Upload
hoangduong
View
215
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
________________________________________________________________
MARIA VALDEGRACE ALVES VELASCO
A LITERATURA NO ENSINO MÉDIO E A QUEBRA DE TRADIÇÕES
CANÔNICAS
PRIMEIRO DE MAIO 2011
MARIA VALDEGRACE ALVES VELASCO
A LITERATURA NO ENSINO MÉDIO E A QUEBRA DE TRADIÇÕES
CANÔNICAS
“Produção Didática Pedagógica na Escola”, conteúdo experimental atinente ao “Projeto de Intervenção Didática Pedagógica na Escola”, pautado no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE – Formação Continuada – oferecida Pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná aos professores da Rede Pública. Curso administrado pelo Departamento de Letras Vernáculas – Universidade Estadual – Londrina, Coordenado pela professora IES e docente da UEL Doutoranda Ângela Pelizer de Arruda.
Primeiro de Maio
2011
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 3
1.1 TEMA ......................................................................................................................................... 3
1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................ 3
1.3 PÚBLICO ALVO ........................................................................................................................... 4
1.4 OBJETIVOS ................................................................................................................................ 4
1.4.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................................... 4
1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................................ 5
2 PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS ........................................................................... 6
2.1 METODOLOGIA ....................................................................................................... 6
2.2 RECURSOS ............................................................................................................ 6
2.3 TÉCNICAS ............................................................................................................. 6
2.3.1 AMBIENTE PSICOMOTIVACIONAL ........................................................................... 7
2.4 AVALIAÇÕES .......................................................................................................... 10
2.5 RESULTADOS AGUARDADOS ................................................................................... 10
3 CONTEÚDO DE ESTUDO ..................................................................................... 11
3.1 INTRÓITO AO TEMA ................................................................................................. 11
3.2 QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO ................................................................................. 11
3.3 UNIDADES DIDÁTICAS ............................................................................................. 12
3.3.1 Unidade 1 ......................................................................................................... 12
3.3.2 Unidade 2 ......................................................................................................... 17
3.3.3 Unidade 3 ......................................................................................................... 24
3.4 CRONOGRAMA ....................................................................................................... 25
3.5 ATIVIDADES RETROSPECTIVAS FINAIS ...................................................................... 26
4 ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES AO PROFESSOR ................................... 27
5 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO..................................... 28
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 29
3
1 APRESENTAÇÃO
Hoje, ao se abordar o tema leitura, nos meio acadêmicos, até parece que
estamos a dizer que toda a humanidade, a que veio antes de nós, não soube ler,
muitos menos compreender, entender, interpretar textos, em nosso caso, textos
literários. Não resta dúvida que novas teorias sobre o ato de ler surgiram através
dos tempos. Mas nada tão absurdo nem tão espantoso que não se possa atingir.
Este trabalho é resultado do Projeto de Intervenção na Escola, em nosso
caso: administrado pelo Departamento de Letras Vernáculas – Universidade
Estadual – Londrina e Coordenado pela professora IES e docente da UEL
Doutoranda Ângela Pelizer de Arruda, vem de encontro às novas propostas de
ensino de leitura, na tentativa de preencher lacunas do ensino da leitura literária. Ele
tem o propósito de permitir ao aluno o entendimento de qualquer texto com o qual
ele possa se deparar. E, desta forma, tornar a leitura um ato simples, possível,
compreensível e interpretável.
1.1 TEMA
O ensino da literatura no Ensino Médio e a quebra de tradições canônicas
a partir de leituras de contos contemporâneos.
1.2 JUSTIFICATIVA
Considerando os problemas abordados no Projeto de Intervenção
Pedagógica na escola, de modo especial para o ensino noturno, a que sugerimos
práticas docentes experimentais, as que, acreditamos serem solucionadoras dos
referidos problemas, aqui mencionados. Sendo estes: apressamento de conteúdos
devido ao escasso tempo escolar, diante o grande volume de conteúdos a serem
abordados; desconhecimento do tempo do aluno trabalhador e prevalência de
métodos tradicionais, de certa forma, distanciados dos novos moldes das novas
teorias. Tais métodos, nem sempre despertam no aluno, o gosto pela leitura
literária. Esses métodos acima citados, muitas vezes, prejudicam o aprendizado do
aluno, porque, é possível despertar neles, sentimentos de fracasso, colocando-o na
posição de um mero depósito imantado de dados literários. Leituras de textos
4
voltados para questões de vestibulares, proporcionando no aluno o não
discernimento, diante de outros conteúdos, que não só os indicados por vestibular.
Experiência de leitura leva tempo, concentração, ambientação. Este
último, por sua vez, em nossa realidade, nem sempre condiz com o ideal. E estudar,
para se conseguir proveito, exige eficiência de métodos de aprendizagens, uma vez
que o aluno, sobretudo o dos cursos noturnos, dispõe de forma precária e limitada.
O processo tradicional de ensino, também não considera o tempo do
aluno nem o do professor, além de relegada a situação histórica - social e cultural do
estudante de literatura. Tudo isso, leva a escola a se colocar diante do ensino da
literatura com postura bancária: a orientação-mor consiste em um esquema
curricular apressado e não refletido, o que leva à simples memorização de teores
literários, ignorando, deveras, a pessoa do leitor, sua situação sócia cultural, a
organização do seu tempo de leitura disponível e, sobretudo, o ato de aprender e de
dominar o aprendizado da leitura literária.
Espera-se dos experimentos resultantes desta proposta, respaldo
eficiente, isto é, o surgimento de novos e mais elaborados métodos, que nos
coloquem em fuga dos viciosos métodos tradicionais, inda permanentes na escola. E
não só isso: que se crie no aluno, a partir deles, o hábito de ler e o gosto pela leitura
literária.
1.3 PÚBLICO ALVO
Alunos do 3º ano do ensino médio do curso noturno.
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 Objetivo Geral
Trabalhar com recursos didáticos ecléticos com os quais possa aprender
leituras literárias de gênero curto (conto) e contemporâneo, com os quais se dê o
aprendizado para o estudo de literatura em geral: atual, clássica ou canônica.
5
1.4.2 Objetivos Específicos
Sensibilizar-se com ambientes propostos para promover calma e
reflexão necessárias à motivação interior, a qual dinamizará as
leituras desenvolvidas, valorizando o empenho de cada um.
Perfazer leituras de contextualização, para garantir a ausência do
desconhecimento factual do texto. Através dessa contextualização
ocorrerá a facilitação da compreensão e da interpretação textual.
Conhecer o significado das palavras contidas no texto, mas não
familiares ao vocabulário diário, como forma de encontrar pistas de
facilitar a leitura vertical do texto, para entender os mecanismos
cognitivos semióticos nele presentes.
Aprender com o método da redundância ([modificado, renovado, ou
recriado, e readaptado] pautado na revisão de conteúdos
estabelecidos por atividades de colagem, conteúdos registrados no
caderno e através de avaliações), como forma de estimular à fixação
ou memorização necessárias ao processo da aprendizagem de
leitura.
Trabalhar os elementos narrativos, identificados no contexto
linguísticos, temporais, modais, caracterizadores de personagem e
de ambientes, bem como os elementos enunciativos de efeito,
observando os resultados que promovem ao contexto narrativo, em
busca das intenções do autor na trama.
Trabalhar as soluções de situações questionáveis oferecidas pelo
texto, dentro do próprio texto, ou fora dele.
Aprender com exercícios intencionalmente elaborados, para alcançar
determinados objetivos relativos à compreensão e à interpretação
textuais. (Metas e propostas desta Unidade Didática).
Responder a exercícios (incluindo, os avaliativos) que resultem em
registros comprobatórios.
6
2 PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
2.1 METODOLOGIA
Este trabalho se pauta nos procedimentos metodológicos
sociointeracionistas de Bakhtin, nas propostas dialógicas de Roberto Cereja, em
pressupostos da psicologia educacional de J. Mouly. Os incentivos propostos por
Richard Bamberger enriquecem ainda, as práticas deste trabalho, as experiências
da psicologia emocional, desenvolvidas por Augusto Cury e em embasamentos
humanísticos. Exige, para sua prática, princípios hermenêuticos, semióticos e
sociointeracionistas como os contidos nos postulados de Dolz, imbricados na teoria
dos Gêneros, dentre outros.
2.2 RECURSOS
Dentre os recursos serão utilizados em aula:
Livros, textos impressos, caderno de atividades;
Rádio toca cd, com entrada USB, TV multimídia, Internet (laboratório
de informática), aparelho de DVD;
Vídeos bibliográficos, históricos e contos;
2.3 TÉCNICAS
Os primeiros contatos com os alunos serão no sentido de explicar a forma
de estudo e métodos empregados, só assim, a recepção dos conteúdos será
garantida.
Inicialmente pretende-se alterar o ambiente da sala, para que se torne
alegre, relaxante, diferente, psicodinâmico, assim tendendo a influenciar
positivamente o aprendizado. A técnica: “Educando com os olhos: os escultores da
emoção” – Fora da escola a vida exige que nos olhemos de frente, não para termos
medo ou sentirmo-nos ameaçados uns pelos outros, ao contrário, para dizermos que
temos algo em comum: construímos uma história de vida, e que não sejamos
7
tímidos ao mostrarmos a semelhança de nossas emoções, diante de um mesmo
problema ou de uma mesma situação.
Pretendemos com esta técnica atingir as respostas previstas por Augusto
Cury, com a técnica do sentar em U ou em círculo. Em nosso caso, será feita
apenas uma adaptação, pois a numerosa quantidade de aluno por sala de aula,
geralmente não garante bom êxito, uma vez que não se trata do emprego de uma
técnica massificadora, mas de aconchego.
Os educadores são escultores da emoção. Eduquem olhando nos olhos, eduquem com gestos: eles falam tanto quanto as palavras. Sentar em forma de U ou em círculo aquieta o pensamento, melhora a concentração, diminui a ansiedade dos alunos. O clima da sala fica agradável e a interação social dá um grande salto. (CURY, 2003, p.125).
Construir emoções com os olhos através de exposições dialógicas, para
aferir o horizonte de expectativa do aluno leitor (o interesse e o nível de leitura).
2.3.1 Ambiente Psicomotivacional
Sugestões de Ambiente psicomotivacional: uso de paredes
psicodelicamente decoradas com painéis, decoração alegre, sugestivas, usando de
uma combinação relativa de cores, com o propósito de quebrar possíveis
impressões de frieza da cor da sala, e, sobretudo, para expressar movimento,
evitando impressões de engessamento da visão do ambiente.
Sentar em círculo ou em U. [...] O objetivo desta técnica é desenvolver a segurança, promover a educação participativa, melhorar a concentração, diminuir conflitos em sala de aula, diminuir conversas paralelas (CURY, 2003, p. 123).
8
Figura 1 – Croqui demonstrativo1 da parede da sala de aula.
Fonte: autoria própria
Complementando esta proposta de ensino, considera que diante do ato
de ensinar, em sala de aula, o professor não deve ficar de costa para o aluno. Daí as
inúmeras atividades de colagem propostas.
1 Toda parede azul claríssimo luminoso como um o de um dia ensolarado. Painel de isopor com figuras revestidas de T.N.T colorido (usando da dinâmica e do efeito das cores) para contrastar e estabelecer movimento.
9
Figura 2 – Croqui da disposição das carteiras2 em sala de aula.
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA
2 Carteiras encapadas com diversas tonalidades de azul para neutralizar a frieza da cor e da ideia de movimento. Som alegre e erudito, na hora de elaborar atividades reflexivas.
♫
♫
Professor
10
2.4 AVALIAÇÕES
As avaliações serão constantes e contínuas. A avaliação desta proposta
visa conferir resultados ocorrentes no aprendizado do aluno, exteriorizado pela
segurança demonstrada ao realizar as atividades. A segurança implicará habilidades
conseguidas no trato com os conteúdos literários apresentados e, sobretudo com o
ato de ler leituras literárias. Com a conferência dos dados a avaliação funcionará
como instrumento diagnóstico. Reverá, ainda, resultados não obtidos no decorrer do
processo e os motivos pelos que levaram a não consecução dos mesmos. Os
instrumentos de aferição serão entendidos como exercícios, questões atinentes aos
conteúdos, embasados em parâmetros interativos e semióticos.
2.5 RESULTADOS AGUARDADOS
Espera-se que o trabalho em tela desperte motivação, compreensão e a
dedicação do aluno, que ele se envolva com a literatura e saiba distinguir a
influência do ambiente neste estudo, no que tange à compenetração e reflexão. E,
ao despertar a motivação existente dentro dele, favoreça o aprendizado literário,
fazendo-o ver a importância de observar os argumentos das entrelinhas, observando
as marcas linguísticas que demarcam situações circunstâncias estabelecidas pelos
elementos textuais que levam à compreensão e interpretação textuais; isto é,
observar o que não foi escrito pelo o que está escrito. Captar as intenções do autor
partindo do enunciado da instância enunciativa, através de captar as ideologias
expostas no texto. Que se aprimorem no ato de descobrir os mecanismos
semióticos, que perpassam este processo de aprendizado.
11
3 CONTEÚDO DE ESTUDO
3.1 INTRÓITO AO TEMA
Para melhor abordagem do tema, será passado através dos recursos
multimídias um vídeo de um minuto, denominado de “Contos de Melissa3”, direto do
site Youtube.
3.2 QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO
[...] Pratica Social Inicial – consiste, segundo Gasparin (2003) em uma preparação que ambiciona mobilizar o aluno para a construção do conhecimento científico. Representa a leitura inicial da realidade, um primeiro contato com o tema a ser estudado, permitindo ao professor verificar o conhecimento prévio dos alunos em relação ao conteúdo a ser abordado. Interessar-se por aquilo que os alunos já conhecem é uma ocupação prévia do professor sobre o tema a ser desenvolvido. “É um cuidado preliminar que visa saber quais as „pré-ocupações‟ que estão presentes nas mentes e nos sentimentos escolares“. (GASPARIN, 2003 apud FERRAGINI; PERFEITO, 2010, p. 11, grifo do autor).
Seguindo esse pensamento, é necessário sondar os conhecimentos dos
alunos com relação ao gênero conto, para comparar o que o aluno já sabe, e o que
lhe foi acrescentado por essa forma de estudo. Assim, aplica-se o questionário
abaixo, como forma de introdução ao tema.
a) No seu ponto de vista, como você define literatura.
b) Em sua opinião, na escola, para que serve ensinar literatura?
c) Até agora, de que forma você estudou literatura?
d) Que obras (livros) você leu por completo e que atividades você
desenvolveu a partir da obra lida?
e) Você lembra o autor?
f) Com relação à pergunta acima: se realizou alguma atividade, gostaria
de relatá-la?
3 Obtido no endereço: <http://www.youtube.com/watch?v=E3eY84XiJfw>.
12
g) Pelo conhecimento que você possui sobre como estudar literatura,
como deve ser um ambiente, no qual, possam ser desenvolvidas aulas
literárias? Descreva o tal ambiente imaginado por você.
h) Você já leu algum conto? Qual ou quais? Lembra o autor?
i) Usando suas palavras, você sabe dizer o que é um conto?
3.3 UNIDADES DIDÁTICAS
3.3.1 Unidade 1
Atividade prática - A
A.1 Preparações para a recepção da leitura do conto (africano): O dia em
que explodiu Mabata-bata! do autor Mia Couto.
Apresentação do livro do qual o conto foi retirado, Contos africanos
(BRAGANÇA, Albertino et al. Contos africanos dos países de língua portuguesa.
São Paulo: Ática, 2009. p.7-10).
A.2 Pré - Leituras contextuais. Leitura conduzida pelo professor e
comentada por ambos, alunos e professor. Concebida como introdução às
informações sobre o contexto africano, contidas na Apresentação do livro: Contos
africanos, em pauta.
A.2.1 Leitura do texto Por um mar navegam as mesmas palavras, da
autora Rita Chaves. Inserção da biografia da autora Rita Chaves:
Professora de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa da Universidade de São Paulo. Autora das obras A formação do Romance Angolano e Angola e Moçambique: experiência colonial e territórios literários. (CHAVES, 2009, p. 7-10).
A.4 Atividade do formato dobre e cole4
4 Em uma folha que será dada ao aluno para dobrar no local indicado e colar em seu caderno. Facilitando assim a dinâmica da aula.
13
Escreva, em seu caderno, resposta para as questões abaixo.
1) O primeiro e o segundo parágrafos exibem as relações dos cinco
países africanos Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe
estabelecidas com o Brasil. Cite os principais fatores através dos quais essas
relações se estabelecem.
2) Que função política e social a língua portuguesa desenvolve nos cinco
países supra citados?
3) De que nos fala o terceiro parágrafo?
4) O texto contíguo à apresentação acima lida informa que a língua
portuguesa se realiza de formas diferentes, devido alguns fatores e ocorrências
locais. Cite, agrupando, esses fatores e ocorrências.
5) A leitura dos contos africanos, segundo o que nos fala o texto contíguo
ao primeiro, nos transmite muitas informações com relação aos contos africanos.
Inclusive nos passa conhecimentos da vida que se transforma, exigindo novas
linguagens. Usando de um termo condicional, o texto nos sugere uma condição de
aprendizado humanitário (de grande valor humano) nele configurada por dois
substantivos antagônicos. Reproduza esses termos, em seu caderno, dizendo
também, o que o fortalecimento desse aprendizado promete.
6) Tarefa: Colar o mapa do Continente Africano no caderno, destacando
(com lápis em cores) os cinco países que falam a língua portuguesa.
A.5 Filme e filmes relacionados
Exibição do vídeo Mia Couto e Moçambique5, que se encontra disponível
no sítio do Youtube.
A.5.1 Atividade de pesquisa no formato dobre e cole
Em grupo, e em horário possível. No Laboratório de Informática, ou em
casa: pesquise no Youtube os seguintes vídeos:
5 MIA Couto e Moçambique. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=M7Rfm-nPaAc&feature=related>. Acesso em: 22 jul. 2011.
14
África, todos os países http://www.youtube.com/watch?v=mTAF_K5gg4o
São Tomé e Príncipe http://www.youtube.com/watch?v=-TwLAT6bU74
Angola http://www.youtube.com/watch?v=_Dac2RcqQrA
Moçambique http://www.youtube.com/watch?v=YMLalmqM14M
Cabo verde hoje http://videos.sapo.ao/vN0H2QLq9ZE2Su9kAuBn
Guiné Bissau hoje http://www.youtube.com/watch?v=RJR5Gy_ka_o
A.6 Painel interativo
No papel de resposta que cada um recebeu, responda as seguintes
perguntas: Você encontrou alguma semelhança entre a realidade dos países
africanos apresentada pelo filmes com a do Brasil? Em que país ou países, você
identificou tais semelhanças? Quais semelhanças mais comuns percebidas?
(Discuta com seus colegas, atribua à resposta mais adequada e traga-a para ser
colada no painel interativo, na sala de aula)
A.7 Leituras complementares de dois pequenos textos informativos que
antecedem o conto “O dia em que explodiu Mabata-bata!”, no livro Contos Africanos
– dos países de língua portuguesa.
Moçambique (CHAVES, 2009, p.11).
A violência de uma sociedade em guerra [...] (CHAVES, 2009, p. 13).
A.8 Pelos caminhos da metalinguagem: uma porta de entrada para
entendimento do texto. Método dobre e cole.
Os vocábulos seguintes são retirados do conto: O dia em que explodiu
Mabata - bata! Do Autor Mia Couto. Sua leitura será animada por um coro
(Mnemônico vocal), usando de metalinguagem para pré-esclarecer as palavras não
costumeiras à nossa língua. Estas as quais terão o significante falado em voz alta,
pelo professor, que evocará o significado, da parte do aluno, evitando a surpresa
vocabular na próxima leitura do conto em espera.
Atividade de dobre e cole: Quadro Metalingüístico. Este conteúdo
reproduz explicações das Notas Editoriais – de rodapé.
15
1 - Lobolo: dote que o noivo paga aos familiares da noiva para casar-se
com ela. Esse valor leva em conta que, a partir do casamento, a mulher entregará
sua força de trabalho a outro grupo familiar. A cerimônia em que se faz a oferta é
também chamada de lobolo.
2 - Cacimbo: umidade semelhante ao orvalho. Também se chama de
cacimbo o período do ano em que a temperatura cai e a atmosfera fica mais úmida,
o inverno.
3 - Fisga: bodoque; estilingue.
4 - Djam-balau: fruto de cor escura, muito utilizado para fazer uma
espécie de vinho. No Brasil é conhecido como Jamelão.
5 - Micaias: árvore nativa da África tropical, coberta de ramos espinhosos.
6 - Miúdo: Criança, menino.
7 - Gajo: pessoa cujo nome não se sabe ou se que omitir; indivíduo de
reputação ruim.
8 - Chamboqueie: chamboquear, o uso do “chamboco”, isto é, um pedaço
de madeira parecido com uma matraca, para dar uma surra.
A.9. Finalmente, o conto - leitura compartilhada entre alunos e professor:
O dia em que explodiu Mabata-bata! (CHAVES, 2009, p.14-18).
A.10 Comentando o texto. Oralidade.
a) Alguém pode comentar, usando de seus próprios argumentos, como
era a vida do pequeno Azarias?
b) Será que o pequeno Azarias tinha consciência da situação em que
vivia? Justifique.
c) Com que olhar o pequeno pastor via os fatos que ocorriam em seu
redor e, sobretudo, como viu a misteriosa morte do Mabata-bata?
d) Que idéia Raul tinha do sobrinho? E por que o tratava de forma tão
desumana?
A.11 Refletindo o texto lido, para responder as questões dos quadros
abaixo. Dobre e cole.
16
a) O texto lido, não só mostra aspectos de um período belicoso. Como
também expõe o pensamento colonial dominante, ostentado pela sociedade
dominante da época. Esse pensamento é revelado através do tratamento concebido
por um ricaço destinado a um pequeno órfão. Seguindo a linha de raciocínio
configurada nesse pensamento, trace um perfil do comportamento da sociedade
moçambicana dominante, configurada no texto.
b) Considerando o comentário seguinte entre parêntese, estabeleça um
pequeno diálogo, explicando ao pequeno Azarias o motivo da morte do Boi Mabata-
bata, e esclareça sobre o que ele pensava ser a ave do relâmpago. Lembre-se de
que Azarias é uma criança órfã, solitária e iletrado. Merece, portanto, que você faça
uma adaptação de linguagem.
(O pequeno Azarias, em sua pureza infantil, não entendia os
acontecimentos do seu tempo a ponto de desconhecer a causa da morte súbita do
boi Mabata-bata, e de ignorar o potencial fulminante de um bombardeiro a quem
julgava que ser a ave do relâmpago).
c) “Cala-te, Raul. Na tua vida, nem sabes da miséria. [...] Não tens culpa
do boi que morreu. [...]”
A fala de Carolina declara que Raul nunca conheceu miséria. Isso justifica
a forma com a qual ele agia com Azarias?
d) Por que Raul achava que Azarias ia casar com uma vaca? Raul tinha
consciência do que falava?
e) No texto em estudo há um momento em que o capital, os bens
materiais assumem valores maiores que os humanos. Transcreva para seu caderno,
este momento do texto.
f) Segundo o texto, quem sabia das más intenções de Raul perante o
acordo proposto ao pequeno?
g) Azarias acreditou no acordo?
h) Como transcorreu a morte do Azarias?
i) Considere Raul o colonizador e Azarias o colonizado. O texto lido pode
ser considerado uma denúncia das injustiças ocorridas nos tempos bélicos em
Moçambique. O que o autor denuncia?
17
A.11 Atividade Avaliativa. Divida a sala em grupos com igual número de
pessoas. Cada um dos grupos deve organizar um informativo contendo os seguintes
temas:
a) Sobre Mia Couto: organize um resumo, para exposição no painel da
sala. Nestas informações deverão constar: sobre a infância, formação, obras
escritas, importância destas obras para a divulgação da literatura africana. E
atualidade de sua vida, já que Mia Couto é um escritor contemporâneo.
b) Dedique essa mesma organização a informações sobre Moçambique,
falando do avanço da literatura afro-moçambicana.
Referências para consultas:
Biblioteca
Informativos do professor
Internet
Dicas de buscas:
Paz em Moçambique, por Orlando Hoyos. Obtido no endereço:
<http://www.pime.org.br/mundoemissao/atualidadesafricamocambique.htm>
<http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/mia-couto/mia-couto.php>
O que será avaliado?
Escrita boa e legível;
Emprego de recursos gráficos que auxiliam a boa leitura;
Entendimento do contexto em pauta;
Desempenho narrativo;
Apresentação do documento.
3.3.2 Unidade 2
Atividade prática B
18
B.1 Preparando o estudante para receber o conto Luz e sombra de
Caio Fernando Abreu. Apresentação do livro de conto, com o propósito de que ele
conceba, de forma agradável, a ambientação para a leitura do texto de Caio
Fernando
Endereços de Internet sugeridos:
<http://www.pstu.org.br/cultura_materia.asp?id=9039&ida=0.>
<http://pensador.uol.com.br/autor/caio_fernando_abreu/biografia/>
A Prosa – A ficção brasileira a partir da década de 1960 consolida a tendência, já apontada pela geração de 1940-50, de abandonar a abordagem realista. A visão de um mundo complexo e fragmentado manifestou-se na prosa de ficção com a ruptura da narrativa linear e totalizante e com a construção de uma narração desordenada, fragmentária, sem um foco narrativo claramente definido. (CEREJA; COCHAR, 2009.p. 580).
B.2 Leitura do texto Luz e sombra pelo Professor.
B.3 Roteiro de comentários sobre o texto:
O texto de Caio Fernando Abreu, consta de uma literatura conturbada,
ponto de fuga ao mesmismo literário do seu tempo. Como escritor pós-modernista
que foi, sofreu influência de Clarice Lispector, viajando em suas narrativas através
de uma visão psicológica dos acontecimentos literários, no que concerne às atitudes
das personagens. Apresenta, neste conto: Luz e Sombra, um relato psicológico de
um personagem não identificado que enfrenta uma extremada solidão, uma situação
caótica, incomunicável, representada por um cárcere. Estas situações, estranhas e
claustrofóbicas lho provocam enjoo e vômitos. A confusão avoluma-se em sua
mente. O autor pode até está falando de si próprio. Sendo ele portador do vírus HIV,
e tendo vivido em uma época cheia de tabus, de rejeições, os seus contos parecem
soar como uma justificativa à homossexualidade. Fato este que o levava a toda essa
reflexão.
A época globalizada e competitiva também já se faz presente nos textos
do autor, como motivo de promoção de atordoamento, solidão, loucura e tantos
males psicológicos trazidos aos humanos. A solidão expressa e sentida pela
19
personagem pode remeter também à situação política dos anos 70 a 80, de
momento de sua vida em que as pessoas eram obrigadas a serem silenciadas sob
penosas torturas e muitas vezes submetidas a confinamentos, quando não
escapavam de total desaparecimento. A comunicação não existia. A censura era a
coqueluche do momento. E o autor não ficou imune às atrocidades: “Perseguido
pelo DOPS, refugiou-se na casa a escritora Hilda Hist. Exilou-se voluntariamente na
Europa, Espanha, Suécia, Países Baixos, Inglaterra e França, retornando à Porto
Alegre em 1974”. (BIOGRAFIA de Caio Fernando Abreu, 2011).
À vontade demonstrada pela personagem de se encontrar em meio à
turbulenta situação comunicativa, o faz crer que a literatura não se dá conta de estar
vivendo um período infantil, em vez de viver uma situação amadurecida de
comunicação.
A personagem, fisicamente não caracterizada, demonstra grande
perturbação, solidão e pouco entendimento das ocorrências do mundo. Mesmo
assim, há um profundo esforço para encontrar ordem e dar sentido às situações
caóticas. Acredita que se estabelecer ou encontrar ordem e sentido no caos, haverá
um depois e um futuro.
A solidão, o isolamento, a exclusão, o anonimato, situações arredias e os
lugares estranhos indizíveis formam o lugar comum da narrativa.
A tentativa de dar sentido, de encontrar o diferente dentro do velho,
promete grande diferença à literatura a partir da década de 1970.
Não se pode negar que Caio Fernando Abreu viveu os revezes
regressivos daqueles dias, em que a ditadura militar disseminava terror.
Tendo ele mesmo que refugiar-se no sítio de uma amiga. Como já
dissemos acima. Certamente, sua alma de escritor estaria profundamente marcada
pelos fatos que vivenciou.
A perseguição política e o autoritarismo no Brasil, bem como a falta de
comunicação são representados por cárceres e cubículos que reduzem a pessoa
humana ao estágio de animal enjaulado. Configuram-se também tais situações, pelo
descaso como era tratado à pessoa humana pelos seus semelhantes mais
poderosos, ou ainda, a forma pela qual eram vistos os homossexuais da sua época:
“todo dia, alguém enfiou um pedaço de pão pela fresta da porta, uma lata com água,
como se eu fosse um cão”. (ABREU, 1995).
20
Toda solidão promovida pelos exílios dos tempos cruéis, o
aprisionamento involuntário da vida urbana, Presentes estão na literatura de Abreu.
Inclusive lugares estranhos ocupam o lugar, de lugar comum na sua literatura.
A literatura contemporânea de Caio Fernando Abreu, dos tempos libertos,
colocam a solidão, o caos, o sofrimento, a ruptura de comunicação quase como uma
exigência da vida urbana moderna. A expansão de infindáveis de construções fabris
que, de forma contígua e aglomerada se alongam infinitamente.
Contudo, todo esse processo civilizatório e caótico parece levar a pessoa
humana ao anonimato mortificante e à loucura.
Muitos estudiosos acreditam que muitas dessas figuras estão
relacionadas (pelo autor) à própria concepção de literatura sobre a qual procura
formar uma ordem, ainda que fragilizada:
Em outro conto, “Luz e Sombra”, o protagonista é obcecado pelo sentido das coisas. Obviamente, por não ter mais o claro domínio sobre este sentido. Percebe que há algo de errado no lugar onde está. O personagem em vez de resolver o seu lugar, busca a solução para o seu niilismo no adiamento: “Deve haver alguma espécie de sentido ou o que virá depois?”. O sentido e o depois são associados como se o futuro respondesse às questões do presente, como se o momento seguinte justificasse o atual, distanciando o personagem de sua realidade, de seu tempo e espaço, e, portanto, de real interferência no que vive. Assim como o sentido e o depois ocupam espaço de destaque neste conto, a ordenação dos fatos também. O personagem acredita que por uma ordenação lógica, tudo seria melhor. Ele falha várias vezes nesta ordenação lógica, evidenciando a fragilidade dela. Isto, porém, não o perturba. Organiza, ordena, para um futuro que salvará. Ele crê de forma ensandecida no poder da linguagem, no poder dos signos, como se o seu discurso pudesse ser mais forte que o mundo, mais forte que os seus sentimentos, e o salvasse de ter que descobrir a si mesmo. (SILVA, 2001).
Sobre as visões:
As reações mais comuns provocadas pela solidão à personagem é a
loucura. Seus pensamentos alteram-se rapidamente em recordações que, quase
sempre são visões determinadas pela elucubração de seu cérebro. Neste conto Luz
e Sombra, a personagem conta sua vida sob o prisma da loucura que determina
suas lembranças em meio ao esquecimento, entorpecimento mental e sob o prisma
de superação do caos.
21
Primeira visão ocorre em um segundo degrau de certa casa, onde se
encontra sentado, em plena tarde luminosa e quente. Em tais circunstâncias a
personagem revive uma sensação despreocupada de companhia, de tempos
amenos. Possivelmente, esteja retratando a própria e remota infância: pois perdida
nos lençóis do esquecimento, os pensamentos não lhes prestam conta do tempo em
que viveu tal situação. Todavia certifica-se de que havia determinadas certezas
como a de que alguém lhe fará um café e até lhe preparará um banho, deduz ser um
tempo infantil, pelo o fato de o personagem se dar conta de que suas pernas não
têm pelos. Seus pensamentos com relação à adolescência são muito vagos e não
tem certeza se houve, deveras, adolescência em sua vida.
Quando a noite torna tudo opaco, a personagem relata sua estada por
trás da porta, dentro de casa, onde ela parece não se importar com o que vive. Não
se preocupa em identificar os objetos ao seu redor. Demonstra profunda alienação
com relação a tudo e, sobretudo com o tempo dos acontecimentos dessa situação.
Contudo, imagina haver pessoas sentadas à frente da casa, por ouvir vozes, que
aos poucos vão se separando dos gritos agudos dos morcegos que entram pelas
frestas do forro de madeira entrelaçada. Sente bem em tal circunstância, embora
não tenha noção do começo nem do fim dessa sensação. E diante dos silêncios
súbitos das vozes, que deduz ser devido à queda vertical de estrelas. Nesta
perspectiva pode-se se imaginar que a personagem, embora conturbada, consegue
se dá o mínimo de controle e separa a coisa causadora da situação causada.
Desejando ser entendido, recorre ao ponto zero para recomeçar com uma ordem e
sentido novo, com que relata suas lembranças, atormentado pelo cárcere em que
vive (que pode ser em seu próprio espírito) onde a luz e escuridão desenvolve um
papel significante diante do fluxo de sua conturbada consciência.
A luz (ou claridade diurna) que o anima a manter a forte fixação na crença
do que está por vir. Animado apenas pela ocorrência de duas únicas lembranças ou
visões supracitadas age como se o futuro dependesse da ordem e do sentido que
consiga da a sua própria história. E nesta elucubração mental acredita que haverá
um depois. Essa imaginação lhe da esperança e um remoto consolo, garantindo a
ele próprio, através de interminável monólogo, a esperança de conseguir
estabelecer uma ordem (de sentido) à desordem mental e ao sofrimento promovido
pela solidão em que vive. Diante do acalanto que possivelmente lho possam trazer,
as duas visões, desde que ele consiga estabelecer sobre elas uma ordem e um
22
sentido. Essa ordem e esse sentido culminarão em um depois e serão essa ordem e
esse depois que lho asseguram a vontade de viver e a espera de um possível futuro.
São essa ordem e esse depois os principais motivos pelos quais a personagem não
desistia da vida.
No monólogo da personagem, em sua introspecção, aparece um ouvinte
interno a quem ele, a personagem, usando de linguagem referencial lhe destina
algumas perguntas, mas que não deseja saber resposta, nem da chance para que
seu ouvinte interno lhe responda nada, porque a personagem não tem interesse de
saber ou receia ouvir uma resposta que não corresponda às suas expectativas. Ou
ainda, por encontrar-se só, não ousa falar em discurso indireto. Afinal, o silêncio e a
solidão já habitam com ele próprio. E as vozes mudas desse interlocutor, já lhe são
conhecidas: “o nada, o silêncio fóbico”. Mesmo assim, a personagem demonstra
obsessão por saber o que lhe ocorre, e dirige tais pensamentos à busca da
aquisição ou do estabelecimento de uma ordem ou da atribuição de um sentido,
através dos quais acredita haver um depois, ou até mesmo um futuro.
B.4 Interpretando o texto
B.4.1 – Tabuleiros de ideias. Dobre e cole.
O texto está, nesta atividade, observado como constante de 09 (nove)
parágrafos. Cada um com um número x, de linhas. Neste caso, as linhas devem ser
contadas a partir do número um, dentro de cada um dos parágrafos. Ex.
Para sair da rotina cansativa, contundente e enfadonha, bem como para vencer o ostracismo, a personagem resolve olhar em direção diferente, e mesmo sem perceber novidades, descobre que essa nova atitude lhe chega como algo novo, como uma escapatória para vencer seu tédio.
Parágrafo 03 Linhas 05 a 07
a) “Um depois”, “um futuro” dependem exclusivamente de uma ordem de um sentido dados a uma situação caótica e sofrida. Parágrafo _________ Linha Nº_____ b) A prisão reduz o homem ao estágio de animal enjaulado. Parágrafo_________ linha nº________
23
c) Acredita no poder da mensagem ou da comunicação que pretende estabelecer. Na possibilidade de mudança, que essas possam trazer. Parágrafo - Nº_____ Linha Nº ___ d) A prisão impõe o anonimato ao homem. Parágrafo_______ Linha nº________ e) Motivos que evitavam que o autor cometesse suicídio. Parágrafo nº_____ Linha Nº ____ f) Perde a crença em tudo. Não crer que as pessoas possam lhe ouvir e entender sua mensagem. Parágrafo - Nº_____ Linha Nº ___
B.5 Atividade no Laboratório de Informática. Preparação para um debate.
Acesse o sítio http://www.eventos.uevora.pt/comparada, em seguida, índice geral –
procure Silva, Antônio Marcos Moreira da. O lugar incomum no Livro Morangos
Mofados de Caio Fernando Abreu. Faça uma boa leitura a partir da página 3.
Outras linhas de consulta:
Biblioteca
Informativos do professor
Internet:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Caio_Fernando_Abreu
http://www.overmundo.com.br/banco/primeira-biografia-de-caio-
fernando-abreu-uma-analise
E em outros ambientes colaborativos que você conhece.
B.6 Debate. Dobre e cole.
a) A cor verde exercia forte influência sobre a personagem. Que tipo de reação lhe causava? Dê um exemplo disso: b) Em algum momento, esta cor causou efeito benéfico na personagem a ponto de defendê-la. Que situação foi essa? c) Cite, em que momento, a cor verde representou em um objeto ferino para a personagem.
24
d) De que maneira a personagem conseguiu dá ordem as suas idéias? e) Por mais que ele gritasse, não seria ouvido. Por quê? f) Por que a personagem resolveu recomeçar seu monólogo com o seu interlocutor interno, pedindo que apagasse tudo o que ele ouvira até então?
B.7 Atividade Avaliativa - A Comunidade precisa saber: Quem foi Caio
Fernando Abreu?
Organize um resumo, para exposição no painel da sala. Nestas
informações deverão constar: sobre a infância, formação, obras escritas, importância
destas obras para a divulgação da literatura da sua época.
Fale um pouco da vida do autor.
3.3.3 Unidade 3
O texto trabalhado será o conto Piquenique, de Moacyr Scliar. Será
utilizada a mesma técnica, contudo de forma inversa, para despertar a segurança do
estudante, e se resolver sozinho.
Espera-se que com esta técnica, o aluno saiba se conduzir em busca da
contextualização do texto e se mobilize para buscá-la, em sites e bibliotecas.
O professor deve observar e anotar as perguntas feitas pelos alunos e
suas inquietações e preocupações. Deve levar também para a sala de aula farto
material de contextualização do texto. Deve orientá-los, auxiliá-los e conduzi-los ao
laboratório de informática para pesquisar.
C.1 Leitura do Conto.
O professor deverá fazer a leitura, passeando pela sala em U,
acompanhada silenciosamente pelos alunos. Logo em seguida aplica-se o trabalho
com o texto, para que provoquem os alunos a resolvê-lo da forma que lhes aprouver.
C.2 Atividades. Dobre e cole.
25
A história inicia evocando o fim. Logo se percebe que a ordem narrativa
não é linear. O autor vai e volta se alternando os acontecimentos em um jogo de
cenas, avançando e retrocedendo. Até parece que está se pautando em outra
história, para, possivelmente, expor a sua. Ou, talvez, esteja se colocando no lugar
da personagem da história que lê, ou que vê.
“Agora é como um piquenique: estamos no Morro da Viúva, homens, mulheres [...]”
“Ele era novo em nossa cidade; na verdade, nunca tivéramos delegado. Vivíamos
em boa paz, plantando e colhendo nosso soja [...]”
“Um belo dia acordamos e lá estava ele, parado no meio da rua principal, a
espingarda na mão; esperou que uma pequena multidão se formasse a seu redor, e
então anunciou que fora designado para representante da lei na região.”
“Às seis horas da tarde olhei para o delegado, de pé diante da cadeia, o rosto
avermelhado pelo crepúsculo [...]”
“Agora mesmo, sentado aqui, neste dia de abril, fixo os olhos num pedacinho de
papel amarelado que ficou preso entre as pedras e onde se lê [...] no jornal.”
“[...]Hoje pela manhã ELE NOS REUNIU FRENTE À IGREJA: Do adro o homem
alto, espingarda na mão, falou-nos; lembrou o dia em que chegara, não há muito
tempo. “Aqui cheguei para proteger vocês[...]”
a) Pelos fragmentos acima expostos, a história pertence ao gênero
( ) Cinematográfico: Conto de Bang bang ( )Conto Policial ( ) Pertence à literatura de Cordel.
C.3 Escreva em 3 ou 4 linhas, uma cena que ajudou você a concluir
que a sua resposta acima está certa.
3.4 CRONOGRAMA
Aulas previstas:
Agosto 06 aulas
26
Setembro 08 aulas
Outubro 08 aulas
Novembro 04 aulas
Total de aulas previstas 26 aulas incluindo avaliações.
3.5 ATIVIDADES RETROSPECTIVAS FINAIS
Característica estrutural do Gênero Conto. Consulta a documentos:
http://www.artigonal.com/literatura-artigos/o-conto-alguns-aspectos-deste-genero-
literario- Higgie, Carlos
Conto: FERREIRA, Gladys. Especificidade de um gênero literário. 2008.
Disponível em: <http://www.luso-poemas.net/modules/news/article>.
Colagem de conceitos
Como analisar contos - leituras exploratórias
(Humor Contemporâneo: Uma Análise de Contos de Moacyr Scliar).
http://singrandohorizontes.wordpress.com/2010/06/10/angela-maria-pelizer-de-arruda-humor-
contemporaneo-uma-analise-de-contos-de-moacyr-scliar/ ARRUDA, Ângela Maria Pelizer
de.
O estudo do gênero conto será feito após concluir às leituras propostas,
pois o fluxo literário não deve ser interrompido por conteúdos linguísticos. As
exemplificações utilizarão os contos trabalhados, considerando as diferenças
linguísticas e estruturais da linguagem da literatura afro dos países que falam
português.
27
4 ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES AO PROFESSOR
É recomendável ao professor que ao aplicar estas técnicas, fazer um
estudo prévio e aprofundado dos conteúdos a serem apresentados. Em caso de
compreensão e de interpretação de textos literários, no que se refere às leituras
horizontais e verticais, é aconselhável um estudo exploratório do pensamento
predominante e do momento histórico em que vive o autor. É também conveniente
conhecer a vivência do autor: suas lutas ideológicas, suas crises emocionais, ideias
fixas. Deverá ainda, valher-se de bibliografias atinentes a assuntos didáticos e
literários. Consultar sítios e levar os alunos a ampliações de seus horizontes, para
ater-se, realmente ao que o texto diz e ao que o texto quer dizer. As atividades
devem ser elaboradas de forma que o aluno entenda o que está sendo perguntado.
Elas (as atividades) devem ater-se às pistas textuais, para que ele (o aluno) entenda
o fundamento das questões, e não seja submetido a situações adivinhatórias ou
defrontar-se com desmotivantes quebra – cabeças. No que tange às impressões que
o aluno deve ter do ato de estudar, devem estar incluídas na relação de sentimentos
de descontração, leveza e aconchego e responsabilidade. Convém ainda salientar
que, neste trabalho, responsabilidade não está atrelada à neurose, ameaças e
correrias.
Este trabalho registra algumas obras de conteúdos profundos e práticos.
(vide referência bibliográfica).
28
5 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO
O material didático aqui proposto passará por rigorosa e criteriosa
avaliação, durante e depois do seu emprego. Esta avaliação vai constar de
observações, questionários ao próprio professor, para que sejam medidas as
repercussões, respostas esperadas, aceitação e o aproveitamento por parte do
aluno. A escola também será questionada.
O ambiente e as técnicas também terão seus efeitos abalizados de
acordo com as propostas apresentadas.
29
REFERÊNCIAS
ABREU, Caio Fernando. Morangos Mofados. 9. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
AMARAL, Cláudia Marinho do. A literatura no ensino médio: críticas e perspectivas. Jequié: Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 2009.
ARRUDA, Ângela Maria Pelizer de. (Humor Contemporâneo: Uma Análise de Contos de Moacyr Scliar). http://singrandohorizontes.wordpress.com/2010/06/10/angela-maria-pelizer-de-arruda-humor-contemporaneo-uma-analise-de-contos-de-moacyr-scliar/ BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. 12. ed. São Paulo: Hucitec, 2006.
BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito da leitura. 7. ed. São Paulo: Ática, 2006.
BIOGRAFIA de Caio Fernando Abreu. Disponível em: <http://pensador.uol.com.br/autor/caio_fernando_abreu/biografia/.> Acesso em: 22 jul. 2011.
BRAGANÇA, Albertino et al. Contos africanos dos países de língua portuguesa. São Paulo: Ática, 2009.
CAIO FERNANDO ABREU. In: WIKIPÉDIA, A enciclopédia livre. Disponível em: <http://www.overmundo.com.br/banco/primeira-biografia-de-caio-fernando-abreu-uma-analise >. Acesso em: 3 ago. 2011.
CEREJA, William Roberto. Ensaio de literatura: uma proposta dialógica para o trabalho com literatura. São Paulo: Atual, 2005.
CEREJA, William Roberto; COCHAR, Thereza. Literatura brasileira em diálogo com outras literaturas e outras linguagens. São Paulo: Atual, 2009.
CURY, Augusto. Contos de Melissa. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=E3eY84XiJfw >. Acesso em: 22 de jul.2011.
______. Pais brilhantes: professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.
DOLZ, Joaquim. De que adianta conhecer o código, se não entende o texto? Entrevista concedida a Luiz Henrique Gurgel. 2010. Disponível em: <http://www.escrevendo.cenpec.org.br/ecf/index.php?option=com_content&view=article&id=16825&catid=16:entrevistas&Itemid=149>. Acesso em: 30 abr. 2011.
FERRAGINI, Neluana Leuz de Oliveira; PERFEITO, Alba Maria. Manuais das etiquetas. Palhoça, 2010.
FERREIRA, Gladys. Conto: especificidade de um gênero literário. 2008. Disponível em: <http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=42316>. Acesso em: 3 maio 2011.
30
HIGGIE, Carlos. Disponível em: <http://www.artigonal.com/literatura-artigos/o-conto-alguns-aspectos-deste-genero-literario. Acesso em: 06 de jul. 2011.
HOYOS, Orlando. Mia Couto. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/mia-couto/mia-couto.php >. Acesso em: 15 jul. 2011.
_______ . Paz em Moçambique. Disponível em: <http://www.pime.org.br/mundoemissao/atualidadesafricamocambique.htm>. Acesso em: 15 jul. 2011.
JAUSS, Hans Robert. A história da literatura como provocação à teoria literária. Tradução de Sérgio Tellaroli. São Paulo: Ativa, 1994.
LAJOLO, Marisa. O que é Literatura. 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984. (Primeiros Passos).
MIA Couto e Moçambique. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=M7Rfm-nPaAc&feature=related>. Acesso em: 22 jul. 2011.
NASCIMENTO, Elvira Lopes et al. Gêneros textuais. São Carlos: Claraluz, 2009.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.
SARAIVA, Assmann Juracy; MUGGE, Ernani. Literatura na escola - propostas para o ensino fundamental. Porto Alegre: Artmed, 2006.
SCLIAR, Moacyr et al. Piquenique. 12. ed. São Paulo: Ática, 2011. (Coleção Para Gostar de Ler, v. 13).
SILVA, Antônio Marcos Moreira da. O Lugar incomum no Livro Morangos Mofados de Caio Fernando Abreu. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE LITERATURA COMPARADA, 4., 2001, Évora. Anais... Évora, 2001. Disponível em: <http://www.eventos.uevora.pt/comparada/VolumeI/O%20LUGAR%20INCOMUM%20NO%20LIVRO%20MORANGOS%20MOFADOS.pdf>. Acesso em: 2 ago. 2011.
SILVA, João Paulo. A grande solidão urbana de Caio Fernando Abreu. Disponível em: < http://www.pstu.org.br/cultura_materia.asp?id=9039&ida=0>. Acesso em: 22 jul. 2011.
SOUSA, Alexandre. Primeira biografia de Caio Fernando Abreu: uma análise. Disponível em: <http://www.overmundo.com.br/banco/primeira-biografia-de-caio-fernando-abreu-uma-analise >. Acesso em: 3 ago. 2011.