5,4

1,7 1,9

-

10

20

30

40

50

60

Metropolitanasem a capital

Capital RegiãoNoroeste

Fluminense

Região NorteFluminense

RegiãoSerrana

Região dasBaixadasLitorâneas

Região doMédio Paraíba

Região Centro-Sul

Fluminense

Região daCosta Verde

% do PIB estadual na atividade econômica

2007 2008 2009 2010 2011 2012

A administração pública chega a representar mais de um terço do PIB da Região Noroeste Fluminense, caindo progressivamente sua participação até chegar ao mínimo no Norte Fluminense, em decorrência da pujança da indústria petrolífera.

Gráfico 36: Evolução da contribuição da administração pública na economia regional – 2007-2012

19,4

17,0

34,0

9,2

24,9

13,8

16,8

31,0

19,221,118,0

35,1

7,4

23,1

12,1

17,6

23,8

11,5

-

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Metropolitana Capital RegiãoNoroeste

Fluminense

Região NorteFluminense

RegiãoSerrana

Região dasBaixadasLitorâneas

Região doMédio Paraíba

Região Centro-Sul

Fluminense

Região daCosta Verde

% do PIB regional2007 2008 2009 2010 2011 2012

78

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Serviços como um todo (incluída a administração pública, já apresentada) estão fortemente concentrados na Região Metropolitana. Houve aumento da participação dessa atividade nas regiões Norte Fluminense, Baixadas Litorâneas, Médio Paraíba, Centro-Sul e Costa Verde.

Gráfico 37: Evolução da contribuição das regiões administrativas ao PIB estadual em serviços – 2007-2012

26,0

53,6

1,2

4,4 4,0 3,45,0

1,2 1,2

23,6

50,8

1,2

6,3

4,0 4,25,3

1,33,2

-

10

20

30

40

50

60

Metropolitanasem a capital

Capital RegiãoNoroeste

Fluminense

Região NorteFluminense

RegiãoSerrana

Região dasBaixadasLitorâneas

Região doMédio Paraíba

Região Centro-Sul

Fluminense

Região daCosta Verde

% do PIB estadual na atividade econômica

2007 2008 2009 2010 2011 2012

O setor de serviços como um todo mantém-se preponderante nas economias regionais, com reduzida ênfase no PIB das regiões petrolíferas, infladas por esta indústria que, todavia, ocorre na plataforma continental.

Gráfico 38: Evolução da contribuição de serviços na economia regional – 2007-2012

81,8

87,1

82,4

24,9

75,3

36,2

57,9

83,8

54,0

82,4

86,4

81,7

26,6

68,8

34,1

64,467,7

72,2

-

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Metropolitana Capital RegiãoNoroeste

Fluminense

Região NorteFluminense

RegiãoSerrana

Região dasBaixadasLitorâneas

Região doMédio Paraíba

RegiãoCentro-SulFluminense

Região daCosta Verde

% do PIB regional2007 2008 2009 2010 2011 2012

79

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Os municípios da Região das Baixadas Litorâneas apresentaram o seguinte comportamento:

Gráfico 39: Evolução do PIB a preços de mercado – Região das Baixadas Litorâneas – R$ milhões – 2007-2012

1 622 879

2 460 753

1 031 588

12 480 926

941 601

3 549 999

329 484

962 501

11 327 340

1 139 841

1 146 730

239 148

2 000 000 4 000 000 6 000 000 8 000 000 10 000 000 12 000 000 14 000 000

Araruama

Armação dos Búzios

Arraial do Cabo

Cabo Frio

Cachoeiras de Macacu

Casimiro de Abreu

Iguaba Grande

Rio Bonito

Rio das Ostras

São Pedro da Aldeia

Saquarema

Silva Jardim

2012 2011 2010 2009 2008 2007

Gráfico 40: Evolução do PIB per capita – Região das Baixadas Litorâneas – R$ – 2007-2012

13 940

84 933

36 458

63 940

17 077

95 072

13 683

17 055

97 537

12 452

14 792

11 195

20 000 40 000 60 000 80 000 100 000 120 000

Araruama

Armação dos Búzios

Arraial do Cabo

Cabo Frio

Cachoeiras de Macacu

Casimiro de Abreu

Iguaba Grande

Rio Bonito

Rio das Ostras

São Pedro da Aldeia

Saquarema

Silva Jardim

2012 2011 2010 2009 2008 2007

80

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Gráfico 41: Evolução do valor adicionado da agropecuária – Região das Baixadas Litorâneas – R$ milhões – 2007-2012

22 496

3 086

5 461

23 879

21 682

11 439

1 759

5 096

8 031

13 458

11 193

8 290

5 000 10 000 15 000 20 000 25 000 30 000 35 000

Araruama

Armação dos Búzios

Arraial do Cabo

Cabo Frio

Cachoeiras de Macacu

Casimiro de Abreu

Iguaba Grande

Rio Bonito

Rio das Ostras

São Pedro da Aldeia

Saquarema

Silva Jardim

2012 2011 2010 2009 2008 2007

Gráfico 42: Evolução do valor adicionado da indústria – Região das Baixadas Litorâneas – R$ milhões – 2007-2012

195 525

1 758 694

675 410

8 748 759

186 975

2 472 399

30 412

134 659

8 927 270

124 539

190 243

22 563

1 000 000 2 000 000 3 000 000 4 000 000 5 000 000 6 000 000 7 000 000 8 000 000 9 000 000 10 000 000

Araruama

Armação dos Búzios

Arraial do Cabo

Cabo Frio

Cachoeiras de Macacu

Casimiro de Abreu

Iguaba Grande

Rio Bonito

Rio das Ostras

São Pedro da Aldeia

Saquarema

Silva Jardim

2012 2011 2010 2009 2008 2007

81

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Gráfico 43: Evolução do valor adicionado da adm. pública – Região das Baixadas Litorâneas – R$ milhões – 2007-2012

517 850

195 674

144 225

1 038 204

269 237

210 298

144 034

267 078

661 831

404 160

363 945

120 905

200 000 400 000 600 000 800 000 1 000 000 1 200 000

Araruama

Armação dos Búzios

Arraial do Cabo

Cabo Frio

Cachoeiras de Macacu

Casimiro de Abreu

Iguaba Grande

Rio Bonito

Rio das Ostras

São Pedro da Aldeia

Saquarema

Silva Jardim

2012 2011 2010 2009 2008 2007

Gráfico 44: Evolução do valor adicionado dos demais serviços – Região das Baixadas Litorâneas – R$ milhões – 2007-2012

764.967

434.603

179.914

2.307.113

336.546

721.770

139.057

461.330

1.442.871

524.294

483.643

75.413

0 500.000 1.000.000 1.500.000 2.000.000 2.500.000

Araruama

Armação dos Búzios

Arraial do Cabo

Cabo Frio

Cachoeiras de Macacu

Casimiro de Abreu

Iguaba Grande

Rio Bonito

Rio das Ostras

São Pedro da Aldeia

Saquarema

Silva Jardim

2012 2011 2010 2009 2008 2007

82

SÃO PEDRO DA ALDEIA

V - INDICADORES FINANCEIROS

O presente capítulo atém-se tão somente à análise do desempenho econômico financeiro do município

57, com base em números fornecidos pelo próprio nas prestações

de contas de administração financeira encaminhada ao Tribunal de Contas para emissão de parecer prévio, não abordando questões de legalidade, legitimidade e economicidade, objeto de avaliação pelo Corpo Deliberativo do TCE-RJ.

A evolução e a composição das receitas e despesas no período de 2008 a 2013 são demonstradas nos gráficos abaixo, lembrando que as cifras apresentadas neste capítulo são em valores correntes.

Gráficos 45 e 46: Receitas e despesas totais – 2008-2013

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Receitas de Capital 748 700 1.112 2.981 491 3.922

Receitas Correntes 92.719 92.418 106.563 122.827 137.739 152.672

Receita Total 93.467 93.118 107.675 125.808 138.230 156.594

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

160.000

180.000

200.000

Mil reais

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Despesas de Capital 12.093 6.980 15.225 11.383 13.519 9.840

Despesas Correntes 74.738 84.764 96.891 110.893 122.875 146.269

Despesa total 86.831 91.743 112.116 122.275 136.394 156.109

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

160.000

180.000

200.000

Mil reais

57 - Fontes: Prestações de Contas 2008 a 2013 – dados revisados em relação à edição anterior; relatórios da receita municipal extraídos do Sistema Integrado de Gestão Fiscal – Sigfis; Fundação Ceperj: ICMS arrecadado; IBGE: Estimativa encaminhada pelo IBGE ao TCU em julho/2013.

83

SÃO PEDRO DA ALDEIA

A receita realizada aumentou 68% entre 2008 e 2013, enquanto a despesa cresceu 80%.

Com relação à composição das receitas correntes, os gráficos a seguir apresentam sua evolução no período de seis anos em análise:

Gráficos 47, 48, 49, 50, 51 e 52: Composição das receitas correntes – 2008-2013

Receita Tributária

12,6%

Receita

Patrimonial1,9%

Royalties

8,4%

Receita de

contribuição11,8%

Receita de

Serviços0,0%Outras receitas

correntes7,4%Transferências

Correntes da União

25,9%

Transferências

Correntes do Estado

32,1%

2008

Receita Tributária13,4%

Receita Patrimonial

2,1% Royalties6,7%

Receita de contribuição

10,7%

Receita de Serviços

0,0%Outras receitas

correntes5,3%

Transferências Correntes da

União

27,1%

Transferências Correntes do

Estado

34,7%

2009

Receita Tributária

13,5%Receita

Patrimonial2,9% Royalties

6,9%

Receita de

contribuição7,0%

Receita de

Serviços0,0%

Outras receitas

correntes8,1%

Transferências

Correntes da União

28,1%

Transferências

Correntes do Estado

33,7%

2010

Receita Tributária

13,0%

Receita

Patrimonial3,6% Royalties

7,4%

Receita de

contribuição5,8%

Receita de

Serviços0,1%Outras receitas

correntes7,5%

Transferências

Correntes da União

27,4%

Transferências

Correntes do Estado

35,2%

2011

Receita Tributária13,1%

Receita Patrimonial6,5%

Royalties8,1%

Receita de contribuição

5,5%

Receita de Serviços

0,0%

Outras receitas correntes

6,7%Transferências

Correntes da União24,9%

Transferências Correntes do

Estado35,2%

2012

Receita Tributária14,5%

Receita Patrimonial2,0%

Royalties7,5%

Receita de contribuição

4,5%

Receita de Serviços

0,0%Outras receitas

correntes8,3%

Transferências Correntes da União

24,9%

Transferências Correntes do

Estado38,4%

2013

Pode-se observar a predominância das transferências correntes e dos royalties, já que a receita tributária representa 14,1% do total no ano de 2013.

84

SÃO PEDRO DA ALDEIA

O montante total transferido pela União e pelo estado ao município (excluídos os repasses de participações governamentais ligadas a petróleo e gás) teve um aumento de 85% entre 2008 e 2013:

Gráfico 53: Transferências totais para o município – 2008-2013

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Correntes e de capital 54.357 57.765 66.961 79.849 83.190 100.414

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

Mil reais

A receita tributária, por sua vez, teve um crescimento de 90% no mesmo período. A evolução desta rubrica foi beneficiada pelo aumento de 92% na arrecadação de ISS e de 383% no Imposto de Renda retido na fonte. Também houve acréscimo de 57% na receita de IPTU, de 188% no ITBI e de 74% nas taxas.

Gráfico 54: Receitas tributárias – 2008-2013

2008 2009 2010 2011 2012 2013

IPTU 5.532 6.027 6.690 6.584 8.197 8.667

Imposto de Renda 412 444 760 991 1.368 1.990

ITBI 896 1.230 1.174 1.332 1.518 2.580

ISS 2.989 2.886 3.610 4.944 5.219 5.733

Taxas 1.825 1.841 2.102 2.133 1.793 3.181

Contr.de Melhoria - - - - - -

Receita Tributária 11.654 12.428 14.336 15.983 18.094 22.151

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

Mil reais

85

SÃO PEDRO DA ALDEIA

As transferências correntes da União cresceram 58% no período, com aumento de 43% no repasse do Fundo de Participação dos Municípios e ingressos de Outras Transferências.

Gráfico 55: Transferências correntes da União – 2008-2013

2008 2009 2010 2011 2012 2013

FPM 14.227 14.063 15.078 18.592 19.065 20.396

ITR 12 12 11 39 37 95

ICMS Exportação - - 46 70 70 79

Outras 9.781 10.944 14.760 14.947 15.100 17.372

Total 24.020 25.019 29.895 33.648 34.272 37.942

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

Mil Reais

A evolução das transferências correntes do estado foi de 97% no período, tendo contribuído para tanto um aumento de 106% no repasse do ICMS e o crescimento de 95% do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb.

Gráfico 56: Transferências correntes do Estado – 2008-2013

2008 2009 2010 2011 2012 2013

ICMS 10.328 11.295 10.406 15.433 14.158 21.281

IPVA 1.056 1.480 1.265 1.981 2.338 2.962

IPI 308 444 231 474 461 602

FUNDEB 16.728 18.481 21.777 24.773 27.801 32.641

Outras 1.327 403 2.275 559 3.679 1.064

Total 29.747 32.103 35.954 43.220 48.438 58.550

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

Mil Reais

86

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Os indicadores a seguir são úteis para melhor interpretação das finanças públicas municipais:

1. Indicador de equilíbrio orçamentário em 2013:

receita realizada = R$ 156.594.071 = 1,0031 despesa executada R$ 156.109.044

Esse quociente demonstra o quanto da receita realizada serve de cobertura para a despesa executada.

A interpretação objetiva desse quociente nos leva a considerar que há R$ 100,31 para cada R$ 100,00 de despesa executada, apresentando superavit de execução.

Para os exercícios anteriores, o gráfico a seguir apresenta sua evolução, demonstrando equilíbrio orçamentário em cinco dos seis anos em análise.

Gráfico 57: Indicador de equilíbrio orçamentário – 2008-2013

1,0764 1,0150

0,9604

1,0289 1,0135 1,0031

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

2008 2009 2010 2011 2012 2013

2. Indicador do comprometimento da receita corrente com a máquina

administrativa em 2013:

despesas correntes = R$ 146.022.710 = 0,96 receitas correntes R$ 152.671.847

Esse indicador mede o nível de comprometimento do município com o funcionamento da máquina administrativa, utilizando-se recursos provenientes das receitas correntes.

Do total da receita corrente, 96% são comprometidos com despesas correntes. O gráfico a seguir apresenta a evolução desse indicador desde 2008:

87

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Gráfico 58: Indicador do comprometimento da receita corrente com o custeio – 2008-2013

0,80

0,92 0,90 0,90 0,89

0,96

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

2008 2009 2010 2011 2012 2013

As despesas correntes destinam-se à manutenção dos serviços prestados à população, inclusive despesas de pessoal, mais aquelas destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens móveis, necessárias à operacionalização dos órgãos públicos.

Tais despesas tiveram um crescimento de 96% entre 2008 e 2013, enquanto as receitas correntes cresceram 65% no mesmo período.

3. Indicador de autonomia financeira em 2013:

receita tributária própria = R$ 22.151.021 = 0,152 despesas correntes R$ 146.022.710

Esse indicador mede a contribuição da receita tributária própria do município no atendimento às despesas com a manutenção dos serviços da máquina administrativa.

Como se pode constatar, o município apresentou uma autonomia de 15,2% no exercício de 2013. A evolução desse indicador está demonstrada no gráfico a seguir.

Gráfico 59: Indicador de autonomia financeira – 2008-2013

0,156

0,147 0,149 0,145 0,148 0,152

0,000

0,050

0,100

0,150

0,200

0,250

0,300

2008 2009 2010 2011 2012 2013

88

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Houve redução da autonomia municipal, uma vez que a receita tributária cresceu 90% no período, contra 96% de aumento das despesas correntes.

No período analisado, houve redução na capacidade do ente em manter as atividades e serviços próprios da administração com recursos oriundos de sua competência tributária, o que o torna mais dependente de transferências de recursos financeiros dos demais entes governamentais.

4. Indicador do esforço tributário próprio em 2013:

receita tributária própria + inscrição líquida na dívida ativa = receita arrecadada

R$ 22.151.021 + 13.462.571 = 0,227 R$ 156.594.071

Esse indicador tem como objetivo comparar o esforço tributário próprio que o município realiza no sentido de arrecadar os seus próprios tributos, em relação às receitas arrecadadas.

Os recursos financeiros gerados em decorrência da atividade tributária própria do município correspondem a 22,7% da receita total, enquanto, no período analisado, sua performance está demonstrada no gráfico a seguir.

Gráfico 60: Indicador do esforço tributário próprio – 2008-2013

(0,325)

0,244 0,278

0,217 0,219 0,227

-0,40

-0,30

-0,20

-0,10

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Ocorreu aumento de 170% nesse indicador nos últimos seis anos. Há de se ressaltar, também, nesta análise, os valores que vêm sendo inscritos em dívida ativa, se comparados com o total da receita tributária arrecadada nos respectivos exercícios (gráficos seguintes com valores em milhares de reais correntes). Nos demonstrativos contábeis, não foi possível segregar a dívida ativa em tributária e não tributária.

89

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Gráfico 61: Comparativo da receita tributária própria e inscrição na dívida ativa – 2008-2013

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Inscrição na Dívida Ativa 1.573 10.343 15.797 12.236 13.743 13.983

Receita Tributária 11.654 12.428 14.336 15.983 18.094 22.151

-

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

O gráfico abaixo apresenta a performance da cobrança da dívida ativa sobre o estoque preexistente, já que não é possível apurar a idade das cobranças recebidas no exercício.

Gráfico 62: Eficácia da cobrança da dívida ativa – 2008-2013

-

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Estoque anterior 73.167 31.644 35.741 47.809 55.999 65.042

Cobrança no exercício 3.204 2.218 3.498 2.309 3.140 3.115

Cabe, ainda, comparar os valores cancelados com o desempenho da cobrança, como demonstram os gráficos a seguir.

90

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Gráfico 63: Evolução da cobrança versus cancelamento da dívida ativa – 2008-2013

-

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Cobrança no exercício 3.204 2.218 3.498 2.309 3.140 3.115

Cancelamento de dívida ativa 43.617 6 230 981 1.559 521

Gráfico 64: Evolução do estoque versus cancelamento da dívida ativa – 2008-2013

-

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Estoque anterior 73.167 31.644 35.741 47.809 55.999 65.042

Cancelamento de dívida ativa 43.617 6 230 981 1.559 521

5. Indicador da dependência de transferências de recursos em 2013:

transferências correntes e de capital = R$ 100.414.329 = 0,64 receita realizada R$ 156.594.071

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SÃO PEDRO DA ALDEIA

A receita de transferências representa 64% do total da receita do município em 2013. O gráfico a seguir apresenta valores desse indicador para os anos anteriores, demonstrando uma aparente redução da dependência do repasse de outros entes da federação.

Gráfico 65: Indicador da dependência de transferência de recursos – 2008-2013

0,58 0,62 0,62 0,63

0,60 0,64

0,67 0,69 0,69 0,71 0,68 0,71

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Sem royalties Com royalties

Caso somássemos as receitas de royalties ao numerador acima, a dependência de recursos transferidos, para o exercício de 2013, subiria para 71%.

Esse indicador reforça os comentários a respeito da autonomia financeira do município em face de sua dependência das transferências e, mais recentemente, de royalties e demais participações governamentais que, no gráfico abaixo, estão incluídos na receita própria e representaram R$ 11,4 milhões em 2013.

Gráfico 66: Comparativo entre transferências correntes de outros entes e receita própria – 2008-2013

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Total de transferênciascorrentes e de capital

54.357 57.765 66.961 79.849 83.190 100.414

Receita própria(tributária e não)

39.110 35.353 40.714 45.959 55.039 56.180

Receita Própria /Transferências

72% 61% 61% 58% 66% 56%

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

Mil reais

Outra maneira de verificar a autonomia municipal é a comparação do valor do ICMS arrecadado no município com o repasse feito pelo estado (excluída a parcela do Fundeb), apresentada no gráfico que segue.

92

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Gráfico 67: Comparativo entre ICMS arrecadado e redistribuído – 2008-2013

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Repasse do Estado 10.328 11.295 10.406 15.433 14.158 39.932

ICMS gerado no município 3.805 8.501 21.350 24.487 28.417 32.014

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

Mil Reais

6. Indicador da carga tributária per capita em 2013:

receita tributária própria + cobrança da dívida ativa = população do município

R$ 22.151.021 + R$ 3.114.805 = R$ 269,76/habitante 93.659

Esse indicador reflete a carga tributária que cada habitante do município tem em decorrência da sua contribuição em impostos, taxas e contribuições de melhoria para os cofres municipais.

Ao longo do exercício de 2013, cada habitante contribuiu para o fisco municipal com R$ 269,76. Nos exercícios anteriores, tais contribuições estão expressas em valores correntes no gráfico a seguir, havendo aumento de 51% no período.

Gráfico 68: Indicador da carga tributária per capita – 2008-2013

179,12 172,59

202,95 203,84

231,96

269,76

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Reais

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7. Indicador das despesas correntes per capita em 2013:

despesas correntes = R$ 146.022.710 = R$ 1.559,09/habitante população do município 93.659

Esse indicador objetiva demonstrar, em tese, o quantum com que cada cidadão arcaria para manter a operacionalização dos órgãos públicos municipais.

Caberia a cada cidadão, caso o município não dispusesse de outra fonte de geração de recursos, contribuir com R$ 1.559,09 em 2013. Nos exercícios anteriores, os valores estão expressos no próximo gráfico, havendo um aumento de 73% no período de 2008 a 2013.

Gráfico 69: Indicador do custeio per capita – 2008-2013

898,65 997,51

1.097,15

1.231,63 1.337,53

1.559,09

0,00

200,00

400,00

600,00

800,00

1.000,00

1.200,00

1.400,00

1.600,00

1.800,00

2.000,00

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Reais

8. Indicador dos investimentos per capita em 2013:

investimentos = R$ 8.351.384 = R$ 89,17/habitante população do município 93.659

Esse indicador objetiva demonstrar, em relação aos investimentos públicos aplicados, o quanto representariam em benefícios para cada cidadão.

Em 2013, cada habitante recebeu da administração pública, na forma de investimentos, o equivalente a R$ 89,17 em benefícios diretos e indiretos. O investimento per capita dos anos anteriores está expresso no gráfico que segue.

Se considerarmos que cada cidadão contribuiu para os cofres municipais com R$ 269,76 (Indicador nº 6 – carga tributária per capita), a quantia de R$ 89,17 representaria praticamente que 33% dos tributos pagos retornaram como investimentos públicos.

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Gráfico 70: Indicador dos investimentos per capita – 2008-2013

99,96

38,46

131,30

81,77

106,41

89,17

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

140,00

160,00

180,00

200,00

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Reais

9. Indicador do grau de investimento em 2013:

investimentos = R$ 8.351.384 = 0,05 receita total R$ 156.594.071

Esse indicador reflete a contribuição da receita total na execução dos investimentos.

Os investimentos públicos correspondem, aproximadamente, a 5% da receita total do município. A restrição de investimentos ocorre de forma a não comprometer a liquidez com utilização de recursos de terceiros ou com a própria manutenção da máquina administrativa, uma vez que, somente com despesas de custeio (Indicador nº 2 – comprometimento da receita corrente com a máquina administrativa) já se comprometem 96% das receitas correntes.

Esse quociente apresentou níveis bons, evidenciando uma parcela considerável dos recursos públicos direcionados ao desenvolvimento do município.

Gráfico 71: Indicador do grau de investimento – 2008-2013

8,87%

3,51%

10,72%

5,83%

7,05%

5%

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

2008 2009 2010 2011 2012 2013

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10. Indicador da liquidez corrente em 2013:

ativo financeiro = R$ 71.831.177 = 1,10 passivo financeiro R$ 65.190.170 Esse quociente mede a capacidade da entidade de pagar as suas obrigações com

as suas disponibilidades monetárias.

O quociente acima revela perspectivas favoráveis à solvência imediata dos compromissos de curto prazo assumidos pela prefeitura.

O gráfico a seguir aponta que a situação de liquidez do município esteve em equilíbrio em cinco dos seis anos analisados.

Gráfico 72: Indicador da liquidez corrente – 2008-2013

1,37

1,45

1,151,23

0,79

1,10

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Deve ser considerado que, para os municípios com as contas anuais consolidadas, o ativo financeiro inclui as aplicações de seus regimes próprios de previdência social.

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VI - MAPA DA CULTURA FLUMINENSE

Introdução

Em seu sentido original, de acordo com o dicionário Aurélio online, cultura é a ação ou maneira de cultivar a terra, as plantas, certas espécies microbianas e mesmo animais (cultura de abelhas). Em sentido figurado, o termo refere-se ao conjunto dos conhecimentos adquiridos, à instrução, ao saber. Na sociologia, consiste no conjunto das estruturas sociais, religiosas, manifestações intelectuais e artísticas que caracterizam uma sociedade. É ainda, entre outras acepções, a aplicação do espírito a uma coisa: a cultura das ciências.

Cultura é comumente associada a altas formas de manifestação artística. Mas, como objeto de estudo das ciências sociais, sua definição remonta ao século XIX e inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade

58. Estudos do século

XX apresentam a cultura como um sistema de símbolos compartilhados com que se interpreta a realidade. Uma rede de significados que dá sentido ao mundo que cerca um indivíduo

59.

Instituições culturais

Paralelamente, o regime varguista atuou no campo cultural através do Departamento de Imprensa e Propaganda – DIP, criado por decreto presidencial em dezembro de 1939, com o objetivo de difundir a ideologia do Estado Novo junto às camadas populares

60. O DIP abarcava os setores de divulgação, radiodifusão, teatro,

cinema, turismo e imprensa. Cabia-lhe coordenar, orientar e centralizar a propaganda interna e externa, fazer censura ao teatro, cinema e funções esportivas e recreativas, organizar manifestações cívicas, festas patrióticas, exposições, concertos, conferências, e dirigir o programa de radiodifusão oficial do governo. A Rádio Nacional foi encampada pelo governo e data do período a criação do programa “Hora do Brasil”.

Em síntese, o regime autoritário do Estado Novo articulou uma dupla estratégia de atuação na área cultural, voltada tanto para as elites intelectuais como para as camadas populares. Ao mesmo tempo em que incentivava a pesquisa e a reflexão conduzidas

58 - Edward Tylor: “Primitive culture”, 1871. 59 - Clifford Geertz, “A interpretação das culturas”, 1973. 60 - Fundação Getúlio Vargas, Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil – CPDOC. http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos37-45/EducacaoCulturaPropaganda/DIP. Acesso em 14.08.2014.

A chegada de Dom João VI e da corte portuguesa em 1808 resultou na criação da Biblioteca Nacional e das primeiras universidades em território brasileiro, além de encerrar a proibição de publicação de livros, jornais e revistas que vigorou no período colonial. Mas somente na Era Vargas, a partir da criação do Ministério da Educação e Saúde, em 1930, surgiu uma série de instituições culturais oficiais, como o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Instituto Nacional do Livro, o Serviço Nacional do Teatro e o Conselho Nacional de Cultura.

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pelos intelectuais, o governo estabelecia uma rígida política de vigilância em relação às manifestações da cultura popular. A propaganda do regime foi facilitada pelo controle dos mais variados meios de comunicação, e seus instrumentos principais foram o rádio e a imprensa.

A partir de 1953, com Getúlio Vargas novamente na presidência, eleito pelo povo, a saúde ganhou autonomia. A estrutura remanescente passou a chamar-se Ministério da Educação e Cultura. Esse arranjo atravessou os governos militares iniciados em 1964 e perdurou até 1985, quando, através do Decreto 91.144, o Ministério da Cultura – Minc assumiu a responsabilidade pelas letras, artes, folclore e outras formas de expressão da cultura nacional e pelo patrimônio histórico, arqueológico, artístico e cultural do Brasil.

Plano Nacional de Cultura – PNC

Instituído pela Lei 12.343, de 2 de dezembro de 2010, o Plano Nacional de Cultura tem por finalidade o planejamento e implementação de políticas públicas de longo prazo voltadas à proteção e promoção da diversidade cultural brasileira, que se expressa em “práticas, serviços e bens artísticos e culturais determinantes para o exercício da cidadania, a expressão simbólica e o desenvolvimento socioeconômico do país”

61.

Os objetivos do PNC são o fortalecimento institucional e a definição de políticas públicas que assegurem o direito constitucional à cultura, a proteção e a promoção do patrimônio e da diversidade étnica, artística e cultural, a ampliação do acesso à produção e a fruição da cultura em todo o território, a inserção da cultura em modelos sustentáveis de desenvolvimento socioeconômico e o estabelecimento de um sistema público e participativo de gestão, acompanhamento e avaliação das políticas culturais.

Entre as disposições do plano, está a criação de um Sistema Nacional de Cultura – SNC e de um Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais – SNIIC

62. O

SNC objetiva a adesão dos entes federados, com participação da sociedade civil. Envolve a constituição e institucionalização nos estados e municípios dos seguintes elementos: secretaria de cultura ou órgão equivalente, conselho de política cultural, conferência de cultura, plano de cultura, sistema de financiamento à cultura com existência obrigatória do fundo de cultura e, para o caso dos estados e do Distrito Federal, comissão intergestores bipartite. Já o SNIIC fará a comunicação dos entes que aderirem ao SNC e dará visibilidade aos processos e ações desenvolvidos na área cultural, funcionando como base de apoio à governança colaborativa.

Política cultural no estado do Rio de Janeiro

Na esteira do Plano Nacional de Cultura, o Minc anunciou 53 metas a serem cumpridas até 2020. A primeira delas é, neste prazo, institucionalizar e implementar o Sistema Nacional de Cultura em todos os estados e em 60% dos municípios brasileiros. Em agosto de 2014, de acordo com o Minc, o estado do Rio de Janeiro e 60 municípios fluminenses já haviam assinado acordos de adesão

63.

61 - Ministério da Cultura, http://www.cultura.gov.br/plano-nacional-de-cultura-pnc-. Acesso em 13.08.2014. 62 - Metas do Plano Nacional de Cultura - http://www.cultura.gov.br/documents/10883/11294/METAS_PNC_final.pdf/3dc312fb-5a42-4b9b-934b-b3ea7c238db2 63 - http://www.cultura.gov.br/snc/.

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Até o final de 2013, a Secretaria de Estado de Cultura – SEC havia encerrado a consulta pública das minutas da Lei Estadual de Cultura e do Plano Estadual de Cultura, estando prevista em 2014 a remessa para apreciação da Assembleia Legislativa

64.

Em texto publicado no sítio oficial da SEC para explicar a iniciativa 65

, argumenta-se que cabe ao poder público propiciar melhores condições para que o processo social de criação e fruição da cultura seja o mais rico e diverso possível. No entanto, na maioria dos municípios, constata-se um quadro de carências na gestão pública da cultura, com pouquíssimos recursos humanos, financeiros e materiais, baixa institucionalidade (poucos municípios têm secretaria exclusiva de cultura), planejamento inexistente, servidores em quantidade insuficiente e sem a formação necessária, falta de equipamentos culturais, sem falar na pouca participação de agentes culturais e artistas locais na gestão da cultura.

A riqueza da cultura do Rio de Janeiro vai além da capital. A SEC destaca a presença, em diferentes regiões, das culturas africana, caiçara, indígena e de outros povos que para cá migraram. São manifestações populares como as pastorinhas de Santo Antônio de Pádua, a cavalhada de Campos, o mineiro pau de Miracema, o boi pintadinho de Italva, o caxambu de Porciúncula, o calango de Vassouras, a ciranda de Paraty, o maracatu de Resende, além da capoeira, das folias de reis, do jongo e das quadrilhas.

Bandas centenárias dão o tom das festas, junto com corais, grupos de samba e choro, rock, hip-hop e funk. Surgem cineclubes, além de coletivos de artes cênicas, visuais e literários. O artesanato mantém famílias e comunidades que se expressam através da cerâmica, renda, madeira, couro, cestas e trançados. As festas, religiosas e pagãs, são variadas: a celebração do dia 13 de maio no quilombo São José, em Valença, a festa do Divino, em Paraty, e a noite do jongo, em Vassouras. Os festivais incluem a Festa Internacional do Teatro de Angra dos Reis, o Rio das Ostras Jazz & Blues, o Festival do Vale do Café, no Vale do Paraíba, e a festa literária de Paraty.

A exemplo do governo federal, o projeto de lei do Plano Estadual de Cultura cria o Sistema Estadual de Cultura, acompanhado de diretrizes e estratégias para melhor cumprimento de seus objetivos. O trabalho de construção participativa do plano e da lei de cultura começou em 2010, com encontros públicos nos 92 municípios do estado, oito conferências regionais, consulta pública das minutas dos documentos pela internet e nova rodada de eventos regionais em 2012, com 10 conferências em todas as regiões do estado, envolvendo, ao todo, mais de 5 mil pessoas.

A SEC também vem promovendo discussões com vistas à elaboração de planos setoriais para 10 áreas: artes visuais, audiovisual, circo, dança, design, livro e leitura, museus, música, patrimônio cultural e teatro. Os grupos de planejamento setorial

64 - Secretaria de Estado de Cultura, http://www.cultura.rj.gov.br/materias/lei-estadual-de-cultura-e-plano-estadual-de-cultura-serao-enviados-para-a-assembleia-legislativa 65 - Adriana Scorzelli Rattes, secretária de estado de Cultura. “Um plano para nossa cultura”, acesso em 14.08.2014, endereço http://www.cultura.rj.gov.br/apresentacao-projeto/plano-estadual-de-cultura.

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facultaram o envio de comentários e sugestões através da internet e realizaram uma reunião pública para cada setor, para que os textos fossem apresentados e discutidos presencialmente.

Projeto Mapa de Cultura

O Mapa de Cultura do Estado do Rio de Janeiro pretende mapear e divulgar as principais manifestações culturais dos municípios. O projeto é realizado pela Secretaria de Estado de Cultura, com patrocínio da Petrobras e coordenação e conteúdo fornecido por uma empresa de comunicação. Conforme a SEC, trata-se do primeiro passo para preencher a lacuna de informações sobre a cultura popular tanto do interior fluminense quanto de áreas mais remotas da Região Metropolitana.

Em 2011 e 2013, caravanas integradas por jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas rodaram cerca de 15 mil quilômetros do território fluminense no esforço de catalogação para registrar as mais importantes atividades culturais em diversas áreas como espaços culturais, festas tradicionais e festivais de cultura, patrimônios materiais e imateriais, além de artistas, personagens e grupos de destaques em todo o estado.

O resultado é um portal bilíngue na internet que reúne 3,5 mil verbetes, 8 mil imagens e 120 vídeo-documentários sobre a cultura do estado. O projeto prevê atualização periódica.

Mapa do município

As informações que publicamos a seguir, enumerando algumas das principais manifestações culturais encontradas em São Pedro da Aldeia, foram extraídas, entre abril e agosto de 2014, do portal disponível no endereço eletrônico http://mapadecultura.rj.gov.br/

66.

Patrimônio material

Matriz de São Pedro – Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural – Iphan em 1938, o conjunto arquitetônico é formado pela igreja e convento dos jesuítas, responsáveis pelo aldeamento dos índios de São Pedro da Aldeia. A igreja começou a ser construída em 1620 e só foi concluída em 1783. Feita de pedra, cal e óleo de peixe, com materiais e técnica da época, é considerada uma das primeiras igrejas jesuítas do Brasil. O conjunto possui apenas uma ala, formada por partes da residência dos padres e a área da igreja. Dentro dos muros do antigo convento, encontra-se o cemitério paroquial com esculturas em mármore. Travessa Hildegardo Milagres.

Casa da Flor – Nascido em 1892, Gabriel Joaquim dos Santos trabalhava na roça e alfabetizou-se com quase 80 anos. Levado pela fantasia e imaginação, começou a “bricolage” de sua casa em 1920, utilizando materiais como cacos de cerâmica, de louça, de vidro, de ladrilhos, lâmpada queimada, bibelôs, conchas, correntes, tampos de metal. A obra durou até o artista falecer, em 1985. Um ano depois, a residência foi tombada como patrimônio cultural fluminense, considerada expressão ímpar da arquitetura espontânea popular. Na Rua dos Passageiros. 66 - Fotos de Cris Isidoro e Diadorim Ideias.

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Conjunto Arquitetônico – O traçado urbano que originou a cidade colonial mantém casario da época e belos prédios ao longo de pelos menos 20 ruas e praças, entre elas as avenidas São Pedro, Francisco Coelho e Beato José de Anchieta. Formam conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural – Inepac.

Praça do Canhão – O canhão do século XVI era utilizado para sinalizar ao forte São Mateus, em Cabo Frio, a presença de embarcações invasoras. É de fabricação inglesa, suspenso sobre base de cimento, com aproximadamente 2,5m de comprimento e 15 cm de diâmetro. Fica na Praça Plínio de Assis Tavares, onde também acontece a feira de artesanato e bijuterias. Cerca de 30 barracas são montadas todas as noites durante o verão. No inverno, abrem de sexta a domingo. De lá, pode-se apreciar o conjunto arquitetônico da igreja matriz.

Agenda

Festa de São Pedro – Além de missas, fogueiras e ladainhas, o padroeiro é homenageado com uma bela procissão de barcos, na festa mais importante da cidade. Canoas, traineiras e barcos de todos os tipos são enfeitados com flores, ramagens, bandeirinhas e lanternas, e conduzidos ao mar por uma embarcação que leva a imagem de São Pedro. A procissão parte da praia da Pitória, ao som de cânticos religiosos e em meio a fogos de artifícios, até a praia de São Pedro. De lá, os moradores seguem para a igreja de São Pedro, no centro. A festa dura de dois a três dias com shows, barraquinhas de comidas e bebidas. Em 29 de junho.

Festa de Corpus Christi – A grande atração da festa são os tapetes de sal e areia que colorem as ruas por onde passa a tradicional procissão. Os grandes mosaicos de pó sobre o asfalto são produzidos por artesãos e artistas plásticos locais, com a ajuda dos próprios moradores. Além de areia e sal marinhos, os artesãos lançam mão de vários tipos de materiais, como serragem colorida, borra de café, farinha, tampinhas de garrafas, flores e folhas. Entre maio e junho, na Praça Agenor Santos.

Literarte – A programação da feira de literatura e arte inclui exposição e venda de livros de artistas locais, contação de histórias e shows. Pode durar até quatro dias, em novembro, na Rua São Pedro.

Espaços culturais

Horto-Escola Artesanal – Oferece aulas de artesanato para o público em geral, e aulas de ciências, biologia e geografia para alunos da rede pública. Com o material produzido nos cursos de corte e costura e de artes plásticas, a escola promove um desfile de roupas e o evento Natal Sustentável, quando são vendidas peças feitas com materiais recicláveis. Fica no km 107 da rodovia Amaral Peixoto, em Balneário São Pedro 2.

Museu Aeronaval – Está localizado na única base aérea da Marinha brasileira, criada em 1966. Parte da história da aviação naval é contada em acervo que inclui sete aeronaves, entre originais e réplicas, motores, maquetes, fotografias e documentos. Na Rua Comandante Ituriel.

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Casa dos Azulejos – Abriga uma exposição permanente de artesanato, além de um espaço para os artesãos venderem suas peças e ensinarem suas

técnicas. Oferece também cursos de dança de salão, do ventre e de teatro infantil. O espaço serve ainda como sede de um grupo de caminhada ecológica. O imóvel de estilo colonial foi construído em 1847, com argamassa de argila, conchas e óleo de baleia. É revestido com azulejos fabricados em Portugal, e o telhado de madeira é coberto por telhas de barro, do tipo que os escravos modelavam uma a uma sobre as coxas. Na Rua São Pedro.

Teatro Municipal Átila Costa – É um dos maiores teatros da Região dos Lagos, com 1.330 metros quadrados e capacidade para 404 lugares. Inaugurado em dezembro de 2008, seu nome é uma homenagem a um personagem aldeense, falecido em 2006, que foi grande articulador cultural na cidade. Localizado dentro do parque municipal Waldyr Lobo, possui um palco italiano que oferece ótimas condições de visibilidade, acústica e adequações cênicas. O salão de entrada abriga exposições temporárias. Na Rua Francisco Santos Silva, Nova São Pedro.

Cineclube Estação Cine São Pedro – Tem capacidade para abrigar até 350 pessoas. Com o objetivo de valorizar a cultura e a produção brasileira, todos os filmes de seu acervo são nacionais, com espaço para produtores locais que queiram uma chance de divulgação de seu trabalho. Na Rua Francisco Santos Silva, Nova São Pedro.

Casa Aldeense – Construída em 1874, a casa é propriedade de um colecionador que guarda grande acervo sobre a história da cidade. Em 2006, foi tombada pelo Inepac. Sua arquitetura é típica do estilo colonial brasileiro, com beiral do tipo telha-sobre-telha, telhado com duas águas, fachada frontal com porta e cinco janelas e vidraças do tipo “guilhotina”, fachada lateral com quatro janelas e vidraças, jardim interno, pátio calçado com pedras no estilo “pé-de-moleque” e cisterna para águas pluviais. No acervo, encontram-se fotos, livros manuscritos do século XIX, cópia do mapa da Aldeia no final do século XVIII, medalhas de santos utilizadas pelos jesuítas no tempo da

catequese, peças de barro cozido utilizadas como peso para redes e linhas de pesca, cachimbos de barro, cacos de louça dos séculos XVII, XVIII e XIX, pilões de madeira e uma batedeira de bolos toda construída em madeira, entre outros objetos. Na Rua João Martins.

Casa da Cultura Gabriel Joaquim dos Santos – A construção do século XIX já foi sede da câmara e a primeira sede da prefeitura de São Pedro, em 1893. Possui uma exposição permanente da memória do município e exposições temporárias de artistas plásticos, artesãos, fotógrafos locais e de outros municípios da Região dos Lagos. Inaugurada em 1999, a casa da cultura realiza oficinas de modelo e manequim, artesanato, música, idiomas, teatro, pintura, animação cultural e coral. O arco com colunas cobertas de cacos de cerâmica, que divide as duas salas de exposição, é uma referência à Casa da Flor. Na Rua Francisco Coelho Pereira.

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Biblioteca Pública Municipal Professor Cordelino Teixeira de Paulo – Abriga cerca de 10 mil títulos, incluindo um acervo voltado para deficientes visuais, com cerca de 100 volumes, entre livros em braile e DVDs. Também abriga uma exposição permanente de fotografias que mostram os detalhes arquitetônicos e a história da Casa da Flor e de seu fundador, Gabriel Joaquim dos Santos. Na Rua João Martins.

Destaques

Pesca Artesanal – A maioria dos alunos da escola municipal José Guimarães é filho, sobrinho, neto ou bisneto de pescador. Todos os anos, um grupo deles é selecionado para aprender a pesca artesanal e conhecer a cultura de seus antepassados. Os estudantes passam por oficinas de vídeo para transformar o que aprenderam em filme. O processo culmina com apresentações dos vídeos nas escolas e praças da cidade. O trabalho com as crianças é promovido pela colônia de pescadores da praia da Pitória, lugar onde é praticada uma genuína forma de pesca de arrasto chamada troia.

Companhia Teatral Casa dos Azulejos – É composta por 50 alunos da Escola de Artes de São Pedro e desde 2006 apresenta espetáculos na cidade e em outros municípios da região.

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SÃO PEDRO DA ALDEIA

VII - CONCLUSÃO

São Pedro da Aldeia tem área total de 332,8 km2, correspondentes a 0,76% do

território estadual, 42.712 domicílios e população estimada em 93.659 habitantes. O município dispõe de instrumentos de política urbana voltados para prevenção, redução e gestão de riscos e desastres, legislação sobre zona e/ou área de interesse social para assentamentos habitacionais de população de baixa renda como parte integrante do Plano Diretor municipal e mapeamento das áreas de risco. São Pedro da Aldeia ocupa o 17º lugar no ranking de distribuição do ICMS verde, estimada em R$ 3,7 milhões.

A estrutura administrativa municipal dispunha de 3.888 servidores, o que resulta em uma média de 42 funcionários por mil habitantes, a 61ª maior no estado. A pesquisa continuada deste TCE sobre o governo eletrônico aponta que o sítio oficial na internet oferece 12 dos 19 tipos de serviços informativos pesquisados e nove de 18 aspectos interativos selecionados. O município possibilita algum tipo de transação online por meio da rede mundial de computadores.

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal era de 0,712 em 2010. Em relação aos 91 outros municípios do Rio de Janeiro, ocupa a 47ª posição.

Quanto à educação, São Pedro da Aldeia teve 20.369 alunos matriculados em 2013, uma variação de -1,8% em relação ao ano anterior. Foram 1.043 estudantes na creche, 49% na rede municipal, e 2.368 na pré-escola, 69% deles em 41 estabelecimentos da prefeitura. O ensino fundamental foi ofertado a 14.255 alunos, 62% deles em 35 unidades municipais e 15% em oito estabelecimentos da rede estadual. O ensino médio, disponibilizado em 11 unidades escolares, teve 2.703 alunos matriculados, 84% na rede estadual.

No relatório dos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb 2013, o Ministério da Educação informa que a rede municipal teve nota média de 4,6 para os anos iniciais do ensino fundamental, ficando posicionado em 64º entre 91 avaliados, não alcançando a meta estabelecida. Quanto aos anos finais, obteve grau médio 3,2, posicionado como 71º entre 83 avaliados, não tendo atingido a meta. Já a rede estadual só foi avaliada no segundo segmento do ensino fundamental. Com 3,6 pontos no Ideb, o município foi o 63º entre 87 avaliados, não tendo cumprido a meta.

Há, em São Pedro da Aldeia, 13 equipes de Saúde da Família e 11 equipes de Saúde Bucal atendendo a população.

Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais – Rais, do Ministério do Trabalho, o município participou do mercado de trabalho com 7.709 empregos formais.

A receita total do município foi de R$ 157 milhões em 2013, a 41ª do estado (em comparação que não inclui a capital). Sua autonomia financeira é de 15,2% e seu esforço tributário alcançou 22,7%. A carga tributária per capita de R$ 269,76 é a 44ª do estado, sendo R$ 92,54 em IPTU (22ª posição) e R$ 61,21 em ISS (65º lugar).

Suas receitas correntes estão comprometidas em 96% com o custeio da máquina administrativa. O custeio per capita de R$ 1.559,09 é o 83º do estado, contra um investimento per capita de R$ 89,17, posição de número 69 dentre os 91 demais.

104

SÃO PEDRO DA ALDEIA

As receitas vinculadas ao petróleo, no montante de R$ 11,44 milhões, correspondem a 7% de sua receita total, perfazendo 122 reais por habitante, a 71ª colocação no estado.

Nas páginas seguintes são apresentadas tabelas que permitem comparar os desempenhos das finanças municipais, num resumo de alguns dos diversos indicadores apresentados no Estudo Socioeconômico de cada município.

Uma análise pormenorizada está disponível para cada localidade fluminense no sítio www.tce.rj.gov.br.

105

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Tabela A - Receitas totais e per capita de 2013, com indicadores

Município Receita total

em 2013 (R$ milhões)

Ranking da receita total

Receita per capita em 2013

(R$)

Ranking da receita total per

capita

Esforço tributário em

2013

Angra dos Reis 756 9 4.167,19 24 21,0%

Aperibé 44 80 4.117,97 26 2,7%

Araruama 245 26 2.062,84 73 16,3%

Areal 47 78 3.956,14 28 10,5%

Armação dos Búzios 211 30 7.085,86 6 20,5%

Arraial do Cabo 119 46 4.150,48 25 24,1%

Barra do Piraí 176 37 1.832,84 81 13,8%

Barra Mansa 404 16 2.249,85 67 18,9%

Belford Roxo 541 13 1.132,20 89 12,9%

Bom Jardim 72 58 2.788,30 52 5,9%

Bom Jesus do Itabapoana 69 60 1.934,30 79 7,3%

Cabo Frio 820 7 4.094,66 27 19,4%

Cachoeiras de Macacu 160 39 2.870,35 47 7,7%

Cambuci 41 85 2.768,52 54 3,3%

Campos dos Goytacazes 2.405 1 5.039,53 14 8,8%

Cantagalo 76 55 3.839,86 30 9,0%

Carapebus 95 51 6.621,54 8 5,9%

Cardoso Moreira 47 77 3.710,93 33 3,1%

Carmo 57 68 3.149,51 40 4,1%

Casimiro de Abreu 275 23 7.138,85 5 5,5%

Comendador Levy Gasparian 31 91 3.760,81 32 9,2%

Conceição de Macabu 60 64 2.759,62 55 4,1%

Cordeiro 53 73 2.553,08 61 7,8%

Duas Barras 43 82 3.915,08 29 3,6%

Duque de Caxias 1.780 3 2.037,14 75 23,2%

Engenheiro Paulo de Frontin 41 83 3.069,85 43 4,0%

Guapimirim 140 44 2.562,00 60 8,0%

Iguaba Grande 73 57 2.952,98 45 13,4%

Itaboraí 650 12 2.884,47 46 50,3%

Itaguaí 515 14 4.457,99 19 37,0%

Italva 43 81 3.016,72 44 3,7%

Itaocara 55 70 2.392,98 65 5,8%

Itaperuna 191 33 1.945,26 78 12,2%

Itatiaia 126 45 4.245,42 23 16,4%

Japeri 158 40 1.606,00 84 10,7%

Laje do Muriaé 35 88 4.726,86 15 1,5%

Macaé 2.073 2 9.235,06 4 31,1%

Macuco 31 90 5.868,39 9 4,4%

Magé 373 20 1.605,55 85 12,6%

Mangaratiba 269 24 6.858,66 7 21,5%

Maricá 397 17 2.842,07 50 16,6%

Mendes 50 75 2.781,44 53 4,7%

Mesquita 228 28 1.337,32 87 13,7%

Miguel Pereira 77 54 3.089,54 42 9,8%

Miracema 66 63 2.453,82 64 3,7%

(continua)

106

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Tabela A - Receitas totais e per capita de 2013, com indicadores (cont.)

Município Receita total

em 2013 (R$ milhões)

Ranking da receita total

Receita per capita em 2013

(R$)

Ranking da receita total per

capita

Esforço tributário em

2013

Natividade 54 72 3.613,04 35 6,7%

Nilópolis 221 29 1.399,06 86 13,5%

Niterói 1.589 4 3.215,08 37 43,2%

Nova Friburgo 350 22 1.901,94 80 26,8%

Nova Iguaçu 1.048 5 1.302,32 88 16,2%

Paracambi 99 50 2.038,21 74 6,0%

Paraíba do Sul 91 52 2.180,79 71 9,4%

Paraty 179 35 4.527,28 18 12,5%

Paty do Alferes 69 61 2.583,15 58 7,4%

Petrópolis 786 8 2.638,43 56 28,5%

Pinheiral 60 65 2.563,34 59 7,5%

Piraí 151 42 5.542,11 11 10,7%

Porciúncula 56 69 3.091,31 41 7,0%

Porto Real 209 31 11.821,23 1 8,0%

Quatis 57 66 4.316,39 22 4,5%

Queimados 232 27 1.638,82 83 17,3%

Quissamã 245 25 11.255,81 2 3,7%

Resende 394 18 3.192,33 39 17,5%

Rio Bonito 162 38 2.848,51 49 17,0%

Rio Claro 68 62 3.825,79 31 5,3%

Rio das Flores 41 84 4.700,61 16 5,4%

Rio das Ostras 692 11 5.666,72 10 14,8%

Santa Maria Madalena 52 74 5.048,90 13 3,4%

Santo Antônio de Pádua 90 53 2.188,86 69 7,1%

São Fidélis 74 56 1.972,79 77 5,7%

São Francisco de Itabapoana 103 48 2.483,92 62 3,9%

São Gonçalo 961 6 937,01 91 18,5%

São João da Barra 382 19 11.239,58 3 19,5%

São João de Meriti 482 15 1.046,16 90 31,6%

São José de Ubá 33 89 4.617,63 17 2,4%

São José do Vale do Rio Preto 54 71 2.631,99 57 8,8%

São Pedro da Aldeia 157 41 1.671,96 82 22,7%

São Sebastião do Alto 40 86 4.384,15 21 3,6%

Sapucaia 57 67 3.213,45 38 15,8%

Saquarema 189 34 2.379,74 66 19,5%

Seropédica 178 36 2.186,52 70 21,7%

Silva Jardim 113 47 5.293,30 12 5,5%

Sumidouro 49 76 3.258,69 36 4,7%

Tanguá 71 59 2.244,20 68 8,1%

Teresópolis 369 21 2.170,09 72 20,2%

Trajano de Moraes 46 79 4.445,03 20 2,2%

Três Rios 195 32 2.472,82 63 21,0%

Valença 145 43 1.987,28 76 14,6%

Varre-Sai 37 87 3.703,34 34 2,0%

Vassouras 100 49 2.834,28 51 6,3%

Volta Redonda 749 10 2.863,84 48 29,6%

107

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Tabela B - Despesas totais e per capita de 2013

Município Despesa total (R$ milhões)

Ranking da despesa total

Apresentou equilíbrio

orçamentário?

Despesa per capita (R$)

Ranking da despesa total

per capita

Angra dos Reis 788 9 Não 4.342,80 20

Aperibé 48 75 Não 4.511,99 17

Araruama 249 24 Não 2.090,01 74

Areal 40 83 Sim 3.404,43 35

Armação dos Búzios 192 33 Sim 6.437,81 7

Arraial do Cabo 133 44 Não 4.661,13 14

Barra do Piraí 173 37 Sim 1.794,06 79

Barra Mansa 393 19 Sim 2.190,28 70

Belford Roxo 552 13 Não 1.155,50 89

Bom Jardim 70 59 Sim 2.679,66 52

Bom Jesus do Itabapoana 71 58 Não 1.982,52 77

Cabo Frio 798 8 Sim 3.984,37 24

Cachoeiras de Macacu 180 35 Não 3.243,11 37

Cambuci 37 85 Sim 2.493,11 61

Campos dos Goytacazes 2.298 1 Sim 4.814,61 12

Cantagalo 76 55 Sim 3.808,50 29

Carapebus 99 49 Não 6.904,00 5

Cardoso Moreira 43 79 Sim 3.448,86 34

Carmo 53 71 Sim 2.948,68 44

Casimiro de Abreu 229 27 Sim 5.958,02 9

Comendador Levy Gasparian 32 89 Não 3.853,52 28

Conceição de Macabu 57 64 Sim 2.625,36 56

Cordeiro 57 65 Não 2.741,60 51

Duas Barras 41 81 Sim 3.699,88 30

Duque de Caxias 1.765 2 Sim 2.019,94 75

Engenheiro Paulo de Frontin 40 84 Sim 2.966,04 43

Guapimirim 142 43 Não 2.588,32 59

Iguaba Grande 72 57 Sim 2.904,92 47

Itaboraí 601 12 Sim 2.667,55 54

Itaguaí 446 15 Sim 3.862,93 27

Italva 41 80 Sim 2.847,01 48

Itaocara 52 72 Sim 2.263,44 69

Itaperuna 188 34 Sim 1.916,20 78

Itatiaia 118 46 Sim 3.969,50 25

Japeri 142 42 Sim 1.443,29 85

Laje do Muriaé 30 91 Sim 4.063,43 23

Macaé 1.764 3 Sim 7.862,13 4

Macuco 34 87 Não 6.393,09 8

Magé 395 17 Não 1.701,26 82

Mangaratiba 265 23 Sim 6.766,76 6

Maricá 407 16 Não 2.914,17 46

Mendes 48 77 Sim 2.660,63 55

Mesquita 245 25 Não 1.436,94 88

Miguel Pereira 66 61 Sim 2.670,87 53

Miracema 70 60 Não 2.595,83 58

(continua)

108

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Tabela B - Despesas totais e per capita de 2013 (cont.)

Município Despesa total (R$ milhões)

Ranking da despesa total

Apresentou equilíbrio

orçamentário?

Despesa per capita (R$)

Ranking da despesa total

per capita

Natividade 54 69 Sim 3.598,75 32

Nilópolis 228 28 Não 1.442,16 86

Niterói 1.524 4 Sim 3.082,91 40

Nova Friburgo 329 22 Sim 1.786,52 80

Nova Iguaçu 1.157 5 Não 1.437,63 87

Paracambi 111 47 Não 2.276,42 68

Paraíba do Sul 91 52 Sim 2.163,22 72

Paraty 163 39 Sim 4.133,11 22

Paty do Alferes 63 63 Sim 2.355,11 63

Petrópolis 779 10 Sim 2.614,99 57

Pinheiral 55 68 Sim 2.339,48 65

Piraí 147 41 Sim 5.374,02 11

Porciúncula 54 70 Sim 2.946,80 45

Porto Real 204 32 Sim 11.552,76 2

Quatis 56 66 Sim 4.234,44 21

Queimados 227 29 Sim 1.601,09 84

Quissamã 243 26 Sim 11.158,53 3

Resende 378 21 Sim 3.063,60 41

Rio Bonito 171 38 Não 2.998,17 42

Rio Claro 65 62 Sim 3.678,68 31

Rio das Flores 41 82 Sim 4.660,28 16

Rio das Ostras 703 11 Não 5.751,76 10

Santa Maria Madalena 48 76 Sim 4.690,86 13

Santo Antônio de Pádua 86 53 Sim 2.099,81 73

São Fidélis 76 54 Não 2.004,35 76

São Francisco de Itabapoana 98 50 Sim 2.377,63 62

São Gonçalo 923 6 Sim 899,56 91

São João da Barra 395 18 Não 11.629,66 1

São João de Meriti 514 14 Não 1.114,72 90

São José de Ubá 32 90 Sim 4.429,53 18

São José do Vale do Rio Preto 49 74 Sim 2.353,38 64

São Pedro da Aldeia 156 40 Sim 1.666,78 83

São Sebastião do Alto 35 86 Sim 3.865,76 26

Sapucaia 56 67 Sim 3.190,13 39

Saquarema 205 31 Não 2.585,77 60

Seropédica 178 36 Não 2.187,46 71

Silva Jardim 100 48 Sim 4.660,42 15

Sumidouro 49 73 Sim 3.242,60 38

Tanguá 73 56 Não 2.295,71 67

Teresópolis 390 20 Não 2.297,28 66

Trajano de Moraes 46 78 Sim 4.421,63 19

Três Rios 217 30 Não 2.750,92 50

Valença 129 45 Sim 1.756,98 81

Varre-Sai 34 88 Sim 3.459,95 33

Vassouras 98 51 Sim 2.780,22 49

Volta Redonda 856 7 Não 3.273,04 36

109

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Tabela C - Carga tributária per capita em 2013 – total e rubricas

Município Carga tributária

per capita (R$)

Ranking da carga tributária per capita

IPTU per capita

(R$)

Ranking do IPTU

per capita

ISS per capita

(R$)

Ranking do ISS

per capita

Angra dos Reis 957,21 8 205,87 4 433,84 8

Aperibé 124,03 84 15,49 81 50,74 73

Araruama 452,88 26 121,91 15 88,37 49

Areal 447,36 28 64,58 27 219,68 21

Armação dos Búzios 1.107,07 7 315,67 3 337,22 14

Arraial do Cabo 527,53 20 108,00 18 224,99 19

Barra do Piraí 289,88 39 41,21 45 123,26 38

Barra Mansa 273,63 43 51,90 35 150,83 32

Belford Roxo 157,25 75 20,44 71 62,39 64

Bom Jardim 194,52 61 15,92 79 66,67 61

Bom Jesus do Itabapoana 174,22 68 37,41 48 54,51 69

Cabo Frio 572,96 16 137,35 13 144,80 34

Cachoeiras de Macacu 252,37 46 29,32 60 105,60 45

Cambuci 76,68 91 12,80 83 28,59 88

Campos dos Goytacazes 498,23 22 56,87 31 220,09 20

Cantagalo 292,51 38 11,13 85 165,69 29

Carapebus 346,38 35 15,83 80 161,24 30

Cardoso Moreira 127,25 81 11,49 84 48,67 76

Carmo 160,22 74 17,37 77 74,34 55

Casimiro de Abreu 436,71 29 44,33 43 169,66 28

Comendador Levy Gasparian 301,97 37 27,00 63 187,36 24

Conceição de Macabu 112,58 86 19,05 75 40,79 80

Cordeiro 222,13 50 47,43 41 116,08 41

Duas Barras 160,23 73 20,63 69 40,63 82

Duque de Caxias 471,75 24 61,28 28 258,45 18

Engenheiro Paulo de Frontin 129,36 80 18,67 76 56,15 68

Guapimirim 212,04 53 40,17 46 91,85 48

Iguaba Grande 456,62 25 173,27 7 87,64 51

Itaboraí 1.416,29 5 59,42 30 1.185,23 4

Itaguaí 1.730,74 3 153,31 12 1.333,32 3

Italva 122,20 85 29,47 59 31,36 87

Itaocara 151,33 76 19,99 72 45,75 78

Itaperuna 281,84 41 49,39 37 119,29 39

Itatiaia 757,17 11 154,78 11 420,01 9

Japeri 124,18 83 8,32 89 63,89 63

Laje do Muriaé 83,88 89 9,20 88 37,80 83

Macaé 2.958,87 1 121,28 16 2.291,82 1

Macuco 280,56 42 65,52 26 112,70 42

Magé 165,93 72 36,95 50 52,93 72

Mangaratiba 1.632,11 4 375,18 2 667,08 5

Maricá 545,39 19 160,10 10 128,93 36

Mendes 168,73 71 16,87 78 40,75 81

Mesquita 194,64 59 54,63 33 75,78 54

Miguel Pereira 360,40 34 101,04 19 111,04 43

Miracema 91,11 88 28,07 62 24,80 90

(continua)

110

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Tabela C - Carga tributária per capita em 2013 – total e rubricas (cont.)

Município Carga tributária

per capita (R$)

Ranking da carga tributária per capita

IPTU per capita

(R$)

Ranking do IPTU

per capita

ISS per capita

(R$)

Ranking do ISS

per capita

Natividade 258,30 45 19,47 73 153,69 31

Nilópolis 209,48 54 49,72 36 69,38 57

Niterói 1.380,50 6 455,39 1 487,81 7

Nova Friburgo 382,00 33 79,48 23 117,77 40

Nova Iguaçu 242,01 47 46,19 42 98,35 46

Paracambi 136,47 78 21,68 66 73,69 56

Paraíba do Sul 206,86 57 65,69 25 87,84 50

Paraty 682,64 12 124,09 14 216,79 22

Paty do Alferes 194,52 60 56,82 32 32,06 86

Petrópolis 583,18 15 167,75 8 177,55 26

Pinheiral 207,09 55 21,48 67 66,57 62

Piraí 657,38 13 94,35 21 366,89 11

Porciúncula 234,22 48 33,20 53 78,34 53

Porto Real 906,55 10 36,98 49 494,80 6

Quatis 192,45 62 31,83 54 82,25 52

Queimados 228,52 49 20,51 70 127,43 37

Quissamã 384,46 32 30,11 57 149,33 33

Resende 617,08 14 95,83 20 339,20 13

Rio Bonito 450,21 27 48,50 39 275,42 16

Rio Claro 217,19 51 31,66 55 53,69 71

Rio das Flores 282,06 40 19,20 74 182,51 25

Rio das Ostras 925,45 9 108,97 17 356,65 12

Santa Maria Madalena 179,66 67 14,33 82 59,92 66

Santo Antônio de Pádua 173,43 69 59,93 29 50,49 74

São Fidélis 144,33 77 21,39 68 27,97 89

São Francisco de Itabapoana 132,17 79 25,11 64 35,99 84

São Gonçalo 190,15 64 42,27 44 68,44 59

São João da Barra 2.149,90 2 31,62 56 1.685,34 2

São João de Meriti 205,61 58 48,82 38 66,79 60

São José de Ubá 126,75 82 10,34 86 58,13 67

São José do Vale do Rio Preto 190,68 63 33,60 52 44,66 79

São Pedro da Aldeia 269,76 44 92,54 22 61,21 65

São Sebastião do Alto 206,89 56 23,26 65 34,40 85

Sapucaia 501,34 21 28,69 61 386,53 10

Saquarema 553,67 18 175,16 6 188,10 23

Seropédica 429,38 30 40,06 47 310,03 15

Silva Jardim 310,38 36 53,06 34 110,63 44

Sumidouro 172,15 70 9,59 87 50,34 75

Tanguá 212,28 52 29,77 58 68,72 58

Teresópolis 496,87 23 166,23 9 135,97 35

Trajano de Moraes 101,60 87 4,92 91 45,90 77

Três Rios 415,27 31 72,76 24 177,26 27

Valença 181,28 66 47,47 40 54,03 70

Varre-Sai 77,33 90 5,03 90 23,38 91

Vassouras 185,75 65 34,51 51 94,53 47

Volta Redonda 562,87 17 195,60 5 264,71 17

111

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Tabela D – Despesa corrente per capita e comprometimento em 2013

Município

Despesa corrente

per capita (R$)

Ranking da despesa

corrente per capita

Comprometimento da receita com a despesa corrente

Ranking do comprometimento receitas/despesas

correntes

Angra dos Reis 4.167,99 17 101% 12

Aperibé 3.415,49 31 98% 21

Araruama 1.963,55 71 97% 23

Areal 3.151,50 34 80% 88

Armação dos Búzios 6.002,34 7 86% 76

Arraial do Cabo 4.337,28 13 105% 4

Barra do Piraí 1.573,84 82 86% 75

Barra Mansa 2.021,18 69 90% 50

Belford Roxo 1.112,22 89 99% 18

Bom Jardim 2.477,60 55 93% 37

Bom Jesus do Itabapoana 1.811,29 78 95% 30

Cabo Frio 3.608,09 25 88% 64

Cachoeiras de Macacu 2.947,01 38 106% 2

Cambuci 2.325,72 60 85% 79

Campos dos Goytacazes 3.900,47 20 78% 90

Cantagalo 3.565,49 26 93% 40

Carapebus 6.550,47 5 99% 16

Cardoso Moreira 3.162,26 32 88% 65

Carmo 2.764,25 44 89% 59

Casimiro de Abreu 5.671,65 9 81% 85

Comendador Levy Gasparian 3.723,14 24 100% 15

Conceição de Macabu 2.326,93 59 85% 80

Cordeiro 2.657,86 46 103% 6

Duas Barras 3.456,75 30 89% 53

Duque de Caxias 1.920,09 73 94% 34

Engenheiro Paulo de Frontin 2.717,31 45 89% 61

Guapimirim 2.403,88 58 94% 36

Iguaba Grande 2.562,59 49 87% 72

Itaboraí 2.518,99 51 87% 67

Itaguaí 3.729,90 23 84% 81

Italva 2.599,51 48 87% 69

Itaocara 2.173,00 65 91% 48

Itaperuna 1.836,49 77 94% 33

Itatiaia 3.766,71 21 89% 56

Japeri 1.294,30 86 81% 87

Laje do Muriaé 3.535,88 27 75% 91

Macaé 7.339,67 4 80% 89

Macuco 5.864,35 8 101% 11

Magé 1.617,55 80 101% 13

Mangaratiba 6.493,45 6 95% 29

Maricá 2.409,86 57 88% 66

Mendes 2.503,38 53 91% 46

Mesquita 1.284,93 87 101% 14

Miguel Pereira 2.639,31 47 85% 77

Miracema 2.506,85 52 102% 9

(continua)

112

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Tabela D - Despesa corrente per capita e comprometimento em 2013 (cont.)

Município

Despesa corrente

per capita (R$)

Ranking da despesa

corrente per capita

Comprometimento da receita com a despesa corrente

Ranking do comprometimento receitas/despesas

correntes

Natividade 3.484,94 28 99% 17

Nilópolis 1.315,97 85 96% 28

Niterói 2.866,72 40 89% 54

Nova Friburgo 1.599,75 81 87% 70

Nova Iguaçu 1.262,38 88 98% 20

Paracambi 2.155,71 66 107% 1

Paraíba do Sul 2.031,86 68 93% 38

Paraty 4.000,20 19 89% 60

Paty do Alferes 2.274,07 61 88% 63

Petrópolis 2.470,30 56 95% 32

Pinheiral 2.132,54 67 83% 83

Piraí 5.030,00 10 92% 43

Porciúncula 2.783,07 43 90% 49

Porto Real 10.939,65 2 93% 39

Quatis 3.139,91 35 87% 71

Queimados 1.440,89 84 88% 62

Quissamã 10.563,66 3 94% 35

Resende 2.810,43 42 89% 55

Rio Bonito 2.945,76 39 103% 5

Rio Claro 3.459,78 29 92% 44

Rio das Flores 4.270,91 14 91% 47

Rio das Ostras 4.677,11 11 83% 84

Santa Maria Madalena 4.495,69 12 96% 27

Santo Antônio de Pádua 1.932,98 72 89% 58

São Fidélis 1.898,22 75 97% 22

São Francisco de Itabapoana 2.202,74 63 89% 57

São Gonçalo 831,28 91 90% 51

São João da Barra 11.034,68 1 98% 19

São João de Meriti 1.038,26 90 105% 3

São José de Ubá 4.060,60 18 91% 45

São José do Vale do Rio Preto 2.198,44 64 84% 82

São Pedro da Aldeia 1.559,09 83 96% 26

São Sebastião do Alto 3.765,05 22 86% 73

Sapucaia 3.009,21 37 95% 31

Saquarema 1.882,63 76 90% 52

Seropédica 2.014,92 70 92% 42

Silva Jardim 4.255,81 15 81% 86

Sumidouro 3.098,07 36 96% 24

Tanguá 1.908,64 74 85% 78

Teresópolis 2.214,77 62 102% 10

Trajano de Moraes 4.170,85 16 96% 25

Três Rios 2.484,40 54 102% 8

Valença 1.681,28 79 86% 74

Varre-Sai 3.157,70 33 87% 68

Vassouras 2.545,51 50 93% 41

Volta Redonda 2.827,57 41 103% 7

113

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Tabela E - Investimento per capita e grau de investimento em 2013

Município Investimento

per capita (R$)

Ranking do investimento

per capita

Grau de investimento

Ranking do grau de investimento

Angra dos Reis 97,95 67 2% 80

Aperibé 947,65 3 23% 3

Araruama 82,52 72 4% 62

Areal 176,17 36 4% 56

Armação dos Búzios 369,09 13 5% 47

Arraial do Cabo 268,66 23 6% 32

Barra do Piraí 196,83 33 11% 11

Barra Mansa 119,96 60 5% 44

Belford Roxo 33,81 87 3% 74

Bom Jardim 185,28 35 7% 30

Bom Jesus do Itabapoana 139,18 54 7% 26

Cabo Frio 366,45 14 9% 16

Cachoeiras de Macacu 234,18 27 8% 19

Cambuci 71,55 77 3% 79

Campos dos Goytacazes 862,28 4 17% 5

Cantagalo 242,84 25 6% 33

Carapebus 252,89 24 4% 65

Cardoso Moreira 233,99 28 6% 34

Carmo 162,62 44 5% 48

Casimiro de Abreu 279,25 21 4% 64

Comendador Levy Gasparian 130,38 56 3% 68

Conceição de Macabu 200,01 32 7% 25

Cordeiro 71,78 76 3% 76

Duas Barras 225,38 30 6% 39

Duque de Caxias 27,52 90 1% 87

Engenheiro Paulo de Frontin 217,43 31 7% 27

Guapimirim 149,62 49 6% 38

Iguaba Grande 324,33 18 11% 10

Itaboraí 115,80 63 4% 61

Itaguaí 96,51 68 2% 83

Italva 168,81 37 6% 40

Itaocara 52,82 83 2% 82

Itaperuna 70,24 78 4% 67

Itatiaia 117,23 62 3% 77

Japeri 148,56 50 9% 15

Laje do Muriaé 455,54 10 10% 13

Macaé 273,63 22 3% 75

Macuco 478,96 9 8% 18

Magé 82,74 71 5% 49

Mangaratiba 130,04 57 2% 85

Maricá 454,55 11 16% 7

Mendes 115,10 64 4% 59

Mesquita 152,02 48 11% 8

Miguel Pereira 22,30 91 1% 91

Miracema 80,49 74 3% 70

(continua)

114

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Tabela E - Investimento per capita e grau de investimento em 2013 (cont.)

Município Investimento

per capita (R$)

Ranking do investimento

per capita

Grau de investimento

Ranking do grau de investimento

Natividade 68,72 79 2% 84

Nilópolis 103,71 65 7% 24

Niterói 167,71 38 5% 46

Nova Friburgo 166,86 40 9% 17

Nova Iguaçu 81,66 73 6% 35

Paracambi 53,44 82 3% 78

Paraíba do Sul 87,97 70 4% 60

Paraty 101,56 66 2% 81

Paty do Alferes 80,35 75 3% 72

Petrópolis 135,23 55 5% 50

Pinheiral 191,62 34 7% 22

Piraí 295,62 20 5% 42

Porciúncula 163,73 43 5% 45

Porto Real 573,24 6 5% 53

Quatis 1.039,50 1 24% 2

Queimados 160,20 45 10% 12

Quissamã 500,00 8 4% 57

Resende 159,07 46 5% 51

Rio Bonito 36,38 86 1% 89

Rio Claro 142,97 53 4% 66

Rio das Flores 348,78 17 7% 23

Rio das Ostras 1.036,42 2 18% 4

Santa Maria Madalena 156,27 47 3% 73

Santo Antônio de Pádua 121,30 59 6% 41

São Fidélis 66,59 80 3% 69

São Francisco de Itabapoana 167,71 39 7% 29

São Gonçalo 55,24 81 6% 36

São João da Barra 549,26 7 5% 52

São João de Meriti 49,11 84 5% 54

São José de Ubá 360,76 15 8% 20

São José do Vale do Rio Preto 119,11 61 5% 55

São Pedro da Aldeia 89,17 69 5% 43

São Sebastião do Alto 46,86 85 1% 90

Sapucaia 126,96 58 4% 63

Saquarema 674,04 5 28% 1

Seropédica 166,27 41 8% 21

Silva Jardim 357,84 16 7% 28

Sumidouro 144,54 52 4% 58

Tanguá 370,84 12 17% 6

Teresópolis 28,74 89 1% 88

Trajano de Moraes 145,21 51 3% 71

Três Rios 232,44 29 9% 14

Valença 32,89 88 2% 86

Varre-Sai 241,75 26 7% 31

Vassouras 166,01 42 6% 37

Volta Redonda 315,31 19 11% 9

115

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Tabela F - Royalties e dependência de transferências em 2013

Município Royalties recebidos

(R$ milhões)

Ranking dos royalties

recebidos

Royalties per capita

(R$)

Ranking dos royalties

per capita

Grau de dependência de transferências

e royalties

Proporção dos royalties na receita total

Angra dos Reis 86,67 11 477,55 36 69% 11%

Aperibé 6,50 81 605,79 27 88% 15%

Araruama 12,46 42 104,76 75 68% 5%

Areal 1,13 90 95,89 77 75% 2%

Armação dos Búzios 85,47 12 2.868,93 4 76% 40%

Arraial do Cabo 45,36 17 1.584,66 12 79% 38%

Barra do Piraí 13,14 40 136,46 69 68% 7%

Barra Mansa 18,21 27 101,46 76 65% 5%

Belford Roxo 16,30 30 34,14 88 79% 3%

Bom Jardim 8,71 56 335,31 50 83% 12%

Bom Jesus do Itabapoana 9,30 53 259,67 56 89% 13%

Cabo Frio 337,97 3 1.686,62 11 80% 41%

Cachoeiras de Macacu 42,98 18 772,59 20 85% 27%

Cambuci 7,23 73 486,28 34 87% 18%

Campos dos Goytacazes 1.330,55 1 2.788,21 5 86% 55%

Cantagalo 9,12 54 460,26 39 81% 12%

Carapebus 37,84 20 2.626,47 7 96% 40%

Cardoso Moreira 7,02 76 557,14 29 87% 15%

Carmo 8,51 59 474,39 38 87% 15%

Casimiro de Abreu 126,18 8 3.278,16 3 85% 46%

Comendador Levy Gasparian 0,96 91 116,69 72 91% 3%

Conceição de Macabu 8,20 64 375,23 45 82% 14%

Cordeiro 8,00 68 383,64 44 83% 15%

Duas Barras 6,71 80 606,22 26 87% 15%

Duque de Caxias 94,64 10 108,30 73 70% 5%

Engenheiro Paulo de Frontin 6,88 79 509,31 31 95% 17%

Guapimirim 52,88 15 966,71 16 91% 38%

Iguaba Grande 8,20 63 331,01 51 70% 11%

Itaboraí 17,30 28 76,82 84 41% 3%

Itaguaí 50,07 16 433,35 40 54% 10%

Italva 7,22 74 501,37 32 87% 17%

Itaocara 8,08 65 353,38 47 79% 15%

Itaperuna 12,33 43 125,82 70 84% 6%

Itatiaia 10,87 47 365,41 46 73% 9%

Japeri 15,60 32 158,51 68 83% 10%

Laje do Muriaé 6,27 84 848,35 19 86% 18%

Macaé 539,62 2 2.404,49 8 56% 26%

Macuco 6,20 85 1.156,90 13 92% 20%

Magé 58,59 14 252,10 60 83% 16%

Mangaratiba 23,62 23 602,45 28 73% 9%

Maricá 148,82 6 1.066,45 14 71% 38%

Mendes 7,46 70 412,57 41 85% 15%

Mesquita 13,25 38 77,85 83 71% 6%

Miguel Pereira 8,70 57 350,41 48 77% 11%

Miracema 8,46 60 315,66 53 83% 13%

(continua)

116

SÃO PEDRO DA ALDEIA

Tabela F - Royalties e dependência de transferências em 2013

Município Royalties recebidos

(R$ milhões)

Ranking dos royalties

recebidos

Royalties per capita

(R$)

Ranking dos royalties

per capita

Grau de dependência de transferências

e royalties

Proporção dos royalties na receita total

Natividade 7,20 75 477,89 35 84% 13%

Nilópolis 13,03 41 82,32 81 73% 6%

Niterói 146,18 7 295,79 54 46% 9%

Nova Friburgo 15,04 34 81,67 82 75% 4%

Nova Iguaçu 20,13 25 25,02 90 65% 2%

Paracambi 11,84 45 243,15 61 92% 12%

Paraíba do Sul 1,71 88 40,65 87 82% 2%

Paraty 80,03 13 2.029,45 9 85% 45%

Paty do Alferes 8,46 61 316,73 52 78% 12%

Petrópolis 19,27 26 64,68 85 62% 2%

Pinheiral 8,02 67 341,31 49 83% 13%

Piraí 17,22 29 630,40 24 76% 11%

Porciúncula 7,47 69 410,79 42 83% 13%

Porto Real 15,88 31 899,33 17 93% 8%

Quatis 7,01 77 527,98 30 72% 12%

Queimados 13,45 37 94,87 78 76% 6%

Quissamã 103,27 9 4.735,94 2 96% 42%

Resende 23,14 24 187,55 63 73% 6%

Rio Bonito 10,08 49 177,02 65 78% 6%

Rio Claro 8,43 62 475,98 37 88% 12%

Rio das Flores 9,36 52 1.065,58 15 92% 23%

Rio das Ostras 334,00 4 2.733,31 6 77% 48%

Santa Maria Madalena 7,23 72 702,91 22 93% 14%

Santo Antônio de Pádua 9,84 50 239,85 62 83% 11%

São Fidélis 9,68 51 256,72 58 84% 13%

São Francisco de Itabapoana 10,63 48 256,87 57 93% 10%

São Gonçalo 24,70 22 24,08 91 71% 3%

São João da Barra 227,26 5 6.693,83 1 80% 60%

São João de Meriti 15,11 33 32,80 89 68% 3%

São José de Ubá 6,31 83 883,85 18 87% 19%

São José do Vale do Rio Preto 8,08 66 390,10 43 93% 15%

São Pedro da Aldeia 11,44 46 122,10 71 73% 7%

São Sebastião do Alto 6,48 82 719,08 21 88% 16%

Sapucaia 1,57 89 89,37 79 75% 3%

Saquarema 14,08 36 177,30 64 68% 7%

Seropédica 13,18 39 162,21 67 76% 7%

Silva Jardim 38,12 19 1.784,36 10 86% 34%

Sumidouro 7,43 71 493,13 33 92% 15%

Tanguá 8,69 58 272,87 55 89% 12%

Teresópolis 14,49 35 85,31 80 70% 4%

Trajano de Moraes 6,98 78 674,52 23 86% 15%

Três Rios 3,42 87 43,44 86 73% 2%

Valença 11,92 44 162,92 66 83% 8%

Varre-Sai 6,18 86 626,77 25 88% 17%

Vassouras 8,88 55 252,89 59 83% 9%

Volta Redonda 27,80 21 106,29 74 65% 4%

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Órgão responsável pelos Estudos Socioeconômicos

Coordenadoria de Auditoria de Qualidade Marcello Leoni Lopes de A. Torres

Equipe Técnica Eduardo Henrique Sant´Anna Pinheiro

Rita de Cássia Cerreia Guedes de Oliveira

Estagiária Juliana Fagundes Medeiros

Arte Daniel Tiriba de Azevedo Marinho

Maria Inês Blanchart

Agradecimentos Assessoria de Desenvolvimento de Sistemas

da Diretoria Geral de Informática Coordenadoria de Contas de Administração Financeira dos Municípios

da Subsecretaria de Controle Municipal Coordenadoria de Comunicação Social, Imprensa e Editoração