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Reflexão Missões Mundiais Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista “Chamados para transformar”: Batistas sergipanos realizam 66 a Assembleia Página 12 CBBA lança Planejamento Estratégico na 93 a Assembleia anual Página 10 ISSN 1679-0189 Ano CXV Edição 33 Domingo, 14.08.2016 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Segundo domingo de agosto: Dia dos Pais Evento “Quem tem medo de ser missionário” chega ao Nordeste Página 11 Mês da Juventude: Conheça mais uma razão para investir nos jovens de sua Igreja Página 06

Segundo domingo de agosto: Dia dos Pais - batistas.com · sim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o Teu nome” J(Mt 6.9). esus escandalizou os religiosos institucionais

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o jornal batista – domingo, 14/08/16

Reflexão

Missões Mundiais

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

“Chamados para transformar”:

Batistas sergipanos realizam 66a Assembleia

Página 12

CBBA lança Planejamento

Estratégico na 93a Assembleia anual

Página 10

ISSN 1679-0189

Ano CXVEdição 33Domingo, 14.08.2016R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Segundo domingo de agosto:

Dia dos Pais

Evento “Quem tem medo de ser missionário”

chega ao NordestePágina 11

Mês da Juventude: Conheça mais uma razão para investir

nos jovens de sua IgrejaPágina 06

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2 o jornal batista – domingo, 14/08/16 reflexão

E D I T O R I A L

Dia dos Pais é todo dia

Separamos o segundo domingo de agosto para comemorarmos o Dia dos Pais. É nes-

se dia que preparamos o melhor almoço, presente-amos, tiramos fotos, escre-vemos aqueles textos bem legais nas redes sociais. En-fim, homenageamos. Parece que todo carinho e amor que temos pelos nossos pais é declarado nesse dia, como se essa data fosse a única em que podemos fazê-lo. Pode parecer clichê, mas

Dia dos Pais é todo dia. Não precisamos de um dia específico para demonstrar o que sentimos pelos nossos pais.

Muitas vezes é assim que tratamos o nosso Pai, O nosso Deus. Somente aos domingos O adoramos. Somente aos domingos O louvamos. Agimos como cristãos apenas aos domin-gos. Ele quer mais de nós. Como nosso Pai, quer nos conhecer melhor, ter mais intimidade conosco e isso

vai além de um fim de se-mana.

E não para por aí: procu-ramos nosso pai quando queremos algum benefício, algum presente. Com Deus, a situação não é diferente. Quando a situação aperta ou se queremos uma ben-ção ou uma dádiva dos céus lembramos que temos um Pai e O procuramos.

Nosso desafio nesse Dia dos Pais é manter um relacio-namento mais próximo com os nossos pais, não apenas

hoje, mas todos os dias em que estivermos perto deles. Abrace. Beije. Ame. Não há nada melhor do que sentir--se amado. Quanto ao nosso Pai Celestial, O busquemos cada vez mais, que Ele seja o nosso melhor Amigo, o nosso Conselheiro, que Ele seja tudo em nossas vidas.

Feliz Dia dos Pais

Departamento de Comunicação da

Convenção Batista Brasileira

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Infoglobo

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3o jornal batista – domingo, 14/08/16reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Reboliço geral; todos se movimentam. Os mais afoitos querem saber: “Menino ou

menina? Qual o nome?” Gê-nero não conta; volta-se à ori-gem de tudo. Masculino ou feminino? Ninguém admite outra realidade. A mamãe re-cebe flores, parabéns, e passa a ser tratada com especial carinho por toda a família. O papai explode em alegria. Os avós renovam a esperança com a chegada do primeiro (a) neto (a) ou de mais um neto (a). É a vida em seu mis-tério profundo gerando mais uma vida.

O ambiente é modificado para acolher o novo habitan-te. Azul ou rosa? Não importa, desde que venha com saúde e no tempo determinado. A expectativa da geração de um novo ser tem o poder de

mexer com toda a família. Até a ansiedade, tão prejudicial à saúde e tão comum nos dias atuais, é aceita como normal.

O médico abre a agenda para mais consultas. Os exa-mes rotineiros oferecem alen-to e alimentam a curiosidade dos pais. Até a vovó vai com a neta ao consultório para a primeira consulta. Os ul-trassons dizem, a cada mês, que tudo está normal. Peso, tamanho, posição no útero; cada diagnóstico é recebido com um sorriso a mais. O medo da Zika é dissipado mediante acompanhamento rígido. Assim é a gestação de um novo ser, milagre que se repete todos os dias, gerando esperança de uma sociedade melhor.

Enfim, chega o tão espera-do grande dia. Deus coloca nos braços da mamãe e do

papai uma herança especial. Uma bênção não merecida. Agora cabe aos pais alimentá--lo, cuidar, zelar para que cresça saudável e seja fiel a Jesus Cristo, o Autor da vida.

O calendário de vacinas é cumprido com fidelidade. Aos pais, Deus oferece um manual especial, que ensina como cuidar do bebê que chegou. Detalhes mínimos são explicados. Para cada etapa da vida do bebê há orientações práticas de como agir.

Muitos pais, tementes a Deus, seguem as orientações divinas e são recompensados com alegria especial. “Gran-demente se regozijará o pai do justo, e o que gerar um sábio se alegrará” (Pv 23.24). Esses pais aprenderam no manual oferecido por Deus, que todos trazemos o estigma

do pecado. É preciso estar atento às reações dos filhos, examinar com atenção as atitudes da criança, corrigir os desvios no tempo próprio. “Até a criança se dará a co-nhecer pelas suas ações, se a sua obra for pura e reta” (Pv 20.11).

Pais responsáveis, compro-metidos em cuidar da heran-ça que Deus lhes confiou, sempre estão atentos a men-surar as atitudes dos filhos. Sabem que não geramos san-tos, ou anjos perfeitos. Eis a razão porque filhos precisam de pais responsáveis.

O bebê cresce. Cada etapa do seu desenvolvimento exi-girá um método diferente de orientação e educação. No início, as fraldas precisam ser removidas. Na adolescência, o diálogo e o exemplo são essenciais. Isso exige tempo,

muito tempo. A juventude requer acompanhamento à distância, mas atento aos deslizes tão comuns na mo-cidade e aos valores que a so-ciedade corrompida impõe. É o momento feliz em que saboreamos o fruto da se-mente plantada ao longo da caminhada com os filhos. Na maturidade, todo o resultado se funde na amizade que une pais e filhos no mesmo ideal: servir a Cristo.

O bebê cresce e vai gerar outros bebês. Jamais esque-cerá o que lhe foi ensinado no berço. “Eu era filho de meu pai; tenro, e único em estima diante de minha mãe. E ele ensinava-me e dizia: ‘Retenha as minhas palavras o teu coração’” (Pv 4.3-4a). Alguns continuam bebês, carentes do colo materno, o que não é recomendável.

O bebê vai chegar!

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4 o jornal batista – domingo, 14/08/16 reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Jesus e o Deus Pai

“Portanto, vós orareis as-sim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o Teu nome” (Mt 6.9).

Jesus escandalizou os religiosos institucionais quando revelou Deus como Pai dos seres hu-

manos. “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o Teu nome” (Mt 6.9).

A tradição judaica, no Ve-lho Testamento, contemplava Jeová como o Criador distan-te, Todo-Poderoso, sempre causador de medo. A ideia de intimidade relacional pai/filho nem sequer fazia parte do poderoso Pai/patriarca. O chefe das tribos tinha direito de vida e morte sobre todos

que pertenciam ao seu clã. Patriarcas não se preocupa-vam em ser amados, mas em sempre ter a última palavra, em todas as questões.

Na oração dominical, não somente o Senhor foi retrata-do como Pai, mas como Pai carinhoso, como Abba, Pai-zinho. O desafio do cristão é o de se comportar como “filho adotado”, no relacio-namento diário com o Pai de Jesus Cristo. João, na sua Primeira Carta, determinou a qualidade da nossa co-munhão com o Pai. “Deus é amor” – portanto, quem “Não ama, não conhece a Deus” (I Jo 4.8). Vai daí, que cultivar o amor é o mesmo que alimentar a comunhão com o nosso Deus.

lsrael Pinto da Silva (D’Israel ), membro da Quarta greja Batista do RJ, colaborador de OJB

Papai quero Buzy, o carameloQuero pão doce; biscoito e sonho...Aquele menino não era tristonho Era feliz porque tinha pai

Quando chegava logo perguntava Se tinha trazido o que tinha pedidoE o pai o pegava e o jogava no coloE lhe entregava o solicitado

Nas noites tão frias ia no seu quartoE o cobria tão docementeE verificava se estava doenteE o beijava calidamente

Aquele menino nunca dormiaEnquanto seu pai não chegava em casaComo amava aquele menino Que era franzino como seu pai

Como gostava quando o colocavaNas suas costas para brincar De cavalinho, de pula-pula

Quando eu os via correndo na rua Jogando bola de meia, soltando pipas Eu via no rosto daquele pai A alegria de quem estavaCheio de paz, feliz e contente

Aquele pai, estremado, zelosoNunca o deixava largado, sozinhoA Bíblia em casa ele lia, explicava Na porta sentado com alegriaDe Jesus falava e lhe dizia

Ivone Boechat, colaboradora de OJB

A evolução do mundo acontece com ta-manha velocidade, que os filhos devem

ser preparados, mais do que nunca, para respeitar os seus pais. É muito comum ou-vir um jovem dizer: “Papai não me entende”. O enten-dimento deve ser mútuo. Acorda-se, todo dia, com o absurdo na última moda: no dia seguinte o absurdo de ontem já foi substituído por um absurdo maior.

A compreensão sempre será uma bela característica do “homem-pai”. Ela man-tém o equilíbrio na balança das concessões e ajuda no discernimento do sim e do

não. A compreensão carrega nos braços as dificuldades do choque da convivência, quando os comportamentos se agridem.

O exemplo do pai está cada dia mais importante. De nada vale a severidade, as regras e exigências, se o filho descobre (e sempre descobre) que o seu discurso não corresponde à prática. O pai não é um má-gico que se equilibra nas apa-rências, é um ser autêntico que vive as próprias limitações.

Todo filho gostaria de ter um pai trabalhador, honesto, dedicado à família, e jamais um irresponsável, debocha-do, perdido na noite das in-decisões, infeliz e semeando infelicidade.

O Dia dos Pais deve ser uma ótima oportunidade de

autoavaliação: “Que tipo de pai eu sou? Uso devida-mente a minha autoridade? Confundo autoritarismo com disciplina? Ou tenho sido um ditador, um poderoso chefão, dentro do meu lar?”.

Como é bom ter um pai! Se ele for, é claro, investido das qualidades deste homem todo especial, isto é, se es-tiver em condições de con-tribuir com uma parcela de amor, de exemplo, reconhe-cendo a sua impossibilidade frente a inúmeros desafios. Se o tempo dedicado aos filhos é pequeno, que o amor seja em tempo integral.

Conta-se que a diretora de uma escola realizava uma reunião com a família dos alunos e aproveitou a oportu-nidade para ressaltar a impor-

tância do apoio que os pais devem dar aos filhos. Pediu--lhes, também, que estives-sem presentes o máximo de tempo possível, junto deles.

A diretora ficou muito sur-presa quando um pai se le-vantou e explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo para falar com o filho, nem tempo de vê-lo durante a semana. Quando saía para trabalhar, na ma-drugada, o filho ainda estava dormindo; ao voltar, era mui-to tarde e o garoto não estava mais acordado. Disse que a ausência o deixava angustia-do. Para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria e dava-lhe um beijo na testa, todas as noites. Quan-do o filho acordava e via o

nó, sabia que o pai estivera ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles. A diretora ficou emocionada com essa histó-ria tão singela; mais surpresa ficou, quando descobriu que o filho desse pai era um dos meninos mais dedicados e meigos alunos da escola.

O método educacional adotado pelos pais na edu-cação dos filhos deve ser fundamentado no amor. Os filhos são dádivas de Deus, eles precisam ser educados e amados. A superproteção desequilibra tanto quanto o abandono. Eles podem ser lindos, feios, ricos, pobres: o importante é a orientação e o exemplo dos seus pais. Dis-ciplinar significa organizar a vida! (I Reis 1.6).

Que nossa alma não se salvariaSe não se fizesse a sua vontade

E nEle não se caminharia se não acreditasseQue Ele era o Filho de DeusAs vezes seu pai com ele ralhavaLhe dava palmadas, de leve, eu via

Mas se o fazia é porque o amava E porque também lia na Biblia SagradaLá em provérbios, precisamenteNão o impedindo de dar corretivos, mode-radamente,Num filho querido que muito amasse

Não tinha em casa imagens de gessoDe ferro, de barro, de outras origensPorque adorava a Deus somenteDe forma solene como foi mandado E está registrado em Éxodo 20; 6.1-6 e Deuteronômio 5 e também no 6.1-9

Ele respeitava seu nome santo como está escritoNo versículo 7 do capítulo 5Não consultava mortos pois era profanaçãoObedecia ao que estava determinado em Deuteronômio 18.9-14

Ele sabia que só Jesus era o mediadorEntre Deus e os homens e que fora dEleNão há salvação

Aquele pai o aceitou como Senhor, salvadorNo Dia dos Pais foram batizadosE confirmaram publicamente sua crença em Cristo!

Papai chegou!

Dia dos Pais

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5o jornal batista – domingo, 14/08/16reflexão

Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

Nossas famílias pre-cisam da Graça de Deus e Jesus é a expressão dessa

graça. Quando desfrutamos da Graça do Senhor, nossa vida muda radicalmente; pas-samos a viver para a Glória de Deus e assim buscamos estar no centro de Sua vonta-de. Nossas famílias precisam de Jesus para que possam viver em paz. O próprio Se-nhor Jesus disse assim: “Eis

Doronézio Pedro de Andrade, pastor da Primeira Igreja Batista em Guarapari

A vida é um cons-tante turbilhão de coisas a fazer, en-volvendo todo o

nosso ser em uma roda viva de atitudes, decisões e es-colhas, sem que sejamos, na maior parte do tempo, consultados quanto à capaci-dade, recursos, experiência e conhecimento.

A partir do relacionamento com o nosso mundo interior, estendendo-se para Deus e o outro, tudo o que fazemos implica em darmos respostas aos estímulos e expectativas. Nem sempre temos a noção exata da razão que nos moti-va, visto que a linha divisória

que estou a porta e bato” (Ap 3.20). Sempre usamos esse verso no contexto evangelís-tico, mas esse texto, em seu contexto, está relacionado à Igreja do Senhor. Jesus estava fora da Igreja. Que absurdo! Como pode uma Igreja dei-xar Jesus do lado de fora? Esse mesmo absurdo é visto com as famílias. Deus pla-nejou, formou e constituiu a família a partir do casamento e enviou Jesus para remir nossa vida, a fim de que as famílias fossem alinhadas à vontade de Deus.

entre o amor e a obrigação é tênue, quase imperceptível, fruto, muitas vezes, da au-sência de transparência, pelo receio de nos expôr, bem como pela falta de lucidez, na capacidade de vivermos a essência da vida e a excelên-cia nos relacionamentos. A assertiva das Sagradas Escri-turas é de que o amor edifica e a ciência mata.

Muitos perderam a espon-taneidade ao fazer as coisas, sentindo um enorme peso, vivendo presos a conceitos inadequados de perguntas e respostas prontas, como se a vida fosse uma ciência exata, bloqueando a criati-vidade, deixando de cami-nhar mais além. Agindo pela obrigação, passamos a viver angustiados, sem o brilho

A realidade é que Jesus en-contra-se do lado de fora de muitas famílias e, por isso, muitas estão em frangalhos. É triste, mas a forma como as elas administram o dinheiro e buscam o prazer que o mesmo oferece, revela que Jesus está do lado de fora da família. É triste, mas a forma como nos envolvemos e nos viciamos com os aparelhos tecnológicos em detrimento da ênfase nas relações huma-nas mostra que Jesus está do lado de fora de muitas famí-lias. É preciso ouvir Jesus, o

nos olhos, a paixão na alma e o encanto por uma existên-cia repleta de descobertas, como se estivéssemos an-dando no corredor da mor-te. Tarefas e compromissos envolvidos pelo amor cons-tituem-se num banquete pra-zeroso e inegociável para os apaixonados pela vida, que semelhantes a Jesus Cristo têm prazer em servir sob quaisquer circunstâncias.

A construção de um mun-do melhor, a começar da família, depende da intensi-dade, profundidade, largura e altura do amor que brota da alma. Quem almeja viver de modo a fazer diferença, sendo construtor de pontes entre os corações e facilita-dor do entendimento da vida com seus mistérios, não pode

Bom Pastor, batendo à porta e buscando um espaço para entrar e retirar os valores do diabo e instaurar os valores e princípios do Reino de Deus.

Jesus, insistentemente bate à porta da família, para poder entrar e reinar no seio fami-liar. Jesus deseja reinar e go-vernar nossas famílias. Jesus bate à porta desejoso para entrar e cear com nossas fa-mílias, ou seja, Jesus quer ter comunhão com nossas famí-lias. Jesus está a porta e, por vezes, esse é o local aonde

sentir-se obrigado a nada, pois é impossível transformar um ambiente, tornando-o encantador, se não for através do amor.

Caso o amor não seja a nota determinante das ações, a música que deveria servir para encantar e inspirar se transformará em um canto de lamentos, angústia e desespe-ro. Podemos e devemos fazer tudo de conformidade com nossas forças e de todo cora-ção, glorificando ao Senhor, que nos ama de forma in-condicional, desejando que sejamos felizes neste mundo e na eternidade.

Sempre que estivermos fazendo alguma coisa, te-nhamos a humildade e sa-bedoria de perguntar a nós mesmos: “A motivação é

deixamos o Mestre. Muitas pessoas até ouvem as bati-das, muitas famílias sentem a necessidade, muitas sabem que a presença de Jesus será o melhor remédio, mas não são capazes de abrir a porta. Quando optamos em deixar a porta da nossa família fecha-da para Jesus, padecemos e não gozamos da verdadeira paz e felicidade.

Pare tudo, ouça as batidas na porta. Vá até ela, abra. Deixe Jesus entrar, reinar e transformar e cuidar da sua família!

o amor ou a obrigação?”. Entendamos que da since-ra resposta advinda de um coração contrito e transfor-mado pela mente divina, ex-pressaremos a todos o nosso padrão de vida, perspectivas de futuro, credibilidade das pessoas nas nossas palavras e motivos, intensidade e durabilidade dos relaciona-mentos.

Sejamos conscientes e cautelosos na resposta que concederemos, crendo que o Espírito Santo de Deus já tem nos inquietado há mui-to tempo, desejando que façamos todas as coisas pelo motivo certo, que é o amor, razão única de estarmos vi-vos, pois Jesus Cristo sempre foi motivado a viver e servir pelo amor.

Amor ou obrigação?

Cristo fora da família

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6 o jornal batista – domingo, 14/08/16 reflexão

Raniere Carvalho, 1º secretário da JBB, membro da Primeira Igreja Batista do Guará - DF

Na juventude, as coisas acontecem de forma muito rápida e intensa,

são várias decisões que são tomadas nesta fase da vida. Ainda ecoa na mente a per-gunta: “O que eu vou ser quando crescer?”. A pergun-ta que na infãncia era feita somente pelos mais velhos, agora também é feita pelo próprio jovem (leia-se tam-bém adolescente). Chega a hora dos testes vocacionais,

Genilson Vaz, pastor da Primeira Igreja Batista em Ribeirão Preto - SP

Ao iniciar qualquer diálogo, Sócrates dizia: “Se queres conversar comigo,

define tuas palavras”. Então, para início de reflexão, defi-namos as palavras.

Unidade: “Caráter do que é um, único, daquilo que forma um todo”; “Grandeza tomada como termo de com-paração com grandezas da mesma espécie” ou “Acordo, harmonia entre pessoas”.

Diversidade: “Variedade, pluralidade, diferença”; “É um substantivo feminino que caracteriza tudo que é diverso, que tem multi-plicidade”; “Reunião de

das descobertas de aptidões, das revelações de habilida-des e a sensação do propó-sito da vida.

Neste caminho, muitas dú-vidas e dilemas surgem, e várias vezes nos deparamos com uma galera que ainda não sabe qual rumo tomar na vida. As perguntas são muitas e, na maioria das ve-zes, não sabemos para quem perguntar, ou para quem tem as respostas certas para as minhas perguntas ou, ainda, será que estamos fazendo as perguntas certas?

Então, vem a necessidade de investir na vida dos jo-vens, de ensinar, de cuidar,

tudo aquilo que apresenta múltiplos aspectos e que se diferenciam entre si”.

Uma das mais belas e ricas experiências de ser Batista é exatamente nossa diversida-de, que abre o caminho para nossa unidade. Havia um tempo entre nós, Batistas, e já vai longe, em que todas as Igrejas locais tinham um cer-to “comportamento padrão”: Escola Bíblica Dominical e culto da manhã, culto da noite às 20h, cultos de ora-ção toda quarta-feira; órgão e piano, Cantor Cristão, uniões de treinamento. Isso revela que havia “unidade de com-portamento eclesiástico”.

No entanto, necessaria-mente isso não seria afirmar que entre nós havia unidade de pensamento e teologia. A

de mentorear, de pastorear. Na segunda carta, Paulo escreve para Timóteo: “As palavras que me ouviu di-zer na presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fiéis que sejam ca-pazes de ensinar a outros” (II Tm 2.2). Devemos ajudar essa galera a encontrar um sentido na vida que aponte para Jesus.

Não podemos economizar tempo na formação dos jo-vens; quando um (a) jovem pedir para você um tempo para conversar, priorize isso, quem sabe essa conversa po-derá produzir marcas eternas na vida dessa pessoa. Pau-

unidade ultrapassa os limi-tes do “comportamento do grupo”. A diversidade nos ajuda a pensar, fazer e atuar em diversas frentes, quer na vida missionária da Igreja, quer na sua atuação em favor do próximo, e assim por diante.

Uma figura que talvez de-fina bem nossa unidade e diversidade é a orquestra; que é, ao mesmo tempo, di-versa e una. São variados os seus instrumentos, que nos revelam diversidade, mas na leitura da partitura, liderada pelo maestro, executa com brilho e harmonia a música, demonstrando unidade.

Como anda hoje nossa unidade neste ambiente de diversidade? Não somos mais aquele povo que cele-

lo escreve isso na segunda carta aos coríntios: “Vocês mesmos são a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos. Vocês demonstram que são uma carta de Cristo, resul-tado do nosso ministério, escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de corações humanos” (II Co 3.2-3) Dei-xar marcas importantes e que glorifiquem a Deus na vida dos jovens torna-se um legado eterno.

Ter uma juventude imbuída no propósito de anunciar o Reino de Deus usando todas

bra do mesmo jeito, na mes-ma hora, com os mesmos instrumentos. Mas somos os mesmos que adotam as Es-crituras como única regra de fé e conduta, que crê no sa-cerdócio de todo salvo, que aceita o sacrifício de Jesus Cristo como completo para nossa salvação, e outras coi-sas mais. E são estes postu-lados que nos dão unidade, mesmo sem fazer as mesmas coisas do mesmo jeito.

O ilustre, único e legítimo apóstolo do Novo Testamen-to, Paulo, nos convoca a uma vida de unidade, segundo ele, “De maneira digna da nossa vocação” e, ao mes-mo tempo, nos conclama a andarmos juntos, até porque a vida cristã não pode ser uma caminhada solitária, na

as suas habilidades, talen-tos, dons e vocação é um privilégio, mas também de-manda um investimento que não podemos nos abster. As decisões da vida serão toma-das mais facilmente quando respaldadas por pessoas que investem na vida de outras pessoas, ajudando-as a um dia a caminhar com as pró-prias pernas glorificando a Deus.

Por falar em investir, in-centive o seu líder de juven-tude a participar da nossa conferência para pastores e líderes de juventude. Mais informações www.paixaope-lajuventude.com

experiência de um eremita. Em Efésios 4.1-3, Paulo nos chama a uma vida de rela-cionamento em unidade, o que requer de cada crente a presença do fruto do Espírito em sua vida.

Usando a analogia do corpo humano, Paulo nova-mente nos ensina que forma-mos um só corpo (I Corín-tios 12.12-31), temos um só Espírito que habita em nós e leva-nos à consciência e compreensão de pertencer-mos ao Senhor.

Com certeza, se celebra-mos nossa unidade dentro dos padrões aprendidos na Palavra de Deus, poderemos proclamar nossa fé, nossa prática e nossa conduta, ape-sar de não fazermos as coisas da mesma maneira.

Unidade na Diversidade

5 Razões para investir na Juventude de sua Igreja:

2 - Ela está na fase de decidir sobre vocação

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7o jornal batista – domingo, 14/08/16missões nacionais

Projeto Sertão

Primeira turma de Radical Sertanejo

começa o treinamento

No dia 23 de julho, um culto abençoado mar-cou o início do curso preparatório da primeira turma de Radical Sertanejo, na Igreja Batista Plenitude, em Exu -PE. O grupo, com 10 jovens, começou, já na segunda-feira (25), a acompa-nhar aulas que vão qualificá-los para o trabalho de plantação de Igrejas nesta região do país e a evangelização dos sertanejos. O curso tem dura-ção de três meses. Há milhares de Comunidades Sertanejas no Nordeste do Brasil. São vidas pre-ciosas que ficam distantes dos centros urbanos e passam diversas dificuldades. Você pode dar suporte a esse Projeto. Seja um parceiro da obra missionária através do PAM Brasil. Entre em nos-so site e veja como participar da grande obra que o Senhor está fazendo no sertão brasileiro: www.missoesnacionais.com.br. É Tempo de Avançar, Multiplicando o Amor de Deus!

Projeto Amazônia

Batismos marcam domingo

dos Radicais

A equipe do Projeto Amazônia teve muito o que celebrar no domingo, dia 17 de julho. Este dia ficará marcado para sempre na vida de dois Radicais, Rhuan e Jerson, que levaram ao ba-tismo 16 pessoas da comunidade ribeirinha do Livramento, em Manaus -AM. Com os pastores Donaldo e Alexandre, esses jovens puderam conduzir seus RDs até as águas do batismo e compartilhar com eles esse momento singular na vida de um discípulo. Eles nunca mais serão os mesmos após essa rica experiência em sua formação. É Tempo de Avançar, Multiplicando o Amor de Deus!

Alcance Surdos

Operação Jesus Transforma em

Petrópolis, região serrana do RJ, leva

salvação aos surdos do município

A Operação Jesus Transforma Alcance Surdos em Petrópolis – RJ terminou com um saldo po-sitivo. De 10 a 17 de julho, 20 voluntários capa-citados para evangelização de surdos estiveram nas ruas da cidade da região serrana do Rio de Janeiro, para alcançar essa parcela da população para Cristo. Os números são animadores: 108 surdos foram evangelizados nas ações realizadas; 58 assistiram ao filme “Jesus”; 25 concluíram o estudo bíblico e se converteram a Cristo. É Tempo de Avançar, Multiplicando o Amor de Deus!

Alunos da primeira turma do projeto

Manhã de alegria na comunidade Ribeirinha

Evento gerou bons resultados

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8 o jornal batista – domingo, 14/08/16 notícias do brasil batista

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9o jornal batista – domingo, 14/08/16notícias do brasil batista

PROGRAMAÇÃO

ORADORA OFICIAL: Profa. Peggy Smith Fonseca, RJ

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL: Ksenija Magda – Presidente do Departamento Feminino da Aliança Batista Mundial

CONFIRA ALGUNS DE NOSSOS TEMAS:Capacitação para Jovens Cristãs, Jovens Senhoras e Mensageiras do Rei com as Coordenadoras Nacionais

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER – Profa. Janaina Eler de Carvalho Souza – RJ

COMO LIDAR COM A QUESTÃO HOMOSSEXUALIDADE – Profa. Lucia Cerqueira Coelho De Souza, RJ

TRANSFORME SEUS TALENTOS EM UM NEGÓCIO COM PROPÓSITO – Profa Adriana Silva Valente – SP

QUANDO A EMOÇÃO VIRA LESÃO – Dr. Jorge Miranda – ES

A VERDADEIRA ADORAÇÃO E FLASH MOB – (Oficinas para MR) MM Jilza Feitosa De Araújo, RJ

EU NASCI EM UMA FAMÍLIA DISFUNCIONAL – Profa Janaina Eler de Carvalho Souza – RJ

FINANÇAS NA VIDA DA MULHER CRISTÃ – Pr. Valmir Vieira

COORDENAÇÃO MUSICAL: Jilza Feitosa de Araújo e a equipe de músicos da PIB de Moça Bonita, RJ

INSCRIÇÕES – Direto através do site ou pelo telefone (21) 3031-4756 ou 2570-2848

PROMOÇÃO ESPECIAL Parcelamento em até 10 vezes sem juros no cartão de crédito

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10 o jornal batista – domingo, 14/08/16 notícias do brasil batista

Lidiane Ferreira, jornalista da CBBA

Em sua 93ª edição, a Assembleia Anual da Convenção Batista Baiana foi um gran-

de momento de adoração e louvor a Deus e também de comunhão, capacitação e to-mada de decisões importantes que deverão nortear as ações nos próximos anos.

A Primeira Igreja Batista de Valença-BA está comemorando 125 anos. Para tanto, foi reali-zada uma verdadeira Semana Batista, de 27 de junho a 02 de julho. Foram 595 mensageiros inscritos, representando 257 Igrejas. Nos cultos à noite, o número de presentes chegou a duas mil pessoas.

No dia 27, foi realizado um grande Culto em Ação de Graças pelo aniversário da Igreja. Ex-pastores foram homenageados, além do atu-al pastor, Abimael Ribeiro. O coral da Igreja e a mensagem do orador, pastor Pedro Cha-gas, impactaram os presentes.

Cultos inspirativos A programação das manhãs

contou com mensagens do pastor Carlos Queiroz (For-taleza-CE), que inspiraram os presentes. As participações musicais marcaram a As-sembleia pela alta qualidade estética e por envolver os convencionais em um só coral de adoração ao Senhor.

As noites foram especiais: Abertura (28/06) – com men-sagem do pastor Ivan Luna (Igreja Batista Central de Pari-pe – Salvador-BA); Juventude (29/06) – pastor Anderson Lima (Segunda Igreja Batista de Porto Seguro-BA); Res-ponsabilidade Social (30/06) – pastor Carlos Queiroz; e

Missões (01/07) –missioná-rios da CBBA, gerente de Expansão Missionária, pastor Riedson Filho e secretário Geral, pastor Erivaldo Barros.

Na abertura, que contou com a presença do diretor Executivo da Convenção Ba-tista Brasileira, pastor Sócrates Oliveira, foram recebidas em clima festivo 16 novas Igrejas ao rol cooperativo da CBBA. A Juventude Batista Baiana apresentou seus projetos e eventos. A Associação das Esposas de Pastores Batistas do Estado da Bahia celebrou 50 anos de história na Noite da Responsabilidade Social.

Na Noite de Missões, os missionários fizeram uma apoteose sobre o tema da Campanha, “Bahia para Cris-to: por amor eu anuncio” e a divisa João 3.16. Foram apre-sentados, também, os novos

missionários. E as crianças do Congresso Infantil fizeram uma apresentação durante o culto.

Capacitação e decisões Na 93ª Assembleia, foram

realizados seminários através de parceria com o Envisionar/SEPAL: Visão de futuro e pla-nos para uma Igreja simples, transformadora e multiplica-dora (pastor Josué Campa-nhã); Líderes que frutificam (Sara Macedo), A formação de um discípulo (Juan Nieto) e Revolucione o ministério com crianças (Raquel Campa-nhã e Polliana Ramos). Hou-ve também o 4º Congresso de Educadores, cuja oradora foi a professora Sonilda Sam-paio e o XXI Encontro dos Músicos, cujo orador foi o cantor Will Lopes.

Duas pautas importantes

das reuniões deliberativas foram aprovadas pelos men-sageiros. O novo Regimento Interno agora está adequado ao Estatuto da CBBA refor-mado em 2014. Outro passo importante foi a aprovação do Planejamento Estraté-gico da Convenção Batis-ta Baiana para os próximos dez anos. Foi eleita a nova diretoria da CBBA para o biênio 2016/2018 - Presiden-te: pastor Adelson Augusto Brandão Santa Cruz; 1º vice--presidente: pastor Matheus Guimarães Guerra Gama; 2º vice-presidente: pastor José Roberto Amorim Lima; 3º vi-ce-presidente: pastor Odirlei Lima Carneiro; 1º secretário: pastor Arnaldo Ferreira dos Santos; 2º secretário: pastor Abimael Putumunjum e 3ª secretária: Sueli de Alcantara Mota Sena. Órgãos auxiliares

também elegeram suas novas diretorias.

Homenagens Neste ano, a homenagem

póstuma foi feita ao ministro de música e médico dou-tor Agenor Miranda Neto (in memoriam), representado por um de seus filhos, nora e netos. Já o pastor Valdemir Luiz dos Santos, que marcou a região de Juazeiro-BA através da evangelização e plantação de Igrejas, foi o homenagea-do em vida, sendo represen-tado por sua filha e genro. Também foi homenageado o casal de missionários pastor Manoel e Elzeni Carneiro, por conta da plantação de Igrejas em Chorrochó-BA. Em 2017, a PIB em Itamaraju receberá os Batistas baianos na 94ª Assembleia Anual da CBBA, de 27 de junho a 01 de julho.

CB Baiana realiza 93a Assembleia, elege nova diretoria e lança Planejamento Estratégico

A Igreja Batista Betel em Pavuna - RJ, convida aos senhores para o Concílio da irmã Rosana Canuto Gomes que dar-se-á no dia 27 de agosto de 2016 às 10h, no templo desta Igreja, à Rua Av. Sargento de Milícias, 580, Pavuna-RJ. A consagração será no dia 03 de setembro de 2016 às 19h, estando à mesma sujeita à recomendação do Concílio.

Atenciosamente,Luciano Braga Franco

Pastor Presidente

CONVITE DO CONCÍLIO AO MINISTÉRIO DA MÚSICA DE ROSANA CANUTO GOMES

Convencionais e visitantes durante um dos cultos noturnos da 93ª Assembleia

Diretoria da CBBA eleita para o biênio 2016-2018Mesa da Noite de Abertura com participação do pastor Sócrates de Oliveira

Pastor Erivaldo Barros é Secretário Geral da CBBA

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11o jornal batista – domingo, 14/08/16missões mundiais

José Calixto Patricio, pastor – Missões Mundiais

Há pouco tempo, fa-lava com um ami-go por telefone. Ele queixava-se de

que o seu filho, de 18 anos, tinha se transformado em uma tremenda dor de cabeça para ele e para a sua esposa. O rapaz não queria estudar, não queria trabalhar, estava envolvido com drogas, ami-zades duvidosas, e já não mostrava respeito algum pela autoridade dos pais. O que dizer em uma situação des-sas? Bom, depois de ouvi-lo, decidi dizer-lhe para convi-dar o seu filho para ir a um parque e, em um momento de comunhão, ler esta passa-gem do Pentateuco:

“Quando alguém tiver um filho contumaz e rebelde, que não obedecer à voz do seu pai e à voz da sua mãe, e, castigando-o eles, lhes não der ouvidos, então, seu pai e sua mãe pegarão nele, e o levarão aos anciãos da sua cidade e à porta do seu lugar, e dirão aos anciãos da cidade: Este nosso filho é rebelde e contumaz, não dá ouvidos à nossa voz, é um comilão e beberrão. Então, todos os homens da sua cidade o ape-drejarão com pedras, até que morra; e tirarás o mal do meio de ti, para que todo o Israel o ouça e tema.” (Dt 21.18-21).

Ainda não tive a oportu-nidade de saber como foi o encontro entre pai e fi-lho. Você já imaginou o que aconteceria nos nossos dias com milhares de filhos, se

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

O evento que tem ampliando a vi-são de vocacio-nados sobre a

missão chegou ao Nordeste. Neste sábado, 13 de agosto, foi a vez de João Pessoa - PB receber o “Quem tem medo de ser missionário?”. O local escolhido foi a Igreja Evangé-lica Batista de João Pessoa. A missionária Analzira Nasci-

este conselho de Moisés ao povo de Israel no deserto, fosse colocado em prática hoje? Estou seguro de que a morte por apedrejamento se converteria na primeira causa de morte entre os jovens.

De 1977 a 1994, a minha esposa e eu servimos como missionários na Venezuela. Lembro-me que um dia, um jovem com os seus 30 anos, veio ao meu gabinete para pedir aconselhamento. Ele compartilhou que já tinha se divorciado duas vezes e que a sua atual companheira já ameaçava deixá-lo tam-bém. Ele contou que tudo na sua vida dava errado. Era como se uma maldição o acompanhasse por onde quer que ele fosse. Quando lhe perguntei como era o seu relacionamento com os seus pais, ele começou a chorar e desabafou: “Pastor, eu tenho uma raiz de amargura muito profunda no meu coração contra o meu pai. Quando eu era um miúdo de 7 anos, corri para o meu pai e dei-lhe um beijo e um abraço. Então o meu pai deu-me uma bofe-tada e disse-me que beijinho era coisa de maricas”.

Abri a minha Bíblia e li para ele as palavras do após-tolo Paulo: “Filhos, obede-çam a vossos pais no Senhor, pois isso é justo. Honra a teu pai e a tua mãe – este é o primeiro mandamento com promessa – para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra” (Ef 6.1-3).

Eu o encorajei a encher o seu coração de perdão para o seu pai, a fim de que pu-

mento esteve por lá com sua equipe das 15h às 21h.

Vocacionados de outros estados nordestinos também compareceram e, ao final do evento, a maioria disse ter alcançado o propósito maior que é entender que cada um de nós fazemos parte da mis-são de Deus no mundo.

“Todos temos uma vocação e devemos fazer tudo para a glória de Deus. Esperamos que os jovens tenham real-mente tirado suas dúvidas

desse experimentar a bênção e a paz de Deus na sua vida. Poucos dias depois aquele jo-vem veio participar no culto da nossa Igreja, e disse-me: “Pastor, conversei com o meu pai. Eu pedi-lhe perdão e ele pediu-me perdão. Agora o meu coração está em paz com Deus!”.

No Antigo Testamento, al-guns filhos foram mortos por Deus como consequência de sua desobediência e por-que não souberam honrar os seus pais. Eles são: Nadabe e Abiú, filhos do sacerdote Arão e Hofne e Fineias, filhos do sacerdote Eli (Levítico 10.1 e 2 e I Samuel 2.22-25).

Paulo apresenta três razões porque os filhos devem obe-decer e honrar a seus pais:

- “Porque isto é justo” (Ef 6.1);

“Porque isto é agradável ao Senhor” (Cl 3.20);

“Para que tudo te corra bem e tenhas longa vida so-bre a terra” (Ef 6.3).

Agora uma palavra para os filhos casados. Enquanto você é solteiro e depende dos seus pais, você lhes deve “obediência e honra”. Mas depois de casar e quando já formou a sua própria família, você deve aos seus pais so-mente uma coisa: “Honra”.

Quando eu estudava no Seminário no Rio de Janeiro no ano de 1971, participei numa conferência chamada “Conflitos da Vida”, com um pregador norte-americano chamado Larry Coy. Em uma das mensagens, Deus falou tremendamente ao meu cora-ção porque eu tinha sido um

sobre missão e vocação”, diz Analzira.

Este foi o último “Quem tem medo de ser missioná-rio?” do ano. Somos gratos ao pastor Tomaz Munguba,

filho muito desobediente e rebelde, especialmente com a minha mãe, entre os meus 17 e 18 anos. Preparando-me para o ministério, e na época já com 20 anos, decidi fazer uma viagem de 17 horas de carro desde o Rio de Janeiro até a minha pequena cidade de Itajaí, em Santa Catarina, para pedir perdão a minha mãe. Como aquela experiên-cia abençoou o meu próprio coração e o coração da mi-nha mãe. Como a experiên-cia do perdão é abençoadora no relacionamento pais e filhos, e talvez a única cura para tanto desentendimento e frustração.

Durante os anos em que fui missionário na Venezuela, era um obreiro muito ocupado. Por assumir mais compro-missos do que deveria, era comum estar estressado, e houve um período da minha vida em que me tornei bastan-te agressivo. A minha esposa e os meus filhos eram os que mais sofriam com as conse-quências do meu estresse. Muitos anos se passaram e eu e minha esposa, a missionária Suely, já estávamos na Costa Rica quando a nossa filha, Danielle, com 19 anos, se despedia de casa para ir estu-dar na Ouachita Baptist Uni-versity, em Oklahoma, nos Estados Unidos. Há algumas horas de levá-la ao Aeroporto Internacional em San José, eu convidei-a para ir até ao nosso quarto. Minha filha assentou--se na nossa cama naquela posição de índio. Então eu disse-lhe: Filha, o papai quer pedir para você não levar uma

titular da Igreja, e ao pastor Josué Peixoto, líder de Mis-sões, por receberem Missões Mundiais.

Nos seis eventos já reali-zados, o principal questio-namento do público foi: “Eu sou vocacionado?”. Analzira relata que há muitos que se sentem culpados por não se acharem vocacionados para ser um missionário. Querem saber qual é a sua vocação e o sentido de suas vidas.

Durante o “Quem tem

mala para a universidade. Ela franziu as sobrancelhas e perguntou-me: “Que mala é essa papai?”. Eu lhe respondi: “A mala da amargura e do res-sentimento contra o papai”. E continuei: “Filha, você pode perdoar o papai por todos os gritos e por tudo o que o papai tenha falado com você que magoou o seu coração?”. Minha filha pôs-se de pé na cama e, chorando, saltou para os meus braços e disse-me: “Sim, papai. Eu te perdoo”.

No relacionamento entre cônjuges, pais e filhos, a hu-mildade para pedir perdão é uma atitude incomparável para produzir saúde e recon-ciliação na família. Quantos filhos sonham com o dia em que o seu pai, ou a sua mãe, reconhecendo que co-meteram erros em seus rela-cionamentos, possam com humildade pedir perdão? Mas também posso pensar nos filhos que precisam pedir perdão aos seus pais, como aquele jovem engenheiro venezuelano que, depois de 25 anos, procurou o seu pai para lhe pedir perdão. O apóstolo Paulo exorta os crentes do seu tempo com estas palavras:

“Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também” (Cl 3.13).

Que excelente exortação para todos nós nos tempos modernos. E tanta tristeza, separação e amargura que poderiam ser evitadas.

medo de ser missionário?”. A equipe de Missões Mun-diais apresenta ao público os caminhos a percorrer e critérios para ser um missio-nário da JMM. Também fala sobre os desafios do mundo, mostrando como a JMM está respondendo a eles e o que tem feito nos campos missio-nários.

A Igreja que deseja abrir suas portas ao evento, deve escrever para: [email protected]

O perdão no relacionamento pais e filhos

“Quem tem medo de ser missionário” pela primeira vez no Nordeste

Analzira Nascimento orienta jovens na descoberta da vocação

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12 o jornal batista – domingo, 14/08/16 notícias do brasil batista

Atter Matos, membro da Primeira Igreja Batista do Bairro Ideal - RJ

O 3º Co ng r e s s o da U.M.B . da Primeira Igreja Batista do Bairro

Ideal-RJ foi uma bênção; su-perou todas as expectativas. Corais, conjuntos, organiza-ções, visitantes agnósticos e interdenominacionais nos prestigiaram e participaram deste nosso encontro, que aconteceu nos dias 02 e 03 de junho deste ano.

Tivemos como divisa: “To-das vossas obras sejam feitas e amor” (I Co 16.14). Nestes dois dias de festa presencia-mos e participamos de ban-quetes espirituais em forma de culto: eclético, diferencia-do e animado, onde a tônica se materializou pela oração - que pode em muito em seus

efeitos -, tendo como cenário nosso templo maior.

Chegamos a esta temática porque aqui, em nossa Igreja, os homens são de fé, fortes em coragem e trabalham com o verdadeiro amor ao Evangelho de Cristo. Sendo firmes, constantes e amo-rosos na administração dos nossos respectivos lares, bem como contra as tentações e ventos de doutrinas que nos

cercam, na certeza de que sem o Amor de Deus, de nada serviríamos.

Toda segunda-feira, às 20h30 - dia da nossa reunião -, crescemos em uma escola de pregadores e cantores re-gados a testemunhos vivos. Também, por aqui, jovens recém-casados não se inti-midam ou se acanham em nossas reuniões, porque são sempre bem acolhidos. Rati-

ficando que: genro, sogros, filhos, amigos e irmãos nos torna uma grande família. Algo cultivado e cativado desde nossos Embaixadores do Rei que, por vezes, são convidados a assistirem nos-sas reuniões.

Em uma destas noites, nosso pastor, em suas pala-vras iniciais, fora muito feliz quando comparou os de-partamentos da nossa Igreja com membros de um corpo. Nossas irmãs da M.C.A. - compostas por esposa, filhas e noras -, ficaram como o lado direito deste corpo. E, nós, da U.M.B. ficamos como o seu lado esquerdo, por apoiarmos os projetos de cestas básicas, e quentinhas que ajudam a moradores de rua e comunidades carentes. Nos tornando assim, reflexo do bom momento vivido na Casa do Senhor.

De volta ao nosso Con-gresso, tivemos um culto abençoado e abençoador com justas e respectivas ho-menagens a fundadores e pessoas importantes para fundação, manutenção e continuação deste trabalho. Os pregadores escolhidos e inspirados por Deus falaram ao mais profundo dos nossos corações sobre coragem, fé e amor, somado a louvores que contaram parte da nossa história. Em especial, nos-so conjunto: “Som maior”; dando-nos Deus a oportuni-dade de lhe prestarmos um culto diferenciado. Algo que tocou no coração do Todo Poderoso e fez a diferença em nossa vizinhança, amigos e membresia. E, que dora-vante, venham tantos outros desafios. Porque com Cristo, de certo e por certo, somos muito mais que vencedores!

Primeira Igreja Batista do Bairro Ideal - RJ realiza o 3o Congresso da União de Homens

Udicleine Ramos, coordenadora de Comunicação da Convenção Batista Sergipana

Os Batistas sergipa-nos viveram dias abençoados no período de 15 a

17 de julho, quando aconte-ceu a 66ª Assembleia Anual da Convenção Batista Ser-gipana, na Catedral Batista na cidade de Lagarto – SE. Com o tema ‘Chamados para transformar’, o encontro reu-niu membros e congregados de Igrejas Batistas de todos os cantos do estado, durante três dias, unidos no propósito de discutir projetos, apreciar relatórios, mas, acima de tudo, buscar a presença de Deus e desfrutar de momen-tos preciosos de comunhão.

“A partir de uma transforma-ção pessoal, somos agentes transformadores”, declarou o orador do evento, pastor Antônio Sérgio, que veio de Vitória da Conquista – BA, especialmente para a ocasião.

Além do pastor, outros convi-dados especiais participaram da

programação da Assembleia. Alunos do curso de música do Seminário Teológico Batista Sergipano louvaram ao Senhor com cânticos de adoração. Na semana Batista tivemos o culto “dia D”, realizado pela Juven-tude Batista Sergipana, com a presença do pastor Marcelo Ximenes, da Igreja Batista da Jaqueira, em Recife - PE.

A celebração dos 70 anos da União Feminina no estado contou com a participação da coreografia das crianças da Igreja Batista em Lagarto. Tam-bém foi realizada a Assembleia da OPBB-SE, que teve como oradores os pastores; Boaner-ges Filho (Recife-PE) e Nilton Melo (Aracaju-SE).

A Noite Missionária, reali-zada no dia 16, foi abrilhan-

tada com a participação do coral da equipe que trabalha no projeto embrionário Cris-tolândia Sergipe, formado por voluntários e ex-mora-dores de rua, evangelizados no trabalho missionário e coordenado pelo pastor Da-niel Paz. Fomos impactados também com o testemunho de Rufina Rodrigues, mãe de uma criança que estuda em uma unidade do PEPE onde, através da vida dessa criança, sua família conheceu Jesus e encontrou sentido para o seu viver. Por fim, a inspiração musical de um grupo forma-do especialmente para louvar ao Senhor, com o hino oficial da Campanha de Missões Estaduais 2016 “Chamados para transformar”, canção em

ritmo nordestino e escrita pelo irmão David Queiroz.

Sergipe conta com um novo coordenador de Evangelismo e Missões

A obra missionária em Ser-gipe tem crescido significa-tivamente nos últimos anos, e para avaliar o avanço do trabalho e desafiar os Batistas sergipanos a persistirem na missão que lhes foi confiada, o diretor executivo da Conven-ção Batista Sergipana (CBS), pastor Marivaldo Queiroz, apresentou aos convencionais alguns projetos a fim de que o estado avance ainda mais. Na ocasião, o diretor executivo agradeceu ao pastor Flávio Amorim pelo trabalho desen-volvido no campo e apresen-

tou o novo coordenador de Evangelismo e Missões, pastor Marcos Azevedo, casado com Alessandra Azevedo e pai de Raquel e Emanuel. A família teve participação efetiva na Bahia, onde trabalhou com plantação de Igrejas na cidade de Barra da Estiva e foram mis-sionários de alianças estratégi-cas. Em Pernambuco, o pastor atuou como coordenador de Missões no estado, represen-tante de missões Nacionais em todo Nordeste e também foi coordenador de Missões no estado do Piauí.

Para saber mais sobre nos-sos projetos e campanhas, acesse: www.batistasdeser-gipe.com.br

www.facebook.com/batis-tasdesergipe

Batistas Sergipanos realizam 66a Assembleia Anual com o tema ‘Chamados para transformar’

Coro da Cristolândia Sergipe A programação reuniu batistas de todo o estado de Sergipe

Palavra do novo Coordenador de Missões, Marcos Azevedo

Homens são reconhecidos pelo amor ao Evangelho

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13o jornal batista – domingo, 14/08/16

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14 o jornal batista – domingo, 14/08/16 ponto de vista

“Depois Josafá descansou com seus pais, e foi sepul-tado com eles na cidade de Davi. E seu filho Jeo-rão reinou em seu lugar. Ele tinha trinta e dois anos quando começou a reinar, e reinou oito anos em Jeru-salém. Morreu sem deixar saudades; e o sepultaram na cidade de Davi, mas não nos sepulcros dos reis” (II Cr 21.1-20).

A história desse rei é muito triste. Tão triste que não dei-xou saudades, não

deixou marcas positivas e abençoadoras. Desviou-se dos caminhos de Deus, le-vando o povo para a pros-tituição espiritual, além de ter matado seus irmãos à espada. Morreu com 40 anos e nem foi sepultado no se-pulcro dos reis. À luz des-ta história triste, reflitamos acerca de nossa relevância neste mundo. Que tipo de influência temos exercido em nossos contextos? Será que ao morrermos as pes-

Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

Pastor sem ovelhas? Então é um pastor idoso, jubilado, di-ríamos, aposentado?

Não, trata-se de um pastor em atividade. Explico.

O verdadeiro pastor, vê em sua tarefa uma difícil missão. É uma luta interna. Ela parte do fundo do cora-ção. Nós, pastores, sonha-

soas sentirão a nossa falta, sentirão saudades de nós? Somos pessoas necessárias neste mundo? Estas são per-guntas muito pertinentes, considerando que vivemos num mundo narcisista, ego-ísta, hedonista e consumista. Na verdade, temos vivido em função de nós mesmos, dos nossos cargos e de nos-sos familiares. A vida cristã se resume aos domingos e não temos prazer no tes-temunho do Evangelho de Cristo durante a semana. Não apresentamos o Evan-gelho por palavras e ações, como nos ensinou o Senhor Jesus. Vivemos uma vida religiosa sem paixão, sem brilho e sem relevância.

Deixaremos saudades? Deixaremos porque servi-mos às pessoas, nos preo-cupávamos com elas, fazía-mos o bem por toda a parte, agíamos com liberalidade, solidariedade e generosida-de? Que tipo de influência exercemos na sociedade? Não é verdade que deixa-mos de aproveitar muitas

mos em sermos reconheci-dos pelas ovelhas. Isso nos traz sensação de segurança. Que elas vejam e reconhe-çam nossas qualidades. Essa expectativa nos traz um peso tão grande, que afeta a nós e a nossos familiares. Os membros das Igrejas gostam de mencionar os defeitos do pastor perto de seus familiares.

Qual a solução? Ela tem um preço a pagar. Começa

oportunidades para aben-çoarmos pessoas com nossa profissão, servindo-as em nome de Cristo Jesus?

Ao olharem para nós, as pessoas veem um belíssimo testemunho do Evangelho da graça? Veem em nós pes-soas amorosas que perdoam os que ofendem? Poucos são os que têm prazer em ajudar, dar uma palavra de encorajamento, conversar, aconselhar, motivar, orien-tar, confrontar e servir em nome do Senhor. Se morrês-semos hoje, faríamos falta para as pessoas fora do nos-so ambiente familiar? So-mos realmente necessários na sociedade? Que tipo de impacto temos gerado em nosso contexto? Negativo ou positivo?

O rei Jeorão não é o nosso modelo de líder, de pessoa comprometida com Javé. O Senhor o enfermou e ele morreu. Não deixou sauda-des porque não foi obediente ao Senhor. Viveu uma vida de egoísmo e irresponsabi-lidade. Uma vida execrável.

na primeira bem-aventuran-ça, e continua na segunda. Humildade e mansidão. Não devemos esperar nada esperar dos humanos, mas, sim, de Deus, e entregar todos os nossos direitos nas mãos dEle.

O pastor sem ovelhas não as considera suas ovelhas. Tornar nossas ovelhas mais ovelhas de Cristo do que de nós vai contra o nosso ego. O bom pastor desenvolve

Ele entristeceu profunda-mente o coração do Senhor. Há muitas pessoas como o rei Jeorão. São desobedien-tes, implacáveis em seus atos danosos, insensíveis, carnais e interesseiras, mesmo como membros de Igreja. Pessoas que vivem para si mesmas não deixam saudades. Pesso-as que buscam status, pódio, eminência, confetes, reco-nhecimento, fama não agra-dam a Deus e estão fadadas ao fracasso e ao ostracismo.

Não deixar saudades é não deixar marcas que valem a pena. Não gerar saudades é fruto de uma vida focada nas coisas desta terra e não nas coisas de cima (Colossenses 3.1-2). É viver centrado em si mesmo. Pessoas que prejudi-cam o próximo não deixam saudades. Os que falam mal da vida alheia igualmente não são saudosas, não dei-xam lembranças abençoado-ras. Sabemos que tudo o que o homem semear isto tam-bém ceifará (Gálatas 6.7). A vida é plantar e colher. Ouvir e praticar. Aprender e fazer.

nas ovelhas independência do pastor da terra. Prefere desenvolver nelas a depen-dência do Pastor Celestial. Quanto mais a ovelha ver em Cristo o seu pastor, me-nos dependente ela será do pastor da terra. Esse pastor terreno é um verdadeiro pastor. Quanto mais ele leva suas ovelhas a terem Cristo como seu Pastor, menos precisarão do pastor terreno. Elas cuidarão de si

Quanto mais solidários, me-nos solitários. Quanto mais generosos, mais aumenta a nossa sementeira.

Se nós desejamos agradar a Deus, certamente deixaremos saudades. O que o Pai requer de nós é que cumpramos a missão ordenada por Seu Fi-lho Jesus (Mateus 28.18-20). Para impactar o ambiente em que vivemos, precisamos ter a fé de Abraão, a persistên-cia de Jacó, a mansidão de Moisés, a coragem de Davi, a fidelidade e intrepidez de Elias, a humildade de Jere-mias, a sensibilidade de Isa-ías, o espírito evangelístico de Paulo, a santidade de Es-têvão, a alegria de Silas, a in-trepidez de Apolo, a precisão em relação às Escrituras de Áquila e Priscila, o amor de João, a generosidade de Bar-nabé, a integridade de João Batista e a diaconia amorosa de Jesus, que deu a Sua vida por nós na cruz, ressuscitan-do ao terceiro dia. Deixemos nas pessoas as marcas do Senhor Jesus para a Glória de Deus Pai.

mesmas, e, ainda, das ou-tras ovelhas também.

O mais importante é que, quanto mais ele torna as suas ovelhas, em ovelhas de Cristo, mais ovelhas elas re-produzirão. É aí que ele de-monstra ser um bom pastor.

E, para finalizar, que tipo de pastor Jesus, o Bom Pas-tor, prefere? Sem dúvida, o pastor sem ovelhas, pois já as levou a serem ovelhas de Cristo. Quem se habilita?

Pastor sem ovelhas

Deixaremos saudades?

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15o jornal batista – domingo, 14/08/16ponto de vista

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

A resposta de Jesus desloca o tema da adoração, campo da formal idade,

dos rituais, da intermediação “clerical” dos sacerdotes e, mais ainda, da validação de um lugar especial, para o estado e condição interior da pessoa, do adorador - adorar em espírito e em verdade.

O templo, como lugar da habitação do Sagrado e lugar para a validação do culto, já não tem mais sentido. Jesus diz que “Vem a hora e já chegou”, isto é, a partir de agora, Deus considera que a validação da adoração ocor-re quando o adorador tira as máscaras e adora a Deus sinceramente - em espírito e em verdade – seja, então, onde ele estiver e não ne-cessariamente em um local determinado para isso.

O templo agora, isto é, a habitação do Sagrado, é a pessoa, o templo do Espírito (I Coríntios 6.19), pois Deus não habita mais em templos feitos por mãos humanas (Atos 17.24). Isso tudo é re-sultado do amadurecimento que Deus estava levando o ser humano na compreensão da verdade divina.

Ao unir estes ensinos ao que já dissemos sobre Roma-nos 12.1, temos a indicação de que a adoração tem como ponto de partida a entrega incondicional de nossos cor-pos em sacrifício vivo. Este é o culto racional, isto é, culto escolhido, consciente. Em outras palavras, o culto está

ligado com nossa disposição de renúncia do direito que julgamos ter em nossa vida, não é meramente um ritual, penitência ou sacramento (meio de graça).

Contudo, mais ainda, o culto também está ligado ao estado de piedade que, para Deus, é recepcionada pelo contentamento, pelo senso de alegria e realização (I Timóteo 6.6). Isso indica um ato voluntário, não me-ramente um ato compulsivo e obrigatório, pois ninguém faria algo com contentamen-to sendo compungido ou obrigado a fazer.

A partir destes ensinos bí-blicos e, por hora, deixando de trazer a história do culto cristão com o objetivo de evitar que “contamine” os ensinos puros e simples das Escrituras, podemos levantar algumas indagações sobre a realidade da Igreja, hoje, como comunidade adora-dora.

1) - Culto é igual a serviço? Em inglês, as Igrejas norte--americanas, por exemplo, designam o culto como “ser-vice”, palavra que, em portu-guês, literalmente, pode ser traduzida como “serviço”. Há literatura sobre culto e sobre a doutrina da Igreja (Eclesio-logia) que procura mostrar que o culto deve ser isso mesmo, um serviço e isso tem transformado o domingo – dia de celebração e descan-so – em dia do cansaço – é o dia de servir ao Senhor. Então, além de se manter o

templo como o local legítimo e único da habitação de Deus (ainda chamado como no Sal-mo 27.4 de “Casa de Deus”), é possível ver que o domingo é sacralizado como o dia em que nosso trabalho a Deus é validado, reduzindo-se o viver cristão de sete dias em um só.

Esse assunto do pragma-tismo, que tem reduzido o Cristianismo em atividade, programa, estrutura e even-tos já discutimos, mas vale a pena aqui relembrar. As palavras gregas para culto no Novo Testamento não dão esta ideia de serviço, mas de adoração, de reverência, de reconhecimento da so-berania divina (Proskyneo: cachorro que lambe a mão do dono - de kyo: cão – isto é, reconhecimento de que o “dono é dono”; Latreia: adoração; Leitoygja: liturgia, culto em si). Temos, assim, a introdução da palavra inglesa “service” como uma influ-ência desviante do conceito original do culto.

2) Qual é a parte mais im-portante do culto? Em geral a resposta é “A pregação da Palavra”. Mas a parte mais importante do culto não é o próprio culto, a adoração e o louvor? Aqui surge outra questão consequente: Deus aceitaria nosso culto, ado-ração e louvor se estamos em pecado? O profeta Isaías (59.2) nos ensina que não; é necessário, então, a con-fissão de nossos pecados (I João 1.9). Quantos cultos de

hoje tem algum momento ou oportunidade para a con-fissão pessoal de pecados diante de Deus? Mais ainda, para que haja contrição do coração para o arrependi-mento é necessário que haja a admoestação, que vem pela pregação da Palavra. O cul-to, então, deve ter a palavra “profética” de admoestação para “ferir” nosso coração e abri-lo diante de Deus, para que reconheçamos nossos pecados e para que possamos confessá-los. Assim estare-mos preparados para o culto, a adoração e o louvor.

Infelizmente, os historia-dores, baseados nos estudos primitivos das reuniões das sinagogas, onde a Palavra era ensinada, acabaram por introduzir mais uma “conta-minação” na Teologia Bíbli-ca da Adoração, ao transferir para o culto o ensino da Palavra, não que isso possa ser totalmente incorreto, mas que o foco da pregação no culto é muito mais a admo-estação do que propriamente o ensino.

Aqui você poderia pergun-tar: Então, se para adorar, cultuar e louvar, é necessá-ria a confissão dos nossos pecados, ter a vida limpa e para que isso possa aconte-cer, a pregação da Palavra deveria, então, vir no co-meço do culto? Se levar-mos a sério a compreensão bíblica exposta até aqui, a resposta seria afirmativa e, mais ainda, a pregação da Palavra não seria a parte

mais importante do culto, mas o culto em si, a adora-ção, o louvor seriam a parte mais importante. Vejam que aprofundamento e mudança radical em relação ao que temos praticado. Talvez, a concepção clerical e sacer-dotal atribuída ao pregador, ao pastor, etc., tenha a sua parcela de contribuição para esse “desvio” da Teologia Bíblica da Adoração. Mas, se considerarmos que cada crente tem acesso direto a Deus e que o culto não é um sacramento necessitan-do de alguém “especial”, com poderes e atribuições “especiais”, mas fruto de um coração íntegro (verdadeiros adoradores que adorem a Deus em espírito em ver-dade – João 4), poderemos entender facilmente a reali-dade destes fatos bíblicos.

A Igreja é uma comunida-de adoradora em que cada crente, a partir de sua dedi-cação pessoal, incondicional e diária (Romanos 12.1), desenvolve cultos expres-sivos como resultado de vidas limpas, consagradas, que reconhecem a sobera-nia, o cuidado de Deus e a salvação de Deus. É uma comunidade viva, que in-fluencia o ambiente em que vive, em que cada crente, seu participante, convive, trabalha, estuda, passeia, etc. Já é hora de revisarmos nossa compreensão e prática da Teologia Bíblica da Ado-ração em busca de uma real comunidade adoradora.

Estudos sobre a Igreja (10)A Igreja como comunidade adoradora (parte 2)

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