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Saúde perinatal Departamento de Medicina

Saúde perinatal Departamento de Medicina. O que vamos ver hoje: 1.Fatos vitais: definição, finalidades, usos e conceitos necessários 2.O preenchimento

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Saúde perinatal

Departamento de Medicina

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O que vamos ver hoje:

1.1. Fatos vitais: definição, finalidades, usos e conceitos Fatos vitais: definição, finalidades, usos e conceitos necessáriosnecessários

2.2. O preenchimento da Declaração de óbito e algumas O preenchimento da Declaração de óbito e algumas características dos óbitoscaracterísticas dos óbitos

3.3. Notificação dos nascidos vivos e algumas características Notificação dos nascidos vivos e algumas características dos nascidos vivosdos nascidos vivos

4.4. Mortalidade infantil, natimortalidade e mortalidade Mortalidade infantil, natimortalidade e mortalidade perinatalperinatal

5.5. Classificações dos óbitos perinataisClassificações dos óbitos perinatais6.6. ConclusãoConclusão

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Fatos vitais: registro

• Nascimento• Óbito fetal• Óbito

• Casamentos• Separações• Anulações• Adoções

SaúdeDN – 1990

DO - 1975

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USOS

• Jurídicas• Saúde• Demografia

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DEFINIÇÕES NECESSÁRIAS

NASCIMENTO VIVO É a expulsão ou extração completa do corpo da

mãe, independente da duração da gestação, de um produto de concepção, o qual depois da separação, respire ou dê qualquer sinal de vida, tal como batimento do coração, pulsações do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos de contração voluntária, estando ou não cortado o cordão umbilical e estando ou não desprendida a placenta

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Morte: Desaparecimento permanente de todo o

sinal de vida em um momento qualquer depois do nascimento vivo ou a cessação dos sinais vitais sem possibilidade de ressuscitação.

DEFINIÇÕES NECESSÁRIAS

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DEFINIÇÕES NECESSÁRIAS

ÓBITO FETAL É a morte de um produto de concepção antes da

expulsão ou extração completa do corpo da mãe, independente da duração da gravidez, indica o óbito o fato de, depois da separação, o feto não respirar nem dar nenhum sinal de vida, como batimento do coração, pulsações do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos de contração voluntária

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DEFINIÇÕES NECESSÁRIAS

CAUSAS DE MORTE

Todas aquelas doenças, estados mórbidos ou lesões que produziram a morte, ou que contribuíram para ela e as circunstancias do acidente, ou da violência que produziram essas lesões

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DEFINIÇÕES NECESSÁRIAS

CAUSA BÁSICA DE MORTE

A doença ou lesões que INICIOU A CADEIA de acontecimentos patológicos que conduziram diretamente à morte, ou as circunstâncias do acidente ou violência que produziram a lesão fatal

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Abortamento:• é a expulsão ou extração de um produto

da concepção com menos de 500g e/ou estatura ≤ 25 cm, ou menos de 22 semanas de gestação, tenha ou não evidências de vida e sendo ou não espontâneo ou induzido.

• Aborto: é o produto da concepção expulso no abortamento

DEFINIÇÕES NECESSÁRIAS

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O preenchimento da Declaração de óbito

Ato médico

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Informação como ferramenta de gestão

Pesquisa em saúde (causas múltiplas)

Código de ética médica

RESOLUÇÃO CFM nº 1.779/2005

Por que preencher corretamente??

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Problemas no preenchimento da DO

• QT: A sub-notificação dos óbitos

• QL: Preenchimento dos campos do documento

• QL: Preenchimento das causas de óbito

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Figura 1. Relação entre os óbitos informados e estimados, Regiões do Brasil, 2005.

A sub-notificação dos óbitos

Fonte: Datasus, 2008.

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Taxa de mortalidade infantil. UF do Brasil, 2005.

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Estimativa da mortalidade infantil. UF do Brasil, 2005.

Fonte: Datasus, 2008.

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NASCIDOS VIVOS

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Figura 1. Relação entre os nascidos vivos informados e estimados, Regiões do Brasil, 2005.

A sub-notificação dos nascidos vivos

Fonte: Datasus, 2008.

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Algumas características dos nascidos vivos

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Algumas características dos nascidos vivos

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Algumas características dos nascidos vivos

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CONCEPÇÃO 21 SG 22 SGNASCI

MENTOVIVO

6º DV COMPLETO

S27º DV COMPLETOS 364º DV

COMPLETOS

ABORTONATIMORTOS INFANTIL

NEONATAL PÓS-NEO-

NATAL 

NEO-NATAL

PRECOCE

NEO- NATAL TARDIO

PERINATAL

Estudos de Mortalidade

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Coeficiente de mortalidade infantil e componentes

CMI =Nº de óbitos de menores de um ano, na Área X, ano y

Nº de nascidos vivos, na Área X, ano yX 1000

Troca de definiçãonascido vivonascido morto

Sub-registro de óbitosInvasão e evasão de óbitos

Sub-registro de nascidos vivosInvasão e evasão de nascidos vivos

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Mortalidade infantil neonatal

Mortalidade infantil neonatal precoce

Mortalidade infantil neonatal tardia

Nº de nascidos vivos, na Área X, ano yX 1000CMN =

Nº de óbitos de menores de 28 dias, na Área X, ano y0 a 27 dias comp,

Nº de nascidos vivos, na Área X, ano yX 1000CMN =

Nº de óbitos de menores de 28 dias, na Área X, ano y0 a 6 dias compl

Nº de nascidos vivos, na Área X, ano yX 1000CMN =

Nº de óbitos de menores de 28 dias, na Área X, ano y6 a 27 dias compl

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Mortalidade infantil pós-neonatal

Nº de nascidos vivos, na Área X, ano yX 1000

Nº de óbitos de crianças de 28 a 364 dias, na Área X, ano yCMIT =

28 a 364 dias compl,

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Figura 1. Taxas de mortalidade infantil, segundo regiões. Brasil, 1990-2007*

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Componentes do coeficiente de mortalidade infantil em Aracaju (SE), 2000-2005.

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Neonatal precoceNeonatal tardiaNeonatalPós-neonatal

Fonte: SMS Aracaju, 2007.

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Coeficiente de natimortalidade

Coeficiente de mortalidade perinatal

X 1000Nº de perdas fetais tardias (natimortos), na Área X, ano y

Nº de nascidos vivos + nº de perdas fetais tardias, na Área X, ano y

CN = com iG > 22 sm,

c iG > 22 sm,

X 1000

Nº de nascidos vivos + nº de perdas fetais tardias, na Área X, ano y

CMP =

Nº de perdas fetais tardias (natimortos) + nº de óbitos decrianças de 0 a seis dias completos, na Área X, ano y

com iG > 22 sm,

c iG > 22 sm,

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Figura 4. Taxa de mortalidade fetal, Brasil e grandes regiões, 1996 – 2006.Figura 4. Taxa de mortalidade fetal, Brasil e grandes regiões, 1996 – 2006.

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Classificação dosdos óbitos perinatais

Algumas classificações de evitabilidade têm sido utilizadas para análise dos óbitos infantis e fetais de acordo com a possibilidade de sua prevenção, com enfoque nas mortes causadas por problemas potencialmente evitáveis.

O objetivo é esclarecer e visualizar, de forma sistematizada, a contribuição de diferentes fatores que influenciam a mortalidade infantil e fetal e avaliar a efetividade dos serviços.

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Classificação dosdos óbitos perinatais

• Classificação de evitabilidade da Fundação Classificação de evitabilidade da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (1991)Sistema Estadual de Análise de Dados (1991)

• Lista de mortes evitáveis por intervenções do Lista de mortes evitáveis por intervenções do SUS (2007)SUS (2007)

• Classificação de Wigglesworth modificada Classificação de Wigglesworth modificada (1989)(1989)

• CEMACH – Confidential Enquiry into CEMACH – Confidential Enquiry into Maternal and Child Health (2008)Maternal and Child Health (2008)

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1 - Redutíveis por imunoprevenção2 - Redutíveis por adequado controle na gravidez3 - Redutíveis por adequada atenção ao parto4 - Redutíveis por ações de prevenção, diagnóstico e tratamento precoces5 - Redutíveis através de parcerias com outros setores6 - Não evitáveis7 - Mal definidas8 – Não classificadas / outras

Classificação de evitabilidade da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - SEADE

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Lista de mortes evitáveis por intervenções do SUSLista de mortes evitáveis por intervenções do SUS

1. Causas evitáveis1.1 Reduzíveis por ações de imunoprevenção1.2 Reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação e parto e ao recém-nascido 1.2.1Reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação 1.2.2 Reduzíveis por adequada atenção à mulher no parto 1.2.3 Reduzíveis por adequada atenção ao recém-nascido1.3 Reduzíveis por ações adequadas de diagnóstico e tratamento1.4 Reduzíveis por ações adequadas de promoção à saúde, vinculadas a ações adequadasde atenção à saúde2. Causas mal-definidas3. Demais causas (não claramente evitáveis)

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1-Anteparto: morte fetal que ocorre antes do trabalho de parto=>atenção pré-natal e condições maternas adversas.2- Malformação congênitadiagnóstico / terapia na gravidez (lesões potencialmente tratáveis).3- Imaturidade: nascidos vivos com < 37 semanas de gestação, sem hipóxia /anóxia; todos os nascidos vivos com peso ao nascer <1000 gramas.manejo obstétrico /neonatal4- Asfixia: perda fetal intraparto; óbito fetal sem maceração; natimorto recente (<12 horas); óbitos neonatais por hipóxia, exceto PN< 1000g.manejo obstétrico e/ou reanimação neonatal.5-Causas específicas: óbitos por infecções especificas (TORSCH), causas típicas de prematuridade em RNT, outros.

Classificação de Wigglesworth modificada

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CEMACH – Confidential Enquiry into Maternal and Child Health

G 1. Malformação Congênita (grave ou letal)G 2 Morte fetal ante-partoG 3 Asfixia intraparto - ‘anóxia’ ou ‘trauma’ (fetal ou infantil)G 4 Imaturidade/ prematuridadeG 5 InfecçãoG 6 Outras causas específicas de morteG 7 Causa externaG 8 Morte súbita, causa desconhecidaG 9 Não classificadas

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Concluindo

Recomendação final

“análise de evitabilidade do óbito infantil e fetal deve levar em conta o peso ao nascer, dado que este é o fator isolado de maior importância para a sobrevivência infantil”

MS, 2009

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Referências• Laurenti et al. Estatísticas de Saúde. EPU,2 ed

ver. e atual., 2005.• RIPSA. IDB 2007: Nascimentos no Brasil.

Brasília, 2008.• Datasus. Estatísticas de óbitos e nascidos vivos.

Rio de Janeiro, 2008.• SMS de Aracaju. Relatório de gestão 2007.

Aracaju, 2007.• Brasil. Ministério da Saúde. Manual dos Comitês

de Prevenção do Óbito Infantil e Fetal. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009.