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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES/UNITA

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude · Socioassistenciais (2009); Lei 12.010/2009. Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES/UNITA

ACOLHIMENTO INSTITUCIONALCAPACITAÇÃO

EM SERVIÇO

Facilitador(a): Brígida

• 8h – Dinâmica para introdução do conteúdo

• 9h – Apresentação dos princípios do acolhimento institucional

• 10h – Características do acolhimento institucional

• 10h15 – Atribuições das equipes

Programação

Manhã

• 13h – Acolher e cuidar / os caminhos para reintegração familiar

• 14h30 – Leitura texto : O Conselho Tutelar e o acolhimento institucional

• 16h – Avaliação • 16h30 – Encerramento

Programação

Tarde

Introdução ao

Conteúdo

• “A mais perversa armadilha da alienação é

acreditar que sempre foi assim e, portanto,

sempre será assim”. (Mauri Luis Lase / UFRJ)

• Momento de conhecimento é, portanto, um

momento subversivo em sua essência (Max

Beer, História do Socialismo).

• Nem sempre foi assim, os conceitos são

materializados historicamente e remetem a

constituição do homem enquanto sujeito

histórico.

OS CONCEITOS SE FORMAM A PARTIRDO DOMÍNIO DO HOMEM:

• Natureza• Meios de produção• Homem

Desta forma o homem, conhecendo edominando a sua realidade, determinoua sua forma de existir ancorada emconceitos que representam valores, quefundamentam princípios, em acordocom as relações sociais estabelecidas .

• Ou seja: foi edificando modelo derelações sociais, identidades sociaisque eram produto da maneira comoa dominação era realizada.

Princípios que orientam os serviçosde acolhimento institucional paracrianças e adolescentes.

O que é um Princípio???

• Primeiro instante de algo. Trata-se,portanto, do começo ou início. Porexemplo: “O princípio da viagem foibastante aborrecido, pois demoramosduas horas só para percorrer cinquentaquilômetros”.

• O conceito de princípio está associado,por outro lado, aos valores éticos emorais que regem o pensamento e aconduta: “Os profissionais quecompõem as equipes de atendimentosão pessoas de princípios e quehonram sempre os seuscompromissos”.

Estatuto da Criança e do Adolescente/ 1990

ART 101. § 1o O acolhimento institucional

e o acolhimento familiar são medidas

provisórias e excepcionais, utilizáveis

como forma de transição para

reintegração familiar ou, não sendo esta

possível, para colocação em família

substituta, não implicando privação de

liberdade. (Incluído pela Lei nº 12.010, de

2009)

Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes

2009: Orientações Técnicas: Serviços deAcolhimento para Crianças e Adolescentes. Orientações Metodológicas; Projeto Político Pedagógico; Parâmetros de Funcionamento para:

- Abrigo;- Casa Lar;- Família Acolhedora;- República, etc.

2º MOMENTO

Princípios:

1. Excepcionalidade do Afastamento doConvívio Familiar;

2. Provisoriedade do Afastamento doConvívio Familiar;

3. Preservação e Fortalecimento dosVínculos Familiares e Comunitários;

4. Garantia de Acesso e Respeito àDiversidade e Não-discriminação;

5. Oferta de AtendimentoPersonalizado e Individualizado;

6. Garantia de Liberdade de Crença eReligião;

7. Respeito à Autonomia da Criança, doAdolescente e do Jovem.

Características de um

Acolhimento Institucional.

Contextualizando

“A história da institucionalização de crianças eadolescentes tem um longo percurso. Consta quepor volta do século XII um certo Bispo, aocaminhar pelas ruas de Roma e testemunhar apesca de bebês entre redes dos pescadores,determinou a construção do que teria sido umdos primeiros asilos para crianças abandonadas.(Boswel, 1988). No Brasil, a prática de encaminharcrianças e adolescentes pobres para os chamados“internatos de menores” ganha força a partir dofinal do século XIX. A fácil retirada de crianças desua família para essas instituições criou umaverdadeira cultura de institucionalização.”

(Rizzine, Irene (Coord.). Acolhendo Crianças e Adolescentes, 2006, p.31)

Contextualizando

Cultura de institucionalização: estápresente na sociedade e nos governos.Modelo tradicional: grandesinstituições totais, atendimentomassificado, entidades de longapermanência, desqualificação dasfamílias, aceito socialmente como“solução para o problema das criançaspobres”:• Não respeita a individualidade nem ahistória do usuário;• Não se insere na comunidade, nãopreserva os laços familiares ecomunitários;• Revitimiza, ao invés de reparar;• Viola direitos, ao invés de proteger.

Marcos Legais e

Regulatórios:

Declaração Universal dos Direitos da Criança(1959); Constituição Federal (1988); Estatuto da Criança e do Adolescente (1990); Convenção sobre os Direitos da Criança – ONU(1990); Lei Orgânica de Assistência Social (1993); Política Nacional de Assistência Social (2004); Plano Nacional de Convivência Familiar eComunitária (2006); Diretrizes Internacionais - crianças privadas decuidados parentais (2006); Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimentopara Crianças e Adolescentes (2009); Tipificação Nacional de ServiçosSocioassistenciais (2009); Lei 12.010/2009.

Orientações

Técnicas:

Serviços de

Acolhimento

para Crianças e

Adolescentes

Porte e Estrutura do Serviço:

Número máximo de crianças e adolescentes acolhidos em cada unidade:

- Abrigo Institucional: até 20- Casa-lar: até 10- República: até 6

Localização dos serviços em áreas residenciais;Acolhimento próximo à localidade de origem;Habitabilidade, salubridade e privacidade;Até 4 crianças/adolescentes por quarto;Local para guarda de pertences individuais;Acessibilidade.

Não se separam os irmãos. Estes devem sempre

permanecer juntos.

Não se transfere crianças para outro abrigo

institucional em função da idade ou do sexo. O

vínculo com os adultos e entre as crianças é

prioridade absoluta.

A residência não deve ter qualquer identificação

que possa ser motivo de preconceito ou segregar

aquela moradia das demais do bairro.

O abrigo institucional deve ter um espaço físico

suficiente para as crianças se movimentarem e

sentirem-se confortáveis, com sala de convivência e

espaço para brincar e estudar, além do espaço para

dormir e comer.

Atribuições da Equipe

Coordenação

• Gestão da Casa;

• Elaboração e revisão, em conjunto com

a equipe técnica e demais

funcionários, do projeto político-

pedagógico do serviço;

• Organização da seleção e apoio na

contratação de pessoal e supervisão

dos trabalhos desenvolvidos;

• Articulação com a rede de serviços;

• Articulação com o Sistema de Garantia

de Direitos.

Educador/Cuidador

Receber à criança e / ou o adolescente em processo deacolhimento, realizar à acolhida, apresentação do local(físico), seu espaço privado (cama, armário, vestuário, ematerial de higiene) e regras de convivência; Responderpelos cuidados básicos com alimentação, lazer,educação, higiene e proteção da criança / ouadolescentes acolhidos; Desenvolver atividades lúdicase pedagógicas, sobre a supervisão da equipe técnica,que contribua, para o fortalecimento da autoestima,construção da identidade e desenvolvimento daautonomia das crianças e adolescentes; Apoiar napreparação da criança e o adolescente para odesligamento, sob orientação e supervisão da equipetécnica; Acompanhar nos serviços de saúde e escola eoutros serviços requeridos no cotidiano; Atuarespecificamente na CASA DE ACOLHIDA PARACRIANÇAS E ADOLESCENTES; Desempenhar outrastarefas correlatas. (De acordo com a LEI 949/2013)

Assistente Social

Planejar das ações a serem executadas observando omapeamento/diagnóstico; Prestar atendimento socioassistencialindividual e/ou grupal aos usuários do CRAS, do CREAS e da CASA DEACOLHIDA; Assessorar e subsidiar teórico – metodologicamente otrabalho realizado pelos educadores; Realizar estudos sociais e elaborarrelatórios técnicos acerca das denúncias de violação de direitosrecebidas e encaminhando-os para a rede de proteção social e aoSistema de Garantia de Direitos; Elaborar plano de intervenção dosusuários atendidos no CRAS ,CREAS e CASA DE ACOLHIDA; Acompanharas intervenções realizadas ; Participar de reuniões técnicas eadministrativas; Realizar visitas domiciliares; Acolher as denúncias deviolação de direitos, no âmbito do preconizado pelo SUAS e legislaçõescorrelatas; Participar de audiências junto a Vara da Infância eAdolescência e Ministério Público ; Participar de reuniões com equipeinterdisciplinar da Vara da Infância e da Juventude; Procederarticulação com outras secretarias municipais e instituições objetivandoviabilizar o atendimento dos usuários ; Discutir e elaborarconjuntamente com os outros técnicos , estudos de casos e relatóriossocioassistencial; Definir em conjunto com a equipe as intervençõesnecessárias, acompanhamento de casos e encaminhamentos para aRede de Proteção , Elaborar o Plano Individual de Atendimento;Elaborar e manter registros atualizados dos atendimentos eacompanhamentos realizados; Promover abordagem junto aos usuáriosCumprir orientações administrativas, conforme legislação vigente;Atuar nos CRAS, CREAS, CASA DE ACOLHIDA e em outros serviçossocioassistenciais; Desempenhar outras tarefas correlatas. (De acordocom a LEI 949/2013)

Psicólogo

Trabalhar com as famílias as relações interpessoais; Realizaratendimento psicossocial de forma individual, familiar e em grupo;Promover abordagem junto aos usuários; Assessorar e subsidiarteórico-metodologicamente o trabalho realizado pelos educadores;Prestar escuta qualificada individual ou grupal, Realizar estudo de casocom os usuários do CRAS , CREAS e CASA DE ACOLHIDA ; Participar deaudiências junto a Vara da Infância e Adolescência e Ministério Público;Participar de reuniões com equipe interdisciplinar da Vara da Infância eda Juventude; Proceder articulação com outras Secretarias ;Realizarvisitas domiciliares; Participar de reuniões técnicas e administrativas;Elaborar plano de intervenção dos usuários; Acompanhar asintervenções realizadas; Elaborar o Plano Individual de Atendimento;Acompanhar os encaminhamentos realizados; Acolher as denúncias deviolação de direitos no âmbito do preconizado pelo SUAS e legislaçõescorrelatas; Elaborar relatórios técnicos acerca das denúncias deviolação de direitos recebidas encaminhando-os para a rede deproteção social e ao sistema de garantia de direitos;;Procederarticulação com outras secretarias municipais; Discutir e elaborarconjuntamente com os outros técnicos, estudos de casos e relatóriossocioassistencial; Definir em conjunto com a equipe as intervençõesnecessárias, acompanhamento de casos e encaminhamentos paraRede de Proteção; Elaborar e manter registros atualizados dosatendimentos e acompanhamentos realizados; Cumprir orientaçõesadministrativas, conforme legislação vigente; Atuar nos CRAS, CREAS,CASA DE ACOLHIDA e em outros serviços socioassistenciais;Desempenhar outras tarefas correlatas. (De acordo com a LEI949/2013)

Pedagogo

Organizar o planejamento dos serviços e das ações pedagógicasvoltadas para os programas de formação; Orientar pedagogicamente asequipes de trabalhadores dos CRAS e CASA DE ACOLHIDA; Participar deaudiências junto a Vara da Infância e Adolescência e Ministério Público;Participar de reuniões com equipe interdisciplinar da Vara da Infância eda Juventude; Proceder à articulação com outras SecretariasMunicipais, escolas e outras instituições; Contribuir e acompanhar asinstituições da rede sociassistencial que executam atendimentos acrianças, adolescentes e suas famílias; Organizar e viabilizar o processoformativo das equipes de educadores e de apoio; Realizar oficinas dejogos, recreativos e cognitivos; Coordenar grupos temáticos; Organizarpasseios, confraternizações e outros eventos; Acompanhar os gruposnas oficinas; Participar nas reuniões de equipe, Executar as atribuiçõeseditadas no respectivo regulamento da profissão; Elaborar e manterregistros atualizados dos atendimentos e acompanhamentosrealizados; Acompanhar a vida escolar das crianças e adolescentesatendidos na CASA DE ACOLHIDA; Participar de reuniões com equipe daSecretaria Executiva de Educação; Apoiar cotidianamente oseducadores/cuidadores da CASA DE ACOLHIDA; Participar junto aosdemais técnicos de reuniões de monitoramento e avaliação dos casosdas crianças e adolescentes da CASA DE ACOLHIDA; Cumprirorientações administrativas, conforme legislação vigente; Atuar nosCRAS, CREAS, CASA DE ACOLHIDA e em outros serviçossocioassistenciais; Desempenhar outras tarefas correlatas. (De acordocom a LEI 949/2013)

Cozinheiro/a

• Apoio às funções do/a cuidador/a;• Receber, higienizar e guardar os

alimentos;• Preparação das refeições de forma

adequada a cada faixa etária;• Cuidar da higiene e limpeza da cozinha,

dos eletrodomésticos e da dispensa dealimentos.

Auxiliar de Serviços Gerais

• Apoio às funções do/a cuidador/a;• Organizar e cuidar da limpeza e higiene

do ambiente;• Apoio na preparação das refeições.

Vigilante

• Executar a segurança do

estabelecimento em que prestar

serviços, nos locais e horários

designados;

• Cumprir as determinações recebidas e

executá-las de acordo com as

exigências de serviço;

• Ser reservado no trato de assuntos

relacionados ao serviço;

• Zelar pelo material, instalações,

mobiliário e outros bens do

estabelecimento.

Auxiliar Administrativo

• Dar entrada e saída nos documentos;

• Manter o arquivo organizado;

• Apoiar a coordenação no controle dos

alimentos, materiais de higiene,

limpeza e de escritório da Casa, bem

como do material permanente;

• Digitar documentos.

“Acolher e Cuidar caminhos para a

reintegração familiar“

O que é Acolhimento?

• Ato ou efeito de acolher.

Primeira etapa do recebimento do

Usuário no serviço, na qual são

apresentadas as condições do

atendimento.

(DICIONÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL. BH,2006)

• É a escuta qualificada e a postura

cidadã e humanizada dada a todo/a

usuário/a que procura [o serviço].

O que é Acolhimento?

(CARTILHA ACOLHIMENTO: O ATENDIMENTO NO POSTO MUDOU.)

Acolhida...

Princípio básico de um atendimento HUMANIZADOem que são considerados os seguintes aspectos:

• Ética e atitude individual de cada trabalhadorsocial;

• Condições institucionais para a realização doatendimento;

• e comprometimento com a buscada resolutividade.

(DICIONÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL. BH,2006)

O termo HUMANIZAÇÃO é concebido como:

Atendimento das necessidades

biopsicossociais e espirituais do usuário.

Nessa perspectiva, cada um deve ser

compreendido e aceito como ser único e

integral e, portanto com necessidades e

expectativas particulares. (MATSUDA,

SILVA;TISOLIN, 2003 p. 163)

Devemos pensar no usuário como um todo.Compreender o usuário como indivíduo que tem história,

preconceito, religião, medos, crenças, traumas, dúvidas, etc.Ou seja um ser

INTEGRAL

Estamos Acolhendo???

• Quando o conselho traz a criança/adolescente você o recebe?

• Quando o recebe fala das regras daunidade e disponibiliza roupas e o kitde higiene pessoal ?

• Oferece alimentação a criança/adolescente no momento da suachegada?

Se as respostas para estas perguntas são afirmativas, então caro amigo, você tem

uma ótima intenção, porém não está seguindo o caminho do acolhimento

• As pessoas da residência devem, sempre que possível, saber da chegada do novo morador;

• Recebê-lo falando seu nome;

• Abaixar para falar com ele/a;

• Olhá-lo;

• Não invadi-la/lo com demonstrações corporais de afeto (abraços e beijos);

E o que fazer ao receber uma criança ou um adolescente novo no abrigo?

• Respeitar o momento que estávivendo;

• Não esperar que a criança/adolescentechegue feliz e agradecida por estar ali;

• Conversar sobre o que estáacontecendo, mas não fazer perguntasem demasia;

• Escutar o que ele/a tem para falar;

• Respeitar o seu silêncio;

• Mostrar-lhe o seu lugar na casa;

• Apresentar as pessoas e as regras;

• Contar as rotinas, mas, não exigir que acriança/adolescente entre na rotina dacasa imediatamente;

• Envolver as outras crianças eadolescentes do abrigo na recepçãodos novos integrantes;

• Estar atento às suas manifestações enecessidades imediatas – a fome, omachucado, a dor de dente etc.

O que Entendemospor Acolhimento?

Acolher é:dar acolhida,

aceitar, dar ouvidos,dar crédito a,

agasalhar,receber, atender,admitir

(FERREIRA, 1975)

Acolhimento

Recebe

Escuta

Constrói Vínculo

Oferece uma atenção oportuna

Garante um atendimento integral

Encaminha Informa

“Não é a consciência que determina a

vida, mas a vida que determina a

consciência”

(Marx - Engels)

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e Capacitação

www.sigas.pe.gov.brE-mail: [email protected]

Telefone: 81 3183 0702

Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES/UNITA

E-mail: [email protected]: (081) 2103-2096