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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude · modelo de proteção social no Brasil; ... inerente à atividade humana. A mais simples tarefa de sair diariamente para

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  • Secretaria de Desenvolvimento Social, Criana e JuventudeSecretaria Executiva de Assistncia Social

    Gerncia de Projetos e CapacitaoCentro Universitrio Tabosa de Almeida ASCES-UNITA

  • VALE REFLETIR!

    H um tempo em que preciso abandonar as roupasusadas, que j tem a forma de nosso corpo, e esqueceros caminhos que nos levam sempre para os mesmoslugares. o tempo da travessia, e se no ousarmos faz-la, teremos ficado para sempre margem de nsmesmos .

    (Fernando Pessoa)

  • ATUALIZAO DE PLANOS

    DE ASSISTNCIA SOCIAL :

    Ver mais claro para

    caminhar mais longe!

    CURSO

    Facilitadora: Ldia Lra

  • O Curso

    Aprofunda as questes relativas aos

    processos histricos e as conquistas

    sociais;

    Revisita os marcos da construo do

    modelo de proteo social no Brasil;

    Confronta estrutura com a conjuntura;

    Reafirma a importncia de estruturar a

    histria em documentos que nos revelem

    nesse contnuo processo de lutas sociais;

    Aprofunda a compreenso sobre a

    elaborao e a construo da Poltica

    Social intersetorialmente...

  • Objetivos:1. Compreender o conceito e a

    prtica de planejamento estatal no contexto da construo de polticas pblicas;

    2. Identificar os modelos de planejamento aplicados s polticas pblicas;

    3. Reconhecer o ciclo oramentrio no contexto do planejamento e da Poltica de Assistncia Social.

    Modulo I

    PLANEJAMENTO E POLTICA

    DE ASSISTNCIA SOCIAL

  • BREVE HISTRICO DA ASSISTNCIA SOCIAL

    Ter um modelo brasileiro deproteo social no significa queele j exista ou esteja pronto,masque ele uma construo queexige muitos esforos demudanas.

  • O sistema brasileiro de proteo social moldado e sustentado combase no principio do mrito entendido basicamente como posioocupacional e de renda adquirida ao nvel da estrutura produtiva.

    Segundo Draibe (1990, p. 38), o advento da Constituio de 1988,implica em mudanas significativas:

    sistema de proteo social, com caracterizao, redistributivista;maior responsabilidade pblica na regulao, produo e operao;ampliao dos direitos sociais;universalizao do acesso e expanso da cobertura;esgaramento do vnculo contributivo, com concepo maisabrangente da seguridade social e do financiamento;Importncia maior sobre o princpio organizacional da participao e

    do controle social.

  • A sociedade brasileira produziu relevantes mudanasquando lutou pela democratizao e pelos direitossociais para todos os seus cidados, o que posicionou oEstado no papel de ser o viabilizador das necessidades edemandas sociais da populao.

    A sociedade demonstrou sua vocao participativa nostemas que afetam suas condies de vida, explicitandosua pluralidade da representao poltica e a intensamobilizao que ocorre na sociedade brasileira com vista promoo e defesa de seus particulares interesses(REZENDE, 2010, p. 32).

  • Linha do Tempo da Assistncia Social

  • Avanos tcnicos e normativos, assegurando a institucionalidade da Politica de Assistncia Social:

    NOB SUAS

    NOB RH

    Implantao de equipamentos em todo territrio nacional

    Tipificao dos Servios

    Equipes de Referncia

    Vigilncia Socioassistencial

    Plano Decenal

    Pacto de Aprimoramento de Gesto

  • Pra comear nosso

    estudo,

    o que

    planejamento?

  • O planejamento uma caracterstica inerente atividade humana.

    A mais simples tarefa de sair diariamente para o trabalho exige desde a diviso do tempo entre as rotinas domsticas, de higiene pessoal, alimentao e escola dos filhos at a opo pelo meio de transporte a ser utilizado, a definio do trajeto e previso de possveis imprevistos com o trnsito.

  • A organizao do dia-aps-dia comum atodo tipo de pessoas.

    Sejam agricultores, donas de casa, viajantes ou gente que adotamodelos mais alternativos de vida. O hbito dos dias e o percorrerdo calendrio, que pode parecer condio automtica, exige do serhumano um complexo exerccio de premeditao, de organizaoprvia, de controle e distribuio dos recursos disponveis.

  • O vivente do cotidiano sim um gerenciador de tarefas, de tempo, de recursos, de riscos e imprevistos.

    especialmente o gestor de objetivos e ambies maisparticulares. O movimento do dia a dia no acontece sempropsito. Cada qual, independente da ordem de grandeza,decide sobre o seu pdio de chegada, a sua meta pessoal eas suas prprias estratgias.

  • VALE DESTACAR :

    O planejamento no ambiente institucional ou na implementao de polticas pblicas parte dos mesmos princpios j conhecidos e praticados por todos, entretanto est submetido a um conjunto de normas e cdigos exatamente por tratar de questes que transcendem a deciso particular.

    Em via de regra envolve um conjunto de atores com vises e expectativas diversas e uma infinidade de fatores polticos-institucionais que norteiam o processo de tomada de deciso e regulam da prtica cotidiana comum, cuja responsabilidade por seu xito, passa a ser de uma coletividade, e no mais do indivduo em seu universo pessoal.

    Neste contexto, o planejamento caracteriza-se como ferramenta de trabalho utilizada por um conjunto de atores envolvidos para tomar decises e organizar aes de modo a promover as transformaes desejadas na realidade da instituio ou da sociedade.

  • PLANEJAMENTO PROCESSO que exige procedimentos !

    Conhecer Saber Propor

  • De tanto ver, a gente banaliza o olhar ver... no

    vendo.

    Experimente ver, pela primeira vez, o que voc v todo

    dia, sem ver.

    Parece fcil, mas no : o que nos cerca, o que nos

    familiar, j no desperta curiosidade.

    O campo visual da nossa retina como o vazio.

    Voc sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta.

    Se algum lhe pergunta o que voc v pelo caminho,

    voc no sabe.

    De tanto v, voc banaliza o olhar.

    Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo

    mesmo hall do prdio do seu escritrio.

    L estava sempre, pontualssimo, o mesmo porteiro.

    Dava-lhe bom dia, s vezes, lhe passava um recado ou

    uma correspondncia.

    Ver vendo...

    Otto Lara Resende

  • Um dia o porteiro faleceu.

    Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como

    se vestia? No fazia a mnima idia.

    Em 32 anos nunca consegui v-lo.

    Para ser notado o porteiro teve que

    morrer.

    Se, um dia, em

    seu lugar tivesse

    uma girafa cumprindo o rito, pode ser,

    tambm, que ningum desse por

    sua ausncia.

  • O hbito suja os olhos e baixa a vontade.

    Mas a sempre o que ver; gente; coisa;

    bichos.

    E vemos? No, no vemos.

    Uma criana v aquilo que o adulto no

    v. Tem olhos atentos e limpo para o

    espetculo do mundo. O poeta capaz de

    ver pela primeira vez, o que, de to visto,

    ningum v. O pai que raramente v o

    prprio filho. O marido que nunca viu a

    prpria mulher (e desconhece seus

    anseios e desejos).

    Os nossos olhos se gastam no dia a dia,

    opacos.

    por ai que se instala no corao o

    monstro da indiferena

  • Um elemento fundamental na conceituao do planejamento a sua compreenso enquanto processo. O produto de um processo de planejamento o plano. No se deve confundi-los.

    O PLANO

    instrumento de orientao que rene as concluses do processo de planejamento.

    composto de vrias declaraes que buscam definir com a maior preciso possvel o que se pretende exatamente e como alcanar o proposto.

    Exemplo :

    Planejamento sobre as aes de incluso social / PLANO DE ASSISTENCIA SOCIAL.

    ATENTE PARA :

    O processo mais importante que o produto

    final.

  • MODELOS DE PLANEJAMENTO:

    metodologias para a elaborao dos planos.

  • PLANEJAMENTO TRADICIONAL, DE CARTER NORMATIVO

    O ator mais importante o formulador, indivduo que detm conhecimento tcnico e trabalha a servio dos que tm poder de deciso.

    PLANEJAMENTO ESTRATGICO SITUACIONAL (PES)

    Expresso da liberdade conquistada pelos indivduos de escolher seu futuro; planejar criar o futuro e no ser arrastado pelos acontecimentos.

    Prev a participao de diferentes agentes, considerando a importncia dos diferentes saberes, e no s o conhecimento tcnico.

  • Normativo

    Participativo

    Ampliao do processo democrtico

  • Planejamento Operacional Executivo

    Conjunto de metas e atividades que remete operao propriamente dita;

    Indica atividades fundamentais no perodo;

    Define cronogramas, profissionais responsveis e recursos disponveis;

    Planos de ao peridicos - trimestrais, bimestrais, mensais etc. - assim como tambm avaliar os xitos e as dificuldades do perodo anterior como forma de planejar o perodo seguinte;

    Construo de matrizes , tabelas ou planilhas

    Instrumento de gesto de curto e mdio prazo;

    Tem carter dinmico onde frequentemente ocorrem

    mudanas e replanejamentos.

    Atentem para :

  • Planejamento Estratgico

    Utiliza projees de tendncias para o futuro, baseadas em dados histricos e atuais.

    Elege temas prioritrios, de maior impacto para a instituio, projeto ou poltica.

    Envolve a definio de objetivos e projetos estratgicos e tem seus prprios planos operacionais.

    Ele voltado operacionalizao de estratgias.

    Trata sempre de perodo de tempo maior.

    No substitui outros planos e deve ser implementado de forma concomitante. Em geral, os outros planos se orientam por suas opes estratgicas. o instrumento mestre numa gesto estratgica.

    EXPRESSES MAIS USUAIS DO PLANEJAMENTO

  • ESSA CONEXO CORRE DE FORMA

    CIRCULAR...

    PLANO

    PLANEJAMENTO

    PROCESSOPLANO

    PLANEJAMENTO

    PROCESSO

  • VALE REFLETIR :

    1. Qual o estado atual da realidade sobre a qual se planeja intervir?

    2. Qual o futuro desejado? 3. Quais os obstculos, potencialidades e

    oportunidades?4. Quais os meios disponveis e

    necessrios para que o projetado seja possvel?

    O CICLO DO PLANEJAMENTO

  • Qual a realidade

    atual?

    Qual a realidade desejada?

    Como vamos

    chegar l?

  • Um processo de planejamento se d sempre num contexto de mudana. Obviamente de uma

    situao original para uma situao melhorada atravs do enfrentamento de problemas e

    aproveitamento de oportunidades.

    Conhecer a situao original, realizar um preciso diagnstico da realidade atual sobre a qual se

    planeja uma ao interventiva o para a deflagrao do processo de planejamento.

    Alguma das metodologias de planejamento mais utilizadas referem-se a esse momento como Anlise de Ambiente, Anlise de Cenrio, ou

    Estudo de Contexto ou simplesmente Diagnstico.

    PLANEJAMENTO NUM CONTEXTO DE MUDANA

  • Ao se concluir a etapa de diagnstico, avana-se no ciclo rumo definio da realidade desejada por meio da formulao de objetivos. comum a utilizao dos termos objetivo geral e

    objetivos especficos.

    Para alcanar os objetivos propostos rumo realidade desejada, apontam-se um conjunto de meios tais como, estratgias, metas,

    aes, atividades e indicadores de desempenho.

    A presena de um ou outro destes elementos, assim como a posio que ocupam no conjunto do plano, varivel conforme

    o mtodo escolhido. Da mesma forma a terminologia e conceitos utilizados.

  • Dimenso Poltica

    O planejamento manifesta seu aspecto poltico quando se traduzenquanto instrumento de negociao e pactuao de interesses,enquanto se prope ferramenta de suporte ao processo deescolhas e tomada de decises, enquanto comunica e expressa aopo poltica dos atores que planejam.

    A dimenso poltica do planejamento refere-se tambm a suaestreita relao com as estruturas de poder numa instituio ou nasociedade. Neste sentido, o planejamento PODE-SE REVELARCOMO A EXPRESSO DE UM AMPLO PROCESSO PARTICIPATIVO EDEMOCRTICO OU COMO A DECLARAO DE UMA HEGEMONIAOU VONTADE DOMINANTE.

  • O envolvimento de uma coletividade na interpretao de uma dada realidade e num processo de tomada de deciso confere dimenses tcnica e poltica ao planejamento.

    Dimenso Tcnica

    O carter tcnico do planejamento revela-se quando o mesmo se configura como um instrumento de organizao ao interventiva, quando sistematiza o conjunto das informaes institucionais, quando zela pelo tratamento tcnico e cientfico dos dados e quando, a partir destes, subsidia a tomada de decises.

    PLANEJAMENTO E PODER

  • PLANEJAMENTO

    Conhecimento sobre a

    realidade

    Tomada de deciso

    Execuo

    Monitoramento e

    Avaliao

  • Para melhor conhecer a realidade;

    Para melhorar a compreenso e aprendizagem;

    Para ampliar e fortalecer capacidades;

    Para estimular a participao e o controle social;

    Para democratizar a tomada de deciso;

    Para conciliar interesses;

    Para tomar decises acertadas;

    Para organizar a operacionalizao das aes;

    Para perceber e corrigir desvios e problemas;

    Para prevenir riscos;

    Para melhorar a comunicao intra e interinstitucional e com o usurio.

    Para transformar a realidade!

    ENTO, PARA QUE PLANEJAR?

  • CICLO DE GESTO DE POLTICAS PBLICAS(Caderno doCursista)

    Definio da Agenda

    Formulao das

    Alternativas

    Tomada de Deciso

    Implementao

    Avaliao dos Resultados

  • I. Definio da agenda: etapa na qual um problema adquire relevncia poltica, tal que passar a receber ateno prioritria dos gestores pblicos. So vrias as questes de polticas pblicas, mas apenas algumas se tornam problemas de polticas pblicas, ou seja, entram na agenda. A definio do problema, quando entra na agenda, tem impactos diretos sobre as alternativas e as solues que a ele sero apresentadas.

    II. Formulao das alternativas: etapa que consiste na definio das alternativas possveis de tratamento do problema, conforme os objetivos a serem alcanados e os meios disponveis para a soluo do problema identificado. Envolve, pelo menos, uma avaliao preliminar sobre os custos e benefcios das vrias opes de ao disponveis, assim como uma avaliao das chances do projeto se impor na arena poltica.

    ETAPAS DO CICLO DE GESTO DE POLTICAS PBLICAS

  • III. Tomada de deciso: etapa em que se adota uma ou um conjunto de alternativas possveis, ponderando expectativas de resultados e custos para sua obteno, segundo os meios a serem empregados. Normalmente precedem ao ato de deciso processos de conflito e de acordo envolvendo os atores mais influentes na poltica e na administrao.

    IV. Implementao: etapa em que se procede execuo das aes planejadas para a consecuo dos objetivos delineados. A implementao estabelece a conexo entre a inteno do planejamento e o resultado alcanado. Nesta etapa se pe prova a qualidade da deciso tomada e sua adequao ao mundo do possvel. No momento da implementao surgem os obstculos, previstos ou no, execuo do planejado, exigindo desenvoltura e liderana dos gestores para super-los. Durante a implementao, surgem problemas menores, relativas formulao das alternativas e de tomada de deciso, que podem subir para os tomadores de deciso, mas muitas vezes permanecem no nvel dos implementadores.

  • V. Avaliao dos resultados: etapa em que se apreciam os resultados e os impactos produzidos pelo programa. Busca-se verificar o atendimento e o no atendimento dos resultados esperados, assim como os efeitos colaterais indesejados, visando deduzir as aes necessrias da em diante: seja a suspenso da poltica, seja sua modificao ou manuteno. Trata-se de uma fase de importante aprendizagem (BRASIL, 2013 a, p. 67).

    A sistematizao do ciclo de gesto de polticas pblicas permite a compreensoda dimenso do trabalho a ser realizado para a consecuo da poltica deassistncia social. Para este planejamento, na perspectiva estratgica eparticipativa, vrios atores so partcipes, configurando-se em um processo queenvolve a interao de muitos agentes, com diferentes interesses. Faz parte desteprocesso a presena de movimentos de apoios, assim como de resistncias, repletode avanos e retrocessos, e com acontecimentos no necessariamente nasequncia esperada e no plenamente antecipveis (JANNUZZI, 2013).

  • Secretaria de Desenvolvimento Social, Criana e JuventudeSecretaria Executiva de Assistncia Social

    Gerncia de Projetos e Capacitao

    www.sigas.pe.gov.brE-mail: [email protected]

    Telefone: 81 3183 0702

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    E-mail: [email protected]: (081) 2103-2096

    mailto:[email protected]