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Segundo Bakhtin (1981) a linguagem caminha simultaneamente nos campos “físico, fisiológico e psíquico”, no “domínio individual e ao domínio social”. Seu movimento de interação constante é uma “determinação indeterminada” na sua unidade linguística. O sujeito não pode ser constituído de maneira isolada. Para Freire (2003) o espaço social onde o sujeito está inserido e se reconhece como um ser histórico e social em constante movimento, em constante mudança, é o que o torna um “sujeito” em exercício de interação com o mundo. Isso ocorre no campo da linguagem, pois como seres reconhecidos como presenças no mundo, não somos alheios a ele. Por meio da linguagem os sujeitos agem no mundo, modificando-o ou a si mesmos. Este diálogo na percepção do sujeito consigo – o “outro” que é o “eu” ocorre em sua percepção com o externo que se torna interno, e não o contrário, que é pensamento do senso comum.

Segundo Bakhtin

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Material descrevendo a perspectiva dialógica sobre a linguagem, fruto da obra de bakthin

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Page 1: Segundo Bakhtin

Segundo Bakhtin (1981) a linguagem caminha simultaneamente nos campos “físico, fisiológico e psíquico”, no “domínio individual e ao domínio social”. Seu movimento de interação constante é uma “determinação indeterminada” na sua unidade linguística.

O sujeito não pode ser constituído de maneira isolada. Para Freire (2003) o espaço social onde o sujeito está inserido e se reconhece como um ser histórico e social em constante movimento, em constante mudança, é o que o torna um “sujeito” em exercício de interação com o mundo. Isso ocorre no campo da linguagem, pois como seres reconhecidos como presenças no mundo, não somos alheios a ele.

Por meio da linguagem os sujeitos agem no mundo, modificando-o ou a si mesmos. Este diálogo na percepção do sujeito consigo – o “outro” que é o “eu” ocorre em sua percepção com o externo que se torna interno, e não o contrário, que é pensamento do senso comum.