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SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
ESCOLA DE MÚSICA E BELAS ARTES DO PARANÁ - EMBAP
CADERNO PEDAGÓGICO
TÍTULO: A POTENCIALIZAÇÃO DA PERCEPÇÃO VISUAL
ATRAVÉS DA ARQUITETURA E DA HISTÓRIA DA ARTE
CURITIBA - 2010
"A arquitetura é a arte que dispõe e adorna de
forma infinita as construções erguidas pelo
homem.” (John Ruskin - Escritor e Crítico de Arte)
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
Professora: Denise do Rocio Dumsch
Área: Arte
NRE: Curitiba - Centro
Professor Orientador IES: Prof. Pedro Luis Goria
IES vinculada: EMBAP – Escola de Música e Belas Artes do Paraná
Escola de implementação: CEEBEJA POTY LAZZAROTTO
Público objeto da Intervenção: Alunos da EJA
SUMÁRIO
Apresentação................................................................................................ 03
Introdução..................................................................................................... 04
Unidade 1 - Arte........................................................................................... 06
Unidade 2 – Arquitetura............................................................................... 08
Unidade 3 – Geometria e seus sólidos geométricos................................... 11
Poliedros Regulares -................................................................. .................... 13
Poliedros Irregulares........................................................................................19
Sólidos de Revolução.................................................................................... 23
Unidade 4 - Arquitetura de Curitiba............................................................ 27
Farol do Saber.............................................................................................. 29
Memorial árabe............................................................................................ 31
Catedral metropolitana................................................................................. 35
Universidade Federal do Paraná.................................................................. 42
Casa Romário Martins................................................................................. 46
Jardim Botânico ................................................................................. 48
Opera de Arame .......................................................................................... 51
Estação Tubo ............................................................................... 52
Museu Oscar Niemeyer............................................................................. 53
Avaliação.................................................................................................... 55
Glossário...................................................................................................... 56
Referências................................................................................................... 64
Sites consultados.......................................................................................... 66
03
APRESENTAÇÃO
Este Caderno Pedagógico possui como foco principal a arte na arquitetura
em Curitiba fazendo correlação com a geometria através dos sólidos geométricos
procurando mostrar a utilização do tridimensional, pois a cidade no seu
desenvolvimento possui uma rica e variada gama de construções de todos os
estilos.
O tema do projeto nasceu da observação dos monumentos e prédios
arquitetônicos situados próximos da escola Poty Lazzarotto e onde está localizado
o setor histórico da cidade que conta como ela nasceu.
Neste estudo procura-se dar ênfase ao conhecimento e reflexão sobre a
arquitetura de Curitiba abordando alguns movimentos ou períodos da história da
arte fazendo correlação com a geometria através dos sólidos geométricos.
O ver, olhar e perceber no dia a dia os monumentos e prédios que nos
cercam permite ter uma visão estética e educativa no ensino da arte explorando as
diversas origens, culturas e períodos da arquitetura de Curitiba.
De acordo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Arte –
Secretaria de Estado da Educação do Paraná na página 71 diz:
“O trabalho do professor é de possibilitar o acesso e mediar à
percepção e apropriação dos conhecimentos sobre arte, para que o
aluno possa interpretar as obras, transcender aparências e aprender,
pela arte, aspectos da realidade humana em sua dimensão singular e
social”.
O conteúdo deste Caderno Pedagógico tem a finalidade de ser aplicado aos
alunos na educação de jovens e adultos, mas poderá também ser aplicado no ensino
fundamental e médio não só na EJA (Educação de Jovens e Adultos) como no
ensino regular.
.
O4
INTRODUÇÃO
De acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2008 p. 91
ensino fundamental e p.98 ensino médio) dentro dos conteúdos estruturantes
Arquitetura faz parte da composição onde se pode trabalhar formas espaciais na
geometria, volume, cor e luz. A Arquitetura como Arte desenvolveu-se com o
crescimento das civilizações. A busca de formas, cores, volumes e materiais
agradáveis aos olhos retratam a evolução do homem até os dias de hoje.
Pode-se fazer esta constatação conforme a citação de Feist:
Há milhares e milhares de anos, como você já sabe, a
humanidade vivia em cavernas. Nossos remotos ancestrais eram tão
primitivos que ainda não sabiam construir nada – nem uma cabana,
que dirá uma casa. Para se proteger das intempéries e dos animais
ferozes, enfurnavam-se em cavernas. Até que começaram a praticar
regularmente a agricultura e não precisavam mais zanzar para lá e
para cá em busca de alimento. Então eles trataram de se fixar num
lugar para cultivar a terra e para isso tiveram de construir abrigos
compatíveis com suas necessidades. De abrigo em abrigo,
acabaram fundando cidades. Assim nasceu a civilização. E com a
civilização surgiu a arquitetura [...]. (FEIST, 2006, p. 8).
Está-se inserido num mundo de formas. Para onde quer que se direcione o
olhar as formas geométricas estão presentes no mundo do tridimensional através do
volume seja nas artes visuais com a arquitetura e a escultura ou em outras áreas do
conhecimento.
Nesta visão na geometria será feita uma introdução para o reconhecimento
e caracterização das Formas Geométricas Espaciais explorando a evolução de
construções arquitetônicas em alguns períodos históricos na cidade de Curitiba,
com intenção de que desperte nos alunos questões que pudessem ser analisadas e
discutidas com ênfase nas diversas culturas pertinentes.
05
Salientar-se-á a importância da utilização desses recursos a fim de que exista
um aproveitamento em sala de aula tanto por parte do professor como do aluno
tornando-as mais dinâmicas, criativas com melhor aproveitamento no aprender -
aprender e no aprender a fazer.
O tema sobre a arte, através da geometria na arquitetura, conta com uma
multiplicidade de abordagens já registradas em uma respeitável bibliografia, onde
o pensamento pedagógico se encontra em outros campos da educação.
As relações entre educação e a arte são um fato. Ambas são
peculiaridades da vida humana que necessariamente se relacionam na construção
da personalidade individual e seu perfil sócio - cultural do grupo social.
A arte não envelhece porque o ser humano que a contempla é
sempre novo ou terá um olhar outro e estará realizando uma
infinidade de leituras, porque infinita é a capacidade do homem de
perceber, sentir, pensar, imaginar, emocionar-se e construir
significações diante das formas artísticas. “(Martins, Picosque e
Guerra. Didática do ensino da arte do mundo: Poetizar, fruir e
conhecer arte. 1998 p.61).
A arte e a educação através da geometria também marcam, portanto toda a
ação de homem criador e preservador da cultura de seu grupo social, através de
atividade educativa. Esse trabalho trata da arte na arquitetura de Curitiba fazendo
correlação com a geometria através dos sólidos geométricos abordando alguns
períodos da historia da arte
Não se pode falar da arquitetura de Curitiba sem citar o engenheiro
Arquiteto Jaime Lerner que no Jornal Gazeta do Povo, 28.03.2009, 1º cad. P.2 –
Curitiba, diz:
Em cada época a cidade de Curitiba soube equacionar suas
demandas presentes e, ao mesmo tempo, abrir caminho para suas
aspirações e necessidades futuras. Sem prejuízo do bom
planejamento - e o bom planejamento é justamente um dos pilares
de Curitiba -, é preciso algum compromisso com as possibilidades
que surgiram no caminho. Isso porque nem tudo pode ser previsto
na dinâmica das cidades, ainda mais as nossas que, nos últimos 40
anos, tiveram um crescimento inusitado, desafiador.
06
UNIDADE 1
ARTE
A arte faz parte da nossa vida mesmo sem ser ela percebida.
Mas o que é arte?
Arte é Arte.
Assim sendo arte é dança, é teatro é musica, é literatura, é pintura, é
fotografia, é cinema, é escultura, é arquitetura, é arte digital e, ou seja é imagem e
reforçando como já foi dito acima arte é arte.
A arte está sempre presente na história humana, sendo inclusive um dos
fatores que diferenciam o homem dos demais seres vivos. Além disso, a produção
artística pode ser de grande ajuda para o estudo de um período ou de uma cultura
particular, por revelar valores do tempo e espaço em que foi produzida.
Orientação ao Professor:
Nesta unidade vamos mostrar os vários seguimentos da Arte,
procurando não se ater a um único conceito pois o entendimento
de Arte varia de acordo com a época e o lugar onde se vive. De
acordo com o texto e o conhecimento prévio do aluno será feito
um seminário.
07
Pode-se dizer com relação à arte que ela é a pratica de criar formas que
sejam percebidas como também expressar sensibilidade.
A arte é parte essencial da cultura e da identidade, a mais requintada forma
de expressão. Na linguagem da arte, onde o verbal se substitui ou convivem entre
si, é o potencial criativo do ser humano que desabrocha. O ensino das artes é
incentivar e reconhecer essas formas de expressão sendo a que a escola estará
dando um grande passo para formação dos jovens e porque não dizer dos adultos
que procuram na escola um novo rumo a suas vidas.
“A arte não é apenas básica, mas fundamental na
educação de um país que se desenvolve (…). Não é possível uma
educação intelectual, formal ou informal, sem a arte, porque é
impossível o desenvolvimento integral da inteligência sem o
desenvolvimento do pensamento divergente, do pensamento visual
e do conhecimento representacional que caracterizam a arte. Se
pretender uma educação não apenas intelectual, mas principalmente
humanizadora, a necessidade da arte é ainda mais crucial por
desenvolver a percepção e a imaginação, para capturar a realidade
circundante e desenvolver a capacidade criadora necessárias à
modificação dessa realidade.” (Ana Mae Barbosa. A imagem no
ensino da arte. 1991 p.4-5).
De acordo com as diretrizes curriculares da educação básica – Arte em
artes visuais sugere que a prática pedagógica parta da analise e produção de
trabalhos artísticos relacionados a conteúdos de composição em artes visuais, tais
como:
Imagens bidimensionais: desenhos, pinturas, gravuras, fotografia, propaganda
visual;
Imagens tridimensionais: esculturas, instalações, produções arquitetônicas.
ATIVIDADE
1. De acordo com o texto apresentado e o que você já ouviu falar de Arte escreva em
uma folha com suas palavras o que entende sobre Arte?
2. Agora troque as folhas com seus colegas leiam o que cada um escreveu e discutam
sobre o tema.
3. Quais são os tipos de linguagens artísticas que você conhece?
08
UNIDADE 2
ARQUITETURA
Definição de arquitetura sugerida pelo arquiteto e urbanista Lucio Costa
(1902 – 1998) é:
Arquitetura é, antes de mais nada, construção, mas construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando á determinada intenção. E nesse processo fundamental de ordenar e expressar-se ela se revela igualmente arte plástica, porquanto nos inumeráveis problemas com que se defronta o arquiteto, desde a germinação do projeto até a conclusão efetiva da obra, há sempre para cada caso específico, certa margem final de opção entre os limites – máximo e mínimo – determinados pelo calculo, preconizados pela
técnica, condicionados pelo meio, reclamados pela função ou
impostos pelo programa cabendo então ao sentimento individual do
arquiteto, no que ele tem de artista, portanto, escolher, na escola
dos valores contidos entre dois valores extremos, a forma plástica
apropriada a cada pormenor em função da unidade última da obra
idealizada. Por outro lado, a arquitetura depende ainda,
necessariamente da época de sua ocorrência, do meio físico e social
a que pertence da técnica decorrente dos materiais empregados e
finalmente dos objetivos e dos recursos financeiros disponíveis
para a realização da obra, ou seja, do programa proposto. Pode-se
então definir arquitetura como construção concebida com a
intenção de ordenar e organizar plasticamente o espaço, em função
de uma determinada época, de um determinado meio, de uma
determinada técnica e de um determinado programa. COSTA, Lucio. Considerações sobre arte contemporânea (1940).
In: Lúcio Costa, Registro de uma vivencia. São Paulo: Empresa das
Artes, 1995. 608 p.il.
Orientação ao professor:
Esta unidade tratará sobre arquitetura e o trabalho do arquiteto
e a seguir far-se-á perguntas aos alunos sobre o tema.
09
De acordo com Hildegard Feist em seu livro Pequena Viagem pelo mundo da
Arquitetura diz:
A arquitetura é uma forma de arte visual presente em todas as
civilizações, em todos os tempos, desde a pré-história. Trabalhando com
formas, volumes e cores, a arquitetura lida, ainda, com a funcionalidade,
criando espaços onde pessoas vão morar trabalhar, estudar. A lista é
extensa. O mundo da arquitetura é tão imenso e diversificado que seria
impossível conhecê-lo numa viagem como esta. Por isso privilegiamos,
em nosso roteiro, algumas obras significativas e inovadoras, os artistas
que as conceberam e também algumas técnicas que, do berço da
civilização aos dias de hoje, revolucionaram essa arte.
A arquitetura é uma arte que produz edifícios de qualquer espécie, do
casebre mais modesto ao palácio e templo mais majestoso, constrói naus, desde a
menor canoa, até os grandes navios encouraçados de guerra e nas suas
maravilhosas aplicações; abre estradas do mais estreito caminho privado, às
ferrovias.
Com grande razão é dada a Arquitetura este nome, que segundo a
etimologia do seu vocábulo significa arte e ciência diretriz de todas as outras, e por
isso o arquiteto é o ordenador supremo de todos os trabalhos e de todas as obras
que ocorrem à construção de qualquer edifício.
Segundo Eliana Pougy no suplemento didático na p.6 da obra Pequena
Viagem pelo mundo da Arquitetura diz que a formação do arquiteto possibilita
atuação em várias áreas.
Cabe ao arquiteto:
Fazer planejamento físico, local, urbano e territorial.
Criar e coordenar a construção de conjuntos arquitetônicos e monumentos.
Criar a arquitetura paisagística e de interiores.
O trabalho do arquiteto se inicia na escolha do terreno para implantação do
projeto, com parecer sobre localização, legislações idílica e urbanas, aspectos
ambientais e topográficos, que possibilitem analises preliminares de viabilidade do
projeto.
A seguir existe uma etapa de montagem e aferição de programa preliminar
a ser desenvolvido juntamente com o cliente e o estudo da legislação incidente no
terreno e na edificação.
10
O arquiteto também pode acompanhar a execução da obra de várias
maneiras: de simples fiscalizador a responsável por todas as etapas da execução,
desde a compra do material até a finalização da obra.
O arquiteto pode ainda ser contratado para uma etapa seguinte à da obra
executada, que é a de desenvolvimento do projeto de arquiteto de interiores, que
nas mesmas fases anteriores, aborda todo o tratamento e mobiliário do interior da
edificação.
A partir da Arquitetura com a qual se entende aquela dedicação as
construções de edifícios para os homens reunidos em sociedade, sejam esses de uso
privado ou público, ou para uso público é a Arquitetura civil.
A história da arquitetura é uma subdivisão da História da Arte
responsável pelo estudo da evolução histórica da arquitetura, seus princípios, idéias
e realizações. Esta disciplina, assim como qualquer outra forma de conhecimento
histórico, está sujeita às limitações e potencialidades da história enquanto ciência:
existem diversas perspectivas em relação ao estudo da arquitetura, a maior parte
das quais ocidentais.
Na maioria dos casos (mas nem sempre), os períodos estudados pela
História da Arquitetura correm paralelos aos da História da Arte, embora existam
momentos em que as estéticas se sobreponham ou se confundam. Não raro, uma
estética que é considerada vanguarda nas artes plásticas ainda não ter encontrado
sua representação na arquitetura, e vice-versa.
ATIVIDADE:
1. Após ter lido o texto acima escreva o que é arquitetura para você.
2. A arquitetura pode ser considerada uma forma de arte visual?
3. Quais as funções que você sabe que um arquiteto desempenha?
11
Unidade 3
Geometria e seus sólidos geométricos
A origem da palavra geometria, em grego, significa medindo a Terra.
Geometria é a parte da Matemática que estuda as medidas e as formas.
Geometria em si, é a parte da matemática que estuda as figuras planas
em duas dimensões e a espacial através dos sólidos geométricos em três
dimensões.
Exemplificando essas afirmações, uma folha de papel possui duas
dimensões comprimento e largura; já um livro possui três dimensões comprimento
largura e altura ou profundidade. Percebe-se bem esta diferença com a planificação
de um sólido geométrico, por exemplo, um prisma tem as três dimensões:
comprimento, largura e altura, já a sua planificação no plano apresentam duas
dimensões comprimento e largura.
Desenho 1 Desenho 2
da autora Denise do Rocio Dumsch
Orientação ao Professor:
Nesta unidade será apresentado os sólidos geométricos
regulares, irregulares e sólidos de rotação e será pedido
como atividade prática a planificação e a construção de
alguns sólidos bem como atividade teórica.
12
Parafraseando Faiguelernt do seu livro Fazendo arte com a matemática:
a geometria, como é uma divisão da matemática, em geral, é considerada uma
disciplina difícil, fechada enigmática, destinada a uns poucos que nasceram com
talento especial para aprendê-la. Isto acaba gerando atitudes negativas, bloqueios,
resistências e até repudio com relação a ela por isso para amenizá-la se faz a
correlação com a arte.
Muitos não tiveram uma única oportunidade sequer de perceber a
aplicação da geometria no cotidiano, de vivenciar experiências geométricas através
dos sólidos geométricos.
“Não só para a arte e a geometria, como também para a educação em
geral, imaginação e intuição são instrumentos importantes para a construção do
conhecimento”. Faiguelernt, Fazendo arte com a matemática p.15
Além de desenvolver a intuição e a imaginação a arte e a geometria são
disciplinas fundamentais por muitas outras razões.
A geometria é uma área naturalmente propicia ao desenvolvimento e a
manutenção de um diálogo permanente com a vida e com outras áreas de
conhecimento.
A arte proporciona a expansão do universo cultural dos indivíduos e abre
espaço à participação social.
Possivelmente, não existe nenhuma atividade da vida
contemporânea, da música à informática, do comércio à
meteorologia, da medicina à cartografia, das engenharias às
comunicações e artes visuais como dança teatro que a geometria
não compareça de maneira insubstituível para codificar, ordenar,
quantificar e interpretar compassos, taxas, coordenadas tensões,
freqüências e quantas outras variáveis houver.
(PCNEM, p.211).
A geometria como ciência com seus processos de construção e validação
de conceitos, com suas argumentações e os procedimentos de generalizar,
relacionar, e concluir que lhe são característicos, permite estabelecer e interpretar
fenômenos e informações.
A arte e a geometria sempre estiveram ligadas desde as civilizações mais
antigas, e são inúmeros os exemplos de sua interação. Muitos povos utilizaram
elementos geométricos na confecção de suas obras: os egípcios com suas
monumentais pirâmides e gigantescas estátuas, os gregos com o famoso Parthenon
e com seus belíssimos mosaicos, os romanos com suas inúmeras construções com
formas circulares, entre elas o Coliseu. (Fainguelernt. Fazendo arte com a
matemática. P. 18)
13
SÓLIDOS GEOMÉTRICOS
Os sólidos geométricos são figuras espaciais, isto é, que possuem três
dimensões pode ser classificado em:
Poliedros regulares
Poliedros irregulares
Sólidos de revolução
3.1. POLIEDROS REGULARES
Poliedros regulares são sólidos que tem suas faces representadas por
polígonos regulares iguais entre si. Estes polígonos regulares são denominados de
faces do poliedro.
Os poliedros regulares são 5 a saber:
3.1.1 TETRAEDRO se compõe de 4 triângulos eqüiláteros iguais.
Desenho 3 - da autora Denise do Rocio Dumsch
PLANIFICAÇÃO: é a colocação das faces do poliedro num só plano, de modo
que estejam ligadas umas às outras, permitindo que ele seja construído no papel.
Na planificação, o poliedro deve ser desenhado com traços contínuos nas linhas de
corte e com tracejados nas linhas de dobra
14
Desenho 4 – da autora Denise do Rocio Dumsch
3.1.2. HEXAEDRO ou CUBO se compõe de 6 faces quadradas iguais.
Desenho 5 – da autora Denise do Rocio Dumsch
15
Desenho 6 – da autora Denise do Rocio Dumsch
3.1.3. OCTAEDRO se compõe de 8 triângulos eqüiláteros iguais.
Sólido Estrutura
Desenho 7 – da autora Denise do Rocio Dumsch
16
Planificação
Desenho 8 – da autora Denise do Rocio Dumsch
Morfologia
Desenho 9 – da autora Denise do Rocio Dumsch
17
3.1.4. DODECAEDRO se compõe de 12 faces pentagonais iguais.
Sólido Planificação
Desenho 10 – da autora Denise do Rocio Dumsch
MORFOLOGIA E ESTRUTURA
12 faces pentagonais
30 arestas
20 vértices
Desenho 11 – da autora Denise do Rocio Dumsch
18
3.1.5. ICOSAEDRO se compõe de 20 triângulos eqüiláteros iguais.
sólido
Desenho 12 – da autora Denise do Rocio Dumsch
MORFOLOGIA
20 faces triangulares - 12 vértices - 30 arestas
Desenho 13 – da autora Denise do Rocio Dumsch
Atividade: Desenhe a planificação de um cubo numa folha. Em seguida passe para uma
cartolina e monte o cubo (hexaedro regular).
19
3.2.. POLIEDROS IRREGULARES
Poliedros irregulares são aqueles que apresentam faces desiguais, portanto,
basta apresentar uma face diferente para o poliedro ser irregular.
Os poliedros irregulares estão classificados em dois grandes grupos.
1. PRISMAS
2. PIRAMIDES
3.2.1. PRISMAS é o poliedro irregular formado por duas faces ou bases
poligonais iguais e paralelas e por faces laterais que são retângulos.
.
O número de faces depende da base e é através dela que damos o nome do
prisma: prisma de base triangular, quadrangular, pentagonal hexagonal, etc.
PRISMA RETO DE BASE TRIANGULAR é composto de três retângulos e
dois triângulos, cujos lados correspondem à largura do retângulo.
Desenho 14 – da autora Denise do Rocio Dumsch
MORFOLOGIA
3 Faces laterais retangulares
9 arestas
6 vértices
2 bases triangulares
20
PRISMA RETO DE BASE QUADRANGULAR apresenta quatro retângulos
e dois quadrados cujos lados correspondem à largura do retângulo.
Desenho 15 da autora Denise do Rocio Dumsch
MORFOLOGIA
4 faces laterais retangulares - 12 arestas - 8 vértices - 2 bases quadrangulares
PRISMA RETO DE BASE PENTAGONAL apresenta cinco retângulos e dois
pentágonos, cujos lados são a largura do retângulo.
Desenho 16 – da autora Denise do Rocio Dumsch
MORFOLOGIA
5 Faces laterais retangulares -15 arestas - 10 vértices -2 bases pentagonais
21
3.2.2. PIRÂMIDE é o poliedro ou sólido geométrico cuja base é um polígono
qualquer e cujas faces laterais são triângulos isósceles que concorrem num ponto
denominado vértice da pirâmide.
Uma pirâmide é regular quando a base é um polígono regular, isto é,
todos os lados do polígono são iguais e irregulares quando a base é um polígono
irregular, ou seja nem todos os lados desse polígono são iguais.
Como nos prismas, as faces laterais dependem da base e é através dela
que se dá o nome da pirâmide: pirâmide de base triangular, quadrangular,
pentagonal, hexagonal, etc.
PIRÂMIDE DE BASE TRIANGULAR é composto de um triângulo
eqüilátero e três triângulos isósceles, cujos lados correspondem ao lado do
triângulo eqüilátero.
Desenho 17 - da autora Denise do Rocio Dumsch
MORFOLOGIA
1 base triangular
3 faces laterais triangulares
6 arestas
3 vértices da base e 1 vértice notável
eixo ou altura
22
PIRÂMIDE DE BASE QUADRANGULAR é constituída de um quadrado e
quatro triângulos isósceles cujos lados da base correspondem ao lado do quadrado.
Desenho 18 – da autora Denise do Rocio Dumsch
MORFOLOGIA
1 base quadrangular
4 faces laterais triangulares
8 arestas
4 vértices de base e
1 vértice notável
eixo ou altura
PIRÂMIDE DE BASE PENTAGONAL é constituída de um pentágono regular e
cinco triângulos isósceles cujos lados da base correspondem ao lado do pentágono.
Desenho 19 – da autora Denise do Rocio Dumsch
23
MORFOLOGIA
1 base pentagonal
5 faces laterais triangulares
5 vértices de base e l vértice notável
10 arestas
eixo ou altura
Atividade: 1. Desenhe a planificação de um prisma de base quadrada em uma folha.
2.Construa uma pirâmide de base triangular a partir de sua planificação
3.3. SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO
SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO são os sólidos gerados pela rotação de uma figura
plana: retângulo, triângulo retângulo e semicírculo e são eles:
1. CILINDRO
2. CONE
3. ESFERA
3.3.1. CILINDRO é o sólido gerado pela rotação de um retângulo em torno de um
de seus lados ou é o sólido geométrico redondo e reto formado por duas bases
circulares paralelas.
Desenho 20 – da autora Denise do Rocio Dumsch
24
Desenho 21 – da autora Denise do Rocio Dumsch
3.3.2. CONE é o sólido gerado pela rotação de um triângulo retângulo em torno de
um de seus catetos ou é o sólido geométrico de revolução limitado por uma superfície
cônica de revolução e por uma base circular.
Desenho 22 – da autora Denise do Rocio Dumsch
25
Desenho 23– da autora Denise do Rocio Dumsch
3.3.3. ESFERA é o sólido gerado pela rotação de um semicírculo em torno do seu
diâmetro ou é o sólido limitado pela superfície esférica de revolução.
Desenho 24 – da autora Denise do Rocio Dumsch
26
Desenho 25 – da autora Denise do Rocio Dumsch
Atividade:
1. Desenhe a planificação de um cilindro em folha.
2. Construa um sólido de revolução o cone a partir da sua planificação.
27
Unidade 4
ARQUITETURA DE CURITIBA
Como se sabe desde o inicio da civilização os homens viviam em
cavernas e a partir da agricultura passaram a viver em comunidade e surgindo
assim as primeiras cidades com suas moradias.
Curitiba foi fundada em 29 de março de 1.693 com o nome de Nossa
Senhora da Luz dos Pinhais, em 1721 a vila passa a se chamar Curitiba. Ela deve
seu nome a grande quantidade de araucárias (pinheiro do Paraná) que crescem em
seus arredores. Em língua indígena tupi – guarani “curii-tyba” significa muito
pinhão ou muito pinheiro. Em 19 de dezembro de 1.853 tornou-se a capital da
recém-emancipada província do Paraná. A cidade experimentou diversos planos
urbanísticos e legislações que visavam conter seu crescimento descontrolado e que
a levaram a ficar famosa internacionalmente pelas suas inovações urbanísticas e o
cuidado com o meio ambiente.
Manteve um ritmo de crescimento urbano fortalecido pela chegada de uma
grande quantidade de imigrantes europeus ao longo do século XIX, na maioria
alemães, poloneses, ucranianos e italianos que contribuíram para a diversidade
cultural que permanece até hoje.
De acordo Bacelar, Jonildo em seu site - http://www.curitiba-
parana.net/index.htm:
Uma diversidade de estilos arquitetônicos, antigos e modernos, enriquece a paisagem
urbana de Curitiba e representam um enorme patrimônio cultural. A arquitetura que se encontra
em Curitiba sofreu uma forte influência da cultura trazida pelos imigrantes, oriundos de vários
países, principalmente europeus. Prédios em arquitetura eclética, neoclássica, colonial, bizantina,
oriental e estilos inspirados nas terras natais dos imigrantes confirmam a diversidade e riqueza
cultural de Curitiba. No início do século XX, a vida cultural começou a se desenvolver em
Curitiba, a vontade de livrar-se do preconceito identitário, aliada à esperança do paranaense de
ter na sua capital uma cidade de destaque, e o sonho de criar uma “capital européia”, foram
motivos mais que fortes para as elites e a população em geral, apoiarem as iniciativas
municipais.
Orientação ao Professor
Nesta unidade será apresentado aos alunos alguns
monumentos e prédios de Curitiba seguindo a linha do tempo
dentro da historia da arte na arquitetura fazendo correlação
com os sólidos geométricos aguçando a percepção visual
com exercícios práticos e teóricos.
28
O período decisivo em relação ao processo de planejamento da cidade foi,
contudo a década de 60. Esse processo de planejamento, no sentido moderno do
termo, iniciou-se precisamente em 1962, quando da eleição do engenheiro Ivo
Arzua para a Prefeitura da cidade. Quando a primeira turma de engenheiros -
arquitetos procuraram o então Prefeito levando-lhe algumas idéias a respeito da
circulação da cidade, surgiu à idéia de reexaminar o Plano Agache de Curitiba
conhecido como de plano de avenidas.
Curitiba é citada nacional e internacionalmente como modelo. Este
destaque é decorrente das ações inovadoras de Jaime Lerner e sua equipe, no
urbanismo e na arquitetura da cidade. Esta situação de destaque da cidade é
motivadora para a analise em questão. Na cidade de Curitiba, Jaime Lerner deixou
a marca de sua linguagem no discurso urbanístico e em textos arquiteturais,
inicialmente como técnico da arquitetura e do urbanismo e, após, como gestor
público, ao longo de seu exercício de poder.
A cidade restou edificar-se, projetar atrações, domar a natureza, desviar
rios, abrir ou fechar vias de circulação, destacando a realização do homem. Por isto
Curitiba sempre estimou, louvou e entregou o poder político a construtores
(arquitetos, engenheiros - arquitetos, engenheiros civis ou engenheiros militares). É
o tributo a quem faz, a quem altera a paisagem, a quem dá imagem de capital
européia à cidade sem belezas naturais.
O pedido dos cidadãos, e especialmente das elites curitibanas aos homens
que alteram a paisagem urbana, era a de dar-lhes obras de que se orgulhasse que
valorizasse e destacasse a cidade, que fizesse com que Curitiba e os curitibanos
fossem reconhecidos fora da sua comunidade, a pacata Curitiba.
Atividade
1. Quando Curitiba foi fundada?
2. Qual a origem do nome Curitiba?
3. Quando Curitiba tornou-se capital da recém emancipada província do
Paraná?
4. Quais os imigrantes europeus contribuíram para a diversidade cultural que
permanece até hoje?
5. Por que Curitiba ficou conhecida internacionalmente?
29
4.1. FAROL DO SABER
São bibliotecas municipais, situadas em escolas ou logradouros públicos,
com acervo referencial de cinco mil livros – técnico - didáticos e literatura -
inspiradas em dois marcos da antiguidade egípcia: a biblioteca e o farol de
Alexandria. A construção modular, em estrutura metálica, com aproximadamente
10 metros de altura em forma cilíndrica com 98 m2 de área construída. Existe uma
escada em caracol, que conduz ao topo da torre, onde fica uma guarita, coberta por
abóbada metálica e em cima, um galo.
O primeiro Farol do Saber foi inaugurado no bairro Mercês, em 19 de novembro
de 1994, com o nome de Machado de Assis.
http://www.turismo.curitiba.pr.gov.br/
Foto 1 da autora Denise do Rocio Dumsch
FAROL DE ALEXANDRIA
Imagem 1 disponível
http://pt.wikipedia.org/wiki/Farol_de_Alexandria
30
BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA
Imagem 2 disponível em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteca_de_Alexandria
Pirâmide do Egito
Imagem 3 – disponível em
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/File/imagens/2011/arte/10pirami
desgizenovo.jpg
Para seu conhecimento:
Arquitetura Egípcia
A arte egípcia estava a serviço da religião e da morte. Ao longo de uns três
mil anos, num período compreendido, aproximadamente, entre 3100 a.C e 30 a.C.,
os egípcios produziram uma arquitetura notável, que inclui palácios imponentes,
mas se destaca mesmo é nos templos, obeliscos e sepulturas. Na arquitetura, os
egípcios construíram templos, palácios, túmulos, mastabas e pirâmides. São
celebres no Egito as três pirâmides de Queops, Quefrem e Miquerinos como
também os templos de Carnac e Luxor, ambos dedicados ao deus Amon.
O Farol de Alexandria uma das Sete Maravilhas da Antigüidade, somente
um tinha uso prático além de sua arquitetura elegante: O Farol de Alexandria. Para
os navegantes, ele assegurava um retorno seguro para o Grande Porto. Para os
arquitetos, ele significava algo mais: era a mais alta construção da Terra. E para os
cientistas, era um misterioso espelho que fascinava-os mais... O espelho cuja
reflexão podia ser visto mais de 50 km de distância.
31
Atividade:
3. Observando a foto do Farol do saber de Curitiba, cite quais sólidos geométricos
que estão representados.
4. Qual a analogia entre o Farol do Saber e do Farol de Alexandria?
5. Escolha um dos monumentos da antiguidade egípcia e o represente em uma
folha?
4.2. MEMORIAL – ÁRABE
Homenageando a cultura do Oriente Médio, funciona como biblioteca
especializada. O prédio lembra o estilo arquitetônico das edificações mouriscas por
elementos como a abóbada, as colunas, os arcos e os vitrais. Com pouco mais de
140 metros quadrados de área construída, o Memorial tem o formato de um cubo e
está colocado sobre um espelho d’água. No interior da construção, sobre um
pedestal de mármore, está à escultura representativa do escritor Gibran Kalil
Gibran
.http://www.viaje.curitiba.pr.gov.br/pontosturisticos/arabe.html
Foto 2 da autora Denise do Rocio Dumsch
32
Para seu conhecimento:
Arte árabe
A arte árabe é a revelação de uma cultura refinada, que compreende o
campo cientifico matemático e que se difundiu rapidamente em terras conquistadas
pelos árabes, como o Islão, o Oriente Médio, a Pérsia e a Turquia.
Na Europa, os árabes ocuparam por longo tempo Portugal e Espanha (onde
nasceu o estilo mourisco), e também parte da França e da Sicilia (Itália), deixando
traços de sua cultura.
A arte árabe se manifesta na arquitetura, nos templos, minaretes e
cúpulas. Nas mesquitas, aparecem arabescos, construções baseadas em linhas
espiraladas, com andamentos geométricos.
Arcos:
Os arcos juntamente com as arquitraves foram dois tipos de elementos
construtivos introduzidos pelos povos na arquitetura.
No sistema de arco para a arquitrave, a diferença é determinada por um
elemento curvo apoiado sobre dois pés direitos, que podem ser um pilar, uma
coluna ou um muro.
Os primeiros exemplos de arquitetura com arcos aparecem com os caldeus
(povos da Mesopotâmia) e, depois, com os etruscos. Este povo construiu arcos para
abrir as portas das cidades, para sustentar pontes, aquedutos, viadutos, teatros e
termas.
Em cada período, cada povo introduziu arcos de formas diversas, que
constituem uma das características arquitetônicas das várias civilizações. . Cantele,
Bruna R Arte etc. e tal v.2 p.69
Atividade:
1. Qual a forma geométrica do Memorial Árabe e do espelho da água onde ele
está localizado?
2. Veja a seguir a construção de arcos mouriscos.
3. Construa um arco mourisco numa folha de papel sulfite A 4 e faça o
acabamento usando sua criatividade
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Arco Mourisco em Forma de Ferradura
Desenho 26 da autora Denise do Rocio Dumsch
1. Traça-se as verticais nos pontos A e B que estão separadas entre si de 8cm.
2. A seguir traça-se a mediatriz de AB.
3. A ponta do compasso em A e uma abertura qualquer corta a mediatriz em C
4. Liga-se A com C e B com C
5. Centro do compasso em C e raio CA traça-se o arco AB
6. Está feita a construção do arco mourisco em forma de ferradura
34
Arco Mourisco (árabe) em forma de chama
Desenho 27 da autora Denise do Rocio Dumsch
1. Traça-se as verticais nos pontos A e B que estão separadas entre si de 8cm.
2. A seguir traça-se a mediatriz de AB em O
3. Centro em O raio OA traça-se a semi circunferencia AB
4. Centro em A abertura qualquer marca-se o ponto C
5. Centro em B e mesma abertura marca-se o ponto D
35
6. Toma-se o ponto E na mediatriz a qualquer distancia.
7. Centro em E raio EC traça-se o arco CD
8. Centro em C e abertura qualquer marca-se o ponto F
9. Centro em D e mesma abertura marca-se o ponto G
10. Liga-se E com F e E com G .
11. Centro em F raio FE marca-se o ponto H
12. Centro em G e mesmo raio marca-se o ponto I
13. Centro em H raio HF traça-se o arco FJ
14. Centro em I raio IG traça-se o arco GJ
4.3. CATEDRAL BASÍLICA MENOR DE NOSSA SENHORA DA LUZ
Catedral Metropolitana de Curitiba, construção de um arquiteto Francês
Alphone de Plas com estilo neogótico foi inspirada na Catedral da Sé de
Barcelona, Espanha. Construída de 1876 a 1893. Suas duas torres são pirâmides,
apresenta na fachada uma rosácea, o portal central com um arco ogival e dois
laterais o prédio é um prisma quadrangular.
Foto 3 da autora Denise do Rocio Dumsch
36
Vitral da Catedral
Foto 4 da autora Denise do Rocio Dumsch
Rosácea da Catedral
Foto 5 da autora Denise do Rocio Dumsch
37
Portal da entrada da Catedral
Foto 6 da autora Denise do Rocio Dumsch
Para seu conhecimento:
Arte Gótica
A Arte Gótica é também chamada Arte das Catedrais ou Arte das Ogivas.
Surge no final do século XII na França.
A igreja gótica tem três portais que dão acesso à três naves do interior da
igreja: a nave central e as duas naves laterais.
A rosácea é um elemento arquitetônico muito característico do estilo gótico
e está presente em quase todas as igrejas construídas entre os séculos XII e XIV.
Outros elementos característicos da arquitetura gótica são os arcos góticos
ou ogivais e os vitrais coloridíssimos que filtram a luminosidade para o interior da
igreja.
As catedrais góticas mais conhecidas são: Catedral de Notre Dame de
Paris e a Catedral de Notre Dame de Chartres.
MARTINS, Simone R – IMBROSI, Margaret H. Grécia. Disponível em
http://www.historiadaarte.com.br/linha_do_tempo.htm
38
ROSÁCEA
Rosácea é uma figura simétrica terminada em áreas de circunferência e que
revela analogia com a rosa. Ela pode ser de 3, 4, 5,6, 7, 8 e mais pontas de acordo
com a divisão da circunferência em partes iguais. As rosáceas são ornatos cujas
formas assemelham-se a da rosa. .Na arquitetura teve origem nas aberturas
circulares usadas para facilitar a iluminação das igrejas e que foram sendo
enriquecidas por vitrais, dispostas em compartimentos de grande beleza
arquitetônica.
VITRAL
Vitral é um tipo de vidraça com caixilhos metálicos e vidros coloridos que
representam cenas ou personagens utilizados geralmente na arquitetura.
O uso dos vitrais nas janelas iniciou-se na Idade Média.
Tradicionalmente, a arte do vitral é feita com vidros coloridos cortados na
medida certa, unidos e mobilizados por meio de perfilações de chumbo.
Atividade:
1. Quais as características do estilo gótico apresentado pela catedral Metropolitana
de Curitiba?
2. Qual a forma geométrica das duas torres da catedral?
3. Observando a rosácea da catedral muito utilizada no período gótico desenhe uma
circunferência e crie a sua rosácea, pintando-a e decorando-a. Segue exemplos de
rosácea de 3,4 e 6 pontas. Use usa criatividade.
39
ROSÁCEA DE 3 PONTAS
Desenho 28 da autora Denise do Rocio Dumsch
1. Divide-se a circunferência em 6 partes iguais.
2. Com a abertura do compasso igual o raio a partir de um ponto A marca-se os
pontos B, C, D, E, F. Está dividida a circunferência em 6 partes iguais.
3. Centro em A e raio AB traça-se o arco BF.
4. Centro em C e raio BD traça-se o arco BD.
5. Centro em E raio ED traça-se o arco DF.
6. Assim se tem a rosácea de 3 pontas.
40
ROSÁCEA DE 4 PONTAS
Desenho 29 da autora Denise do Rocio Dumsch
1. Traça-se uma circunferência de 6 cm de raio de centro O.
2. Divide-se circunferência e 4 partes iguais.
3. Trace o diâmetro AB passando pelo centro O.
4. Centro em A e raio um pouco maior do que o raio da circunferência traça-se um
arco
5. Centro em B e mesmo raio traça-se outro arco que corta o anterior em C.
6. Liga-se C com O que corta a circunferência em D e E.
7. Centro em A e raio AD trace o arco DE.
8. Centro em B e raio BD trace o arco DE.
9. Centro em D e raio DA trace o arco AB
10. Centro em E e raio EA trace o arco AB.
11. Assim se tem a rosácea de 4 pontas.
41
ROSÁCEA DE 6 PONTAS
Desenho 30 da autora Denise do Rocio Dumsch
1. Traça-se a circunferência de 6 cm de raio.
2. Divide-se a circunferência em 6 partes iguais.
3. Com a abertura do compasso igual o raio a partir de um ponto A marca-se os
pontos B, C, D, E, F. Está dividida a circunferência em 6 partes iguais.
4. Centro em A e raio AB traça-se o arco BF.
5. Centro em B e raio BA traça-se o arco AC.
6. Centro em C e raio CB traça-se o arco BD.
7. Centro em D e raio DC traça-se o arco CE.
8. Centro em E e raio ED traça-se o arco DF.
9. Centro em F e raio FE traça-se o arco EA.
10. Assim se tem a estrela de 6 pontas.
42
4.4. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Prédio da UFPR com as ampliações laterais feitas em 1940 sua construção foi
iniciada em 1913 com projeto do engenheiro Baeta de Faria, em estilo neoclássico.
A obra consta de apenas um bloco de 5 andares e uma cúpula central com frente
para a praça Santos Andrade
Na fachada de frente para a Praça Santos Andrade após sua reforma foi colocada
um frontão com as colunas gregas estilo coríntia. O prédio em si tem a forma
prismática de base quadrangular.
Foto 7 da autora Denise do Rocio Dumsch
Para seu conhecimento:
Neoclassicismo
O Neoclassicismo surgiu nas duas últimas décadas do século XVIII e nas
três primeiras do século XIX, e expressou os valores próprios de uma nova e
fortalecida burguesia, que assumiu a direção da Sociedade européia.
Tanto nas construções civis quanto nas religiosas, a arquitetura neoclássica
seguiu o modelo dos templos greco-romanos ou o das edificações do
Renascimento italiano.
43
As edificações que despertaram maior interesse são os templos. A
característica mais evidente dos templos gregos é a simetria entre o pórtico de
entrada e o dos fundos. O templo era construído sobre uma base de três degraus. O
degrau mais elevado chamava-se estilóbata e sobre ele eram erguidas as colunas.
As colunas sustentavam um entablamento horizontal formado por três
partes: a arquitrave, o friso e a cornija. As colunas e entablamento eram
construídos segundo os modelos da ordem dórica, jônica e coríntia.
- Ordem Dórica - era simples e maciça. O fuste da coluna era monolítico e grosso.
O capitel era uma almofada de pedra. Nascida do sentir do povo grego, nela se
expressa o pensamento. Sendo a mais antiga das ordens arquitetônicas gregas, a
ordem dórica, por sua simplicidade e severidade, empresta uma idéia de solidez e
imponência
- Ordem Jônica - representava a graça e o feminino. A coluna apresentava fuste
mais delgado e não se firmava diretamente sobre o estilóbata, mas sobre uma base
decorada. O capitel era formado por duas espirais unidas por duas curvas. A
ordem dórica traduz a forma do homem e a ordem jônica traduz a forma da
mulher.
- Ordem Coríntia - o capitel era formadas com folhas de acanto e quatro espirais
simétricas, muito usadas no lugar do capitel jônico, de um modo a variar e
enriquecer aquela ordem. Sugere luxo e ostentação. :
Dórica Jônica Coríntia
Desenho 31 da autora Denise do Rocio Dumsch
44
Atividade:
1. Que estilo é a construção do prédio da Universidade Federal do Paraná situada
na Praça Santos Andrade?
2. Qual a ordem representada nas colunas do prédio da universidade federal do
Paraná?
3. E qual a forma geométrica do prédio?
4. Observando a imagem abaixo, aguçando a percepção visual escreva o que você
acha, se as colunas tem a forma de um cilindro ou prisma?
Imagem 4 Disponivel em
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=1
4&min=500&orderby=titleA&show=10
5. Desenhe numa folha de papel sulfite A 4 uma das colunas gregas: dórica, jônica
ou coríntia?
45
É BOM SABER:
ILUSÃO DE ÓTICA
Cantele, Bruna R. Arte etc. e tal... vol. 3 pagina 41 e 42, diz:
A ilusão de otica está ligada aos processos de percepção
visual e atenção. A mesma imagem pode provocar nos
observadores reações diversas e as pessoas poderão ver coisas
diferentes.
A causa desse fenômeno é a intensidade e a forma de atenção,
além da posição, que varia da pessoa para pessoa.
Desde a Antiguidade, os artistas dão muita importância à ilusão
de ótica e aproveitaram esse fenomemo, dando soluções gráficas,
cromáticas e tridimensionais às suas obras.
É quase impossível imaginar que todas as pessoas vejam
as coisas do mesmo modo. O olho de cada um de nós pode
perceber imagens de cores e formas diferentes. Portanto, varia de
pessoa para pessoa.
46
4.5. Casa Romário Martins – Estilo Colonial PORTUGUÊS
Construída no século XVIII em estilo colonial português, a Casa Romário Martins é considerada a casa mais antiga de Curitiba. Já serviu de residência, açougue e armazém de secos & molhados. Restaurada em 1973, recebeu o nome do cronista e historiador Alfredo Romário Martins (1874-1948). Hoje, a Casa é um centro de informações turísticas e referência histórica de Curitiba. Fica no Largo
da Ordem, esquina com a Rua São Francisco
Foto 8 da autora Denise do Rocio Dumsch
Foto 9 da autora Denise do Rocio Dumsch
47
Para seu conhecimento:
Arquitetura estilo colonial portuguesa
A arquitetura era bastante simples, sempre com estruturas retangulares e
cobertura de palha sustentada por estruturas de madeira roliça inclinada. Essas
construções eram conhecidas por tejupares, palavra que vem do tupi-guarani
(tejy=gente e upad=lugar). Com o tempo os tejupares melhoram e passam os
colonizadores a construir casas de taipa.
Com essa evolução começam a aparecer as capelas, os centros das vilas,
dirigidas por missionários jesuítas. Nas capelas há crucifixos, a imagem de Nossa
Senhora e o de algum santo, trazidos de Portugal.
Atividade:
1) Como era o estilo arquitetônico colonial português?
2) Qual a função atual da casa Romário Martins estilo colonial português?
3) Onde ela está situada?
48
4.8 . Jardim Botânico
O Jardim Botânico de Curitiba foi inaugurado em 1991, com uma área de
245 mil m². Seus jardins geométricos e a estufa de três abóbadas tornaram-se um
dos principais cartões postais de Curitiba.
A estufa abriga plantas características da floresta atlântica do Brasil. Suas
arquiteturas, em estrutura metálica aproximam-se do estilo art-noveau, foram
inspirados em um palácio de cristal que existiu em Londres, no século XIX.
Foto 10 da autora Denise do Rocio Dumsch
49
METRÔ DE PARIS
Um dos aspectos mais famosos do Metropolitano de Paris são suas
entradas em estilo art nouveau de Hector Guimard, que simbolizam
Paris, apesar de poucas permanecerem em uso (86 entradas por Guimard
ainda existem).
+
Imagem 4 disponível em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Paris_metro_entrance_Sainte-
Opportune.jpg
50
Para seu conhecimento:
Art Nouveau
Art nouveau - arte nova em francês foi um estilo estético essencialmente
de design e arquitetura que também influenciou o mundo das artes plásticas
Relaciona-se especialmente com a 2ª Revolução Industrial em curso na
Europa com a exploração de novos materiais (como o ferro e o vidro, principais
elementos dos edifícios que passaram a ser construídos segundo a nova estética) e
os avanços tecnológicos na área gráfica, como a técnica da litografia colorida que
teve grande influência nos cartazes.
É BOM SABER:
Atividade
1) Faça uma composição, crie a sua cidade utilizando a técnica mista de desenho e
colagem.
2) O que mais chamou sua atenção sobre a art-nouveau?
3) Comente sobre a presença do aço na arquitetura?
Aço está cada vez mais presente nas obras.
Materiais de construção industrializada permitem a
criação de novas formas.
Leveza, economia e flexibilidade estão entre as
principais características do produto. A Estação Tubo,
Ópera de Arame, Jardim Botânico, Shopping Estação e
outros são locais onde o aço foi utilizado como estrutura,
substituindo o tradicional concreto.
Outro fator de destaque do uso do aço como
material estrutural, é a redução significativa nos prazos de
construção. Exemplo disso é a construção da Ópera de
Arame que foi feita em apenas 75 dias.
51
4.7. Opera de Arame
A Ópera de Arame foi construída em estrutura tubular e teto de
policarbonato transparente. O projeto é do arquiteto Domingos Bongestabs,
professor do departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPR, o mesmo autor
do projeto da Unilivre. Tem capacidade para 2.400 espectadores e um palco de
400m² destinado a apresentações artísticas e culturais. Inaugurada em 1992, acolhe
todo tipo de espetáculo, do popular ao clássico,
.
Foto11 da autora Denise do Rocio Dumsch
52
4.6. Estação Tubo em Curitiba
Criatividade premiada internacionalmente em soluções de urbanismo.
Curitiba exporta tecnologia de transporte urbano e é exemplo para outras capitais.
Sua forma é cilíndrica e a estrutura em aço e PVC transparente
O eficiente sistema de transporte coletivo de Curitiba foi implantado nos
anos 1970, buscando baixo custo operacional e serviço de qualidade para o
transporte de massa.
Esse sistema, um tipo de metrô de superfície, inclui caneletas exclusivas
para o transporte coletivo da linha direta, os ligeirinhos, as 364 estações-tubo e os
ônibus bi articulados com capacidade para 270 passageiros.
Possui tarifa integrada, permitindo deslocamentos por toda a cidade com
a mesma passagem.
Cada uma das 364 estações-tubo que marcam a paisagem urbana de
Curitiba tem 2,75 metros de diâmetro, base metálica, chassi e anéis revestidos de
aço inoxidável na cobertura, além de laterais com vidro laminado.
http://sketchup.google.com/3dwarehouse/details?mid=acefc0b28d5a2110e2dc67b8
21479cc4
Foto 1 da autora Denise do Rocio Dumsch
53
4.7. MUSEU OSCAR NIEMAYER
O museu, inaugurado em 2002, é um projeto do arquiteto Oscar Niemeyer.
Inicialmente era o “Novo Museu” ou o “Museu do Olho”. Em 2003, foi rebatizado
como Museu Oscar Niemeyer (MON).
O projeto aproveitou as instalações de uma antiga escola, que também era
um projeto de Niemeyer de 1967.
A estrutura externa, que lembra um grande olho, impressiona pelas formas.
É uma edificação, anexada à já existente, com 70 metros de comprimento,
30 de largura e cobertura parabólica apoiada em uma torre de 21 metros de altura.
Uma passagem subterrânea faz a ligação entre os dois prédios.
Foto 13 da autora Denise do Rocio Dumsch
Atividade
1. Você já ouviu falar de Oscar Niemeyer, cite algumas obras dele onde estão
localizadas?
2. Faça um esboço de uma das obras de Oscar Niemeyer.
3. Qual delas é a sua favorita?
Para saber mais sobre Curitiba
visite os sites
http://www.turismo.curitiba.pr.gov.br/
http://www.curitiba-parana.net/arquitetura.htm
54
É bom saber:
Atividade
Vamos construir uma maquete e apresentamos sugestões de materiais a
serem utilizados como Isopor, papel, papelão, garrafas de plástico, caixas de
papelão de diversos tamanhos potes de plástico, caixinhas de remédio, palito de
churrasco, palitos de sorvete, folhas secas, galhos de árvore entre outros.
A construção da maquete será feita em grupo de três a quatro alunos no
máximo e será lembrado a eles de que o que vale é a imaginação, a criatividade e o
bom acabamento, portanto, serão orientados a utilizar sucatas e material reciclado
para a construção destas maquetes, tendo o cuidado de fazê-la durável e
esteticamente correta.
MAQUETE
A maquete é um recurso didático que permite a
visualização tridimensional, apresentando de forma clara a noção
de espaço é também uma representação em escala de grandes
estruturas, objetos e edifícios, ou seja, é qualquer representação
realista podendo ser funcional ou não, dependendo do interesse do
estudo.
Podem também ser representações virtuais, como
nos desenhos assistidos por computador (vulgo CAD Computer
Assisted Design), quando então recebem a denominação
específica de maquete eletrônica.
Elas são geralmente utilizadas em projetos de
planejamento urbano mostrando o visual de novas construções no
contexto da área existente.
SUGESTÃO
Se você professor, mora em
Curitiba poderá aproveitar com
a sua turma e fazer um passeio
pelo centro histórico e assim
mostrar os seus prédios e ainda
no centro visitar a Catedral, a
Universidade Federal do Paraná
e o Teatro Guaira entre outros
monumentos de nossa capital.
55
AVALIAÇÃO
Será utilizada a linha de avaliação formativa, que propõe
uma interação entre professor, aluno visando à construção do
conhecimento através de suas eqüidades. Ela será também uma
avaliação diagnostica e processual.
È diagnostica por ser a referencia do professor para
planejar as aulas e avaliar os alunos. É processual por pertencer a
todos os momentos da prática pedagógica devendo incluir formas
de avaliação do desenvolvimento das aulas bem como auto-
avaliação dos alunos.
Será levado em consideração o interesse, a participação e a
criatividade do aluno durante as aulas.
56
GLOSSÁRIO
A
Ábaco
Parte superior do capitel de uma coluna, que serve de apoio para o arco ou
arquitrave.
Abertura: Termo genérico que resume todo e qualquer rasgo na construção, seja para dar
lugar a portas e janelas, seja para criar frestas ou vãos.
Abóbada
Todo teto côncavo pode ser chamado de abóbada.
Obra concava que cobre um espaço, concretada ou constituída de elementos
aparelhados (pedra, tijolo, alvenaria) ou montados (madeira, metal), de tal modo
que estes suportem seu próprio peso e as cargas externas.
Do ponto de vista geométrico a abóbada tem origem num arco que se desloca e
gira sobre o próprio eixo, cobrindo toda superfície do teto. Elas variam de acordo
com a forma do acordo de origem.
Adorno.
Elemento com função decorativa.
Amon
Deus egípcio de Tebas, cujo nome significa “o Oculto” deus do sol.
Analogia
Semelhança de uma coisa com outra.
Antropomorfa Que é semelhante ao homem.
Caracteres! antropomórficos: aqueles que são ornamentados com desenhos
representando figuras humanas.
Arco
Elemento arquitetônico de forma curva destinado a cobrir um vão de abertura,
reforçar uma abobada. Semicircunferência que cobre um vão. Nome dado á
construção que dá origem as abobadas.
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Arquiteto
Profissional de formação universitária, com conhecimento artístico de humanístico,
capaz de conceber o partido, a realização e, eventualmente, a decoração de
edifícios e de dirigir sua execução.
Arquitetura
A arquitetura é uma forma de arte visual presente em todas as civilizações, em
todos os tempos, desde a pré-história.
Arquitrave
Parte inferior do entablamento (cornija, friso, arquitrave), que repousa diretamente
sobre o ábaco das colunas, constituindo uma viga horizontal, posta em forma de
dintel para sustentar telhado
Atlante
atlante, em arquitetura, refere-se a um tipo de coluna antropomorfa onde, no lugar
do fuste, se apresenta a forma esculpida de um homem
Átrio
Pátio de entrada das casas romanas, cercado por telhados pelos quatro lados, porem
descoberto. Hoje o termo identifica um pátio de entrada de uma habitação.
B
Balaustre
Pequena coluna ou pilar que, alinhada lado a lado sustenta corrimãos. Tem origem
no latim balaustium, nome da flor de romã cuja forma inspirou os primeiros
balaustre.
Balcão
Elemento em balanço, na altura de pisos elevados, dispostos diante de portas e
janelas. É protegido com grades ou peitoril estrutural.
Betão
É um material da construção civil composto por uma mistura de cimento Portland,
areia, pedra e água, além de outros materiais eventuais, os aditivos e as adições.
58
C
Coluna
Elemento estrutural de sustentação, quase sempre vertical. Ao longo da história da
arquitetura, assumiu as formas mais variadas e diversos ornamentos. Pode ser de
pedra, alvenaria, madeira ou metal e consta de três partes: base, fuste e capitel.
Esses elementos aparecem inicialmente nas colunas dóricas e jônicas, coríntias dos
templos gregos. A partir da visão funcionalista do arquiteto suíço Le Corbusier as
colunas passaram a ser chamadas internacionalmente de pilotis e ganharam formas
limpas.
Capitel
Elemento alargado que encima um suporte (coluna, pilar, pilastra), onde se assenta
a arquitrave ou inicio de um arco.
Cariátides
Figura ou estatua de mulher usada como coluna; versão feminina de Atlante.
Cateto
Qualquer dos lados perpendiculares do triangulo retângulo e adjacente ao ângulo
reto.
Coliseu
È o Anfiteatro Flávio com capacidade para 50 mil expectadores. Seu exterior com
80 portões de acesso era originalmente revestido de travertino. E estrutura oval de
concreto e tijolos. Tem quatro andares: Os três primeiros com arcos e meias
colunas dóricas, jônicas e coríntias; o ultimo com janelas retangulares e pilares de
capitel corintio. Uma serie de postes de madeira erguia-se na borda do quarto andar
para sustentar o velário, um toldo gigantesco que protegia os expectadores do sol
intenso ou da chuva.
Cornija
Conjunto de molduras salientes, que servem de arremate superior de uma fachada
ou pedestal, de um trabalho em madeira, de um móvel.
Cotidiano
De cada dia sinônimo diário aquilo que se faz todos os dias
Cromlech
Grupo de menires dispostos em círculos. Um dos mais importantes é o de
Stonehenge, na Inglaterra.
Croqui
Primeiro esboço de um projeto arquitetônico.
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Cúpula
Coberta abobadada em forma de taça com a abertura voltada para baixo, construída
sobre plano circular, oval ou poligonal.
D
Dintel
Verga ou barra que forma a parte superior de portas e janelas.
Dolmen (Do gaélico – tolmen, mesa de pedra)
Monumento megalítico formado por uma ou mais lajes de cobertura sustentada por
pilares, formando as paredes de uma câmara funerária.
E
Edificação
Obra, construção.
Édito
Ordem judicial que se afixa em lugares públicos. Lei ou decreto promulgado por
autoridades.
Elemento vazado
Peça produzida em betão, cerâmica ou vidro, dotada de aberturas que possibilitam
a passagem do ar e da luz para o interior da casa. Comum em muros, parede e
fachadas.
Entablamento
Presente nos templos gregos, constitui-se do conjunto de arquitrave, friso e cornija.
Na ordem clássica, conjunto composto (entre a coluna e o frontão) da arquitrave,
do friso e da cornija
Equilátero Triangulo que tem todos os lados iguais.
Escaleno
Diz-se do ou o triangulo cujos lados têm comprimentos diferentes.
Estilóbata
Pedestal ou embasamento que suporta uma série de colunas.
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F
Fachada
Cada uma das faces de qualquer construção.
Frontão
Ornato arquitetônico, em forma de triângulo ou de arco, que arremata a face
principal de um edifício, de um monumento.
Fundação (ou alicerce)
Conjunto de estacas e sapatas responsável pela sustentação da obra.
Fuste
Tronco da coluna compreendido entre a base e o capitel.
G
Geometria
É a parte da matemática cujo objeto é o estudo do espaço e das figuras que podem
ocupá-lo.
H
Hipotenusa
É o lado oposto ao ângulo reto do triangulo
I
Isósceles
Diz-se do triangulo que possui dois lados iguais e dois ângulos iguais.
M
Maquete
Reprodução tridimensional, em miniatura, de um projeto arquitetônico ou de uma
escultura.
Menir
Monumento megalítico formado por uma pedra levantada. Os menires eram, sem
dúvida, pedras comemorativas ou edificações rituais. Podiam ocorrer isolados,
dispostos em linha ou em círculo. (cromlecs).
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Minaretes
Torre de uma mesquita do alto da qual o muezim chama os mulçumanos para a
oração.
Monolítico
Elemento de construção talhado em um só bloco de pedra
Mosaico
Trabalho executado com caquinhos de vidro ou pequenos pedaços de pedras e de
cerâmicas incrustados em base de argamassa, estuque ou cola.
Muezin
O encarregado de anunciar em voz alta, do alto das almádenas (ou minaretes), o
momento das cinco preces diárias
N
Nau
Nau é uma denominação genérica dada a navios de grande porte até o século XV
usados em viagens de grande percurso. Hoje é aplicado o termo a barcos de
menores proporções, utilizados em percursos pequenos.
O
Obelisco
Monumento em forma de pilar, geralmente monolítico de seção quadrada
decrescente para cima, com ápice piramidal.
Ogiva
Forma característica das abóbadas góticas.
Ornato
Adorno. Elemento com função decorativa.
P
Parthenon
O Parthenon é um símbolo duradouro da Grécia e da democracia e é visto como um dos maiores monumentos culturais do mundo.
Planta
Representação gráfica de uma construção em que cada ambiente é visto de cima,
sem o telhado.
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Peitoril
Base inferior das janelas que se projeta além das paredes e funciona como
parapeito.
Perspectiva
Desenho tridimensional de fachadas e ambientes.
Ponte
Construção erigida sobre um curso d'água ou braço de mar, a fim de permitir a
passagem de pedestres e viaturas.
R
Revestimento
Designação genérica dos materiais que são aplicados sobre as superfícies e que são
responsáveis pelo acabamento.
S Sapata Sapata é a parte inferior do alicerce, portanto a mais larga; pode ser uma peça de
madeira, metal ou concreto (betão) colocada sob o pilar que suporta o peso da
construção ou uma peça em ferro colocada sobre a estaca para facilitar a cravação.
Sólido É o corpo ou espaço definido limitado por superfícies o que tem as três dimensões:
comprimento, largura e altura.
T Textura Efeito plástico. Massa, tinta ou qualquer material empregado para revestir uma
superfície deixando-a áspera.
Tridimensional
Relativo a três dimensões: altura, comprimento e largura.
63
V
Verga
Suporte horizontal de madeira, pedra, metal ou concreto, que fecha a parte superior
de uma abertura e que sustenta a superestrutura.
Viaduto
Construção superior que permite dar passagem a ruas, avenidas, estradas, leitos de
vias férreas etc., sobre depressões ou vales.
Vitral
Vidraça composta de pequenos vidros coloridos, que representa geralmente
personagens ou cenas.
64
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ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES AO PROFESSOR
Apesar de já estar em todas as unidades orientações ao professor e como já
mencionado na apresentação este caderno pedagógico será aplicado aos alunos da
EJA educação de jovens e adultos podendo ser utilizado no ensino regular
fundamental ou médio e vem de encontro ao professor como apoio as suas aulas
tendo o objetivo trabalhar alguns monumentos da arquitetura de Curitiba
correlacionado-os com a historia da arte e com a matemática através dos sólidos
geométricos, aguçando a percepção visual do aluno mostrando a arquitetura como
arte bem como profissão podendo o professor explorar a criatividade do aluno por
meio do desenho e colagem representando o tridimensional no bidimensional e por
ultimo a construção de maquetes no tridimensional.
PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO CADERNO PEDAGÓGICO
1 - Este Caderno Pedagógico pode tornar a prática do Ensino da Arte um
instrumento de apropriação da potencialização da percepção visual através da
arquitetura de Curitiba e da historia da arte?
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2 - Esta produção didática propícia o conhecimento da historia da arte através de
alguns monumentos da arquitetura de Curitiba?
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3 - Este Caderno permite o conhecimento e a identificação de alguns sólidos
geométricos nos monumentos da arquitetura de Curitiba?
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4 - Esta Produção didática pedagógica propicia a correlação da arte da arquitetura
com a matemática ?
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5 - As ações apresentadas levam ao conhecimento do procedimento articulando a
arquitetura de Curitiba e os exercícios de desenho e colagem, planificação e
montagem com os sólidos geométricos?
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6 - Por meio da construção da maquete que é um recurso didático, permite a
visualização do tridimensional apresentado de forma clara a noção de espaço que é
também uma representação realista podendo ser funcional ou não dependendo do
interesse do estudo?
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