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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude · - Trabalho em rede. ... SISTEMA CAPITALISTA E EXCLUSÃO •DESIGUALDADE SOCIAL E EXPLORAÇÃO ... funcionamento/regulação

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

ATUALIZAÇÃO SOBRE

ESPECIFICIDADE, INTERFACES E

PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA NO SUASCURSO

Facilitador(a): Brígida Taffarel

? ? ? ?• Apresentações (INDIVIDUAIS):

Colocar tarjeta nome, município e serviço = colar abaixo do campo de atuação

Construindo o Perfil do

Grupo

CAMPO DE ATUAÇÃO

GESTÃO SERVIÇOS PROGRAMAS PROJETOS BENEFÍCIOS VIGILÂNCIA

? ? ? ? ? ?

Construindo o Perfil do

Grupo

• A implementação das políticas está sujeita ao papel crucialdesempenhado pelos agentes (VOCÊS) encarregados de colocá-la em ação!!!(Paulo Januzzi)*

Analisando o Perfil do Grupo

- Inviabilidade de concebermos a dimensão educativa como neutra!

- Preparação do indivíduo para exploração capitalista x construção da autonomia e liberdade na sociedade socialista;

- Processo educativo espontâneo = cada individuo aprende segundo suas capacidades x direcionamentono processo de emancipação humana desenvolvendo funções psíquicas superiores*.

O VALOR DO CONHECIMENTO

=

TRANSFORMAÇÃO

- Sensação- Percepção- Atenção- Memória- Linguagem- Pensamento- Imaginação- Emoção/sentimento.

Pedagogia histórico – crítica: Demerval Saviani/Ana Carolina Marsiglia

Psicologia Histórico-cultural: Ligia Martins

FUNÇÕES

PSÍQUICAS

O trabalho educativo é o ato deproduzir, direta eintencionalmente, em cadaindivíduo singular, a humanidadeque é produzida histórica ecoletivamente pelo conjunto doshomens” (Saviani*, 2003, p. 13)

(*Filósofo, Pedagogo, fundador da pedagogiadialética denominada Pedagogia Histórico-Crítica.)

O VALOR DO

CONHECIMENTO

Uma teoria do tipo acima enunciada (histórico-crítica) impõe-se a tarefa de superar tanto o poder ilusório (que caracteriza as teorias não-críticas) como a impotência (decorrente das teorias crítico-reprodutivistas), colocando nas mãos dos educadores uma arma de luta capaz de permitir-lhes o exercício de um poder real, ainda que limitado (SAVIANI, 2007, p. 31).

• Conhecimento para a Transformação = romper com a alienação, com práticas espontâneas, com improvisos, deixar de ser TAREFEIRO para ser agente de mudanças = gerar impactos no município.

O VALOR DO

CONHECIMENTO

“Mostrar a realidade tal qual ela é E não tal como a mostra o poder,Constitui a mais autentica subversão.Somente a verdade é revolucionária”

Portanto, se não formos capazes de produzir saberes que valorizem e apreensão dos conhecimentos produzidos historicamente pelo homem até esse momento, contribuiremos para que a comunidade reprimida, escravizada, posta à margem jamais conseguia conquistas de cunho socioeconômico e cultural.(Moura, 2010)

Neste sentido devemos trabalhar nas seguintes

dimensões:

- Histórica (ético-político): Ampliar nossa capacidade de

análise de práticas sociais reprodutoras de exclusões;

- Compreensões: no campo teórico-metodológico

- Práticas (técnico operativo) que busquem a radicalidade

na emancipação e autonomia dos sujeitos

(pg. 25 livro do aluno) !!! “A educação não muda o

mundo. A educação muda

o homem, o homem muda

o mundo”Paulo Freire

A construção do conhecimento deve

seguir três requisitos ... (Demerval

Saviani)Radical, o que significa ir

a raiz da questão, até seus fundamentos, em

profundidade.(práticas assistencialistas)

Rigoroso, o que significa seguir um método determinado, questionando

generalizações apressadas da ciência e conclusões da sabedoria popular(Práticas baseadas em opiniões e

achismos)

De conjunto, ou seja, o problema não pode ser examinado de forma fragmentada, parcial, mas, sim, através da análise do contexto (território) e o exame

em função do conjunto (práticas sociais), ampliando a visão de totalidade, do movimento e das

determinações imediatas e históricas.(Práticas que não promovem seguranças)

Módulos Unidades Temas

Módulo I:

CONCEPÇÃO PROTEÇÃO SOCIAL

1.1Introdução histórica e conceitual sobre a proteção social

1.2 Proteção Social e Assistência Social no Brasil

Módulo II:

A PROTEÇÃO SOCIAL BASICA NO SUAS

2.1 Funções da Proteção Social Básica

2.2 A quem se destina a Proteção Social Básica

2.3CRAS, rede socioassistencial e articulação intersetorial

Módulos Unidades Temas

Módulo III:

AS OFERTAS DA PSB

3.1Programas no âmbito da Proteção Social Básica do SUAS

3.2 Serviços Socioassistenciais da PSB

3.3 Benefícios Socioassistenciais

3.4 Trabalho Social com Famílias

Módulo IV:

Gestão da Proteção Social Básica

4.1Diagnóstico socioterritorial – Planejamento, Monitoramento e avaliação

4.2Articulação com a rede- Trabalho em rede

CONCEPÇÃO DA

PROTEÇÃO SOCIALMÓDULO 1

SISTEMA CAPITALISTA E EXCLUSÃO

• DESIGUALDADE SOCIAL E EXPLORAÇÃO

ECONÔMICA:

SÃO FENÔMENOS DIRETAMENTE RELACIONADOS A

PROPRIEDADE PRIVADA DOS MEIOS DE PRODUZIR A

VIDA (BENS MATERIAIS E SIMBÓLICOS) QUE

GARANTEM SOBREVIVÊNCIA E INTEGRAÇÃO

SOCIAL.

SISTEMA CAPITALISTA E EXCLUSÃO

NO BOJO DO SISTEMA CAPITALISTA, QUE NEGA O ACESSO

AS CONDIÇÕES DIGNAS DE SOBREVIVIÊNCIA, NASCE A

LUTA PELA SUPERAÇÃO DAS DESIGUALDADES DE

ACESSO ( NEGAÇÃO DE DIREITOS MATERIAIS,

CULTURAIS, POLÍTICOS E SOCIAIS)!!

“SISTEMA QUE GERA EXCLUSÃO E QUE PRECISA

OFERECER PROTEÇÃO AOS EXCLUÍDOS!!!”

COMO LIDAR COM ESSA CONTRADIÇÃO????

ISSO TEM REFLEXO NA OFERTA DA PROTEÇÃO

SOCIAL???

SISTEMA CAPITALISTA E EXCLUSÃO

CONTRADIÇÃO É A CATEGORIA BÁSICA PARA ANÁLISE DO

SISTEMA CAPITALISTA E SEU ENFRENTAMENTO,

POIS QUANDO DEFENDEMOS AMPLIAÇÃO OU

IGUALDADE NO PATAMAR DE ACESSO AOS DIREITOS,

ESTAMOS NOS POSICIONANDO CONTRA A REPRODUÇÃO

DA EXCLUSÃO = FIM DO CAPITALISMO E CONSTRUÇÃO DE

UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA, MAIS HUMANA, MAIS

RESPEITOSA, MAIS IGUALITÁRIA, MAIS CIDADÃ, QUE

OFEREÇA PROTEÇÃO A TODOS!!!!

SISTEMA CAPITALISTA E EXCLUSÃO

A PROTEÇÃO SOCIAL, PORTANTO

ESTÁ VINCULADA A PRÓPRIA HISTÓRIA DO SISTEMA

CAPITALISTA E SÓ É POSSÍVEL PORQUE

HISTORICAMENTE OS DESPROTEGIDOS LUTARAM POR

UM SISTEMA DE PROTEÇÃO SOCIAL!!!

VAMOS CONHECER UM POUCO DESSA LUTA HISTÓRICA!!!

RADICALIDADE NO CONHECIMENTO DO

FENÔMENO QUE GERA DESPROTEÇÃO

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL = CAPITALISMO PRIMITIVO

NASCENTE NA EUROPA

- MAS, a exploração de uma classe pela outra já existia:

vassalos e senhores feudais; nobres e plebeus; czar e nobres x

camponeses;

- O modelo de exploração se aperfeiçoa através do uso da

MÁQUINA = é possível exploração uma grande massa que

passa a TRABALHAR nas INDÚSTRIAS.

- O modelo de exploração gera um enorme contingente de

miseráveis “pauperização massiva dos

trabalhadores dessas indústrias” que vende sua força

de trabalho por salários que não permitem o acesso a

condições dignas de vida.

RADICALIDADE NO CONHECIMENTO DO

FENÔMENO QUE GERA DESPROTEÇÃO

- Caracterização da população explorada no processo de

industrialização:

COM VÍNCULOS RURAIS CORTADOS

URBANA

FLUTUANTE

MISERÁVEL

CONDIÇÕES DE VIDA DEGRADANTES

A ORGANIZAÇÃO DOS

TRABALHADORES

- Essa massa trabalhadores se organiza enquanto CLASSE

SOCIAL

Ou seja: Percebe que no sistema capitalista ou você é da

classe que detém os meios de produção ou é da classe que

vende seu trabalho para os donos das máquinas

Imagem livremente reproduzida do Post http://sengeba.org.br/a-luta-de-classes-e-nossa/

Classe média é

falácia!!!

Ex: só

consideramos a

escola privada de

boa qualidade

porque tomamos

como referência a

escola pública de má qualidade!!!

RESULTADO DA PRESSÃO DA CLASSE

TRABALHADORA = SINDICATOS /

PARTIDOS

As desigualdades sociais passaram a ser reconhecidas como

problema social

As lutas e reivindicações do movimento operário geraram

melhores condições de trabalho e deram início as primeiras

instituições de proteção social.

http://2.bp.blogspot.com/_P7N0hwyGS8A/TSPZ8iYMCfI/AAAAAAAABN4/MTmyIQQ_jHI/s1600/309labour1.jpg

ESTADO E A REGULAÇÃO DA PROTEÇÃO

SOCIAL

- Estado assume responsabilidade pela proteção

social como mecanismo complementar ou

substitutos do aparato familiar, comunitário e

religioso.

- Proteção Social, segundo Jaccoud, será definido

como:

“um conjunto de iniciativas públicas ou

estatalmente reguladas para a provisão de

serviços e benefícios sociais visando a enfrentar

situações de risco social ou de privações sociais”

(Jaccoud, 2009:58).

SISTEMAS DE PROTEÇÃO SOCIAL

EUROPA NO PÓS GUERRA - SÉCULO XX

Como estava caracterizado o capitalismo: livre

funcionamento/regulação e globalização dos

mercados = causa da produção de desigualdades.

Como o Estado se organiza para assegurar proteção

social?

Assume, principalmente após a Segunda guerra

Mundial, o financiamento e provisão de um grande

número de bens e serviços (Viana, 2008: 647).

É a fase de consolidação do estado de bem

estar social na Europa

SEGURIDADE SOCIAL

A base do Estado de Bem Estar Social foi a noção de

Seguridade Social, entendida como proteção contra a

pobreza e outras situações por via de um conjunto de

programas de proteção contra a doença, o

desemprego, a morte do provedor da família, a

velhice, a dependência por algum tipo de deficiência,

os acidentes ou contingências.

PROVOCAÇÃO

SE SEGURIDADE SOCIAL É DISTRIBUIÇÃO DE RIQUEZAS PARA

QUE TODOS TENHAM UM PATAMAR MÍNIMO DE CONDIÇÕES

DIGNAS DE SOBREVIVÊNCIA, COMO CONCILIAR ESSA

CONCEPÇÃO COM O ACÚMULO DE CAPITAL??? O ESTADO DE

BEM ESTAR SOCIAL É UM SISTEMA VIÁVEL PARA O

CAPITALISMO??

LEMBRE-SE QUE O CAPITALISMO É UM MODELO QUE SE

ESGOTA SISTEMATICAMENTE: CRISES = NESSES MOMENTOS

QUEM É MAIS VULNERÁVEL ACABA SOFRENDO AS

CONSEQUÊNCIA (CLASSE TRABALHADORES);

E NO BRASIL? O QUE MARCOU NOSSO

SISTEMADE PROTEÇÃO SOCIAL?

PENSANDO SOBRE AS CARACTERÍSTICAS

DE NOSSO SISTEMA PROTETIVO:

- colonização, lutas pela independência,

escravidão, clientelismo, autoritarismo e

favor fazem parte de nossa história e

marcam a constituição do nosso sistema

protetivo.

BREVE PERCURSO DA PROTEÇÃO

SOCIAL NO BRASIL

1º MOMENTO:Assistência esmolada

FilantropiaObras misericórdiaPouca ou nenhuma

intervenção do Estado

2º MOMENTO:Assistência contributiva trabalhadores x ações isoladas e fragmentadas para os desempregados (POBRES)Ações por segmentoBenemerênciaCaridadePrimeiro DamismoAssistência regulamentada pelo Estado

3º MOMENTO:CF 1988

Assistência social como política pública não

contributiva, dever do Estado e direito do cidadãoParte da Seguridade Social

25 ANOS DE HISTÓRIA

CF 1988 -O QUE MARCA A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA

SOCIAL APÓS SUA PROMULGAÇÃO

1. Com a promulgação da CF em 1988 a Assistência Social

passa a ser uma política pública destinada a um publico

específico que não precisaria contribuir para acessá-la!!

2. Cuidar, proteger o cidadão oferecendo a ele condições

mínimas de dignidade para sobreviver e acessar seus

direitos constitucionais passa a ser um dever de Estado!!!

3. A Seguridade Social passa a ser o sistema de proteção ao

cidadão nas áreas de Saúde, Previdência e Assistência

Social.

4. Sua regulamentação posterior define que a política de

assistência social será realizada através de um conjunto

integrado de ações que devem garantir o atendimento às

necessidades básicas.

CF 1988 -O QUE MARCA A POLÍTICA DE

ASSISTÊNCIA SOCIAL APÓS SUA

PROMULGAÇÃO

Década de 90: manutenção do caráter focalizado, das

ações fragmentado, primeiro damismo, falta de

regulamentação em relação as entidades.

As grandes mudanças acontecem a partir de 2003 IV Conferência e instituição

do SUAS

Avanços técnicos e normativos, assegurando a institucionalidade da política de assistência social:

1988

CF

1993

LOAS

2004

PNAS

2005

NOB

SUAS

2009

TIPIFICAÇÃO

4 ANOS

1 ANO

11 ANOS

5 ANOS

2010

CENSO SUAS

1 ANO

2011LEI SUAS

1 ANO

1 ANO

2012

NOB SUAS

1 ANO

2013PENEP

Bases de Organização da Política de Assistência Social: territorialização,

matricialidade sociofamiliar e intersetorialidade.

MATRICIALIDADE SOCIOFAMILIAR

Superação da fragmentação na atenção aos

indivíduos e famílias (SEGMENTOS

RESPONSABILIDADE COLETIVA)

Entende que a família, independentemente dos

formatos ou modelos que assume, é mediadora das relações entre os sujeitos e a coletividade;

Ela se caracteriza como um espaço contraditório,

cuja dinâmica cotidiana de convivência é marcada

por conflitos e geralmente, também, por

desigualdades;

Três dimensões clássicas para

definição do conceito de FAMÍLIA

SEXUALIDADE

PROCRIAÇÃO

CONVÍVIO

FAMÍLIA: um conjunto de pessoas que se acham

unidas por laços consanguíneos, afetivos e, ou,

de solidariedade

Bases de Organização da Política de Assistência Social: territorialização,

matricialidade sociofamiliar e intersetorialidade.

TERRITORIALIDADE: Compreender as necessidades

a partir do conhecimento da realidade social na

perspectiva de...

- Melhorar o acesso aos serviços e benefícios,

favorecendo a articulação da rede de serviços

- Potencializando a intersetorialidade como estratégia

de gestão

- Possibilitando a integração entre serviços e

benefícios

- Aprofundando e materializar processos

participativos.

Obs: O conhecimento da realidade só é possível através da

elaboração de DIAGNÓSTICOS SOCIOTERRITORIAIS

Bases de Organização da Política de Assistência Social: territorialização,

matricialidade sociofamiliar e intersetorialidade.

INERSETORIALIDADE

- Integração de diferentes setores na atenção aos

usuários;

- A proteção social se dá através de mais de uma

política, portanto estas devem ser integradas na

atenção aos usuários e seu acesso garantido.

PRINCÍPIOS, DIRETRIZES,

OBJETIVOS E CONCEITOS DA PNAS

OBJETIVOS DA PNAS

PROTEÇÃO SOCIAL

VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL DEFESA DE DIREITOS

- Proteção à família, à maternidade, à

infância, à adolescência e à velhice;

- Promoção da integração ao mercado

de trabalho;

- Pessoa com deficiência;

- Salário mínimo (BPC) ao idoso e PCD

LOAS define que para realizar seus

objetivos....

... Para o enfrentamento da pobreza, a

assistência social realiza-se de forma

integrada às políticas setoriais, garantindo

mínimos sociais e provimento de condições

para atender contingências sociais e

promovendo a universalização dos direitos sociais.

DIREITOS SOCIOASSISTENCIAIS

Garantir que todos acessem os direitos de proteção

social de assistência social consagrados em Lei; Direito de equidade rural-urbana na proteção social (básica e

especial) não contributiva; Direito de equidade social e de manifestação pública

exercendo protagonismo e controle social na política de

assistência social sem discriminações; Direito à igualdade do cidadão e cidadã de acesso à rede

socioassistencial; Direito em ter garantida a convivência familiar,

comunitária e social; Direito à Proteção Social por meio da intersetorialidade das

políticas públicas; Direito à renda; Direito ao controle social e defesa dos direitos socioassistenciais.

Conhecer o nome e a credencial de quem o atende;

Dispor de locais adequados para seu atendimento com

sigilo;

Receber explicações sobre os serviços e sobre seu

atendimento de forma clara, simples e compreensível;

Ter seus encaminhamentos por escrito, identificados

com o nome dos profissionais e seu registro no

Conselho ou Ordem Profissional de forma clara e

legível;

Poder avaliar o serviço recebido, contando com espaço

de escuta para expressar sua opinião;

Ter acesso ao registro dos seus dados se assim desejar;

Ter acesso às deliberações das conferências

municipais, estaduais e nacionais de assistência social,

entre outros.Fonte: Brasil, Orientações Técnicas – CRAS (2009, p.14).

DIREITOS DAS FAMÍLIAS

PRINCÍPIOS, DIRETRIZES,

OBJETIVOS E CONCEITOS DA PNAS

PRINCÍPIOS DA PNAS

Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre

as exigências de rentabilidade econômica;

Respeito à dignidade do cidadão

Possibilitar o acesso aos direitos sociais

PRINCÍPIOS, DIRETRIZES,

OBJETIVOS E CONCEITOS DA PNAS

DIRETRIZES DA PNAS

PARTICIPAÇÃO POPULAR

DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA ADMINISTRATIVA - COMANDO ÚNICO

RESPONSABILIDADE DO ESTADO

VERDADEIRO OU FALSO

As legislações, embora importantes, não garantem que os

trabalhadores as entendam e as incorporem em suas práticas ( )

Há, ainda, um forte conservadorismo na política de assistência

social, o que nos coloca como desafio a necessidade de

rompermos com esse passado, o que depende muito dos

trabalhadores ( )

A gestão, os gestores, são fundamentais na orientação para

romper com passado conservador da política e das práticas

profissionais ( )

Por outro lado, não temos produção acadêmica de técnicas e

métodos de como trabalhar com as populações historicamente

prejudicadas ( )

DEBATE: COMO GARANTIR QUE OS OBJETIVOS, PRINCÍPIOS E

DIRETRIZES DA GESTÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

POSSAM SE CONSOLIDAR EM NOSSAS PRÁTICAS E EM

NOSSOS MUNICÍPIOS, ROMPENDO COM O PASSADO

CONSERVADOR?

PROTEÇÃO SOCIAL NO TERRITÓRIO

As situações próprias da Política de Assistência Social

- Combate à pobreza e a subalternidade

- Prevenção e enfrentamento de vulnerabilidade e riscos

- Ampliação de oportunidades e acesso a serviços

sociais

- Defesa dos interesses e necessidades sociais dos

segmentos mais empobrecidos.

Devem ser consideradas a partir de sua dinâmica relacional

com o território, compreendendo a constituição da sua

população, a oferta e o acesso às políticas públicas, as

situações de violação de direitos, que somadas a

fragilidades próprias dos ciclos de vida determinam a

necessidade de ampliar o patamar de proteção social dessa

população.

DIREITO A PROTEÇÃO FAMILIAR E A ALIMENTAÇÃO

DIREITO A TER VÍNCULOS FORTALECIDOS

DIREITO A MORADIA DIGNA E PROTEÇÃO

DIREITO AO LAZER E NÃO PRECISAR TRABALHAR, PRINCIPALMENTE EM SITUAÇÕES DEGRADANTES

ASSIM É COM IDOSO...

ASSIM É COM A MULHER...

ASSIM É COM PESSOA COM DEFICIÊNCIA...

Assistir ao filme refletindo sobre

O que/quem demanda a

proteção social específica da

assistência social

Como a Política de

Assistência Social

provê a proteção social

Vídeo: O que é a Proteção SocialFonte: https://www.youtube.com/watch?v=w1KIk8bb-E4

Qual a situação da oferta da

proteção social atualmente

em meu município

A PROTEÇÃO SOCIAL CHEGA NA ASSISTÊNCIA SOCIAL ATRAVÉS DAS SEGURANÇAS QUE SÃO

PRÓPRIAS DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

ACOLHIDA AUTONOMIA

AUXÍLIO RENDA

CONVÍVIO

Oferta pública de espaços e serviços para realização da proteção social básica e especial, devendo conter:

a. condições de recepção; b. escuta profissional qualificada; c. repasse de informações e orientações;d. estabelecimento de referência e contrarreferência;e. concessão de benefícios; f. aquisições materiais, econômicas, políticas, culturais e sociais; g. abordagem em territórios de maior vulnerabilidade e de

incidência de situações de risco; h. oferta de uma rede de serviços e de locais de permanência de

indivíduos e famílias para curta, média e longa permanência.

ACOLHIDA

A construção, a restauração e o fortalecimento de laços de pertencimento, de natureza geracional, intergeracional, familiar, de vizinhança e interesses comuns e societários.

O exercício capacitador e qualificador de vínculos sociais e de projetos pessoais e sociais de vida em sociedade.

CONVÍVIO

AUTONOMIA

Através:- Desenvolvimento de capacidades e habilidades para o

exercício do protagonismo da cidadania.- Conquista de melhores graus de liberdade, respeito à

dignidade humana, protagonismo e certeza de proteção social para o cidadão, para a família e para a sociedade.

É ainda desafiador que os espaços de atendimento potencializem AUTONOMIA E PROTAGONISMO dos

usuários!!!

Apoio e auxílio: transitório = sob riscos circunstanciais, se exige a oferta de auxílios em bens materiais e em pecúnia.

A Resolução nº 212, de 19 de outubro de 2006, do CNAS, e o Decreto nº 6.307, de 14 de dezembro de 2007, estabeleceram critérios orientadores para a regulamentação e provisão de benefícios eventuais no âmbito da Política Pública de Assistência Social pelos municípios, estados e Distrito Federal.

AUXÍLIO

Operada por meio da concessão de auxílios financeiros e da concessão de benefícios continuados, nos termos da lei, para cidadãos não incluídos no sistema contributivo de proteção social e que apresentem vulnerabilidades decorrentes do ciclo de vida e/ou incapacidade para a vida independente e para o trabalho.

O Programa Bolsa Família (PBF) Benefício de Prestação Continuada (BPC)

RENDA

Importante compreender que as seguranças se concretizam na oferta dos serviços, programas e projetos que se operacionalizam no SUAS!

As seguranças não podem ser vistas isoladasuma das outras, elas são ofertadas observando a complexidade das situações vivenciadas pelos usuários!!!

OBSERVAR A GESTÃO INTEGRADA NA OFERTA E SERVIÇOS E BENEFÍCIOS = ISSO MATERIALIZA O ACESSO ÀS SEGURANÇAS.

A Resolução nº 7, de 10 de setembro de 2009, da Comissão Intergestores Tripartite, que dispõe sobre a articulação entre serviços, benefícios e transferência de renda no âmbito do SUAS, é um instrumento de gestão importante para afiançar as seguranças previstas na política de assistência social.

ENTÃO,

Retomando: Como garantir e ampliar a proteção social em um cenário de golpe que garante o avanço brutal do neoliberalismo, expressão mais feroz do capitalismo atual?

Vamos analisar algumas situações que se tornam grandes desafios a serem colocados em nossos PLANOS MUNICIPAIS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, que devem se refletir no PLANO PLURIANUAL e pautadas nas CONFERÊNCIAS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL....todos esses processos estão em curso nesse ano (2017)

Atividade 4DESAFIOS NA GARANTIA DA PROTEÇÃO SOCIAL

COLOCADAS PARA OS TRABALHADORES E USUÁRIOS DO SUAS

1. Vídeo: você acha justo?2. Texto: Leitura coletiva : http://www.jpagora.com/recursos-para-o-bolsa-familia-beneficio-para-idosos-e-deficientes-acabam-em-agosto-diz-comissao/3. Vídeo CDH4. Ver slide abaixo: um ano de perdas!

VÍDEO REFORMA DA PREVIDÊNCIA: VOCÊ ACHA JUSTO?

https://www.youtube.com/watch?v=qDzAC5E-31E

Bolsa Família, Benefício para idosos e Deficientes acabam em agosto, diz Comissão

Programas sociais do governo federal podem parar por falta de recursos, disse a secretária nacional de

Assistência Social, Maria do Carmo Brant

Fonte:jpagora- 06/05/2017

A Comissão de Seguridade Social e Família está preocupadacom a falta de recursos para a continuidade dos programassociais do governo. Em audiência nesta quinta-feira (4), asecretária nacional de Assistência Social, Maria do CarmoBrant, informou que os recursos da pasta acabam em agosto.

Segundo a secretária, os programas de mais destaque daPolítica Nacional de Assistência Social são o Benefício daPrestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimopara idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência,cuja renda per capita do grupo familiar seja inferior a 1/4 dosalário mínimo vigente; e o Bolsa Família, que atende 13,5milhões de famílias em situação de pobreza.

“Nós já gastamos R$ 48 bilhões em benefício de prestaçãocontinuada e é obrigatória a destinação desse recurso. OBolsa Família significa gasto próximo de R$ 27 bilhões, ouseja, uma quantia absolutamente enorme perto do que nóstemos realmente: R$ 2,5 bilhões para manter a rede deserviços.”

Para Maria do Carmo Brant, se o ministro doDesenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, não reverteressa situação, a área pode parar em agosto.

De acordo com a deputada Carmem Zanotto (PPS-SC), apreocupação é com a continuidade dos programas, porquenecessitam de repasses permanentes. “Estamos falandomuito mais do que de verba de investimento, de verba decusteio”, afirmou ela, acrescentando que o custeio éfundamental para os municípios e as instituições.

Segundo a deputada, para prevenir a situação é necessáriodescontingenciar o orçamento ou buscar mecanismos quegarantam essas políticas públicas.

IdososO deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), que pediu arealização do debate, avaliou como preocupantes as medidasda reforma da Previdência que afetam o idoso. “Primeiro,porque hoje a legislação garante que dois idosos nummesmo núcleo familiar recebam o benefício. Com aproposta, não teremos mais essa condição, apenas umpoderá recebê-lo, mas teremos também impacto nasinstituições de acolhimento dos idosos, porque asinstituições de longa permanência sobrevivem com o BPC”,disse.

A Comissão de Seguridade Social também debateu asituação do programa Criança Feliz, criado pelo governofederal no ano passado para apoiar e acompanhar odesenvolvimento infantil na primeira infância, até os 3 anosde idade.

Pouco mais da metade dos municípios aderiu ao programa.Integrantes da comissão querem estimular a adesão de maisprefeitos, apresentando as vantagens do Criança Feliz,principalmente às organizações da sociedade civil.

vídeo: CDH _ ADRIANA

2017- ANO DE CONFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL;- ANO DE ELANORAÇÃO DE PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA

SOCIAL- ANO DE ELABORAÇÃO DE PPA – PLANO PLURIANUAL

PRECISAMOS DOMINAR TÉCNICA E POLÍTICAMENTE O QUE É PROTEÇÃO SOCIAL, POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (SERVIÇOS,

BENEFÍCIOS), COMO SE OPERA A PROTEÇÃO SOCIAL ESCPECIAL PARA INTERVIR NA CONSTRUÇÃO DA POLÍTICA PÚBLICA QUE

GARANTA DIREITOS COMBATENDO O SEU ATUAL RETROCESSO.

UM ANO DE PERDAS NO CAMPO DA PROTEÇÃO SOCIAL

Bloqueio de 1,13 milhão de benefícios do Bolsa Família = 5 milhões de pessoas deixaram de ter acesso ao programa de transferência de renda e, com isso, sem o acompanhamento em saúde e educação.

Volta do primeiro damismo com o programa Criança Feliz.

A PEC do teto de gastos, que seria aprovada em dezembro, ainda pode fazer com que a assistência social perca R$ 868 bilhões.

Previdência deixa de ser Ministério e passa a ser uma Secretaria do Ministério da Fazenda.

UM ANO DE PERDAS NO CAMPO DA PROTEÇÃO SOCIAL

Retirada de R$ 160 milhões dos recursos do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) que eram repassados para a Conab fazer a compra de produtos da agricultura familiar. Os alimentos geravam renda para as famílias e abasteciam restaurantes comunitários.

Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária - 188 mil famílias de agricultores familiares pertencentes a 930 cooperativas ou organizações produtivas deixarão de ser apoiadas ou assessoradas na gestão de seus negócios.

Quais estratégias vocês consideram que deveriam ser adotadas para garantir a oferta, com qualidade

e de forma integrada, das seguranças afiançadas na politica de assistência social? Não esqueçam

que esse é ano de Plano, PPA, Conferência.

Como a política pública de assistência social estáorganizada no seu município para garantir a todos osusuários as seguranças que devem ser afiançadas?Existem equipamentos e recursos suficientes? Existeintegração na oferta dos serviços, programas eprojetos?

Atividade 5

TRABALHO EM GRUPO POR

MUNICÍPIO

Um riacho de águas muito limpas descia a

montanha rasgando a terra e desviando das

rochas quando avistou, ao longe, um pântano

sujo e temeu chegar até ele. Revoltado

protestou contra a montanha que o fazia

descer:

Conto do Rio

-Por que não me avisou que teria que passar por

esse pântano sujo que eu teria desistido a

tempo? Do que valeu todo meu esforço por me

manter limpo até aqui?

A montanha que tudo presenciava respondeu:

-Depende da maneira como você vai encarar o

pântano. Se ficar com medo e diminuir o ritmo da

descida dará voltas e, inevitavelmente, sem

forças, acabará se misturando com as águas

sujas do pântano e serás, para sempre, parte

dele.

Conto do

Rio

Mas se você enfrentá-lo com velocidade, força e

determinação, vai atravessá-lo ao meio e jogará toda a

sujeira para as margens. Com o tempo ela será

absorvida pela terra, ficará à margem, tornando-se

coisa do passado. Você, como prêmio pelo esforço,

permanecerá como rio, chegará ao mar e participará de

sua grandeza.

(Ademar Bogo – Identidade e luta de classes)

Conto do

Rio