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7/21/2019 Segunda Tópica de Freud http://slidepdf.com/reader/full/segunda-topica-de-freud 1/3 Segunda Tópica de Freud Antes de explicar a  segunda tópica de Freud, é importante que seja explicado como ela se tornou obsoleta aos olhos de Freud. É importante entender os  passos aos quais levaram Freud na segunda tentativa de descrever a estrutura e o funcionamento mental. 1. Por que Freud não ficou satisfeito com a primeira tópica? O primeiro esboo de uma formula!o te"rica de Freud era uma descri!o confort#vel dos processos ps$quicos. %ermitia diferenciar o consciente e suas duas modalidades de inconsciente, o pré&consciente onde os conte'dos s!o pensamentos latentes, pass$veis de se tornar ou voltar ao consciente e o pr"prio inconsciente onde os conte'dos raramente ou nunca podiam se tornar consciente. (ontudo, quando as  pesquisas psicanal$ticas comearam a ser orientadas pelo ego & a inst)ncia do  psiquismo que, por n!o suportar a ang'stia gerada por determinadas representa*es mentais, mandava&as para o inconsciente + esta estrutura de consciente, pré& consciente e inconsciente comearam a se mostrar insuficientes.  esse primeiro momento, Freud achava que o ego estava situado nas #reas do consciente e no pré&consciente, afinal de contas, no inconsciente estariam apenas as representa*es mentais recalcadas pelo ego. Freud considerava que o conflito  ps$quico que levava ao adoecimento psicol"gico era travado entre o ego e o consciente, que n!o quer admitir determinados pensamentos e o conjunto inconsciente desses pensamentos recalcados, ou seja, um conflito entre o ego e o inconsciente. -odavia, em seus estudos e suas experincias cl$nicas, Freud percebe que uma parte consider#vel do ego também estava no inconsciente.  o decorrer de uma an#lise cl$nica onde evidencia determinados  pensamentos e recorda*es situam&se no inconsciente, ou seja, como foram recalcados, criou&se a dificuldade do paciente de se lembrar deles ou de falar sobre o assunto. Freud entendia que essa era uma situa!o onde havia uma resistncia do ego  bloqueando o acesso das representa*es mentais recalcadas e/ou de seus substitutos, e o que tornava isso interessante é que o paciente n!o tinha no!o que estava

Segunda Tópica de Freud

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Segunda Tópica de Freud

Antes de explicar a  segunda tópica  de Freud, é importante que seja

explicado como ela se tornou obsoleta aos olhos de Freud. É importante entender os

 passos aos quais levaram Freud na segunda tentativa de descrever a estrutura e o

funcionamento mental.

1. Por que Freud não ficou satisfeito com a primeira tópica?

O primeiro esboo de uma formula!o te"rica de Freud era uma descri!o

confort#vel dos processos ps$quicos. %ermitia diferenciar o consciente e suas duas

modalidades de inconsciente, o pré&consciente onde os conte'dos s!o pensamentos

latentes, pass$veis de se tornar ou voltar ao consciente e o pr"prio inconsciente onde

os conte'dos raramente ou nunca podiam se tornar consciente. (ontudo, quando as

 pesquisas psicanal$ticas comearam a ser orientadas pelo ego & a inst)ncia do

 psiquismo que, por n!o suportar a ang'stia gerada por determinadas representa*es

mentais, mandava&as para o inconsciente + esta estrutura de consciente, pré&

consciente e inconsciente comearam a se mostrar insuficientes.

 esse primeiro momento, Freud achava que o ego estava situado nas #reas

do consciente e no pré&consciente, afinal de contas, no inconsciente estariam apenas

as representa*es mentais recalcadas pelo ego. Freud considerava que o conflito

 ps$quico que levava ao adoecimento psicol"gico era travado entre o ego e o

consciente, que n!o quer admitir determinados pensamentos e o conjunto

inconsciente desses pensamentos recalcados, ou seja, um conflito entre o ego e o

inconsciente. -odavia, em seus estudos e suas experincias cl$nicas, Freud percebe

que uma parte consider#vel do ego também estava no inconsciente.

 o decorrer de uma an#lise cl$nica onde evidencia determinados

 pensamentos e recorda*es situam&se no inconsciente, ou seja, como foram

recalcados, criou&se a dificuldade do paciente de se lembrar deles ou de falar sobre o

assunto. Freud entendia que essa era uma situa!o onde havia uma resistncia do ego

 bloqueando o acesso das representa*es mentais recalcadas e/ou de seus substitutos,

e o que tornava isso interessante é que o paciente n!o tinha no!o que estava

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empregando a resistncia. 0ogo, a resistncia n!o era consciente, além disso, as

resistncias se comportariam de modo semelhante s representa*es recalcadas, isto

é, demandaria certa dose de trabalho para que fossem tornadas conscientes.

A partir dessa descoberta caiu a hip"tese de que o conflito ps$quico sefundamentaria numa oposi!o entre o ego e o inconsciente.   (ontudo, isso n!o

significaria admitir que o ego n!o fosse um dos polos do conflito ps$quico. 2e fato,

mesmo sendo inconsciente, a resistncia continuava a ser um fen3meno produ4ido

 pelo ego. O problema estava em sustentar que o outro polo do conflito seria o

inconsciente, afinal se descobrira que uma parte do ego também era inconsciente.

%or meio desses conflitos, Freud chegou conclus!o que grandes partes do

ego e o superego eram inconscientes. 2esse momento em diante, tornou&seimposs$vel afirmar a existncia de uma identidade entre o ego e o consciente, de um

lado, e o recalcado e o inconsciente, de outro.

1.2 Id, Ego e Superego

5 medida que Freud aprofunda e amadurece a cl$nica psicanal$tica, algumas

revis*es te"ricas se imp*em na forma!o da estrutura da personalidade6 O id  foi entendido como um reservat"rio de impulsos instintivos em

 busca da satisfa!o e completamente inconsciente7 O ego seria o sistema que, entrando em contato com o mundo externo,

 procuraria satisfa4er as exigncias instintivas do 8d. -odavia, tenta

observar como reali4ar tais desejos7 O superego  se formaria pela internali4a!o dos valores e atitudes

sociais7 seria uma espécie de 9censura: interna, que aponta os atos

merit"rios, louvando&os e os conden#veis, reprovando&os.

Os trs sistemas entrariam, ocasionalmente, em conflito, j# que as

exigncias do id nem sempre s!o vistas com bons olhos pelo superego,

 principalmente, aquelas relacionadas com agress!o e satisfa!o sexual. Assim,

gerando um choque na conscincia ;ego<.

Bi!iografia"

F=>?2, @igmund 2r . # ego e o Id e outros traa!$os . olume B8B ;1CDE&1CD<.0ondres6 1CDG. HH p.

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IA=(8A&=OJA, 0ui4 Alfredo. F%E&' e o inconsciente. DKL edi!o. =io deManeiro6 Morge Jahar >d., DNNC. DE p.

 P%O08, 0ucas. Psican(!ise em $uman)s. 8d, ego e superego6 entenda a segundat"pica de Freud ;parte D<. 2ispon$vel em6 Q http6//lucasnapoli.com/DN1D/NE/1/id&ego&superego&entenda&a&segunda&topica&de&freud&parte&D/ R Acesso em6 DK julho

DN1.

Aluno6 Fernando dos @antos (astilho.