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// 1 WINE SENSES by OPEN Jornal OPENJORNAL.COM.BR OPEN WINESENSES.COM.BR Scancio Vinhos by Edição 2 - Junho | Julho 16 apresenta novidades na Expovinis Brasil 2016

Scancio Vinhos - OPEN Jornal · empresários, profissionais, jornalistas, blogueiros e formadores de opinião do universo dos vinhos circularão dentre os mais de 5.500 rótulos de

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// 1WINE SENSES by OPEN JornalOPENJORNAL.COM.BR

OPEN

WINESENSES.COM.BR

ScancioVinhos

byEdição 2 - Junho | Julho 16

apresenta novidades na Expovinis Brasil 2016

2 // WINE SENSES by OPEN Jornal | Junho e Julho

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Écom prazer que chegamos à segunda edição do WINE SENSES BY OPEN,

com conteúdo todo voltado para aqueles que trabalham ou apenas apreciam

“a mais viva e sincera das bebidas”: o vinho.

E esta edição é mais que especial, pois além de ser distribuída nos pontos

habituais, nosso WINE SENSES by OPEN circulará na EXPOVINIS 2016,

o que não é pouca coisa. Trata-se da maior feira de negócios do mundo do

vinho na América Latina.

Em três dias intensos de evento, os principais produtores, distribuidores,

empresários, profissionais, jornalistas, blogueiros e formadores de opinião

do universo dos vinhos circularão dentre os mais de 5.500 rótulos de vinhos

nacionais e internacionais.

Tendências mundiais do mercado serão reveladas na EXPOVINIS 2016. E tudo

o que acontecer nos corredores do evento se transformará em possibilidades,

novas amizades, parcerias e, sim, muitos bons negócios. Não dá para ficar de fora!

E por falar em negócios, 10 anos se passaram desde que cheguei ao Brasil

trazendo na bagagem o sonho de disseminar o vinho e a cultura vínica por

aqui. De lá para cá, com minha sócia, esposa e sommelier Joelma Santanita,

fundamos a “Wine Senses, Centro de Formação e Treinamento Sentidos do

Vinho” - escola, consultoria e empresa de eventos localizada em São Paulo,

mas que desenvolve trabalho em todo território nacional.

Juntos e com os profissionais que compõem o quadro de professores

da Wine Senses, já formamos cerca de 5.000 sommeliers e outros tantos

alunos amantes da bebida, em seus cursos livres. Tenho orgulho em dizer

que conheço mais do Brasil do que muitos brasileiros, afinal, nossos cursos

já estiveram em 12 cidades, muitas das quais fiz o trajeto de carro, contabi-

lizando cerca de 90.000 quilômetros rodados por aqui.

Dentre outros projetos, trouxemos ao Brasil a Caravana dos Vinhos do Tejo, a Grande Prova Anual dos Vinhos do Tejo, o Concurso de Eno-gastronomia com Vinhos do Tejo, o Portugal Wine Expert (Concurso Internacional para Profissionais com vinhos Portugueses no Brasil) e o Master of Port.

Mais recentemente apostamos nos Vinhos e Azeites da marca SCANCIO,

com o lançamento SCANCIONARE a ser feito na EXPOVINIS 2016 (veja maté-

ria). Estamos felizes, pois nunca deixamos de prestigiar a EXPOVINIS, mas esta

é a primeira vez que participamos da feira com estande próprio. Uma alegria!

Gostaria de dizer, por fim, que a combinação Brasil e Portugal é fantástica.

Nós, portugueses, trazemos a mala cheia de tradição e know how em relação

ao universo dos vinhos, dos azeites e da gastronomia. E por cá encontramos a

alegria aliada à imensa vontade de aprender e empreender do povo brasileiro,

batalhador que só.

Aliás, crise, que crise? Não é porque Portugal já atravessou guerras e muitos períodos difíceis, ou talvez seja, mas fato é que sempre apos-tei e continuo apostando no potencial do Brasil e do povo brasileiro. Para ser honesto, nunca estive tão animado para fechar excelentes negócios por aqui.

Boa leitura e saúde!

José Carlos Santanita, diretor geral da Wine Senses*

PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO

Caro Leitor,

José Carlos Santanita

// 3WINE SENSES by OPEN Jornal

Publisher

Karin Nagae [email protected]

Direção

José Santanita [email protected]

Joelma Santanita [email protected]

Comercial e Marketing

Wine [email protected]

ColaboradoresBruno Airaghi

Diego Arrebola

Malu Abib

Jornalista ResponsávelMalu Abib

MTB: 30.290

Impressão:

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ff

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Esta publicação não se responsabiliza porconteúdo de anúncios ou opiniões emitidas

O P E NWWW.OPENJORNAL.COM.BR

Wine Senses by OPEN Jornal é uma publicação da CRK Studio Ltda. em parceria com a Wine Senses - Centro de Formação de Treinamento Sentidos do Vinho Eireli-ME.

Edição: Bimestral Distribuição: Gratuita

Contato: Wine SensesRua Rocha, 167 Conjuntos 102 e 103 Bela VistaSão Paulo - SP - 01330-000Tel: (11) 3253.6693 / 3253.6692E-mail: [email protected]: www.winesenses.com.br

O inverno está aí e nada melhor do que

um bom vinho para esquentar os

corações nesses dias frios. Dessa paixão

por essa bebida tão apreciada e ele-

gante que sai mais um especial de Wine Senses by OPEN

sobre os vinhos e todo o universo que os cerca. Nesta

edição, os vinhos alemães e italianos representados pela

Umbria. Também as dicas de um respeitado winemaker

e tudo o que rolou na premiação do Guia Michelin 2016.

Mais: teremos uma coluna sobre harmonização de vinhos

e comidas... é ler e apreciar a boa leitura.

De preferência, bebendo um bom vinho.

Enjoy it!Capa: EXPOVINIS 2016Foto: Divulgação

WWW.WINESENSES.COM.BR

Karin Nagae - Publisher [email protected]

4 // WINE SENSES by OPEN Jornal | Junho e Julho

Vinhos e azeites portugueses da marca ‘SCANCIO’ serão apresentados ao público brasileiro na 20ª edição da ExpoVinis. ‘SCANCIONARE’ será lançado.

“Elaborado com as castas Alicante Bouschet,

Syrah e Touriga Franca é um vinho de confra-

ternização que acolhe os melhores momentos

em família e amigos”, avalia Santanita.

A nova safra dos vinhos ‘SCANCIO’ - que

acaba de chegar ao Brasil - também irá dire-

tamente para o evento. São eles o ‘SCANCIO

Reserva Alvarinho e Chardonnay 2015’ (branco,

média de preço R$90), o ‘SCANCIO Reserva

Touriga Nacional e Syrah 2015’ (tinto, média

de preço: R$98) e o ‘SCANCIO Private Selec-

tion Vinhas Velhas 2011’ (tinto, média de preço

R$ 550). “Decidimos que a feira, por sua importân-

cia, é o melhor lugar para o público brasileiro ter

contato com os lançamentos SCANCIO”, finaliza

o diretor da Wine Senses.

A‘SCANCIO Vinhos’ terá estande, pela

primeira vez, na ExpoVinis 2016 - feira que

reúne empresários do mundo do vinho na

América Latina - e que acontece nos dias

14, 15 e 16 de junho, no Expo Center Norte,

em São Paulo. Para o evento, José Carlos San-

tanita, diretor da Wine Senses e idealizador

do Projeto SCANCIO apresentará vinhos e

azeites da marca portuguesa.

O grande lançamento é o vinho tinto ‘SCAN-

CIONARE’ (R$75) produzido na respeitada

região do Tejo, em conjunto com a Quinta Agro-

Batoreu, com corte preparado pelo enólogo

João Silvestre, além de José Carlos Santanita e

Flávio Almeida Jr., um dos pioneiros na divul-

gação e comercialização de vinhos no Brasil.

Expovinis 2016

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Expovinis 2016

O grande lançamento é o vinho tinto ‘SCANCIONARE’ (R$75)

produzido na respeitada região do Tejo

Syrah Scancio Private Selection Vinhas Velhas 2011

A nova safra dos vinhos ‘SCANCIO’ - que acaba de chegar ao Brasil - também irá diretamente para o evento

6 // WINE SENSES by OPEN Jornal | Junho e Julho

Nos cortes preparados para esta edição especial dos vi-

nhos ‘SCANCIO’ participam’ José Carlos Santanita, José Neiva

Correia, enólogo e proprietário da empresa DFJ vinhos (reco-

nhecido em 2014 com o prêmio personalidade do vinho em

Portugal atribuído pela revista Vinhos) e Flávio Almeida Jr.

PALESTRA: Dia 15 de Junho, das 14h às 15h, haverá palestra realizada pelos sócios proprietários do pro-jeto ‘SCANCIO’, José Carlos Santanita, Flávio Almeida Jr. e o representante da DFJ Luis Gouveia, com o tema ‘Apre-sentação das Novas Safras SCANCIO’, na Vini Portugal.

AZEITES: Na feira, ‘SCANCIO Vinhos’ apresenta tam-

bém o lançamento de dois azeites: o ‘SCANCIO Premium Extra

Virgem’ e o ‘SCANCIO Extra Virgem’ - preparados com o melhor

suco de azeitonas frescas produzidas na ‘Herdade Monte da

Figueirinha’, na região do Alentejo, em Portugal. Os azeites

levam a assinatura de José Carlos Santanita, Flávio Almeida

Jr. e João Gomes, engenheiro reconhecido pela produção de

alguns dos melhores azeites do mundo.

O azeite ‘SCANCIO Premium Extra Virgem’ tem a cor verde

profunda e concentrada, no nariz é rico, complexo e elegante -

exalando aromas de fruta fresca como maçã, folha de tomate e

frutos secos. É um azeite indicado para os grandes momentos

gastronômicos e finalização de pratos. Já o azeite ‘SCANCIO

Extra Virgem’ é um azeite de altíssima qualidade, porém,

mais versátil, podendo ser utilizado em diversas confecções

gastronômicas, assim como saladas ou pratos mais frescos.

Curiosidade sobre a marca SCANCIO: SCANCIO quer dizer

Sommelier em Latim e, com seu nome, presta homenagem aos

profissionais e amantes do vinho e da gastronomia.

Visite: www.scancio.com

SOBRE A FEIRA: A ExpoVinis Brasil chega a sua vigésima edição consolidada como a grande centraliza-dora de negócios do mundo do vinho na América Latina. Em três dias de evento os principais produtores, distri-buidores e empresas relacionadas ao mercado do vinho trazem todas as novidades e as grandes tendências do setor. A expectativa para 2016 é a presença das maiores marcas e mais de 5.500 rótulos nacionais e internacionais.

Scancio Premium e Scancio Extra Virgem

A EXPOVINIS BRASIL CHEGA A

SUA VIGÉSIMA EDIÇÃO CONSOLIDADA

COMO A GRANDE CENTRALIZADORA DE NEGÓCIOS DO MUNDO

DO VINHO NA AMÉRICA LATINA.

Loja: SCANCIO Vinhos, Azeites e Cia. - Rua Rocha, 147 - Bela Vista – São Paulo – SP – (11) 3253-6692 www.scancio.com‘SCANCIO Vinhos’ na Expo Vinis 2016 – Expo Center Norte, São Paulo, SP, Pavilhão Amarelo. 14, 15 de junho, das 13h às 21h; 16 de junho, das 13h às 20h. ww.expovinis.com.br Palestra: Dia 15 de Junho, das 14h às 15h, gratuita, com o tema ‘Apresentação das Novas Safras SCANCIO’, na Vini Portugal, com sócios proprietários do projeto ‘SCANCIO’, José Carlos Santanita, Flávio Almeida Jr. e o representante da DFJ Luis Gouveia. Para participar, basta acessar o site da feira e formalizar a inscrição.

Expovinis 2015

ASSOCIADOS UNISERT:AC NATIVIDAAL APAE DE MACEIÓBA APAE DE SALVADORDF APAE DE BRASÍLIADF SK ATACADISTAES APAE DE VITÓRIAGO APAE DE ANÁPOLISGO APAE DE GOIÂNIAMA APAE DE S. LUÍS DO MARANHÃOMS APAE DE CAMPO GRANDEPR FEPERJ APAE DO RIO DE JANEIROSP APAE DE SÃO CAETANO DO SULSP APAE DE SÃO PAULOSP FUNCAMP/CIPOI

O TESTE DO PEZINHO IDENTIFICA D O E N Ç A S Q U E P O D E M S E DESENVOLVER NA VIDA DO SEU BEBÊ. SABER DISSO ANTES AJUDA A PREVENIR DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E AUXILIA NO TRATAMENTO DE POSSÍVEIS DOENÇAS. O EXAME É MUITO SIMPLES E RÁPIDO: BASTA COLETAR UMA GOTINHA DE SANGUE DO CALCANHAR DO SEU BEBÊ. ESTE É O MELHOR JEITO DE CUIDAR DO FUTURO DELE.

FAÇA O TESTE DO PEZINHO

ATÉ O 7º DIADE VIDA DO SEU BEBÊ

TEM UM JEITO DIFERENTE DE PREVER O FUTURO DO SEU BEBÊ:FAÇA O TESTEDO PEZINHO.

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// 7WINE SENSES by OPEN Jornal

ASSOCIADOS UNISERT:AC NATIVIDAAL APAE DE MACEIÓBA APAE DE SALVADORDF APAE DE BRASÍLIADF SK ATACADISTAES APAE DE VITÓRIAGO APAE DE ANÁPOLISGO APAE DE GOIÂNIAMA APAE DE S. LUÍS DO MARANHÃOMS APAE DE CAMPO GRANDEPR FEPERJ APAE DO RIO DE JANEIROSP APAE DE SÃO CAETANO DO SULSP APAE DE SÃO PAULOSP FUNCAMP/CIPOI

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8 // WINE SENSES by OPEN Jornal | Junho e Julho

Depois de uma semana na Toscana, comendo e bebendo bem, decidimos dar uma pausa. Resolvemos ir para Umbria. E por que não Assis, terra de São Francis-co e Santa Clara, lugar religioso, místico, belo, com suas casas em mármore cor-de-rosa e janelas enfeitadas por flores? Assim poderíamos dar uma pausa à gula. “Só que não!”. Após visitar pontos espiri-tuais, históricos e turísticos, resolvemos parar para comer alguma coisa, e sem muita pretensão começamos a procurar algum restaurante interessante.

Surpreendidos na Umbria, precisamente

em Assis…

Diário de Bordo Joelma Santanita

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Enquanto caminhávamos em direção aos mais pontuados na

internet, vimos em uma viela um boneco muito engraçado de

um frade gordinho. E eis que vem a surpresa: era uma Osteria

muito antiga, de nome curioso Santu Mangione (santo guloso).

Lugar este frequentado, na maioria das vezes, pelos assisenses

ou por alguns curiosos como nós, que observavam o “frade

gordinho” imperando na porta. A Osteria tinha no máximo seis

mesas, todas ocupadas. Na verdade, tivemos sorte que uma das

mesas ficou livre quando chegamos. O restaurante é adminis-

trado pela família dona do lugar: a mãe fica na cozinha, o pai

no balcão fatiando os embutidos e no caixa, e a filha no atendi-

mento às mesas. Mas vamos ao que interessa, a cozinha:

EM UMBRIA - Assis:

Surpreendidos na Umbria, precisamente

em Assis…

// 9WINE SENSES by OPEN Jornal

EM UMBRIA - Assis:

Comida tradicional e medieval típicas da Umbria, que usam produtos só da região. As massas e embutidos são de confecção própria.Depois provamos a massa típica da Umbria: Strangozzi com Grano Saraceno* al Tartufo nero de Norcia(região da Umbria).

Restaurante Santu Mangione

PRIMEIRO PRATO

Porchetta

Stufato di Manzo al vino Rosso

SEGUNDO PRATO

O DOCE Costrata al frutti di bosco

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10 // WINE SENSES by OPEN Jornal | Junho e Julho

O VINHO

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Montefalco Sagratino 2010Cantina dell Alunno

É um vinho DOCG cuja produção é permitida apenas

nas cidades de Montefalco (província inteira) e parte

de Bevagna, Gualdo Cattaneo, Castel Ritaldi e Giano

dell’Umbria, na província de Perugia.

Aroma de geleia de amora, pimenta, cravo e baunilha,

com notas balsâmicas. O sabor é poderoso, mas com

elegante tanino, excelente. Harmoniza perfeitamente

com carne assada, de preferência com alto teor de

gordura, guisados.

Servir a 18 ° C.

A UVA SAGRANTINO

Data do século XVI, o primeiro documento oficial que menciona o nome da uva está no cartório da cidade de Assis. Algumas uvas foram cultivadas

pelos frades franciscanos, destinadas a ritos religiosos, daí o nome Sagrantino. Quanto à origem da uva, este também pode ser o resultado de uma

seleção a partir de clones locais. No entanto, desde a primeira metade do século XIV, as leis e estatutos locais municipais incluíram a disposição

para proteger o vinho e a vinha. Posteriormente, a partir do ano 1540, criam uma lei municipal para definir oficialmente a data de início da colheita

em Montefalco, evento ainda perpetuado até hoje, graças à Confraria de Sagrantino, que todo mês de setembro reúne os moradores e turistas

para a cerimônia da abertura oficial da colheita e para a leitura histórica da categoria.

RECOMENDO A VISITA

* Grano Saraceno - Crescido entre Perugia

e Masciano, no final da Idade Média, a planta

atingiu a Europa até chegar às margens do Mar

Negro. Em seguida, alcançou o Mecklenburg e o

Eifel, na Alemanha, onde é documentada no século

XV sob o nome Heenisch, hoje Heidenkorn, ou seja, “trigo dos gentios”.

No século XVII, na Suíça, é conhecido como Heyden ou Heidenkorn. Na

metade do século XVI, a planta é documentada pela primeira vez na

Itália, em um ato relativo às propriedades da família Besta de Teglio, em

Valtellina. Mais tarde, foi introduzida no ducado de Modena em 1621,

pelo comerciante judeu Donato Donati. Mais recentemente, alguns

pesquisadores indicaram a região do Himalaia oriental como provável

centro de domesticação primária do Grano Saraceno. P

// 11WINE SENSES by OPEN Jornal

LIDERANÇA, ÉTICA,

SEGURANÇA E OLIMPÍADAS: Qual a interseção de Valor?

Pela primeira vez na história o Brasil sediará os

Jogos Olímpicos. Aproximadamente 200 nações de

todas as partes e continentes enviarão seus repre-

sentantes para as competições em solo brasileiro.

Segundo posição do Comitê Olímpico já foram

vendidos mais de 4 milhões de ingressos e estima-

se que 10.500 atletas, milhares de profissionais de

imprensa e centros de apoio, além de interessados

em esportes e turistas de diversas partes chegarão

ao Rio de Janeiro, onde conviverão durante o

período do evento. Compartilhando com amigos,

também profissionais da área de desenvolvimento

humano, meu receio a respeito do desafio de, num

curto espaço de tempo, ver integradas milhares

de pessoas provenientes de países com culturas,

necessidades e hábitos distintos, em busca de

meios que as possibilitem estreitar margens de

adequação, percebo com a confissão que não estou

sozinha. O meu receio é o mesmo de muitos deles.

Acredito fortemente que percepções se tornam

realidade, portanto, procuro sempre registrar os

fatos por um viés positivo. Contudo, diante dos

últimos acontecimentos, onde conteúdos que

jaziam no porão foram catapultados ao sótão,

muitos aspectos não podem mais passar des-

percebidos. Deslizes e descabidos irresponsáveis

expuseram o descaso alheio com o princípio

da coexistência honesta pelo respeito ao bem

comum, revelando ao mundo um caráter que

não representa a maioria de nós brasileiros. A

publicação recente pela Harvard Business Review

de uma pesquisa da cientista organizacional e

especialista em desenvolvimento em liderança

Dra. Sunnie Giles, (Top 10 Leadership Competen-

cies), apontando que “padrões éticos e morais

elevados proporcionam uma maior sensação de

segurança”, potencializou o meu temor.

Considerando que na convenção do que é

certo ou errado cabe a interpretação de valores

os quais nas relações humanas não se expressam

como caráter absoluto, em meio à diversidade de

línguas, culturas, moedas e propósitos - como se

dará a convivência entre pessoas com comporta-

mentos, expectativas e referências tão distintas?

Como coibir maus hábitos e disposições de

alguns no trato àqueles que, educados de outra

forma, se mobilizaram para acompanhar os jogos

olímpicos no nosso país? Uma vez que os valores

éticos e morais, conforme a pesquisa, respondem

pelo aumento da sensação de segurança, qual o

centro comum a ser estabelecido capaz de nive-

lar o significado do conceito de ética e moral na

preservação do senso de segurança e incentivo à

integração durante o evento? Imagino que nos

caiba a todos a reflexão.

A verdade é que temas como liderança, ética

e segurança, no sentido amplo, são valores os

quais carregam diretrizes éticas e morais como

fator determinante de bem-estar e integração, e

devem justapor-se em respeito aos que chegam

de vários cantos do mundo com o desejo de fazer

parte e conviver bem. Espero que nós, cidadãos

brasileiros, unidos e cientes dos desafios que nos

caibam, saibamos honrar o fato de sermos o pri-

meiro país sul-americano a receber uma edição

de jogos olímpicos e contribuir cada um com a

sua parcela, para que a segurança e o bem-estar

dos que nos visitam seja um reflexo dos padrões

éticos e morais pelos quais há tempos lutamos

ferrenhamente.

A todos uma excelente Olímpíada.

Waleska FariasCoaching, Carreira e Imagemwww.waleskafarias.com

Negócios O

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Waleska Farias, autora do livro “O Líder Integral”

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12 // WINE SENSES by OPEN Jornal | Junho e Julho

// 13WINE SENSES by OPEN Jornal

14 // WINE SENSES by OPEN Jornal | Junho e Julho

O vinho é uma das bebidas mais elegantes e apreciadas ao redor do mundo. Porém, nem todo mundo que gosta, é bom entendedor no assunto. E dessa vontade de saber mais, conversamos com um super especialista em vinhos: o Sr. Antonio Maccieri, winemaker dos Vinhos Occhio Nero, produzidos em Piemonte, na Itália. Por lá, ele é conhecido como o Papa do vinho jovem.

Entrevista

Mapa do Piemonte - Itália

O papaO

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dos VinhosWinemaker dos vinhos Occhio Nero, Antonio Maccieri nos conta os segredos deum bom vinho

WINE SENSES by OPEN: Qual a diferença entre um

winemaker, um enólogo e um sommelier?

Sr Maccieri: Winemaker é o profissional que faz a

operação de um vinho manualmente, e normalmente

é o chef da cantina. O enólogo é o responsável pela

produção da uva, transformação, vinificação, fermen-

tação, estabilização e afinamento do vinho. É o chef

de controle de qualidade. Já o sommellier é aquele

que sabe presentar e harmonizar a comida com o

vinho ideal.

O que realmente precisa para se ter um bom vinho?

Precisa uma boa uva. Produzida em uma boa terra,

com um bom microclima e ter uma boa vinificação,

fermentação e afinamento.

Que conselho daria na hora de escolher um vinho?

Não é uma regra, mas é difícil encontrar um bom

vinho abaixo de R$ 30. O importante é saber qual a

categoria do vinho. Pode ser vinho tranquilo jovem;

vinho tranquilo afinado a 1 ano em barrica; vinho

tranquilo afinado 2 anos em barrica; vinho frisante;

vinho Spumante Charmat; vinho Spumante Champe-

noise e vinho liquoroso.

Conte sua história com os vinhos...

Minha história está relacionada à família. São 4 gera-

ções ligadas ao universo dos vinhos. Meu avô e meu

pai foram meus grandes mestres e me ensinaram coisas

que nem mesmo na universidade eu conheceria. Para

fazer um bom vinho tem que ter arte e criatividade,

além de muita experiência. Também tive a oportunidade

de aprender técnicas na Itália, Califórnia, Austrália e

França. Hoje, tenho mais de 40 anos de safras e posso

dizer que tenho uma discreta experiência. Escrevi livros,

publiquei tecnologias novas, fui relator em diferentes

congressos mundiais de Enologia e agora estou no pro-

jeto enológico de qualidade “Occhio Nero”, os melhores

vinhos de diferentes regiões da Itália.

O Barolo é um tinto complexo, austero e tânico, que demanda alguns anos de envelhecimento.

*

dos VinhosWinemaker dos vinhos Occhio Nero, Antonio Maccieri nos conta os segredos deum bom vinho

// 15WINE SENSES by OPEN Jornal

dos VinhosO Barolo é um tinto complexo, austero e tânico, que demanda alguns anos de envelhecimento.

dos Vinhos

CONHECIDA PELO SEU PATRIMÔNIO ARTÍSTICO, HISTÓRICO E ARQUITETÔNICO, PIEMONTE, FAZ FRONTEIRA COM A SUÍÇA E

A FRANÇA, REGIÃO ONDE É PRODUZIDO O BAROLO OCCHIO NERO. É RECONHECIDA PELAS BELAS PAISAGENS, COLINAS, PEQUENAS ALDEIAS E A FAMOSA TRUFA BRANCA,

TRATA-SE DE UM FUNGO CONHECIDO COMO DIAMANTE BRANCO E MUITO APRECIADO EM TODO O MUNDO E QUE NA REGIÃO PERFUMAM AS FEIRAS LOCAIS.

16 // WINE SENSES by OPEN Jornal | Junho e Julho

Para Tão Longo Amor. Teatro Morumbi Shopping. Endereço: Av. Roque Petroni Júnior, 1089 - Jardim das Acacias, São Paulo. Piso G1.Temporada: Até 31 de julho. Sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h. Ingressos: R$ 70,00 (inteira) e R$ 35 (meia). Classificação: 14 anos. Duração: 70 minutos. Capacidade: 250 lugares.

CRegiane Alves e Leopoldo Pacheco estão em “Para Tão Longo Amor”, peça que leva a assinatura de Maria Adelaide Amaral

Os limites quase ilimitados de uma paixão contados por

meio de uma história de amor entre Raquel, uma jovem

poetisa e Fernando, um editor renomado. É esse o tema da

peça “Para Tão Longo Amor”, estrelado por Regiane Alves

e Leopoldo Pacheco, com texto de Maria Adelaide Amaral

e direção de Yara de Novaes e Carlos Gradim. Em cartaz

no recém-inaugurado Teatro Morumbi Shopping, em São

Paulo, o espetáculo marca a volta da atriz aos palcos.

Ambientada no universo da literatura, a peça tem ori-

gem portuguesa e o título extraído do soneto “Raquel”,

de Camões. Escrita há 23 anos, foi vencedora de prêmio

no 18º Festival de Teatro de Portugal, quando encenada

no Porto, nos anos 90. Atemporal, conta esse apaixo-

nado relacionamento com citações de Camões, Rimbaud e

Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa), entre

outros. Por aqui, ganhou uma habilidosa adaptação feita

por Maria Adelaide.

Próxima dos 30 anos, Raquel, interpretada por Regiane,

é uma escritora libertária e vigorosa. Ela deseja a liberdade

que acredita poder alcançar apenas com sua poesia. Já

Fernando, de Leopoldo, é um editor cinquentão, decidido e

maduro. Ao se apaixonar, porém, o casal dá um mergulho

vertiginoso no questionamento de seus papeis dentro da

relação. Fernando quer que Raquel se ocupe da divulgação

de sua obra e na questão publicitária, enquanto a escritora

deseja apenas se dedicar à sua arte.

O espetáculo levanta a reflexão de até que ponto um homem pode amar, suportar, con-ceder e se humilhar para não perder a mulher amada, mesmo que ela seja seu oposto e se degrade diante dos seus olhos. Essa história de amor abre espaço para risos, lágrimas, re-flexão e surpresas e é uma ótima pedida para os amantes de teatro na capital paulistana.

CulturaO

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Em cartaz no recém inaugurado Teatro Morumbi Shopping, a montagem fica em cartaz até 31 de julho

*

Amor Literário

Regiane Alves e Leopoldo Pacheco estão em “Para Tão Longo Amor”, peça que leva a assinatura de Maria Adelaide Amaral

// 17WINE SENSES by OPEN Jornal

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pois de algum modo a culinária e os vinhos estão

interligados na experiência de acasalamento entre as

duas partes.

Com a evolução das mídia e consequente de co-zinhas oriundas da bacia do Mediterrâneo aliada à introdução da evolução da gastronomia tradicional para novos sabores, a evolução da segue para co-zinhas mais dietéticas: Nouvelle Cuisine, Cuisine Minceur; Cuisine Gourman, Cuisine Evolucionnaire etc. E se lhes acrescentarmos cozinhas orientais e de outros países não ocidentais, somos confronta-dos com o binômio cozinha/vinho que tem que ser encarados de uma forma científica, pois tanto a gas-tronomia como as bebidas evoluíram acentuadamente nos últimos tempos.

Casar vinho e comida é dos exercícios mais bonitos e

fascinantes desse universo do vinho!

Normalmente, quando se quer escutar um poema, por

exemplo, devemos colocar um bom orador para o decla-

mar, caso contrário corremos sérios riscos de não ouvir

um poema, e sim palavras ditas sem sentido. Colocar

um vinho na comida errada é exatamente assim: como

ouvir um grande poema dito pelo pior orador.

A temperatura adequada de vinhos e sua ligação cor-

reta com os diversos alimentos tem sido feita baseando-

se em conhecimentos adquiridos pela experiência de

centenas de anos. Assim podemos fazer Binômios:

Cozinha francesa/vinhos franceses – cozinha portu-

guesa/vinhos portugueses.

E porque não, cozinhas regionais/ vinhos da região,

O casamento perfeito ou divórcio certo! Hoje os mestres cozinheiros, quando elaboram um

prato, têm que ter a noção dos compostos químicos do

mesmo, quanto a gorduras, vitaminas, proteínas, etc. As

diversas análises químicas realizadas nas comidas e nas

bebidas tradicionais demonstram que existe uma relação

intrínseca entre a regra da experiência e as substâncias

químicas que esses elementos possuem, tanto na li-

gação bebidas/comidas como nas temperaturas. Como se

poderá aprender, existe uma relação entre componentes

químicos dos alimentos e das bebidas assim como as

temperaturas para servir as mesmas. Por isso, teremos

uma série de textos em que vamos abordar justamente

isso: a perfeita química entre a comida e os vinhos. Que

nesse universo chamamos de harmonização. Então, não

perca a próxima edição!

Harmonização Arroz de Pato da Adega Santiago com o vinho Scancionare

*

*

por José Carlos Santanita

18 // WINE SENSES by OPEN Jornal | Junho e Julho

Guia Michelin 2016O

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Pelo segundo ano consecutivo, lá estava eu, com meu

cliente ‘Ecully Gastronomia’, acompanhando a premia-

ção do Guia Michelin 2016, que aconteceu no Copa-

cabana Palace, Rio de Janeiro, no último mês de abril.

O disputado evento reuniu jornalistas, cozinheiros,

blogueiros, empresários e formadores de opinião do

setor da alta gastronomia e hotelaria, do Rio de Janeiro

e de São Paulo. Como sempre ocorre neste tipo de pre-

miação, muita gente boa ficou de fora, portanto, estar

lá, entre os indicados, já era motivo de festa.

Claro que os chefs estavam um tantinho nervosos,

afinal a notícia era subir, manter-se ou cair no conceito

do Guia, o que se reflete em acréscimo ou decréscimo

de clientes. Mas, o que prevaleceu foi o clima de con-

fraternização e o tom de cumplicidade, características

de quem rala horas a fio no ambiente hostil da cozinha.

Syrah Scancio Private Selection Vinhas Velhas 2011

Guia Michelin 2016 Festa da Gastronomia Brasileira

O Guia Michelin funciona da seguinte forma: os

estabelecimentos recebem a visita anônima de uma

equipe de inspetores profissionais, formados no setor de

hotelaria e turismo, treinados para observar os mínimos

detalhes dos estabelecimentos. Para se ter uma ideia, a

segunda edição contém mais de 160 restaurantes e 44

hotéis avaliados.

Ufa, e meu cliente estava lá! Manteve-se na categoria Bib

Gourmand - que considera excelente a relação custo x bene-

fício dos pratos. Os jovens chefs Juliana Amorim e Guilherme

Tse Candido se esmeram quando o assunto é gastronomia

contemporânea aliada a excelente ambiente e equipe desco-

lada. Tudo a preço justo (os chefs são proprietários de duas

casas, uma na Cotoxó, 493 e outra na Rua Diogo Jácome, 361).

Bem, voltando aos critérios do Guia, há quem reclame

que o Brasil deixou a desejar, ficando outra vez sem as

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Por Malu Abib

// 19WINE SENSES by OPEN Jornal

José Carlos Santanita, criador do projeto Scancio

tão sonhadas três estrelas. Será mesmo que não temos

uma casa com ‘cozinha excepcional’? Quer saber? São

tantos restaurantes excelentes que, para quem gosta ou

quer se iniciar no mundo da gastronomia, certamente

não faltarão opções.

Em São Paulo eu reservaria um

dia para ir ao D.O.M (o único a receber 2 estrelas ‘uma

cozinha excelente, vale o desvio!’) ou mesmo ao Dalva e

Dito (1 estrela, ‘uma cozinha requintada, vale conhecer!),

ambos do balado Alex Atala, afinal, além de degustar

delícias, você pode ter a sorte de encontrar o chef em

ação, visitando mesas e recolhendo pratos.

Curiosidade: perfeccionista que só,

Atala sempre demonstra certo grau de ansiedade nas

premiações até seu nome ser chamado. Será charme?

Afinal são tantos títulos e prêmios na carreira...

Sobre o Guia, bem antes do GPS ou do

Waze: Em 1900, quando existiam menos de 3.000 carros

circulando na França, os irmãos Michelin - fabricantes

de pneus - tiveram a ideia de criar um pequeno guia

com informações úteis para os pioneiros das estradas,

indicando estabelecimentos onde se pudesse abastecer,

comer e dormir. Assim, nasceu o Guia Michelin.

Guia Michelin

SÃO PAULOBib Gourmand

Antonietta EmpórioArturitoLe Bife (novo)Bona (novo)Brasserie VictóriaCasa Santo AntonioEcullyJiquitaiaManioca (novo)Marcel

Estrelados

2 estrelas D.O.M.

1 estrelaAttimoDalva e DitoEsquina Mocotó (novo)FasanoHutoJun SakamotoKan Suke (novo)KinoshitaKosushiManíTéte à Téte (novo)Tuju

MimoMiyaMocotóPetí Gastronomia (novo)Sal GastronomiaTartar & CoTianTordesilhas (novo)Zena Caffè

Guia Michelin

RIO DE JANEIROBib Gourmand

Anna (novo)ArtigianoEntretapas – BotafogoEntretapas – Jardim Botânico (novo)Gurumê (novo)Lima Restô BarMiam MiamOui OuiPomodorinoRestôRiso Bistrô (novo)

Estrelados

1 estrelaEleven Rio (novo)LasaiMeeOlympeLe Pré CatelanRoberta Sudbrack

O Guia Michelin funciona da seguinte forma: os estabelecimentos recebem a visita anônima de uma equipe de inspetores profissionais, formados no setor de hotelaria e turismo, treinados para observar os mínimos detalhes dos estabelecimentos. Para se ter uma ideia, a segunda edição contém mais de 160 restaurantes e 44 hotéis avaliados.

Agradecimento Guia Michelin

Prato do premiado restaurante Ecully

O casal de Chefs Guilherme Tse Candido e Juliana Amorim, do Ecully, com o pequeno Tomás

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20 // WINE SENSES by OPEN Jornal | Junho e Julho

EventoO

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Lá, nas novas instalações da Gran Via, foram montados 6

pavilhões com produtores locais e estrangeiros formando

um leque completo de atrações e opções de produtos

alimentícios, bebidas destiladas e fermentadas bem como

sucos e lácteos. A feira registou a presença de 157 países,

16 a mais que a versão anterior, sendo 32% internacio-

nais. Em termos de público calcula-se algo como 140.000

pessoas, em que cerca de 44.000 estrangeiros eram pro-

venientes de países europeus como Itália, Reino Unido,

Portugal e Países Baixos, além das presenças relevantes

dos Estados Unidos e Canadá.

De acordo com o Diretor Geral da Alimentaria Exhibitions,

“há um grande interesse na exportação de azeites e vinhos

considerados como produtos gourmet e delicatessen”. Por

isso, os mercados de língua espanhola se apresentam como

interessantes clientes a exemplo da Colômbia, México, Chile

e Peru como destaques. Outro dado importante são os

4000 expositores, em que calcula-se a realização de 11.200

reuniões de negócios durante os 4 dias da exposição. Já en-

tre os estrangeiros haviam 800 compradores especialmente

convidados pela organização - 62% acima que a edição

2014. Como resultado, no final da feira, houve doação de 22

toneladas de produtos (alimentos /bebidas) que seguiram

para o Banc d’Aliments , prestando assim um serviço para

as pessoas necessitadas da comunidade.

Entre as várias atrações, tive a oportunidade de assistir

a uma palestra com Rafael Ansón, da Real Academia de

Gastronomia de Madrid, dividindo espaço com Albert

Adriá. O futuro da gastronomia foi o tema exposto com

A Feira Alimentaria, tradicional de alimentos e bebidas, completa 40 anos. E essa edição histórica foi realizada entre 25 e 28 de abril,

na envolvente cidade de Barcelona, na Espanha.

a grandeza e reflexão que merece. Em síntese a gastro-

nomia do século 21 baseia-se em buscar harmonia com

satisfação. Até os anos 90, porém, a gastronomia contava

sobre os pilares: saudável, solidariedade, satisfação e

sustentável. Ressalta então que é importante manter o

tema familiar com os melhores sabores, indo ao encontro

do ecológico e orgânico. E tentar buscar esta harmonia

entre os elementos.

A Espanha, a exemplo de outros países, tem um dado

importante quanto a gastronomia: 25% do PIB se re-

laciona com este tema. Dentro do Turismo é uma das

finalidades mais valorizadas em uma viagem e induz

a um número perto de 7,5 milhões de pessoas de tem

como prioridade justamente esta finalidade. O que acar-

reta uma maior competividade. Por isso, o século 21 é

um dos empreendedores do setor gastronômico, tratado

aqui como “indústria da felicidade.”. E na sequência

Albert Adrià, do famoso Bulì, conhecido mundialmente

pela inovação. Este, aliás, é o empreendedor clássico da

gastronomia com uma série de locais a saber em 2006,

como o Enópias no conceito “GastroBar” o qual teve

um êxito global; Tickets - um monstro , Pacta - nikei

mais peruano e outro sucesso de médio prazo, Bodega

1900 folclórico para 135 pessoas/dia e um bar de tapas

(Templo do produto) com projeto de ampliação. Depende

do movimento de estrangeiros, que por vezes sofre um

pouco, Barri também é uma novidade. Em junho, é a vez

do Novo Bulí, em que trabalha há dois anos no projeto.

Sem contar os 6 restaurantes que o mesmo encerrou

dizendo esperar se divertir ainda por muito tempo.

Feira Alimentaria - Edição 40 anos,

Bruno Airaghi

em Barcelona

// 21WINE SENSES by OPEN Jornal

Feira Alimentaria - Edição 40 anos,

Barcelona é uma cidade vibrante, com a arte e a cultura pulsantes em cada esquina, fruto dos seus grandes mestres Juan Mirò, Gaudí, Picasso, entre outros.

Bruno Airaghi é italiano e ex executivo de marketing em empresas como: Abril, Kodak, Heublein (Diageo), Interfood Import.Enófilo com cursos e viagens em vínicolas e feiras internacionais.

Hoje consultor/instrutor na área da enogastronomia para médias e pequenas empresas.

BARCELONA É UM LUGAR QUE ACREDITO MUITOS GOSTARIAM DE VIVER.

É uma cidade vibrante, com a arte e a cultura pulsantes

em cada esquina, fruto dos seus grandes mestres Juan

Mirò, Gaudí, Picasso, entre outros. Quando nos depara-

mos com a Casa Millá, mais conhecida como Pedrera,

construída entre 1906 e 1910 por Gaudi, parece que

estamos em outro planeta e se imaginarmos esta obra

no início do século XX, aí “nos golpeia completamente”.

A Diagonal, um corredor que corta Barcelona em 13 km,

nos leva a lugares típicos e construções históricas pelo

seu trajeto. A Plaza Catalunya, no centro, que une a

cidade antiga com a superfície urbanizada no século 19,

traz uma amostra das muralhas medievais.

Temos ainda as Ramblas, paseo de Gràcia (Antiga Villa

de Gracia), que antes de 1987 era um pequeno município

independente até ser anexado à Barcelona. Por lá, lojas

tradicionais convivem com os bares e restaurantes dos

mais originais, em estabelecimentos de arquitetura mo-

dernista como a Casa Vicens de Gaudi ou a Casa

Fuster de Domènech e Montaner. Sua animada vida do

bairro de Gracia culmina com a celebração de sua festa

maior em meados de agosto.

A Plaça d’ Espanya (em catalão) foi onde a organiza-

ção hospedou seus compradores convidados, no Hotel

Plaza, bem ao lado de uma antiga arena de touros, que

atualmente é um shopping denominado Arena, com um

mirante na parte superior e restaurantes ao redor. Tapas

e comida a base de pescado é o que se recomenda ex-

perimentar nesta bela capital da Catalunha, e como bom

fuçador me entreguei a vida frugal do lugar. Fui à própria

Arena, estive na la Botiga com um cardápio variado, onde

fui bem servido com bolinhos de presunto ibérico e uma

boa saladinha, sempre acompanhado por uma copa de

Vinho. E o preço bastante razoável.

Outra tastings foi no restaurante Napa, na calle Aribau

151(933483652). Lá, comecei no vinho branco Eresma,

na sequencia um Vichy catalan e calamares a doré com

molho cremoso e lascas de carne de porco (presa ibérica),

além de três distintos molhos agri doces. O local é coman-

dado pelos chefs David Alejandro Solorzano e Mauricio

Arana, dois craques da cozinha. A conta foi bastante

aceitável e o serviço muito atencioso. Ambiente familiar

com 20 e poucas mesas, que vale conferir.

No almoço fui ver o prato ‘’executivo’ na Portonovo

Silvestre (Cerveseria- Restaurant) na Creu Coberta, 37,

perto da Plaça d’Espanya. O preço prá lá de bom e a

comidaN“honesta” com vinho que não superou os 11 Euros.

Para uma degustação, vale tentar o boteco

Jamoneria Silvestre (Creu Coberta,64), onde ataquei

de sortido de queijos e de jamones ibéricos com o

vinho Ampolla de Penédes, que não me entusiasmou

muito. No restante da feira tive que me satisfazer

com o bom sanduiche de jamon e refrigerante, pois a

jornada pelos corredores não deixa muitas opções. Em

resumo, a organização foi bem avaliada por mim, com

gente muito simpática e receptiva, e uma experiência

que espero possa reprisar em breve!

em Barcelona

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22 // WINE SENSES by OPEN Jornal | Junho e Julho

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Dicas

Mapa do Piemonte - Itália

Muito além O

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de Berlim

Pfalz, região vinícola da Alemanha, faz a alegria de quem aprecia bons vinhos, em especial o famoso Riesling

Pfalz, Alemanha

*

SOBRERIESLING

o Brasil, muito se fala nos vinhos portugueses, espa-

nhóis e também aqueles produzidos na América do Sul,

tais como os chilenos e os argentinos. Mas, quem gosta e

aprecia bons vinhos, sabe que existem outros lugares em

que a bebida mais elegante do mundo não perde em nada

em qualidade e sabor para esses, mais populares. É o caso,

por exemplo, dos vinhos alemães, em especial da região

vinícola do Palatinado, conhecida como Pfalz, descoberta

através da Deutschen Weinstrasse, rota turística de vinhos

considerada a mais antiga do gênero no mundo, e que liga

diversas cidades produtoras da bebida - de Bockenheim,

ao norte, a Schweigen, na fronteira com a França.

Com cerca de 5.000 hectares de área cultivada, a região

é hoje a maior produtora de Riesling em todo o mundo.

No sul da Rota de Vinhos, a Burgundy é a variedade que

melhor encontra condições ideais de cultivo. Entre as

especialidades estão as Gewürztraminer e Scheurebe.

Cerca de 40% dos vinhedos do Palatinado, porém, estão

ocupados por variedades de vinho tinto, principalmente

Dornfelder, Portugieser, Spätburgunder e Regent. Ou

seja, por seu solo favorável e clima ameno, a Pfalz é uma

importante região produtora de vinhos na Alemanha. Em

especial os mais leves e elegantes como o branco Müller-

Thurgau e o tinto Dornfelder, para consumo diário. Por

lá também crescem Spätburgunder e Riesling, figos e

castanhas, além de variedades de climas mais quentes,

de Cabernet Sauvignon até Merlot, Tempranillo e Syrah.

É raríssimo um inverno rigoroso que gele as videiras ou

um verão muito quente que faça as uvas secarem. Uma

região em que a natureza é bastante generosa, com 2.000

horas de sol por ano e um outono tardio e dourado. E por

todo lugar, nas cidades, é possível fazer degustações, sem

contar as festas, em que todos se sentam tradicionalmente

em longas mesas, bebendo um Riesling com os habitantes

locais, em grande copos. Ou seja, para quem aprecia um

bom vinho, vale a pena conhecer.

Karin Nagae

// 23WINE SENSES by OPEN Jornal

de Berlim

Pfalz, Alemanha

SOBRERIESLING

Tida por muitos como a rainha das uvas

brancas, a Riesling é, indubitavelmente,

das castas brancas com mais atributos

qualitativos, gerando sempre vinhos de

grande personalidade, quando plantadas

nos locais corretos.

Trata-se de uma uva exigente, que apresenta seus melhores resultados ape-nas em locais específicos, mas que tem também o dom de servir como um ótimo veículo para as qualidades intrínsecas do terroir; é consenso entre especialistas no tema que poucas castas mostram de forma tão transparente as característi-cas do local de sua procedência.

Das mais antigas castas de origem alemã,

com suas referências mais antigas datando

do séc. XV, no Rheingau, hoje a Riseling está

difundida por toda Alemanha, onde é a uva

mais plantada, com mais de 22.000 hectares,

e encontra também terreno fértil às suas me-

lhores características em locais tão distintos

quanto Finger Lakes, no norte do estado de

Nova York, ou o Clare Valley, na Austrália.

Muitos e bons exemplares estão disponíveis

por aqui, e valem sempre a prova por parte

do consumidor!

As maiores cidades produtoras de vinho na Alemanha, Landau e Neustadt, ficam em Pfalz.3.000 famílias de vinicultores dedicam-se ao cuidadoso cultivo dos vinhedos que existem por lá.

por Diego Arrebola

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24 // WINE SENSES by OPEN Jornal | Junho e Julho