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Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 1 SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO Unidade Auditada: HOSPITAL FEDERAL CARDOSO FONTES Município - UF: Rio de Janeiro - RJ Relatório nº: 201603508 UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RELATÓRIO DE AUDITORIA Senhor Superintendente da CGU-Regional/RJ, Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço nº 201603508, apresentamos os resultados dos exames realizados sob os atos e consequentes fatos de gestão decorrentes das recomendações constantes do Plano de Providências Permanente – PPP do Hospital Federal Cardoso Fontes - HFCF. I – ESCOPO DO TRABALHO Os trabalhos foram realizados na sede da CGU-Regional/RJ e na Unidade examinada, no período de 17 de novembro a 14 de dezembro de 20106, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao serviço público federal, objetivando verificar as ações e medidas adotadas em face das catorze recomendações pendentes de implementação no PPP, bem como situações correlatas aos fatos constatados em auditorias anteriores. Nenhuma restrição foi imposta aos nossos exames. II – RESULTADO DOS EXAMES 1 CONTROLES DA GESTÃO 1.1 CONTROLES INTERNOS 1.1.1 Avaliação dos Controles Internos Administrativos 1.1.1.1 CONSTATAÇÃO

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SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

Unidade Auditada: HOSPITAL FEDERAL CARDOSO FONTES

Município - UF: Rio de Janeiro - RJ

Relatório nº: 201603508

UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

RELATÓRIO DE AUDITORIA Senhor Superintendente da CGU-Regional/RJ,

Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço nº 201603508, apresentamos os resultados dos exames realizados sob os atos e consequentes fatos de gestão decorrentes das recomendações constantes do Plano de Providências Permanente – PPP do Hospital Federal Cardoso Fontes - HFCF.

I – ESCOPO DO TRABALHO

Os trabalhos foram realizados na sede da CGU-Regional/RJ e na Unidade examinada, no período de 17 de novembro a 14 de dezembro de 20106, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao serviço público federal, objetivando verificar as ações e medidas adotadas em face das catorze recomendações pendentes de implementação no PPP, bem como situações correlatas aos fatos constatados em auditorias anteriores. Nenhuma restrição foi imposta aos nossos exames.

II – RESULTADO DOS EXAMES

1 CONTROLES DA GESTÃO

1.1 CONTROLES INTERNOS

1.1.1 Avaliação dos Controles Internos Administrativos

1.1.1.1 CONSTATAÇÃO

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Planejamento deficiente sem estudos para embasar os quantitativos licitados e fiscalização contratual ineficiente, caracterizada, dentre outras falhas, pela incapacidade em garantir a fidedignidade das folhas de controle de frequência dos empregados terceirizados, tampouco o cumprimento de cláusula contratual no âmbito do Contrato n.º05/2012. Fato A equipe de auditoria realizou análise processual e verificações in loco pertinentes ao Pregão n.º 11/2011 (processo n.º 25001.010227/2010-64), destinado à contratação de mão de obra para apoio administrativo em diversos setores no âmbito do Hospital Federal Cardoso Fontes. Neste sentido, importante ressaltar que o termo de referência do pregão prevê que é obrigação da contratada “aferir a frequência de sua mão de obra, através de controles próprios [...]. A contratada deverá fornecer meios de controle de marcação de ponto” (fls. 2034). Também no termo de referência, havia previsão dos quantitativos de postos de trabalho expostos abaixo: Quadro 1- Resumo da planilha de formação de preço

Descrição

Custo Unitário (R$)

A

Nº de postos

B

Custo Total (R$)

C=A*B

Ascensorista

2.110,03 12 25.320,31

Maqueiro diarista

2.332,24 8 18.657,92

Maqueiro plantonista dia 2.207,70 20 44.154,09

Maqueiro plantonista noite 2.389,76 6 14.338,56

Recepcionista diarista 2.169,40 18 39.049,19

Operador de telefonia diarista 2.838,85 2 5.677,70

Operador de telefonia plant.dia 2.442,57 5 12.212,84

Operador de telefonia plant. Noite 2.687,80 5 13.439,01

Técnico em secretariado 2.505,32 25 62.632,95

Op. de máquina reprográfica 2.058,48 3 6.175,45

Contínuo 2.058,48 5 10.292,42

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Aux. oper.de carga e descarga 2.049,71 8 16.397,72

Aux. de farmácia

2.505,32 20 50.106,36

Técnico em necropsia 2.889,19 3 8.667,57

Fonte : Planilha fornecida em resposta à Solicitação de Auditoria n.º 2016032508-01 Após a realização do Pregão n.º 11/2011, foi assinado o contrato n.º 05/2012, em 28 de outubro de 2012, com o seguinte quantitativo de terceirizados: Quadro 2 – Quantitativo de postos do contrato n.º 05/2012

Profissionais de nível médio Postos Observações Ascensoristas -

Maqueiros 27 3 diaristas, 18 plantonistas diurnos e 6 plantonistas noturnos

Recepcionistas 18 -

Operadores de telefonia 07 2 diaristas, 3 plantonistas diurnos e 2 plantonistas noturnos

Técnicos em secretariado 25 -

Operadores de reprografia 02 - Contínuos 05 - Operadores de carga\descarga 08 -

Auxiliares de farmácia 20 - Técnicos em necropsia -

Fonte: Processo n.º 25001.010227/2010-64 A partir da assinatura do 1º Termo Aditivo, assinado em 19 de agosto de 2013, alterou-se o quantitativo pelo acréscimo de 20 técnicos em secretariado e 3 recepcionistas. Quadro 3 – Quantitativo de mão-de-obra após 1º Termo Aditivo

Profissionais de nível médio Postos Observações Ascensoristas -

Maqueiros 27 3 diaristas, 18 plantonistas diurnos e 6 plantonistas noturnos

Recepcionistas 21 Acréscimo de 03 recepcionistas

Operadores de telefonia 07 2 diaristas, 3 plantonistas diurnos e 2 plantonistas noturnos

Técnicos em secretariado 45 Acréscimo de 20 técnicos em secretariado, sendo 8 lotados no DGH

Operadores de reprografia 02 - Contínuos 05 -

Operadores de carga\descarga 08 - Auxiliares de farmácia 20 - Técnicos em necropsia -

135

Fonte: Processo 25001.010227/2010-64

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Assim, realizou-se inspeção in loco no período de 17 a 25 de novembro de 2016, a fim de verificar o efetivo quantitativo alocado em diversos setores do HFCF. Foram visitados 133 postos, representando 98,52% do total de 135 postos contratados. Observe-se que dois postos não foram verificados, pois tratavam-se de funcionários do turno da noite e os horários de inspeção não coincidiram com os de seus turnos. Desta amostragem, pode-se afirmar o seguinte: - Os funcionários terceirizados estavam em sua lotação, havendo o quantitativo contratado trabalhando no HFCF. - Os funcionários em férias foram devidamente substituídos por outros. - Houve o retorno de nove funcionários que estavam lotados no Departamento de Gestão Hospitalar. Estes funcionários estavam cedidos ao Departamento de Gestão Hospitalar e retornaram ao HFCF recentemente, sem que, desde o início do contrato, ficasse demonstrado a sua necessidade ao HFCF amparada em estudos/análises. Desta forma, houve uma superestimativa de mão de obra na contratação para que este quantitativo laborasse exclusivamente no DGH, conforme análise documental do processo licitatório. - Foram constatadas dezoito folhas de ponto assinadas e preenchidas com horário de saída antecipadamente com o horário de saída nos dias 17 (um caso), 18 (dois casos) e 21(quinze casos) de novembro de 2016. - Verificou-se uma folha de ponto somente com a assinatura do funcionário com a antecipação de dois dias sem o preenchimento dos horários. Ou seja, na verificação do dia 21 de novembro de 2016, já havia a assinatura nos dias 22 e 23 do mês. - Constatou-se a existência de duas folhas de ponto para cada funcionário terceirizado no setor de telefonia. - Havia funcionários em licença sem a devida reposição de seu posto. O controle de frequência de funcionários terceirizados é mandatório na Administração Pública, pode-se recorrer neste momento ao próprio Tribunal de Contas da União, que já determinou procedimentos específicos e efetividade na fiscalização dessa questão para alguns Órgãos , como se verifica no seguinte Acórdão com determinação ao Ministério das Cidades: “fiscalize e exija da empresa contratada a implementação de mecanismos adequados de controle efetivo de freqüência dos funcionários terceirizados de forma a atender ao disposto nos arts. 58, inciso III, e 67, da Lei nº 8.666/1993, e evitar o risco de liquidar despesa sem a comprovação da efetiva prestação de serviço, conforme exige o art. 36, §§ 1º e 2º, do Decreto nº 93.872/1986” – Acórdão 2353/2009 – Plenário.

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Na inspeção in loco ocorrida no período de 17 a 25 de novembro de 2016, também se verificou que havia funcionários da contratada sem uniforme (camisa polo com logotipo da empresa em duas cores). Ressalta-se que, na Diretoria do hospital, nenhum terceirizado utilizava o uniforme, pois houve a informação de que Diretoria anterior dispensara a sua utilização alegando que no local transitaria um público diferenciado. Em entrevista oral, os funcionários se justificaram informando que a empresa disponibilizara um jogo com dois uniformes há tempos e, também, que os uniformes manchavam ou encolhiam após algumas lavagens, e, apesar de solicitarem novos uniformes, estes não foram disponibilizados. Daí, conclui-se que os uniformes não estavam sendo disponibilizados periodicamente, conforme previsto no item da planilha de formação de preços que indicava um valor mensal para o mesmo. No processo 25001.010227/2010-64 (volume 26), houve pedido de repactuação de valores pela empresa contratada em 02 de maio de 2016, e as planilhas apresentadas nas folhas 5612 a 5637 do referido processo traziam a rubrica de uniformes (item A do módulo 3 relativo a insumos diversos), conforme quadro abaixo: Quadro 4 – Rubrica de uniformes para categorias profissionais

CATEGORIA PROFISSIONAL

Nº DE POSTOS

A

VALOR PARA UNIFORME (R$)

B

VALOR TOTAL (R$)

C=A*B

Maqueiro - diarista 3 30,50 91,50

Maqueiro - plantão dia 18 30,50 549,00

Maqueiro - plantão noite 6 30,50 183,00

Recepcionista 21 55,00 1.155,00

Operador de Telefonia diarista 2 55,00 110,00

Operador de Telefonia – plantão dia 3 55,00 165,00

Operador de Telefonia - plantão noite 2 55,00 110,00

Técnico em Secretariado 45 55,00 2.475,00

Operador de Máquina Reprográfica 2 34,00 68,00

Contínuo 5 34,00 170,00

Aux. Operação de Carga e Descarga 8 34,00 272,00

Aux. de Farmácia 20 55,00 1.100,00

Total Mensal 135 523,50 6.448,50

Fonte: Folhas 5612 a 5637 do volume 26 do processo 25001.010227/2010-64

Com os valores atuais, cerca de R$ 6.450,00, seria possível a disponibilização de pelo menos um uniforme ao mês para cada empregado terceirizado, pois o valor médio

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pesquisado por esta equipe de auditoria foi estimado em R$ 30,98 por pessoa, representando o total de R$ 4.182,30. Quadro 5 – Pesquisa realizada

Sites pesquisados

Valor Unitário da camisa pólo com logotipo em duas cores (R$)

www.fatmauniformes.com 23,00

www.elo7.com.br 33,00 www.fabricadeuniformes.com.br 39,90 www.uniformes.com.br 26,00

www.alastra.com.br 33,00 Média 30,98

Fonte: Consultas efetuadas pela CGU em 28 de novembro de 2016.

Quanto à ausência de distribuição parcial dos uniformes, revela-se, atualmente, um prejuízo potencial mensal de R$ 6.448,50 que alcançaria o montante potencial anual de R$ 77.382,00. O Tribunal de Contas da União também se manifestou sobre o assunto, recomendando o seguinte à determinada Unidade da Administração Federal:

“[...] fiscalize a execução do contrato 97/2010 no que diz respeito à designação do preposto, à regularização do vínculo de trabalho dos funcionários em atividade na [omissis] com a contratada, à entrega de crachás, uniformes e equipamentos de proteção individual, à disponibilização do material de limpeza necessário à execução dos trabalhos e à entrega do cronograma de execução dos serviços a serem prestados [...]”. Acórdão 564/2016 – Segunda Câmara.

Em análise aos recibos de entrega de uniformes, constatou-se que, de forma geral, são entregues um jogo de uniforme (duas camisas polo) ao ano e, em alguns casos, o período é maior (a cada dois anos). Existem casos esporádicos de entrega em intervalo menor. O valor da rubrica, que deveria ser uma fração mensal para cobrir o custo do jogo de uniforme no ano, não se revela no caso em tela, pois o valor mensal atual cobre o custo de uma camisa polo em um mês.

Constatou-se que a fiscalização resume-se ao atesto de notas fiscais e eventuais glosas por faltas, tendo adicionalmente a declaração de colaboradores (chefes de setor) na lotação dos funcionários terceirizados sobre sua frequência. Do exposto, foram verificadas as seguintes falhas durante a execução do contrato n.º 05/2012:

a) A falha da fiscalização no controle efetivo de frequência dos terceirizados, ensejando que faltas ou saídas antecipadas fossem realizadas com potencial pagamento integral da frequência, o que geraria prejuízos à Administração Pública;

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b) A falha na fiscalização na execução contratual quanto à ausência de uso dos uniformes, apesar de haver pagamento mensal para a disponibilização destes uniformes a cada funcionário terceirizado e, considerando que o valor pago mensalmente à contratada contemplaria um uniforme ao mês, o que gera prejuízo à Administração Pública;

c) A ausência de redução financeira em decorrência de pedido da Direção Geral para não utilização de uniformes pelos terceirizados lotados na Direção, gerando custos desnecessários à Administração Pública;

d) A real necessidade do quantitativo de terceirizados devolvidos pelo Departamento de Gestão Hospitalar embasada em estudos e análises, visto que desde o início do contrato não houve quaisquer estudos ou análises que indicassem esta necessidade para o HFCF, sendo este quantitativo de terceirizados contratado para atender as necessidades exclusivas do DGH, o que gerou o consumo desnecessário de recursos orçamentários do HFCF.

##/Fato##

Causa

Fragilidade do planejamento da necessidade e no modelo de fiscalização contratual adotados pelo HFCF, que não demonstrou estudos prévios para dimensionar as necessidades do Contrato n.º 05/2012, tampouco foi capaz de impedir o descumprimento de cláusulas contratuais importantes para a boa prestação do serviço de apoio administrativo, agravado pela não atuação do Serviço de Controle e Contratos do HFCF, a quem caberia controlar e acompanhar os pleitos dos acordos e contratos celebrados com o Hospital, conforme Regimento Interno do Ministério da Saúde (Portaria n.º 3965/2010).

##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada Por meio do documento GABDIR/HFCF/RJ de 09 de dezembro de 2016, o Diretor do HFCF encaminhou sua manifestação conforme o documento NCI/HFCF/RJ de mesma data a seguir transcrito: “Informamos que a fiscalização do ponto é efetuada pela fiscal do contrato, o preposto ocupa uma sala próxima, e a fiscal se posiciona constantemente ao seu lado exercendo este controle. A falha apontada foi momentânea, a fiscal do contrato entrou repentinamente de licença médica e não havia fiscal substituto, pois o mesmo tinha solicitado seu afastamento por dificuldades em exercer a função em consequência da transição ocasionada pela mudança da Gestão da Unidade, não houve tempo hábil em efetuar nova nomeação e também em verificar o problema. A fiscalização já havia solicitado à empresa a instalação de relógios de ponto para que esse controle fosse facilitado. Informo que a referida fiscal detém as informações e encontra-se de licença médica, com previsão de retorno em 14/12/2016. Para corrigir tal inobservância, o controle de frequência, foi repassado às respectivas chefias imediatas, exercidas por funcionários federais, até que a ausência da fiscal seja sanada. Quanto a letra "b":

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A contratada disponibiliza os uniformes periodicamente aos funcionários e quando solicitada pela fiscalização, a não utilização do uniforme ocorreu pelo fato da ausência do fiscal. Quanto a letra "c": A fiscalização e a Direção Geral desconhecem tal fato. Não houve solicitação para a não utilização de uniforme pelos funcionários lotados na Direção. Desta forma, não há como haver a redução financeira. Os funcionários lotados na direção estão fazendo uso do uniforme." Quanto a letra "d": Relativo ao quantitativo de terceirizados devolvidos pelo DGH insta salientar que, há na Unidade carência de funcionários administrativos conforme estudos recentes, constantes do novo processo de aquisição de Serviços de Apoio Administrativo n.º 33407.002418/2015-22 que já encontra-se em tramitação, o que torna a utilização destes postos de trabalho devolvidos, necessários ao Hospital. Em observação ao estudo apresentado no contrato mencionado, a mesma data de 2010, não representando a realidade atual da Unidade." Após a Reunião de Busca Conjunta de Soluções realizada em 23 de março de 2017, o gestor se manifestou com informações adicionais por meio do despacho em documento datado de 28 de março de 2017, conforme a seguir: “[...] Em relação à contratação de mão de obra, temos a informar que o processo licitatório nº 33407.002418/2015-55 se encontra em andamento na fase de revisão do projeto básico/termo de referência, a fim de readequar os postos a real necessidade desta Unidade, aprimorando o estudo, conforme requerido nesta recomendação. Cabe, ainda, mencionar que, ao justificar a contratação emergencial de mão de obra para o apoio administrativo (ANEXO 1), demonstrou-se o exposto no item 6, relatando que o processo nº 33407.002418/2015-55 se encontra em andamento na fase de revisão do termo de referência. [...] No tocante à Recomendação 2, esclarecemos que foi instaurado o Processo nº 33407.002901/2017-79, em 27/03/2017, no intuito de apurar a não disponibilização de uniformes durante a execução do Contrato nº 05/2012.

Destaca-se que existem dois processos de pagamentos em trâmite, processos n° 33407.007291/2016-19 e nº 33407.007560/2016-47, relacionados ao Contrato nº 05/2012, englobando pleito de repactuação, que poderão servir como instrumentos de glosas, em decorrência do ressarcimento ao erário cabível, apurado no processo descrito no item 9. [...] Diante do exposto, o Coordenador de Administração desta Unidade convocou a empresa Espaço Serviços Especializados Ltda. para reunião, em 27/03/2017, a fim de solucionar a questão do controle de frequência da contratada (ANEXO 2). Na reunião citada, ficou pactuado que até o dia 03/04/2017 a empresa providenciará a instalação do equipamento de controle de cartão de ponto mecânico, que ficará localizado na portaria principal desta Unidade Hospitalar, conforme lavrado em ATA devidamente assinada (ANEXO 3).

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[...] Preliminarmente, informamos que na reunião do dia 23/03/2017, realizada no Hospital Federal Cardoso Fontes com a Controladoria Geral da União (CGU), ficou acordado que na recomendação descrita no item 14 o “Serviço de Controle de Contratos” seria substituído pela “Área de Apoio aos Fiscais (AFISC)”, conforme mencionado expressamente pela própria CGU nos encaminhamentos propostos, após o término da referida reunião. Quanto ao procedimento de fiscalização contratual, esclarecemos que o Departamento de Gestão Hospitalar no Rio de Janeiro (DGH-RJ) autorizou a criação da AFISC através da Portaria nº 09, de 05/11/2015, publicada no Boletim de Serviço do Ministério da Saúde nº 48, de 30/11/2015, a fim de promover um apoio aos fiscais de contratos (ANEXO 4). Destaca-se que esta Unidade já realizou a implantação da AFISC, contudo pretende-se aprimorar a capacitação dos fiscais, além de estabelecer junto com a AFISC um fluxo que possibilite o aprimoramento do procedimento de fiscalização contratual.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno As folhas de ponto dos terceirizados não traduzem a realidade, pois o preenchimento se dá com horário antecipado em alguns casos, bem como com assinatura antecipada de dias sem o preenchimento do horário (o que pode ensejar o preenchimento do horário por qualquer pessoa mesmo na ausência do terceirizado, resultando em fraude). Este fato demonstra, no mínimo, a ineficácia da fiscalização, quando, no pior dos casos, conivência do servidor responsável pela fiscalização com tais atos. Tais fatos possibilitam danos ao erário. Importante destacar que o responsável pelo controle das folhas de ponto dos terceirizados tem que ser a empresa contratada, restando ao HFCF a sua fiscalização e a exigência de que o termo contratual seja respeitado. Conforme o termo de referência do pregão n.º 11/2011, a empresa contratada deve prover o meio de controle de frequência. Cabe à gestão do HFCF cobrar que esse controle exista, e que, seja eficaz e fidedigno. Apesar da alegada situação emergencial decorrente do afastamento do fiscal do contrato sem sua substituição, não é adequado transferir o controle de ponto dos funcionários da contratada para as chefias imediatas dos setores em que os empregados terceirizados atuam, pois este controle pelos servidores do HFCF vai de encontro ao disposto na Súmula n.º 338 do Tribunal Superior do Trabalho, que atribui ao empregador o ônus do registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. Também, Acórdão n.º 2353/2009 – Plenário preconiza que, “[...] ao gerenciar contratos de terceirização, evite a configuração de relações profissionais com os empregados da contratada que impliquem pessoalidade, subordinação jurídica ou desvio de função”. Ainda assim, em que pese a extensão territorial do hospital e a dispersão de seus prédios, verificou-se que no contrato de limpeza, o controle de ponto é centralizado e o preposto da empresa contratada é o seu responsável, fato distinto do contrato em tela. Ademais, a não designação de um novo substituto para o cargo de fiscal de contrato não deve justificar as falhas apontadas, mas sim evidenciar problemas na gestão do assunto no HFCF. Lembre-se que o Hospital conta, na Coordenação de Administração, com um Serviço de Controle e Contratos que tem a atribuição de controlar e acompanhar os pleitos

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dos acordos e contratos celebrados com o Hospital, conforme Regimento Interno do Ministério da Saúde (Portaria n.º 3965/2010). Assim, conclui-se que a Administração não atuou adequada e tempestivamente para exigir da contratada um efetivo controle da assiduidade dos seus empregados evidenciando mecanismos precários para exercer a fiscalização da frequência dos empregados terceirizados. Em relação à inexistência de reposição de postos nos casos de licença, infere-se que o quantitativo de funcionários terceirizados possa estar superestimado, pois não houve quaisquer estudos ou análises à época da contratação que embasassem os quantitativos contratados. Ademais, se a ausência de um funcionário terceirizado, sem a devida reposição em determinado período, não provoca maiores problemas no seu setor de lotação, provavelmente este posto não é necessário aos trabalhos deste setor. Também, houve funcionários terceirizados cedidos ao Departamento de Gestão Hospitalar desde o início do contrato, que atualmente foram devolvidos ao HFCF, demonstrando que não havia a necessidade de seus préstimos à UJ, uma vez que durante cinco anos de contrato a UJ funcionou sem que estes postos lhe fizessem falta. Conforme análise documental do processo licitatório, estes funcionários foram contratados exclusivamente para suprir as necessidades do Departamento de Gestão Hospitalar. A falta de uso de uniformes e a ausência de disponibilização destes provocam um gasto não controlado pela Administração da UJ, pois o contrato prevê rubrica paga mensalmente a título de uniformes que deveria cobrir a fração mensal do custo do jogo de uniforme fornecido anualmente. Este valor mensal cobre o custo total de uma camisa pólo com o logotipo bordado em duas cores que poderia ser fornecida mensalmente. Ainda, a nova Direção Geral somente se atentou ao fato de que os funcionários terceirizados ali lotados trabalhavam sem uniformes a partir da Solicitação de Auditoria n.º 201603508-06. O argumento da Direção de que os uniformes são entregues periodicamente não se verifica, pois os recibos de entrega de uniformes indicam uma entrega bianual/anual dissonante com o valor pago mensalmente. As falhas constatadas durante os trabalhos de auditoria permitem concluir que não há fiscalização do contrato de forma eficiente, não se tratando de falhas pontuais devido à ausência eventual da fiscal do contrato. Em entrevista oral com a fiscal substituta, esta avaliou que não houve capacitação para exercer a função, além da sobrecarga na fiscalização de contratos. O Tribunal de Contas da União já exarou determinação acerca do assunto em seu Acórdão n.º 2353/2009 – Plenário:

“[...]

9.2.3. ao gerenciar contratos de terceirização, evite a configuração de relações profissionais com os empregados da contratada que impliquem pessoalidade, subordinação jurídica ou desvio de função, respeitadas as prescrições contidas no art. 1º, § 2º do Decreto nº 2.271/1997 e a Súmula nº 331 do Tribunal Superior do Trabalho;

9.2.5. mantenha, no local da prestação dos serviços, cópias dos registros de trabalho dos empregados terceirizados, devendo, ainda, esses funcionários serem devidamente identificados com crachás em que constem o nome, função, data de admissão e número de PIS/PASEP, a fim de permitir ao órgão competente a

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fiscalização dos trabalhos prestados pela empresa contratada, conforme determina o art. 5º, alínea “a”, da Instrução normativa MTE nº 3/1997, a fim de evitar falhas verificadas na execução do Contrato nº 19/2006;

9.2.6. fiscalize e exija da empresa contratada a implementação de mecanismos adequados de controle efetivo de freqüência dos funcionários terceirizados de forma a atender ao disposto nos arts. 58, inciso III, e 67, da Lei nº 8.666/1993, e evitar o risco de liquidar despesa sem a comprovação da efetiva prestação de serviço, conforme exige o art. 36, §§ 1º e 2º, do Decreto nº 93.872/1986, [...]”

E também recomendou o seguinte no Acórdão 564/2016 – Segunda Câmara:

“[...] fiscalize a execução do contrato 97/2010 no que diz respeito à designação do preposto, à regularização do vínculo de trabalho dos funcionários em atividade na [omissis] com a contratada, à entrega de crachás, uniformes e equipamentos de proteção individual, à disponibilização do material de limpeza necessário à execução dos trabalhos e à entrega do cronograma de execução dos serviços a serem prestados [...]”. Acórdão 564/2016 – Segunda Câmara.

Do exposto, a fiscalização deste contrato no HFCF é ineficaz, ineficiente e não age proativamente, pois a necessária leitura do contrato com uma simples verificação visual vislumbraria a ausência de utilização do uniforme, bem como uma rápida inspeção nas folhas de ponto acusaria as falhas no controle de frequência ora apontadas. Estas ações da fiscalização deveriam ser aplicadas desde o início do contrato.

Em que pese a manifestação de a atual Direção do HFCF desconhecer pedido do próprio HFCF para que os funcionários terceirizados não utilizassem uniforme nesta lotação, a informação da Direção de que os funcionários ali lotados se encontravam uniformizados não foi verificada, pois ainda havia funcionário terceirizado ali localizado sem uniforme até o término dos trabalhos de campo.

Quanto a ausência de estudos/análises, a Direção do HFCF se equivoca, pois à época do pregão n.º 11/2011 não houve quaisquer estudos/análise que justificassem a contratação de funcionários terceirizados para laborarem exclusivamente no DGH, houve apenas a indicação do cargo e quantitativo. A justificativa da Direção do HFCF expressa que há estudos dos quantitativos para a futura contratação (processo n.º 33407.002418/2015-22), cujo processo não foi analisado por esta equipe de auditoria. Ainda assim, ressalta-se que a simples alegação de necessidade de serviços não ampara o pedido de quantitativo de mão de obra. Em relação à manifestação do gestor ao relatório preliminar, após a Reunião de Busca Conjunta de Soluções, informa-se que, embora o gestor descreva a adoção de medidas em relação aos fatos apurados na auditoria, não houve a comprovação das providências informadas. Portanto, as recomendações ajustadas serão mantidas, até que restem comprovadas as medidas saneadoras adotadas pela direção do Hospital. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Aprimorar o planejamento das contratações de mão de obra para apoio administrativo no âmbito do Hospital Federal Cardoso Fontes, mediante a elaboração de estudo detalhado para a comprovação das reais necessidades do HFCF, que suporte o respectivo certame licitatório.

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Recomendação 2: Instaurar procedimento administrativo específico para apurar a não disponibilização de uniformes durante a execução do Contrato n.º 05/2012 em 2016 com fins de ressarcimento ao Erário. Recomendação 3: Exigir da empresa contratada a imediata implementação de mecanismos adequados de controle de frequência dos funcionários terceirizados no âmbito do HFCF, abstendo-se de exercer diretamente o citado controle, devendo aplicar as sanções contratuais previstas no caso de descumprimento contratual. Recomendação 4: Aprimorar o procedimento de fiscalização contratual no âmbito do HFCF, de forma que a atuação dos fiscais contratuais seja supervisionada pelo Setor de Apoio à Fiscalização de Contratos. 1.1.1.2 INFORMAÇÃO Adoção de providências da nova gestão para eliminar a prestação de serviços de limpeza hospitalar sem cobertura contratual, que contrariava o art. 60, parágrafo único, c/c o art. 62 da Lei 8.666/1993, no valor de R$5.505.576,53 ao longo dos exercícios de 2015 e 2016. Fato A empresa Excellence RH Serviços Eireli (CNPJ 02.297.506/0001-04) firmou o contrato n. º 07/2009, oriundo do pregão eletrônico n. º 07/2009, de 28 de julho de 2009, para a prestação de limpeza técnica em ambiente hospitalar, conservação de bens móveis e conservação e manutenção de áreas verdes tais como: corte de grama, roçada, capina, extirpação de ervas daninhas, manutenção de jardins e jardineiras, nas dependências do complexo do HFCF (área total de 59.997,00m2). Durante a execução do contrato, a empresa apresentou irregularidades na prestação do serviço, as quais foram apuradas por meio de processo de penalidade n. º 33407.003055/2014-61, culminando na rescisão contratual com a empresa por meio do termo de rescisão de 29 de maio de 2014.

Em 01 de novembro de 2013, por meio do memorando n. º 277/2013 a Coordenação de Administração e Recursos Humanos autorizou abertura de processo licitatório para contratação de empresa especializada em limpeza hospitalar por decorrência das irregularidades apresentadas na execução contratual e pela aproximação do término das prorrogações legais do contrato.

Em 23 de maio de 2014, após a segunda colocada declinar a contratação remanescente, foi consultada a empresa Ferlim Serviços Técnicos Ltda. (CNPJ 42.116.376/0001-06) (terceira colocada do pregão) para assumir a prestação do serviço remanescente, na forma do artigo 24, inciso XI, da Lei n.8.666\93. Sendo assinado, em 29 de maio de 2014, o contrato remanescente n. º 03/2014 com a empresa Ferlim Serviços Técnicos Ltda, cuja vigência se iniciou em 01 de junho de 2014 e se encerraria em 31 de agosto de 2014, concluindo assim o prazo remanescente legal. Porém, em 14 de julho de 2014, por meio do Ofício n. º 1649/2014/GABDIR/HFCF/RJ, referente ao processo n. º 33407.003055/2014-61, prorrogou por mais 12 meses em caráter excepcional o contrato n. º 03/2014 com a empresa Ferlim Serviços Técnicos Ltda.

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Assim, diante da incapacidade da Unidade em concluir o processo licitatório, a empresa Ferlim Serviços Técnicos Ltda. vem prestando serviço de limpeza hospitalar desde 2015 sem a devida cobertura contratual, sendo efetuados pagamentos por reconhecimento de dívida.

Quadro 6 – Pagamentos indenizatórios à Ferlim Serviços Técnicos Ltda.

DATA OB VALOR (R$)

REFERÊNCIA

14/12/2015 2015OB801487 566.175,66 SET/2015

30/12/2015 2015OB801622 570.239,07 OUT/2015

23/02/2016 2016OB800179 579.279,64 DEZ/2015

03/05/2016 2016OB800488 579.869,23 JAN/2016

03/05/2016 2016OB800485 575.379,63 FEV/2016

01/06/2016 2016OB800599 572.137,02 MAR/2016

17/08/2016 2016OB800963 515.330,60 ABR/2016

17/08/2016 2016OB800965 535.837,63 MAI/2016

10/10/2016 2016OB801210 537.711,06 JUN/2016

19/10/2016 2016OB801220 333.300,46 JUL/2016

19/10/2016 2016OB801239 140.316,53 JUL/2016

5.505.576,53

Fonte: Portal da Transparência

Por meio do Memorando n. º 272/2016 GABDIR/HFCF/RJ de 05 de dezembro de 2016, o Diretor do HFCF encaminhou o complemento da manifestação anterior, conforme o que se segue:

“Sirvo-me do presente, sob as atribuições legais conferidas por regência da Portaria de nomeação n. º 1.665 de 15 de setembro de 2016, para informar o que segue e ao final requer. Em seguida a minha posse, no dia 23/09/2016, deliberei algumas medidas de ordem de pessoal e administrativa, especialmente aos setores de Coordenação de Administração e Contratos, visando conhecer da situação de todos os processos que ora tramitam nas dependências desse Hospital.

Para minha surpresa, após recebimento das respostas e outras informações, dos respectivos setores pude observar detidamente o conteúdo da planilha, dando conta, da existência de inúmeros procedimentos licitatórios na modalidade emergência.

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Com efeito, notadamente tornou-se usual de maneira reiterada a conduta de servido(es) em aderir os procedimentos emergência/indenizatório, como aqueles que visam definitivamente a garantir os efeitos da legislação vigente (8.666/93), como forma de interesse da Administração Pública.

Desta forma, procedimentos sem cobertura contratual, por lapso temporal há mais de um ano de vigência, sem que houvesse concomitantemente abertura de processos de licitação, rompe a barreira do limite da excepcionalidade, passando tal pretensão ser regra administrativa nos procedimentos”

Somente em 09 de dezembro de 2016, após ser questionada por esta auditoria, houve reabertura de prazos do certame iniciado em 2013. Assim, por meio do Memorando nº299/2016 GABDIR/HFCF/RJ de 21 de dezembro de 2016, o Diretor do HFCF encaminhou sua manifestação conforme a seguir:

“Cabe esclarecer que essa direção foi empossada em 27/09/2016, Em seguida, determinei aos setores especialmente de Licitação e Contratos. Informações quanto a atual situação dos processos Licitatórios e a Gestão dos Contratos Administrativos que ora tramitam na Unidade. Com efeito, após receber as respectivas informações, pude observar que havia o Pregão Eletrônico nº 0712015 cujo objeta tratava-se da prestação de serviço de contratação de empresa especializada em Limpeza Hospitalar. Daí o respectivo certame iniciava-se em dezembro de 2015, logo sem movimentação desde março de 2016, conforme Ata. Sendo certo, que as razões determinantes da paralisação do certame estão sendo apuradas via Processo Administrativo Disciplinar, Noutra ordem em virtude da situação eminente de prestação de serviço sem devida cobertura contratual, essa Diretoria também determinou apuração das causas e potencial responsável. Quanto ao item "B" que dispõe sobre medidas adotadas para conclusão do certame que visa a aquisição de serviços de empresa hospitalar, caso existam, informar as providências adotadas pelo HFCF para andamento do processo desde 2013. Informamos que inicialmente reformulamos todo quadro de servidores do setor de licitação, inclusive com substituição do Pregoeiro, objetivando a retomada dos processos licitatórios, além de outras medidas, relacionadas abaixo: 1. Reformulação do Setor de Contratos, culminando com substituição da chefia;

2. Determinação ao novo Pregoeiro, de avaliação de todos os pregões em andamento e a imediata reabertura de todos os que estiverem aptos a prosseguirem.

3. Ademais visando regularizar a situação da prestação de serviço que se encontra sem cobertura contratual, foi determinado processo de contratação emergência objetivando temporariamente a continuidade de serviço. 4. Por outro lado, considerando a inércia do pregão 07/2015, além de inúmeros recursos administrativos protocolados, fator que atrai incerteza e insegurança procedimental quando a conclusão exitosa do certame. Foi determinada a abertura de novo processo licitatório objetivando a contratação de empresa de limpeza hospitalar.

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Assim sendo, essa direção vem direcionando esforços no sentido de regularizar a prestação de serviço, com a devida cobertura contratual no prazo de 30 dias. ”

Considerando as manifestações da direção do HFCF, que relatam a abertura de processo administrativo disciplinar para apuração de responsabilidades, bem como informam sobre procedimento licitatório específico para contratação de empresa de limpeza hospitalar, entende-se não ser necessário, neste momento, recomendações acerca do assunto.

##/Fato##

1.1.1.3 CONSTATAÇÃO Pagamentos a pessoas jurídicas, por serviços prestados e/ou fornecimento de bens, sem cobertura contratual e sem um regular procedimento licitatório, de dispensa ou de inexigibilidade, contrariando os termos da Lei n.º 8.666/1993. Fato O Hospital Federal Cardoso Fontes – HFCF, em 2016, totalizou R$ 65.876.751,54 em despesas pagas. Desse total, R$ 10.882.719,67 foram pagamentos a pessoas jurídicas por reconhecimento de dívida (pagamentos indenizatórios). Ou seja, 16,5% das despesas pagas pelo HFCF foram decorrentes de compras e contratações sem observância dos princípios da Lei n.º 8.666/1993. Tratam-se, portanto, de pagamentos para pessoas jurídicas, por serviços prestados e/ou fornecimento de bens, sem cobertura contratual e sem a prévia formalização de um procedimento de licitação, de dispensa ou de inexigibilidade nos moldes exigidos na lei.

Quadro 7 – Valores pagos por reconhecimento de dívida (indenização) em 2016

CNPJ Razão social Descrição resumida da despesa Valor pago (R$)

42116376000106 FERLIM limpeza hospitalar, conservação de bens móveis, imóveis e áreas verdes

7.056.851,91

74024274000157 M3 MANUTENCAO E MONTAGENS

manutenção preventiva e corretiva dos sistemas de frigogenia

1.343.036,37

04436976000162 GAN RIO (KABI NUTRIR)

fornecimento de nutrição parenteral 283.357,83

29341468000121 RENAL-TEC locação de equipamentos para o serviço de hemodiálise

845.046,19

06272575006938 LAVEBRAS serviços de lavanderia de enxoval hospitalar

582.982,59

30299895000178 SAVIOR transporte de pacientes em ambulâncias

439.544,58

33000118000179 TELEMAR (OI) serviço de telefonia fixa 186.920,11

35820448000721 WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS

fornecimento de gases medicinais 2.128,00

06969472000133 TRUSHER SERVICOS DE ESTERILIZACAO

coleta, tratamento e destinação final de resíduos químicos, infectantes e extraordinário

58.638,55

40378440000100 WATERSERVICE manutenção preventiva e corretiva da estação de tratamento de esgoto

52.500,00

05877590000159 FELIMPE (AQUALIMPE)

serviços de lavanderia de enxoval hospitalar

25.746,65

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CNPJ Razão social Descrição resumida da despesa Valor pago (R$)

01644114000218 UNIDAS ARMAZENS GERAIS

serviços de guarda e gerenciamento de acervo documental

5.966,89

Total pago no ano de 2016 10.882.719,67 Fonte: Tesouro Gerencial, em 8 de março de 2017. As despesas se tratam, na sua maioria, de prestação de serviços de caráter continuado, para os quais o hospital já deveria ter uma rotina consolidada de procedimentos administrativos de contratação que evitasse a falta de amparo contratual. Entretanto, o que se constata, são longos períodos (acima de doze meses) de prestação de serviços sem o cumprimento da formalidade legal, haja vista que 75% das empresas relacionadas no Quadro 7 já figuravam como favorecidas de pagamentos por reconhecimento de dívida no exercício 2015, conforme o Quadro 8 a seguir. Os serviços de telefonia fixa, por exemplo, nunca foram licitados pelo HFCF, em que pese haver, desde 2002, o entendimento firmado pelo Tribunal de Contas da União sobre a necessidade de realização de procedimento licitatório para a contratação desse serviço. Quadro 8 – Valores pagos por reconhecimento de dívida (indenização) em 2015

CNPJ Razão social Valor pago (R$) 42116376000106 FERLIM 1.459.096,00 05877590000159 FELIMPE 1.093.053,01 29341468000121 RENAL-TEC 937.688,95 30299895000178 SAVIOR 814.629,48 33000118000179 TELEMAR 186.156,16 40378440000100 WATERSERVICE 105.000,00 74024274000157 M3 MANUTENCAO E MONTAGENS LTDA 73.757,90 01644114000218 UNIDAS ARMAZENS GERAIS LTDA 41.768,23 00086616000127 UTN UNIDADE DE TRATAMENTO NEFROLOGICO 21.120,00 06188083000170 MICRO VIEW 15.571,53

24380578004508 WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS DO NORDESTE LTDA.

12.797,07

60619202003406 LINDE GASES LTDA 1.890,85 Total pago no ano de 2015 4.762.529,18

Fonte: Tesouro Gerencial, em 8 de março de 2017. Importante destacar que a prática de efetuar pagamentos por meio de processos de reconhecimento de dívidas configura realização de despesa sem prévio empenho, o que é vedado pelo artigo 60 da Lei n.º 4.320/1964 e pelo artigo 24 do Decreto n.º 93.872/1986. Em 2016, o total com pagamentos sem respaldo da Lei n.º 8.666/1993, gasto pelo HFCF, foi 128,5% superior ao total do exercício 2015. ##/Fato##

Causa Falta de providências administrativas efetivas para a regularizar as compras e contratações do HFCF por meio de procedimentos licitatórios. ##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada Após a Reunião de Busca Conjunta de Soluções realizada em 23 de março de 2017, o gestor informou as medidas adotadas por meio do documento datado de 28 de março de 2017, conforme a seguir:

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“ [...]

Demonstra-se através da planilha (ANEXO 5), que a prestação dos serviços descritos na mesma foi regularizada, através de contrato emergencial, comprovando ainda economicidade e vantajosidade, ao serem comprados com os contratos anteriores, além disso, foram abertos procedimentos licitatórios para todos os respectivos serviços, que se encontram em andamento.

[...]

Informamos que a Direção Geral encaminhou o Memorando nº 272/2016 GABDIR/HFCF/RJ (ANEXO 6) ao Serviço de Disciplina (SEPDIS/HFCF) desta Unidade, requerendo a abertura de Investigação Preliminar, no intuito de apurar a responsabilidade dos agentes que deram causa aos pagamentos mediante reconhecimento de dívida, citando todos os serviços prestados por reconhecimento de dívida, através de planilhas anexas, juntando inclusive requisições anteriores de abertura de procedimento disciplinar, com o intuito de apurar o mesmo fato, para que o SEPDIS/HFCF remetesse a referida demanda à Corregedoria Geral do Ministério da Saúde (CORREG/MS), órgão competente, para abrir a referida investigação preliminar.

Conforme descrito no item 22, o Diretor Geral desta Unidade não tem competência para promover a abertura da Investigação Preliminar, com base no Decreto n° 8065/2013, sendo os atos correcionais de competência da CORREG/MS.

Importante ressaltar que a CORREG/MS respondeu ao Memorando nº 272/2016 GABDIR/HFCF/RJ, através do Memorando nº 354/2016-GAB/CORREG/MS (ANEXO 7), juntado ao referido memorando nº 272/2016, solicitando informações e cópias digitalizadas de todos os procedimentos mencionados, o que vem sendo providenciado, conforme demonstrado na documentação anexa ao Memorando nº 354/2016-GAB/CORREG/MS, constatando que esta Unidade já tomou as providências a ela cabíveis.

Vale lembrar que ficou acordado na reunião do dia 23/03/2017, realizada no Hospital Federal Cardoso Fontes com a Controladoria Geral da União (CGU), que ao comprovar que as recomendações 1 e 2, relacionadas à constatação descrita no item 18, foram cumpridas as mesmas serão desconsideradas, conforme mencionado expressamente pela própria CGU nos encaminhamentos propostos, após o término da referida reunião.

[...]

Em relação à gestão de contratos será reforçada a prática de comunicação à Coordenação de Administrativa, informando ser o último ano de vigência do contrato, por ultrapassar no próximo ano o limite de 60 (sessenta meses), disposto no artigo 57, inciso II da lei 8.666/1993, impossibilitando a prorrogação no ano seguinte.

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Desta forma, ao formalizar o termo aditivo que contemple os últimos 12(doze) meses de vigência do contrato em questão, o Serviço de Controle de Contratos (SECONT/HFCF) encaminhará Memorando à Coordenação Administrativa (CARH/HFCF), no prazo de 15 (quinze) dias, informando ser o último ano de vigência do contrato em questão, para que a CARH/HFCF, caso entenda necessária a continuidade da prestação do serviço envolvido, determine a abertura de processo licitatório, no prazo de 15 (quinze) dias, desencadeando o prazo de um ano para que o Serviço Licitatório conclua os procedimentos, evitando uma futura prestação de serviço sem cobertura contratual. “ ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno Como órgão da administração direta, o Hospital Federal Cardoso Fontes subordina-se aos ditames da Lei n.º 8.666/1993 e, portanto, suas compras e contratações de serviços devem ser obrigatoriamente precedidas de licitação, ressalvadas somente as hipóteses previstas na lei. O aumento representativo de pagamentos por reconhecimento de dívida, de um ano para outro, e o longo período sem a regularização, na forma da lei, do relacionamento do hospital com os seus fornecedores de bens e serviços podem, inclusive, configurar fuga ao processo licitatório. As informações fornecidas pelo gestor após a Reunião de Busca Conjunta de Soluções permitiram o cancelamento da recomendação que visava a “apuração de responsabilidades dos agentes que deram causa aos pagamentos mediante reconhecimento de dívida, o que caracteriza pagamento sem respaldo contratual e despesa sem prévio empenho.” Porém, embora o gestor tenha realizado contrato para elidir pagamentos indenizatórios, não o fez para todos os serviços. Desta forma, não pode se cancelar as demais recomendações, restando a comprovação da efetividade de novas contratações a ser verificada em futuras ações de controle. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Regularizar imediatamente, na forma prevista em lei, as relações de fornecimento de bens e serviços que estão sem respaldo contratual e, dessa forma, eliminar a prática de pagamentos por reconhecimento de dívida. Recomendação 2: Editar normativo interno, relacionado à gestão de contratos, que possibilite a identificação dos contratos a vencer, no tempo suficiente para a realização de certames licitatórios para substituição desses contratos, e que contenha fluxo de procedimentos e responsabilidades administrativas. 2 GESTÃO OPERACIONAL

2.1 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

2.1.1 EFETIVIDADE DOS RESULTADOS OPERACIONAIS

2.1.1.1 INFORMAÇÃO Análise das recomendações do PPP. Fato

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Em análise ao Plano de Providências Permanente, foram verificadas as seguintes situações para as recomendações abaixo com as respectivas situações atualizadas: Quadro 9 – Recomendações analisadas

ID Recomendação Documentação disponibilizada

Situação após análise

7234

Adotar as providências para o ressarcimento ao erário de valores pagos acima dos preços praticados no mercado

Despacho s/n, do Serviço de Orçamento e Finanças, de 14/11/2016

Prazo de atendimento Prorrogado

7391

Adotar medidas com vista a que a empresa contratada seja responsabilizada pela prática de preços acima dos praticados pelo mercado, devendo o dano ao erário resultante de tal conduta ser recomposto

Despacho s/n, do Serviço de Orçamento e Finanças, de 14/11/2016

Prazo de atendimento Prorrogado

7510

Adotar medidas com vista a que a empresa contratada seja responsabilizada pela prática de preços indevidos, devendo o dano ao erário resultante de tal conduta ser recomposto

Despacho s/n, do Serviço de Orçamento e Finanças, de 14/11/2016

Prazo de atendimento Prorrogado

8101

Providenciar o ressarcimento ao erário dos valores pagos à contratada em montante superior ao limite estabelecido na Portaria MPOG/SLTI nº 34, de 7 de dezembro 2010, para serviços de limpeza

Documento s/n, do Chefe do Serviço de Orçamento e Finanças, de 24/10/2016

Prazo de atendimento Prorrogado

37854

Adotar providências para o ressarcimento ao erário dos valores pagos indevidamente, sem a contraprestação dos serviços estipulados no contrato

Despacho s/n, do Serviço de Orçamento e Finanças, de 14/11/2016

Prazo de atendimento Prorrogado

52349

Implementar ações efetivas para o fortalecimento da estrutura de controles internos e gerenciamento de riscos do HFCF, estabelecendo um cronograma para realização das tarefas que contemplem os itens abaixo: a) Formalização dos fluxos das atividades, identificando os pontos críticos dos processos; b) Estabelecimento de metas e procedimentos de controle, considerando os pontos críticos identificados; c) Avaliação periódica das metas, da validade e da qualidade dos controles internos implementados; d) Divulgação e conscientização para todos os níveis da unidade da importância dos controles internos; e e) Capacitação dos servidores

Documento s/n, da Chefe do Núcleo de Controle Interno, de 20 de outubro de 2016.

Prazo de atendimento Prorrogado

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ID Recomendação Documentação disponibilizada

Situação após análise

64032

Providenciar a glosa de valores pagos indevidamente à contratada, referentes aos postos de Auxiliar de Almoxarifado 12x36 diurno e noturno não disponibilizados à Unidade

Documento s/n, do Chefe do Serviço de Orçamento e Finanças, de 24/10/2016

Prazo de atendimento Prorrogado

155753

Normatizar as formas de acesso aos prontuários e os procedimentos para a movimentação desses documentos aos diversos setores do hospital, eliminando a prática de se entregar prontuários diretamente nas mãos de pacientes, familiares ou terceiros

Memorando n.º 173/2016/CPEP/HFCF/RJ de 30 de novembro de 2016 e Memorando n.º 79/2016 DPE/HFCF/RJ de 9 de agosto de 2016

Prazo de atendimento Prorrogado

155754

Prover posições de atendimento adicionais no balcão de informações e na recepção das clínicas de Urologia e Cirurgia Geral

Memorando n.º 114/2016 DPE/HFCF/RJ de 31 de outubro de 2016; e Memorando n.º 104/2016 DPE/HFCF/RJ de 24 de outubro de 2016, da Chefe do Departamento de Pacientes Externos

Prazo de atendimento Prorrogado

155755

Implantar formalmente a recepção ativa ao paciente, na parte externa das clínicas e no saguão de entrada do HFCF nos períodos de maior movimento, com a missão de: abordar os pacientes e orientá-los, promovendo o seu acolhimento

Memorando n.º 104/2016 DPE/HFCF/RJ de 24 de outubro de 2016 e Memorando n.º 114/2016 DPE/HFCF/RJ de 31 de outubro de 2016

Prazo de atendimento Prorrogado

155756

Promover ações de melhoria do ambiente externo do ambulatório, buscando a eliminação da ocorrência de pacientes aguardando de pé por atendimento nas clínicas de Urologia e Cirurgia Geral em razão de insuficiência de assentos, e adaptando os guichês de atendimento das clínicas que possuem maior demanda, para que passem a dispor de duas posições de atendimento simultâneas

Memorando n.º 104/2016 DPE/HFCF/RJ de 24 de outubro de 2016

Prazo de atendimento Prorrogado

155757

Atualizar a sinalização visual do ambulatório, de modo que as informações dispostas nos painéis correspondam à localização dos setores indicados

Documento s/n, da Chefe do Núcleo de Controle Interno, de 16 de novembro de 2016.

Prazo de atendimento Prorrogado

155762

Determinar que o Arquivo Médico e demais setores incumbidos de abrir prontuários passem a incluir no prontuário médico o documento que motivou a sua abertura.

Verificação de prontuários. OBS: Foi realizada amostragem aleatória para os prontuários abertos no dia 17 de outubro e 02 de dezembro de 2016 Foram abertos 32 prontuários. Treze destes não se encontravam no Arquivo

Atendida

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Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br

21

ID Recomendação Documentação disponibilizada

Situação após análise

Médico, pois estavam sendo utilizados em outros setores. Do total de 21 verificados, constatou-se que um prontuário (4,7% do total verificado) não continha documento autorizador para sua abertura, os demais possuíam requisição de abertura de prontuário assinado por um médico ou autorização de consulta emitida pelo Sistema de Regulação (Sisreg ou Ser). Em testes de observância no dia 09 de dezembro de 2016, verificou-se que o procedimento de abertura de prontuário está aderente ao preconizado, havendo a existência da referida requisição assinada por médico ou documento do Sistema de Regulação (Sisreg ou Ser).

155763

Adotar providências para que os profissionais de saúde do HFCF passem a utilizar as funcionalidades disponíveis no e-SUS para os formulários de apoio ao ato médico ambulatorial que atualmente são impressos, tais como o receituário médico, o atestado médico e a declaração de comparecimento

Documento s/n, da Chefe do Setor de Informática, de 16/11/2016

Prazo de atendimento Prorrogado

Fonte: Sistema Monitor e documentos disponibilizados Cumpre informar que a recomendação 155762 foi atendida e para sua verificação foi realizada amostragem aleatória para os prontuários abertos no dia 17 de outubro e 02 de dezembro de 2016. Foram abertos 32 prontuários. Treze destes não se encontravam no Arquivo Médico, pois estavam sendo utilizados em outros setores. Do total de 21 verificados, constatou-se que um prontuário (4,7% do total verificado) não continha documento autorizador para sua abertura, os demais possuíam requisição de abertura de prontuário assinado por um médico ou autorização de consulta emitida pelo Sistema de Regulação (Sisreg ou Ser). Em testes de observância no dia 09 de dezembro de 2016, verificou-se que o procedimento de abertura de prontuário está aderente ao preconizado, havendo a existência da referida requisição assinada por médico ou documento do Sistema de Regulação (Sisreg ou Ser). Adicionalmente, a responsável pelo Departamento de Pacientes Externos colocou aviso ao público no guichê do Arquivo, informando que os prontuários somente seriam abertos com a requisição do médico solicitante. ##/Fato##

III – CONCLUSÃO

Na revisão do Plano de Providências Permanente do Hospital Federal Cardoso Fontes (HFCF), avaliou-se a situação de catorze recomendações que constavam no sistema

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Monitor, em situação “monitorando”, representando a totalidade das recomendações pendentes de atendimento. Dessa forma, o resultado da avaliação do cumprimento das recomendações é mostrado no quadro a seguir: Quadro 10 – Situação atual das recomendações

Data de execução do procedimento: 20/11/2016 Quantidade de recomendações analisadas: 14 Quantidade de recomendações analisadas que foram atendidas

Quantidade de recomendações analisadas e ainda pendentes

Quantidade de recomendações analisadas que foram

canceladas/finalizadas/consolidadas 1 13 0

Informa-se que, dentre as catorze recomendações que se encontravam em monitoramento, treze recomendações tiveram o prazo para atendimento prorrogado, considerando-se que as providências para cumprimento estão em andamento ou tiveram medidas adotadas que cumpriram parcialmente o acordado.

Verificou-se ainda, por meio do presente trabalho, que há fragilidades na gestão do HFCF, em vista de constatações realizadas pela equipe de auditoria, segundo as descrições abaixo:

- Planejamento deficiente sem estudos para embasar os quantitativos licitados e fiscalização contratual ineficiente, caracterizada, dentre outras falhas, pela incapacidade em garantir a fidedignidade das folhas de controle de frequência dos empregados terceirizados, tampouco o cumprimento de cláusula contratual no âmbito do Contrato n.º05/2012.

- Pagamentos a pessoas jurídicas, por serviços prestados e/ou fornecimento de bens, sem cobertura contratual e sem um regular procedimento licitatório, de dispensa ou de inexigibilidade, contrariando os termos da Lei n.º 8.666/1993. .

Rio de Janeiro/RJ, 05 de abril de 2017.

Equipe Técnica Nome: Cargo: TÉCNICO FEDERAL DE FINANÇAS E CONTROLE Assinatura:

Nome: Cargo: AUDITOR FEDERAL DE FINANÇAS E CONTROLE Assinatura: