Saude Ocupacional

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Riscos Ambientais

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  • SUMRIO

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  • INTRODUO

    No mundo moderno e competitivo, as relaes entre empresas e colaboradores deixaram de ser consideradas simplesmente relaes de trabalho e passaram a ter um enfoque mais amplo, implicando uma gesto total. Isso no s envolve compromissos financeiros, mas qualidade de vida e de trabalho, passando, tambm, pela promoo da qualidade global que abrange aes sistemticas na preservao do homem, do ambiente, da comunidade e da empresa.

    As empresas que convivem, em situaes no preocupantes, com passivos ocupacionais decorrentes de acidentes de trabalho e que ainda consideram a questo da Segurana e Sade Ocupacional como mero imperativo legal, no sobreviveram aos novos tempos. A produtividade e a competitividade foram as empresas a superarem o paradigma tecnolgico, obrigando-as a buscar novas tecnologias e incremento nas atividades.

  • RISCOS AMBIENTAIS Risco fsico

    So considerados risco fsicos vrias forma de energia tais como:

    Rudo Vibraes mecnicas Temperaturas extremas Radiaes ionizantes Radiaes no ionizantes Presso atmosfrica anormal

    Rudo e vibraes esto presentes em inmeras atividades, principalmente na indstria de processamento qumico como refinaria e petroqumica, na indstria de caldeiraria, tecelagem, automobilstica entre outras. O rudo excessivo pode provocar alm da surdez profissional condutiva ou neurossensorial, outros efeitos chamados no auditivos, que deixaro a pessoa nervosa, irritada, sofrendo de insnia, tendo como consequncia dificuldade de comunicao e de socializao.

    A temperatura extrema est presente na forma de calor produzido em indstria siderrgica, metalrgica, fundio, etc. e na forma de frio em frigorifico, indstria alimentcia e comercio de produto perecvel. A sobrecarga trmica provoca efeitos danosos aos trabalhadores, agredindo o sistema respiratrio circulatrio e endcrino.

    O trabalhador estar exposto radiaes ionizantes em ambiente como hospitais onde se realizam tcnicas de radiodiagnostica e radioterapia e entidades de pesquisa e produo de fontes radioativas, na explorao de minerais radioativos, a exposio a esse tipo de servio pode provocar vrios tipos de cncer e o consequente encurtamento da prpria vida, causando efeito mutagnico e teratognico e que sero repassados para geraes futura.

  • As radiaes no ionizantes, como a radiofrequncia e as micro-ondas, ocorrem nas atividades de radiodifuso, radio navegao, nas atividades de secagem de materiais e colagem de plstico. As radiaes infravermelhas esto presentes na indstria, como soldagem e fuso de materiais. A radiao ultravioleta est nas operaes de soldagem a arco, em salas de esterilizaes e na grfica.

    As radiaes no ionizantes, como a radiofrequncia e as micro-ondas, produzem aquecimento localizado, provocando leses internas no organismo. As radiaes de raios infravermelhas provocam queimadura e sobrecarga trmica.

    As situaes de presso atmosfrica anormais podem ocorrer em atividades como as de construo civil, em trabalho com tubulao pressurizado e na atividade de mergulho. O trabalho em ambiente pressurizado faz com que os gases se dissolvam no sangue e nos tecidos exigindo aps o termino das atividades, uma descompresso por estagio e em alguns casos extremamente demorados, em funo da presso e do tempo de exposio. As presses anormais tem aplicao tambm na medicina atravs da oxigenoterapia hiperbrica em casos em que os tratamentos convencionais no tem se mostrado eficiente

    Rudo Estamos, hoje em dia, expostos constantemente a nveis elevados de rudos seja no transito nos momentos de lazer ouvir msica em um volume muito alto, como tambm no ambiente de trabalho. Em se tratando de ambiente, a exposio a nveis altos pode levar o trabalhador a perdas auditivas irreversveis. Mas o que vem ser rudo.

    Conceituao de rudo (do ponto de vista da higiene ocupacional):

    Rudo um fenmeno fsico vibratrio com caracterstica indefinido de variaes de presso (no caso, ar) em funo da frequncia, isto , para uma dada frequncia podem existir, em forma aleatria atravs do tempo, variaes de diferentes presses.

  • Essa uma situao real e frequente, por isso utilizamos a palavra rudo, mas no nos referindo necessariamente, a sensao subjetiva do barulho.

    O agente rudo, de um modo geral, se constitui em um dos maiores riscos potenciais para a sade dos trabalhadores tanto nas instalaes industriais como em outras laborais.

    Do ponto de vista da fsica, rudo , por definio, a variao de presso sonora sob a forma de ondas mecnicas, que representam oscilaes dos sistemas de materiais elsticos.

    RUDO CONTNUO OU INTERMITENTE: A NR-15 Anexo 1 define que todo aquele que no de Impacto. Os nveis de rudo contnuo ou intermitente devem ser medidos em decibis (dB) com instrumento de nvel de presso sonora operando no circuito de compensao "A" e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas prximas ao ouvido do trabalhador. No permitida exposio a nveis de rudo acima de 115 dB(A) para indivduos que no estejam adequadamente protegidos. As atividades ou operaes que exponham os trabalhadores a nveis de rudo, contnuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteo adequada, oferecero risco GRAVE e IMINENTE. Serra circular eltrica de bancada Britadeira Limite de Tolerncia: a concentrao ou a intensidade mxima ou mnima, relacionada com a natureza e o tempo de exposio ao agente, que NO causar danos sade do trabalhador durante sua vida laboral. Abaixo, veremos duas tabelas sendo uma criada pelo MTE (Norma Regulamentadora 15), e a segunda criada pela FUNDACENTRO.

    HORAS TEMPO DE EXPOSIO 8h 85 dB(A) Criada pelo MTE 4h 90 dB(A) 2h 95 dB(A) 1h 100 dB(A) Q Taxa de duplicidade = 5 30 min 105 dB(A) 15 min 110 dB(A) 7 min 115 dB(A) HORAS TEMPO DE EXPOSIO 8h 85 dB(A) Criada pela FUNDACENTRO 4h 88 dB(A) 2h 91 dB(A) 1h 94 dB(A) 30 min 97 dB(A) 15 min 100 dB(A) Q Taxa de duplicidade = 3 7 min 103 dB(A).

    RUDO DE IMPACTO: Segundo a NR-15 Anexo 2, entende-se por rudo de impacto aquele que apresenta picos de energia acstica de durao inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo. Os nveis de impacto

  • devero ser avaliados em decibis (DB), com medidor de nvel de presso sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras devem ser feitas prximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerncia para rudo de impacto ser de 130 dB (linear). Nos intervalos entre os picos, o rudo existente dever ser avaliado como rudo contnuo. As atividades ou operaes que exponham os trabalhadores, sem proteo adequada, a nveis de rudo de impacto superiores a 140 dB (LINEAR), medidos no circuito de resposta para impacto, ou superiores a 130 dB(C), medidos no circuito de resposta rpida (FAST), oferecero risco grave e iminente.

    Efeito do rudo para a sade age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando, Fadiga nervosa, Alteraes mentais: perda de memria, irritabilidade, dificuldade em coordenar ideias, Hipertenso, Modificao do ritmo cardaco, Modificao do calibre dos vasos sanguneos, Modificao do ritmo respiratrio, Perturbaes gastrointestinais, Diminuio da viso noturna, Dificuldade na percepo de cores. Alm destas consequncias, o rudo atinge tambm o aparelho auditivo causando a perda temporria ou definitiva da audio. Fatores que influenciam na Perda Auditiva, Nvel de Intensidade (NIS) NR-15 anexos 1 e 2, Tempo de Exposio ao Rudo, Frequncia do Rudo, Suscetibilidade Individual.

    Para evitar ou diminuir os danos provocados pelo rudo no local de trabalho, podem ser adotadas as seguintes medidas: - Medidas de proteo coletiva: enclausura mento da mquina produtora de rudo; isolamento de rudo. - Medida de proteo individual: fornecimento de equipamento de proteo individual (EPI) (no caso, protetor auricular). O EPI deve ser fornecido na impossibilidade de eliminar o rudo ou como medida complementar. - Medidas mdicas: exames audiomtricos peridicos, afastamento do local de trabalho, revezamento. - Medidas educacionais: orientao para o uso correto do EPI, campanha de conscientizao. - Medidas administrativas: tornar obrigatrio o uso do EPI: controlar seu uso. Enclausuramento da mquina produtora de rudo Protetor auricular de silicone Protetor auricular tipo concha

  • Exame audiomtrico Medio do canal auditivo Super ou Subproteo:A frmula para o clculo do rudo que chega a uma orelha protegida tem a funo de selecionar a atenuao mais adequada para cada nvel de exposio. A tabela a seguir, extrada de uma norma europeia EN 458, sugere os nveis de intensidade de rudo que devem chegar orelha protegida. Obs.: A super atenuao no oferece o risco direto de perda auditiva, mas sim o risco delimitar demasiadamente a audio do usurio a ponto de impedi-lo na identificao de sinais sonoros importantes para a sua segurana, tais como alarmes, mquinas em movimento etc., gerando um enorme potencial de acidentes.

    Vibrao A anlise de vibraes tem fundamental importncia para as mais diversas reas da engenharia. A anlise de vibraes pode ajudar na manuteno preditiva de mquinas, construo de grandes obras de engenharia civil, estudos de resistncia de materiais e nas mais diversas reas.

    Tipos de vibrao

    Vibraes livres, ocorrem quando um sistema mecnico definido desligado com uma entrada inicial e depois deixado a vibrar livremente. Exemplos deste tipo de vibrao: puxar uma criana em um balano e depois soltar, bater um diapaso e deix-lo tocar. O sistema mecnico ento ir vibrar em uma ou mais "frequncias naturais" tendendo a zero.

    Vibrao forada, quando uma perturbao varivel no tempo (de carga, deslocamento ou velocidade) aplicada a um sistema mecnico. O distrbio pode ser uma contribuio peridica em estado estacionrio, uma entrada de transientes, ou uma entrada aleatria. A entrada peridica pode ser um harmnico ou uma perturbao no harmnica. Exemplos destes tipos de vibrao incluem uma mquina de lavar agitando devido a um desequilbrio, um automvel em vibrao (causada pelo motor, molas e etc.), ou a vibrao de um edifcio durante um sismo. Para os sistemas lineares, a frequncia de resposta da vibrao em estado estacionrio resultantes da aplicao de uma entrada peridica harmnica, igual frequncia da fora ou de movimento

  • aplicado, com a magnitude da resposta ser dependente do sistema mecnico real.

    Temperatura extrema

    CALOR EXCESSIVO (NR-15 Anexo 3):Forma de energia que se transfere de um sistema para outro em virtude de uma diferena de temperatura entre os mesmos. Quando o trabalhador est exposto a uma ou vrias fontes de calor, ocorrem as seguintes trocas trmicas entre o ambiente e o organismo:- Conduo/Conveco C- Radiao R- Evaporao E- Metabolismo Ma) Conduo: o processo de transferncia de calor que ocorre quando dois corpos slidos ou fluidos que no esto em movimento, em diferentes temperaturas, so colocadas em contato. O calor do corpo de maior temperatura se transfere para o de menor at que ocorra um equilbrio trmico, isto , quando as temperaturas dos corpos se iguala-me. Aquecimento de uma barra de ferro.) Conveco: o processo de transferncia de calor idntico ao anterior, s que, neste caso, a transferncia de calor se realiza atravs de fluido em movimento: Aquecimento de um Becker com gua) Radiao: Quando h transferncia de calor sem suporte material algum, o processo denominado radiao. A energia radiante passa atravs do ar sem aquec-lo apreciavelmente e aquecer a superfcie atingida. A energia radiante passa atravs do vcuo ou de outros meios a uma velocidade que depende do meio. Ex.(: Radiao emitida por um forno eltrico) Evaporao: o processo de passagem de um lquido, a determinada temperatura, para a fase gasosa, passando, portanto, para o meio ambiente. No necessrio diferena de temperatura para desenvolvimento do processo. O calor transferido desta forma denominado calor latente, diferenciando-se assim do que se transmite atravs de variao de temperatura, que chamado calor sensvel. No fenmeno de evaporao, o lquido retira o calor do slido para passar o vapor, podendo-se portanto, afirmar que o slido perdera calor para o meio ambiente por evaporao. Ex.: Suor emanado aps uma atividade fsica (jogar voleibol) Equilbrio Homeotrmicos mecanismos de termo regulao

  • do organismo tem como finalidade manter a temperatura interna do corpo constante, e evidente que haja um equilbrio entre a quantidade de calor gerado no corpo e sua transmisso para o meio ambiente. A equao que descreve o estado de equilbrio se denomina balano trmico: S=M+C+RE Onde: S = Calor acumulado no organismo (sobrecarga trmica) M = Calor produzido pelo metabolismo C = Calor ganho ou perdido por conduo Conveco R = Calor ganho ou perdido por radiao E = Calor perdido por evaporao Fatores que influenciam nas trocas trmicas entre o ambiente e o organismo :Entre os inmeros fatores que influenciam nas trocas trmicas, cinco principais devem ser considerados na quantificao da sobrecarga trmica: Temperatura do ar; Umidade relativa do ar; Velocidade do ar; Calor radiante; Tipo de Atividades nas quais o calor encontrado: Siderurgias ; Fundio ; Indstria do Vidro ; Indstria Txtil ; Padarias ;Efeitos do calor no organismo: Altas Temperaturas podem provocar: Desidratao ; Ativao das glndulas sudorparas ; Cimbras ; Fadiga Fsica ; Insolao ; Choque trmico ; Problemas cardiocirculatrios ;Limites de Tolerncia para exposio ao Calor: O anexo 3 da NR-15, Portaria n. 3.214, estabelece os limites de tolerncia para exposio ao calor para o IBUTG (ndice de Bulbo mido Termmetro de Globo)definido pelas equaes que se seguem: Ambientes internos ou externos sem carga solar: IBUTG = 0,7 Tbn + 0,3 Tg Ambientes externos com carga solar: IBUTG = 0,7 Tbn + 0,1 Tbs + 0,2 Tg . Tbn = temperatura de bulbo mido natura l Tg = temperatura de globo Tbs = temperatura de bulbo seco Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliao so: termmetro de bulbo mido natural, termmetro de globo e termmetro de mercrio comum .As medies devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, altura da regio do corpo mais atingida .Os perodos de descanso sero considerados tempo de servio para todos os efeitos legais .Quadro 1 Valores aceitveis de IBUTG ( C): Atividade Leve Moderada Pesada Trabalho Contnuo At 30,0 C At 26,7 C At 25,0 C 45 min Trabalho 30,1 a 30,6 C 26,8 a 28,0 C 25,1 a 25,9 C 15 min Descanso 30 min Trabalho 30,7 a 31,4 C 28,1 a 29,4 C 26,0 a 27,9 C 30 min Descanso 15 min Trabalho 31,5 a 32,2 C 29,5 a 31,1 C

  • 28,0 a 30,0 C 45 min Descanso No permitido Trabalho sem Acima de 32,2 C Acima de 31,1 C Acima de 30,0 C Medida de Controle Quadro 2 Taxa de Metabolismo x Mximo de IBUTG: M (Kcal/h) Mximo IBUTG 175 30,5 200 30,0 250 28,5 300 27,5 350 26,5 400 26,0 450 25,5 500 25,0Quadro 3 Taxas de Metabolismo por tipo de atividade: Tipo de Atividade Kcal/ em Repouso 100Trabalho Leve Sentado, movimentos moderados com braos e tronco (ex.: datilografia) 125Sentado, movimentos moderados com braos e pernas (ex.: dirigir) 150De p, trabalho leve, em mquina ou bancada, principalmente com os braos 150Trabalho Moderado Sentado, movimentos vigorosos com braos e pernas. 180 De p, trabalho leve em mquina ou bancada, com alguma movimentao. 175 De p, trabalho moderado em mquina ou bancada, com alguma movimentao. 220 Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar. 300Trabalho Pesado Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoo com p) 440Trabalho Fatigante 550M: a taxa de metabolismo mdia ponderada para uma hora, determinada pela seguinte frmula M = Mt x Tt + Md x Td 60Mt: taxa de metabolismo no local de trabalho. Tt: soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho. Md: taxa de metabolismo no local de descanso. Td: soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso. Medidas de Controle relativas ao homem: Aclimatizao: Constitui na adaptao fisiolgica do organismo a um ambiente quente. A perda de cloreto de sdio pela sudorese ser menor no indivduo aclimatizado, ou seja, quando ocorre o equilbrio dos sais minerais nas clulas do corpo. Limite do Tempo de Exposio: Consiste em adotar um perodo de descanso, visando a reduzir a sobrecarga trmica a nveis compatveis com o organismo humano. Exames Mdicos: Recomenda-se a realizao de exames mdicos pr- admissionais com a finalidade de detectar possveis problemas de sade que possam ser agravados com a exposio ao calor, tais como: problemas cardiocirculatrios, deficincias glandulares (principalmente glndulas sudorparas), problemas de pele, hipertenso, etc. Exames peridicos tambm devem ser realizados com a finalidade de promover um contnuo acompanhamento dos trabalhadores expostos ao

  • calor, a fim de identificar estados patolgicos em estgios iniciais. Equipamentos de proteo individual: Existe no mercado uma grande variedade de EPIs para os mais diversos usos e finalidades. As vestimentas dos trabalhadores devem ser confeccionadas com tecido leve e de cor clara. Para situaes de exposies crticas, existem diversos tipos de vestimentas para o corpo inteiro, sendo que algumas possuem sistema de ventilao acoplado. Educao e treinamento: A orientao quanto prtica correta de suas tarefas pode, por exemplo, evitar esforos fsicos desnecessrios ou longos tempos de permanncia prximos fonte. Deve-se conscientizar o trabalhador sobre o risco que representa a exposio ao calor intenso, educando-o quanto ao uso correto dos equipamentos de proteo individual, alertando-o sobre a importncia de asseio pessoal e promovendo a utilizao e a manuteno correta das medidas de proteo no ambiente. FRIO EXCESSIVO

    De acordo (NR-15 Anexo 9):As atividades ou operaes executadas no interior de cmeras frigorficas, ou em locais que apresentem condies similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteo adequada, sero consideradas insalubres em decorrncia de laudo de inspeo realizada no local de trabalho. Fatores que influenciam nas trocas trmicas entre o ambiente e o organismo: Conforme demonstrado anteriormente no item calor, as trocas trmicas entre o organismo e o ambiente dependem da: Temperatura do ar; Velocidade do ar; Variao do calor radiante; Estes fatores influenciam no equilbrio homeotrmico do corpo segundo a seguinte equao: S=M+C+RE Onde: S = Calor acumulado no organismo (sobrecarga trmica)M = Calor produzido pelo metabolismo C = Calor ganho ou perdido por conduo Conveco R = Calor ganho ou perdido por radiao E = Calor perdido por evaporao O desequilbrio trmico (exposio ao frio), segundo a equao anterior, se apresentar quando o valor de S for inferior a zero, ou seja, quando o corpo estiver perdendo calor para o ambiente, podendo ocorrer a hipotermia. O aspecto mais importante na hipotermia, que poder trazer a morte a queda da temperatura profunda do corpo. Devem-se proteger os trabalhadores da exposio ao frio, de modo

  • que a temperatura profunda do corpo no caia a menos de 36,0 C. A exposio ao frio intenso ainda encontrada em diversos tipos de indstrias que possuem e utilizam cmaras frigorficas. Entre essas, incluem-se a indstria alimentcia e de enlatados, a de beneficiamento de pescados, fbricas de sorvetes, etc. Efeitos do frio no organismo: Alm da hipotermia, vrios outros estados patolgicos, conhecidos como leses do frio, podem afetar o trabalhador. Entre eles, destacam-se: Feridas; Enregelamento: ficar congelado ; Agravamento de doenas reumticas ; Predisposio para doenas das vias respiratrias. Rachaduras e necrose na pele; Predisposio para acidentes; Medidas de Controle relativas ao homem: Aclimatizao: uma medida que, para a exposio ao frio, no foi ainda muito estudada, mas sabe-se que alguns indivduos conseguem respostas termorreguladoras satisfatrias, quando gradualmente so expostos a ambientes frios, ou seja, segundo determinados gradientes trmicos e sob controle de velocidade do ar, alguns indivduos tm boa adaptao. Vestimentas de trabalho: necessrio que o isolamento do corpo pela vestimenta de trabalho seja satisfatrio e que a camada de ar compreendida entre a pele e a roupa elimine parcialmente a transpirao para que haja uma troca regular de temperatura. Regime de trabalho: Quando a exposio ao frio intensa, o trabalhador deve ter em mente que ser necessrio intercalar perodos de descanso em local termicamente superior ao frio, de forma a manter uma resposta termorreguladora satisfatria do corpo humano. Exames Mdicos: Na seleo de pessoal para execuo de trabalhos em locais de frio intenso deve-se realizar exames mdicos pr-admissionais para se conhecer o histrico ocupacional do indivduo e saber se ele portador de diabetes, epilepsia, se fumante, alcolatra, ou se j sofreu leses por exposio ao frio, ou se apresentam problema no sistema circulatrio, etc. Rotineiramente, devero ser realizados exames mdicos peridicos para controle e verificao com antecedncia de problemas ou rudos da exposio ao frio. Educao e treinamento: Todo trabalhador que for executar atividades sob frio intenso dever ser instrudo sobre o risco de atividades nessas condies, bem como ser treinado quanto ao uso de

  • protees adequadas (vestimentas, luvas, etc.) e a rotinas de trabalho (tempo/local de trabalho x tempo/local de descanso). Radiaes

    Definio

    Radiao toda energia que se propaga em forma de onda atravs do espao. Neste conceito de radiao se inclui a luz visvel, a infravermelha, a ultravioleta, as ondas de rdio e televiso, o infrassom, o ultrassom, a eletricidade e os raios X.

    Radiaes Ionizantes

    Radiao ionizante a radiao eletromagntica com energia suficiente para provocar mudanas nos tomos em que incide (ionizao), como o caso dos raios X, dos raios alfa, beta e gama, e dos materiais radioativos. A radiao medida em vrias unidades diferentes. O Roentgen (R) mede a quantidade de radiao no ar. O Gray (Gy) a quantidade de energia que realmente absorvida por qualquer tecido ou substncia aps uma exposio radiao.

    Efeitos biolgicos

    Os efeitos biolgicos da radiao ionizante ocorrem quando a radiao transfere energia para as molculas das clulas dos tecidos expostos. Como resultado desta interao, as funes das clulas podem deteriorar-se de forma transitria ou permanente e ocasionar inclusive a morte das mesmas. A gravidade da leso vai depender do tipo de radiao, da dose absorvida, da velocidade de absoro e da sensibilidade do tecido em relao radiao. Os rgos mais sensveis so aqueles envolvidos com a formao do sangue e o sistema gastrintestinal.

    Exposio do corpo inteiro

    Doses altas de radiao podem provocar a morte em poucos minutos.

    Doses da ordem de 100 Gray produzem falncia do sistema nervoso central,

  • provocando desorientao espao-temporal, perda de coordenao motora, distrbios respiratrios, convulses, estado de coma e, finalmente, morte, que ocorre algumas horas aps a exposio.

    Doses da ordem de dezena de Gray, observa-se sndrome gastrintestinal, caracterizada por nuseas, vmito, perda de apetite, diarreia intensa e apatia. Em seguida surgem desidratao, perda de peso e infeces graves, sendo que a morte ocorre poucos dias mais tarde.

    Doses da ordem de alguns Gray acarretam a sndrome hematopoitica, decorrente da inativao das clulas sanguneas (hemcias, leuccitos e plaquetas) e, principalmente, dos tecidos responsveis pela produo dessas clulas ( a medula ssea).

    Exposio de reas especficas do corpo

    A exposio de reas especficas do corpo produzem danos locais e imediatos nos tecidos. Os vasos sanguneos das zonas expostas so lesados, alterando as funes dos rgos, podendo levar a necrose e gangrena. Como consequncias secundrias aparecem mudanas degenerativas nas clulas, sendo que o efeito retardado mais importante o aumento da incidncia de leucemia e de cncer, especialmente de pele, tireide, pulmo e mama.

    Limites de tolerncia

    De acordo com a legislao especfica em vigor, o Anexo 5 da NR-15 da Portaria 3214/78, nas atividades onde trabalhadores possam ser expostos a radiaes ionizantes, os limites de tolerncia e os controles bsicos para a proteo do homem, so os constantes

    Radiaes No Ionizantes

    Radiao no ionizante engloba toda a radiao e os campos do espectro eletromagntico que no tem energia suficiente para provocar mudanas nos tomos em que incide. A linha divisria entre as radiaes ionizantes (altas frequncias) e as radiaes no ionizantes (baixas frequncias) a frequncia

  • da luz solar (luz visvel). No espectro eletromagntico, abaixo da luz visvel est a radiao infravermelha. Mais abaixo se encontra uma ampla variedade de radiofrequncias (micro-ondas, radio celular, televiso, rdio FM e AM, ondas curtas) e, no extremo inferior, os campos com frequncia de rede eltrica.

    Radiao Ultravioleta

    Presente na luz solar, na maioria das lmpadas e na solda a arco. A radiao ultravioleta de luz solar essencial para a sntese de vitamina D na pele e em outros aspectos fisiolgicos da vida humana. Entretanto, pode ocasionar uma variedade de efeitos patolgicos, como queimaduras, mudanas de pigmentao da pele, alteraes imunolgicas e neoplasias. A exposio excessiva mais prejudicial para os olhos e para a pele, onde provoca uma srie de alteraes. A radiao UV pode provocar desde o eritema (queimadura solar) at o aumento da incidncia de cncer de pele. Nos olhos, a maior parte da radiao absorvida pela crnea, conjuntiva e cristalina, provocando queratite e conjuntivite, que aparece poucas horas aps uma exposio excessiva e normalmente regride em um a dois dias. A exposio prolongada pode contribuir para a formao de cataratas. A exposio ocupacional mais importante ocorre entre os soldadores e entre os trabalhadores que atuam na intemprie, como os trabalhadores rurais, os pescadores, os operrios da construo civil, entre outros.

    Radiao Infravermelha

    Presente na luz solar, nas lmpadas de filamento de tungstnio e em numerosos processos industriais que utilizam fontes de calor, como os padeiros, sopradores de vidro, operrios de altos fornos, trabalhadores de fundio e metalurgia, bombeiros, entre outros. Da mesma forma que a radiao ultravioleta, a infravermelha mais prejudicial para a pele e para os olhos. Na pele, pode provocar queimaduras. Nos olhos, contudo, devido a transparncia dos meios oculares, a radiao infravermelha afeta mais a retina.

    Campos de radiofrequncia e micro-ondas

  • A radiao de radiofrequncia encontrada em aplicaes muito conhecidas, tais como as emisses de rdio e televiso, comunicaes (telefonia fixa e mvel, radiocomunicao), radar, entre outros. A exposio pode provocar aquecimento dos tecidos do organismo, levando a queimaduras, formigamentos (parestesias) e alteraes da sensibilidade de mos e dedos, irritao ocular e aquecimento e mal estar nas pernas. A emisso de radiao eletromagntica ocorre nos dois componentes de um sistema de telefonia celular, isto , tanto no uso dos telefones celulares como junto s antenas radio base. As ondas eletromagnticas emitidas so absorvidas pelo organismo humano e podem causar efeitos biolgicos. A questo ainda no foi devidamente esclarecida mas inmeros estudos epidemiolgicos em andamento parecem indicar a relao entre cncer cerebral e o uso de telefones mveis.

    Campos eltricos e magnticos

    Presentes principalmente na gerao, distribuio e uso da energia eltrica. No caso de exposio a campos eltricos e magnticos, estudos epidemiolgicos parecem indicar riscos excessivos de leucemia, de tumores cerebrais e de cncer de mama (em homens), especialmente entre os eletricistas que atuam em subestaes e em redes de alta tenso e entre os condutores de veculos eltricos. Outras pesquisas tem apontado um maior risco de doenas cardiovasculares, alteraes do sono, depresso e suicdio entre esses trabalhadores. Estudos sobre a exposio de trabalhadores em terminais de vdeo ainda no so conclusivos.

    Presses anormais

    Os trabalhos sob condies de alta presso (condies hiperbricas) ocorre em atividades ou operaes sob ar comprimido ou em trabalhos submersos (mergulho).

    Efeitos txicos

    A atmosfera contm habitualmente cerca de 20% de oxignio, sendo que o organismo humano est adaptado para respirar o oxignio atmosfrico a uma

  • presso em torno de 160mmHg ao nvel do mar. A esta presso, a molcula que transporta o oxignio aos tecidos, a hemoglobina, encontra-se praticamente saturada (98%). A medida que aumenta a presso, como a hemoglobina est j saturada, uma quantidade significativa de oxignio no consumida e entra em soluo fsica no plasma sanguneo. Se essa exposio se prolonga pode produzir, a longo prazo, uma intoxicao pelo oxignio. Os seres humanos, na superfcie terrestre, podem respirar 100% de oxignio de forma contnua durante 24-36 horas sem nenhum risco. Aps esse perodo, sobrevm a intoxicao pelo oxignio (efeito de Lorrain-Smith). Os sintomas de toxicidade pulmonar so principalmente a dor no peito (retroesternal) e a tosse seca. A presses superiores a 2 (duas) atmosferas, o oxignio produz toxicidade cerebral, podendo provocar convulses. A susceptibilidade a convulso varia consideravelmente de um indivduo para outro. A administrao de anticonvulsivantes pode evitar as convulses por oxignio mas no reduz a leso cerebral ou da medula espinhal.

    Controle mdico

    exigido cuidadosa compresso e descompresso, de acordo com as tabelas do Anexo n 6 da NR-15 da Portaria 3214/78. O trabalho sob condies de alta presso s permitido para trabalhadores com mais de 18 (dezoito) e menos de 45 (quarenta e cinco) anos de idade. Antes de cada jornada de trabalho, os trabalhadores devero ser inspecionados pelo mdico, sendo que o trabalhador no poder sofrer mais de uma compresso num perodo de 24 horas. A durao do perodo de trabalho sob ar comprimido no poder ser superior a 8 horas, em presses de trabalho de 0 a 1,0 kgf/cm, a 6 horas em presses de trabalho de 1,1 a 2,5 kgf/cm, e a 4 horas, em presso de trabalho de 2,6 a 3,4 kgf/cm. Nenhum trabalhador pode ser exposto presso superior a 3,4 kgf/cm. Aps a descompresso, os trabalhadores so obrigados a permanecer, no mnimo, por duas horas, no local de trabalho, cumprindo um perodo de observao mdica. Como possvel a ocorrncia de necrose ssea, especialmente nos ossos longos, tambm obrigatria a realizao de radiografias de articulaes da coxa e do ombro, por ocasio do exame admissional e posteriormente a cada ano.

  • Trabalhos sob Condies de Baixa Presso

    Nos trabalhos em grandes altitudes, como no caso dos aeronautas, a medida que se ganha altura sobre o nvel do mar a presso total do ar ambiental e a concentrao de oxignio vo diminuindo gradualmente. O efeito um menor aporte de oxignio aos tecidos do corpo humano (hipxia), sendo que o organismo, em resposta, adota medidas compensatrias de adaptao fisiolgica (aclimatao), especialmente o aumento da frequncia respiratria. A tolerncia altura varia de um indivduo para outro e, em geral, a adaptao deve melhorar aps 2 a 3 dias de exposio. Todavia, a hipxia grave pode exercer diversos efeitos nocivos para o organismo humano. O rgo mais sensvel falta de oxigenao o crebro e os sintomas mais comuns so a irritabilidade, a diminuio da capacidade motora e sensitiva, alteraes do sono, fadiga muscular, hemorragias na retina e, nos casos mais graves, edema cerebral e edema agudo do pulmo

    Riscos Qumicos

    - Classificao

    Consideram- se agentes qumicos as substancias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratria, nas formas de poeira, fumos, nvoas, neblina, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade

    Liquido (gases, vapores, nvoas)

  • de exposio, possam ter contato ou ser absorvido pelo atravs da pele ou ingesto.

    Gases

    So disperso de molculas no ar misturadas completamente com este (o prprio ar e uma mistura de gases). No possuem forma e volume prprios e tendem a se expandir indefinidamente.

    temperatura ordinria, mesmo sujeito a presso fortes, no podem ser total ou parcialmente reduzidos ao estado liquido.

    Vapores

    So tambm disperses de molculas no ar, que ao contrario dos gases, podem condensar-se para formar lquidos ou slidos em condies normais de temperatura e presso. Uma outra diferena importante e que os vapores em recintos fechados podem alcanar uma concentrao mxima no ar, que no ultrapassada, chamada de saturao.

    As substancias ou produtos qumicos que podem contaminar um ambiente de trabalho classificam-se em:

    - Aerodispersides

    - Gases e vapores

    As principais vias de penetrao destas substancias no organismo humano so:

    - O aparelho respiratrio

    - A pele

    - O aparelho digestivo

  • A enorme utilizao de produtos qumicos acarreta grande incidncia de doenas profissionais causadas por esses produtos. Os produtos qumicos so encontrados no ambiente de trabalho sob as formas lquida, gasosa, de vapores e solida, e podem penetrar no organismo pelas vias respiratrias, digestiva e, tambm, atravs da pele, dependendo das caractersticas fsico-qumicas das substancias.

    Podemos classificar os agentes qumicos, segundo a natureza qumica ou de acordo com sua ao no organismo.

    CLASSIFICAO SEGUNDO A NATUREZA QUMICA

    Metais e metalides

    Solventes aromticos

    Solventes halogenados

    Poeiras minerais

    leos e graxas

    Outras doenas

    Metais e metalides: Os principais metais do ponto de vista da Toxicologia Industrial so: o chumbo, o mercrio, o mangans, o cdmio e os metaloides, como o arsnico e o fsforo.

    - Chumbo - Mercrio - Mangans - Arsnico - Fsforo

  • Chumbo: amplamente utilizado em fundies, fabricas de baterias, cermicas, pigmentos inorgnicos etc. A intoxicao por ele provocada (tambm chamada de saturnismo), causa anemia, dor abdominal, fraqueza, problemas de nervos perifricos e problemas renais. A preveno a nvel mdico feita por meio de dosagens de chumbo no sangue, e de metabolitos urinrios e sangneos que aparecem quando existe a intoxicao. O objetivo diagnosticar um acumulo do metal e de seus efeitos biolgicos antes do aparecimento dos sintomas da molstia.

    Mercrio: utilizado como eletrodo em inmeros processos industriais, nas lmpadas fluorescentes, na eletrolise da salmoura para fabricao de soda caustica, de componentes de circuitos eltricos e de algumas baterias especiais; na indstria blica (fulminato de mercrio), na odontologia para amalgamas, na anlise geolgica, nos agrotxicos ,etc. A intoxicao por mercrio tambm conhecida por hidrargirismo, provoca leso renal importante, e grave alterao no sistema nervoso central, com alterao cerebral que causa tremores nas extremidades e dificuldade de andar, de escrever e de falar. A medida preventiva a nvel mdico a analise do mercrio presente na urina, alm de acurado exame neurolgico dos indivduos expostos.

    Mangans: utilizado na fabricao de aos especiais e de outras ligas metlicas. A intoxicao, tambm chamada de manganismo, causa graves problemas cerebrais, com aparecimento de falta de equilbrio e sustentao, que pode culminar com a impossibilidade total de o indivduo caminhar.

    A preveno feita por exames neurolgicos especficos e por meio de dosagem de mangans na urina.

    Arsnico: utilizado na sntese orgnica de pesticidas, na fabricao de vidros, de cristais, de tintas, no empalhamento de animais, etc.

    A intoxicao crnica pelo arsnico provoca alteraes neurolgicas, gastrointestinais,

  • de fgado, lceras de pele, etc. Pode tambm causar cncer de pele, de pulmo e na via digestiva. O controle mdico da exposio crnica profissional feito por meio de dosagens de arsnico nas unhas e nos cabelos.

  • Fsforo: O grande risco profissional ocorre na exposio ao fsforo amarelo, usado na preparao de corantes, fogos de artifcio, explosivos, inseticida, bronze, fosfato etc. A intoxicao causa graves leses nos rins, no fgado e nos ossos.

    Solventes aromticos

    Os solventes aromticos so amplamente utilizados nas industrias plsticas de borracha, qumica e petroqumica. Os mais difundidos so o benzeno, o tolueno e o xileno. Todos causam, mediante exposio macia, a grandes quantidades, sonolncia, torpor, coma, podendo causar a morte por parada respiratria; pois so narcticos. O mais comum em exposio profissional a intoxicao crnica, e, neste caso, o benzeno o mais perigoso, pois alem da absoro normal pela via respiratria, tambm facilmente absorvido atravs da pele, e causa anemia aplastica, tambm chamada de benzolismo quadro gravssimo de anemia, que leva morte em 70% dos casos. O benzeno tambm pode causar, em alguns indivduos, a leucemia (cncer do sangue) igualmente com alto ndice de mortalidade. O controle mdico feito por exames de sangue peridicos, e avaliaes freqentes de absoro de benzeno, por meio de analises de fenol urinrio (metabolito do benzeno excretado). Mas o ideal mesmo a eliminao completa da utilizao do benzeno, substituindo-o por outros solventes menos perigos.

    O tolueno e o xileno no so absorvidos atravs da pele e so menos volteis, o que diminui muito o risco de intoxicao. Quando esta ocorre, surgem alteraes dos rins e do fgado. A exposio a ambos pode ser controlada facilmente pela analise de seus metabolitos urinrios (cido hipurico e metil-hipurico).

  • Solventes halogenados

    So de grande utilizao industrial principalmente no desengraxamento de peas em metalrgicas; so tambm usados como solventes de tintas e vernizes, nos pesticidas, nas lavagens a seco em tinturarias, etc.

    Entre os halogenados, os mais utilizados so os solventes clorados, como o tetracloreto de carbono, o tricloroetileno, o tetracloroetileno, o tricloroetano, etc.

    Estes, quando em exposio maior, tambm podem causar sonolncia, torpor e at a morte, se a dose absorvida for muito alta ( efeito anestsico geral ). A exposio ocupacional a estes solventes causa leses no fgado e nos nervos perifricos, irritao pulmonar, e, em alguns casos de solventes como tetracloreto de carbono, pode ocasionar o aparecimento de cncer de fgado. O controle deve ser feito por meio de avaliao heptica e de exames peridicos e analises de metabolitos urinrios dos solventes.

  • Poeiras minerais

    As poeiras minerais so causadoras de graves doenas pulmonares crnicas, denominadas pneumoconioses. As principais pneumoconioses so a silicone e a asbestose.

    Silicose: A exposio prolongada (durante alguns anos) a poeira de slica, livre e cristalina, em pequenas partculas (1 a l0m), gerada em processos industriais, como em jateamento de areia, em lixamento de peas de cermica, na britagem de pedras, no trabalho com tijolos refratrios, no corte e polimento de granito na minerao, etc, pode causar a silicose.

    O acumulo da poeira de slica livre e cristalina no pulmo provoca uma reao do organismo a essas partculas, e, como conseqncia, leva a uma fibrose pulmonar ( como cicatrizes internas), a qual diminui a capacidade de trocas gasosas do pulmo. A fibrose irreversvel , e, mesmo se afastarmos o trabalhador acometido de silicose, esta continua progredindo e culminando na morte por insuficincia respiratria. O controle mdico faz-se por radiografias (no abreugrafias) de trax, semestralmente, e se aparecer um mnimo sinal de fibrose, afasta-se imediatamente o trabalhador da exposio. Se o trabalhador for afastado em estagio muito inicial, a doena ter uma progresso muito lenta (dezenas de anos), e, portanto, poder ele levar vida normal. Asbestose: A longa exposio ocupacional ao amianto, ou asbesto, em pequenas partculas em forma de fibra, causa tambm uma fibrose pulmonar intensa e multo grave. A exposio pode ocorrer em trabalhos de minerao de amianto, fabricao de fibrocimento, baquelite, componentes eltricos, fiao de tecidos com amianto etc. O quadro de asbestose semelhante ao de silicose, quanto a fibrose pulmonar, mas com o agravante de ser freqente o aparecimento de cncer de pulmo nos indivduos acometidos de asbestose.

    O controle mdico e feito por meio de radiografias semestrais, como ocorre na silicose.

  • Outras Pneumoconioses: H inmeros outros tipos de pneumoconioses, a mais importante a pneumoconiose do minrio de carvo, a qual considerada por inmeros autores como sendo, na verdade uma silicose, enquanto outros dizem que uma doena parte, provocada, evidentemente, pelo trabalho nas minas de carvo. Alm dessa , existem outras como: siderose (por ferro), estanose (estanho), bagaose (fibras vegetais) , aluminose (alumnio), bissinose (algodo), etc.

    leos e Graxas O contato prolongado com leos e graxas causa uma leso de pele conhecida como elaioconiose. Essa molstia acomete frequentemente os trabalhadores mecnicos e metalrgicos, e de tratamento prolongado, exigindo longos afastamentos do trabalho para a cura completa.

    Na elaioconiose, a pele apresenta vrios pequenos pontos com pus e perda de pelos nas regies afetadas, em geral coxas e os antebraos. A medida preventiva ideal a boa higiene corporal aps o trabalho, e o uso de avental de plstico que impea o borrifo de leo nas roupas do trabalhador.

    Os leos e graxas tambm podem causar cncer de pele, pelo contato repetido por muitos anos. O mais perigoso, ponto de vista cancergeno, so os leos de corte ou os solveis pois contm nitrosaminas, que so potentes cancergenos.

  • Riscos Biolgicos So considerados riscos biolgicos: vrus, bactrias, parasitas, protozorios, fungos e bacilos.

    Os riscos biolgicos ocorrem por meio de microorganismos que, em contato com o homem, podem provocar inmeras doenas. Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos. o caso das indstrias de alimentao, hospitais, limpeza pblica (coleta de lixo), laboratrios, etc.

    Entre as inmeras doenas profissionais provocadas por microorganismos incluem-se: tuberculose, brucelose, malria, febre amarela.

    Para que essa doenas possam ser consideradas doenas profissionais preciso que haja exposio do funcionrio a estes microorganismos.

    So necessrias medidas preventivas para que as condies de higiene e segurana nos diversos setores de trabalho sejam adequadas Medidas de controle

    As mais comuns so: saneamento bsico (gua e esgoto), controle mdico permanente, uso de EPI, higiene rigorosa nos locais de trabalho, hbitos de higiene pessoal, uso de roupas adequadas, vacinao, treinamento, sistema de ventilao/exausto.

    Para que uma substncia seja nociva ao homem, necessrio que ela entre em contato com seu corpo. Existem diferentes vias de penetrao no organismo humano, com relao ao dos riscos biolgicos:

    Cutnea: ex: a leptospirose adquirida pelo contato com guas contaminadas pela urina do rato;

    Digestiva: ex: ingesto de alimentos deteriorados;

    Respiratria: ex: a pneumonia transmitida pela aspirao de ar contaminado. Medidas de controle

    As mais comuns so: saneamento bsico (gua e esgoto), controle mdico permanente, uso de EPI, higiene rigorosa nos locais de trabalho, hbitos de

  • higiene pessoal, uso de roupas adequadas, vacinao, treinamento, sistema de ventilao/exausto.

    Para que uma substncia seja nociva ao homem, necessrio que ela entre em contato com seu corpo. Existem diferentes vias de penetrao no organismo humano, com relao ao dos riscos biolgicos:

    Cutnea: ex: a leptospirose adquirida pelo contato com guas contaminadas pela urina do rato;

    Digestiva: ex: ingesto de alimentos deteriorados;

    Respiratria: ex: a pneumonia transmitida pela aspirao de ar contaminado.

    VIRUS Todos os seres vivos so compostos por clulas, com exceo dos vrus que so organismos acelulares Dessa forma, esses seres s conseguem reproduzir-se e realizar atividades metablicas no interior de clulas vivas.

    Ao invadir uma clula, que pode ser de qualquer organismo vivo, os vrus podem desencadear doenas. No homem, essas doenas, tambm conhecidas por viroses, so muito comuns e geralmente causam e no corpo, falta de apetite e indisposio, sintomas relativamente inespecficos.

    Os sintomas das viroses, por serem muito parecidos entre si, dificultam um diagnstico preciso. por isso que, ao procurar um mdico com o quadro clnico descrito anteriormente, recebemos rapidamente o diagnstico de uma virose. importante, no entanto, sempre a realizao de exames mais especficos em casos de sintomas intensos e que persistam por muito tempo.

    Para o tratamento das viroses, na maioria dos casos, o mdico indica medicamentos para controlar a febre, as dores, enjoos e vmitos. Tambm recomendado que o paciente mantenha repouso, hidrate-se bastante e cuide de sua alimentao. Geralmente os sintomas de uma virose desaparecem em pouco tempo, entre trs e sete dias.

    Dentre as principais viroses, podemos destacar:

  • - Aids - Varola

    - Catapora - Gripe

    - Caxumba - Poliomielite

    - Dengue - Raiva

    - Febre amarela - Rubola

    - Sarampo

  • Bactrias Acne uma doena da pele que atinge aproximadamente 80% dos adolescentes nesta poca da vida, afetando unidades formadas por pelos e glndulas sebceas: os folculos pilossebceos

    Considerando o incmodo e at possveis problemas relacionados autoimagem, buscar tratamento desde o incio do surgimento dos sintomas uma medida importante, inclusive porque reduz as chances do paciente apresentar cicatrizes em sua pele.

    Alimentos ricos em vitamina B5 podem ser fortes aliados contra a acne, j que controlam a atividade das glndulas sebceas e aceleram a cicatrizao da pele.

    O MINISTRIO DA SADE ADVERTE: A automedicao pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remdio errado no s no cura como pode piorar a sade.

    A brucelose uma zoonose, ou seja, uma doena que pode ser transmitida dos animais ao ser humano e/ou do ser humano aos animais.

    verificada mundialmente e j foi denominada como febre do mediterrneo, febre ondulante, febre de Malta, febre de Gibraltar. Tem sido uma doena em permanente evoluo desde 1887, quando foi identificada a espcie B, melitensis por Bruce.

    Essa doena apresenta grande importncia econmica e causada por bactrias patognicas que ocorrem principalmente em animais como bovinos, sunos, mamferos marinhos e ces, dentre outros. So conhecidas vrias espcies como Brucellaabortus, Brucellamelitensis, Brucella suis, Brucella canis. Nos ces, causa problemas relacionados aos rgos reprodutores, gerando aborto, esterilidade, inflamao dos testculos e epiddimo, ocasionando a interrupo da reproduo animal. E como o ser humano possui um contato muito prximo com ces, a doena pode se estabelecer no homem causando infeces.

  • O perodo de incubao da brucelose de duas a trs semanas. As pessoas que adquirem a doena tm sintomas como febre intermitente, mal-estar, perda de peso, fadiga muscular, calafrios, sudorese, dor de cabea severa, mialgias e artralgias, podendo aparecer sintomas como dores abdominais, diarreia e vmito e, em casos graves, endocardite, meningite, osteomielite, artrite, dentre outros. Os pacientes que se recuperam da brucelose apresentam certa resistncia a crises subsequentes.

    O contgio ocorre mais frequentemente pela ingesto ou inalao de aerossis provenientes de secrees, mas ocorre tambm por contato direto de abrases na pele ou at mesmo das mucosas nasal, conjuntiva e genital com animais infectados e ingesto de carnes ou produtos lcteos contaminados. O diagnstico pode ser feito por meio da anlise sangunea, isolando a bactria ou com amostras da medula ssea.

    Em bovinos, a brucelose considerada incurvel e por isso ou feito tratamento ou ento o abate dos animais soropositivos. No homem, antimicrobianos so receitados pelo mdico.

    Protozorios As doenas causadas por protozorios podem ser transmitidas de diversas maneiras, portanto, fundamental conhecer as formas de contgio para obter uma preveno eficaz.

    As protozooses podem ser contradas de diferentes formas. Dentre as principais vias de contaminao, podemos citar a fecal-oral, a contaminao por agentes hematfagos e a que ocorre atravs de relaes sexuais. A amebase, por exemplo, est relacionada com a ingesto de gua ou alimentos contaminados por cistos de Entamoebahistolytica. J a malria transmitida pela picada do mosquito do gnero Anopheles. A tricomonase, por sua vez, transmitida via relao sexual com pessoa contaminada.

    De uma maneira geral, algumas dicas podem ser levadas em considerao para evitar protozooses. Veja algumas a seguir:

    - Lavar sempre as mos aps ir ao banheiro e antes e aps as refeies;

  • - Lavar sempre os alimentos, principalmente aqueles que so consumidos crus. Uma boa alternativa deixar as frutas e hortalias em uma soluo de gua sanitria e gua, na proporo de uma colher para cada litro de gua;

    - Beber gua sempre filtrada ou fervida;

    - Utilizar camisinha em toda relao sexual, independentemente se ela for oral, vaginal ou anal.

    - Colocar mosquiteiros nas camas e telas nas portas e janelas para evitar a picada de insetos

    Fungos Micoses so infeces incmodas e resistentes, causadas por aproximadamente 100 espcies diferentes de fungos, algumas vezes confundidas com alergias ou mesmo hansenase.

    Alimentando-se de gordura e/ou queratina presentes no corpo, os fungos desenvolvem-se quando encontram situaes propcias para tal, como alta umidade e calor; ou quando a imunidade da pessoa est comprometida. No primeiro caso, geralmente se trata de uma infeco superficial. No segundo, pode atingir rgos internos, sendo ento classificada como uma infeco profunda. Imunodeprimidos, como portadores do vrus da AIDS, ou mesmo pessoas internadas em UTIs esto mais propensas a adquiri-la.

    Alm de causar desconforto e alteraes estticas, esses fungos propiciam tambm a entrada de outros patgenos, como bactrias. Tal situao bastante comum no caso de frieiras (tambm chamadas de p de atleta). Assim como as micoses das mos, estas se apresentam na maioria das vezes como fissuras, descamaes, ou vesculas localizadas entre os dedos.

    Outra manifestao desses patgenos a tinha crural, encontrada de forma mais frequente entre as coxas, principalmente durante o vero; a de couro cabeludo, apresentando-se como placas com descamao, com ou sem pus; tinha de barba, com bordas bem definidas; e tinha de corpo, avermelhada e com microvesculas. Alm disso, unhas tambm podem ser acometidas pelos fungos, dando aspecto grosseiro s mesmas: so as onicomicoses.

  • Fungos tpicos da constituio normal de nosso corpo tambm so capazes de provocar micoses, quando algum fator propicia seu crescimento exagerado. o caso da Malasseziafurfur e da Candidaalicans.

    A primeira provoca leses arredondadas, escamosas e de colorao varivel, geralmente presentes em locais pilosos. Oleosidade e suor excessivos propiciam sua proliferao demasiada. J a segunda responsvel pelos sapinhos e candidase. Mucosa oral, dobras da pele, unhas, cantos da boca e regio vulvovaginal so os locais mais frequentemente afetados por ela.

    Preveno

    Enxugar bem o corpo, aps o banho.

    Preferir usar roupas feitas com fibras naturais, como o algodo, j que ele no retm o suor; e calados abertos, pelo mesmo motivo.

    Usar luvas ao entrar em contato com o solo.

    No entrar em contato com leses micticas de animais ou pessoas infectadas. No utilizar roupas, toalhas, materiais de manicure, dentre outros, que no sejam de s individual.

    Evitar andar descalo em pisos midos ou pblicos.

    Cuidados especiais aos pacientes imunodeprimidos.

    Diagnstico:

    Suspeitas de micose devem ser analisadas pelo mdico dermatologista. Na maioria dos casos, apenas pelo aspecto em que se apresentam as leses, a infeco j diagnosticada. Entretanto, h situaes em que necessria a anlise da leso e, para tal, necessrio que se colha o material.

  • Parasitas Vrias so as doenas causadas por vermes (animais que parasitam homens e animais). Com grande capacidade de regenerao, eles podem possuir um ou dois hospedeiros.

    Os vermes pertencem ao Reino Animalia e a maioria conhecida por apresentar corpo achatado ou alongado, sem pernas, mole, com a cabea e a cauda praticamente iguais ao restante do corpo.

    Possuem grande capacidade de regenerao, e geralmente apresentam ciclos de vida complexos que se alternam em fases sexuadas e assexuadas. Apresentam exemplares monoicos (cada indivduo apresenta os dois sistemas reprodutores) e dioicos (cada indivduo apresenta somente um sistema reprodutor).

    Muitas espcies que parasitam animais, causando doenas, precisam de mais de uma espcie hospedeira para completar o ciclo de vida. Espcies que necessitam apenas de um hospedeiro para completar o seu ciclo de vida so chamadas de monogenticas; enquanto que as espcies que necessitam de dois hospedeiros so chamadas de digenticas, como o caso do platelminto Schistosoma mansoni, que tem como hospedeiros seres humanos e moluscos.

    Quando a espcie digentica, possui o hospedeiro intermedirio e o hospedeiro definitivo. O hospedeiro intermedirio o que abriga a fase assexuada, enquanto que o hospedeiro definitivo abriga a fase sexuada.

    Alguns vermes so de vida livre, mas muitos so parasitas e causadores de doenas em animais (incluindo seres humanos). Geralmente as verminoses no levam morte do hospedeiro, pois se o hospedeiro morrer, o verme parasita perder a sua moradia e a fonte de alimentao, o que no ser vantajoso para ele.

    Alguns vermes parasitas so adquiridos pela falta ou precariedade de saneamento bsico, mas outros vermes parasitas possuem vetores que disseminam a doena, como o caso da elefantase, cujo hospedeiro intermedirio a fmea do mosquito Culex.

  • Nessa seo voc encontrar muitos textos relacionados s doenas causadas por vermes parasitas, e conhecer mais os sintomas, o tratamento e a profilaxia de cada doena.

    Bacilos A hansenase, conhecida oficialmente por este nome desde 1976, uma das doenas mais antigas na histria da medicina. causada pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae: um parasita que ataca a pele e nervos perifricos, mas pode afetar outros rgos como o fgado, os testculos e os olhos. No , portanto, hereditria.

    Com perodo de incubao que varia entre trs e cinco anos, sua primeira manifestao consiste no aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiada, em qualquer regio do corpo. Placas, caroos, inchao, fraqueza muscular e dor nas articulaes podem ser outros sintomas.

    Com o avano da doena, o nmero de manchas ou o tamanho das j existentes aumenta e os nervos ficam comprometidos, podendo causar deformaes em regies, como nariz e dedos, e impedir determinados movimentos, como abrir e fechar as mos. Alm disso, pode permitir que determinados acidentes ocorram em razo da falta de sensibilidade nessas regies.

    O diagnstico consiste, principalmente, na avaliao clnica: aplicao de testes de sensibilidade, fora motora e palpao dos nervos dos braos, pernas e olhos. Exames laboratoriais, como bipsia, podem ser necessrios.

    Esta doena capaz de contaminar outras pessoas pelas vias respiratrias, caso o portador no esteja sendo tratado. Entretanto, segundo a Organizao Mundial de Sade, a maioria das pessoas resistente ao bacilo e no a desenvolve. Aproximadamente 95% dos parasitas so eliminados na primeira dose do tratamento, j sendo incapaz de transmiti-los a outras pessoas. Este dura at aproximadamente um ano e o paciente pode ser completamente curado, desde que siga corretamente os cuidados necessrios.

  • Assim, buscar auxlio mdico a melhor forma de evitar a evoluo da doena e a contaminao de outras pessoas.

    O tratamento e distribuio de remdios so gratuitos e, ao contrrio do que muitas pessoas podem pensar, em face do estigma que esta doena tem, no necessrio o isolamento do paciente. Alis, a presena de amigos e familiares fundamental para sua cura.

    Durante este tempo, o hanseniano pode desenvolver suas atividades normais, sem restries. Entretanto, reaes adversas ao medicamento podem ocorrer e, nestes casos, necessrio buscar auxlio mdico.