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Segundo Módulo - Aula 15 - Penas e gozos futuros

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• Por que tem o homem, instintivamente, horror ao nada?

"Porque o nada não existe.“

• Donde nasce, para o homem, o sentimento instintivo da vida futura?

"Já temos dito: antes de encarnar, o Espírito conhecia todas essas coisas e a alma conserva vaga lembrança do que sabe e do que viu no estado espiritual.”

Em todos os tempos, o homem se preocupou com o seu futuro para lá do túmulo e isso é muito natural.

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• Qualquer que seja a importância que ligue à vida presente, não pode ele furtar-se a considerar quanto essa vida é curta e, sobretudo, precária, pois que a cada instante está sujeita a interromper-se, nenhuma certeza lhe sendo permitida acerca do dia seguinte

• Que será dele, após o instante fatal? Questão grave esta, porquanto não se trata de alguns anos apenas, mas da eternidade. Aquele que tem de passar longo tempo, em país estrangeiro, se preocupa com a situação em que lá se achará. Como, então, não nos havia de preocupar a em que nos veremos, deixando este mundo, uma vez que é para sempre?

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• A idéia do nada tem qualquer coisa que repugna à razão. O homem que mais despreocupado seja durante a vida, em chegando o momento supremo, pergunta a si mesmo o que vai ser dele e, sem o querer, espera.

• Crer em Deus, sem admitir a vida futura, fora um contra-senso. O sentimento de uma existência melhor reside no foro íntimo de todos os homens e não é possível que Deus aí o tenha colocado em vão.

• A vida futura implica a conservação da nossa individualidade, após a morte. Com efeito, que nos importaria sobreviver ao corpo, se a nossa essência moral houvesse de perder-se no oceano do infinito? As conseqüências, para nós, seriam as mesmas que se tivéssemos de nos sumir no nada.(edição FEB)

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• A crença na existência de penas e recompensas futuras provém do pressentimento que o espírito traz ao reencarnar. É a voz interior quem lhe diz.

• No momento da morte, cada um pode ser tomado por um sentimento diferente: os céticos, pela dúvida; os culpados, pelo temor e os homens de bem, pela esperança.

• Embora trazendo o sentimento da vida espiritual, alguns homens deixam-se dominar pelo orgulho, que o fazem sentirem-se espíritos fortes. No momento da morte, porém, vem a decepção.

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Comentário de Allan Kardec:

A responsabilidade dos nossos atos é a conseqüência da realidade da vida futura. Dizem-nos a razão e a justiça que, na partilha da felicidade a que todos aspiram, não podem estar confundidos os bons e os maus. Não é possível que Deus queira que uns gozem, sem trabalho, de bens que outros só alcançam com esforço e perseverança.

A idéia que, mediante a sabedoria de Suas leis, Deus nos dá de Sua justiça e de Sua bondade não nos permite acreditar que o justo e o mau estejam na mesma categoria a Seus olhos, nem duvidar de que recebam, algum dia, um a recompensa, o castigo o outro, pelo bem ou pelo mal que tenham feito. Por isso é que o sentimento inato que temos da justiça nos dá a intuição das penas e recompensas futuras.

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• Sendo portador da bondade infinita, Deus, em momento algum, deixa de se ocupar com suas criaturas, por pequeninas que sejam.

• Para recompensar ou punir nossos atos, Deus estabeleceu suas leis, que regem todas as nossas ações. São elas que definem o que é certo e errado e quais as conseqüências pelo seu cumprimento ou violação.

• Comentário de Allan Kardec:

“Todas as nossas ações estão submetidas às leis de Deus. nenhuma há, por mais insignificante que nos pareça, que não possa ser uma violação daquelas leis. Se sofremos conseqüências dessa violação, só nos devemos queixar de nós mesmos, que desse modo nos fazemos os causadores da nossa felicidade, ou da nossa infelicidade futuras.”

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• Esta verdade se torna evidente por meio do apólogo seguinte:

"Um pai deu a seu filho educação e instrução, isto é, os meios de se guiar. Cede-lhe um campo para que o cultive e lhe diz: Aqui estão a regra que deves seguir e todos os instrumentos necessários a tornares fértil este campo e assegurares a tua existência. Dei-te a instrução, para compreenderes esta regra. Se a seguires, teu campo produzirá muito e te proporcionará o repouso na velhice. Se a desprezares, nada produzirá e morrerás de fome. Dito isso, deixa-o proceder livremente.“

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• Não é verdade que esse campo produzirá na razão dos cuidados que forem dispensados à sua cultura e que toda negligência redundará em prejuízo da colheita? Na velhice, portanto, o filho será ditoso, ou desgraçado, conforme haja seguido ou não a regra que seu pai lhe traçou.

• Deus ainda é mais previdente, pois que nos adverte, a cada instante, de que estamos fazendo bem ou mal. Envia-nos os Espíritos para nos inspirarem, porém não os escutamos.

• Há mais esta diferença: Deus faculta sempre ao homem, concedendo-lhe novas existências, recursos para reparar seus erros passados, enquanto ao filho de quem falamos, se empregou mal o seu tempo, nenhum recurso resta.

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• Nada têm de carnal as penas e gozos da alma depois da morte.

• O homem faz uma idéia bastante grosseira da vida futura.

• A felicidade dos bons espíritos consiste em conhecerem todas as coisas.

• A satisfação causada pelas necessidades materiais é apenas um gozo animal, que o homem passa nos estágios mais grosseiros de sua evolução.

• Os puros não vivem uma vida de contemplação; dão emprego útil à inteligência que aprenderam.

• Os espíritos inferiores desejam todos os gozos, sem poder obtê-los, ai está sua tortura.

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• Da parte dos Espíritos bons, é sempre boa a influencia que exercem sobre os outros. os perversos entretanto procuram desviar da senda do bem e do arrependimento aqueles que lhes parecem suscetíveis de se deixarem influenciar e que são muitas vezes os que eles mesmos arrastaram ao mal durante a vida terrestre.

• A morte não nos livra das tentações, entretanto a ação dos maus espíritos é sempre menor sobre os outros Espíritos do que sobre os homens, porque lhes falta o auxílio das paixões materiais.

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• Há a considerar um outro lado da questão: é que se as paixões não existem materialmente, no Espírito, existem em pensamento. Os maus dão pasto a esses pensamentos. O avarento vê o ouro que não pode possuir, o devasso orgias em que não pode tomar parte; o orgulhoso, honras que lhe causam inveja, Existem Espíritos atrasados que dão visão aos seus maus pensamentos conduzindo suas vitimas aos lugares onde se lhes ofereça o espetáculo das paixões que querem neles excitar.

• Não há descrição possível dos sofrimentos maiores a que os Espíritos maus se vêem sujeitos, como punição por certos crimes. Mesmo os que sofrem teriam dificuldade em nos dar uma idéia. Todavia, a crença na existência de um "fogo eterno" não passa de uma imagem criada para servir de freio às paixões humanas, que por sinal não deu resultado algum, mesmo entre os que a ensinaram.

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• Os Espíritos inferiores compreendem a felicidade do justo?

• R: Sim, e é isso o que os tortura, pois compreendem que estão privados dela por sua própria culpa. É por isso que o Espírito liberto da matéria aspira a uma nova existência corpórea, pois cada existência poderá abreviar , se for bem empregada, a duração desse suplício. É então que ele escolhe as provas que poderão expiar suas culpas. Porque, ficai sabendo, o Espírito sofre por todo o mal que fez ou do qual foi causador involuntário, por todo o bem que, tendo podido fazer, não o fez, e por todo o mal que resultar do bem que deixou de fazer. O Espírito errante não está mais envolvido pelo véu da matéria: é como se tivesse saído de um nevoeiro e vê o que o distancia da felicidade; então sofre ainda mais, porque compreende quanto é culpado. Para ele não existe mais a ilusão: vê a realidade das coisas.

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• O espírito, na erraticidade, abrange na sua visão, de um lado, todas as suas existências passadas, e do outro o futuro prometido, compreendendo o que lhe falta para atingi-lo. Como um viajante que chegou ao cume de uma montanha, vê a rota percorrida e o que falta para chegar ao seu destino.

• Ver os Espíritos que sofrem não é para os bons uma causa de aflição , e nesse caso em que se transforma a sua felicidade assim perturbada?

R: Isso não é uma aflição, pois eles sabem que o mal terá um fim e ajudam os outros no seu aperfeiçoamento, estendendo-lhes a mão: essa é a sua ocupação e um gozo quando obtém êxito.

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• Concebe-se isso da parte dos Espíritos estranhos ou indiferentes, mas a visão das dores e dos sofrimentos dos que lhe foram caros na Terra não lhes perturba a felicidade?

R: Se eles não vissem esses sofrimentos, vos seriam estranhos após a morte. Ora, a religião vos diz que as almas vos vêem mas consideram as vossas aflições de outro ponto de vista, pois sabem que os vossos sofrimentos são úteis para o vosso adiantamento, desde que os suporteis com resignação. Eles se afligem mais com a falta de coragem que vos atrasa do que com os sofrimentos que sabem ser passageiros.

• Os Espíritos não podem ocultar-se reciprocamente os pensamentos e todos os atos da vida sendo conhecidos, segue-se que o culpado está sempre na presença da vítima?

R: Isso não pode ser de outra maneira, diz o bom senso.

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• Essa revelação de todos os atos repreensíveis e a presença constante das vítimas serão um castigo para o culpado?

R: Maior do que se pensa, mas somente até que ele tenha expiado as suas culpas, seja como Espírito, seja como homem em novas existências corpóreas.

Quando estivermos no mundo dos Espíritos, todo o nosso passado estando descoberto, o bem e o mal que tivermos feito serão igualmente conhecidos. Em vão aquele que fez o mal tentará escapar à visão de suas vítimas: sua presença inevitável será para ele um castigo e um remorso incessante, até que tenha expiado os seus erros. O homem de bem, pelo contrário, só encontrará por toda parte olhares amigos e benevolentes.

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Para o mau, não há maior tormento na Terra que a presença de suas vítimas. É por isso que ele sempre as evita. Que será dele quando, dissipada a ilusão das paixões, compreender o mal que praticou, vendo os seus atos mais secretos revelados, sua hipocrisia desmascarada, e sem poder subtrair-se à sua vista? Enquanto a alma do homem perverso é presa da vergonha, do pesar e do remorso, a do justo goza de perfeita serenidade. (Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, tradução de J. Herculano Pires, editora LAKE)

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• Para a alma já purificada, a lembrança das faltas que, quando imperfeita, tenha cometido não lhe turba a felicidade, porque as resgatou e saiu vitoriosa das provas a que se submeteu para esse fim.

• Para a alma ainda maculada, as provas por que ainda tenha de passar para acabar a sua purificação lhe causa penosa apreensão. Para aquela que já se elevou, porém, as provas que ainda haja de sofrer nada tem de penoso.

Comentário de Allan Kardec: “Goza da felicidade a alma que chegou a um certo

grau de pureza. Domina-a um sentimento de grata satisfação. Sente-se feliz por tudo o que vê, por tudo o que a cerca. Levanta-se-lhe o véu que encobria os mistérios e as maravilhas da Criação e as perfeições divinas em todo o esplendor lhe aparecem.”

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• Os espíritos entre os quais há recíproca simpatia para o bem encontram na sua união um motivo de gozo. Formam famílias pela identidade de sentimentos, consistindo nisto a felicidade espiritual, do mesmo modo que, na Terra, os espíritos em evolução se grupam em categorias afins.

• Comentário de Allan Kardec:

Das primícias dessa felicidade goza o homem na Terra, quando se lhe deparam almas com as quais pode confundir-se numa união pura e santa. Em uma vida mais purificada, inefável e ilimitado será esse gozo, pois aí ele só encontrará almas simpáticas, que o egoísmo não tornará frias. Porque, em a Natureza, tudo é amor: o egoísmo é que o mata.

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• Dentre os homens, pode ser grande a diferença sobre o modo de encarar a morte. São esses sentimentos em relação à morte que influem no estado do espírito. Naquele que deseja a morte unicamente porque a vê como termo de suas tribulações, há uma espécie de queixa contra a Providência e contra as provas que lhe cumpre suportar.

• Só o bem assegura a sorte futura, qualquer que seja o caminho que a ele conduza. Não apenas aos que professam o Espiritismo está assegurada a sorte na vida futura, pois, se assim fosse, esta estaria sendo negada aos que não crêem ou aos que não tiveram ensejo de esclarecer-se.

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• Comentário de Allan Kardec:

A crença no Espiritismo ajuda o homem a se melhorar, firmando-lhe as idéias sobre certos pontos do futuro. Apressa o adiantamento dos indivíduos e das massas, porque faculta nos inteiremos do que seremos um dia. É um ponto de apoio, uma luz que nos guia. O Espiritismo ensina o homem a suportar as provas com paciência e resignação; afasta-o dos atos que possam retardar-lhe a felicidade, mas ninguém diz que, sem ele, não possa ela ser conseguida.

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• Só o corpo sofre materialmente, mesmo quando o espírito está encarnado. Os sofrimentos, são tribulações, para a alma.

• Não é verdade que depois do desencarne o espírito pare de sofrer. Todos os espíritos estão isentos das dores físicas mas estão sujeitos as dores morais.

• As vicissitudes da vida representam o "acerto" do Espírito com as leis de Deus.

• A medida que vão se depurando, os Espíritos passam a reencarnar em mundos cada vez mais perfeitos.

• Nos mundos mais evoluídos, os Espíritos vivem em paz; porque praticam a Lei de justiça, amor e caridade.

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• Mesmo tendo progredido em sua ultima encarnação, o Espirito pode reencarnar ainda no mesmo mundo para completar uma missao.

• Todos aqueles que não praticam o mal, mas também não procuram se melhorar ficando estacionários, deverão recomeçar sua experiência reencarnatória em outra vida nas mesmas condições para que possa passar pelo processo de reparação.

• A única maneira do Espírito adquirir conhecimento é através das atividades de estudo e trabalho no bem. Aquele que se deixa tomar pela preguiça não avança.Quando através do nosso temperamento trazemos sofrimento para outras pessoas estamos nos comprometendo a no futuro termos que reparar esse sofrimento passando pelas mesmas penas.

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Livros dos Espíritos.

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