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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA … · CEEBJA – UEPG / APED Assentamento Emiliano Zapata Apresentação: (descrever a justificativa, objetivos e metodologia

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

MARILENE RAMOS ATHAYDE

OFERTA E DEMANDA POR EDUCAÇÃO ESCOLAR: UM ESTUDO NO ASSENTAMENTO EMILIANO ZAPATA - PONTA GROSSA – PR.

PONTA GROSSA – PR 2012

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MARILENE RAMOS ATHAYDE

OFERTA E DEMANDA POR EDUCAÇÃO ESCOLAR: UM ESTUDO NO ASSENTAMENTO EMILIANO ZAPATA - PONTA GROSSA – PR

Unidade Didática apresentada à Secretaria de Estado de Educação do Paraná - SEED como requisito parcial de avaliação do Programa de Desenvolvimento da Educação – PDE, na área de Pedagogia e Desenvolvimento Educacional, da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG. Orientadora: Profª. Dra. Maria Antônia de Souza

PONTA GROSSA – PR

2012

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PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: OFERTA E DEMANDA POR UMA EDUCAÇÂO ESCOLAR: UM ESTUDO NO ASSENTAMENTO EMILIANO ZAPATA _ PONTA GROSSA –PR.

Autor Marilene Ramos Athayde

Escola de Atuação CEEBJA- UEPG / APED Assentamento Emiliano Zapata

Município da escola Ponta Grossa

Núcleo Regional de Educação Ponta Grossa

Orientador Maria Antônia de Souza

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de ponta Grossa

Disciplina/Área (entrada no PDE) Pedagogia

Produção Didático-pedagógica Unidade Didática

Público Alvo (indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o

trabalho: professores, alunos, comunidade...)

Professores, alunos, comunidade

Localização

(identificar nome e endereço da escola de implementação)

CEEBJA – UEPG / APED Assentamento Emiliano Zapata

Apresentação: (descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação

deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman,

tamanho 12 e espaçamento simples)

EDUCAÇÃO DO CAMPO/EDUCAÇÃO EJA

Oferta e demanda da Educação Escolar: um estudo no Assentamento Emiliano Zapata – Ponta Grossa - PR

Marilene Ramos Athayde

A temática Educação do Campo/Educação de Jovens e Adultos apresenta enfoques que direcionam propostas inovadoras para as suas diferentes realidades e sujeitos. No

município de Ponta Grossa, no assentamento da reforma agrária - Emiliano Zapata - jovens e adultos encontram-se fora da escola pela falta da oferta do Ensino Fundamental

segmento I na comunidade local. A proposta de intervenção pedagógica no âmbito das atividades vinculadas ao PDE envolve a interação com os trabalhadores assentados com o

intuito de levantar as demandas educacionais, as políticas públicas necessárias e as instâncias responsáveis pela efetivação dos direitos sociais. O intuito é verificar o possível

caminho para a viabilização da Educação Escolar Ensino Fundamental - segmento I na localidade. As atividades serão desenvolvidas junto com os coordenadores e moradores do

assentamento, encaminhados pela coordenação itinerante das Ações Pedagógicas Descentralizadas – APED’s do CEEBJA – UEPG. Serão realizadas entrevistas,

questionários e palestras informativas que darão os encaminhamentos para solucionar o problema. A discussão teórica envolve dois grandes temas: a educação de jovens e

adultos e a educação do campo, bem como reflexões sobre as políticas públicas. Como resultado espera-se realimentar a implantação da educação escolar Ensino Fundamental

segmento I e os moradores, retornando às salas de aula, conquistarão seus direitos democráticos e a cidadania.

Palavras-chave (3 a 5 palavras) Palavras-chave: Educação do Campo, Educação EJA,

Educação Escolar, Movimento Popular, Cidadania.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Pessoas de 15 anos ou mais de idade, analfabetas, total e respectiva

distribuição percentual, por grupos de idade e cor ou raça, segundo as

Grandes Regiões – 2009 ........................................................................................ 16

Tabela 2 - Taxa de analfabetismo funcional das pessoas de 15 anos ou mais de idade, por características selecionadas, segundo as Grandes Regiões –

2009 ........................................................................................................................ 17

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Proporção das pessoas de 25 a 34 anos de idade economicamente ativas com 11 anos De estudo e com mais de 11 anos de estudo - Brasil -

1999/2009 ................................................................................................................. 16

Gráfico 2- Distribuição percentual das pessoas de 15 anos ou mais de idade,

analfabetas, por sexo, segundo os grupos de idade - Brasil - 1999/2009 ..... 18

Gráfico 3 - Taxa de aprovação, por nível de ensino, segundo alguns países do

MERCOSUL – 2007 ................................................................................................ 19

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SUMÁRIO

UNIDADE DIDÁTICA ..............................................................................................................7

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ...........................................................................................7

2 TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE: EDUCAÇÃO DO CAMPO/.................7 EDUCAÇÃO EJA ....................................................................................................................7

3 TÍTULO...................................................................................................................................7

4 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................7 5 METODOLOGIA ...................................................................................................................9

6 PLANO DA UNIDADE DIDÁTICA.................................................................................. 10

6.1 SEÇÃO 1- PENSAR A EDUCAÇÃO ESCOLAR....................................................... 10 6.1.1 Objetivos....................................................................................................................... 10 6.1.2 Apresentação............................................................................................................... 10

6.1.3 Sistematização ............................................................................................................ 12 6.2 SEÇÃO 2 – OFERTA E DEMANDA DA EDUCAÇÃO ESCOLAR PARA OS ...... 13

MORADORES DO ASSENTAMENTO EMILIANO ZAPATA - PONTA GROSSA ..... 13 6.2.1 Objetivos....................................................................................................................... 13 6.2.2 Apresentação............................................................................................................... 13

6.2.3 Sistematização ............................................................................................................ 14 6.3 SEÇÃO 3 - PANORAMA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL E NO ASSENTAMENTO

................................................................................................................................................. 15 6.3.1 Objetivos....................................................................................................................... 15 6.3.2 Apresentação............................................................................................................... 15

6.3.3 Sistematização: ........................................................................................................... 19 6.4 SEÇÃO 4 - POR UMA EDUCAÇÃO DO E NO CAMPO.......................................... 19

6.4.1 Objetivos....................................................................................................................... 19 6.4.2 Apresentação............................................................................................................... 20 6.4.3 Sistematização ............................................................................................................ 21

6.5 SEÇÃO 5 – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO DO CAMPO/ EDUCAÇÃO EJA NO BRASIL E PARANÁ ...................................................................... 21 6.5.1 Objetivos....................................................................................................................... 21

6.5.2 Apresentação............................................................................................................... 21 6.5.2 Sistematização ............................................................................................................ 22

6.6 SEÇÃO 6 - I ENCONTRO INSTÂNCIAS DE APOIO – Educação EJA – NRE/SME............................................................................................................. 22

6.6.1 Objetivo......................................................................................................................... 22

6.6.2 Apresentação............................................................................................................... 22 6.6.3Sistematização ............................................................................................................. 24

6.7 SEÇÃO 7 – PROPOSTAS PARA IMPLANTAR O ENSINO FUNDAMENTAL – SEGMENTO I ........................................................................................................................ 24 6.7.1 Objetivos....................................................................................................................... 24

6.7.2 Apresentação............................................................................................................... 24

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6.7.3 Sistematização ............................................................................................................ 24 7 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 26

ANEXO ................................................................................................................................... 28

ANEXO 1 – LETRA DA CANÇÃO: PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES

- GERALDO VANDRÉ ........................................................................................................ 29

APÊNDICES .......................................................................................................................... 30

APÊNDICE 1 – QUESTIONÁRIO ...................................................................................... 31 APÊNDICE 2 – APRESENTAÇÃO SLIDES (POWER POINT)..................................... 32

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UNIDADE DIDÁTICA

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professora PDE: Marilene Ramos Athayde

Área: Pedagogia e Desenvolvimento Educacional

NRE: Núcleo Regional de Ponta Grossa

Professor Orientador IES: Professora Dra. Maria Antonia de Souza

IES Vinculada: Universidade Estadual de Ponta Grossa

Escola de Implementação: CEEBJA – UEPG/ APED Assentamento Emiliano Zapata

Público Objeto da Intervenção: Alunos da EJA Ensino Fundamental – Segmento I

2 TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE: EDUCAÇÃO DO CAMPO/

EDUCAÇÃO EJA

Educação do Campo/Educação EJA

3 TÍTULO

Oferta e demanda por educação escolar: um estudo no assentamento Emiliano

Zapata - Ponta Grossa – PR.

4 INTRODUÇÃO

As vivências enquanto coordenadora Itinerante do CEEBJA – UEPG nas

Ações Pedagógicas Descentralizadas do Pré - Assentamento Emiliano Zapata

(APED) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), foi o grande

catalisador da motivação para a escolha deste tema enquanto pesquisa.

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Conforme literatura pertinente, podendo ser citar como exemplo a de Maria

Antônia de Souza (2011), a atuação no setor de Educação do MST promoveu o

amadurecimento do olhar sobre a relação Terra-Cidadania-Educação habilitando

para que a autora do projeto da presente Unidade Didática conseguisse discutir

políticas públicas para a Educação do e no campo em relação à Oferta e Demanda

para o Ensino Fundamental – Segmento I para seus moradores.

Tendo em vista que os princípios da luta fazem parte do ensino -

aprendizagem, suas dificuldades, seus desafios e seus avanços, a ocupação do

latifúndio, a marcha, as mobilizações entre tantas outras formas de lutar por

educação, o objetivo geral do presente projeto configura-se em: construir no espaço

coletivo uma proposta de educação escolar para o Ensino Fundamental - Segmento I.

Para a consecução deste projeto foram estabelecidos os seguintes objetivos

específicos:

- Discutir os princípios filosóficos e pedagógicos que fundamentam a escola

pensada para o MST, a importância no desenvolvimento de uma prática

social, educativa e cultural do povo sem terra;

- Identificar o compromisso do MST em ligar a educação e formação aos

objetivos que emanam da luta do Movimento Sem Terra;

- Levantar os dados relacionados à oferta e demanda para a educação

escolar com os moradores do assentamento;

- Refletir e encaminhar discussões para as possibilidades de implantação da

Educação EJA, Ensino Fundamental – Segmento I;

- Possibilitar os relatos de experiências educacionais locais que vêm sendo

desenvolvidas de forma inovadora por movimentos sociais organizados;

- Promover um trabalho articulado entre a escola e a comunidade,

respeitando e valorizando as diferenças étnicas, sócio-culturais e outras

peculiaridades inerentes ao campo, preservando a sua identidade e

especificidades, segundo orientações das Diretrizes para a Educação

Básica nas escolas do Campo – Resolução no 01/02 CNE/CNB.

A pretensão depois de concluída a pesquisa dos sujeitos da EJA, é de

propor um projeto pedagógico para o assentamento que atenda as especificidades

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dos Jovens, Adultos e Idosos que não concluíram os anos iniciais do Ensino

Fundamental Segmento I e garantir a esta população a efetivação das políticas

públicas voltadas à educação de pessoas adultas, confirmadas e embasadas na Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) e na Constituição Federal de

1988. Tais diplomas legais confirmam a educação como prática de liberdade,

amplamente defendida por Paulo Freire (1983), e que são bases para a autora do

presente estudo expor suas ideias.

Busca-se com e no coletivo levantar elementos que de alguma forma

possam contribuir para o melhor entendimento do tema, que muitas vezes mostra-se

complexo e difícil de ser resolvido, e por isso, esquecido, mesmo tendo uma

inegável importância para o enfrentamento da exclusão na sociedade.

5 METODOLOGIA

A forma de organização do material da Unidade Didática pretende refletir

sobre as políticas públicas para a Educação do Campo. As contribuições dos

movimentos sociais como o MST, dos educadores e pesquisadores são os subsídios

para identificar um posicionamento do coletivo em favor dos direitos fundamentais

do homem e de um novo olhar para as práticas que efetivam a educação escolar, as

ofertas e demandas aos povos do campo, especialmente aos assentados do MST.

A pesquisa tem caráter qualitativo, buscando um envolvimento mais

dinâmico entre sujeito e objeto de estudo. Por esta razão, a análise do tema buscará

perceber a riqueza e a complexidade que reside nas inter-relações entre as várias

instâncias da comunidade escolar, assim como nas reflexões e expectativas

educacionais dos envolvidos.

Como técnica de coleta de dados, será utilizado um questionário com

perguntas abertas e fechadas, alcançando 50% das famílias de moradoras do

assentamento, as quais darão suporte para levantar e categorizar os dados em

relação a demanda, o posicionamento de todos quanto a necessidade de se

implantar o Ensino Fundamental – Segmento I no assentamento e o perfil dos jovens

e adultos que não frequentaram a escola.

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A apresentação do material em seus procedimentos seguirá um cronograma

de acordo com as formalidades da instituição escolar, p revisto para sete sessões, a

serem desenvolvidas no primeiro semestre do ano de 2013, e em cada uma das

sessões será abordado um subtema, com os conteúdos específicos para as

discussões e reflexões. Cada sessão contemplará uma página de abertura da aula a

ser desenvolvida, contendo os seguintes itens:

• O título do tema;

• Os objetivos da atividade em questão;

• Uma apresentação teórica (curta) sobre o tema;

• Atividades de reflexão do conteúdo;

Arquivo das propostas (provisórias)

6 PLANO DA UNIDADE DIDÁTICA

6.1 SEÇÃO 1 - PENSAR A EDUCAÇÃO ESCOLAR

6.1.1 Objetivos

- Refletir sobre o valor da educação escolar e a relação com a realidade dos

alunos;

- Identificar e trabalhar com o acúmulo de experiências educativas

construídas no movimento social que luta pela terra.

6.1.2 Apresentação

Em seu trabalho, “A internalização da exclusão”, Freitas (2002, p.319)

escreve que:

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A escola continua sendo um espaço de luta que, entretanto, não pode ser ocupado ingenuamente com o espírito de “fazer justiça com as próprias

mãos” e promover equidade, sem levar em conta as relações que se estabelecem entre a escola e a sociedade. Significa, ainda, que as modificações desejadas na escola devem estar ancoradas nos movimentos

sociais que lutam pela emancipação do homem, e não nas necessidades que o sistema capitalista tem de adequar à lógica da reestruturação produtiva. Nesse processo cumpre papel esclarecedor a concepção de

sociedade e de educação que está por trás das propostas educacionais.

O autor enfrenta o problema de exclusão social de forma realista, fugindo

dos discursos inócuos que não permitem uma adequada solução para o atendimento

dos preceitos constitucionais, essencialmente àquele que se relaciona com o tema

“educação para todos”. Sob esta reflexão Freitas (2002, p. 320) assim comenta

como dever ser o espaço escolar,

A luta por uma escola para todos somente poderá ser consequentemente

quando a escola for além de um local de aprendizagem, um local de tomada de consciência e de luta contra as desigualdades sociais em estreita relação com os movimentos sociais emancipatórios, quando a escola encontrará

seu lugar formativo/instrutivo no nosso tempo. Além de conteúdo, a escola deve ensinar novas relações com as pessoas e com a natureza.

Neste contexto cabe a escola trabalhar as construções de valores

referentes a democracia e o respeito das diferenças, tendo práticas pedagógicas

que levem todos os envolvidos a refletirem. A falta de oferta da educação escolar

aos cidadãos, mantém a desigualdade dos seus envolvidos.

A escola deve acompanhar as mudanças, as transformações que ocorrem

na sociedade, com o compromisso de emancipar o sujeito dando a ele através da

educação escolar, condições de enfrentar as diversidades e a cidadania. É preciso

traçar objetivos de verdadeiro exercício da democracia. O que leva tempo, atenção e

trabalho.

Em uma concepção reflexiva, onde todos são sujeitos da educação, todos

são responsáveis por esse processo, cabendo as responsabilidades de levantar

dados, encaminhar e fixar metas buscando efetivar a escola que queremos.

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Cabe salientar como exemplo, a escola da Ponte que faz parte da rede

pública de Portugal, de ensino básico, localizada a 30 quilômetros da cidade do

Porto que em nada se parece com as demais.

De acordo com José Pacheco, em entrevista a Revista Nova Escola (2004),

o educador que coordena o projeto inovador desenvolvido na instituição deve situar

qual o sistema que estará enfrentando. Por exemplo, na Escola da Ponte que o

entrevistado coordena não há séries, ciclos, turmas, anos, manuais, testes e aulas,

os alunos agrupam-se de acordo com os interesses comuns para desenvolver os

projetos, recorrendo ao professor quando têm dúvidas. Os espaços educativos são

agrupados por áreas, e nestas áreas cada aluno procura pessoas, ferramentas e

soluções, testa seus conhecimentos e convi ve com os outros. Segundo o

coordenador José Pacheco na Escola da Ponte faz-se aquilo que as outras escolas

podem e devem fazer, que é produzir sínteses e não se engajar em um único

padrão. Há muitos meio de ensinar e quem quer fazer diferente tem de ter mais

interrogações do que certezas.

6.1.3 Sistematização

Para refletir:

1- Que educação e que escola acontece no assentamento?

2- Que escola queremos?

3- Que ações fazer?

Secretarias Estadual e Municipal Estrutura Física

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6.2 SEÇÃO 2 – OFERTA E DEMANDA DA EDUCAÇÃO ESCOLAR PARA OS

MORADORES DO ASSENTAMENTO EMILIANO ZAPATA - PONTA GROSSA

6.2.1 Objetivos

- Apresentar o questionário para levantar os dados sobre a demanda para a

educação escolar do Ensino Fundamental- Segmento I;

- Fazer as leituras e interpretações das questões.

6.2.2 Apresentação

Este estudo está baseado nas Diretrizes Curriculares da Educação do

Campo do Paraná, que detalha os eixos temáticos em um documento,

disponibilizado no site da Secretaria da Educação do Estado do Paraná . Em

destaque, para o presente estudo, registramos o eixo temático número quatro que

tem por título “Organização política, movimentos sociais e cidadania”, sendo

pertinente para a reflexão com o coletivo, estando assim descrito,

Organização política, movimentos sociais e cidadania

A organização política de um país, um estado ou um munic ípio além de guardar relação com a representação político-partidária também é responsável pela criação de movimentos sociais. A existência de

movimentos sociais, associações comunitárias, organizações sociais indica a organização política dos moradores de um determinado local, tendo como exemplo, o Brasil que registra em sua história uma infinidade de

movimentos sociais, seja da classe trabalhadora, seja da classe proprietária [...] Tratar a organização política é mais que falar de partidos políticos, de representantes políticos, de processos eleitorais. É valorizar a organização

da população brasileira, na cidade ou no campo [...] A organização política se dá no âmbito escolar, nas características da gestão, que pode ser mais democrática ou mais autoritária. No ambiente escolar, a organização de

familiares ou pais e mães dos alunos, a organização dos estudantes, a organização dos funcionários, dos professores, indicam formatos políticos, apresenta demandas, faz denúncias em torno das políticas públicas. No

Brasil, foram os movimentos sociais de demandas por educação que deram impulso à ampliação das escolas públicas. Na escola, as conquistas dos movimentos sociais parecem diminuídas diante do seu real valor. É

importante resgatar as lutas por direitos civis, políticos e sociais no país, pois se trata de um debate sobre a construção da cidadania. O estudo da

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Constituição Federal de 1988, do documento Declaração Universal dos

Direitos Humanos (aprovado pela Organização das Nações Unidas em dezembro de 1948) e da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (aprovada pela Assembleia Francesa em 1789) contribui para pensar a

cidadania conquistada em contraposição à cidadania outorgada. Os movimentos sociais lutam para conquistar os direitos sociais como educação, saúde, trabalho, moradia entre outros; lutam, portanto, pela

conquista da cidadania como direito e como dever [...] É a partir do eixo organização política, movimentos sociais é que temos a possibilidade de analisar com os alunos as condições existenciais dos sujeitos, compreender

os enfrentamentos políticos e as lutas sociais, na história (PARANÁ, 2011, p. 2)

De acordo com essas diretrizes, pode-se citar o artigo 9º da Resolução

CNE/CEB n. 1/2002, em que são citadas as demandas que se originam nos

movimentos sociais para estabelecer subsídio aos componentes curriculares que

estruturam as políticas educacionais, e instrumentos construtivos das novas

possibilidades de Políticas Públicas de Educação. Assim, a Escola Itinerante tem

sentido social em sua forma de organização escolar capaz de atender às pessoas

em Movimento nas condições reais de sua vida em itinerância.

A LDB, no seu artigo 1º reconhece esta condição de itinerância para a

educação concebendo espaços distintos conceituando a educação, nos termos,

Art. 1º - A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e nas organizações da

sociedade civil e nas manifestações culturais (BRASIL, 2007, p. 7).

Assim, é pertinente um estudo partindo de questionário que na sua

abrangência é constituído dos encaminhamentos para o levantamento dos dados,

condensando a questão: “Identificar junto às famílias de Moradores do

Assentamento a demanda de jovens e adultos que não sabem ler e escrever ou não

concluíram os estudos do Ensino Fundamental – Segmento I.”

6.2.3 Sistematização

Leitura das questões para refletir sobre os encaminhamentos, possibilitando

perguntas complementares de acordo com o coletivo em suas necessidades, tendo

como ferramenta da abordagem o questionário exposto no Anexo 1.

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6.3 SEÇÃO 3 - PANORAMA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL E NO PARANÁ

6.3.1 Objetivos

- Evidenciar dados da Educação Escolar no Ensino Fundamental do Brasil e

do assentamento;

- Apresentar os Gráficos do IBGE e resultados da pesquisa com os

moradores para leitura e discussão.

6.3.2 Apresentação

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE,

2010) a média de anos de estudo do segmento etário que compreende as pessoas

de 25 anos ou mais de idade revela o status de escolaridade de uma sociedade. No

Brasil esta média no ano de 2009 foi de 7,1 anos de estudo.

Segundo informa o Boletim da Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE

(2010), o conceito de educação continuada aplica-se àquela educação direcionada

para pessoas de idade entre 25 a 64 anos de idade e visa mensurar o acesso à

escola da população adulta na busca da melhora do seu nível educacional.

A proporção daqueles que continuam a estudar a partir dos 25 anos de

idade, no ano de 2009, ficou em torno de 5,7%. Entre as mulheres, a proporção é

mais alta, 6,6%. Os mais novos, de 25 a 34 anos de idade, representam 10,2%

neste grupo. Quanto mais se eleva a idade, menor é a frequência à escola. Uma

ideia do que representa esta situação em relação ao total de alunos pode ser

observada no Gráfico 1.

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Gráfico 1 - Proporção das pessoas de 25 a 34 anos de idade economicamente ativas com 11 anos de estudo e com mais de 11 anos de estudo - Brasil - 1999/2009 Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 1999/2009. IBGE (2010, p.49)

Outro aspecto importante mencionado pelo Boletim da Síntese dos

Indicadores Sociais do IBGE (2010) foram os dados sobre o analfabetismo no Brasil.

A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade baixou de 13,3%,

em 1999, para 9,7%, em 2009, correspondendo a um contingente de 14,1 milhões

de pessoas, conforme mostra a Tabela 1,

Tabela 1- Pessoas de 15 anos ou mais de idade, analfabetas, total e respectiva distribuição

percentual, por grupos de idade e cor ou raça, segundo as Grandes Regiões - 2009

Fonte: Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2009 (IBGE -2010, p. 54). (1) Exclusive as pessoas de cor ou raça amarela e indígena.

As principais características deste grupo são as seguintes: 32,9% das

pessoas analfabetas têm 60 anos ou mais de idade; 10,2% são pessoas de cor preta

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e 58,8% pardas; 52,2% residem na Região Nordeste; e o fenômeno ocorre em

16,4% das pessoas que vivem com meio salário mínimo de renda familiar per capita.

(IBGE, 2009). Quando se observa o analfabetismo por grupos etários, percebe-se

uma redução no período de 1999 a 2009, entre as pessoas de até 39 anos de idade.

Nota se também que, neste grupo, as mulheres são mais alfabetizadas do que os

homens. Contudo, os maiores decréscimos foram registrados na faixa de 15 a 24

anos de idade: para os homens. Esse declínio foi de 7,2 pontos percentuais e, para

as mulheres, 3,9 pontos percentuais (IBGE, 2010).

O peso relativo dos idosos no conjunto dos analfabetos neste período

cresceu, passando de 34,4% para 42,6%. As diferenças entre homens e mulheres

se acentuam no interior deste segmento etário devido à sobrevida das mulheres

Estes índices podem ser observado na Tabela 2, e são ilustrados nos Gráficos 2 e 3.

Tabela 2 - Taxa de analfabetismo funcional das pessoas de 15 anos ou mais de idade, por características selecionadas, segundo as Grandes Regiões - 2009

Continua

Continuação

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Fonte: Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2009 (IBGE, 2010, p. 55).

Gráfico 2- Distribuição percentual das pessoas de 15 anos ou mais de idade, analfabetas, por sexo,

segundo os grupos de idade - Brasil - 1999/2009 Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 1999/2009 (IBGE, 20 10, p. 51). (1) Exclusive a população rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.

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Gráfico 3 - Taxa de aprovação, por nível de ensino, segundo alguns países do MERCOSUL – 2007 Fonte: Mercosul educacional. Estatísticas. Indicadores educacionais do Mercosul 2007 (IBGE, 2010, p. 52)

Considerando estes índices pode-se estabelecer um comparativo com a

demanda para a Educação Escolar Segmento I do Ensino Fundamental no pré-

assentamento Emiliano Zapata - Ponta Grossa - Pr. - conforme se apresenta o

Gráfico 3. Destaque-se que este gráfico está em construção, e será complementado

após conclusão da pesquisa para evidenciar os dados.

6.3.3 Sistematização:

Questão: “Há oferta efetiva para a demanda de alunos adultos para a

educação escolar no Ensino Fundamental - Fase Segmento I no assentamento?”

6.4 SEÇÃO 4 - POR UMA EDUCAÇÃO DO E NO CAMPO

6.4.1 Objetivos

- Fazer a leitura do texto destacando as palavras geradoras;

- Pontuar a relevância do tema/texto para a realidade local.

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6.4.2 Apresentação

A apresentação desta seção será a exposição do texto de Roseli Salete

Caldart (2004, p. 4) intitulado: Momento atual da Educação do Campo, como segue

na íntegra,

Passaram-se quase seis anos da 1ª Conferência Nacional por uma

Educação Básica do Campo, realizada em 1998, o momento de batismo coletivo de um novo jeito de lutar e de pensa a educação para o povo brasileiro que trabalha e vive no campo. Pelo processo de construção desta

Conferência, os movimentos sociais do campo inauguram uma nova referência para o debate e a mobilização popular: Educação do Campo e não mais educação rural ou educação para o meio rural.Na 1ª Conferência

reafirmamos que o campo é espaço de vida digna e que é legítima a luta por políticas públicas específicas e por um projeto educativo próprio para os seus sujeitos. Também foram denunciados os graves problemas de falta de

acesso e de baixa qualidade da educação pública destinada à população trabalhadora do campo. O trabalho continuou pela articulação nacional Por uma Educação do Campo, que seguiu nas suas mobilizações nos estados e

no debate com a sociedade. Uma conquista recente do conjunto de das organizações dos t rabalhadores e trabalhadoras do campo, no âmbito das políticas públicas, foi a aprovação das Diretrizes Operacionais para a

Educação Básica nas Escolas do Campo (Parecer n.36/2001 e Resolução 1/2002 do Conselho Nacional de Educação). Primeiramente, o nome da articulação e do movimento era por uma educação básica do campo a partir

dos debates realizados no seminário nacional em 2002 alteramos o nome para por uma Educação do Campo, em vista de afirmar, primeiro, que não queremos educação somente na escola formal. Temos direito ao conjunto

de processos formativos já constituídos pela humanidade. Segundo, que o direito à escola pública do campo pela qual lutamos compreende da educação infantil à universidade. O desafio teórico atual é o de construir o

paradigma da Educação do Campo; ou pelo menos avançar na elaboração de uma teoria da Educação do Campo: clarear, construir, consolidar e disseminar nossas concepções, ou seja, os conceitos, o modo de ver, as

ideias que conformam nossa compreensão e tomada de posição diante da realidade que se constitui pela relação entre campo e educação. A educação do Campo assume sua particularidade, que é o vínculo com os

sujeitos sociais concretos, mas sem se desligar da universalidade: antes (durante e depois) de tudo ela é educação, formação de seres humanos. A visão de campo da Educação do Campo está em construção.É um dos

desafios do debate político e teórico.Um dos traços fundamentais que vêm desenhando a identidade do movimento por uma Educação do Campo é a luta do povo do campo por políticas públicas que garantam o seu direito à

educação, e a uma educação que seja no campo. No: o povo tem direito a ser educado no lugar onde vive; Do: o povo tem direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada à sua

cultura e às suas necessidades humanas e sociais. Somos herdeiros e continuadores da luta histórica pela constituição da educação como direito universal: direito humano, de cada pessoa em vista de seu desenvolvimento

mais pleno, e direito social, de cidadania ou de part icipação mais crítica e ativa de todos na dinâmica da sociedade. A educação somente se universaliza quando se torna um sistema, necessariamente público.Não

pode ser apenas soma de projetos e programas. Por isso nossa luta é no campo das políticas públicas, porque esta é a única maneira de

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universalizar o acesso de todo o povo do campo à educação. E é preciso

pensar também que tratar do direito universal à educação é mais do que tratar da presença de todas as pessoas na escola: é passar o olhar para o jeito de educar quem o sujeito deste direito, de modo a construir uma

qualidade de educação que forme as pessoas como sujeitos de direitos. Neste sentido, a experiência dos movimentos sociais da formação da consciência do direito precisa ser recuperada e valorizada pela Educação

do Campo.

6.4.3 Sistematização

Refletir a questão com base no texto:

“O que é a Educação do Campo e quais são os seus encaminhamentos

como políticas públicas com qualidade social?”

6.5 SEÇÃO 5 – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO DO CAMPO/ EDUCAÇÃO EJA NO BRASIL E PARANÁ

6.5.1 Objetivos

- Acompanhar vídeos informativos sobre a Educação do Campo/ Educação

EJA;

- Discutir os posicionamentos fazendo referências à educação no MST.

6.5.2 Apresentação

Slides (POWER POINT- EM ANEXO)

Vídeos:

- 1º vídeo – “O tema é.Educação do Campo” - Profª Dra Maria Antônia de

Souza . O vídeo apresenta entrevistas com teóricos

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pertinentes à educação do campo, em destaque a professora

Dra Maria Antônia de Souza que discute a trajetória e a

importância da Educação do Campo como instrumento de

transformação social.

2º vídeo – “Educação do Campo 2010” – Políticas da SEED do Estado do

Paraná. O vídeo apresenta as políticas públicas para a

Educação do Campo no Estado do Paraná seus avanços e

implantações

6.5.2 Sistematização

Questão

Conversação dirigida sobre a apresentação dos vídeos

“Como o Movimento está se mobilizando para implantar a escola necessária

no assentamento?”

6.6 SEÇÃO 6 - I ENCONTRO INSTÂNCIAS DE APOIO – Educação EJA – NRE/SME

6.6.1 Objetivo

Formular propostas para implantar a educação escolar atendendo a

demanda para o Ensino Fundamental Fase I da EJA

6.6.2 Apresentação

Palestra dos representantes da EJA em Ponta Grossa – NRE/SME

Quando os movimentos sociais estão pressionando por políticas públicas

nos sugerem que como premissa, entendamos a rica e contraditória complexidade

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vivida no campo. Exigem que enxerguemos a positividade humana dessa dinâmica.

Esperam-se políticas que afirmem, reconheçam e reforcem os ricos processos de

educação, formação, os processos culturais, éticos, identitários inerentes a essa

complexidade vivenciada na diversidade dos movimentos do campo.

Estes movimentos estão apontando que, se pretende assumir politicamente

sua educação, o melhor caminho será entender o que suas formas de seres

humanos estão sendo remexidas nos alicerces mais profundos: sua relação com a

terra, suas formas de produção e de vida, suas condições de convívio e

sociabilidade. A formação do ser humano, sua socialização e produção do

conhecimento e dos valores são inseparáveis das formas de produzir suas

existências. Exatamente ao sentirem-se ameaçados nessas bases de sua produção

humana os leva a reagir e a defendê-las. Nesse processo se apegam a seus

valores, sua cultura, seus saberes e sua terra. Repõem o direito à educação na

defesa de seu direito a ser e reproduzir suas existências.

O Estado e os diversos governos não poderão tratar a educação dos povos

do campo da mesma forma como foi tratada por séculos. As formas precárias de

gestão da educação rural foram possíveis enquanto o campo foi outro. Hoje o campo

é outro, logo outras políticas e outra gestão se impõem. As formas de gestão da

tradicional estrutura das escolas rurais foram ineficazes para a realidade daquele

campo. Serão totalmente ineficazes para dar conta dos avanços que estão

acontecendo na sociedade brasileira como um todo e na especificidade das tensões

humanas vividas.

De acordo com Souza (2006, p. 7),

A relação entre o governo e as organizações tem o formato das parcerias

que visam atender as demandas sociais. Nas instâncias governamentais existem pessoas que objetivam dar impulso às demandas e experiências dos movimentos sociais, facilitando a relação entre sociedade política e

sociedade civil. As parcerias são formalizadas com sustentação na carência social e na identificação de objetivos sociais comuns, resguardando as especificidades políticas de cada sujeito coletivo e político envolvido. Não

existem projetos políticos comuns, mas um comum acordo (pacto social) em torno das carências educacionais. Projetos pontuais são elaborados em todo o país, dando visibilidade a uma possível transformação paradigmática

em torno da educação do campo.

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6.6.3Sistematização

Conversação Interativa e questionamentos entre os coordenadores da EJA

(instâncias: estadual e municipal) e moradores do assentamento.

Por que a educação escolar não atende a demanda apresentada pelos

moradores do assentamento? O que justifica a maneira como está sendo ofertada?

6.7 SEÇÃO 7 – PROPOSTAS PARA IMPLANTAR O ENSINO FUNDAMENTAL – SEGMENTO I

6.7.1 Objetivos

- Formular as propostas para implantar a educação escolar segmento I no

assentamento;

- Evidenciar através de gráficos estatísticos (resultado da

pesquisa/questionários), a demanda de alunos moradores no

assentamento para o Ensino Fundamental –Segmento I

6.7.2 Apresentação

Vídeo da canção: “Pra não dizer que não falei das flores” de autoria de

Geraldo Vandré (disponibilizado no site http://www.youtube.com/watch?v=

PDWuwh6edkY), exposta no Anexo 2.

6.7.3 Sistematização

Apreciação da Canção remetendo as questões:

“Que escola podemos ter?”

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“Quais são as nossas propostas efetivas?”

Leitura do texto com as propostas elaboradas pelos moradores e professora

PDE – Relatório Final

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7 REFERÊNCIAS

A LONGA Marcha. Revista Veja. São Paulo, v. 30, n. 15, 16 abr. 1997, p. 34-58.

BRASIL. Congresso Nacional. LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, 9394\96. 4. ed. Brasília; Câmara dos Deputados - Coordenação de Publicações,

2007.

_____. Conselho Nacional de Educação\ Câmara de Educação Básica. Resolução CNE/CEB 1, de 3 de abri l de 2002. Institui Diretrizes Operacionais para a Educação

Básica nas Escolas do Campo. Disponível em: <portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB012002.pdf>. Acesso em: 01 jun. 2012.

_____. Ministério da Educação. Diretrizes nacionais para a educação de jovens e adultos. Brasília. 2000.

_____. Plano Nacional de Educação - PNE - MEC - Ministério da Educação. 1997. Disponível em: <portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view>. Acesso

em 10 maio 2012.

CALDART, Roseli Salete. Por uma educação do Campo: traços de uma identidade em construção. In: ARROYO, M. G., CALDART, R. S.; MOLINA, M. C. (orgs). Por uma educação do Campo. Petrópolis: Vozes, 2004.

FREIRE, Paulo. Educação como prática de liberdade. 18. ed. Rio de Janeiro: Paz

e Terra, 1983. FREITAS, Luis Carlos de. A internalização da exclusão. Educação e Sociedade.

Campinas, v.23, n. 80, Disponível em: <www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-73302002008000015...sci....>. Aceso em: 10 set. 2012.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Diretoria de

Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Estudos e Pesquisas. Informação Demográfica e Socioeconômica. Síntese de Indicadores Sociais - uma

análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro, n, 27, 2010. Disponível em: <www.ibge.gov.br/.../indicadoresminimos/sinteseindicsociais2010/defa...>. Acesso

em: 10 out. 2012. MST - MOVIMENTOS DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA. Documento básico do MST. Piracicaba, 1991.

_____._____. Alfabetização de jovens e adultos – Como organizar. Caderno de Educação, São Paulo, n.3, 1994.

____.____. Alfabetização de jovens e adultos – Didática da linguagem. Caderno de Educação, São Paulo, n.4, 1994.

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_____.____. Princípios da Educação do MST. Caderno de Educação, São Paulo,

n.8, 1996.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. SEED. Diretrizes curriculares da educação do campo. maio/2011. Disponível em:<http://diaadiaeducaçao.pr.gov.br>. Acesso em: 10 out. 2012.

REVISTA NOVA ESCOLA. José Pacheco e a Escola da Ponte. Entrevista. Nova

Escola, abr. /2004. Disponível em: <revistaescola.abril.com.br › ... › Planejamento

pedagógico>. Acesso em 10 out. 2012. SOUZA. Maria Antônia de (org.). Práticas educativas do/no campo. Ponta

Grossa: UEPG, 2011.

_____.Educação e movimentos sociais do campo: a produção do conhecimento

no período de 1987 a 2007. Curitiba: UFPR, 2010.

_____. Educação do campo: propostas e práticas pedagógicas do MST. Petrópolis,

RJ: Vozes, 2006.

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ANEXO

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ANEXO 1 – LETRA DA CANÇAÕ: PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES

– GERALDO VANDRÉ

Caminhando e cantando e seguindo a canção

Somos todos iguais braços dados ou não Nas escolas nas ruas, campos, construções

Caminhando e cantando e seguindo a canção

Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Pelos campos há fome em grandes plantações

Pelas ruas marchando indecisos cordões Ainda fazem da flor seu mais forte refrão

E acreditam nas flores vencendo o canhão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Há soldados armados, amados ou não

Quase todos perdidos de armas na mão Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição

De morrer pela pátria e viver sem razão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Vem, vamos embora, que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Nas escolas, nas ruas, campos, construções

Somos todos soldados, armados ou não Caminhando e cantando e seguindo a canção

Somos todos iguais braços dados ou não Os amores na mente, as flores no chão A certeza na frente, a história na mão

Caminhando e cantando e seguindo a canção Aprendendo e ensinando uma nova lição

Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora não espera acontecer

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APÊNDICES

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APÊNDICE 1 – QUESTIONÁRIO

O presente questionário é parte do projeto PDE e tem como objetivo levantar os dados referentes aos alunos jovens e adultos, moradores do

assentamento, que necessitam concluir as series iniciais do Ensino Fundamental – Segmento I, ou necessitam frequentar classes de Alfabetização.

Questões:

1- Quantas pessoas moram na casa?

2 - Quantas pessoas são maiores de 15 anos? 3 - Quantas pessoas concluíram ou cursam

( ) Ensino Superior ( ) Ensino Médio

( ) Ensino Fundamental 5a a 8a séries ( ) Ensino Fundamental 1a a 4a séries

4 - Quantos moradores desta casa não sabem ler e escrever? Estiveram na

escola em algum momento da vida? Se sim, por que pararam de estudar? 5 - Quantas pessoas da casa não concluíram os estudos até a 4ª série do

Ensino Fundamental? Por quais motivos não concluíram?

6 - Concordam com a implantação do ensino EJA para a fase I, 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental para os moradores do assentamento?

( ) sim

( ) não Se responder não, escrever os motivos

7 - Os motivos de ainda não estar implantado o ensino EJA para os alunos

das series iniciais do ensino fundamental no assentamento, são:

( ) falta de espaço físico ( ) falta de reivindicações dos moradores

( ) falta de atendimento do setor público responsável ( ) outro – qual

8- O que consideram que pode ser feito para que a EJA fase I seja implantada no assentamento?

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APÊNDICE 2 – APRESENTAÇÃO SLIDES (POWER POINT)

1- Símbolo do EJA

2 - A Educação de Jovens e Adultos é um reflexo das condições sócio-econômicas

da população brasileira rural e urbana, mescladas pelas lutas de classes e a

organização de trabalhadores destituídos de direitos por falta de políticas públicas

condizentes com as suas necessidades

3-Através do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) o sistema adotou

diversas medidas restritivas a economia, com a racionalização da máquina pública

em todos os setores, inclusive com a reformulação do ensino básico, através da

descentralização do financiamento à educação para s esferas estaduais e

municipais.

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4-Na medida em que a distribuição de recursos públicos estabelecidos pela lei No

9224/96 destinava ao ensino fundamental regular, a EJA, passou a concorrer com a

Educação Infantil e o Ensino Médio, na distribuição de recursos municipais e

estaduais, não destinados pelo FUNDEF, por esta razão a parcela de recursos

financeiros para o financiamento da EJA, tornaram-se insuficientes, impedindo a sua

expansão e qualidade

5-Isto significa que o número de pessoas que não possuem os oito anos de

escolaridade mínima, como direito constitucional, contudo seria uma parcela

considerável, visto que se somarmos a estes números mais de 60 milhões de

pessoas não possuem escolarização mínima adequada, conforme dados do IBGE.

6-Através da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases no 9394/96, o ensino para a

EJA, passou a ter as suas próprias especificidades, com políticas e suprimento

necessários para o processo de financiamento que foi descentralizado para todos os

estados da federação

7-Mapa do Paraná.(imagem)

O estado do Paraná, através da Secretaria de Estado da Educação,

organizou a EJA a partir da descentralização dos Centros de Educação de Jovens e

Adultos (CEBEJAs), e colégios regulares de ensino integrado ou colégios polos, os

estabelecimentos vinculados (APEDs), operacionalizando a estrutura física e

pedagógica no contexto estadual.

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8-A EJA no Paraná foi organizada a partir de três segmentos de ensino:nível de 1ª a

4ª serie - FASE I ,que concentra os alunos no período de alfabetização e formação

de estudos, cuja transferência de responsabilidade do processo ensino-

aprendizagem compete aos municípios; 5ª a 8ª series – FASE II e Ensino Médio de

responsabilidade do processo ensino-aprendizagem de competência do estado.

9-O Estado no Paraná, objetivando atender as demandas da sociedade civil

organizada e engajado no desenvolvimento de políticas públicas em prol da

Educação do Campo, promove a criação da Coordenação de Educação do Campo

na Secretaria Estadual de Educação do Paraná no ano de 2003, surgindo em função

das reivindicações dos movimentos sociais, bem como de uma política de governo

que, conforme o documento CRIAÇÃO.(2006), busca para a Educação Básica sua

universalização, envolvendo o respeito e a diversidade sociocultural. No ano de

2010 foram instituídos o Comitê Estadual da Educação do Campo do Paraná e as

Diretrizes Curriculares da Educação do Campo.

10-Um dos princípios pedagógicos do MST é a criação de coletivos pedagógicos em

níveis estaduais e locais que se encarregam dos encaminhamentos referentes à

educação e escolas nos assentamentos e acampamentos. Entre estes

encaminhamentos está a luta pela conquista de escolas públicas de qualidade

dentro dos assentamentos.

11-No processo de ocupação da escola o MST foi produzindo reflexões que dizem

respeito à concepção de escola e ao jeito de fazer educação numa escola inserida

na dinâmica de um movimento social.

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12-No estado do Paraná, são expressivas as experiências de educação do campo,

no ano de 2010 foram instituídos o Comitê Estadual da Educação do Campo do

Paraná e as Diretrizes Curriculares da Educação do Campo com a intenção de

consolidar uma política pública da educação do campo no Estado, garantindo

decisões governamentais e das conjunturas políticas.