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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
UNIDADE DIDÁTICA
DDEESSPPEERRTTAANNDDOO OO GGOOSSTTOO PPEELLAA LLEEIITTUURRAA AATTRRAAVVÉÉSS DDOO UUSSOO DDEE
MMEETTÁÁFFOORRAASS EEMM SSAALLAA DDEE AAUULLAA..
Curitiba
2011
ANA MARIA LUCHESI KAWAI
DESPERTANDO O GOSTO PELA LEITURA ATRAVÉS DO USO DE
METÁFORAS EM SALA DE AULA.
Unidade didática apresentado ao
Programa de Desenvolvimento
Educacional - PDE, da Secretaria de
Estado da Educação do Paraná –
Diretoria de Políticas e Programas
Educacionais, sob a Orientação da
Professora Daniela Zimmermann
Machado, em parceria com a
UEPR/FAFIPAR - Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de
Paranaguá – PR.
Curitiba - PR
2011
FICHA CATALOGRÁFICA
Titulo Despertando o gosto pela leitura através do uso de
metáforas em sala de aula.
Autora Ana Maria Luchesi Kawai
Escola de Atuação Colégio Estadual Dr. Xavier da Silva.
Município da Escola Curitiba - PR
Núcleo Regional de Educação Curitiba - PR
Orientadora Daniela Zimmermann Machado
Instituição- Ensino Superior UEPR/FAFIPAR - Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Paranaguá – PR.
Área do Conhecimento Língua Portuguesa
Produção-Didático-
pedagógica
Unidade Didática
Relação Interdisciplinar Língua Portuguesa – Ensino e Aprendizagem de
Leitura
Público Alvo Discentes das 6ª séries.
Localização da escola de
implementação
Avenida Silva Jardim, 613 - Rebouças, Curitiba – PR.
Apresentação:
Este trabalho pedagógico baseia-se no uso de
metáforas em sala de aula objetivando possibilitar a
comparação entre as similaridades do que é familiar
para os alunos, estimular a formação de hipóteses e a
solução de problemas tornando as aulas mais variadas
e motivadoras. As metáforas são comumente
utilizadas com diferentes campos do conhecimento e
podem funcionar como método de enriquecer e
ampliar os significados, levando conceitos de um
campo do conhecimento para o outro e vice-versa. É
esse enriquecimento que se busca ao utilizar
metáforas em sala de aula, servindo, neste caso, como
estratégias de persuasão e incentivo à leitura.
iv
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE: Ana Maria Luchesi Kawai
Área PDE: Língua Portuguesa – Ensino e Aprendizagem de Leitura
NRE: Curitiba – PR.
Escola de Implementação: Colégio Estadual Dr. Xavier da Silva.
Público objeto da intervenção: Discentes das 6ª séries.
v
SUMÁRIO
RESUMO.............................................................................................................................vi
1.INTRODUÇÃO..................................................................................................................1
2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS........................................................................................2
3. ROTEIRO..........................................................................................................................7
4. ABORDAGEM PEDAGÓGICA....................................................................................................8
5. RESULTADOS ESPERADOS....................................................................................................14
6. REFERÊNCIAS...........................................................................................................................15
ANEXOS .........................................................................................................................................17
vi
RESUMO
A metáfora faz parte da comunicação coloquial das pessoas, está presente nas fábulas,
parábolas, músicas, poemas e histórias infantis. A propaganda e o marketing fazem uso
frequente de metáforas devido ao seu poder de persuasão. Na verdade, o que fica gravado
como aprendizado em nossa mente não é o sentido literal da história, mas o sentido
figurado e metafórico captado pelo nosso inconsciente. Ao professor, não espere inspirar o
gosto pela leitura e pela escrita ensinando orações subordinadas e coordenadas, mas sim
fazendo uso de símbolos que despertem interesse e curiosidade na interpretação. Este
projeto pretende apresentar um estudo sobre a metáfora vista como um processo natural da
linguagem humana em uso, despertando maior interpretação pela história em si e pelo
gosto da leitura, uma vez que os alunos aprenderão conteúdos ocultos entre as frases, que
até então eram invisíveis ou passava-se despercebidos pela forma de interpretar. Pretende-
se apontar o uso de metáforas como ponte entre o conceito e a explicação, que não seria
simples com palavras ou expressões literais o que, consequentemente, desenvolve a
linguagem oral e escrita dos estudantes, ampliando seu vocabulário, seu repertório
linguístico, além de incentivar a reflexão e o posicionamento crítico perante a leitura.
Palavras chaves: metáfora, interpretação, leitura.
1.INTRODUÇÃO
A busca de alternativas para compreender, favorecer e facilitar o processo de
ensino-aprendizagem, em especial da leitura, tem sido uma constante preocupação dos
docentes e dos pesquisadores da área de educação. Particularizando, a linguagem
metafórica vem firmando-se como uma importante linha de pesquisa, devido ao seu uso
neste processo.
A aprendizagem da leitura começa antes da aprendizagem das letras: quando
alguém lê e a criança escuta com prazer. Esse gosto pela leitura é pressuposto de tudo o
mais. Quem gosta de ler tem nas mãos “as chaves do mundo”, ou seja, tem acesso a
informações importantes para seu desenvolvimento intelectual e emocional. Já que é algo
tão presente na linguagem, importa enfocar o que estimula essa sensação prazerosa. Uma
boa leitura possibilita o leitor compreender o mundo em que habita.
É convencional o uso de metáforas em sala de aula por serem comum e familiar
aos estudantes, o que a torna aliada na construção de significados novos, em textos e
histórias, pois são criadas a partir de situações próprias de seu contexto histórico.
Exemplos práticos seriam: ter o rei na barriga, manga coração-de-boi, cheque planador,
liso feito quiabo, como um bagre ensaboado, entre outros. Dessa forma, caracterizam-se
por tratar de formas de linguagem mais complexas, fruto de alto poder de abstração da
razão, contribuindo para leitura de textos.
Como recurso didático, o uso de metáforas em sala de aula possibilita a
comparação entre as similaridades do que é familiar para os alunos, estimula a formação
de hipóteses e a solução de problemas e tornam as aulas mais variadas e motivadoras. As
metáforas são comumente utilizadas com diferentes campos do conhecimento e podem
funcionar como método de enriquecer e ampliar os significados, levando conceitos de um
campo do conhecimento para o outro e vice-versa. É esse enriquecimento que se busca ao
utilizar metáforas em sala de aula, servindo, neste caso, como estratégias de persuasão e
incentivo à leitura.
2
2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
2.1 Leitura
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais:
jornais, ciência, artes, publicidade e no próprio cotidiano. Mas no processo de leitura,
segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (2006), é preciso considerar
também as formas de leituras não-verbais, como imagens, fotos, e outros. “Somente uma
leitura aprofundada, em que o aluno é capaz de enxergar os implícitos, permite que ele
depreenda as reais intenções que cada texto traz”. (DIRETRIZES CURRICULARES DA
EDUCAÇAO BASICA, 2008 p. 71).
A formação de um leitor crítico envolve o conhecimento das relações sociais,
formas de conhecimento veiculadas por meio de textos em diferentes situações, a interação
escritor-texto-leitor, a pluralidade de discursos e as possibilidades de organização do
universo. É muito importante o desenvolvimento do processo de leitura por meio de
estratégias, para que os alunos tornem-se leitores críticos e cidadãos atuantes. Uma boa
estratégia é o uso de metáforas, que segundo MARCUSCHI (2008) se formam dois grupos
de paradigmas: 1- Compreender é decodificar (metáfora do conduto) e 2- compreender é
inferir (metáfora da planta baixa).
2.2 Texto e Gênero textuais
Uma das habilidades relacionadas à leitura refere-se ao conhecimento do texto e do
gênero textual. Entende-se, por texto, de acordo com SOUZA (2004), uma ocorrência
linguística, escrita ou falada de qualquer extensão, dotada de unidade sociocomunicativa,
semântica e formal. Uma sequência verbal, oral ou escrita, que forma um todo que tem
sentido para um determinado grupo de pessoas em uma determinada situação. O texto
pode ter uma extensão variável, uma palavra, uma frase ou um conjunto maior de
enunciados, mas ele obrigatoriamente necessita de um contexto significativo para existir.
Tal contexto inclui a subjetividade do leitor. Ainda, para SOUZA (2004) um texto
metafórico é aquele que usa figuras de imagem para que a pessoa faça associações.
Segundo SARMENTO (2004), gênero de texto refere-se às diferentes formas de
expressão textual, englobam todos os textos produzidos por usuários de uma língua.
Assim, ao lado da crônica, do conto, também se identifica a carta pessoal, a conversa
3
telefônica, o e-mail, e tantos outros exemplares de gêneros que circulam em nossa
sociedade, como piadas, anúncios, poemas, romance, biografia, requerimento, editorial,
palestra, receita, e outros. E são as situações que definem qual utilizar e como fazer isso. E
dependendo da esfera social e do gênero, as possibilidades de leitura são diversas.
Para SCHNEUWLY E DOLZ (2004) gêneros são utilizados como meio de
articulação entre práticas sociais e os objetos escolares, principalmente no domínio do
ensino da produção de textos orais e escritos. São instrumentos que fundam a
possibilidade de comunicação, como por exemplo, um debate. Todos os gêneros, de todas
as esferas sociais têm determinadas intenções, propósitos e objetivos.
De acordo com MACHADO, (2005, p. 157) apud DIRETRIZES
CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA (2008) “gêneros são formas comunicativas
que não são adquiridas em manuais, mas sim nos processos interativos”(p.53). O trabalho
com os gêneros deve levar em conta que a língua é um instrumento de poder e que o
acesso ao poder é um direito de todos os cidadãos.
2.2.1 O uso de gêneros textuais em sala de aula.
Muito se tem discutido sobre como trabalhar textos e gêneros em sala de aula, por
encontrar resistência dos alunos em relação à leitura e a sua produção. Porém esse
trabalho requer muita habilidade com relação à linguagem. Compartilha-se a idéia
apresentada pelas Diretrizes Curriculares de que o texto é a base do ensino e aprendizagem
de Língua Portuguesa que vem sendo aceita no Brasil há muitos anos. Durante muito
tempo, esta abordagem textual foi aplicada ao ensino de maneiras diferentes. Trabalhar os
gêneros textuais em sala de aula é uma excelente oportunidade de se lidar com a língua
nos seus mais diversos usos do cotidiano, pois o aluno pode reconhecer e interpretar
diversos tipos de textos como a bula de remédio, a propaganda, os manuais, a piada, entre
outros.
Na sala de aula, é necessário analisar, nas atividades
de interpretação e compreensão de um texto: os
conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos
lingüísticos, o conhecimento da situação comunicativa,
dos interlocutores envolvidos, dos gêneros e suas
esferas, do suporte em que o gênero está publicado, de
outros textos – intertextualidades. É preciso considerar
4
ainda que o grau de familiaridade do leitor com o
conteúdo veiculado pelo texto interfere, também, no
modo de realizar a leitura. (DIRETRIZES
CURRICULARES DE EDUCAÇÃO BASICA, 2008,
p. 73)
Para MARCUSCHI (2008), a língua é um sistema simbólico ligado a práticas
sócio-históricas e não funciona no vácuo. Pode significar muitas coisas, mas não tem uma
semântica imanente pronta nem plena autonomia significativa. A língua é opaca e permite
produzir pluralidade de significações e as pessoas podem entender o que não foi
pretendido pelo falante ou o autor do texto. Por isso as significações e os sentidos textuais
e discursivos não podem estar aprisionados no interior dos textos pelas estruturas
linguísticas, nem podem ser confundidos com conteúdos informacionais. Ex: o burro do
meu vizinho. (meu vizinho tem um burro ou ele é um burro?). Ainda segundo o autor ,
assim como compreender não é extrair conteúdos de textos, por isso há as divergências na
compreensão de textos por parte dos leitores; os gêneros textuais operam como formas
discursivas de enquadre poderosas para guiar o sentido.
Compreender exige habilidade, interação e trabalho.
Na realidade, sempre que ouvimos alguém ou lemos
um texto, entendemos algo, mas nem sempre essa
compreensão é bem-sucedida. Compreender não é
apenas uma ação linguistica ou cognitiva, é muito mais
uma forma de inserção no mundo e um modo de agir
sobre o mundo na relação com o outro dentro de uma
cultura e uma sociedade. (MARCUSCHI, 2008, p.
230).
Desta forma, a compreensão deixa de ser um simples ato de identificação de
informações e passa a ser uma construção de sentidos com base em atividades inferenciais.
Para se compreender bem um texto tem-se que sair dele, buscar uma interpretação nas
entrelinhas, pois o texto sempre monitora o seu leitor para além de si próprio e esse é um
aspecto notável quanto à produção de sentido. “Entender é produzir sentidos e não extrair
conteúdos prontos” (MARCUSCHI, 2008, p. 233). Compreender uma expressão
linguistica ou um texto em uso é entendê-lo em seus contextos.
Os sentidos são parcialmente produzidos pelo texto e
parcialmente completados pelo leitor. Nesta maneira
de ver o funcionamento da língua, não é justificável
buscar todos os sentidos, do texto no texto, como se
eles estivessem ali postos de modo objetivo.
(MARCUSCHI, 2008 p. 241).
2.3 Metáfora
5
Segundo SOUZA (2004) é a partir dos primeiros meses de vida que a criança
começa a associar ritmos e estímulos visuais, o que aponta que a metáfora seja inata à
inteligência humana. Por essa razão, seu uso é tão comum e frequente que muitas vezes
nem o percebemos. É um processo cuja aplicação pode ser considerada rara de forma
consciente ou intencional enquanto recurso didático-mediador no processo ensino-
aprendizagem a ser utilizado pelo professor. Nas palavras de SOUZA (2004) “a metáfora é
fundamental à aprendizagem de algo completamente novo, visto que não se pode aprender
algo totalmente desconhecido sem ancorar o novo no conhecimento pré-construído”
(p.55).
A palavra metáfora é derivada do grego "meta" (além) mais "phorein" (transportar
de um lugar para outro) segundo SAKURAI (2011). Tem a conotação de transportar o
sentido literal de uma palavra ou frase, dando-lhe um sentido figurado. Utiliza-se de uma
linguagem simbólica que é característica da linguagem primária do inconsciente,
induzindo a um processo natural de mudança. (LAKOFF E JOHNSON, 2002). Alguns
exemplos de metáfora são as clássicas frases: “A Amazônia é o pulmão do mundo”; “A
cerveja que desce redondo” (propaganda da skol); “O banco da sua vida” (Banco do
Brasil). Isso mostra como a redação publicitária é hábil em criar metáforas para fisgar o
público, pois metáforas são comparações, são analogias. Outras expressões também
conhecidas são: cheque-borracha, cheque-planador, liso feito quiabo, doce mel, voto-
minerva, manga-espada, manga-coração-de-boi, entre outros. A metáfora induz a um
processo natural de mudança na compreensão do texto. Ao contrário de uma ordem ou
sugestão, ela permite à pessoa perceber, inconscientemente, alternativas que não eram
visualizadas antes.
Muitos verbos também são utilizados no sentido metafórico. Quando dizemos que
determinada pessoa "é difícil de engolir", não estamos cogitando a possibilidade de
colocar essa pessoa estômago adentro, associamos o ato de engolir (ingerir algo, colocar
algo para dentro) ao ato de aceitar, suportar, aguentar, em suma, conviver. Existem
também frases inteiras com sentido metafórico, são alguns: “ter o rei na barriga”, “saltar
de banda”, “pôr minhocas na cabeça”, “dar um sorriso amarelo”, “tudo azul”, “ir para o
olho da rua”.
O estudo primário sobre metáfora em nossa vida inicia na escola, quando a
conceituam como uma alteração de significado baseada em traços de similaridade entre
6
dois conceitos; uma palavra que designa uma coisa passa a designar outra, por haver entre
elas traços de semelhança; é pois, uma comparação implícita, isto é, sem conectivo
comparativo. LAKOFF E JOHNSON (2002), afirmam que a metáfora não é apenas uma
questão de linguagem ou de palavra, ao contrário, os processos do pensamento humano é
que são em grande parte metafóricos, ou seja, o sistema conceitual humano é estruturado e
definido metaforicamente, possibilitando assim metáforas também na linguagem que
utilizamos.
No filme O Carteiro e o Poeta (1994), por exemplo, o personagem que representa o
poeta Pablo Neruda dialoga com um carteiro, Mário Ruoppolo, durante diversas cenas do
filme, sobre metáfora. O carteiro gostaria de aprender a fazer metáforas para conquistar as
mulheres (depois somente à Beatrice) e pede ao mestre Neruda que o ajude. Este
poeticamente lhe pede que observe a baía, o movimento do mar etc. E, em um dos
diálogos, Mário Ruoppolo conclui: “Não sei se consigo explicar, mas... quer dizer que
todas as coisas, o mar, o céu, as nuvens, etc., etc., o mundo inteiro é uma metáfora de
alguma coisa?”
De fato, tudo o que está em nossa volta serve-nos como metáfora para explicarmos
sentimentos, ações, estados. Inclusive o campo da ciência, do qual se espera explicações
literais, diretas, vê-se envolvido por diversas metáforas, tais como as “redes”, a placa
“mãe”, na ciência da informática, as células “mãe”, “órfãs”, “tronco”, nas ciências
biológicas, dentre outros (SOUZA, 2004).
Ao discutir a possibilidade da utilização de metáforas como recursos de mediação
didática do processo de aprendizagem fazem-se necessário entender como o processo
metafórico ocorre, a nível cognitivo. Segundo a fisiologia humana de GUYTON (1988):
O próprio córtex cerebral possui camadas responsáveis
pela comparação entre os estímulos novos e os antigos,
gerando a possibilidade imediata de se identificar
novas informações. O efeito da identificação de uma
experiência nova com uma já existente pode gerar
efeitos tanto cognitivos quanto emocionais, o que é
fácil constatar, já que é extremamente agradável, por
exemplo, sentir um aroma que lembre a infância ou
reconhecer um rosto familiar em um ambiente
estranho. (GUYTON, 1988, p.165)
O autor ainda lembra que a importância da influência modeladora é gerada tanto
pelas analogias quanto pelas metáforas. Segundo sua teoria, os seres humanos nascem em
grande desvantagem de conhecimentos inatos em relação aos outros animais, ou seja,
7
necessitam adaptar-se ao ambiente, experimentando-o. Mas, em compensação têm a
capacidade de armazenar as informações para relacioná-las com experiências futuras.
Dessa forma, é possível identificar imediatamente a nova informação com algo já vivido
anteriormente, ou seja, é possível utilizar uma experiência anterior como um modelo que
servirá como parâmetro para experiências futuras.
2.3.1 A metáfora em sala de aula
Em um ambiente pedagógico, o professor pode facilitar o processo organizando e
sistematizando a abordagem, com recursos motivadores e exemplos práticos e cotidianos,
de forma a direcionar a atenção do aprendiz para aspectos mais relevantes. Dessa forma,
uma prática educativa baseada no processo analógico trabalha diretamente com um
processo de aprendizagem segundo os princípios da teoria construtivista de Piaget.
Segundo a Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel (2001), só é possível
aprender algo a partir da ancoragem realizada entre o novo e algo que já se sabe. A
aprendizagem significativa ocorre quando a tarefa de aprendizagem implica relacionar, de
forma não arbitrária e substantiva (não literal), uma nova informação a outras com as quais
o aluno já esteja familiarizado e quando o aluno adota uma estratégia correspondente para
assim proceder. (AUSUBEL, 2001).
Ausubel se preocupou em tratar de como as representações já formadas atuam
sobre o processo de instrução formal. O processo de ancoragem ocorre à medida que há a
integração do objeto representado no sistema de representações existente. É exatamente
esse processo o responsável pelas possibilidades de modificações estruturais. Tais
modificações poderão ser identificadas tanto nas representações já existentes quanto nas
novas. E é nesse sentido que se propõe o uso metáforas como mediadoras das relações
entre as representações existentes e os conceitos veiculados pelo ambiente escolar.
3. ROTEIRO
Público-alvo: alunos das 6ª séries do Colégio Estadual Dr. Xavier da Silva.
Nível de ensino: fundamental.
Conteúdo Estruturante: língua portuguesa.
8
Conteúdo básico: textos e gêneros textuais.
Conteúdo específico: metáforas
Quantidade de aulas necessárias: 10
4. ABORDAGEM PEDAGÓGICA
ETAPA I - TEXTO
Aula 01
Objetivo: fazer com que os alunos compreendam a noção de texto.
Procedimento: o professor irá colher opiniões dos alunos sobre o que é um texto e sua
importância. As informações serão transcritas no quadro e discutidas com os alunos. O
professor dará o conceito de texto de acordo com a tese de Souza, intitulada Leitura,
metáfora e memória de trabalho: três eixos imbricados. Após a explicação do tema, o
professor irá fazer menção sobre textos verbais e não verbais e encerrará a aula solicitando
aos alunos que tragam recortes de textos para próxima aula. Utilizará de questões como: o
que é um texto? O que entendemos com texto? Quais as formas de texto?
Conceito principal: ocorrência linguistica, escrita ou falada de qualquer extensão, dotada
de unidade sociocomunicativa, semântica e formal. Uma sequência verbal, oral ou escrita,
que forma um todo que tem sentido para um determinado grupo de pessoas em uma
determinada situação. Este conceito será trabalhado com questionamentos, exemplos e
explicações.
Aula 02
Objetivo: Compreensão, por parte dos alunos, acerca dos tipos de linguagem –verbal e não
verbal.
Procedimento: o professor irá recolher os recortes que os alunos trouxeram e fará
explicações com exemplos práticos sobre textos verbais e não verbais. Para isso, utilizará
de desenhos como sinalização de trânsito e figuras que expressam alguma mensagem.
9
Também irá enfatizar a importância e a riqueza que um texto contém através de uma
dinâmica de grupo que consiste em: pedir para que três alunos fiquem de fora da sala
enquanto ele (o professor) conta para a classe uma história cheia de detalhes e
informações. Em seguida solicita para que um aluno conte a mesma história para um dos
alunos que estava de fora, este aluno ao ouvir a história terá a função de repassá-la ao
colega e assim até todos terem ouvido.
Conceito principal: textos verbais são vistos quando a pessoa utiliza de palavras ou escrita
para expressar-se, também chamada de linguagem oral ou escrita. A linguagem verbal é a
forma de comunicação mais presente em nosso cotidiano. Está presente em textos,
propagandas, reportagens, em obras literárias e científicas, na comunicação entre as
pessoas; entre outros. Já na linguagem não-verbal, ou texto não verbal, a palavra não é o
canal de comunicação, não utiliza do código "língua portuguesa" para transmitir a
informação. São exemplos: placas de proibido fumar, semáforo, cartão e o apito do juiz de
futebol, o aviso do toalete, as placas de transito, entre outros.
Aula 03
Objetivo: apontar a importância da leitura.
Procedimento: o professor, através de exemplos reais, mostrará para os alunos a
importância da leitura e sua abrangência (visor de ônibus, fachadas de comércio, preços de
supermercados, passagens, ingressos, roupas, encartes, livros, adesivos em carros, entre
outros) enfatizando que a mesma está além dos bancos escolares.
10
Conceito principal: A leitura se faz presente em nossa vida a partir do momento em que
começamos a compreender o mundo em que vivemos. No desejo de decifrar e interpretar o
sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas, de
relacionar a realidade de ficção com a que vivemos, no contato com um livro, enfim, em
todos estes casos estamos lendo - embora, muitas vezes, sem perceber. É o caso do visor
do ônibus, do aviso de piso molhado, da camiseta que vimos numa vitrine, etc.
ETAPA II - GÊNEROS TEXTUAIS
Aula 04
Objetivo: conceituar gêneros textuais.
Procedimento: o professor irá conceituar gênero textual e apresentará exemplos práticos
como bula de remédio, regras de jogo, manuais, propagandas, etc. Para isso, utilizará os
estudos de Marcuschi, na obra Produção textual. Análise de gêneros e compreensão; e de
Schneuwly, Dolz, Gêneros Orais e Escritos na Escola. Neste encontro também
apresentará um gênero textual em forma de receita culinária, que será entregue aos alunos
e solicitando a leitura em silêncio. Após todos terminarem explicar que um gênero pode
ser escrito na linguagem popular ou culta e que toda comunicação exige boa leitura.
Encerrará a aula solicitando aos alunos que tragam recortes de gêneros textuais para a
próxima aula.
Conceito principal: gênero de texto refere-se às diferentes formas de expressão textual,
englobam todos os textos produzidos por usuários de uma língua. São instrumentos que
fundam a possibilidade de comunicação, como por exemplo, um debate, e-mail, receitas,
manuais, folhetos, extrato de banco, cupom fiscal, entre outros. Todos os gêneros, de todas
as esferas sociais têm determinadas intenções, propósitos e objetivos.
Aula 05
Objetivo: estimular os alunos a fazerem um texto caracterizado por um gênero em estilo
de propaganda de um produto.
11
Procedimento: com os recortes que os alunos trouxeram, o professor irá fazer uma
dinâmica de grupo, colocando os alunos em círculos (2 sub grupos) e solicitando que os
mesmos façam um texto caracterizado por um gênero (cada grupo fará uma propaganda de
algum produto – escolhido por eles – com informações em forma de panfletos e/ou
manuais). A aula encerrará com a apresentação dos grupos, em forma de debate (ou
tentativa de vender o seu produto), fechando o tema enfocando a importância da
comunicação.
ETAPA III - METÁFORAS
Aula 06
Objetivo: apresentar e conceituar metáforas.
Procedimento: o professor irá apresentar aos alunos o assunto Metáforas, através de frases
do dia a dia que costumamos ouvir e falar e seguindo do conceito de Mafra, no texto
Analogias, Metáforas e Ensino: A sala de aula em foco; e de George Lakoff & Johnson,
na obra Metáforas da vida cotidiana. Utilizará de perguntas que estimulem os alunos a
pensar onde estão as metáforas nas frases fornecidas. Após isso, irá mostrar aos alunos a
importância da interpretação de um texto metafórico (que entendemos de acordo com o
que já possuímos em nossa mente, por ex: mandar lamber sabão, eu posso entender que
devo lamber sabão ou que é para ficar longe, depende de meu estado emocional. Outros
exemplos são: vai ver se estou na esquina, ou o burro do meu vizinho. Deixar que os
alunos forneçam exemplos e solicitar que tragam para a próxima aula exemplos de ditos
metafóricos.
Conceito principal: a palavra metáfora é derivada do grego "meta" (além) mais "phorein"
(transportar de um lugar para outro) tem a conotação de transportar o sentido literal de
uma palavra ou frase, dando-lhe um sentido figurado.
Alguns exemplos de metáforas que usamos no cotidiano:
12
- ter o rei na barriga
- desce redondo
- falar mais que a boca
- mala sem alça
- duro de roer
- nem fede nem cheira
- bicho de sete cabeças
- cheque voador
- encher lingüiça
- nó cego
- comer feito leão
- achar pelo em ovo
-tempestade em copo d’água
- carne de vaca
- pão duro
- ter a faca e o queijo na mão
Exercício: pedir aos alunos que dêem o sentido explicitado por cada uma dessas
metáforas.
Aula 07
Objetivo: exploração do tema metáforas através do filme O carteiro e o Poeta.
Procedimento: O professor levará ao conhecimento de seus alunos o filme O carteiro e o
Poeta, dirigido por Michael Radford baseado no livro homônimo de Antonio Skármeta em
interface com o artigo de Elena Godoy de tema: Sobre a poesia política de Pablo Neruda.
E após exposição, irá encerrar a aula com um trecho de uma história metafórica, que traz
uma lição dos gansos selvagens e recolherá os trabalhos dos alunos.
SSiittee:: http://www.terapiadosgansos.com.br/porque.html
Aula 08
Objetivo: exploração do tema metáforas através da música Gita, de Raul Seixas.
Procedimento: O professor irá apresentar aos seus alunos a música Gita de Raul Seixas,
fazendo relação com metáforas e sua interpretação.
13
Aula 09
Objetivo: exploração do tema metáforas através do vídeo Quem mexeu no meu queijo?
Procedimento: apresentação do vídeo Quem mexeu no meu queijo? Do livro: JOHNSON,
Spencer, M. D. Quem mexeu no meu queijo? 32ed. Rio de Janeiro: Editora Record, 2002; e
discutir com alunos a relação de labirinto com a vida real.
Aula 10
Objetivo: revisão de conceitos sobre texto, metáforas e gêneros textuais.
Procedimento: Fechar o trabalho com uma revisão de conceitos sobre texto, metáforas e
gêneros textuais a partir de exemplos dados em sala. Junto com os alunos o professor irá
confeccionar mural onde os alunos escrevem frases metafóricas e vão colando até formar
um grande texto (uma história). Juntar com todo o material que os alunos trouxeram
durante os encontros e deixar em exposição na escola.
Olá galera!!! Essa música é “show de bola”
mas devido ao lance dos direitos autorais a sua
letra não pode aparecer aqui... Então para não
dar “pano para manga” e nem ficar “enchendo
linguiça” deixei o link aqui caso você queira
curtir essa música comigo. Valeu!!!
http://letras.terra.com.br/raul-seixas/48312/
14
5. RESULTADOS ESPERADOS
Ao final do processo, espera-se que os(as) alunos(as) tenham criado mediações
entre o assunto metáforas e suas representações com os conceitos veiculados durante o
trabalho pedagógico, repercutindo neles maior senso de criatividade, interpretação, crítica
e gosto pela leitura.
15
6. REFERÊNCIAS
GUYTON, A.C. Fisiologia humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.1998.
LAKOFF, George & JOHNSON, Mark. Metáforas da vida cotidiana. São Paulo: educ/
Mercado das Letras, 2002.
MAFRA, Adriano. Analogias, Metáforas e Ensino: A sala de aula em foco. 2008.
Disponível :http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/scientia/article/view/12999/12103.
Acesso em 09 Mar 2011.
MARCUSCHI, Luiz Antonio. Produção textual. Análise de gêneros e compreensão.
São Paulo, Parábola Editorial, 2008.
MOREIRA, Marco Antonio; MASINI, Elice F. Salzano. A aprendizagem significativa:
A teoria de David Ausubel. São Paulo: Centauro, 2001.
SAKURAI, Sakaizen. Metáforas. Portal CMC. Comunicação e Comportamento.
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Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
Obs.: As ilustrações utilizadas foram retiradas de Clip-arts e Modelos do Power
Point, disponível em: http://office.microsoft.com/pt-br/clipart/default.aspx. A
fonte não foi possível ser localizada, por não se encontrar disponível nas ilustrações. Caso
haja conhecimento da fonte por parte do leitor deste material, pede-se que por gentileza
que entre em contato.
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ANEXOS
Contrato de Cessão Gratuita de Direitos Autorais
Pelo presente instrumento particular, de um lado ANA MARIA LUCHESI KAWAI,
brasileira, casada, professora, CPF nº525.329.509-78, Cédula de Identidade RG nº
3.916.912-6 residente e domiciliado à Rua Eduardo Carlos Pereira, 4125 Ap 25 Portão, na
cidade de Curitiba, Estado do Paraná, denominado CEDENTE, de outro lado a Secretaria
de Estado da Educação do Paraná, com sede na Avenida Água Verde, nº 2140, Vila Izabel,
na cidade de Curitiba, Estado do Paraná, inscrita no CNPJ sob nº 76.416.965/0001-21,
neste ato representada por seu titular Flávio Arns, Secretário de Estado da Educação,
brasileiro, portador do CPF nº….........................., ou, no seu impedimento, pelo seu
representante legal, doravante denominada simplesmente SEED, denominada
CESSIONÁRIA, têm entre si, como justo e contratado, na melhor forma de direito, o
seguinte:
Cláusula 1ª – O CEDENTE, titular dos direitos autorais da obra “Despertando o gosto pela
leitura através do uso de metáforas” cede, a título gratuito e universal, à
CESSIONÁRIA todos os direitos patrimoniais da obra objeto desse contrato, como
exemplificativamente os direitos de edição, reprodução, impressão, publicação e
distribuição para fins específicos, educativos, técnicos e culturais, nos termos da Lei 9.610
de 19 de fevereiro de 1998 e da Constituição Federal de 1988 – sem que isso implique em
qualquer ônus à CESSIONÁRIA.
Cláusula 2ª – A CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar a obra autoral
ao qual se refere a cláusula 1.ª deste contrato em qualquer tipo de mídia, como
exemplificativamente impressa, digital, audiovisual e web, que se fizer necessária para sua
divulgação, bem como utilizá-la para fins específicos, educativos, técnicos e culturais.
Cláusula 3ª – Com relação a mídias impressas, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo
CEDENTE a publicar a obra em tantas edições quantas se fizerem necessárias em
qualquer número de exemplares, bem como a distribuir gratuitamente essas edições.
Cláusula 4ª – Com relação à publicação em meio digital, a CESSIONÁRIA fica autorizada
pelo CEDENTE a publicar a obra, objeto deste contrato, em tantas cópias quantas se
fizerem necessárias, bem como a reproduzir e distribuir gratuitamente essas cópias.
Cláusula 5ª - Com relação à publicação em meio audiovisual, a CESSIONÁRIA fica
autorizada pelo CEDENTE a publicar e utilizar a obra, objeto deste contrato, tantas vezes
quantas se fizerem necessárias, seja em canais de rádio, televisão ou web.
Cláusula 6ª - Com relação à publicação na web, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo
CEDENTE a publicar a obra, objeto deste contrato, tantas vezes quantas se fizerem
necessárias, em arquivo para impressão, por escrito, em página web e em audiovisual.
Cláusula 7ª – O presente instrumento vigorará pelo prazo de 05 (cinco) anos contados da
data de sua assinatura, ficando automaticamente renovado por igual período, salvo
denúncia de quaisquer das partes, até 12 (doze) meses antes do seu vencimento.
Cláusula 8ª – A CESSIONÁRIA garante a indicação de autoria em todas as publicações
em que a obra em pauta for veiculada, bem como se compromete a respeitar todos os
direitos morais do autor, nos termos da Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998 e da
Constituição Federal de 1988.
Cláusula 9ª – O CEDENTE poderá publicar a obra, objeto deste contrato, em outra(s)
obra(s) e meio(s), após a publicação ou publicidade dada à obra pela CESSIONÁRIA,
desde que indique ou referencie expressamente que a obra foi, anteriormente, exteriorizada
(e utilizada) no âmbito do Programa de Desenvolvimento Educacional da Secretaria de
Estado da Educação do Paraná – SEED-PR.
Cláusula 10ª – O CEDENTE declara que a obra, objeto desta cessão, é de sua exclusiva
autoria e é uma obra inédita, com o que se responsabiliza por eventuais questionamentos
judiciais ou extrajudiciais em decorrência de sua divulgação.
Parágrafo único – por inédita entende-se a obra autoral que não foi cedida, anteriormente,
a qualquer título para outro titular, e que não foi publicada ou utilizada (na forma como
ora é apresentada) por outra pessoa que não o seu próprio autor.
Cláusula 11ª – As partes poderão renunciar ao presente contrato apenas nos casos em que
as suas cláusulas não forem cumpridas, ensejando o direito de indenização pela parte
prejudicada.
Cláusula 12ª – Fica eleito o foro de Curitiba, Paraná, para dirimir quaisquer dúvidas
relativas ao cumprimento do presente contrato.
E por estarem em pleno acordo com o disposto neste instrumento particular a
CESSIONÁRIA e o CEDENTE assinam o presente contrato.
Curitiba, ___ de _____________ de 2011.
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CEDENTE
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CESSIONÁRIA
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TESTEMUNHA 1
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TESTEMUNHA 2