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i Este texto está disponível no site Shri Yoga Devi, http://www.yogadevi.org/ Sat Cakra Nirupana Por Puramananda Swami Os Cakras (ou Chakras, como se costuma escrever) são considerados, no Tantra, como estruturas do corpo energético humano cujo conhecimento é fundamental para a realização de certas práticas e para a compreensão dos processos de transformação que ocorrem com o praticante de Yoga avançado. Há muitas obras que falam sobre os Cakras, é claro. Mas este texto, aqui apresentada, tem um valor muito especial: é uma das obras indianas mais tradicionais sobre o assunto. Esta obra foi traduzida pela primeira vez, para o inglês, em 1919, por “Arthur Avalon”, ou seja, Sir John George Woodroffe (1865-1936). Foi publicada no livro “The Serpent Power”, que nunca havia sido traduzido para o português, até recentemente. A tradução aqui apresentada foi feita em 2009 por uma pessoa que mora no Rio de Janeiro e que prefere permanecer anônima: “Uma Yoguini em seva a Sri Shiva Mahadeva”.

Sat Cakra Nirupana - shri-yoga-devi. · PDF fileलललल (la) VERSO 15: Tasyāntre pravilasadviśadaprakāśa-mambhojamaņdalamatho varuņasya tasya Ardhendurūpalasita saradinduśubhra

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    Este texto est disponvel no site Shri Yoga Devi, http://www.yogadevi.org/

    Sat Cakra Nirupana Por Puramananda Swami

    Os Cakras (ou Chakras, como se costuma escrever) so considerados, no Tantra, como

    estruturas do corpo energtico humano cujo conhecimento fundamental para a realizao de certas

    prticas e para a compreenso dos processos de transformao que ocorrem com o praticante de

    Yoga avanado. H muitas obras que falam sobre os Cakras, claro. Mas este texto, aqui

    apresentada, tem um valor muito especial: uma das obras indianas mais tradicionais sobre o

    assunto.

    Esta obra foi traduzida pela primeira vez, para o ingls, em 1919, por Arthur Avalon, ou

    seja, Sir John George Woodroffe (1865-1936). Foi publicada no livro The Serpent Power, que

    nunca havia sido traduzido para o portugus, at recentemente. A traduo aqui apresentada foi feita

    em 2009 por uma pessoa que mora no Rio de Janeiro e que prefere permanecer annima: Uma

    Yoguini em seva a Sri Shiva Mahadeva.

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    O Sat Cakra Nirupana, (O estudo das seis rodas) foi escrito em aproximadamente 1550 d.C.

    por Swami Purnananda. Pouco se sabe sobre o autor; mas a obra se tornou rapidamente muito

    respeitada. Apresentamos aqui no apenas a traduo para o portugus da verso inglesa de

    Woodroffe, mas tambm o texto em snscrito transliterado (que no foi publicado no livro em

    ingls).

    De acordo com esse texto, h sete centros energticos principais no ser humano:

    1. , Mldhra

    2. , Svdhihna 3. , Maipra 4. , Anhata

    5. , Viuddha

    6. , j

    7. , Sahasrra Esta a descrio tradicional; no entanto, outras fontes indianas descrevem um nmero

    diferente de cakras.

    Atravs do estudo desta obra, nossos leitores podero ter um contato direto com uma das

    fontes originais antigas que descreve as diversas caractersticas de cada cakra, como os sons

    associados a cada um deles, as cores, os elementos, os animais, as divindades, etc. A parte final da

    obra trata sobre Kualin, cujo despertar um dos mais importantes processos do Yoga tntrico.

    Voc pode tambm encontrar outras obras importantes na nossa biblioteca virtual de textos:

    http://www.yogadevi.org/textos.html

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    Sat-Cakra-Nirupana

    Por Purnananda Swami

    Fontes de Consulta:

    http://www.bhagavadgitausa.com/index.htm

    http://www.realization.org/page/namedoc0/scn/scn_i.htm

    Traduzido para o Ingls por

    Arthur Avalon (Sir John Woodroffe) Livro O Poder da Serpente, 1919

    Traduzido para o Portugus por Uma Yoguini em seva a Sri Shiva Mahadeva RJ_ Brasil, 2009

    Formatao, colocao de smbolos e imagens: www.yogadevi.org

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    Sat-Cakra-Nirupana

    Por Purnananda Swami

    Introduo do Editor As livrarias esto hoje cheias com brochuras que descrevem os chakras, os centros de energia pelos quais os Yogues Tntricos dirigem a Kundalini para atingir a realizao.

    O livro que voc est prestes a ler um dos primeiros deste gnero. Foi escrito a mais de quinhentos anos em Snscrito por Purananda, denominado um Yogue de Bengali. Sabemos que este livro foi muito estimado por sculos, porque ele foi objeto de numerosos comentrios.

    No incio dos anos 1900, um manuscrito deste texto foi obtido por Arthur Avalon (Sir John Woodroffe). Ele traduziu para o Ingls e incluiu-o como uma parte do seu famoso livro O Poder da Serpente, no qual foi publicado primeiramente em 1919.

    A traduo de Avalon est reproduzida aqui exatamente como apareceu em O Poder da Serpente. Contudo, omitimos ou modificamos algumas das suas notas e acrescentamos algumas de nossas prprias. Conservamos a ortografia de Avalon cakra embora chakra seja mais habitual hoje. Os direitos autorais desta traduo venceram.

    ......................... VER NOTAS DO EDITOR NO FINAL DO ARQUIVO

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    PARTE UM VERSO PRELIMINAR Atha tantrnusrea a Cakradi kramodvatah Ucyate paramnanda-nirvha-prathamkurah

    Verso Preliminar: Agora falo do primeiro rebento que cresce (da planta do Yoga) da completa realizao de Brahman, no qual deve ser realizado, segundo o Tantra, por meio dos seis Cakras e assim por diante em sua ordem apropriada. VERSO 1: Merorbhyapradee ai mihirasire savyadake niae Madhye ndi suuntritaya-guamayi candrasryagnirp Dhattra-smera-pupagrathita-tamavapu kandamadyacchirahst Vajrkhy mehrade cchirasi parigat madyame sy jvalanti

    1. No espao fora de Meru, colocada esquerda e direita, esto os dois Siras, Sasi e Mihira. O Nadi Susumna, cuja substncia triplamente Gunas, est no meio. Ela a forma da Lua, Sol e Fogo; Seu corpo, um fio de florescente flores Dhatura, estende-se do meio de Kanda Cabea, e a Vajra dentro dela estende-se, brilhante, do Medhra Cabea. VERSO 2: Tanmadhye citri s praavavilsit yoginm yogagamy Lttantpamey sakalasarasijn merumadhyntarasthn Bhittva dedipyate tad-grathana-racanay uddha-bodha-svarp Tanamadhye brahman harakukha-kuharaddi-devntartm.

    2. Dentro dela (Vajra) Citrini, que brilhante com o esplendor do Pranava e alcanvel no Yoga pelos Yogues. Ela (Citrini) sutil como o fio de uma aranha e fura todos os Ltus que esto colocados dentro da espinha e a inteligncia pura. Ela (Citrini) bela por razo desses (Ltus), os quais esto esticados nela. Dentro dela (Citrini) est o Brahman-nadi, o qual se estende do orifcio da Boca de Hara ao lugar fora de alcance, onde Adi-deva est.

    VERSO 3: Vidyanml-vils manimanasilasat-tantu-rpa suskm uddhajanaprabhodh sakala-sukha-may uddha-bodha-svabhv Brahma-dvra tadsye pravilasati sudhdhragamya-pradea Granthi-sthna tadetat vadanamiti suunkhya-nady lapanti. 3. Ela (Citrini) bela como uma cadeia de relmpago e fina como um filamento (ltus), e brilha na mente dos sbios. Ela extremamente sutil; o despertar do conhecimento puro; a incorporao de toda Felicidade, cuja natureza verdadeira pura Conscincia. O

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    Brahma-dvara brilha na sua boca. Este lugar na entrada da regio salpicada pela ambrosia, e chamado de N, como tambm a boca de Susumna.

    O Muladhara Cakra VERSO 4: Athdhrapadma suunkhya-lagna Dhvajdho gudordhva catuh-oa-patra. Adhovaktramudyat-suvarbhavraih Vakardisntair yuta veda-varaih.

    4. Agora chegamos ao Ltus Adhara. Est atado boca de Susumna, e est colocada abaixo dos genitais e acima do nus. Ele tem quatro ptalas de cor carmesim. A sua cabea (boca) inclina para baixo. Em suas ptalas esto as quatro letras, de Va Sa, da cor brilhante como o ouro. (va) (a) (a) (sa) VERSO 5: Amumin dharya-catukoa-cakra Samudbhsi lakairvta tat. Lasat pt-vara tadit-komalnga Tadante samste dhary svabja

    5. Neste (Ltus) est a regio quadrada (Cakra) de Prthivi, rodeado por oito lanas brilhantes. de uma cor amarela brilhante e bela como o relmpago, como tambm esta o Bija de Ghara o qual est no interior.

    bbbbija ija ija ija LLLLamamamam

    VERSO 6: Cuturbhu-bha gajendrdhi-rha tadake navnrka-tulya-praka. iu skr lasadveda-bhu mukhbhojalakmi-caturbhgabheda.

    6. Ornamentado com quatro braos e montado sobre o Rei dos Elefantes, Ele carrega em Seu colo o Criador infantil, resplandecente como um Sol jovem, que tem quatro braos brilhantes e a fortuna de cuja face de ltus quatro vezes mais. VERSO 7: Vasedatra dev ca kinyabhikhy lasadeva b-hjjval rakta-netr Samnoditneka-srya-prak praka vahant sad uddha-buddhe

    7. Aqui vive a Devi Dakini de nome; seus quatro braos brilham com beleza, e seus olhos so de um vermelho brilhante. Ela resplandecente como o brilho de muitos Sis que se elevam ao mesmo tempo. Ela portadora da revelao da Inteligncia sempre pura.

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    VERSO 8: Vajrkhy viaktradee vlasati satata karik-madhyasasha koa tat traipurkhya taidiva vilasat-komala kmarpam kandarpo nma vayur nivasati satata tasya madhye samantt jveo bandhu-jva-prakaramabh-hasan koisrya-praka

    8. Perto da boca do Nadi chamado Vajra, e no pericarpo (do Adhara Ltus), l constantemente brilha o tringulo a belamente luminoso e suave como relmpago, o qual Kamarupa, e conhecido como Traipura. Existe constantemente e em toda parte o Vayu chamado Kandarpa, que de um vermelho mais profundo do que a flor Bandhujiva, e o Senhor dos Seres e resplandecente como dez milhes de sis. VERSO 9: Tanmadhye lingarp druta-kanaka-kal-komala pacimsyah Jna dhynapraksa prathamakisalaykrarpa svaybhu Vidyuprdubimba-prakara-karacaya-snigdha-satnahs Ksvs vils vilasati saridvartarpaprakra

    9: Dentro dele (o tringulo) est Svayambu em Sua forma Linga, belo como ouro fundido, com Sua Cabea para baixo. Ele revelado por meio de Conhecimento e Meditao, e da forma e da cor de uma folha nova. Como os raios frios do relmpago e do encanto da Lua cheia, assim a Sua beleza. O Deva que reside feliz aqui como no Kasi est na forma como um redemoinho de guas. VERSOS 10 E 11: 10. Tasyordhve bisatantu sodara-lasat skm jaganmohini brahmavramukha mukhena madhura sachadayanti svaya akvarta nibh navna capalml vilsspad supt-sarpasa vopari last srdha-trivttkti 11. Kjant kulakudal ca madhura mattaliml-sphua vc komalakvya-bandaracan bhdtibheda-kramai vsocchvsa-vibhajanena jagat jvo yay dhryate s mlmbuja gahvare vilasati proddma-dptvali

    10 E 11. Por cima dele (Svayambhu-Linga) brilha Kundalini adormecida, perfeita como o fio do talo de Ltus. Ela o mundo confundido, suavemente cobrindo a boca de Brahma-dvara por Ela mesma. Como a espiral da concha de bzio, Sua forma semelhante a uma cobra brilhante passa trs vezes e meia em volta de Shiva, e Seu brilho como aquele de um claro forte de um jovem e brilhante relmpago. Seu murmrio doce como o indistinto zumbido de enxames de abelhas loucas de amor. Ela produz a poesia melodiosa e Bhanda e todas as outras co