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GOVERNO .00 ESTADO DO EspfRITO SANTO
SECRETARIA DE ESTADO DA INDOSTRIA E 00 COMtRCIO
SECRETARIA DE ESTADO EXTRAORDINARIA DE EXECUÇÃO DE PROJETOS ESPECIAIS
ALGUMAS PRIORIDADES IMEDIATAS PARA ODESENVOLVIMENTO DO
TURISMO NO ESPIRITO SANTO.
\') \C\
(
FUNDAÇÃO JONESDOS SANTOS NEVES"""
Agosto/1977 \
GOVERNADOR DO ESTADO
t.icio ÃtVaJLe.6
SECRETARIO DE ESTADO DO PLANEJAMENTO
Wan~huy~. Jo~~ Zano~
SECRETARIO DE ESTADO DA INDOSTRIA E DO COMtRCIO
O~uxttdo V~Wta MaJLQUe.6
SECRETARIO DE ESTADO EXTRAORDINARIO DE EXECUÇAo DE PROJETOS ESPECIAIS
Hwo PeJLe.vLa RodJúgue.6
FUNDAÇAo JONES DOS SANTOS NEVES
s~éU.o V-i.a6 - V.ÚLUOft Supwnte.J1de..nte.
A~ndo v~t.t~Q~ F~ho - V~UOf[ T~Q~QO
i i
EQUIPE TtCNICA--~,~----
SUPERVISORES
StêLLo V-iaJ.J
Att.lindo V.ue.cwc}ú Filho
COORDENADOR
TtCNICOS
Manoet Vvz:.eza de .OuveÁJta
fv{,ic.hel. Ollo Bvz:.gmal'tI1
ÂUXILIARES DE PESQUISA
fv{,iguel. S'Vz.g-io Uma
Re-in.a1.do AqLÚ.UVW TaVMU
CONSULTORES ESPECIAIS
H-ipôüxo Manuel. de Azevedo Santo.6Vaf~a Ag~ V{vac.Qua
COLABORADORES
AngêLLc.a FOn6ec.a
A:úüo Gomu
AndJre. TomoyufU_ Abe,
FeJtnando AugU.6to Bcwr..o.6 BettMetio
Wilion Fvz:.l1ando Te-ixe.úta da Silva
res
i v
o potencial que o Espírito Santo apresenta para
o desenvolvimento do turismo tem justificado preocupações govername~
tais constantes, no sentido de criar pré-condições para estimular
esta atividade econômica.
J
A partir da consciência de que o processo de
planejamento turístico do Espírito Santo precisa ser reaval iado e deI ) ~ ~
(/ que as tendencias espontaneas e induzidas precisam de um novo ordena
mento, o Setor Público Estadual resolveu repensar a problemática do
setor.
Decidiu-se recolocar a questão, sem perder de
vista os esforços desenvolvidos até agora, dentre os quais ressalta
-se o Piano d~ Ve6~nvoivimento T~t)_eo da Faixa Radioativa do E~pl
nj~o Santo, elaborado em 1970 para a Empresa Capixaba de Turismo. Sob
a perspectiva de que o permanente deve sobrepor-se ao transitório e
de que as ações dinâmicas devem superar imobilismos potenciais, o Go
,j :::noT::t:~U::s:::O:~~~c~::~::~:e~mop:::: :: :::e~v~:::::::~odO :~::;\\, um Plano que contemple todo o espaço geográfico capixaba, não se
, tringindo ~ faixa radioativa como tem acontecido até hoje.
o presente documento representa o primeiro pa~
so no sentido de concentrar e escalonar esforços para a elaboração de
um Plano de longo prazo. Pretende consubstanciar um pequeno Programa
de Ação Imediata para o setor~ procurando soluções imediatas que nao
apaguem e que até auxiliem à preparação do Plano maior. Visa colocar
medidas de aplicabilidade emergencial~ a fim deagil izar o turismo
capixaba sem perder de vista as ações de médio e longo prazos.
v
As colocações aqui sistematizadas não podem ser
vistas, portanto, como elementos de cunho finalístico e completo.
Antes de mais nada, devem ser recebidas como engrenagens que iniciam
um movimento processual mais completo.
Dinâmicas, elas necessitarão de um alto grau de
envolvimento por parte dos 6rgãos pertencentes ao setor, a fim de que
se possa firmar um compromisso s6lido com a real idade que permeia a
atividade turística.
vi
SUMARIO
APRESENIAÇAO
- .!~iT RO OUçÃO
I I - UM DIAGNOSTICO APROXIMADO E SINTtTICO DO SETOR.
A - A distribuição espacial dos recursos turísticos.
B - Aproximação quantitativa e qualitativa da oferta e demanda
turísticas.
C - Breves considerações sobre os desequilíbrios existentes no
setor.
I I I - ANALISE DO DIAGNOSTICO E DEFINiÇÃO DE PRIORIDADES.
A - Considerações preliminares.
B - Tipos de Turisno no Espírito Santo.
C - Considerações sobre as necessidades do Turismo no Espírito
Santo.
IV - PROPOSiÇÕES.
A - Proposições gerais.
B - Proposições localizadas.
C - Instrumentos iniciais para uma estratégia de Marketing.
O - Roteiros.
v - CONSIDERAÇnES FINAIS.
ANEXOS.
BIBLIOGRAFIA.
- 2 -
1
Brasil, Ministério da Indústria e do Comércio, Empresa Brasileira deTurislIKl. Plano Nacional de Turismo, são Paulo, EMBRATUR p setembro//1975, mimeografado.
implantou-se também no BrasiL Iniciou-se através de "u6oJtç-oJ.> ,ú,ol!!.:.
do.6 da. Úl)"c.-<B.J:iva pJtl.vada. e. de. ôJtgão.& Jte.gionw QUe. obje.tivavam mwo eó,t.abe.1'.e.CÁ.me.Yl-to de. po.óiçõu poüilc.M do que. pJtopftiame.n;te. a. .6,ú,te.m!!.:.
tLzação da M/{vida.de." 2 e o seu desenvolvimento processou-se ·sem·
atividade
Rio de Janeiro,
desenvolvimento,
Em função desta gama de variáveis a
2
FONSECA, Gerson. As Ori~ens do Turismo no Brasil.1MBRATUR, 1973, mimeografado.
turística, encarada como econômica e como fator de
No contexto de sociedades cada vez mais mecani
cistas e massificantes, os indivíduos buscam mudanças temporárias de
ritmo, lugar e estilo de vida. Valorizam de forma crescente as suas
horas de lazer e, consequentemente, o turismo. Procuram fugir da
vida artificial imposta pela industrial ização e urbanização acelera
das, sub! imando tanto quanto possível a angústia psicológica da vida
cotidiana.
o Plano Nacional de Turismo (PNT) , como todos os
inúmeros trabalhos elaborados para o setor, enfatiza a importância do
turisn~ enquanto atividade econômica e, mais ainda, enquanto um dos
fenômenos pol ítico-sociais mais significativos da época de hoje.
o crescimento geométrico iniciado em escala mun
dial pelo turismo a partir de 1950 seria decorr~ncia da melhoria--da
distribuição de renda, do aumento populacional, da urbanização, da
maior disponibil idade de tempo 1ivre, da expansão e racional ização
I dos transportes, da interdepend~ncia do comércio internacional e da
organização crescente do setor, que busca atuar em bases de economia
de escala. i
3 -
qualquer plano ou estrat~gia que pudessem assegurar coer~ncia e ra
cional idade. No mesmo período. ou seja. nos anos 50. era iniciado
um acentuado surto de urbanização no País. Refletiam-se movimentos
de correntes naturais e desordenadas: ausência de motivação, de
estilo e de cultura.
56 mais tarde, com as press~es exercidas a
partir da ;nehac~o do setor, ~ que sua import~ncia foi ressaltada e
enquadrada no contexto maior do planejamento econ6mico e social.
Começou-se a correlacionar a atividade com o desenvolvimento econo
mico, ressaltando-se sua relev~ncia para a integração e recuperação
de áreas subdesenvolvidas e de baixa ocupação. Observou-se a facti
bilidade de um processo de criação de empregos e de transferência
de renda no mercado interno e, al~m disso. a possibilidade de aten
der às necessidades de lazer geradas pelo ritmo de vida desenfreado
dos aglomerados urbanos.
Levando-se em conta estes fatores e o conheci
menta do potencial turístico do País, promoveu-se um entrosamento
maior dos 6rg~os oficiais com a iniciativa privada em busca de um
processo contínuo e dinâmico de planejamento que pudesse levar a
maximização de resultados.
Criada em 1966, a EMBRATUR marcou o início da
tentativa de aproveitamento eficaz das potencialidades existentes.
em função do seu objetivo de promover o desenvolvimento da indús
tria turística. Formulou uma pol ítica para o setor, procurando or
denar/orientar iniciativas que procurassem estimulá-lo e, conseque~
temente, que auxil iassem na promoção do desenvolvimento econ6mico
do Brasil. Sua atuação, através de financiamentos e incentivos fis
cais enquadrados dentro de uma ação programática global izante ten
ta, exatamente, canal izar para as diferentes regi~es turísticas do
País possibi lidades reais para a expans~o/consol idação do Turismo.
- 4 -
A nível estadual, procurou-se acompanhar de pe~
to a ideologia de planejamento e a política de desenvolvimento do
setor. Planos foram elaborados e esforços foram levados a efeitonas
diferentes regiões do Brasil, sob a consciência de que esta ativida
de econômica poderia alcançar economia de escala e tornar-se relevan
te para geração de renda e emprego.
o Espírito Santo nao fugiu a regra. No início
dos anos 70, consol idaram-se o Sistema Estadual de Turismo e a
Empresa Capixaba de Turismo (EMCATUR), com autonomia e flexibil idade
para engendrar uma dinâmica para o setor.
Alguns planos foram elaborados, algumas inicia
tivas concretas começaram a surgir e o efeito multipl icador do Turi~
mo pode ser acionado. Pecou-se, entretanto, em dois pontos. Em prl
Oleiro lugar, restringiu-se a ação programática do órgão a chamada
Faixa Radioativa, em geral, e ao pólo turístico de Guarapari, em pa~
ticular, deixando-se de estudar outras zonas potencialmente importa~
tes para o incremento da atividade. Inconscientemente, estimulou-se \
um Turismo JtutJUJ:.lvo, elitizante, voltado para as classes mais pr..!. \
vi legiadas.
Em segundo lugar, superestimou-se a capacidade
executiva do aparelho burocrático criado para atuar no setor, deixan.?
do-se, também, de promover um envolvimento maior das Prefeituras nnicipais no processo. Orgão jovem, a EMCATUR não poderia mesmo ati~
gir um ponto em que pudesse controlar e ordenar todo o processo,
ainda mais porque o Estado e os Municípios lutam contra o problema
mais patente e mais crônico dos espaços subdesenvolvidos: a escassez
de recursos materiais e humanos. Lentamente~ patrocinou-se a perpe
tuação de uma espécie de TU!tÁ~mo intAoveJttido~ sem uma tentativa de
I iberada de viabil Izar um fluxo constante de recursos externos.
- 5 -
Tendo em vista a necessidade de buscar pre-co~
diç~es para conviver com a escassez, para ampl iar espacialmente a
~ão governamental programática no campo do Turismo e para dinami
zar o processo de planejamento setorial, parte o Setor Públ ico, ago
ra, para um novo tratamento à questão turística capixaba. Como já
foi enfatizado na Ap~~entação deste trabalho, pretende-se atuar em
duas frentes interdependente~: numa primeira etapa, a elaboração/
/execução de um Programa de Ação Imediata; numa segunda, a prepara
ção acurada de um Plano de Desenvolvimento TurTstico.
Pequeno e não ambicioso - ou, em outras pal~
vras, tão engajado quanto possível às inúmeras limitações existen
tes - o presente trabalho representa a primeira etapa do novo pr~
cesso de planejamento do Turismo no Espírito Santo.
I\, O seu objetivo e a sistematização de um conju~to integrado de medidas que possam ser implantadas a curto prazo
e a baixos custos, no sentido de agilizar o Turismo capixaba. A ex
pectativa é a de que as instituições envolvidas no sistema possam
ter condiç~es operacionais para executar em tempo hábil as medidas
sugeridas, a fim de que alguns benefícios econômicos e sociais pos
sam ser auferidos ainda no decorrer deste ano.
Elaborado em curto espaço de tempo, ele apr~
senta alguns pequenos defeitos. O primeiro ~ o de que foi impossl
vel trabalhar com dados primários completos. Assim, a anâl ise da
oferta e da demanda turTsticas teve que receber um tratamento supe~
fiei ai , sendo a riqueza de dados substituida pelas observaç~es in
loco que foram efetuadas pela equipe do projeto.
- 6 -
o outro defeito visível é o de que ele poderá
acentuar os desequilíbrios setoriais existentes se as medidas nao
forem implantadas em conjunto e se as proposições de longo prazo
a serem definidas pelo Plano de Desenvolvimento n~o forem consoli
dadas. t fácil perceber isto, se se entende o Turismo como um
sistema integrado que necessita de mudanças planejadas, harmônicas
e internamente consistentes.
~ O estudo divide-se em quatro capítulos, além
das tradicionais AplLe.f.le.n,tação e In:úlodu..r;ão. O primei ro procura
sintetizar um diagnóstico t~o realista quanto possível do setor •.---"""""',""""'""_.".......,"""'""""'"
O seglJndo faz uma anál ise deste diagnóstico e chega a tecer consi
derações sobre as possibÍJ iqaqe~ turísticas do Espírito Santo. O'<> .•»'-,""- ,.,) ,..,
tercei ro apresenta um conjunto de pr_i_?rid~_~~~_a a ... ,,~.i..'.':~~i_:~!~o
do setor e o último tece algumas considerações finais.,/,/,/
Todo o trabalho é permeado pela consciência de
que os estudos turísticos não conseguiram até hoje desenvolver me
todos de anál ise objetivos que permitissem definir opções ôtima6 e
definitivas para expansão/consolidação do setor. A inexistênciade
uma Con:tab,iUdade. TwUJ.>tica para medi r os resul tados da imptant~
ção de algumas medidas, seja a nível nacional, seja a nível regi~
nal/local, obriga a perpetuação de um tipo de controle mais quall
tativo do que quantitativo.
Isto é resultado, dentre'outras coisas, do
tratamento isolado que tem sido dado ao setor, como se ele nao
estivesse interligado com o ambiente político, econômico e social
e sujeito, portanto, ~s influências de in~meras forças e variáveis-exogenas"
- 7 -
Todavia, embora o controle de resultados ainda
seja precário neste campo, acredita-se que há possibilidades para
deslanchar uma ação integrada e planejada se as etapas e realizações
concretas estiverem submetidas à uma vontade potTtica e admlnlstratl
va que possa assegurar o cumprimento do que foi programado.
Isto é o que se espera com o estudo agora con
cluido. Que ele poSsa acionar um conjunto de realizações concretas
para tirar o setor turístico do imobilismo relativo ao qual tem sido
submetido até hOje.;I Que possa, sobretudo, demonstrar a complement~
riedade entre os núcleos turísticos existentes, até agora vistos is~
ladamente, ressaltando a existência de um Sistema Estadual de Turis
~ e a nec~ssidade de tratamentos diferenciados para cada um destes
!'!.9cleos.(
- 9 -
10 - Vila Velha
06 - Li nha res
09 - Serra
Vi tóriaI I
" :.); \1, i':; :
) \ ~l
Ou tros ~un i cí p! os podem t;r ~otenc i a 1i dades mas ~~~~gt~:~p6ns i derados aquI dada as caracterlstlcas de curto prazo do''''t'r~rno e a necessidade de maiores investimentos nos Municfpios (Ex. Santa LeopoTdina, PiGma, Presidente Kennedy, Alegre). -
04 - Gua rapa ri
08 - são Hateus
03 - Domingos Martins
-A A DISTRIBUI~AO ESPACIAL DOS RECURSOS TURISTICOS
07 - Santa Tereza
Para efeitos do presente trabalho, foram consid~
rados os seguintes Municípios, tendo em vista o critério da potenci~
1idade de cada um para o desenvolvimento do Turismo: 3
05 - Itapemirim
02 - Conceição da Barra
01 - Anchieta
• 10 -
A distribuição espacial dos recursos turísticos do
Espírito Santo, apresenta-se, portanto, da seguinte maneira:
Se preservada contra a ocupação desordenada do solo e a des
caracterização do seu ambiente buc61ico de cidade pesqueira,
ela pode vir a tornar-se um dos grandes pólos turísticos do
Estado.
REGIÃO· NORTE
Com uma praia de 6 Kms. de extens~o, ela conserva-se imune
aos tradicionais efeitos maléficos da urbanização desenfrea
da. Muitas de suas construções modestas, típicas de uma co
lônia de pesca, conservam um aspécto rudimentar e agradável,
denotando a ausência de especulaç~oimobiliáriase/ou· de
Turismo mdis intenso.
Localizado a 281 Kms. de Vit6ria e a 18 Kms. da BR-I01, Con
celção da Barra apresenta nítidas vantagens locacionais para
o Turismo. Estrategicamente situado entre Vit6ria e Salva
dor, pode atrair turistas ou viajantes que se destinem a uma
ou outra capital, para curta perman~ncia, como Turismo de
trânsito ou de lazer. Além disto, pode receber um fluxo
maior e mais contínuo de turistas para longa perman~ncia.
1.1 - Município de Conceiç~o da Barra:
1 - ZONAS DE PRAIA E ESTAÇÕES BALNEARIAS A BEIRA-MAR
DO ESTADO.
Juntos, estes Municípios t~m uma ~rea de 14.541 Km2,
o que corresponde à 31,8% da área do Estado. Segundo o Censo de 1970,
residiam neles 34,2% da populaç~o total e 46,9% da populaç~o urbana,
com uma densidade populacional m~dia da ordem de 2,7 hab/Km2 , igual a
densidade média do restante do Estado.
- 11 -
Há necessidade de preservar a parte antiga da cidade, pe~
sando-se em desenvolver uma área paralela que atuaria como
centro fornecedor de equipamentos turTsticos. Nesta, s~
riam estimuladas construções de hotéis de veraneio, areas
de recreação e centros de esporte e de artesanato. Pensar
-se-ia, sobretudo, nas pré-condições essenciais para pr~
servação das manifestações folclóricas da região. As novas
gerações, semi-integradas à aldeia gfobal pelo advento dos
meios de comunicações, estão contribuindo progressivamente
para o desaparecimento de manifestações como o ~do, o
T)c.umbJ., as c.ongadM, as festas religiosas e as procissões
fluviais na festa de são Pedro. A comercialização gradatl
va do folclore primitivo levará, necessariamente, à extin
ção de um rico processo cultural que tem valor turístico
inestimável.
Um fen6meno natural de grande efeito c~nico pode ser visto
na Vila de Itaúnas. Localizada a 21 Kms. do centro de Con
ceição da Barra, a Vila que se situava inicialmente a
beira-mar, foi sendo invadida por dunas de areia fina que
a encobriram totalmente. A população foi forçada a recuar
para o outro lado do Rio Itaúnas mas continua temerosa das
forças naturais.
Escalar as dunas é uma aventura muito interessante e única,
descortinando-se uma paisagem de incrivel beleza.
A ligação rodoviária do local com o centro do MunicTpio ne
cessita ser urgentemente melhorada j~ que até o final do
ano será entregue o trecho asfaltado entre Conceição daBa.!:.
ra e a BR-I01, que por certo, trará um aumento substancial
no fluxo de veículos.
- 12 -
A idéia é então de se programar a atividade turística de um
dia, para visita às dunas. O equipamento turístico teria
que ser melhorado construção de um restaurante típico
seria suficiente e a população local poderia ser apr~
veitada na função de guia turístico.
~ id~ia da Prefeitura Municipal reativar a médio prazo pa~
te de uma ligação ferroviária existente no Município para
tins turísticos.
1.2 - Município de S~o Mateus:
A parte baixa da cidade é o único atrativo turístico do 10
cal. Trata-se da zona do antigo cais do Porto de são Ma
teus, onde aportavam navios negreiros e depois, de imigra~
tes europeus e onde se localiza um conjunto arquitetônico
interessante.
o problema social da região e grave e supera o interesse
turístico, que passa a ser secundário diante das necessida
des assistenciais da população local. Zonas de favelas e
de prostituição denotam condições gerais de vida que exigem
outro tipo de ação programática do Setor Público Estadual.
Ao lado dos casarões coloniais começou a surgir barracos, e,
em função do estado de pobreza da população, é uma variável
que não pode ser controlada pela simples atuação do Institu
to de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Atualmente estão sendo realizados estudos e levantamentos do
Patrimônio do Porto, coordenados pela Fundação Cultural do
Espírito Santo e há quatro anos a UFES, FUNARTE e a Prefei
tura do Município promovem uma semana de arte no local ap~
sar do estado de precariedade existente. Mas, além de se
- 13 -
pensar na recuperação/preservação da cultura e da paisagem,
torna-se necessária a agilização de uma série de medidas
que possibi 1itassem a geraçio de empregos e de renda para a
população, procurando-se minimizar a gama de problemas 50
ciais encontrados na região.
Inegavelmente, pode-se pensar, numa perspectiva de longop
20, em estimular atividades turísticas na região. A recup~
ração do Porto de são Mateus poderia fazer do Município um
centro de artesanato e de demonstrações folclóricas forman
do, inclusive, um triângulo harmonioso e integrado de ativ.l.
dades culturais entre Conceição da Barra, Itaúnas e são Ma
teus. Mas, antes de tudo, torna-se necessário uma ação do
Poder Público no sentido de melhorar as condições de vida
de determinados bo~ã~ de pauperismo.
1.3 - Mu~icípio de Linhares.
Pólo subregional potencial, Linhares pode exercer a função
de fornecedor de recursos materiais e humanos para zonas
periféricas de potencialidade turística, como a Lagoa Jup~
-rana.
A 88 Kms. de são Mateus e 112 Kms. de Conceição da Barra, o
Município tem um sistema razoável de hospedagens e comunica
ções e oferece algumas opções turísticas relevantes p como a
Lagoa Juparanã~ a Reserva Florestal de Sooretama e o Museu
Lorenzutti.
Sob a ótica de um Programa de Ação Imediata, o ponto mais
importante da região é a Lagoa Juparanã. Fenômeno geográfl
co sem similar nos demais Municípios, ê um local privi legi~
do para uma ação turistica dinâmica e Integrada.
A localização da Lagoa - margens da BR-IDI - permite o
acesso de um nGmero grande de turistas. Mas ~ necess~rio
a constante preocupaçao com o ordenamento do uso do solo
para evitar a descaracterização do seu patrimônio natural.
o Decreto n<? 1120-N, de 09.10.73, declarou como zonas prl~
ritárias de turismo as bacias das Lagoas Juparanã e Jup~
ranã Mirim, num raio de 2 Kms. das margens. Considerou,
então, a necessidade de preservação e fiscalização contra
quaisquer riscos de degradação ecológica e paisagística,
em função de prováveis ocupações desenfreadas do solo.
Como as áreas ao redor da Lagoa pertencem i iniciativa
privada, o Poder pGblico deve procurar uma ação integrada,
atuando preponderantemente no que diz respeito a legisl~
ção de uso e ocupação do solo e à promoção de investimen
tos em infra-estrutura. Com isto, e com uma estratégia
de marketing turístico bem coordenada, poderá induzir a
construção de equipamentos turísticos que possam ampliar
a oferta e consolidar o potencial da região.
Do ponto de vista econômico, os investimentos a serem rea
lizados na área para o desenvolvimento do Turismo aprese~
tam inquestionável viabilidade. Além do mais, pelo pr~
prio movimento de negócios, que vem aumentando continua
mente, verifica-se um fluxo ponderável de pessoas que tem
origem ou destino no Município, com objetivos profissi~
nais. Estas pessoas devem ser informadas e motivadas a
conhecer os pontos de interesse turístico, como a Lagoa
Juparanã.
- 15 -
2 - ZONAS DE MONTANHA COM INTERESSE TURTsTICO.
2. I - ~unicípio de Santa Tereza:
Ao lado das manifestações culturais provenientes da coloni
zação italiana, os principais atrativos de Santa Tereza
são o clima de montanha e os beija-flores do Museu Mello
Leitão. O Vale do Canaã e a cascatinha do Fazenda Clube
Santa Tereza, aparecem como atra~ivos secundários.
Situado a 76 Kms. de Vitória e 127 Kms. de Guarapari, o Mu
nicípio deve ser incluido no roteiro dos visitantes ao
Estado para permanências de um dia. Além disso, conside
rando-se o clima e a tradição gastronômica, seria indispe~
sãvel a construção de um pequeno hotel - pousada que inco~
parasse características da região e a projeção de uma área
de camping. Isto atuará no sentido de atrair maior numero
de turistas do próprio Estado para uma permanência mais
longa.
2.2 - Mu~icrpio de Domingos Martins:
Trata-se de uma cidade de colonização alemã cujo maior
atrativo e o clima de montanha.
Atualmente, o fluxo turístico com destino ao Município e
todo originário da capital do Estado. Integrantes das cla!
ses alta e média-alta~ que possuem sítios ou granjas na
região, dirigem-se a ela nos finais de semana para fugir
do ritmo metropolitano da Aglomeração Urbana da Grande Vi
tória.
- 16 -
Excluindo-se o fator cl ima, que estimulou uma espécie de
TU!l..iómo in~tJroVeJl~Ldo e de elites, os recursos turísticos
do Município são mínimos. A curto e médio prazos, nao há
viabilidade para turismo de longa permanência mas, sim,
para estadas de um dia ou, no máximo, de flm-de-semana.
H~ que se destacar o povoado de ParajG, pr6ximo a Domin
gos Martins. Nele realiza-se uma interessante comemoração
da festa de Corpus Christi, quando a população local trans
forma a rua principal num tapete feito com pétalas de fIo
res. t um evento significativo que deverá ser incluldo no
calendário turístico do Estado.
Ponto de convergência dos mineiros, dos cachoelrenses e
dos capixabas, trata-se de um pólo potencial de f~cil aces
sibil idade e com uma capacidade hoteleira que precisa ser
melhorada.
Com um,) orla filaI-fUrna que Já se tornou um foco de atr.lç;lo
anual de cachoel renses - a cidade de Cachoelro de Itapeml
rim fica a aproximadamente 60 Kms. de Marataizes - obalneá
rio já possui, então, uma demanda turística tradicional, ~
REGIAo SUL
Neste Município encontra-se o balneário de Marataizes, já
com uma pequena infra-estrutura turística montada. t vol
tado preponderantemente para um veraneio de classe média
e a maioria das pessoas possui residências secundárias para
os períodos de férias.
3.1 - Município de Itapemirim:
3 - ZONAS DE PRAIA E ESTAÇÕES BALNEARIAS A BEIRA-MAR
DO ESTADO.
- 17 -
principalmente porque conseguiu conservar, em parte, um
ambiente de vi larejo, onde as pessoas têm um sentimento g~
ral de estarem convivendo numa única família. Este fator
é muito importante e é responsável pela capacidade de atra
ção do balneário.
Conservar o aspécto provinciano da cidade é mais revelante
do que tentar subverter o seu mercado turístico. Em outras
palavras, as medidas a serem implantadas em Marataizes de
vem procurar a sua consol idação como VÜiVlJ!.jO d~e.nvo.tv,(do,
evitando qualquer expansão urbana desenfreada.
3.2 - Município de Anchieta:
Ponto obrigatório de visita de qualquer turista que se
dirija a urna das cidades da faixa radioativa do Estado, a
sede do Município de Anchieta tem sua importância explic~
da pelo acervo histórico-cultural que acumulou ao longo dos
anos, desde a estada dos Jesuítas no Espírito Santo.
f importante a elaboração de um Plano Diretor para a cida
de de forma a não permitir que a sua paisagem/patrimônio
histórico seja afetada pelos estabelecimentos de projetos
industriais nas proximidades.
Além disso, o Município de Anchieta possui o balneârio de
Iriri, chamado de I~tLba por alguns. Trata-se de uma
localidade com excelente potencial turístico, ressaltado
principalmente pela existência de belas praias. f uma ci
da de com ruas arborizadas e com um processo de urbanização
lento e, até certo ponto, ordenado mas que necessita defis
calização contra os perigos da especulação imobiliária.
Pode resultar numa alternativa para Guarapari. atendendo
também aos turistas das classes alta e média-alta.
- 18 -
3.3 - Município de Quarapari:
Guarapari é o pólo turístico mais importante do Espírito
Santo, com uma imagem que já deixou a dimensão meramente
inter-regional para assumir proporções até Internacionais.
t conhecido por suas areias monazíticas e por sua privi
legiada orla marítima, servindo, portanto, como centro
receptor dos mais variados tipos de turistas.
Em funç~o de um crescimento urbano desenfreado e desorde
nado, o centro da cidade encontra-se razoavelmente con
gestionado, mostrando sintomas de uma cidade que vai pe~
dendo sua condição de centro de lazer e está acumulando
problemas urbanos crescentes. Em decorrência deste fenô
meno, as praias da periferia do núcleo urbano passaram a
assumir uma importância maior, ressaltando-se, então, a
existência de MeiUpe., EVL6eada Azui, Seilba e P!ULi.a do
MOMo.
Sem obedecer a qualquer plano que tentasse direcionar/
ordenar o uso e a ocupação do solo, a cidade adensou- se
em determinado centro e apresentou a tradicional expa~
são urbana em forma de maneh~ de ãteo, onde a periferia
vai sendo ocupada e os lotes vagos entre um local e ou
tro vão sendo estocados para servirem à especulação imo
b i I i ári a.
A despeito disto, conseguiu-se ter um pólo turístico que
procura atender a uma demanda constante. Nos meses de
pico, ele assume mais a funç~o de centro de lazer e na
baixa estação fornece condições para o Turismo terapêutl
co e o Turismo de negócios. O Ordenamento Urbano~ pode
ressaltar ainda mais a sua import~ncia.
-- 19 -
~ - ZONAS DA AGLOMERAÇAo URBANA DA GRANDE VITORIA.
Tratados de forma integrada, devido ao processo de conurbaç~o ace
lerado, Vitória, Vi la Velha e Serra são os Municípios que aprese~
tam-se como possuidores de potencial turístico, na ~rea da chama
da Grande Vitória.
~~!~!_tal do Estado, Vitória é o Município que apresenta a melhor
oferta global para atividade turística, em termos relativos. Tem
servido primordialmente para o Turismo de negócios, em decorrência
de sua condição de capital administrativa e de principal centro
fornecedor de serviços do Espírito Santo. Recebendo funç~es ur
banas complexas, ele adensou-se demasiadamente e apresenta alguns
problemas que desequilibram o seu mercado turístico. Nos meses de
pico, por exemplo, é patente a saturação do seu sistema de hospe
dagem.
Vila Velha tem uma integraç~o urbana vigorosa a Vitória e exerce
de maneira predominante o papel de cidade-dormitório. Apresenta
graves problemas de infra e super estruturas urbanas, mas conse
gue atrair em meses de pico um fluxo razoável de turistas para
curta permanência. Seu principal atrativo é a P~La da Co~ta,pr~
vi legiada orla marítima circundada por bares e lanchonetes e por
um hotel de porte razoável para a demanda turística existente.
Entre Vila Velha e Guarapari vale a pena destacar a Cidade do Sol
e os loteamentos na área que se utilizados racionalmente (istoé,
para Turismo e não para expalUão residencial da Grande Vitória)
poderão oferecer uma excelente opção.
Por último, o Município da Serra é o que apresenta maior potencial
dentre os três, para a consolidação do Turismo de lazer. Seu mai
ar recurso é a orla marítima, extensa e bonita, que vai desde o
h,!ltl P ;ll io dR r01rilp"(Hfi) "11(' o Ilillrwiirlo de Nova Afm,,)da. Tem ser
,;I"" l'l''',H 1"111''111,' .11' 111111:<1\1<1 dI} l(l.ll:er pdrtl cll:lsses médias minei;'
ras ~ capixabas e deveria receber resultados mais concretos das
aç~es dos Poderes pGhl ico e privado para a expansao da oferta
- 20 -
B APROXIMAÇÃO QUANTITATIVA E QUALITATIVA DA OFERTA E
DEMANDA TURÍSTICAS.
I - OFERTA.
Da an~lise do Quadro I pode-se concluir que os serviços de apoio
turístico são insuficientes no Espírito Santo. Revela-se um p~
norama totalmente negativo com refer~ncia aos ítens enfocados e
só os pólos de Vitória e Guarapari t~m uma situação que pode ser
julgada satisfatória, em termos relativos.
Percebe-se que o Turismo capixaba apresenta um carater espontâneo
na medida em que os turistas são atraidris exclusivamente pela
generosidade da natureza.
A capacidade de alojamentos so e razoável, em Guarapari e em Vi
tória. Há insuficiências de meios de recreação e de informações
sobre os diversos pontos/atrativos turísticos existentes.
Em locais que são pólos turisticos potenciais, como Linhares e
Conceição da Barra, o sistema de alojamentos ~ deficiente. A
oferta de áreas de camping~, por exemplo, é pequena, se for leva
do em conta o seu baixo custo de implantação e a crescente deman
da proveniente dos grandes centros urbanos.
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21 -
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IIl
- 22-
o processo de informações, sempre um importante recurso para agi
lizar o mercado, é integrado por cinco postos, dos quais três es
tão localizados em Guarapari. Como se não bastasse isto, verifi
ca-se a existência de um reduzido contingente de pessoal qualifi
cado para o Turismo receptivo, principalmente os guias de Turismo.
Por sua vez, não existe satisfatório entrosamento entre os agentes
de viagens capixabas e as autoridades oficiais de Turismo. Por
isto, deixa de ser implementada uma política agressiva e integra
da de promoção e de melhoria qualitativa e quantitativa da oferta.
As agências de viagem atuam como simples emissoras de passagens e
sua ação principal restringe-se ao estímulo do Turismo para fora
do Estado.
Percebe-se, enfim, que no quadro global da oferta turística do Es
pirito Santo' o nível quantitativo e qualitativo dos fatores deve
procurar um ponto de equilíbrio, a fim de tornar factível a im
plantação de condições mínimas de atração e operação econômicas.
Quando se explica, por exemplo, o coeficiente de concentração como
indicador das possibilidades turísticas de determinado espaço ge~
gráfico, pode-se vislumbrar algumas pré-condições de equilíbrio
potencial. E, aí, deve ser analisada a indústria hoteleira a fim
de procurar-se um parâmetro que permita a visualização de tal equl
líbrio.
A observação da oferta hoteleira no Espírito Santo pode ser feita
adotando-se o critério qualitativo, que leva em conta o número de
hotéis com apartamentos com banheiros privativos. Isto pode for
necer uma possibilidade de classificação, conforme pode-se perc~
ber recorrendo-se ao Quadro 2.
o que fica patente, da análise do Quadro 2, e a presença efetiva
dos dois pólos de desenvolvimento turístico que são Vitória e Gua
rapari. Mesmo no plano nacional a expressa0 global da oferta de
hospedagem coloca-os em posição destacada. Basta verificar que no
Quadro de capacidade de alojamento publicado pela EMBRATUR em1976,
as cidades de Guarapari e Vitória aparecem em 18~ e 21~ lugares,
respectivamente, numa lista dos oitenta principais Municípios tu
rísticos.
- 23 -
qUADRO 2
~TA HOTELEIRA EM ALGUNS MUNICrPIOS DO ESprRITO SANTO.
APARTAMENTOS COM
,._~ UNI C r P I O S H O T t I S BANHEIRO PRIVATIVO
GUARAPAR I 13 775
VIT(JRIA 7 ~38
MRATArZES 3 12~
ANClIIETA (i nc 1us i ve,
I ri ri ) 6 10~
VILA VELHA 1 70
511.0 MTEUS 3 73
LI"mARES 2 65
te: Guia Quatro Rodas do Brasi 1, 1977.
Esta oferta hoteleira deveria justificar a organização de Núcleos
Turísticos Locais alternativos, de modo que se pudesse viabi 1izar
um Sistema Turístico Estadual integrado que melhor distribuisse
espacialmente a atividade.
Sendo o fluxo turístico determinado primordialmente pelas condi
ções de acesso e de hospedagem, percebe-se que o Espírito Santo
ainda não conseguiu preencher a segunda condição. O Quadro 3 po~
sibilita esta conclusão, na medida em que enriquece as informações
sobre meios de hospedagem nos Municípios selecionados.
No que diz respeito às condições de acessibilidade, pode-se cons
tatar a razo~vel condição privi legiada do Estado. Os Quadros ~ e
5 e o Mapa I permitem a visualização desta afirmativa, no que diz
respeito ao transporte rodovi~rio.
As rodovias federais que servem ao Estado, principalmente a BR-10}
e a BR-262, satisfazem as necessidades e ressaltam a sua pOJiçio
de corredor de transportes e pólo nodal, colocando-o em posição
privilegiada em relação aos principais centros nacionais polariz!
dores de Turismo.
Por sua vez, o sistema rodovl~rio estadual pode ser considerado r~
gular, sob o ponto de vista do Turismo. t notória a interligação
rodovi~ria dos Municípios analisados, com todas as vias já impla~
tadas. A situação so nao pode ser julgada boa, dentro deste cri
tério qualitativo, porque ainda há necessidade de promover pavl
mentação de 354 Kms. de rodovias.
Com relação aos outros modos de transportes, há que se destacar,
do ponto de vista do seu aproveitamento para o estímulo à ativi
dade turística, o aerovi~rio. O Espírito Santo é servido pelo
Aeroporto Eurico Salles, distante l~ Kms.' do centro da capital, e
por campos-de-pouso existentes nos Municípios de Cachoeiro de Ita
pemi rim, Colatina, Linhares, são Mateus, Vi la Velha, Guaçui, 8ai
xo Guandu e Guarapari. Só o aeroporto de Vitória tem servido,
apesar de suas dimensões precárias, ao Turismo, especialmente ao
rUI i 51110 de negóc i os.
','
- 25 -
qUADRO 3
~EIOS DE HOSPEDAGEM EM CENTROS TURfsTICOS SELECIONADOS.
E M C A T U R Q U A T R O R O O A S
LOCAL IDADES HOT&:IS APTOS QUARTOS HOTrlS APTOS QUARTOS
ANCIi I ETA 7 161 24 6 104 56
GUARAPAR I 22 895 39 13 775 50
AARATAfzES 10 305 99 3 124 18
DOMINGOS MARTINS 1 - - 1 19 32
SANTA TEREZA 1 - 4 2 7 39
VITORIA 8 434 157 7 438 94
VI LA VELHA 1 76 - 1 70 -SERRA 4 15 61 - - -UNHARES 16 - - 2 65 22..
CONC. DA BARRA 2 - - 1 24 16
SM MATEUS 4 37 49 3 73 25
T O T A L 76 1.923 384 41 1.728 390t...-.,,_
te; Levantamento da Oferta Turística, EMCATUR, 1976Guia Quatro Rodas do Brasi 1, 1977.
QUADRO 4
_RODOV I AS FE DE RA I S •
- 26 -
L I G A ç A O E X T E N S A O
CONSERVAÇAoRODOVIAS ORIGEM DESTINO
PAVIMENTACAO NAo PAVIMENTADA
463101 Divisa RJ Divisa BA
Boa
262 Vi tór ia ES Divisa MG 197
Boa
381 são Mateus Nova Venécia 68
Regular
482 Safra ES Divisa MG 131
Boa
fonte: - DER - ES
- DNER
... 27 ...
TRECHO EXTENSÃO Km
CONSERORIGEM DESTINO VA ÃÕ PAVIMENTADA NÃO PAVI MENTA DA
Vi tóri a Nova Almeida Boa 2711 Nova Almeida Vi la do Riacho Regular 5711 Cone. da Barra I taúnas Regular 21
Vitória Vi la Velha Boa 12
11 Vi la Ve Iha Gua rapa ri Boa 4511 Guarapa ri Mea ípe Boa 3 411 Heaípe Anchieta Regular 2511 Anchieta I tapemi rim Regular 34
Vi tóri a Sta. Leopoldina Regular 24 20
Sta. Leopoldina Santa Tereza Regular 28
BR 101 Anchieta Regular 17
Venda Nova BR 482 Boa 58
li nha res Regência Regular 5811 Povoação Regular 40
BR 101 Santa Te reza Boa 29
8R lO I Cone. da Barra Regular 21
BR lO I Itapemirim Regu 1ar 25
aR lO 1 Gua rapar i Boa 6
BR )OI Marataízes Boa 30
OER - E5.
ROD. FEDERAL PAVIMENTADA
CONVENÇÕES
flOO. ESTADUAL PAVIIAENTADA
...... --- liDO.' UTAD. UIPAVIMl'llTIIÇro
-28-
)(
h..JlOOAlXO
• ) GUANDU
/""
f,../
(I AFONSO CLAUDIO! O
MAPA ISISTEMA ESTADUAL DE TURISMO:
"CONDiÇÕES DE ACESSIBILIDADE POR TRANSPORTE ROOOVIARIO.-.J'
f
-:---------------- -------
- 29 -
o Turismo marítimo, roteiros de fim de semana na linha Rio-Vitó
ria, poderia ser aproveitada utilizando a infra-estrutura po~
tuária existente.
2 - DEMANDA.
o estudo da demanda deve determinar as indicações principais pa
ra organização da oferta estadual, bem como para a formulaçãoda
política de desenvolvimento espacial do Turismo.
Entretanto, a nível do presente trabalho, só foi possível indi
car a demanda de Guarapari. Para os outros Municípios sabe-se
apenas, através de alguns dados espa~os, que: Vitória recebeu
22.438 turistas em 1970, 34.823 em 1971 e 51.951 em 1972;
Itapemirim recebeu 7 mil em 1970, 8.500 em 1971 e lO mil em
1972; por último, Anchieta recebeu 12 mil em 1972.~
Pelas pesquisas de campo efetuadas em Guarapari nos meses de
janeiro e fevereiro de 1976, pode-se definir orientações sobre
a demanda turística típica, o que seria feito também para os
outros Municípios se não houvesse carência de informações prim~
rias.
De qualquer forma, vale a pena uma análise dos dados obtidos p~
ra Guarapari, principalmente porque o perfil da demanda de aI
guns outros Municípios poderá ser semelhante, pelo menos do
ponto de vista do tempo de permanência e da faixa de renda.
EMBRATUR. Projeto ROTUR, 1973. Dados nao consolidados.
- 30 -
Verifica-se que:
a
de
c) 82,5% das famílias pretendia permanecer no balneário de
29 dis. Os mineiros eram predominantes' no tipo de opção
passar maior número de dias, como era de se esperar;
Fica a constatação de que a opção por casa alugada é frequen
te entre os mineiros e a por hotel e frequente entre cariocas
e paul istas;
Entre as que optaram por hotel e casa alugada (42,3%) Minas
Gerais teve uma participação de 18,8% para casa alugada e
7,6% para hotel. As pessoas do Rio de Janeiro, são Paulo e
outros lugares, demonstraram preferência marcante por hotel.
Dos 9 mil adultos que visitaram o Município, 5 mil eram ori
ginários de Minas Gerais. Nota-se. portanto, o grande flu
xo de mineiros à essa região;
b) Quanto ao tipo de hospedagem. das 15 mil famílias entrevista
das. 34.8% preferiram outno~ tipo~ de acomoda~õ~, 24.2% pr~
feriram c~a al,ugada. 18.1% optaram por ho~el e os demais dls
tribuíram-se entre pen6ão. c~a de am~go~ e camp~ng~.
a) Das 73 mil pessoas que chegaram i(Guarapari naquele período,
quase 87% eram crianças provenientes em sua maior parte de
Minas Gerais (41.9%) e do Espírito Santo (21,1%). As demais
eram provenientes do Rio de Janeiro. de são Paulo e de uma
minoria de outros Estados.
Os Quadros 6) 7, 8. 9 e 10 consolidam algumas informações da pe~
quisa.
- 31 -
d) Das 15 mi I famíl ias, aproximadamente 6 mil percebiam uma renda
superior a 10 mi 1 cruzeiros. Levando-se em conta que 2 mil
famílias se omitiram e que quase 1.500 percebiam uma renda en
tre 5 e 6 mi I cruzeiros, observa-se que a maioria era detento
ra de uma renda superior a 5 mil cruzeiros, em sua maior parte
composta por mineiros.
Dentro do perfil de renda do Brasil, as faixas de renda das
pessoas que visitaram Guarapari naquele ano podem ser conside
radas muito boas. predominando famílias da classe média;
e) Das famílias que emitiram opinião sobre suas respectivas prevl
sões de gastos - 12 entre 15 mil entrevistadas- houve um cer
to equi librio entre as respostas. Destaca-se, entretanto, que
3 mi I famílias previam um gasto de ate 1 mil enuz~~ e 196
previam gastar em .toJr.J10 de. 10 mil enuZ<Ú!LO~. Isto corrobora a
conclusão sobre a predominância da classe média.
Os dados permitem, enfim. pelo menos três tipos de conclusão. A
primeira é a da predominância dos mineiros, embora nao se possa
afirmar que a demanda turística de Guarapari é localizada. A se
gunda é a de que a maioria das famílias são de classe média e a
terceira é a de que o tipo de Turismo predominante é o Turismo de
lazer e de terapia, de longa permanência.
Para finalizar a análise da demanda, deve-se levar em conta que
as excursões rodoviárias de melhor nível turístico, já integradas
em planos normais de comercialização de grandes agências de viagem
como a Sot~, a Uhbi e.t OJr.bi e a AbJr.e.u, sempre utilizam o Es
pírito Santo na modalidade de Turismo itinerante. Elas se apoiam
em Guarapari ou em Vitória p que servem apenas como paradas para
pernoite, no circuito circular a partir das grandes praças emisso
ras que são o Rio de Janeiro e são Paulo.
- 32 -
Esta situação intercalar, de corredor de passagem, tem similit~
de com outras zonas do País, onde os destinos finais como gra~
des motivadores (ex. Foz do Iguaçu) oferecem as cidades interme
diárias (no caso Curitiba) a condição de simples parada obriga
tória para descanço de pernoite.
00 ponto de vista Turístico, isto ocorre em dois ou três casos:
Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo. Em todos eles a situa
ção do Turismo de passagem limita um desenvolvimento harmônico
do setor ou, pelo menos, limita-lhe as possibilidades de uma
expansao otimizada. No caso do Espírito Santo a sua posição em
relação aos grandes centros emissores de são Paulo e Rio de Ja
neiro, a sua tradição de Turismo para Minas Gerais e de corre
dor de passagem para Bahia, vão subsidiar as análises prioritá
rias do plano de Turismo e das ações imediatas a propor e a
executar.
PROCEDt N C I A
NOI".ERD EspfRITO SANTO MI NAS GERAIS RIO DE JANEIRO SÃO PAULO OUTROS T O T A LDE
PESSOAS ASS. REL • ASS. REL. ASS. REL. ASS. REL. ABS. REL. ABS. REl.
Criança 15.342 90 21, 1 30.492 84,7 41,9 8.003 88,6 11 , O 5.126 91 , 1 7,0 4.320 83,9 6,0 63.283 86,9
Adul to 1.688 9.9 2,3 5.451 15,2 7,5 1•O10 11 ,2 1,4 494 8,8 0,7 807 15,9 1, 1 9.450 13, O
N. R. 26 O, 1 0,0 33 0,1 0,0 17 0,2 0,0 9 0,1 0,0 21 0,4 0,0 106 O, 1
TO TAL 17.056 100 23,4 35.976 100 49,4 9.030 100 12,4 5.629 100 7,7 5.148 100 7,1 72 .839 100
Fonte: EMCATUR, Levantamento direto realizado em Janeiro/Feverei ro/76.
, P R O C E O r N C i A
flPO EspfRITO SANTO MiNAS GERAI S RIO DE JANEIRO SÃO PAULO OUTROS T O T A L
HOSPEDAGEM ASS. REL. A8S. REL. A8S. REL. ABS. REL. A8S. REL • ABS. REL.
Hotel 151 4,4 1, O 1. 117 16,2 7,6 623 29,4 4,3 370 35,3 2,5 383 34,2 2,6 2.644 18, 1
Pensão 3 O,1 O,O 6 O, 1 0,0 5 0,2 0,0 1 O, 1 0,0 3 0,3 0,0 18 O, 1
Casa Alug~ 256 7,4 1,7 2.747 40 18,8 274 12,9 1,9 75 7,1 0,5 181 16,1 1,2 3.533 24,2da
Casa Amigos 221 6,4 1,5 373 5,4 2,6 197 9,3 1,3 44 4,2 0,3 68 6,0 0,5 903 6,2
Camp i ng 71 2, 1 0,5 312 4,5 2,2 267 12,6 1,8 242 23, 1 1,7 161 14,4 1, 1 1.053 7,2
Out ros 1.982 57,7 13,6 1.982 28,8 13,6 673 31,7 4,6 174 16,6 1,2 272 24,3 1,9 5.083 34,8
Desti no In 753 21,9 5,2 341 5,0 2,3 82 3,9 0,6 143 13,6 1, O 53 4,7 0,4 1.372 9,4definido
,TOTAL 3.437 100 23,5 6.878 100 47, 1 2. 121 100 14,5 1.049 100 7,2 1. 121 100 7,7 14.606 100
Fonte: EMCATUR.
DEMANDA TURfsTI CA EM GUARAPARI, SEGUNDO A PERMANtNCIA - 1976.
,P R O C E D t N C f A
. ,
_ ESP f RI TO SANTO MINAS GERAI S RIO DE JANEIRO SAO PAULO OUTROS T O T A L
PERMANtNCIA ASS. REL. ASS. REL. ASS. REL. ASS REL ASS. RFL ASc; Rt:"1
I - 14 1.974 57,0 13,5 3.648 53,0 25,0 1.463 69,0 10,0 769 73,3 5,3 748 66,7 5, I 8.602 58.9
15 - 29 205 6,0 1,4 2.509 36,S 17,2 396 18,7 2,7 109 10,4 0,7 235 21,0 1,6 3.446 23,6
30 - 59 321 9,4 2,2 400 5,8 2,7 J74 8,2 1,2 30 2,9 0,2 84 7,5 0,6 1.O10 6,9
60 + 228 6,6 1,6 41 0,6 0,3 38 1,8 0,2 2 0,2 0,0 10 0,9 0,1 318 2,2
Outros 709 20,6 4,8 280 4,1 1,9 50 2,3 0,4 . 139 13,2 1,0 44 3,9 0,3 1.228 8,4
TOTAL 3.437 100 23,S 6.878 100 47, 1 2.121 100 14,5 1.049 100 7,2 1. 121 100 7,7 14.606 100
Fonte: EMCATUR.
-.
42 105/45,2 268
31,8
50, I
203
367
27.0
48,8
238
478
25,7
51,7
305
684
23,7
53,0
172
475
19,0
52,6
112
354
16.7
52,7
.121
362
17. I
51,1
75
220 50.4
977 16,7
2.824 48,2
928 42.9
T o T A L
3.437 23.5
6.878 47,1
RI O ~ JlViE..!
RD 21 17.1 29 112, O 58 110'8 115 15,3 121 13,1 164 12, 7 1 136 15,1 111 16,5115 16,2 64 958 16,3 229 10,6 2.121 14.5
S~ PAULO
OUTROS
9
6
7.3 4
8
1.7
3,3
16
23
3,0
4,3
38
29
5. I
3.8
33
55 5.9 88
3.8
6.8 78
4.7
8.6
41 6.1 53
8,0 _58
7.5
8, I
30
573
8.9 2 lO 9.7 I .049
102 4.7 1.121
7.2
7.71
T O T.A l 123 100 241 100 535 100 752 100 925 100 1.290 100 903 100 672 100 709 100 436 100 5.856 100 2.164 100 14.606 100
Fonte: EIlCATUR,
I
0000/1.000 1.0Co/l .999 2.000n .999 3.000/3 .999 1,.00011,.99915.000/5.999 6.000/6.999 I 7.000/7.999 _b/s.999l 9.000/9.'!'!)' J.SII"A lO.OO} I~:M) RcSPON. T O T ... L
Ii\U$ .1 RE~ IREL.
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RO 479 14.9 211, 19.5 188 15.1 147 13.4 138 12.6 70 13.3 31 11 .7 II
SÃo 1';,:;:,0 289 9.0 95 8,6 98 7.1 74 6,0 58 5,3 48 4~4 30 5.7 14 5.3 15 5,6 6 3.1 63 4,8 259 8.9 1.049 7,2
I',
.','
280 8,7 8,424 8.9 31 15.8 139 10,7 166 5.7 1.121 7,7
OUTROS 92. 97 7,0 95 7,6 61, 5,8 71 6.4 34 6,1, 28 10.6 .
T O TAL 3.212 100 1.098 100 1.385 100 1.242 100 1.098 10 1.098 100 528 100 265 100 269 100 196 100 1.305 100 2.910 100 14.606 100
Fonte: EKCATUR..
- 38 -
-C BREVES CONSIDERA'OES SOBRE OS DESEQUILIBRIOS EXISTEN-
TES NO SETOR,
1 - Em termos espaciais, poder-se-ia hierarquizar os núcleos turísticos
do Espírito Santo da seguinte maneira, levando-se em conta a situa
ção de hoje:
- A conurbação Vitória/Vila Velha desponta como um polo consolidado,
onde o Turismo de negócios é predominante;
Guarapari é um paio emergente, que pode ser consolidado com a im
plementação de algumas medidas que visem ã sua ordenação urbana;
- Linhares é um polo potencial que atualmente funciona apenas como
corredor do fluxo turístico existente. Com as transformações pr~
postas para a Lagoa Juparanã poderá, a médio e longo prazo, tor
na r-se um polo turístico significativo, .atraindo tanto o Turismo
de negócios quanto o Turismo de lazer de curta e longa permanen -
cias;
- Serra e ltapemirim despontam como focos de atividade turística com
demanda localizada. Com algumas melhorias na oferta turística,
podem consolidar-se como núcleos intermediários, mantendo-se uma
condição que os caracterizaria como protótipos de vila4ejo~ d~e~
vofv~do~. Atualmente atraem turistas para lazer, provenientes do
próprio Estado ou de Minas Gerais; mas o fluxo é reduzido, em
decorrência da escassez da oferta;
- 39 -
- Conceição da Barra é um Município que só consegue atrair o Turis
n~ de passagem e um diminutivo fluxo localizado para o Turismo
de lazer. Algumas famílias de clªs~e média do próprio Espírito
Sahto e de Minas Gerais passam flns·de-semana e férIas Ma elda a
de. Próximo de Itaúnas, rico em folclore e na arte gastronômica
como parte dele (folclore) e com orla marítima bonita, ele pode
vir a servir mais intensamente ao T4rismo de passagem. A longo
prazo, pode, também, exercer alguma'polarização capaz de atrair
um fluxo maior do Turismo de lazer;
Anchieta só consegue atrair um Turismo de passagem, em função de
seu patrimônio histórico. Iriri, entretanto, consegue ter um
fluxo razoável no verão, onde predomina o Turismo de lazer feito
por capixabas e por mineiros. A sede do Município pode atrairum
numero bem maior de turistas de passagem; e o balneário de Iriri
tem um potencial relevante para constituir-se numa alternativa, alongo prazo, à Guarapari;
- Domingos Martins e Santa Tereza encontram-se ainda em fase embrio
nária, do ponto de vista turístico. O primeiro atrai um pequeno
grupo das classes média-alta e alta da capital do Estado para fins
-de-semana. O segundo atrai, no máximo, alguns turistas que vao
visitar o Museu dos beija-flores. Ambos podem ser incentivados _
para atrair um Turismo de visitas - no caso de Domingos Martins _
e um Turismo com demanda localizada no próprio Estado, no caso deSanta Tereza;
-40-
- Embora nao tenha sido considerado no presente trabalho, o Muni
cípio de Castelo pode receber um Turismo de visitas, já que
possui a chamada GlLu..:ta. do Umoe1Jw,que pode ser estudada para
ser incluida em roteiros turísticos, a médio ou longo prazos. O
Pico da Bandeira também pode receber um Turismo de visita.
2 - Do ponto de vista da oferta turística, os desequilíbrios sao
patentes. Localizam-se predominantemente nas áreas de hospeda
gem e de saneamento básico. Além disso, há que se promover es
forços integrados entre os poderes público e privado para a
ampliação da oferta tambêm no que diz respeito a implantação de
alguns serviços de apoio - de informações, por exemplo - e da
pavimentação das rodovias que integram o sistema.
3 - Por último, vale ressaltar os desequi líbrios institucionais, que
serão tratados com maior riqueza de detalhes no próximo capítu
lo. Embora o Espírito Santo tenha um potencial significativo
para o desenvolvimento do Turismo, ainda não se desencadeou uma
ação planejada contínua, 1\ eficiente e eficaz. Deficiências or
ganizacionais das instituições que atuam no setor, aliadas a
escassez de recursos, tem impedido uma ação dinâmica tanto da
administração pública quanto da iniciativa privada, gerando umi
imobilismo que cria obstáculos à colocação do Turismo como fa
tor de desenvolvimento.
A - CONSIDERAÇOESPRELIMINARES
A oferta turística do Espírito Santo nao deixou
de acompanhar as I inhas definidas pelas penetrações rodoviárias e o I
desenho urbano pré-existente.
o Estado, excluindo-se os pólos turísticos de
Guarapari e Vitória, depende de sua natural vocação de eD~edo~ depM.6agem entre Rio e Bahia e de sua condição de I inha de penetração I
no sentido do interior do Brasil, atravé.s de Minas Gerai's. As funções
turísticas de um espaço deste tipo tem que combater as condições natu
rais gu~ possibil itam o tráfego de passagem e que dificultam um turis
mo de fixação. 4
De qualquer forma, os recursos turísticos exis
tentes permitem viabil izar projetos e itinerários compatibilizados
com esta vocação natural, apresentando alternativas para tipos de tu
rismo mais adequados e rentáveis, conforme a disponibilidade d~ fato
res de produção existente. Basta, numa abordagem global que incorpore
definitivamente a variável espaço, fazer indicações adequadas sobre
as diversas zona.6 de :tuJU.6mo, por definição legal ou natural, tentan
do conseguir uma interpenetração de motivações e estruturas que viabi
lizem o turismo do Estado.
Numa antevisão, que só poderia ser confirmada I
com a elaboração de um plano mais completo do que este, pensa-se que
a definição de nGcleos e pólos turísticos prioritários deverá ser fei
4Nesse sentido é fundamental a não proliferação dos motéis de b~-de.-e.ótJr.ada que impedem a Mxaç.ão do turista.
- 43 -
ta em função da existência, nestes locais, de um conjunto de recursos
e infra-estruturas que, concentrados, permitam assegurar a satisfa
ção das funções turísticas principais.
Quando se fala em concentração pretende-se con
figurar a existência de infra-estrutura bisicapara a operação das a
tividades turísticas. Ressalta-se, entã~, por exemplo, os acessos, a
hotelaria, a comercial ização e os serviços complementares - pontos vi
tais para o desenvolvimento do turismo.
A resposta inicial ao turismo de estadia, gue
procura o sol e a praia em éeocas bem determinadas, e as primeiras 50
luções para o aproveitamento dos fluxos de transição, oferecendo-lhes
visitas aos marcos históricos, às montanhas, à Lagoa Juparanã ou ao
litoral menos conhecido, são objetivos primordiais do presente estud~
cuja implantação deverá viabil izar/agil izar a atividade turística no
Espírito Santo. Deverá estimular, também, o turismo intra-estadual.
- 44 -
B - TIPOS DE TURISMO NO ESPIRITO SANTO
De acordo com o diagnóstico anterior, pode-se I
enquadrar o Espírito Santo numa classificação de três formas bem defi
nidas de turismo: 5
1) Turismo de Trânsito - como ponto intermediário entre os dois maio
res pólos receptores de Turismo no Brasil: Rio de Janeiro e Bahia,
o que evidencia a sua situação geográfica privilegiada e sub apro
veitada.
2) Turismo de lazer ou Turismo de férias - já se encontra em desenvol
vimento nas cidades da faixa I itorânea, embora com infra-estrutura
precária. O surgimento de residências secundárias ou atividades e~
tra-hote1eiras é a forma de alojamento mais util izada nesses ba1n~
ários, durante os meses de ferias. Dentro desta classificação pod~
-se incluir o Turismo de saúde, associado ao fator radioatividade'
das praias espíritosantenses.
3) Turismo de negócios - está em plena expansão e oferece boas pers
pectivas para ser incrementado. O número crescente de homens de
negócios que vêm ao Estado e evidente e pode ser constatado pela
chegada e saída de aviões constantemente lotádos, principalmente '
no eixo são Pau1o-Rio-Vitória-Be10 Horizonte-Brasí1 ia. Esses pass!
geiros são, na maioria, do sexo mascu1 ino e viajam a serviço de
suas empresas.
5Uma pesquisa da demanda mais aprofundada detectaria uma maior dlsponibi1 idade de dados para uma futura classificação.
c - CONSIDERA~OES SOBRE AS NECESSIDADES
no TURISMO NO ESPIRITO SANTO
Uma política de desenvolvimento do Turismo, fo~
mulada a partir de um programa de ação imediata, deve levar em conta
as seguintes considerações:
1) Que a capacidade hoteleira dos núcleos urbanos principais - Vitó
ria e Vila Velha - já se encontra em fase de saturação. Além disto
as estações balneárias - principalmente Guarapari - já atingem sua
capacidade máxima nos meses de pico;
2) Que nos meses de baixa estação o equipamento turístico existente I
permanece, em grande parte, ocioso;
3) Que os recursos humanos para o Turismo no Espírito Santo sao insu
ficientes e carecem de profissional ização. Isto ocorre tanto ao ní
vel de profissionais qual ificados e semi-qualificados, quanto ao
nível de mão-de-obra com formação universitária. Nos dois primei
ros casos, a lacuna será preenchida em parte com a operação do ho
tel-escola do SENAC;
4) Que o padrão dos serviços turísticos e primário e necessita de re
formas substanciais;
'5) Que a promoção do produto turístico estadual é praticamente nula.
) As informações sobre hotelaria, sobre restaurantes e sobre visi
tas também são escassas e não estão especialmente orientadas para
atender ao turista. O visitante, na maioria das vezes, desconhecei
os diversos pontos de interesse turístico do Estado, por falta de
informações;
7) Que os órgãos públ icos estaduais e municipais tem que considerar.
numa escala desejável. a atividade turística entre as alternativas
para tornar factível o desenvolvimento econômico integrado do Espi
rito Santo. Sendo uma das atividades qye mais se adapta ã disponi
bil idade de fatores do Estado, o Turismo ainda leva a vantagem de
contribuir para a consecuçao de um processo de desenvolvimento que
minimiza a poluição;
A deI imitação e classificação prévias das zonas de interesse paisa
gístico, por exemplo, deve estar respaldada numa legislação mínima
que discipl ine o uso do solo e que regulamente os tipos de edifica
ções possíveis numa área turística. Isto porque a ocupação progres
siva ~ solo traz consigo a necessidade de· fiscal ização daquelas.!
reas ainda não atingidas, a fim de evitar ações predatórias aos e
lementos naturais. O exemplo negativo de Copacabana deve permane
cer bem vivo na memória dos planejadores do Turismo;
- ... 0 -
8) Que a legislação estadual sobre Turismo apresenta como dados mais
significativos: a lei que criou o CONESTUR e a EMCATUR; as leis e
o decreto que formularam a pol ítica de Turismo e criaram o Sistema
Estadual de Turismo; a resolução que estabeleceu normas para a in
tegração dos municípios ao Sistema Estadual de Turismo; a resolu
ção e o decreto que dispõem sobre o zoneamento turístico do Esta
do;
9) Que da anál ise da legislação vigente pode-se detectar algumas lac~
nas. Entre estas, estariam medidas que visassem maior disciplina
mento da ocupação do solo em areas de interesse turístico, de for
ma a conciliar a urbanização com a necessidade de preservar paisa
gens, de reservar áreas para o Turismo e de racional izar os instru
mentos de consolidação da infra-estrutura urbana.
6) Que o empresário local não está con~cientizado sobre os instrumen
tos financeiros e fiscais disponíveis para a promoção de investi
mentos no setor. Portanto, ele participa em escala reduzida no pr~
cesso de desenvolvimento da atividade turística do Estado;
- 47-
12) Que a mesma Fundação Cultural está elaborando um trabalho sobre'
Folclore do Espírito Santo, sob o patrocínio da FUNARTE e com a
part1cipação do Projeto Rondon;
diversas pesquisas e estudos necessários a compreensão gl~
fenômeno turístico estadual ou se encontram'em fase primá
ainda não foram levados à efeIto. Além dIsto, há duplIca -c.
iniciativas e de esforços, fato que deve ser evitado num
carente de recursos materiais e humanos;
Por causa desses condicionantes, o Turismo pode
provocar um a poluição cultural, corrompendo cultura e folclore 10
cais que eram, precisamente, pontos de atração turística. Um exemplo'
típico e extremo deste problema e o dos índio~, cuja cultura costuma'
entrar em colapso depois do contato - muitas vezes violento - com a
sociedade dominante.
10) Que as
bal do
ria ou- deçao
Estado
13) Que o Turismo e, geralmente, um fluxo de pessoas, ou de classes'
sociais, ou de habitantes de local idades mais ricas," para um con
tato transitório com populações de núcleos mais pobres. Sob tal
prisma, observa-se que muitos turistas participam da chamada civi
1ização tecnológica e procuram, em epocas de Turismo, contatos
com regiões de civil izações pre-tecnológica. Quando não há esta
diferença cultural, há, muitas~r vezes, a procura de ambientes na.
~ por parte dos habitantes dos grandes centros urbanos, como
forma de escapismo.
11) Que a Fundação Cultural do Espírito Santo apresentou há algum te~
po um Programa de Valorização do Patrimônio Histórico e Cultural'
do Estado ao Governo Federal, que já está providenciando a 1ibera
ção dos recursos para implantação do Programa. Isto deverá trazer
benefícios para o desenvolvimento do Turismo no Estado, criando'
condições para o melhor aprovietamento dos monumentos existentes'
e tornando viâvel o estímulo ao Turismo cultural;
o Turismo sazonal, por sua vez, dlstorce os e
quilíbrios econômicos de uma região, na medida em que inflaciona os •
preços de habitação e de gêneros aI imentícios, concorre para a alta I
dos salários, aumenta a necessidade de infra-estrutura e desequil ibra
o mercado de trabalho. Neste caso, trata-se, então, de'poluiçãd1e não
de mudança ou de6envo~vimento, devido ao caráter sazonal do impacto.
Durante o resto do tempo, a economia destas local idades têm que fun
cionar sem o Turismo.
Outro problema é o de que o turista, provenien
te de classes de renda alta de grandes centros urbanos, muitas vezes·
tem costumes que ferem a moral idade local. Em decorrência, há um efel
to destruidor do Turismo sobre a coesão socIal de um conjunto popu
lacional local - costumes; relacionamento entre pais e filhos; cren
ças; honestidade profissional, etc.
A observação dos habitantes dos principais nú
cleos turísticos do Espírito Santo dá a impressão que a po~uição c~
tunat e rno~~ causada pelo Turismo ainda não avançou muito. Possi
velmente, só há duas excessões: a) a extensão da prostituição; e, b )
o desestímulo à pequena agricultura, confrontada com as miragens do
dinheiro abundante e fácil dos que visitam as cidades como turistas.
Final izando, deve-se indicar que os turistas po
dem contribuir de maneira positiva para modificar alguns hábitos e a
tividades capixabas considerados arcaicos, que pers'istem nas popula
ções interioranas.
- 50 -
A - PROPOSI~OES GERAIS
Levando-se em conta as considerações feitas an
teriormente, as seguintes proposições gerais devem ser 1istadas:
1) E fundamental que o Turismo capixaba seja encarado sob uma perspe~
tiva sistêmica.
Percebe-se que a atividade é composta por quatro sub-sistemas - ~
to~al no~e, ~o~ Qe~ot ~o~ ~ul e zona de montanha - to
talmente integrados. são quatro interfaces que, ao mesmo tempo, in
fluenciam e são influenciadas pelo sistema maior, além de estarem'
intimamente I igadas entre si. Cada sub-sistema, por sua vez, apre
senta um relacionamento muito forte entre os núcleos que o compoem
em função de homogeneidades físicas, sociais e econômicas.
o sub-sistema 1, considerado o mais importante, é integrado pelo
único núcleo urbano que pode ser, em termos turísticos, denominado
pólo consol idado. Este núcleo é a cidade de Vitória. Além disto, e
le é composto pelos municípios de Vila Velha e Serra.
o sub-sistema 2, integrado por Guarapari, Anchieta, Plúma e Itape
mirim, é o segundo na hierarquia, na medida em que se apoia no po
10 emergente que e Guarapari.
O terceiro é formado pelos municípios de linhares, são Mateus e
Conceição da Barra, sendo polarizados pela sede de linhares. O
guarto, por sua vez, é integrado pelos municípios da zona montanha
sa do Espírito Santo, ou seja, Santa Tereza, Santa leopoldina e Do
mingos Martins.
Esta organização espacial, que deve servir como um vigoroso pano
de fundo que possa nortear uma ação setorial planejada, ressalta I
três pontos fundamentais. O primeiro é que há uma intra e inter re
lação permanente e dinâmica entre os sub-sistemas, na medida em
- 51 -
que eles s~o intra e inter complementa~es. estrutural e funcional
mente dependentes. O segundo é que a aç~o governamental programáti
ca no campo do Turismo poderá ter uma postura regional. E o ~ltlmo
é que cada sub-sistema deve receber um tratamento que seja adapta
do à sua realidade e às suas potencialidades, obedecendo-se as di
ferenças físicas, sociais e econômicas gue existem entre eles, as
sim como os tipos de Turismo viiveis em cada caso.
o mapa 2 ilustra a organização espacial aqui proposta:
2) Deve ser deslanchada uma campanha motivacional e de esclarecimento
ao empresariado capixaba, a fim de captar as suas aspirações e
transmitir asprioridades de investimentos no setor hoteleiro,
principalmente em Vitória. Despertando-os para o conhecimento das
fontes de recursos para investimentos e alertando-os para as possl
bilidades de obtenção de lucros no setor,pode-se cooptá-los e, en
tão, colocar realmente em prática algumas medidas sugeridas no pr~
sente trabalho.
A real ização de seminários e debates constantes, parece ser a me
lhor forma de levar esta proposição a frente;
3) As necessidades de aumento da oferta turística global nos municí
pios que constituem núcleos atuais e potenciais de atração turístl
ca devem ser dimensionadas criteriosamente, após levantamentos de
dados primários substanciais. Estímulos ã construção de novos ho
téis e à reserva de áreas para camp~ng4, entretanto, podem ser des
lanchados de imediato, desde que sejam levadas em conta as conslde
rações feitas no presente trabalho.
Os municípios mais carentes de alojamentos já foram identificados·
aqui. Da mesma forma, o aproveitamento destes novos leitos nos pe
ríodos de baixa estação pode tornar-se factrvel com a Implantação
da estratégia de marketing proposta no trabalho.
SUO-SIS~~
LITORAL. SUL
LITORAL NORTESlJB-SISTEMA /3
ROO. ESTAO. EM PAVIMENTAÇro
NEGÓCIOS
FÉRIAS I LAZER
[]
61EJ[Q]
MAPA IISISTEMA ESTADUAL DE TURISMO
ORGANIZAÇÃO ESPACIAL~ ~.~.y.~.~~ ,'- /'. ...... l):; , '. '. 4
; . "\ '." 't/4~ ~ON~NÇÕES .,..-/r """""-.J ",.~ Jp
-- ROD. FEDERAL PAVIMENTADA r/100. t:STADUAL PAVIMENTADA L/"\.
'1
TIPOS DE TURISMO PREDOMINANTES iPASSAGEN·---------- L0
1r·""-._../\
VISITA E lou FIM DE SEMANA • .,./"'\
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'\.J " POLO POTENCIAL -'l~Jl-o
./~I,}
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,r'-'-'-'/'
- 52 -
A EMCATUR deve articular-se com o Banco de Desenvolvimento do Es
pírito Santo para ordenar o aumento da oferta global, a longo pra
zo, e para estimular a ampl iação do número de alojamentos, a curto
e médio prazos;
4) t urgente a necessidade de organização de cursos de curta e longa
duração para trei~amento de recursos humanos para o Turismo. O ob
jetivo é melhorar o padrão dos serviços e formar equipes especiali
zadas para atuar nos órgãos públicos e privados envolvidos com o
setor.
A nível técnico/profissional izante, deve ser ativado o convênio e
xistente com o SENAC e a nível superior devem ser firmados conve
nios com Faculdades de Turismo existentes em centros adiantados do
país, assim como com o Centro de Treinamento de Recursos Humanos t
que está sendo implantado na Fundação Jones dos Santos Neves.
Além dos cursos de pequena duração que já estão sendo real izados '
sob a coordenação da EMCATUR, outros deveriam ser programados, de
forma integrada. t necessária, então, a elaboração de um projeto •
específico que possa dimensionar qual idades e quantidades de recur
sos humanos requeridos como mínimo indispensável para a fase ini
cial de ampliação da oferta turística.
A EMCATUR deveria elaborar, a curto prazo, este projeto. Deveria •
ser incluído nos currículos das escolas de l~ e 2~ Grau do Estado,
. uma discipl ina que introduzisse a educação turística para a popu
lação;
5) Deve-se incentivar, a curto prazo, a criação de Postos de Informa
ções Turísticas, que seriam implantados gradativamente nos locais'
de maior fluxo de turistas. Sob a orientação e coordenação da
EMCATUR, estes postos teriam material promocional e informativo a
dequados, além de contar com pessoal treinado para exercer tal tl ..-
po de atividade.
- 53 -
o aeroporto e o terminal rodoviário de Vitória, assim como o ter
minaI rodoviário de Guarapari e alguns hotéis importantes destes e
de outros núcleos turísticos, deveriam receber os primeiros Postos
de Informações; além desses, nas en;OLadcw do Estado - Br 101 e 262
- deveriam ser construídos Postos de Informações com ârea de laze~
Esses postos além de contar com abastecimento para automóveis e
facilidades turísticas, informariam a respeito das opções turísti
cas no Estado.
6) O processo de planejamento turístico, desde a elaboração do plano'
até a execução das medidas, deve ser coordenado de maneira mais e
ficaz, a fim de que possam ser definidos e atingidos objetivos in
tegrados, tornando factível o desenvolvimento desta atividade no
Espírito Santo. A EMCATUR, a exemplo da EMBRATUR, deve procurar a
tuar como agente articulador/estimulador, num modelo de ação plan~
jada que possa compatibil izar as atividades de todos os orgaos en
volvidos com o setor, disciplinando a alocação dos recursos e reu
nindo subsídios para a formulação/execução de programas turísticos
prioritários e adaptados às necessidades estaduais.
Tendo em vista o momento histórico vivido pelo Espírito Santo, que
ressalta a urgência de incorporar definitivamente o Turismo ao pr~
cesso estadual de desenvolvimento, o presente trabalho assume a ne
cessidade de modificar a estrutura organizacion~LdéLEMCATUR. Vi
sa, essencialmente, agil izar os mecanismos institucionais que de
vem ser responsâveis pela consolidação de uma mental Idade dinâmica
e global izante.
7) Mesmo uma anâl ise superficial e impressionista '',da estrutura organl\,. -
zacional vigente na EMCATUR leva à conclusões desalentadoras.
Ao Presidente do orgao, por exemplo, são atribuídas estatutariamen
te funções muito limitadas que o levam a um pequeno envolvimento •
com as atividades-fim da organização.
- 54 -
Muitas das atribuições dos di retores, por outro lado, poderiam ser
exercidas a um nível hier~rquico inferior, j~ que a eles devem ser
reservadas questões de ordem normativa.
o organograma mostrado a seguir tenta fazer uma primeira colocação,
apresentando uma alternativa de estrutura que tem sido utilizada'
com frequência em organizações que desenvolvem projetos. Denomina
da E~jAutuna Matnici~t, ela proporciona condições para que a insti
tuição atue de forma ágil e flexível, adaptando-se continuamente I
as mudanças processadas no ambiente que a circunda. Modificações
na tecnologia, na estrutura econõmica e social e na super-estrutu
ra política e jurídica da sociedade, são logo incorporadas e assu
midas pela organização, fazendo com que ela perpetue um processo
permanente de auto-inovação e de interdependência estrutural -fun
cional.
Para o caso da EMCATUR, que ainda é uma empresa de pequeno porte,
assumiu-se que a Di retoria-Executiva deveria ser composta por um
Diretor Presidente e por um Diretor Técnico, que ficariam ligados'
hierarquicamente ao Conselho Estadual de Turismo - CONESTUR, orgao
deliberativo do sistema. Assim, a Diretoria Executiva seria o or
gao de execução das deI iberações do CONESTUR, além de constituir
-se na unidade responsável pelo planejamento, organização, coorde
nação, execução e controle do processo de consecução dos objetivos
da EMCATUR. Quer dizer, seria o sub-sistema de impulhão do funcio
namento organizacional.
o organograma mostra ainda que outro nível hierárquico seria repre
sentado por uma unidade administrativa de atuação instrumental. E~
tal proveria e preveri os meios necessários à consecução dos fins\--
da'organização, seria denominada SeCJte.:taJúa. Execu;Uva. e receberia
uma sub-estrutura que obedeceria aos Já consolidados critérios de
departamentalização.
..-._~----------------------------
- 55 -
As funções I igadas diretamente as atividades-fim da empresa
tais como estudos, pesquisas e formação de recursos humanos se
riam desenvolvidas dentro da metodologia de projetos pelo corpo I
de técnicos da EMCATUR, que tem que ser ampl iado urgentemente. A
nualmente, seria definido o Programa de Ação da empresa, composto
por uma I ista de projetos e atividades. O pessoal técnico seria,
então, distribuído nos diversos projeto~, cada qual gerido por
um técnico-coordenador. Desta forma, os técnicos não ficariam I i
gados, como ocorre nas estruturas tradicionais, aos Ve~ento~
X e V, mas, sim, ficariam I igados a projetos com duração transitó
ria.
Caberia, ainda, nesta nova estrutura a introdução de duas assess~
rias I igadas diretamente ã Diretoria-Executiva. Desta forma, ter
-se-ia uma assessoria jurídica e uma assessoria de comunicação so
ci a I;
8) Ainda na I inha de seminários, deve ser promovido um que reuna as
autoridades municipais do Estado, sob a perspectiva de tentar mos
trar a importância da cooperação do poder local para uma açao in
tegrada. Isto pode ser feito a curto prazo pela própria EMCATUR;
9) A promoção do entrosamento entre as populações locais e os turis
tas, através de campanhas de esclarecimentos, é relevante. Além I
disto, devem ser usados programas de televisão para incentivar a
competição entre cidades, a fim de tentar despertar maior sensibi
I idade para o turismo"
A EMCATUR pode estudar a melhor forma de implantar tal proposiçãq
a médio prazo;
10) Já foi ressaltado anteriormente que é Imprescindível a elaboração
cuidadosa de um Plano Integrado de Desenvolvimento do Turismo no
Espírito Santo, que seria executado gradativamente peja EMCATUR •
Como o presente trabalho é apenas uma primeira colocação do pro -
SECRETARIA I EXECUTIVA
ASSESSORIA
JUR1DlCA
-l -l ~ Cf) Cf) Cf)« « z <i 0_o O::. w 0.«Cf) w ~LIJZ - O::.Cf) I- « <t: >LIJtu « o. ~ 5(!)a.. :E o::: IJ.. Cf)
O
CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO
EXECUTIVA
PROJETOA
PROJETOC
DIRETORIA
,..------ ----------,ASSESSORIA DECOMUNICAÇÃO
SOCIAL
- 56
PROPOSTA DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL PARA A EMCATUR
(ESTRUTURA MATRICIAL)
~
G:I
liJO <qO
>i=<t
IIIIII
- 57 -
blema, deve ser pensado um plano mais profundo que possa partir'
de informações primárias levantadas nos meses de picoepropor me
didas de longo alcance para o setor. Como já está previsto, a
EMCATUR se articularia com a Fundação Jones dos Santos Neves para
a elaboração deste estudo, que deveria ser iniciado ainda no de
correr deste ano;
11) Uma estratégia global de marketing turístico deve ser pensada e
implementada continuamente para promoçao e venda do produto capi
xaba. Ao nfvel do presente estudo, ~e,t~ . capítulo, com base'
nas informações e na infra-estrutura existentes, sistematiza al
gumas sugestões para apl icação a curto prazo;
12) Deve-se estimular tradições folclóricas como Re{zado~, Atando, TiQurnbi, Burnba-meu-boi e Congad~. Atualmente, elas sofrem ameaças'
de extinção, por não serem valorizadas e pela influência das músl
cas urbanas e estrangeiras difundidas pelos meios de comunicação'
de massa. Para preservá-las, seria necessário uma reformulação..~--
completa dos programas de rádio e escolares, dando valor as tradi
ções locais.
Outrossim, seria necessário criar sustento econômico para grupos
folclóricos, criando incentivo para que jovens se interessem a
aprender e a apresentar estas tradições.
13) Deveria ser criado um mecanismo de suporte financeiro ao Turismo'
para o Espfrito Santo como o Passaporte Turismo ou cheques de via
gens a serem emitidos por instituições financeiras capixabas e
que so poderiam ser utilizados no âmbito do Estado. Nesses meca
nismos estariam incluídos alguns tipos de promoções, como descon
to, etc.
- 58 -
lIf) Deve ser estimulado o Turismo rodoviário de massa, acionando-se 6
mecanismo do TDR, rec~m-criado pela EMBRATUR e agil izando-se a a
tuação das empresas estaduais (Itapemirim, Aguia Branca, etc.)
propondo-se roteiros, etc. A clientela a ser atingida, por ser um
Turismo de menor custo, seria as classes de renda mais baixa. Des
sa forma contactar-se-ia organismos de classe, grandes empresas,
etc., fora e dentro do Estado.
- 59 -
B - PROPOSIÇOES LOCALIZADAS
De acordo com a distribuição dos recursos turí~
ticos existentes no Estado e a organização espacial proposta no pr~
sente trabaho - sub-sistemas litonal no~e; litonal eentno, litonal '~ut e zona de montanha - são apresentadas as seguintes proposições:
1 - SUB-SISTEMA LITORAL NORTE:
I. I - Conceição da Barra - a fim de preservar o estilo típico de
uma colônia de pesca que predomina em uma parte da cidade,
deve-se estimular a criação de centros de artesanato e de
lojas de material esportivo e de pesca, não permitindo a
construçao de edifícios residenciais e hotéis na orla marí
tima. Isto não imp1 icaria em deslocar os moradores locais,
mas estimulá-los a participar da atividade comercial que o
Turismo desperta.
t necessária a elaboração, a curto prazo, de um plano urba
nístico para a cidade, levando-se em conta essas preocupa
ções. A Prefeitura Municipal parece estar articulando esfor
ços nesse sentido.
1.1. 1 - J.taúnas - o treinamento de guias mirins para acomp~
nhar os visitantes é a principal medida.
A construção de um pequeno bar-lanchonete para ate~
der os turistas e a adoção de medidas que possam e
vitar a ação predatória dos visitantes às dunas
através de pequenos avisos colocados nas placas de
sinal ização - complementam o leque de soluções para
a integração do lugarejo ao Turismo.
- 60 -
1.2 - Lagoa Juparanã - necessita de investimentos a serem real i
zados a lonso prazo,para a imelanta~ão de um complexo tu
rfstlco de médio eorte.
Este complexo deveria ser integrado, principalmente, por um
hotel de porte médio, um restaurante típico (já existente),
uma area de Qamp~ng e um pequeno centro de artesanato.
Deveria estimular a exploração da pe;c~) a apreciação e a
v~vên~a da paisagem e a utilização da Lagoa para esportes'
aquáticos.
Além disso, dever~a dispo~ ~e um sist~m~ de informações .que 'III!estimulasse o turista a VIsitar Concelçao da Barra, Itaunas Ue são Mateus.
A EMCATUR deveria elaborar, a curto prazo, um projeto espe
cífico para a área a fim de consolidar estas proposições e
estimular a iniciativa privada a investir.
2 - SUB-SISTEMA LITORAL CENTRO:
2.1 - M.icroregião de Vitória:
A médio e longo prazos, é necessário uma expansao na oferta
de a1ojamentos,principa1mente em função do aumento do fluxo
de Turismo de negócios.
Este crescente Turismo de negócios demanda, também, uma
maior diversidade quanto a serviços de apoio ao Turismo e a
criação de centros de animação.
Pode se promover uma série de atividades de entretenimento
a curto prazo, como to~ pelas cidades, passeios de barco·
pela baía de Vitória, excursões em alto mar para pesca e vi. -
sitas aos outros núcleos turísticos do Estado,. especialmen-
te à zona de montanha.
- 61 -
3 - SUB-SISTEMA LITORAL SUL:
3.1 - Guarapari:
Listou-se as seguintes medidre para açao imediata:
- Instalação de uma Agência de Viagem;
Deslocamento da Rodoviária do centro da cidade, para evi
tar o aumento do congestionamento do trânsito;
- Minimização da ociosidade dos hotéis no período de baixa'
estação, através da ativação do Centro de Convenções;
- Elaboração de um projeto para recuperação do Radium Hotel
que poderia ser transformado em hotel-cl ínica. Há um pr~
jeto pronto para a construção de um hotel-clínica - enco
mendado pela EMCATUR - que poderia ser aproveitado para
a transformação do Radium Hotel. Basta anal isar a viabili
dade econômica.
- Criação de um Posto de Informações Turísticas;
- Estímulos, através da Agência de Viagem a ser instalada
ã promoção de visitas ã outros núcleos turísticos do lito
ral sul;
- Elaboração de uma Proposta de Ordenamento Urbano.
3.2 - Marataízes/Barra do Itapemirim:
Marataízes necessita de um Plano Diretor que ~iscipline a
util ização do solo e a construção de edificações, bem como
o aproveitamento dos recursos naturais.
Deve-se manter contatos com o IPHAM para recuperar o conju~
to arqutetônico do antigo porto e igreja. na foz do Rio Ita
pemirim, para visitação turística.
- 62 -
3.3 - Anchieta:
- Elaborar material promocional e informativo sobre a cida
de e seus monumentos históricos, a curto prazo;
- A curto prazo ainda, elaborar um Plano Diretor antevendo'
possíveis ações maléficas, ao seu patrimônio histórico e
natural, oriundos da implantaçio,de projetos industriais'
na regiio.
3.4 - Frade e a Freira:
- Melhorar a estrada de acesso ao topo do morro, existente'
atrás do Frade e já construída pela SAMARCO. Além disso,
construir um mirante no ponto mais elevado. Sinal izar a
Br 101, na altura do Frade e Freira,para estimular visi
tas êb local;
- Reservar uma area de estacionamento para veículos, na fa.!.
xa lateral da Br 101, de onde se possa apreciar e fotogr~
far a pedra do Frade e Freira;
- No local de estacionamento. construir uma lanchonete, p~
ra atender os viajantes rodoviários de passagem.
4 - SUB-SISTEMA ZONA DE MONTANHA:
4.1 - Santa Teresa:
- A curto prazo, incentivar a remodelação ou construçao de
restaurantes especial izados na cozinha ital iana;
- A médio prazo, constuir um museu biológico, de proprieda
de do Estado, aberto à visitaçio pública e com um serviço
de informação ou guia local. Para esse projeto seria con
veniente contratar os serviços do cientista Augusto Rus
chi, para orientação técnica e científica do mesmo, se fi
car comprovada a impossibil idade do uso do museu atual
- 63 -
para fins turísticos;
- Obras de melhoria do acesso ao Vale do Canaã;
- Projeto de Qamping ou colânia de férias, nas Imediações I
do Country Club de Santa Teresa.
4.2 - Domingos Martins:
- A grande influência alemã na região poderia ser enfatiza
da com promoção, a curto prazo, de festivais de cerveja e
da promoçao da gastronomia e do folclore dos imigrantes;
- Deveria ser contactado o Sr. Roberto Kautsky Filho, que
possui uma reserva botânica com exemplares de orquídeas
conhecida internacionalmente, para viabilizar a utiliza
ção desse atrativo. Isto atraíria maior número de turis
tas visitantes.
4.3 - Gruta de Limoeiro:---- Intervenção do Estado junto ao proprietário da fazenda o~
de se acha localizada a gruta, a fim de preservar o local
contra futuras depedrações;
- A médio/longo prazo preparar a Gruta para visitação públl
ca, através da abertura de passagens para os salões e da
co locação de i 1um inação e s i na 1ização ade::q'~adas;
- Criar condições de apoio turístico ã grutas, tais como:
estacionamento, lanchonete e posto de informação.
4.4 - Pico da Bandeira:
A médio prazo, deve-se construir vias de acesso ao pico
pelo lado espiritosantense;
- Contactar os órgãos federais que fiscalizam a area, desen
volvendo um programa de utilização da reserva ecológica'
para fins turísticos e esportivos (alpinismo e Qamplng, I
- 64 -
po r exemp1o) ;
- Elaborar projeto especial com vistas ao melhor aproveita
mento turístico do local.
- 65 -
c - INSTRUMENTOS INICIAIS
PARA UMA ESTRATEGIA DE MARKETING
Dentro de uma perspectiva de ação imediata» os
primeiros passos para uma estrat~gia de maiketing - que s6 pode ser
vislumbrada globalmente num horizonte maior - devem basear-se na ofer
ta turística existente» procurando ver se ela está adaptada à demanda
Este raciocínio foi feito a partir da postura
keynesiana de que a demanda agregada ~ que determina os níveis da o
ferta. Em termos turísticos» ela ~ mais realista do que a Lei de Say,
segundo a qual é a oferta que determina a demanda.
Assim, como qualquer alteração no m~cado ~
tico deve procurar estimular primeiro a demanda, porque esta e que
vai induzir modificações nos níveis da oferta, resolveu-s~ numa pers
pectiva de ação ImedIata, trabalhar com um dos componentes do sistema
mercadol6gico: a promoção. Uma verdadeira estrat~gia de marketing»pr~
curaria trabalhar os quatro componentes do sistema, ou seja, produto,
preço, promoção e distribuição. t por isto que o presente trabalho as
sume que ele pretende muito mais propor uma tática do que uma ehtnatêgia de marketing, na medida em que s6 trabalha com um dos elos do sis
tema.
Numa visão impressionista, sabe-se que a ofer
turística global do Espírito Santo s6 pode ser considerada razoável
e assim mesmo nos municípios da faixa radioativa - no período da bai~
xa estação. Principalmente em Vit6ria e em Guarapari, há uma subutili
zação que pode ser combatida com um programa de promoções que possa
projetar a imagem do Espírito Santo no mercado turístico nacional.
- 66 -
Induzindo o aumento da demanda, a promoção pod~
rã resultar em duas situações importantes para0 desenvolvimento do
Turismo no Espírito Santo.Em primeiro lugar, ela vai forçar a maior
util ização da oferta na baixa estação e, consequentemente, vai indu
zir o aumento desta oferta também nos meses de pico - dentro da pers
pectiva de que a oferta turística é elástica a longo prazo. Em segu~
do lugar, vai provocar um fluxo turístico;mais dinimico e, em conse
quência, integrar ao Sistema Estadual de Turismo aqueles núcleos po
tenciais que até hoje não procuraram criar condições mínimas de ofer
ta, por absoluta ausência de pressões de demanda - é o caso dos muni
cípios da zona de montanha. 5
A tátiea de manketing a ser adotada deve, por --tanto, para açao imediata, incluir as seguintes medidas:
1 - PROMOçAo/COMERCIALIZAÇAo DO PRODUTO TURTsTICO
I. I - Montar pacotes turísticos com as companhias aereas, promo
vendo a venda do produto turístico capixaba em âmbito nacio
nal. Congressos, feiras de arte, competições esportivas e
roteiros regulares seriam divulgados durante todo o ano,com
bastante antecedência, para uma operação factível desses p~
cotes.
No caso do V.T.D. (Vôo de Turismo Doméstico) que, no plano l
nacional, conseguiu incentivar fluxos domésticos para al
guns destinos principais (Salvador, Foz do Iguaçu, -Manaus'
SA promoção teria, então, a final idade de: a) desviar a demanda repr.!..mida em excesso para instalações situadas na~ imediações do p5lo turístlco; b) informar o mercado da existência dessas alternativas; cTinformar o mercado, de forma mais específica, dos pontos turísticosmais importantes; e, d) potencial Izar a demanda nos meses de depressão de forma a manter o fluxo turístico mais constante.
- 67 -
e Brasil ia) nao se poderia esperar, de imediato, num produ
to capixaba. Com efeito, os atrativos da cidade de Vitória l
- único centro com acesso aéreo nas linhas comerciais - não
poderiam constituir uma motivação forte para organização
desse tipo de excursões.
Isso só poderia acontecer se a oferta turística estivesse'
suficientemente organizada e o receptivo local (agências de
viagens, hot~is, restaurantes, com~rcio, etc.) de todo o Es
tado, nos seus principais pontos turísticos, pudesse compl~
tar e regionalizar o roteiro que teria sua base na capital I
do Estado.
De qualquer modo, os custos operacionais resultantes dos
deslocamentos em nível rodoviárIo iriam influir tão forte
mente no preço do pacote, que se afastaria o segmento-tipo'
que tem ~til izado o esquema V.T.O. Alim disto, a estrutural
hoteleira atual do Estado dificilmente poderia atender em I
capacidade e preços a demanda surgida.
o fato confirma-se pela circunstância de em cerca de 1.000'
vrDs realizados desde o início do seu funcionamento, o Esta
do do Espírito Santo recebeu apenas uma excursão desse tip~
proveniente de são Paulo (Quadro 11). Como reflexo da ofer
ta global de equipamentos, foi Guarapari o destino escolhi
do. Conviria articular as facil idades existentes para, em
~rmos de distância, preço, equipamentos e época de oferta,
o Estado conseguir apresentar opçoes de venda mais perfei
tas e ativas;
- 68 -
QUADRO 11
vOOS DE TURISMO DOM~STICO - (JAN. FEV. MAR. ABR. 77).
V. T. D.CIDADES R E C EBIDOS ESTADIA Mt:DIA / DIAS
FOZ DO IGUAÇ U 27 4
CUR ITI BA 3 9
FLO RIANQpOL IS 2 4
TUBARÃO 1 1
PORTO ALEGRE 7 3
sAo PAULO 2 1
RIO DE JANEIRO 11 7
BRAS rLlA 19 3
BELO HORIZONTE 4 2
SALVADOR 49 6
REC I FE 20 4
EspfRITO SANTO 1 2
FORTALEZA 9 3
NATAL 1 1
Fonte; EMBRATUR, 1977.
I} MOVIMENTO DE PASSAGEIROS TRANSPORTADOS PELAS LINHAS INTERESTADUAIS
DE ON I BUS.
- 69 -
1975
1975
111.064
423.011
438.907
87.636
1.066.618
1974
58.637
1975
69.922
1974
E MB A R QUE D E SEM B A R QUE
59.704
FLUXO INTERNO
A E R O P O R T O
VITORIA
Fonte: Anuário Estatistico de EMBRATUR - 1976.
Fonte: Anuário Estatístico de EMBRATUR - 1976.
o R I G E M 1974
BAHIA 13 .578
MINAS GERAI S 264.101
RIO DE JANE IRa 436.381
SÃO PAULO 75.928
T O T A L 789.988
2) TRAFEGO DAS EMPRESAS REGULARES NACIONAIS (ANUAL).
QUADRO 13
QUADRO 12
- 70 -
1.2 - Estimular o entrosamento entre a Viação Itapemirim e age~
cias de viagens paraoperar o programa TDR (Turismo Domés
tico Rodoviário), lançado recentemente pela Embratur e
MIC com o objetivo de incentivar e massificar o Turismo I
interno;
1.3 - Criar postos de informação turística, em locais de maior
concentração ou passagem de visitantes ao Estado, tais c~
mo aeroportos, rodoviárias, hotéis, agências do Banestes,
agências ae viagens, postos de gasolina, Br 101 e 262
etc.
1.4 - Ativar o Centro de Convenções de Guarapari, através de u
ma programação de eventos e captação do mercado de Con
gressos, Seminários, festivais nacionais, a fim de redu
zir a ociosidade dos hotéis e desenvolver o Turismo pro
fissional.
Para enfatizar a importância destas medidas para a absor
ção de maior demanda, é interessante notar o aumento do
fluxo de viajantes que passam pelo Estado transportados I
pelas linhas interestaduais de ônibus (Quadro 12). Por o~
tro lado, constata-se no Quadro 13 que os principais cen
tros emissores, por via aérea são: Rio de Janeiro, Belo I
Horizonte e Salvador.
2 - PROGRAMAÇÃO VISUAL
2.1 - Filmes sobre as principais manifestações fotclõrlcas,tals
como o Ticumbi e a procissão de Paraju, para divulgação I
pelos principais canais de televisão do país;
2.2 - Sol icitar aos municípios datas e descri~ão dos principais
eventos, feiras, exposições artísticas e agropec~irlas
para elaboração de um calendário turístico do Estado;
- 71 -
2.3 - Criar um centro de documentação e informação turTstica na
EMCATUR, com slides, mapas, posters, folhetos, etc.;
2.4 - Programar, em convênio com o DER e DNER, a sinalização tu
rística das estradas próximos a pontos de atração, para evi
denciar a existência destes pontos no percurso rodoviário.Exemplo: O Frade e a Freira;
2.5 - Estimular a impressão de folhetos pelos hotiis e pelos pri~
cipais Municípios e centros de atração turística. Exemplo:
Lagoa Juparanã, Dunas de Itaúnas;
2.6 - Organizar a promoçao de ma teri aI audio-visual, ou slidessobre principais pontos de atração turi sti ca para distribui- entre agentes de vi agens dos grandes centros emi ssores,çao
para o Espírito Santo, como Rio de jane i ro, Belo Hori zonte,Bahia, Bras rI i a e São Paulo.
"" ""~ ~"-~-"~~~~"~ ~---~~~------------------------------------.,
D - ROTEIROS
De acordo com o Decreo n~ 420-N, de 9 de ou tu
bro de 1973, ficam assim definidas as zonas de Turismo do EspíritoSanto:
I - Bacia das Lagoas Juparanã e Juparanã Mirim, 2 km da margem.
I I - Litoral do Estado - desde o Rio Itapemi
rim até o limite com o Estado da Bahia, 6 km para o interior.
I I I - Circuito Turístico da Br 101 - desde a di
visa com o Estado do Rio até a divisa com o Estado da Bahia, 1 km decada lado.
.nu
IV - Zona de Montanha - área de altitude superior a 500 m, situada entre a divisa com o Estado do Rio de Janeiro I
até o Rio Doce.
V - Pólos Micro-Regionais - abrangendo oscleos urbanos com população superior a 30.000 habitantes.
VI - Circuito da Br 262 - abrangendo as
gens da rodovia federal desde a divisa com o Estado de Minas Gerais
até a cidade de Vitória, I km de cada lado.
Mesmo com estas implicaç&es legais, verlfica
que o desenvolvimento natural e a localização preferencial de
núcleos, permitem estabelecer três c~~o~ ~tico~ ~o~o~:
Vitória, Guarapari e Linhares/Conceição da Barra.
- 73 -
Vitória, por sua local ização e por suas funções
urbana, poderá funcionar como eixo turístico e como pólo irradiador '
para o 1itoral (Serra e Vila Velha) e para o interior (Domingos Mar
tins, Santa Tereza e Santa Leopoldina).
No contexto do presente estudo, nao se pode ana
1isar a distribuição espacial da oferta existente senão em termos gl~
bais. A viabil ização de itinerários e roteiros turísticos concretos I
para cada zona ou sub-zona turística teria que ser procurada a partir
de uma anãl ise mais detalhada de tal distribuição espacial.
De qualquer modo, existem alguns roteiros que
jã podem ser operados regularmente:
1 - PARTINDO DE VITORIA:
1.1 - Vitória/Santa Teresa/Santa Leopoldina/Santa Teresa/Vitória:
1 dia;
1.2 - Vitória/Lagoa Juparanã/Conceição da Barra/ltaúnas/Linhares/
/Vitória: 3 dias, com 2 pernoites;
1.3 - Vitória/Domingos Martins/Venda Nova/Vitória: 1 dia;
1.4 - Vitória/Domingos Martins/Guarapari/Meaípe/Anchieta/Marataí
zes/Frade e a Freira/Vitória: 4 dias, com 3 pernoites;
1.5 - Vitória/Lagoa Juparanã/Vitória: 1 dia;
1.6 - Toun pela cidade de Vitória e Vila Velha;
1.7 - Toun pela Baía de Vitória (Bateau-mouche);
1.8 - Vitória/Manguinhos/Jacaraípe/Nova Almeida/Vitória: ia.
2.1 - Conceição da Barra/ltaúnas/Concelção da Barra 1 dia;
2.2 - Conceição da Barra/São Mateus/Lagoa Juparanà/Vltória/
Teresa/Conceição da Barra: 4 dias com 3 pernoites,
- 74 -
Vila Velha
Manguinhos
Jacaraípe
Nova Almeida
Domingos Martins
Santa Teresa
Santa
2 - PARTINDO RI CONCEIÇAo DA BARRA:
As excursões a partir de Vitória nao se restrin
gem apenas ao visitante de fora do Estado, mas deve atingir a própria
população local, estimulando o Turismo interno ou inter-municipal. Es
ses roteiros podem ser oferecidos a escolas, empresas comerciais e In
dutriais (basicamente para grupos específicos), nos fins de semana ou
feriados. Nos meses de férias, quando a demanda aumenta, os roteiros'
serão vendidos em base individual e oferecidos através de um sistema'
de divulgação a todo turista que passe pela cidade de Vitória. Ao mes
mo tempo, essas excursões serão promovidas entre os agentes de via
gens de outras cidades (Rio-São Paulo-Belo Horizonte-Brasília-Salva
dor), as companhias aéreas e outros órgãos emissores.
- 75 -
3 - PARTINDO DE LINHARES:
3.1 - Linhares/Santa Teresa/Santa Leopoldina/Vitória/Lagoa Jupar~
nã/Linhares: 2 dias com 1 pernoite;
3.2 - Linhares/Lagoa Juparanã/Linhares: 1 dia;
3.3 - Linhares/São Mateus/Conceição da' Barra/ltaúnas/Lagoa Jupar~
nã/Linhares: 2 dias com 1 pernoite.
4.1 - Guarapari/Setiba/Vila Velha/Vitória/Guarapari~ 1 dia;
4.2 - Guarapari/Vitória/Domingos MartTns/Guaraparl: 2 dias
pernoite;
Itaúnas
Conceição da Barra
são Mateus
Vi tór ia
Santa Teresa
Santa Leopoldina
Considerando-se a situação atual do Turismo em
Santa Teresa ainda sem condiç5es de oferecer maiores atraç5es, fica b
roteiro 3.1 adiado no seu lançamento, ou senão tendo data fixada para
as quinta-feiras, que sao os dias em que o Museu Mello Leitão está
berto à visitação públ ica.
4 - PARTINDO DE GUARAPARI:
4.3 - Guarapari/Meafpe/Anchieta/lriri/Marataízes/Guarapari: ld a.
Vitória
Vila Velha
Setiba
Meafpe
Anchieta
I r i r i
Maratafzes
Domingos Martins
A malha turística desta tbna Sulsõ poderi
conso1 idada entao, apos a implantação gradativa das respectivas I
-estruturas de acesso e recreaçao, conforme se espera também para
litoral Norte, pelo menos.
Logicamente, o centro dinâmico na faixa radi
tiva ao Sul do Estado, seria Guarapari, que possui condições
sáveis como ponto de apoio aos nücleos vizinhos. O seu poder
diação estende-se por toda a faixa até Vitória e para o interior
Domingos Martins, Santa Isabel, Marechal Floriano, e ainda para
seguindo a estrada do Sol até Marataízes.
Esses roteiros devem ser oferecidos no verao
aos turistas, com saídas semanais, em ônibus e com um guia acompanhan
te que poderá ser o próprio motorista. Nota-se a ausência de agências
de viagem em Guarapari, o que torna a operação desses roteiros e do
próprio atendimento ao pübl ico mais difícil.
- 77 -
Final izando. deve ser enfatizado que a visuali
zação dos Qentno~ t~t).QO~ (Vitória. Guarapari e Linhares/Conceição
da Barra) e a implantação de medidas que tendem a reforçá-los. atra
vês da concentração da oferta global, cria automaticamente condições'
de irradiação. que levam à util ização necessária e complementar de ou
tros centros próximos. Essa utilização vai levar, por sua vez, os nu
cleos de apolo a criarem condições de infra-estrutura e de recepção I
turística para complementar as exigências da demanda .turística dos
centro-base.
Serão assim beneficiados locais como Anchieta
Iriri, Domingos Martins, etc., que terão, numa primeira fase, de se
1imitarem a ser itinerário de meb dia ou dia inteiro, conforme os cen
tros emissores determinarem.
oTurismo vem-se constituindo, nos últimos a
nos, em importante fator de desenvolvimento econômico e social, na me
dida em que contribui diretamente para a elavação da renda, do consu
mo e do nível de investimentos, além de aumentar as oportunidades de
emprego.
Com a particularidade de apresentar uma rela
ção investimento/emprego bem inferior à do conjunto das indústrias de
transformação, trata-se de uma atividade econômica que, quando plane
jada de forma integrada, pode também provocar um CJtuc...úne.nto cultu
ral da população.
Isto é enfatizado em decorrência do fato de que,
o Espírito Santo "v,tveu", nos últimos anos, os chamados Grandes Proj!:.
tos de Impacto. Imensos complexos industriais programados para Ubu,
Tubarão e Aracruz, fornecem um sentido concreto a estas esperanças,
enquanto.grandes extensões de eucaliptos transformam a paisagem do Es
tado, integrando algumas áreas à civilização industrial.
A proposta para o desenvolvimento do Turismo a
qui apresentada é menos espetacular. Quando muito, levará, em térmos
de investimentos, a construção de alguns hotéis e restaurantes, de
uns poucos minanteó e ao asfaltamento de alguns quilômetros de est
das. No mais, ele não impl ica em desembolso elevado, conforme
a disponibil idade de recursos dos setores público e privado do
to Santo.
Entretanto, o potencial econômico
tao ou mais importante do que o dos Grandes Projetos.
que ele gera empregos e serviços de toda espécie,
entrada líquida de dinhiero no Estado, distribuI
mente entre os diversos segmentos da popul
ta espacial quanto do ponto de vista indlvi
ser dito com relação aos Grandes Projetos.
-··80
t verdade que o Turismo é instável e, portanto,
mais inseguro do que uma grande indústria, do ponto de vista econômi
co. Por isto mesmo, precisa ser planejado, para chegar a uma rentabi
I idade ótima, com um mínimo de distorções sazonais. Afinal, a b1cíu.6
tnia do T~mo atua com produtos não padronizados e, portanto, sem I
I inha de montagem definida.
o presente plano nao deve ser visto como uma p~
nacéia que vai resolver todos os problemas do setor turístico do Esp.!.
rito Santo. Mas é um passo relevante na direção, deseJável, de colocá
-lo como um verdadeiro fator de desenvolvimento.
As pecul iaridades do Espírito Santo indicam que
a disponibilidade de fatores de produção existente é perfeitamente~~
dequada para o incremento da atividade turística. Ou seja, há abundâ~
cia de recursos naturais, há disponibil idade de mão de obra aos ní
veis de qual ificação exigidos e o capital necessário pode ser mobili
zado quase que internamente, sem gerar endividamentos superiores ã c~
pacidade do Governo e da iniciativa privada. Ainda: a infra-estrutura
de transportes facilita os acessos a todas as regiões turísticas, se
não bastasse o fato de que as distâncias são relativamente pequenas.
Aproposição mais abrangente e profunda
sente estudo é aquela que se refere à organização espacial da
de turística.
Trata-se de encarar o setor como um sistema
tribuído ao longo do espaço geográfico capixaba, composto por
sub-sistemas inter e intra ligados.
Com efeito, os sub-sistemas lito~al »o~e,
~a.l c.en:tJw, litottaJ.. -óu1. e zonM de monta.nM. devem ser encarados como
mutuamente complementares, vigorosamente interl igados do ponto de vi~
ta estrutural e funcional. Destacados pela existência de três centros
principais - Vitória, Guarapari e Linhares/Conceição da Barra - eles
devem receber um tratamento diferenciado por parte do setor públ ico I
estadual, atendendo-se as pecul iaridades e as homogeneidades físicas,
sociais e econômicas de cada um.
A nível do presente estudo, nao foi possível
chegar ao detalhe de dimensionar os custos de rmplantação de cada uma
das medidas propostas. Acredita-se, entretanto, que isto não era mes
mo imprescindível. O importante é saber que: 1) as medidas não vão e
xiglr investimentos cujos montantes ultrapassem a capacidade econômi
co-financeira dos setores públ ico e privado capixabas, em decorrência
do fato de que elas são adaptadas a escassez de recursos existente
e, 2) o importante não é, ainda, a dimensão quantitativa, já que esta
pode ser viabil izada pelos órgãos executores. t fundamental, isto sim
entender os movimentos e as contradições setoriais. Entender, enfim
a direção das tendências qualitativas.
Embora o respectivo capítulo já tenha hiera
zado detalhadamente no tempo a implantação das proposições, vale
tizar/consol idar tal hierarquização temporal. Arbitrou-se que
pnazo é o período compreendido pelos seis meses posteriores à ent
deste plano; que m'écüo pILazo é o período que vai de seis meses à do
anos e que io»go pJtazo é o período que se Inicia a partir dos dois
nos.
adaptando-a
e a f 1ex i b i 1i
- 82 -
A CURTO PRAZO
Sendo assim, pode-se fazer a seguinte hierarquiz~
Campanha motivacional e de esclarecimento ao empresário capixa
ba, a fim de captar as ~uas aspirações e definir prioridades de
investimentos no setor hoteleiro e informá-lo a respeito das fa
cilidades de crédito existente, para o setor - seminários e de
bates constantes;
- Organização do sistema de treinamento de recursos humanos
cializados visando melhorar a qual idade dos serviços.
Integração dos esforços já desenvolvidos;
- Estímulo à construção de equipamento hoteleiro, de acordo com
dimensionamento criterioso da necessidade do aumento da oferta;
- Implantação de uma estratégia de marketing;
- Agil ização da estrutura organizacional da EMCATUR,
às necessidades do ambiente em constante mutações
da de requerida a um órgão dessa natureza;
6 Todas as proposições estão amplamente detalhadaslém de hierarquizadas temporalmente. Foram incluídastica nas IIcons iderações finais ll para uma ênfase
1 - GERAIS.
- 83 -
- Mostrar a importância do poder local para uma açao setorial Integradaj
- Campanha de esclarecimento ao públ ico sobre o Turismo;
- Elaboração de um Plano Global de Desenvolvimento de Turismo noEspírito Santoj
2 - LOCALIZADAS
Conceição ~ Barra - elaboração de um plano diretor para o município;
- Itaúnas - adotar medidas anti-poluentes;
- Santa Teresa - incentivos ã gastronomia italiana, através da me
Ihoria e da ampl iação dos restaurantes;
Domingos Martins - promoção de festival da cerveja e da gastro.
nomia e folclore locais, enfatizando a influência alemã;
- Grutas Limoeiro - preservar contra depredação;
- Anchieta - elaboração de material promocional e informativo so.
bre seus monumentos históricos e de um plano diretor;
- Guarapari - Instalação de agência de viagens;
- ativar o uso do Centro de Convenções (minimizar
ferta ociosa nos períodos On6-4e~on);
- criar posto de informação turística;
- Grande Vitória - promoção de eventos e ativação do Turismo
ceptivo, com maior opção de programação;
-- Marataízes - elaboração de um plano diretor para a area •
sidade de disciplinar o uso do solo para fins turísticos.
1 - GERAIS
2 - LOCAL! ZADAS
J
- treinamento de guias-mirins para visita as dunas;
B MEDIO PRAZO
Estrmulo i ampliaç~o do numero de ~lojamentos;
- Juparanã - melhor utilização da Lagoa para a pesca e
tes, minimizando, entretanto, qualquer distúrbio ao
ecológico da area;
- Santa Tereza - construção de um Museu biológico; de proprieai~af~Y
pública, com um serviço de informações;
- melhoria no acesso ao Vale do Canaã;
- instalação de area de camping ou colôni'a de
rias ao redor do Country Club;
- Conceição da Barra - adaptação de uma parte do centro para uti
lização com fins turísticos, empregando mão de obra local. Dis
ciplinar o uso do solo evitando a descaracterização da área.
- Itaúnas - construção de um bar-lanchonete ou melhoria de umex
tente para atender is necessidades dos turistas;
- Organização profissional dos artesãos em contacto direto com o
Turismo.
- Ordenamento do uso do sDlo para fins turísticos em Guarapari
pr i nc i pa 1men te :
- EMCATUR/FUNDAÇÃO CULTURAL: difusão e valorização do folclore;
- Combater a poluição t~tica decorrente dos desequilibrios . s~
zonais, através da promoção de iniciativas para os meses fora
de tempo rada (o 66-.6e.a1l on) ;
vos;
Gruta do Limoeiro - abertura de passagem, iluminação e cri
de infra-estrutura de apoio;
Micro-região de Vitória - expansao da oferta hoteleira;
- expansao dos serviços de apoio ao Tu
rismo;
- criação/consolidação de centros de a
nimação.
- Pico da Bandeira - acesso pelo lado do Espírito Santo. Contac
tar orgaos federais e promover o desenvolvimento de programa de
utilização da reserva ecológica para fins turísticos e esporti-
- Barra do Itapemirim - recuperaçao do conjunto arquitetônico doporto;
- Guarapari - deslocar rodoviâria do centro;
- Frade e Freira - melhorar acesso, construir mirante no alto e
fazer ârea de estacionamento na Br 101;
c - LONGO PRAZO
1 - GERAIS
- Ordenar o aumento da oferta global de equipamentos turísticos;
- EMCATUR e FUNDAÇAO CULTURAL - preservação das tradições folcli
ricas através de reformulação da programação das rádios. Além
disso, promover maior valorização das tradições locais dando
condições para o sustento econômico dos grupos folclóricos.
2 - LOCALIZADAS
- Juparanã - investimentos para a implantação de um complexo turístico;
- Pico da Bandeira - elaboração de projeto especial com vistas'
ao melhor aproveitamento turístico do local;
- Guarapari - recuperação do Radium Hotel: adaptação ao projeto'
existente de transformação em hotel-clínica.
ANEXO I
INVESTIMENTOS EM TURISMO *
(INSTRUMENTOS FISCAIS E FINANCEIROS)
* FONTE: EMBRATUR. J I Reunião do Sistema Nacional de Turismo.
Rio, 12 a 14 de julho de 1977. Documento n~ 1/00.
A FUNDOS DE INVESTIMENTOS SETORIAIS E REGIONAIS
Os Fundos de Investimentos Setoriais - FISET,
e os regionais FINDR e FINAM, criados pelo Decreto-Lei n~ 1.376, de
dezembro de 1974, vieram dinamizar o sistema de incentivos fiscais
criados desde 1962.
O FISET - Fundo de Investimentos Setoriais,
que abrange em sua maior parte a área denominada Centro-Sul, e oper~
do pelo Banco do Brasil S/A. e subdividido em três setores: FISET
- Turismo, supervisionado pela Empresa Brasileira de Turismo - EMBRA
TUR; FISET - Pesca, pela Superintendência de Desenvolvimento da Pe~
ca - SUDEPE e FISET - Reflorestamento, pelo Instituto Brasileiro de
Desenvolvimento Florestal - IBDF.
Pelo Decreto-Lei n~ 1.376/74, a pessoa j
ca pode deduzir isolada ou conjuntamente, em cada exercTcio, atê 50%de seu Imposto de Renda devido, para aplicações em projetos aprovâdos
pelos órgãos de desenvolvimento Regionais e/ou Setoriais supracit~
dos, obedecendo os I imites abaixo:
- FINDR e FINAM atê 50%- FISET - Turismo atê 12%- FISET - Pesca atê 25%- FISET - Reflorestamento atê 35%
Para os projetos turísticos local izados nas
areas de atuação da SUDAM e SUDENE o procedimento adotado pela EMBRA
TUR visaa adequação dos princípios operacionais determinados em Lei,
através da enâl1se dos proJetos~ e medIante o pronuncIamento das
Superintendências sobre o interesse econômico do empreendimento para
as respectivas regiões.
Cabe ainda, àquel~s Superintendências, o
acompanhamento físico-financeiro da implantação dos empreendimentos,
real izando simultânea I iberação de recursos.
Com isso, a EMBRATUR supervisiona, diretamen
te, apenas investimentos na área Centro-Sul, que compreende os Esta
dos do Espírito Santo! Rio de Janeiro, são Paulo, Paraná, Santa Cata
rina, Rio Grande do Sul e a parte Sul de Mato Grosso, Goiás e Minas
Gerais.
Para apl icar nos Fundos de Investimentos, o
contribuinte do Imposto de Renda deverá assinalar, em sua declaração,
o percentual e em que fundo deseja investir. Após entregá-Ia e efe
tuar o pagamento do imposto correspondente, receberá da Secretaria
da Receita Federal o Certificado de Aplicação em Incentivos Flscai
- CAIF, que corresponde ã parcela de dedução do imposto. De
desse documento, o contribuinte tem o prazo de I (um) ano, a
da data de sua emissão, para trocá-lo, no Banco Operador do
pelo qual optou, pelo Certificado de Investimento - CI. Para a
rida troca haverá na época um fator de conversão, ou seja, um
atribuido às quotas do Fundo, calculado com base na divisão do
de recursos alocados no exercício, pelo saldo das quotas
do mesmo exercício. Os Cls, emitidos pelo Banco Operador do
são nominativos e transferíveis, através de operação em Bolsa
Valores, mediante endosso.
o Artigo 18 do Decreto-Lei n? 1.376/74 especl
fica que a pessoa jurídica ou grupo de empresas coligadas~ isoladas
ou conjuntamente~ que detenham pelo menos 51% (cinquenta e um por ce~
to) do capital votante da sociedade titular do projeto beneflclârlodo incentivo~ pode apl icar diretamente, nesse projeto, recursos equl
valentes aos valores dos certificados de aplicação de sua propriedade.
Nesta moda! idade os CAIFs serão trocados diretamente por ações daempresa beneficiada.
Os recursos sao transferidos para as empresas
titulares dos projetos aprovados, através de subscrição de ações ordl
nárias e/ou preferenciais~ autorizadas pela EMBRATUR e real izadas p~lo Banco do Brasil S/A.
B REDU~ÃO no IMPOSTO DE RENDA
Com o Decreto-Lei n~ 55, de novembro de 1966,
ficou estabelecido que todos os hotéis, cujos projetos de construção
ou amp 1iação fossem aprovados pe Io Conselho Nac ioria 1 de Tur i smo -CNTur,
gozariam da isenção de todos os tributos federais, exceto Previdência
Social, pelo prazo de 10 anos. Posteriormente, com o advento do Decr~
to-Lei n~ 1.191/71, esta isenção passou a ser apenas do Imposto de Ren
da e adicionais não restituíveis, pelo prazo de la anos.
Em dezembro de 1975 foi promulgado o Decreto
-Léi n~ 1.439 que definiu que os hotéis e outros empreendimentos turís
ticos, em construção ou que venham a ser construidos, conforme proj~
tos aprovados até 31 de dezembro de 1985, pelo,Conselho Nacional de,-
Turismo, podem gozar de redução de até 70% (setenta por cento) do Im'
posto sobre a Renda e adicionais não restituíveis, por períodos anuais
sucessivos, até o total de la anos, a partir da data'da conclusão das
obras, segundo formas, condições e critérios de prioridades estabele
cidos pelo Poder Executivo.
Os benefícios acima expostos sao
exclusivamente à empresa titular do projeto aprovado. No caso
presa com vários estabelecimentos, serão aplicados, apenas, aos
tados auferidos por aquele a que se refere o projeto. O valor
ção deverá ser incorporado ao capital social da empresa beneftcl
Cabe ainda observar que o benefício de red~
ção sera concedido em duas etapas: uma para gozo imediato eoutra
para gozo futuro, de acordo com escalonamento proposto pela EMBRA
TUR e aprovado pelo CNTur, às empresas que, voluntariamente, dep~
sitem em dinheiro, a crédito do FUNGETUR, quantia determinada p~
los referidos órgãos governamentais. O escalonamento deverá obede
cer os critérios de preferência estabelecidos na Resolução CNTur
n~ 878, de 23 de dezembro de 1.976, resultando, da soma dos pontos
atribuidos às empresas titulares dos projetos, a parcela de gozo
imediato, de modo a beneficiar, prioritariamente, quanto a locali
zação, tipo e dimensão do empreendimento, tipo de empresa, preço
das diárias, grau de saturação da oferta local e outros serviços
oferecidos.
..C INVESTIMENTOS DE PESSOAS FISICAS
A pessoa física também pode exercer o direito
de ap1 icação de recursos deduzidos de seu Imposto de Renda devido, emempresas dedicadas ao Turismo.
Essa aplicação era amparada anteriormente peloDecreto-Lei n~ 1.191, de outubro de 1971, que permitia ao declarante
abater 8% (oito por cento) de seu imposto devido, desde que compro
vasse que durante o ano base tivesse adquirido ações de empresas pr~
prietárias de empreendimentos turísticos.
o Decreto-Lei n? 1.338, de julho de 1974 em seu
Artigo 2?, alínea "m" alterou o percentual para 20% (vinte por cento)
e estabeleceu que o beneficio só existiria durante o ano de 1975 A
promulgação do Decreto-Lei n~ 1.439, de dezembro de 1975, veio esten
der essa aplicação até 1985, mantendo a mesma alíquota de 20% (vintepor cento).
Em março de 1975, através da Resolução
o CNTur estabeleceu que toda captação de incentivo fiscal de
física, passaria a ser considerado como recurso próprio da emprp,~~!?!
neficiária do incentivo, para efeito de paridade na obtenção dostivos da pessoa jurídica.
D FINANCIAMENTOS
Os projetos de empreendimentos turísticos saobeneficiados com financiamentos oficiais, desde que analisados pelaEMBRATUR e aprovados pelo CNTur.
Com o objetivo de simplificar a tramitaçiodosprocessos relativos a esses empreendimentos, o CNTur, através da Reso
lução n~ 375, de 18 de outubro de 1972, delegou competência à EMBRA
TUR para aprovaçio desses projetos, com os financiamentos concedidos
pela'Caixa Econômica Federal, Banco Nacional do Desenvolvimento Econô
mico ou Banco Nacional da Habitação, desde que não envolvessem direta
ou indiretamente, a concessão de incentivos fiscais de que trata eLegislação de Turismo.
Assim, aumentou consideravelmente o numero
de empresas que se uti1 izam desse benefício e, mesmo as que desejam
obter os incentivos fiscais, passaram a utilizar o financiamento
ao obtê-lo, iniciarem a construção do empreendimento, ainda duran
tramitação do processo para aprovação, pelo CNTur, da concessao
incentivo fiscal, fazendo com que os projetos sejam implantadosrapidamente.
A Deliberação 1.132, de 5 de novembro de 1975,
da EMBRATUR, aumentou mais ainda a participação de recursos de tercei
ros, quando estabeleceu que, nos projetos de construção ou ampliação
de empreendimentos turísticos, com recursos de incentivos fiscais, os
esquemas financeiros fossem compostos de 1/3 (um terço) do investimen
to total para cada uma das fontes de obtenção de recursos, quais sejam
recursos próprios, incentivos fiscais e financiamentos.
Com a regulamentação do FUNGETUR aumentou ainda
mais o ritmo do desenvolvimento da infra-estrutura turística noBrasil,
que passou então a dispor de mais uma fonte de recursos, além dos' do
empresário, de incentivos fiscais oriundos do Imposto de Renda e de
financiamentos oficiais e privados.
E FUNGETUR
o Fundo Geral de Turismo - FUNGETUR, foi cria
do pelo Artigo 11 do Decreto-Lei n~ 1.191, de 27 de outubro de 1971,
atualmente regido pelo Decreto-Lei n~ 1.439, de 30 de dezembro de
1975 e regulamentado pela Resolução n~ 365, de 7 de abril de 1976,
do Banco Central do Brasil, com o objetivo de prover recursos para o
financiamento de empreendimentos, obras e serviços de finalidade ou
de interesse turístico, assim definidos pelo CNTur.
Os recursos desse Fundo podem ser util izados
através de financiamentos de estudos e projetos; de capital fixo;
empréstimos a órgãos da administração direta ou indireta de Governos
dos Estados, do Distrito Federal, dos territórios e dos Municípios;
subscrição de debêntures ou debêntures conversíveis em ações; partl
cipação societária, mediante subscrição de ações e quotas, observa
das as disposições do Artigo 17 do Decreto-Lei n~ 1.439/75.
Só poderão usar os recursos, as empresas
responsabil idade de entidades ou órgãos da administração direta
indireta, dos Governos Estaduais e/ou Municipais, ou de empresas
geral, que se dediquem i atividade turística e atendam is seguin
características, cumulativamente: constituidas no Brasil, de aco
- 9
com a Lei brasileira; sejam registradas na EMBRATUR; tenham maioria
de capital votante pertencente a pessoas físicas residentes e domici
I iadas no País, e/ou pessoas jurídicas nacionais; sejam de pequeno
e m~dio porte, assim consideradas aquelas cuja renda principal nioultrapasse, respectIvamente, 30.000 e 85.000 ORTNs - OBRIGAÇÕES RE~
JUSTÃVEIS DO TESOURO NACIONAL, e visem projetos que se local izem, pre
ferencialmente, nas regiões turísticas dos Estados.
Os candidatos a recursos do FUNGETUR deverão,
ainda, apresentar carta-consulta ao Agente Financeiro (Bancos de De
senvolvimento e Bancos de Investimento) e, após sua aprovação, en
viar projeto elaborado de acordo com roteiro padronizado, que demons
tre sua viabil idade e rentabil idade.
Os projetos correspondentes a pedido de finan
ciamento de valores até 14.000 (quatorze mil) ORTNs, destinados as
operações de financiamentos de estudos e projetos e capital de giro,
a favor de pequenos e médios empreendimentos de final Idade ou intere~
se turístico, ainda não beneficiados por estímulos administrados pela
EMBRATUR, serão analisados e aprovados pelo Agente Financeiro, que
enviara a EMBRATUR relatórios das anál ises efetuadas e os cronogramas
de desembolso.
Em todos os demais casos, os projetos serao
anal isados pelo Agente, mas sua aprovaçao dependerá, obrigatoriamente,
da decisão da EMBRATUR e/ou do CNTur.
As participações financeiras deverão
aos 1imites de até 70% (setenta por cento) do investimento total, p.e
lo FUNGETUR; mínimo de 20% (vinte por cento), pelo mutuário; e de
10% (dez por cento), pelo Agente Financeiro.
A taxa de juros devida pelo mutuário atenderá
aos seguintes percentuais/ano: 2% (dois por cento) para pequenas e
médias empresas, 3% (três por cento) para órgãos da administração
direta ou indireta dos Estados e/ou de seus MunicTpios, e 5% (cinco
por cento) para outras empresas em geral.
Al~m disso, sobre o valor principal, incidirá
correção monetária com base nos índices"de variação fixadas para as
ORTNs, apl icados trimestralmente.
o mutuário reembolsará, no prazo máximo -de
120(cento e vinte) meses, a contar da data da concessão do financia
mento, o valor financiado mais encargos financeiros, em parcelas men
sais, trimestrais ou semestrais, ao Agente Financeiro, de acordo com
o contrato de financiamento, a partir do término da carência, enten
dido que, durante esta, recolherá apenas os juros, adicionando-se a
correção monetária ao valor principal.
o prazo de carência citado acima, variará de
6 (seis) a 36 (trinta e seis) meses, fixado com base na capacidade de
pagamento do beneficiário e, também, em função do porte do empreendl
menta financiado e do período necessário ã maturação do projeto.
Caberá ao Agente Financeiro o exame das garan
tias necessárias para a segurança das operações e o fiel cumprimento
das cláusulas contratuais firmadas, admitindo-se, excepcionalmente,
a revisão do esquema financeiro, inicialmente fixado, quando ocorrer
motivo de força maior devidamente comprovado e assim considerado p~
lo Agente com aprovação da EMBRATUR.
"
ANEXO 11
INVESTIMENTOS EM TURISMO *
(INSTRUMENTOS FISCAIS E FINANCEIROS
DO ESPIRITO SANTO)
* Além dos instrumentos fiscais aqui I istados, existe apossibillde aplicação em Turismo com incentivos do FUNDAP - Fundo devolvimento das Atividades Portuárias.
- 1
A FUNDO DE FOMENTO AO TURISMO
- O Fundo de Fomento ao Turismo, dotado de autonomia contábil e admi
nistrado peja Secretaria de Indústria e Comércio do Espírito San
to tem entre outras destinaç~es, o financiamento a projetos e ati
vidades de interesse para o desenvolvimento turístico mediante re
passe de instituiç~es financeiras estaduais.
- O Fundo de Fomento ao Turismo é constituido por:
a) Dotações orçamentárias públicas, créditos especiais e supleme~
tares, e recursos reembolsáveis ou não, provenientes da Uniãoou entidades financeiras;
b) Por contribuiç~es ou doaç~es que lhes forem destinadas;
c) Multas de infração as resoluç~es do CONESTURj
d) Juros de depósitos ou apl icaç~es financeiras das disponibiJ
dades do Fundo;
e) Outros recursos de qualquer natureza que lhe sejam desti
ou que lhe possam ser devidos.
- o orçamento de investimento com recursos do Fundo, abrangerá:
a) Construção e ampl iação do sistema hoteleiro de motéis, pousadas,
cameings e instalações similares;
b) Desenvolvimento de serviços especializados de transporte, al1men
tação e recreação;
c) Obras e serviços a nível municipal, que constituam suporte essen
cial ã dinamização do Turismo;
d) Outras atividades ligadas ao Turismo, inclusive folclore e arte
sanato.
- As apl icações do Fundo serao condicionadas a apresentação deplanos,
programas e projetos que obtenham: enquadramento nas prioridades,
no zoneamento e demais exigências fixadas pelo CONESTUR; parecer
favorável da Secretaria de Estado da Indústria e do Comércio, ou
de orgao ou empresa, ao qual esta vier a delegar competência acerca
da viabilidade técnica, econômica e Jurídica; aprovação final pelo
Plenário do CONESTUR.
- Os recursos do Fundo serao preferencialmente destinados a ati~ida
des não enquadradas nas I inhas de financiamento e incentivos adml
nistrados diretamente pela EMBRATUR, GERES, BANDES e outros orgaos
oficiais.
- As operações de financiamento as Prefeituras Municipais serao condi
ci onadas à:
a) Existência, isoladamente ou mediante consórcio, de serviço espe
cial izado de fomento ao Turismo, de conformidade com as exigê~
cias fixadas pelo CONESTUR;
b) Participação do Município no Sistema Estadual de Turismo;
c) Adoção, pelo Município, de estímulos fiscais ou outras final ida
des que possam propiciar o desenvolvimento turístico;
d} Adoç~o, pelo Município, de normas para o desenvolvimento urbano
compatíveis com os objetivos do desenvolvimento do Turismo, des
tacadamente no que se refere à defesa e preservação dos recursos
naturais e históricos;
e)' Apresentação de projeto ou justificativa detalhada do empreendi
mento ou da obra, acompanhados de orçamento, consoante a escala
de investimento pretendido.
o CONESTUR adotará normas de financiamento
critirios gerais de apresentação e análise de projetos, podendo
Secretaria de Estado da Indústria e do Comércio, gestora do
delegar a instituições financeiras estaduais a aplicação das
bit idades do mesmo que não forem absorvidas em custeio, pre
mentos e campanhas promocionais ou publicitárias.
B GERES
Para o Grupo Executivo de Recuperação Econômicado Espírito Santo no setor Turismo são consideradas e recomendadas
como de especial interesse para o desenvolvimento econômico do Estadodo Espírito Santo as seguintes atividades:
a) Empreendimentos localizados na area radioativa;
b) Empreendimentos local izados no circuito da BR-IOl;
c) 'Empreendimentos local izados na zona de montanha.
o GERES poderá prestar colaboração financeira aempreendimentos de infra-estrutura, de pré-investimento e de outros
setores que contribuam para viabil izar empreendimentos diretamenteprodutivos considerados prioritários.
Constitui condição imprescindível para utilização e investimento dos recursos financeiros decorrentes dos estímulos
fiscais, a apresentação ao GERES, através do BANDES, pelas partes in
teressadas, de projetos específicos para a aplicação desses recursos,de acordo com as normas estipuladas.
Os projetos de viabil idade técnico~econômico
-financeira deverão ser elaborados consoante o roteiro adotado pela EMBRATUR.
Na análise dos projetos de viabili.dade econo
mica serão adotados os seguintes critérios de avaliação para osetor Turismo:
a) Valorização de recursos turísticos do Estado;
b) Origem, dimensão e segurança do mercado;
c) Qual ificação do Grupo titular do projeto;
d) Rentabilidade e prazo de retorno do investimento.
C INCENTIVOS FISCAIS MUNICIPAIS
TRANSCRIÇ~O)(ANTEPROJETO DE LEI MUNICIPAL
Artigo l? - Ficam isentas dos Impostos Predial e Territorial Urbano e
do Imposto sobre Serviços, os Hotéis e Restaurantes de
Turismo, que venham a se implantar até o exercício de
1978, cujos projetos tenham sido aprovados peloCONESTUR _Conselho Estadual de Turismo.
§ Onic~ - A isenç~o vigorar~ pelo período de 5(cinco) anos a partir
do deferimento da petiç~o da empresa benefici~ria do favor fiscal.
Artigo 2? - Aos Hotéis e Restaurantes de Turismo existentes ã data
desta Lei será concedido anualmente a isenção dos Impos
sobre Serviços, até o exercício de 1978, desde que a Im
portância correspondente a esses impostos venha a ser
aplicada em obras de ampl iação e ou reforma ou melhoria I
das condições operacionais.
§ J~ - Poderão requerer os benefícios fiscais previstos
artigo, as empresas que satisfaçam as seguintes condi -
v
- 107 -
a) Estejam registradas na EMBRATUR;
b) Tenham os seus projetos aprovados no Conselho Esta
dual de Turismo;
c) Que satisfaçam as exigências do Departamento Municipal de Turismo.
§ 2~ - A falta de comprovação correta da aplicação dos recur
sos de que trata este Artigo acarretará a perda do
benefício fiscal nos exercícios subsequentes e deter
minará a restituição dos recursos, acrescidos de j~
ros e correção monetária.
Artigo 3'? - Será concedida, anualmente, a isenção Predial e Terri
torial Urbano e de Imposto sobre Serviços, até o exer
cício de 1978, às Agências de Viagens que se dedica
rem a prática de Turismo receptivo.
§ Único - Poderão requerer a isenção de que trata este Artigo
as empresas que satisfaçam as ~eguintes condiç5es:
b) Apresentem certificado fornecido pelo Conse
Estadual de Turismo - CONESTUR, de que se dedi
satisfatoriamente à prática de turismo
a) Estejam registradas na EMBRATUR, na categoria deAgências de Viagens;
- Esta Lei entrará em vigor na data de sua
ficando revogadas as disposiç5es em contrário.
Artigo 4'?
.............,,~---------IIIIIIiIllll'. IIlIlI-rlllll.7__.. .F ~1..... '+@,
:1\'::i
- 108 -
ANEXO 111
, -INFORMACOES COMPLEMENTARES SOBRE INFRA-ESTRUTURA
(ANÁLISE QUALITATIVA SINTÉTICA)
- 109 -
A ENERGIA ELÉTRICA
- A energia absorvida na faixa radioativa e fornecida pela ESCELSAEspírito Santo Centrais Elétricas.
Esta Empresa possui potencial próprio de geraçao em Hidrelétrica,
Termoelétricas e ainda contrato para compra de energia de Furnas.
- A energia elétrica oferecida por essa Companhia atende as necessidades atuais de consumo nas áreas turísticas.
- 1
B AGUA E SANEAMENTO
- A CESAN (Companhia Espírito Santense de Saneamento) e a Fundação
SESP, são as Companhias encarregadas do abastecimento na faixa radioativa.
A CESAN abastece aos principais Municípios desta faixa; Vitória, Vila Velha, Guarapari, etc.
- A água distribuída por essa Empresa no Inverno é em parte compatível
com as necessidades, o mesmo não ocorrendo no verão devido ao fluxotur rs ti co.
- Atualmente a infra-estrutura de escoamento, está sofrendo um
so de ampliação visando atender ao crescimento demográfico etri aI .
- O sistema de esgotos e dos piores.
J - TELEFONE
c COMUNICAÇÕES
- 111 -
,
- O Estado do Espírito Santo,. está interligado ao Sistema
de Telecomunicações, falando di retamente para todo o País erior, através da Rede de Microondas.
Naciona 1
Exte
..
- A TELEST é a Companhia que presta serviços de telefônia ao Estado.
- As necessidades atuais estão razoavelmente atendidas •
2 - TELEX
o Espírito Santo conta atualmente com IDO canais de TELEX,gações nacionais e internacionais.
3 - CORREIOS E TELtGRAFOS
- A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
pIora esses serviços em todo o Estado
- Seus serviços são dos melhores.
- 112 -
4 - TELEVISÃO, RADIO E PERl6DICOS
I l
As emissoras de televisão e rádio estão concentradas em Vitôria, as
sim como os periódicos.
- Nos outros Municípios a situação e precária. A lI a ldeia global
pixaball e modelada pela lI cu ltura urbana" da Grande Vitôria.
VIT6RIA
ca
TELEVISÃO RADIO PERllíDICOS QUINZENAIS
TV GAZETA Vi tóri a A Gazeta Pos i ção.TV VlTlíR I A Capixaba A T ri buna
TV. ESpfRITO SANTO E. Santo O Diário
J.da Cidade
BIBLIOGRAFIA
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