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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
2010
Produção Didático Pedagógica na Escola apresentado como requisito parcial obrigatório no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, sob a orientação da Profª. Dra. Tamara da Silveira Valente, da Universidade Federal do Paraná – UFPR.
Curitiba
AGOSTO 2011
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
NOME: NILZA REGINA MARTINS BOENG
ÁREA DE ESTUDO: EDUCAÇÃO ESPECIAL
NRE: CURITIBA/PR
PROFESSOR ORIENTADOR: DRA. TAMARA DA SILVEIRA VALENTE
IES: UFPR
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: ESCOLA NILZA TARTUCE EDUCAÇÃO INFANTIL ENSINO FUNDAMENTAL/ ANOS INICIAIS. MODALIDADE: EDUCAÇÃO ESPECIAL
PÚBLICO ALVO DA INTERVENÇÃO: PROFESSORES ESPECIALIZADOS QUE ATUAM NAS CLASSES DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCOLA NILZA TARTUCE.
3
FICHA CATALOGRÁFICA 1
IDENTIFICAÇÃO 2
SUMÁRIO 3
APRESENTAÇÃO 4
PÚBLICO ALVO 5
JUSTIFICATIVA 5
OBJETIVOS 6
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 6
A criança e sua arte 6
Criatividade – Imaginação Criadora 8
Fases do Desenvolvimento Cognitivo 9
O Desenho Figurativo da Criança – O Espaço Gráfico 10
METODOLOGIA 13
Aulas Expositivas 13
Oficinas 13
Oficina DESENHO 13
Oficina PINTURA 14
Oficina RECORTE/COLAGEM 16
RECURSOS 17
TEMPO 17
AVALIAÇÃO 18
BIBLIOGRAFIA 18
ANEXOS 20
Sugestão de Textos 21
4
______________________________________________________________
A partir da observação do cotidiano da Escola Nilza Tartuce, detectou-se a
dificuldade de comunicação e expressão das crianças com Deficiência
Intelectual pelos meios comuns (linguagem oral, facial, corporal e gráfica) e ao
mesmo tempo reconheceu-se nelas grande potencial artístico, observou-se
também a dificuldade apresentada pelos professores desses alunos em
reconhecer os aspectos “estéticos” e “plásticos” nos trabalhos dos alunos. Por
este motivo, concebeu-se este Material Didático com o intuito de oferecer a
esses professores possibilidades de vivenciarem atividades artísticas
constituídas de oficinas acompanhadas da construção de referencial teórico
pertinente, a fim de sensibilizar esses profissionais através de vivências nas
quais possam criar e expressar-se artisticamente, levando-os a reconhecerem,
valorizarem e explorarem tanto o seu potencial artístico bem como o de seus
alunos.
Arquivo Pessoal Nilza Boeng/1997
5
_______________________________________________________________
Professores especializados que atuam nas classes do Ensino
Fundamental da Escola Nilza Tartuce Educação Infantil Ensino
Fundamental/Anos Iniciais - Modalidade Educação Especial.
_______________________________________________________________
Os estudos que respaldam este Material Didático mostram que é através
da linguagem artística que a criança exterioriza o modo pelo qual ela vê e
entende a realidade, e, uma vez que a criança com Deficiência Intelectual
apresenta dificuldades em seu desenvolvimento global, em seu comportamento
e em sua capacidade de adequação, entende-se que a sua participação em
atividades artísticas pode favorecer a expressão plástica das sínteses que ela
produz a partir de sua experiência com a realidade. Assim, conclui-se que a
criança que tem acesso ao fazer artístico está tendo oportunidades de
desenvolver habilidades reveladoras da sua estrutura intelectiva ou cognitiva,
como também de seus sentimentos e valores ideais. (LOWENFELD, 1977, p.
18), e que à escola cabe a importante função de dar à criança oportunidades
de viver situações que a levem a apreciar, experimentar, criar e transformar,
pela imaginação concretizada num produto artístico, contribuindo para que ela
desenvolva meios de expressar a sua individualidade, construindo a sua
autonomia. (VALENTE, 1991). Assim, justifica-se a necessidade de oferecer
aos professores vivências em busca da sua expressão artística, levando-os ao
reconhecimento da expressão artística de seus alunos.
6
_______________________________________________________________
GERAL
Sensibilizar aos professores, a partir do seu fazer artístico pela
participação nas oficinas de Desenho, Pintura, Recorte e Colagem,
possibilitando-lhes vivências estéticas bem como o desenvolvimento criativo e
a ampliação do universo cultural, buscando sensibilizá-los para reconhecer,
compreender e valorizar os aspectos estéticos e plásticos em seus trabalhos e,
posteriormente, nos trabalhos de seus alunos.
ESPECÍFICOS
Oficina Desenho: Ampliar e enriquecer o universo expressivo;
Oficina Pintura: Explorar as possibilidades expressivas das cores;
Oficina Recorte/Colagem: Explorar as possibilidades expressivas dos
materiais oferecidos.
_______________________________________________________________
A CRIANÇA E SUA ARTE
Lowenfeld (1977, p. 17/18) acredita que o exercício da expressão artística
desenvolve a criatividade, aprimora as formas de percepção do indivíduo,
possibilita a superação de dificuldades e limitações, ampliando sua
compreensão a respeito de si mesmo e de sua interação com o mundo em que
vive, e, também, que a capacidade de pensar de forma independente e
inventiva favorecida pelas manifestações artísticas não se limita à própria arte.
Trata-se de uma faculdade que o homem utiliza, quando tem oportunidade de
lutar por objetivos melhores e superiores. (LOWENFELD, 1977. P. 17). A
criança expressa primeiramente “o que está pensando” através da expressão
artística, e isso reflete em como ela “vê o mundo” absorvendo-o pela
percepção, e a relação que ela tem com a sua realidade. As produções
7
artísticas são diferentes de uma criança para outra, cada uma representa a
“sua” maneira de como compreende o mundo e o que “lembra” dele.
(LOWENFELD, 1976, p.13). A criança se expressa através do desenho para
representar situações que vivencia, coisas que a afetam no inconsciente e
também coisas que refletem a sua personalidade. Por isso é tão importante o
professor compreender o que ela está querendo dizer, saber “ler” o desenho de
seus alunos. Segundo o autor a criança desenha também
despreocupadamente pouco se importando com o que os adultos vão achar do
seu desenho. Os rabiscos que a criança começa a produzir em torno dos dois
anos de idade são descontrolados, transmitindo apenas como ela está se
sentindo e como ela sente o mundo. Na realidade, esse exercício é essencial
para as crianças e não se deve de modo algum privá-las desse importante
momento. É através desse exercício que ela vai descobrindo que pode
controlar esses movimentos, sentindo grande satisfação. A criança aprimora a
coordenação motora, o que refletirá em outros momentos de sua vida. Elas
permanecem por algum tempo nesta fase de garatujas, conforme o ritmo de
seu desenvolvimento, ficando algumas até os seis anos de idade, evoluindo
para desenhos figurativos, demonstrando uma forma de relacionar os seus
pensamentos às imagens. (LOWENFELD, 1976, p. 92/93). É importante
proporcionar à criança possibilidades diferenciadas para a realização de sua
expressão artística, oferecendo materiais de consistência e texturas diferentes
a fim de enriquecer a sua sensibilidade tátil e satisfazer as suas necessidades
exploratórias. Deve-se oferecer à criança todo tipo de material que favoreça a
sua expressividade, que estimule a sua criatividade, que traga para ela prazer
e satisfação em manuseá-los, possibilitando a sua expressão através da
atividade criadora. (LOWENFELD, 1076, p. 104/105). À medida que a criança
se desenvolve, o simples rabiscar já não a satisfaz mais, o que a leva a buscar
uma relação mais próxima com a realidade, fase em que ela começa a
representar em seus desenhos objetos e cenas do seu cotidiano, pessoas mais
próximas, coisas de que mais gosta, estabelecendo assim, relações com o que
está intimamente ligado a sua participação emocional, seu interesse e seus
impulsos. A melhoria do trabalho criador na criança a partir dos sete anos de
idade se dará na medida em que sua personalidade se desenvolve levando-a a
pensar por si mesma, tendo autoconfiança para encarar e resolver seus
8
próprios problemas. Em torno dos dez anos de idade a relação com os amigos
se destaca, uma vez que ela procura se inserir em um grupo com interesses
similares aos seus, o que favorece o trabalho em grupo e a cooperação com
outros, levando-a a uma maior consciência de sua individualidade e
capacidade. Esta fase de independência social fortalece os laços familiares
levando a criança a se sentir valorizada, expressando-se livremente por saber
que é aceita por seus pais e professores, com os quais poderá contar em
situações difíceis.
CRIATIVIDADE – IMAGINAÇÃO CRIADORA
Ostrower, (1978) diz que o fenômeno criador se define como processos
ordenadores e configuradores e é elaborado nos níveis do ser sensível-cultural-
consciente presentes nos caminhos onde o homem procura captar suas
vivências, podendo integrá-las em formas de comunicação, resultando em sua
produtividade. Relevante para a criação, a tensão psíquica é uma função da
percepção consciente, a qual não se faz sentir apenas fisicamente, pois é
gratificante para o ser que cria a sua amplitude, o sentimento de
enriquecimento da própria produtividade. Criar, portanto, não representa um
esvaziamento pessoal, é uma intensificação do viver, não substitui a realidade,
é uma realidade nova. Como no caso de alguns artistas (Van Gogh, Gauguin,
Munch), cuja criatividade se desenvolveu apesar de graves conflitos
emocionais, não se quer relacionar de forma alguma que o conflito emocional
seja o portador da criatividade, ele apenas indica o controle que o artista
exerceu sobre o seu conflito. (OSTROWER, 1978, p. 24 a 29). O potencial
criador é elaborado no homem através do trabalho, no qual realiza a sua
humanidade. O imaginar apresenta-se como um pensar específico sobre um
fazer concreto, voltado para a materialidade, tornando-se possível somente
através de uma matéria a ser transformada. A imaginação pode ser criativa
desde que se identifique com uma materialidade, criando uma espécie de
afinidade, empatia por ela, sem esquecer-se é claro, da visão global do
indivíduo, ou seja, o seu humanismo, uma vez que cada matéria pode ser
transformada de múltiplas maneiras, sendo o indivíduo que age sobre ela a
partir do seu conhecimento cultural. (OSTROWER, 1978, p. 34/39/40). A
criatividade se manifesta nas crianças no brincar, associar, simbolizar, no
9
“fingir” uma realidade. Para a criança, criar é viver. (OSTROWER, 1978, p.
127). À medida que a criança cresce, seu comportamento se modifica, altera-
se também a sua expressão artística, devido à relação afetiva consigo mesma
e com o mundo exterior. Porém, essa expressão artística ainda apresenta
similaridades ao se aproximar da puberdade. O que muda, enfim, nas diversas
fases são as áreas de experiência e de controle sobre seu mundo infantil. A
criança reflete na sua expressão visual experiências sensório-motoras, pontos,
traços, círculos, espirais na tentativa de dominar os movimentos físicos,
tentando dominar também o meio em que vive. Somente depois de dominar as
formas circulares, que são mais naturais, ela se arrisca a descrever formas
pontudas, pois o ângulo representa uma forma mais agressiva, uma situação
de conflito. Conseguir dominar essas formas tão diferentes é para a criança
uma conquista. A partir daí a criança entra numa fase de figuração simbólica,
explicada como a simbolização de objetos e situações, é o início do
pensamento abstrato na criança e onde ela representa objetos e seres
humanos com suas qualidades estruturais reais. A criança muda o seu modo
de representação à medida que se aproxima da puberdade, tornando-se então
mais analítica, realista, mesmo. Essas alterações na expressividade infantil
correspondem às fases de crescimento físico e psíquico da criança. O ato de
criar é mais do que inovar, é dar forma a um conhecimento novo, integrado em
um contexto global, pois através da criação se intensificam aspectos da
realidade na busca da reformulação dessa realidade. (OSTROWER, 1978, p.
128,129).
FASES DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
Na concepção piagetiana, o desenvolvimento cognitivo é formado por
quatro estádios ou períodos:
O SENSÓRIO-MOTOR (nascimento aos dois anos);
O PRÉ-OPERACIONAL (2 a 7 anos);
O ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS (7 a 12 anos);
O ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES FORMAIS (a partir dos 12 anos).
Cada período define um momento específico do desenvolvimento da
criança e do adolescente, ao longo do qual são construídas as estruturas
cognitivas. À medida que vão aparecendo mudanças qualitativas pressupõe-se
10
um novo estágio que inicia a partir das construções dos estágios anteriores. É
importante notar que, quanto às idades citadas, pode haver uma variação em
função das diferenças individuais e do meio ambiente. Por volta dos sete a oito
anos, quando aparecem as primeiras operações concretas, o jogo simbólico se
adapta progressivamente à realidade simbolizada, ou seja, ocorre uma redução
do símbolo à imagem simples; a imaginação criadora, que é a atividade
assimiladora em estado de espontaneidade, não se debilita de modo algum
com a idade, mas reintegra-se gradualmente na inteligência, a qual se amplia
na mesma proporção. Neste período as ações empreendidas pela criança são
no sentido de organizar o que está presente, de modo concreto. A tendência
para a socialização da forma de pensar o mundo acentua-se ainda mais neste
período em que ela vai desenvolvendo a capacidade de pensar de maneira um
pouco mais lógica, buscando compreender o conteúdo do pensamento alheio,
porém empenhando-se em transmitir o seu próprio pensamento. Pode-se
também destacar ainda como característico desta fase o abandono do
pensamento fantasioso, a necessidade de comprovação empírica das
elaborações mentais e a diminuição de atitudes egocêntricas que podem vir a
ser superadas no estágio seguinte, com a estruturação do pensamento formal.
O último estágio de desenvolvimento mental, na teoria de Piaget denomina-se
Operatório-Formal e sua principal característica é a distinção entre o real e o
possível. Nesta fase o adolescente é capaz de pensar em termos abstratos, de
formular hipóteses e testá-las independentemente da verdade dos fatos.
(PIAGET, 1975, p 345 a 370).
O DESENHO FIGURATIVO DA CRIANÇA
O ESPAÇO GRÁFICO
Segundo Valente no estádio das funções simbólicas (2 a 7 anos), a
criança começa a representar os objetos com imagens e com palavras. Ao ser
solicitada a se expressar, seja por gestos ou por desenhos, ocorre na criança
uma “perturbação” cognitiva a qual ela reage de forma a restituir o “equilíbrio”
da estrutura assimilativa. Essa reação gera um estado de “acomodação” que
criará novos esquemas ou coordenará os já existentes, a fim de realizar o que
lhe foi solicitado. Piaget chamou essas diferenciações de aprendizagem “senso
11
estrito". A aprendizagem senso estrito caracteriza-se por ser o resultado da
experiência lógico-matemática, e se desenvolve no tempo. A aprendizagem
resulta da abstração dos aspectos físicos que constituem um objeto (massa,
peso, volume, forma, tamanho) e da abstração das ações mentais executadas
pela criança sobre o objeto. Para Piaget há uma coerência entre a
aprendizagem senso estrito (experiência) e a aprendizagem pré-operatória
(que não depende da experiência). Assim, acredita-se que o ato de desenhar
deriva de aprendizagem senso estrito. As garatujas iniciais (rabiscos
curvilíneos, rabiscos retilíneos) resultam de uma regulação no ritmo e na
direção do traço aplicado pela criança. Com esse novo esquema espacial a
criança começa a produzir desenhos. O ato de desenhar e a expressão gráfica
realizada pela criança formam o seu universo simbólico. Ao desenhar ela está
trabalhando com imagens e não com conceitos, ela grafa relações entre os
elementos constitutivos das formas bi e tridimensionais, mas depende da
imagem que gerou essas formas. (VALENTE, 2001, p. 38/43). Valente (2001)
diz que, apoiada em Piaget (1978) e Luquet (1978) após a fase das garatujas o
desenho espontâneo da criança apresenta, numa linha evolutiva,
características como a incapacidade sintética (no desenho de uma criança de
três anos e seis meses que representa um homem sob a forma de uma grande
cabeça, acrescida de duas linhas que seriam as pernas e um pequeno tronco,
a cabeça tem dois olhos e um nariz posicionado abaixo da boca); a criança
desenha dessa maneira porque não dispõe ainda dos meios representativos
referentes ao espaço; o realismo intelectual que surge aproximadamente aos
quatro anos leva a criança a desenhar tudo o que está ali, ela desenha tudo o
que sabe sobre o objeto e não somente o que vê do objeto; e o realismo visual
aparece em torno dos oito/nove anos, e mostra a preocupação da criança com
as perspectivas, proporções e medidas ou distâncias, ou seja, o
desenvolvimento da atividade perceptiva propriamente dita, ou seja, a atividade
que vai enquadrar as imagens. (VALENTE, 2001, p. 123/126). Valente (2001)
entende o desenho como uma representação gráfica de uma idéia,
pensamento ou sentimento que a criança procurar expressar. Entendido com
expressão gráfica ele se insere no campo da linguagem, a linguagem
expressiva que expressa significados mediante imagens.
12
Para Valente (1991) a arte enquanto linguagem expressiva tem como finalidade
possibilitar a constituição do sujeito porque mediante o seu discurso artístico o
sujeito formula aquilo que é, para ele, a sua realidade. Ao mesmo tempo a arte
enquanto linguagem expressiva pode comunicar ao outro o modo como esse
sujeito significa a realidade interna ou externa, ou seja, o sujeito expressa
pictoricamente aquilo que, para ele, faz sentido. Entende-se que o processo de
produção artística é em si um processo de conhecimento visto que
compreende uma série de ações/operações conectadas ao sujeito, que
compreende, relaciona, ordena, classifica, transforma e cria. O sujeito participa
ativamente desse processo, percebe a realidade, sua capacidade de
transformar, inovar. Enfim, percebe-se como ser criativo e que seus limites
podem ser superados.
A “práxis plástica” constitui-se numa possibilidade de discursos que se serve
das linguagens expressivas das artes plásticas para que a criança possa
produzir discursos no qual manifeste a sua subjetividade e, assim, constituir-se
como sujeito. A práxis plástica é mais do que meramente uma atividade
plástica realizada pela criança. Ela tem como objetivo principal a expressão da
criança, de modo que essa expressão esteja a serviço da sua autonomia.
Arquivo Pessoal Nilza Boeng/2008
13
_______________________________________________________________
AULAS EXPOSITIVAS – estudo e discussão dos textos selecionados dos
autores: LOWENFELD, OSTROWER, PIAGET E VALENTE.
OFICINAS
OFICINA DESENHO
Atividade 1: Grande Garatuja: Traçar linhas aleatórias em todo o papel
(suporte) com lápis nº 2 e após identificar as formas que surgiram e colorir
com lápis de cor ou giz de cera; interpretar o resultado (visualização de formas
figurativas) da vivência.
Arquivo Pessoal Nilza Boeng/1993
Atividade 2: Cada participante deverá representar através de um
desenho uma vivência do cotidiano (no lar, no trabalho ou em outras situações
vividas); depois cada participante compartilha o seu trabalho com os demais
colegas e cada um tentará identificar o que o colega desenhou.
Arquivo Pessoal Nilza Boeng/1997
14
Atividade 3: Desenhar um rosto com lápis nº 2 e dizer “quem é e por
quê” o desenhou. Escrever no verso como vivenciou a atividade 3.
Arquivo pessoal Nilza Boeng/1997
OFICINA PINTURA
A cor em nossa vida: comentar sobre as cores nos objetos, as sensações
e emoções que elas nos causam, como seria o mundo sem as cores, o
significado das cores no cotidiano, cores prediletas.
Atividade 1: Cada participante realizará uma pintura (livre) utilizando o
material oferecido (tinta guache e pincéis), experimentando as possibilidades
expressivas das cores.
Arquivo Pessoal Nilza Boeng/2006
15
Atividade 2: Pensar em 3 objetos (coisas) de que gosta, desenhá-los e
pintá-los; apresentá-los ao grupo e falar sobre o seu trabalho.
Arquivo Pessoal Nilza Boeng1997/2006
Atividade 3: Apresentar imagens de retratos pintados por grandes
mestres da Pintura para observação e comentários; retomar a atividade 3 da
oficina de Desenho (rosto) e pintar com guache, fazendo algumas alterações, e
explorando a expressividade das cores. Escrever no verso como vivenciou a
atividade 3.
Arquivo pessoal Nilza Boeng/2006
16
OFICINA RECORTE E COLAGEM
Atividade 1: Recortar folhas de jornal em tiras, amassar, enrolar,
“modelar” formas (objetos, árvores, flores, casas, pessoas) e colar sobre o
suporte de papel, formando uma composição figurativa.
Arquivo Pessoal Nilza Boeng/1996 /2008
Atividade 2: Complementar a atividade 1 utilizando rolinhos de papelão
recortados, retalhos de papéis coloridos, EVA e barbantes. Escrever no verso
como vivenciou esta atividade 2.
Arquivo Pessoal Nilza Boeng/1996/2008
17
_______________________________________________________________
.Textos introdutórios a cada oficina (Lowenfeld, 1977; Ostrower, 1978;
Piaget, 1978 e Valente, 2001);
.Linguagens expressivas das artes plásticas:
Desenho - papel (suporte), lápis preto e colorido, giz de cera;
Pintura - papel (suporte), tinta guache, pincel grosso cerda chata
ou redonda;
Recorte e colagem: papel (suporte) com gramatura 160/180g, papéis
de diferentes tipos e cores, EVA, rolinhos de papelão, barbantes coloridos,
tesoura, cola, e outros materiais suplementares.
_______________________________________________________________
1. Estudo e discussão do Texto 1 (Lowenfeld)
Prática: Desenho
2. Estudo e discussão do Texto 2 (Ostrower)
Prática: Pintura
3. Estudo e discussão do Texto 3 (Piaget)
Prática: Recorte e colagem
(Entrega do roteiro da tarefa que os professores vão fazer com seus
alunos e explicitação dos procedimentos para a realização desta
tarefa).
4. Cada professor falará da experiência que teve com a aplicação da
tarefa em sala da aula: a escolha, aplicação da técnica, resultados,
comentários gerais;
5. Aplicação do Questionário semi-estruturado a ser respondido pelos
professores participantes do projeto (respostas por escrito);
6. Exposição dos Trabalhos - Produção Artística - realizados durante
18
a aplicação desta Intervenção Pedagógica, tanto os dos professores
como os dos alunos, resultantes da tarefa aplicada em sala de aula.
7. Conclusão do Projeto – exposição oral da professora PDE sobre o
desenvolvimento da Intervenção, desde a aplicação até o término,
com a utilização de slides.
8. Avaliação de toda a participação no Projeto (itens a ao g).
_______________________________________________________________
1. Questionário (semi-estruturado) – para análise das respostas dadas
pelos professores;
2. Textos - coerência com os objetivos do projeto de Intervenção;
3. Oficinas - visando à mudança de concepção e possibilidades
expressivas; identificação com as linguagens expressivas; as dificuldades
detectadas e soluções encontradas (por escrito num único documento).
_______________________________________________________________
FLAVELL, John H. A Psicologia do Desenvolvimento de Jean Piaget. São
Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1975.
LOWENFELD, Viktor. A criança e sua arte. São Paulo: Mestre Jou, 1977.
___. Desenvolvimento da Capacidade Criadora.São Paulo: Mestre Jou, 1977.
OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis: Vozes,
1978.
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar
Editores, 1978.
19
VALENTE, Tamara da Silveira. Desenho Figurativo: Uma representação
possível do espaço. Campinas, SP: 2001.
___. Arte-Educação: Em busca da autonomia. Vitória, ES: 1991.
21
_______________________________________________________________
TEXTO I
OS PRIMÓRDIOS DA AUTO-EXPRESSÃO: A Fase das Garatujas de 2 a 4
anos - A importância da primeira infância
Páginas 114 a 126.
LIVRO: Desenvolvimento da Capacidade Criadora
Autor Viktor Lowenfeld. Ed. Mestre Jou, 1977.
TEXTO II
CRESCIMENTO E MATURIDADE
Páginas 127 a 130.
LIVRO: Criatividade – Processos de Criação
Autor: Fayga Ostrower. Ed. Vozes/1978
TEXTO III
RESUMO DOS PERÍODOS DE DESENVOLVIMENTO
Página: 85/86
LIVRO: A Psicologia do Desenvolvimento de Jean Piaget.
AUTOR: John H. Flavell. Livraria Pioneira Editora, 1975.