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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO · pensamento, melhora a concentração, diminui a ansiedade dos alunos. O clima da sala fica agradável e a interação social dá um grande salto

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

________________________________________________________________

MARIA VALDEGRACE ALVES VELASCO

A LITERATURA NO ENSINO MÉDIO E A QUEBRA DE TRADIÇÕES

CANÔNICAS

PRIMEIRO DE MAIO 2011

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MARIA VALDEGRACE ALVES VELASCO

A LITERATURA NO ENSINO MÉDIO E A QUEBRA DE TRADIÇÕES

CANÔNICAS

“Produção Didática Pedagógica na Escola”, conteúdo experimental atinente ao “Projeto de Intervenção Didática Pedagógica na Escola”, pautado no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE – Formação Continuada – oferecida Pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná aos professores da Rede Pública. Curso administrado pelo Departamento de Letras Vernáculas – Universidade Estadual – Londrina, Coordenado pela professora IES e docente da UEL Doutoranda Ângela Pelizer de Arruda.

Primeiro de Maio

2011

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 3

1.1 TEMA ......................................................................................................................................... 3

1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................ 3

1.3 PÚBLICO ALVO ........................................................................................................................... 4

1.4 OBJETIVOS ................................................................................................................................ 4

1.4.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................................... 4

1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................................ 5

2 PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS ........................................................................... 6

2.1 METODOLOGIA ....................................................................................................... 6

2.2 RECURSOS ............................................................................................................ 6

2.3 TÉCNICAS ............................................................................................................. 6

2.3.1 AMBIENTE PSICOMOTIVACIONAL ........................................................................... 7

2.4 AVALIAÇÕES .......................................................................................................... 10

2.5 RESULTADOS AGUARDADOS ................................................................................... 10

3 CONTEÚDO DE ESTUDO ..................................................................................... 11

3.1 INTRÓITO AO TEMA ................................................................................................. 11

3.2 QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO ................................................................................. 11

3.3 UNIDADES DIDÁTICAS ............................................................................................. 12

3.3.1 Unidade 1 ......................................................................................................... 12

3.3.2 Unidade 2 ......................................................................................................... 17

3.3.3 Unidade 3 ......................................................................................................... 24

3.4 CRONOGRAMA ....................................................................................................... 25

3.5 ATIVIDADES RETROSPECTIVAS FINAIS ...................................................................... 26

4 ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES AO PROFESSOR ................................... 27

5 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO..................................... 28

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 29

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1 APRESENTAÇÃO

Hoje, ao se abordar o tema leitura, nos meio acadêmicos, até parece que

estamos a dizer que toda a humanidade, a que veio antes de nós, não soube ler,

muitos menos compreender, entender, interpretar textos, em nosso caso, textos

literários. Não resta dúvida que novas teorias sobre o ato de ler surgiram através

dos tempos. Mas nada tão absurdo nem tão espantoso que não se possa atingir.

Este trabalho é resultado do Projeto de Intervenção na Escola, em nosso

caso: administrado pelo Departamento de Letras Vernáculas – Universidade

Estadual – Londrina e Coordenado pela professora IES e docente da UEL

Doutoranda Ângela Pelizer de Arruda, vem de encontro às novas propostas de

ensino de leitura, na tentativa de preencher lacunas do ensino da leitura literária. Ele

tem o propósito de permitir ao aluno o entendimento de qualquer texto com o qual

ele possa se deparar. E, desta forma, tornar a leitura um ato simples, possível,

compreensível e interpretável.

1.1 TEMA

O ensino da literatura no Ensino Médio e a quebra de tradições canônicas

a partir de leituras de contos contemporâneos.

1.2 JUSTIFICATIVA

Considerando os problemas abordados no Projeto de Intervenção

Pedagógica na escola, de modo especial para o ensino noturno, a que sugerimos

práticas docentes experimentais, as que, acreditamos serem solucionadoras dos

referidos problemas, aqui mencionados. Sendo estes: apressamento de conteúdos

devido ao escasso tempo escolar, diante o grande volume de conteúdos a serem

abordados; desconhecimento do tempo do aluno trabalhador e prevalência de

métodos tradicionais, de certa forma, distanciados dos novos moldes das novas

teorias. Tais métodos, nem sempre despertam no aluno, o gosto pela leitura

literária. Esses métodos acima citados, muitas vezes, prejudicam o aprendizado do

aluno, porque, é possível despertar neles, sentimentos de fracasso, colocando-o na

posição de um mero depósito imantado de dados literários. Leituras de textos

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voltados para questões de vestibulares, proporcionando no aluno o não

discernimento, diante de outros conteúdos, que não só os indicados por vestibular.

Experiência de leitura leva tempo, concentração, ambientação. Este

último, por sua vez, em nossa realidade, nem sempre condiz com o ideal. E estudar,

para se conseguir proveito, exige eficiência de métodos de aprendizagens, uma vez

que o aluno, sobretudo o dos cursos noturnos, dispõe de forma precária e limitada.

O processo tradicional de ensino, também não considera o tempo do

aluno nem o do professor, além de relegada a situação histórica - social e cultural do

estudante de literatura. Tudo isso, leva a escola a se colocar diante do ensino da

literatura com postura bancária: a orientação-mor consiste em um esquema

curricular apressado e não refletido, o que leva à simples memorização de teores

literários, ignorando, deveras, a pessoa do leitor, sua situação sócia cultural, a

organização do seu tempo de leitura disponível e, sobretudo, o ato de aprender e de

dominar o aprendizado da leitura literária.

Espera-se dos experimentos resultantes desta proposta, respaldo

eficiente, isto é, o surgimento de novos e mais elaborados métodos, que nos

coloquem em fuga dos viciosos métodos tradicionais, inda permanentes na escola. E

não só isso: que se crie no aluno, a partir deles, o hábito de ler e o gosto pela leitura

literária.

1.3 PÚBLICO ALVO

Alunos do 3º ano do ensino médio do curso noturno.

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

Trabalhar com recursos didáticos ecléticos com os quais possa aprender

leituras literárias de gênero curto (conto) e contemporâneo, com os quais se dê o

aprendizado para o estudo de literatura em geral: atual, clássica ou canônica.

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1.4.2 Objetivos Específicos

Sensibilizar-se com ambientes propostos para promover calma e

reflexão necessárias à motivação interior, a qual dinamizará as

leituras desenvolvidas, valorizando o empenho de cada um.

Perfazer leituras de contextualização, para garantir a ausência do

desconhecimento factual do texto. Através dessa contextualização

ocorrerá a facilitação da compreensão e da interpretação textual.

Conhecer o significado das palavras contidas no texto, mas não

familiares ao vocabulário diário, como forma de encontrar pistas de

facilitar a leitura vertical do texto, para entender os mecanismos

cognitivos semióticos nele presentes.

Aprender com o método da redundância ([modificado, renovado, ou

recriado, e readaptado] pautado na revisão de conteúdos

estabelecidos por atividades de colagem, conteúdos registrados no

caderno e através de avaliações), como forma de estimular à fixação

ou memorização necessárias ao processo da aprendizagem de

leitura.

Trabalhar os elementos narrativos, identificados no contexto

linguísticos, temporais, modais, caracterizadores de personagem e

de ambientes, bem como os elementos enunciativos de efeito,

observando os resultados que promovem ao contexto narrativo, em

busca das intenções do autor na trama.

Trabalhar as soluções de situações questionáveis oferecidas pelo

texto, dentro do próprio texto, ou fora dele.

Aprender com exercícios intencionalmente elaborados, para alcançar

determinados objetivos relativos à compreensão e à interpretação

textuais. (Metas e propostas desta Unidade Didática).

Responder a exercícios (incluindo, os avaliativos) que resultem em

registros comprobatórios.

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2 PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS

2.1 METODOLOGIA

Este trabalho se pauta nos procedimentos metodológicos

sociointeracionistas de Bakhtin, nas propostas dialógicas de Roberto Cereja, em

pressupostos da psicologia educacional de J. Mouly. Os incentivos propostos por

Richard Bamberger enriquecem ainda, as práticas deste trabalho, as experiências

da psicologia emocional, desenvolvidas por Augusto Cury e em embasamentos

humanísticos. Exige, para sua prática, princípios hermenêuticos, semióticos e

sociointeracionistas como os contidos nos postulados de Dolz, imbricados na teoria

dos Gêneros, dentre outros.

2.2 RECURSOS

Dentre os recursos serão utilizados em aula:

Livros, textos impressos, caderno de atividades;

Rádio toca cd, com entrada USB, TV multimídia, Internet (laboratório

de informática), aparelho de DVD;

Vídeos bibliográficos, históricos e contos;

2.3 TÉCNICAS

Os primeiros contatos com os alunos serão no sentido de explicar a forma

de estudo e métodos empregados, só assim, a recepção dos conteúdos será

garantida.

Inicialmente pretende-se alterar o ambiente da sala, para que se torne

alegre, relaxante, diferente, psicodinâmico, assim tendendo a influenciar

positivamente o aprendizado. A técnica: “Educando com os olhos: os escultores da

emoção” – Fora da escola a vida exige que nos olhemos de frente, não para termos

medo ou sentirmo-nos ameaçados uns pelos outros, ao contrário, para dizermos que

temos algo em comum: construímos uma história de vida, e que não sejamos

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tímidos ao mostrarmos a semelhança de nossas emoções, diante de um mesmo

problema ou de uma mesma situação.

Pretendemos com esta técnica atingir as respostas previstas por Augusto

Cury, com a técnica do sentar em U ou em círculo. Em nosso caso, será feita

apenas uma adaptação, pois a numerosa quantidade de aluno por sala de aula,

geralmente não garante bom êxito, uma vez que não se trata do emprego de uma

técnica massificadora, mas de aconchego.

Os educadores são escultores da emoção. Eduquem olhando nos olhos, eduquem com gestos: eles falam tanto quanto as palavras. Sentar em forma de U ou em círculo aquieta o pensamento, melhora a concentração, diminui a ansiedade dos alunos. O clima da sala fica agradável e a interação social dá um grande salto. (CURY, 2003, p.125).

Construir emoções com os olhos através de exposições dialógicas, para

aferir o horizonte de expectativa do aluno leitor (o interesse e o nível de leitura).

2.3.1 Ambiente Psicomotivacional

Sugestões de Ambiente psicomotivacional: uso de paredes

psicodelicamente decoradas com painéis, decoração alegre, sugestivas, usando de

uma combinação relativa de cores, com o propósito de quebrar possíveis

impressões de frieza da cor da sala, e, sobretudo, para expressar movimento,

evitando impressões de engessamento da visão do ambiente.

Sentar em círculo ou em U. [...] O objetivo desta técnica é desenvolver a segurança, promover a educação participativa, melhorar a concentração, diminuir conflitos em sala de aula, diminuir conversas paralelas (CURY, 2003, p. 123).

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Figura 1 – Croqui demonstrativo1 da parede da sala de aula.

Fonte: autoria própria

Complementando esta proposta de ensino, considera que diante do ato

de ensinar, em sala de aula, o professor não deve ficar de costa para o aluno. Daí as

inúmeras atividades de colagem propostas.

1 Toda parede azul claríssimo luminoso como um o de um dia ensolarado. Painel de isopor com figuras revestidas de T.N.T colorido (usando da dinâmica e do efeito das cores) para contrastar e estabelecer movimento.

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Figura 2 – Croqui da disposição das carteiras2 em sala de aula.

FONTE: AUTORIA PRÓPRIA

2 Carteiras encapadas com diversas tonalidades de azul para neutralizar a frieza da cor e da ideia de movimento. Som alegre e erudito, na hora de elaborar atividades reflexivas.

Professor

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2.4 AVALIAÇÕES

As avaliações serão constantes e contínuas. A avaliação desta proposta

visa conferir resultados ocorrentes no aprendizado do aluno, exteriorizado pela

segurança demonstrada ao realizar as atividades. A segurança implicará habilidades

conseguidas no trato com os conteúdos literários apresentados e, sobretudo com o

ato de ler leituras literárias. Com a conferência dos dados a avaliação funcionará

como instrumento diagnóstico. Reverá, ainda, resultados não obtidos no decorrer do

processo e os motivos pelos que levaram a não consecução dos mesmos. Os

instrumentos de aferição serão entendidos como exercícios, questões atinentes aos

conteúdos, embasados em parâmetros interativos e semióticos.

2.5 RESULTADOS AGUARDADOS

Espera-se que o trabalho em tela desperte motivação, compreensão e a

dedicação do aluno, que ele se envolva com a literatura e saiba distinguir a

influência do ambiente neste estudo, no que tange à compenetração e reflexão. E,

ao despertar a motivação existente dentro dele, favoreça o aprendizado literário,

fazendo-o ver a importância de observar os argumentos das entrelinhas, observando

as marcas linguísticas que demarcam situações circunstâncias estabelecidas pelos

elementos textuais que levam à compreensão e interpretação textuais; isto é,

observar o que não foi escrito pelo o que está escrito. Captar as intenções do autor

partindo do enunciado da instância enunciativa, através de captar as ideologias

expostas no texto. Que se aprimorem no ato de descobrir os mecanismos

semióticos, que perpassam este processo de aprendizado.

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3 CONTEÚDO DE ESTUDO

3.1 INTRÓITO AO TEMA

Para melhor abordagem do tema, será passado através dos recursos

multimídias um vídeo de um minuto, denominado de “Contos de Melissa3”, direto do

site Youtube.

3.2 QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO

[...] Pratica Social Inicial – consiste, segundo Gasparin (2003) em uma preparação que ambiciona mobilizar o aluno para a construção do conhecimento científico. Representa a leitura inicial da realidade, um primeiro contato com o tema a ser estudado, permitindo ao professor verificar o conhecimento prévio dos alunos em relação ao conteúdo a ser abordado. Interessar-se por aquilo que os alunos já conhecem é uma ocupação prévia do professor sobre o tema a ser desenvolvido. “É um cuidado preliminar que visa saber quais as „pré-ocupações‟ que estão presentes nas mentes e nos sentimentos escolares“. (GASPARIN, 2003 apud FERRAGINI; PERFEITO, 2010, p. 11, grifo do autor).

Seguindo esse pensamento, é necessário sondar os conhecimentos dos

alunos com relação ao gênero conto, para comparar o que o aluno já sabe, e o que

lhe foi acrescentado por essa forma de estudo. Assim, aplica-se o questionário

abaixo, como forma de introdução ao tema.

a) No seu ponto de vista, como você define literatura.

b) Em sua opinião, na escola, para que serve ensinar literatura?

c) Até agora, de que forma você estudou literatura?

d) Que obras (livros) você leu por completo e que atividades você

desenvolveu a partir da obra lida?

e) Você lembra o autor?

f) Com relação à pergunta acima: se realizou alguma atividade, gostaria

de relatá-la?

3 Obtido no endereço: <http://www.youtube.com/watch?v=E3eY84XiJfw>.

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g) Pelo conhecimento que você possui sobre como estudar literatura,

como deve ser um ambiente, no qual, possam ser desenvolvidas aulas

literárias? Descreva o tal ambiente imaginado por você.

h) Você já leu algum conto? Qual ou quais? Lembra o autor?

i) Usando suas palavras, você sabe dizer o que é um conto?

3.3 UNIDADES DIDÁTICAS

3.3.1 Unidade 1

Atividade prática - A

A.1 Preparações para a recepção da leitura do conto (africano): O dia em

que explodiu Mabata-bata! do autor Mia Couto.

Apresentação do livro do qual o conto foi retirado, Contos africanos

(BRAGANÇA, Albertino et al. Contos africanos dos países de língua portuguesa.

São Paulo: Ática, 2009. p.7-10).

A.2 Pré - Leituras contextuais. Leitura conduzida pelo professor e

comentada por ambos, alunos e professor. Concebida como introdução às

informações sobre o contexto africano, contidas na Apresentação do livro: Contos

africanos, em pauta.

A.2.1 Leitura do texto Por um mar navegam as mesmas palavras, da

autora Rita Chaves. Inserção da biografia da autora Rita Chaves:

Professora de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa da Universidade de São Paulo. Autora das obras A formação do Romance Angolano e Angola e Moçambique: experiência colonial e territórios literários. (CHAVES, 2009, p. 7-10).

A.4 Atividade do formato dobre e cole4

4 Em uma folha que será dada ao aluno para dobrar no local indicado e colar em seu caderno. Facilitando assim a dinâmica da aula.

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Escreva, em seu caderno, resposta para as questões abaixo.

1) O primeiro e o segundo parágrafos exibem as relações dos cinco

países africanos Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe

estabelecidas com o Brasil. Cite os principais fatores através dos quais essas

relações se estabelecem.

2) Que função política e social a língua portuguesa desenvolve nos cinco

países supra citados?

3) De que nos fala o terceiro parágrafo?

4) O texto contíguo à apresentação acima lida informa que a língua

portuguesa se realiza de formas diferentes, devido alguns fatores e ocorrências

locais. Cite, agrupando, esses fatores e ocorrências.

5) A leitura dos contos africanos, segundo o que nos fala o texto contíguo

ao primeiro, nos transmite muitas informações com relação aos contos africanos.

Inclusive nos passa conhecimentos da vida que se transforma, exigindo novas

linguagens. Usando de um termo condicional, o texto nos sugere uma condição de

aprendizado humanitário (de grande valor humano) nele configurada por dois

substantivos antagônicos. Reproduza esses termos, em seu caderno, dizendo

também, o que o fortalecimento desse aprendizado promete.

6) Tarefa: Colar o mapa do Continente Africano no caderno, destacando

(com lápis em cores) os cinco países que falam a língua portuguesa.

A.5 Filme e filmes relacionados

Exibição do vídeo Mia Couto e Moçambique5, que se encontra disponível

no sítio do Youtube.

A.5.1 Atividade de pesquisa no formato dobre e cole

Em grupo, e em horário possível. No Laboratório de Informática, ou em

casa: pesquise no Youtube os seguintes vídeos:

5 MIA Couto e Moçambique. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=M7Rfm-nPaAc&feature=related>. Acesso em: 22 jul. 2011.

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África, todos os países http://www.youtube.com/watch?v=mTAF_K5gg4o

São Tomé e Príncipe http://www.youtube.com/watch?v=-TwLAT6bU74

Angola http://www.youtube.com/watch?v=_Dac2RcqQrA

Moçambique http://www.youtube.com/watch?v=YMLalmqM14M

Cabo verde hoje http://videos.sapo.ao/vN0H2QLq9ZE2Su9kAuBn

Guiné Bissau hoje http://www.youtube.com/watch?v=RJR5Gy_ka_o

A.6 Painel interativo

No papel de resposta que cada um recebeu, responda as seguintes

perguntas: Você encontrou alguma semelhança entre a realidade dos países

africanos apresentada pelo filmes com a do Brasil? Em que país ou países, você

identificou tais semelhanças? Quais semelhanças mais comuns percebidas?

(Discuta com seus colegas, atribua à resposta mais adequada e traga-a para ser

colada no painel interativo, na sala de aula)

A.7 Leituras complementares de dois pequenos textos informativos que

antecedem o conto “O dia em que explodiu Mabata-bata!”, no livro Contos Africanos

– dos países de língua portuguesa.

Moçambique (CHAVES, 2009, p.11).

A violência de uma sociedade em guerra [...] (CHAVES, 2009, p. 13).

A.8 Pelos caminhos da metalinguagem: uma porta de entrada para

entendimento do texto. Método dobre e cole.

Os vocábulos seguintes são retirados do conto: O dia em que explodiu

Mabata - bata! Do Autor Mia Couto. Sua leitura será animada por um coro

(Mnemônico vocal), usando de metalinguagem para pré-esclarecer as palavras não

costumeiras à nossa língua. Estas as quais terão o significante falado em voz alta,

pelo professor, que evocará o significado, da parte do aluno, evitando a surpresa

vocabular na próxima leitura do conto em espera.

Atividade de dobre e cole: Quadro Metalingüístico. Este conteúdo

reproduz explicações das Notas Editoriais – de rodapé.

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1 - Lobolo: dote que o noivo paga aos familiares da noiva para casar-se

com ela. Esse valor leva em conta que, a partir do casamento, a mulher entregará

sua força de trabalho a outro grupo familiar. A cerimônia em que se faz a oferta é

também chamada de lobolo.

2 - Cacimbo: umidade semelhante ao orvalho. Também se chama de

cacimbo o período do ano em que a temperatura cai e a atmosfera fica mais úmida,

o inverno.

3 - Fisga: bodoque; estilingue.

4 - Djam-balau: fruto de cor escura, muito utilizado para fazer uma

espécie de vinho. No Brasil é conhecido como Jamelão.

5 - Micaias: árvore nativa da África tropical, coberta de ramos espinhosos.

6 - Miúdo: Criança, menino.

7 - Gajo: pessoa cujo nome não se sabe ou se que omitir; indivíduo de

reputação ruim.

8 - Chamboqueie: chamboquear, o uso do “chamboco”, isto é, um pedaço

de madeira parecido com uma matraca, para dar uma surra.

A.9. Finalmente, o conto - leitura compartilhada entre alunos e professor:

O dia em que explodiu Mabata-bata! (CHAVES, 2009, p.14-18).

A.10 Comentando o texto. Oralidade.

a) Alguém pode comentar, usando de seus próprios argumentos, como

era a vida do pequeno Azarias?

b) Será que o pequeno Azarias tinha consciência da situação em que

vivia? Justifique.

c) Com que olhar o pequeno pastor via os fatos que ocorriam em seu

redor e, sobretudo, como viu a misteriosa morte do Mabata-bata?

d) Que idéia Raul tinha do sobrinho? E por que o tratava de forma tão

desumana?

A.11 Refletindo o texto lido, para responder as questões dos quadros

abaixo. Dobre e cole.

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a) O texto lido, não só mostra aspectos de um período belicoso. Como

também expõe o pensamento colonial dominante, ostentado pela sociedade

dominante da época. Esse pensamento é revelado através do tratamento concebido

por um ricaço destinado a um pequeno órfão. Seguindo a linha de raciocínio

configurada nesse pensamento, trace um perfil do comportamento da sociedade

moçambicana dominante, configurada no texto.

b) Considerando o comentário seguinte entre parêntese, estabeleça um

pequeno diálogo, explicando ao pequeno Azarias o motivo da morte do Boi Mabata-

bata, e esclareça sobre o que ele pensava ser a ave do relâmpago. Lembre-se de

que Azarias é uma criança órfã, solitária e iletrado. Merece, portanto, que você faça

uma adaptação de linguagem.

(O pequeno Azarias, em sua pureza infantil, não entendia os

acontecimentos do seu tempo a ponto de desconhecer a causa da morte súbita do

boi Mabata-bata, e de ignorar o potencial fulminante de um bombardeiro a quem

julgava que ser a ave do relâmpago).

c) “Cala-te, Raul. Na tua vida, nem sabes da miséria. [...] Não tens culpa

do boi que morreu. [...]”

A fala de Carolina declara que Raul nunca conheceu miséria. Isso justifica

a forma com a qual ele agia com Azarias?

d) Por que Raul achava que Azarias ia casar com uma vaca? Raul tinha

consciência do que falava?

e) No texto em estudo há um momento em que o capital, os bens

materiais assumem valores maiores que os humanos. Transcreva para seu caderno,

este momento do texto.

f) Segundo o texto, quem sabia das más intenções de Raul perante o

acordo proposto ao pequeno?

g) Azarias acreditou no acordo?

h) Como transcorreu a morte do Azarias?

i) Considere Raul o colonizador e Azarias o colonizado. O texto lido pode

ser considerado uma denúncia das injustiças ocorridas nos tempos bélicos em

Moçambique. O que o autor denuncia?

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A.11 Atividade Avaliativa. Divida a sala em grupos com igual número de

pessoas. Cada um dos grupos deve organizar um informativo contendo os seguintes

temas:

a) Sobre Mia Couto: organize um resumo, para exposição no painel da

sala. Nestas informações deverão constar: sobre a infância, formação, obras

escritas, importância destas obras para a divulgação da literatura africana. E

atualidade de sua vida, já que Mia Couto é um escritor contemporâneo.

b) Dedique essa mesma organização a informações sobre Moçambique,

falando do avanço da literatura afro-moçambicana.

Referências para consultas:

Biblioteca

Informativos do professor

Internet

Dicas de buscas:

Paz em Moçambique, por Orlando Hoyos. Obtido no endereço:

<http://www.pime.org.br/mundoemissao/atualidadesafricamocambique.htm>

<http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/mia-couto/mia-couto.php>

O que será avaliado?

Escrita boa e legível;

Emprego de recursos gráficos que auxiliam a boa leitura;

Entendimento do contexto em pauta;

Desempenho narrativo;

Apresentação do documento.

3.3.2 Unidade 2

Atividade prática B

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B.1 Preparando o estudante para receber o conto Luz e sombra de

Caio Fernando Abreu. Apresentação do livro de conto, com o propósito de que ele

conceba, de forma agradável, a ambientação para a leitura do texto de Caio

Fernando

Endereços de Internet sugeridos:

<http://www.pstu.org.br/cultura_materia.asp?id=9039&ida=0.>

<http://pensador.uol.com.br/autor/caio_fernando_abreu/biografia/>

A Prosa – A ficção brasileira a partir da década de 1960 consolida a tendência, já apontada pela geração de 1940-50, de abandonar a abordagem realista. A visão de um mundo complexo e fragmentado manifestou-se na prosa de ficção com a ruptura da narrativa linear e totalizante e com a construção de uma narração desordenada, fragmentária, sem um foco narrativo claramente definido. (CEREJA; COCHAR, 2009.p. 580).

B.2 Leitura do texto Luz e sombra pelo Professor.

B.3 Roteiro de comentários sobre o texto:

O texto de Caio Fernando Abreu, consta de uma literatura conturbada,

ponto de fuga ao mesmismo literário do seu tempo. Como escritor pós-modernista

que foi, sofreu influência de Clarice Lispector, viajando em suas narrativas através

de uma visão psicológica dos acontecimentos literários, no que concerne às atitudes

das personagens. Apresenta, neste conto: Luz e Sombra, um relato psicológico de

um personagem não identificado que enfrenta uma extremada solidão, uma situação

caótica, incomunicável, representada por um cárcere. Estas situações, estranhas e

claustrofóbicas lho provocam enjoo e vômitos. A confusão avoluma-se em sua

mente. O autor pode até está falando de si próprio. Sendo ele portador do vírus HIV,

e tendo vivido em uma época cheia de tabus, de rejeições, os seus contos parecem

soar como uma justificativa à homossexualidade. Fato este que o levava a toda essa

reflexão.

A época globalizada e competitiva também já se faz presente nos textos

do autor, como motivo de promoção de atordoamento, solidão, loucura e tantos

males psicológicos trazidos aos humanos. A solidão expressa e sentida pela

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personagem pode remeter também à situação política dos anos 70 a 80, de

momento de sua vida em que as pessoas eram obrigadas a serem silenciadas sob

penosas torturas e muitas vezes submetidas a confinamentos, quando não

escapavam de total desaparecimento. A comunicação não existia. A censura era a

coqueluche do momento. E o autor não ficou imune às atrocidades: “Perseguido

pelo DOPS, refugiou-se na casa a escritora Hilda Hist. Exilou-se voluntariamente na

Europa, Espanha, Suécia, Países Baixos, Inglaterra e França, retornando à Porto

Alegre em 1974”. (BIOGRAFIA de Caio Fernando Abreu, 2011).

À vontade demonstrada pela personagem de se encontrar em meio à

turbulenta situação comunicativa, o faz crer que a literatura não se dá conta de estar

vivendo um período infantil, em vez de viver uma situação amadurecida de

comunicação.

A personagem, fisicamente não caracterizada, demonstra grande

perturbação, solidão e pouco entendimento das ocorrências do mundo. Mesmo

assim, há um profundo esforço para encontrar ordem e dar sentido às situações

caóticas. Acredita que se estabelecer ou encontrar ordem e sentido no caos, haverá

um depois e um futuro.

A solidão, o isolamento, a exclusão, o anonimato, situações arredias e os

lugares estranhos indizíveis formam o lugar comum da narrativa.

A tentativa de dar sentido, de encontrar o diferente dentro do velho,

promete grande diferença à literatura a partir da década de 1970.

Não se pode negar que Caio Fernando Abreu viveu os revezes

regressivos daqueles dias, em que a ditadura militar disseminava terror.

Tendo ele mesmo que refugiar-se no sítio de uma amiga. Como já

dissemos acima. Certamente, sua alma de escritor estaria profundamente marcada

pelos fatos que vivenciou.

A perseguição política e o autoritarismo no Brasil, bem como a falta de

comunicação são representados por cárceres e cubículos que reduzem a pessoa

humana ao estágio de animal enjaulado. Configuram-se também tais situações, pelo

descaso como era tratado à pessoa humana pelos seus semelhantes mais

poderosos, ou ainda, a forma pela qual eram vistos os homossexuais da sua época:

“todo dia, alguém enfiou um pedaço de pão pela fresta da porta, uma lata com água,

como se eu fosse um cão”. (ABREU, 1995).

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Toda solidão promovida pelos exílios dos tempos cruéis, o

aprisionamento involuntário da vida urbana, Presentes estão na literatura de Abreu.

Inclusive lugares estranhos ocupam o lugar, de lugar comum na sua literatura.

A literatura contemporânea de Caio Fernando Abreu, dos tempos libertos,

colocam a solidão, o caos, o sofrimento, a ruptura de comunicação quase como uma

exigência da vida urbana moderna. A expansão de infindáveis de construções fabris

que, de forma contígua e aglomerada se alongam infinitamente.

Contudo, todo esse processo civilizatório e caótico parece levar a pessoa

humana ao anonimato mortificante e à loucura.

Muitos estudiosos acreditam que muitas dessas figuras estão

relacionadas (pelo autor) à própria concepção de literatura sobre a qual procura

formar uma ordem, ainda que fragilizada:

Em outro conto, “Luz e Sombra”, o protagonista é obcecado pelo sentido das coisas. Obviamente, por não ter mais o claro domínio sobre este sentido. Percebe que há algo de errado no lugar onde está. O personagem em vez de resolver o seu lugar, busca a solução para o seu niilismo no adiamento: “Deve haver alguma espécie de sentido ou o que virá depois?”. O sentido e o depois são associados como se o futuro respondesse às questões do presente, como se o momento seguinte justificasse o atual, distanciando o personagem de sua realidade, de seu tempo e espaço, e, portanto, de real interferência no que vive. Assim como o sentido e o depois ocupam espaço de destaque neste conto, a ordenação dos fatos também. O personagem acredita que por uma ordenação lógica, tudo seria melhor. Ele falha várias vezes nesta ordenação lógica, evidenciando a fragilidade dela. Isto, porém, não o perturba. Organiza, ordena, para um futuro que salvará. Ele crê de forma ensandecida no poder da linguagem, no poder dos signos, como se o seu discurso pudesse ser mais forte que o mundo, mais forte que os seus sentimentos, e o salvasse de ter que descobrir a si mesmo. (SILVA, 2001).

Sobre as visões:

As reações mais comuns provocadas pela solidão à personagem é a

loucura. Seus pensamentos alteram-se rapidamente em recordações que, quase

sempre são visões determinadas pela elucubração de seu cérebro. Neste conto Luz

e Sombra, a personagem conta sua vida sob o prisma da loucura que determina

suas lembranças em meio ao esquecimento, entorpecimento mental e sob o prisma

de superação do caos.

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Primeira visão ocorre em um segundo degrau de certa casa, onde se

encontra sentado, em plena tarde luminosa e quente. Em tais circunstâncias a

personagem revive uma sensação despreocupada de companhia, de tempos

amenos. Possivelmente, esteja retratando a própria e remota infância: pois perdida

nos lençóis do esquecimento, os pensamentos não lhes prestam conta do tempo em

que viveu tal situação. Todavia certifica-se de que havia determinadas certezas

como a de que alguém lhe fará um café e até lhe preparará um banho, deduz ser um

tempo infantil, pelo o fato de o personagem se dar conta de que suas pernas não

têm pelos. Seus pensamentos com relação à adolescência são muito vagos e não

tem certeza se houve, deveras, adolescência em sua vida.

Quando a noite torna tudo opaco, a personagem relata sua estada por

trás da porta, dentro de casa, onde ela parece não se importar com o que vive. Não

se preocupa em identificar os objetos ao seu redor. Demonstra profunda alienação

com relação a tudo e, sobretudo com o tempo dos acontecimentos dessa situação.

Contudo, imagina haver pessoas sentadas à frente da casa, por ouvir vozes, que

aos poucos vão se separando dos gritos agudos dos morcegos que entram pelas

frestas do forro de madeira entrelaçada. Sente bem em tal circunstância, embora

não tenha noção do começo nem do fim dessa sensação. E diante dos silêncios

súbitos das vozes, que deduz ser devido à queda vertical de estrelas. Nesta

perspectiva pode-se se imaginar que a personagem, embora conturbada, consegue

se dá o mínimo de controle e separa a coisa causadora da situação causada.

Desejando ser entendido, recorre ao ponto zero para recomeçar com uma ordem e

sentido novo, com que relata suas lembranças, atormentado pelo cárcere em que

vive (que pode ser em seu próprio espírito) onde a luz e escuridão desenvolve um

papel significante diante do fluxo de sua conturbada consciência.

A luz (ou claridade diurna) que o anima a manter a forte fixação na crença

do que está por vir. Animado apenas pela ocorrência de duas únicas lembranças ou

visões supracitadas age como se o futuro dependesse da ordem e do sentido que

consiga da a sua própria história. E nesta elucubração mental acredita que haverá

um depois. Essa imaginação lhe da esperança e um remoto consolo, garantindo a

ele próprio, através de interminável monólogo, a esperança de conseguir

estabelecer uma ordem (de sentido) à desordem mental e ao sofrimento promovido

pela solidão em que vive. Diante do acalanto que possivelmente lho possam trazer,

as duas visões, desde que ele consiga estabelecer sobre elas uma ordem e um

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sentido. Essa ordem e esse sentido culminarão em um depois e serão essa ordem e

esse depois que lho asseguram a vontade de viver e a espera de um possível futuro.

São essa ordem e esse depois os principais motivos pelos quais a personagem não

desistia da vida.

No monólogo da personagem, em sua introspecção, aparece um ouvinte

interno a quem ele, a personagem, usando de linguagem referencial lhe destina

algumas perguntas, mas que não deseja saber resposta, nem da chance para que

seu ouvinte interno lhe responda nada, porque a personagem não tem interesse de

saber ou receia ouvir uma resposta que não corresponda às suas expectativas. Ou

ainda, por encontrar-se só, não ousa falar em discurso indireto. Afinal, o silêncio e a

solidão já habitam com ele próprio. E as vozes mudas desse interlocutor, já lhe são

conhecidas: “o nada, o silêncio fóbico”. Mesmo assim, a personagem demonstra

obsessão por saber o que lhe ocorre, e dirige tais pensamentos à busca da

aquisição ou do estabelecimento de uma ordem ou da atribuição de um sentido,

através dos quais acredita haver um depois, ou até mesmo um futuro.

B.4 Interpretando o texto

B.4.1 – Tabuleiros de ideias. Dobre e cole.

O texto está, nesta atividade, observado como constante de 09 (nove)

parágrafos. Cada um com um número x, de linhas. Neste caso, as linhas devem ser

contadas a partir do número um, dentro de cada um dos parágrafos. Ex.

Para sair da rotina cansativa, contundente e enfadonha, bem como para vencer o ostracismo, a personagem resolve olhar em direção diferente, e mesmo sem perceber novidades, descobre que essa nova atitude lhe chega como algo novo, como uma escapatória para vencer seu tédio.

Parágrafo 03 Linhas 05 a 07

a) “Um depois”, “um futuro” dependem exclusivamente de uma ordem de um sentido dados a uma situação caótica e sofrida. Parágrafo _________ Linha Nº_____ b) A prisão reduz o homem ao estágio de animal enjaulado. Parágrafo_________ linha nº________

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c) Acredita no poder da mensagem ou da comunicação que pretende estabelecer. Na possibilidade de mudança, que essas possam trazer. Parágrafo - Nº_____ Linha Nº ___ d) A prisão impõe o anonimato ao homem. Parágrafo_______ Linha nº________ e) Motivos que evitavam que o autor cometesse suicídio. Parágrafo nº_____ Linha Nº ____ f) Perde a crença em tudo. Não crer que as pessoas possam lhe ouvir e entender sua mensagem. Parágrafo - Nº_____ Linha Nº ___

B.5 Atividade no Laboratório de Informática. Preparação para um debate.

Acesse o sítio http://www.eventos.uevora.pt/comparada, em seguida, índice geral –

procure Silva, Antônio Marcos Moreira da. O lugar incomum no Livro Morangos

Mofados de Caio Fernando Abreu. Faça uma boa leitura a partir da página 3.

Outras linhas de consulta:

Biblioteca

Informativos do professor

Internet:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Caio_Fernando_Abreu

http://www.overmundo.com.br/banco/primeira-biografia-de-caio-

fernando-abreu-uma-analise

E em outros ambientes colaborativos que você conhece.

B.6 Debate. Dobre e cole.

a) A cor verde exercia forte influência sobre a personagem. Que tipo de reação lhe causava? Dê um exemplo disso: b) Em algum momento, esta cor causou efeito benéfico na personagem a ponto de defendê-la. Que situação foi essa? c) Cite, em que momento, a cor verde representou em um objeto ferino para a personagem.

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d) De que maneira a personagem conseguiu dá ordem as suas idéias? e) Por mais que ele gritasse, não seria ouvido. Por quê? f) Por que a personagem resolveu recomeçar seu monólogo com o seu interlocutor interno, pedindo que apagasse tudo o que ele ouvira até então?

B.7 Atividade Avaliativa - A Comunidade precisa saber: Quem foi Caio

Fernando Abreu?

Organize um resumo, para exposição no painel da sala. Nestas

informações deverão constar: sobre a infância, formação, obras escritas, importância

destas obras para a divulgação da literatura da sua época.

Fale um pouco da vida do autor.

3.3.3 Unidade 3

O texto trabalhado será o conto Piquenique, de Moacyr Scliar. Será

utilizada a mesma técnica, contudo de forma inversa, para despertar a segurança do

estudante, e se resolver sozinho.

Espera-se que com esta técnica, o aluno saiba se conduzir em busca da

contextualização do texto e se mobilize para buscá-la, em sites e bibliotecas.

O professor deve observar e anotar as perguntas feitas pelos alunos e

suas inquietações e preocupações. Deve levar também para a sala de aula farto

material de contextualização do texto. Deve orientá-los, auxiliá-los e conduzi-los ao

laboratório de informática para pesquisar.

C.1 Leitura do Conto.

O professor deverá fazer a leitura, passeando pela sala em U,

acompanhada silenciosamente pelos alunos. Logo em seguida aplica-se o trabalho

com o texto, para que provoquem os alunos a resolvê-lo da forma que lhes aprouver.

C.2 Atividades. Dobre e cole.

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A história inicia evocando o fim. Logo se percebe que a ordem narrativa

não é linear. O autor vai e volta se alternando os acontecimentos em um jogo de

cenas, avançando e retrocedendo. Até parece que está se pautando em outra

história, para, possivelmente, expor a sua. Ou, talvez, esteja se colocando no lugar

da personagem da história que lê, ou que vê.

“Agora é como um piquenique: estamos no Morro da Viúva, homens, mulheres [...]”

“Ele era novo em nossa cidade; na verdade, nunca tivéramos delegado. Vivíamos

em boa paz, plantando e colhendo nosso soja [...]”

“Um belo dia acordamos e lá estava ele, parado no meio da rua principal, a

espingarda na mão; esperou que uma pequena multidão se formasse a seu redor, e

então anunciou que fora designado para representante da lei na região.”

“Às seis horas da tarde olhei para o delegado, de pé diante da cadeia, o rosto

avermelhado pelo crepúsculo [...]”

“Agora mesmo, sentado aqui, neste dia de abril, fixo os olhos num pedacinho de

papel amarelado que ficou preso entre as pedras e onde se lê [...] no jornal.”

“[...]Hoje pela manhã ELE NOS REUNIU FRENTE À IGREJA: Do adro o homem

alto, espingarda na mão, falou-nos; lembrou o dia em que chegara, não há muito

tempo. “Aqui cheguei para proteger vocês[...]”

a) Pelos fragmentos acima expostos, a história pertence ao gênero

( ) Cinematográfico: Conto de Bang bang ( )Conto Policial ( ) Pertence à literatura de Cordel.

C.3 Escreva em 3 ou 4 linhas, uma cena que ajudou você a concluir

que a sua resposta acima está certa.

3.4 CRONOGRAMA

Aulas previstas:

Agosto 06 aulas

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Setembro 08 aulas

Outubro 08 aulas

Novembro 04 aulas

Total de aulas previstas 26 aulas incluindo avaliações.

3.5 ATIVIDADES RETROSPECTIVAS FINAIS

Característica estrutural do Gênero Conto. Consulta a documentos:

http://www.artigonal.com/literatura-artigos/o-conto-alguns-aspectos-deste-genero-

literario- Higgie, Carlos

Conto: FERREIRA, Gladys. Especificidade de um gênero literário. 2008.

Disponível em: <http://www.luso-poemas.net/modules/news/article>.

Colagem de conceitos

Como analisar contos - leituras exploratórias

(Humor Contemporâneo: Uma Análise de Contos de Moacyr Scliar).

http://singrandohorizontes.wordpress.com/2010/06/10/angela-maria-pelizer-de-arruda-humor-

contemporaneo-uma-analise-de-contos-de-moacyr-scliar/ ARRUDA, Ângela Maria Pelizer

de.

O estudo do gênero conto será feito após concluir às leituras propostas,

pois o fluxo literário não deve ser interrompido por conteúdos linguísticos. As

exemplificações utilizarão os contos trabalhados, considerando as diferenças

linguísticas e estruturais da linguagem da literatura afro dos países que falam

português.

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4 ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES AO PROFESSOR

É recomendável ao professor que ao aplicar estas técnicas, fazer um

estudo prévio e aprofundado dos conteúdos a serem apresentados. Em caso de

compreensão e de interpretação de textos literários, no que se refere às leituras

horizontais e verticais, é aconselhável um estudo exploratório do pensamento

predominante e do momento histórico em que vive o autor. É também conveniente

conhecer a vivência do autor: suas lutas ideológicas, suas crises emocionais, ideias

fixas. Deverá ainda, valher-se de bibliografias atinentes a assuntos didáticos e

literários. Consultar sítios e levar os alunos a ampliações de seus horizontes, para

ater-se, realmente ao que o texto diz e ao que o texto quer dizer. As atividades

devem ser elaboradas de forma que o aluno entenda o que está sendo perguntado.

Elas (as atividades) devem ater-se às pistas textuais, para que ele (o aluno) entenda

o fundamento das questões, e não seja submetido a situações adivinhatórias ou

defrontar-se com desmotivantes quebra – cabeças. No que tange às impressões que

o aluno deve ter do ato de estudar, devem estar incluídas na relação de sentimentos

de descontração, leveza e aconchego e responsabilidade. Convém ainda salientar

que, neste trabalho, responsabilidade não está atrelada à neurose, ameaças e

correrias.

Este trabalho registra algumas obras de conteúdos profundos e práticos.

(vide referência bibliográfica).

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5 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO

O material didático aqui proposto passará por rigorosa e criteriosa

avaliação, durante e depois do seu emprego. Esta avaliação vai constar de

observações, questionários ao próprio professor, para que sejam medidas as

repercussões, respostas esperadas, aceitação e o aproveitamento por parte do

aluno. A escola também será questionada.

O ambiente e as técnicas também terão seus efeitos abalizados de

acordo com as propostas apresentadas.

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REFERÊNCIAS

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ARRUDA, Ângela Maria Pelizer de. (Humor Contemporâneo: Uma Análise de Contos de Moacyr Scliar). http://singrandohorizontes.wordpress.com/2010/06/10/angela-maria-pelizer-de-arruda-humor-contemporaneo-uma-analise-de-contos-de-moacyr-scliar/ BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. 12. ed. São Paulo: Hucitec, 2006.

BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito da leitura. 7. ed. São Paulo: Ática, 2006.

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CEREJA, William Roberto; COCHAR, Thereza. Literatura brasileira em diálogo com outras literaturas e outras linguagens. São Paulo: Atual, 2009.

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DOLZ, Joaquim. De que adianta conhecer o código, se não entende o texto? Entrevista concedida a Luiz Henrique Gurgel. 2010. Disponível em: <http://www.escrevendo.cenpec.org.br/ecf/index.php?option=com_content&view=article&id=16825&catid=16:entrevistas&Itemid=149>. Acesso em: 30 abr. 2011.

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