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SEGURANÇA NO AMBIENTE DE TRABALHO:
ESTUDO COMPARATIVO NAS CERÂMICAS DA REGIÃO LESTE DE
RONDÔNIA1
Sirlei Soares dos Santos2
RESUMO: Esta pesquisa científica tem por objetivo analisar a implantação da segurança do trabalho em cerâmicas. Trata-se de um estudo desenvolvido nas cerâmicas da região leste de Rondônia, localizadas nos municípios de Pimenta Bueno, Cacoal, Vilhena e Ji-Paraná. O estudo é de caráter exploratório e descritivo com abordagem quantitativa, utilizando-se do método de raciocínio dedutivo. Nas técnicas de coletas de dados utilizou-se: pesquisa bibliográfica, questionários, entrevistas e protocolo de observação não participante. Os participantes da pesquisa foram 10 funcionários do setor da produção de cada cerâmica e os respectivos proprietários ou gerentes, totalizando 66 pesquisados. Foi realizado um estudo sobre o risco de acidentes no setor cerâmico; as condições do ambiente de trabalho, as principais causas dos acidentes de trabalho nas cerâmicas e a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI). Os resultados demonstram que as condições do ambiente de trabalho das cerâmicas pesquisadas se diferem principalmente quanto aos aspectos de iluminação e ventilação. O ritmo de trabalho acelerado e a falta de atenção dos próprios trabalhadores são os principais fatores que podem causar acidentes. Os Equipamentos de Proteção Individual mais comuns nas cerâmicas são os protetores auriculares, as luvas, as botinas e os capacetes. O índice de funcionários que deixam de usar os equipamentos é alarmante em uma cerâmica de Pimenta Bueno e uma de Ji-paraná, cerca de 70% dos funcionários destas cerâmicas não utilizam os equipamentos porque causam desconforto e atrapalham a função. Os EPIs são disponibilizados gratuitamente pelas empresas e substituídos imediatamente quando já estão gastos ou defeituosos. PALAVRAS-CHAVE: Segurança do Trabalho; Uso de EPI; Cerâmicas Região Leste. INTRODUÇÃO
A evolução tecnológica nos meios de produção em massa ocasionou um
aumento na produção de produtos e serviços, para ter uma produção em larga
escala, as indústrias passaram a exigir fatores como eficácia e agilidade dos seus
empregados. Este ritmo acelerado acarretou uma série de consequências para a
empresa e para o empregado, dentre estas, pode-se citar os acidentes relacionados
1 Artigo apresentado ao Departamento de Administração da Fundação Universidade Federal de Rondônia Campus de Cacoal, sob a orientação do Prof. Me Ademir Luiz Vidigal Filho 2 Acadêmica graduando em Administração pela Fundação Universidade Federal de Rondônia – Campus Cacoal. E-mail [email protected]
ao trabalho, que por sua vez, geram custos excedentes para a empresa.
A realidade brasileira apresenta um número elevado de acidentes no
trabalho, os impactos dos mesmos requerem prevenção, pois os danos causados ao
trabalhador trazem prejuízos à empresa e custos resultantes para a sociedade.
Primar pela segurança exige uma gestão voltada para a competência administrativa,
para um planejamento estratégico voltado para a proteção, capaz de diminuir riscos
e incidir em resultados positivos para a qualidade de vida dos funcionários, os
empresários e a sociedade.
As indústrias por utilizarem atividade humana na produção dos seus bens e
serviços devem se atentar quanto ao ambiente de trabalho e condições de
segurança de seus empregados. Segundo O Ministério da Previdência Social –
MPAS (BRASIL, 2013) em 2011 foram registrados 711.164 acidentes e doenças de
trabalho. Esta frequência ressalta a necessidade da conscientização dos
trabalhadores e comprometimento da organização quanto à segurança do trabalho.
O presente Artigo versa sobre a segurança no trabalho situado no setor
cerâmico, segundo a Associação Nacional da Indústria Cerâmica (ANICER) o
segmento representa 4,8% da indústria da Construção Civil, já soma mais de 6 mil
empresas em todo o país e é responsável pela geração de mais de 1 milhão de
empregos entre diretos e indiretos, (ANICER, 2011).
A indústria cerâmica utiliza atividade humana em seu processo de produção,
por isso busca-se analisar qual a realidade dos trabalhadores no desempenho de
suas funções e apontar a melhor forma de proteção ao empregado em face dos
riscos do trabalho e de diminuição dos índices de acidente do trabalho. Diante do
exposto realizado um estudo de campo junto às empresas do ramo de cerâmicas da
Zona Leste do estado de Rondônia.
Na realização de um trabalho sério e consistente frente ao tema proposto, o
presente Artigo se compôs de um organograma estrutural onde ficou definida a
problemática a ser abordada de acordo com as normas da ABNT. Utilizou-se em sua
execução métodos como pesquisa documental, levantamento bibliográfico, visitas
7
para conhecimento da realidade através da técnica de observação não participante,
além de questionários e entrevistas.
O objetivo geral da pesquisa é verificar o risco de acidentes no setor
cerâmico, para isso foram traçados três objetivos específicos; detectar as condições
do ambiente de trabalho, determinar as principais causas dos acidentes de trabalho
nas cerâmicas e verificar a utilização dos equipamentos de segurança (se estes
forem fornecidos). Desta forma, a presente pesquisa buscou conhecer como as
cerâmicas da região leste do estado de Rondônia estão se adequando as exigências
de segurança do trabalho para o segmento.
O ambiente de produção das cerâmicas vermelhas carece de melhorias nos
métodos produtivos e implantação de tecnologia de maquinários. A condição em que
se produzem os materiais cerâmicos e os riscos de acidentes foram alvos desse
estudo, por se tratar de assunto indispensável para qualquer indústria que utiliza
mão de obra no processo produtivo. Negligência nas técnicas e métodos de
segurança é uma falha que pode acarretar indenizações e prejuízos financeiros.
O estudo da segurança no ambiente de trabalho das cerâmicas tem grande
valia principalmente para os empresários do segmento, pois os resultados
proporcionarão conhecimento às empresas com relação às percepções e métodos
que podem ser empregados e outros que precisam ser melhorados. A realização da
presente pesquisa, poderá ainda contribuir com futuros estudos sobre o tema.
1 REFERENCIAL TEÓRICO
1.1 ACIDENTES DE TRABALHO
Acidentes são fatos não esperados, muitas vezes desastrosos, que podem
causar danos pessoais ou danos materiais, conforme conceitua Ferreira (1993, p.
11). Porém, existem aqueles riscos que são previsíveis e possibilita seguir métodos
para evitar, visto que quando se trata de acidente no trabalho a empresa é
responsável pela adoção de medidas cabíveis, seguindo as normas de segurança,
tendo também como obrigação informar sobre os ricos das operações.
A Lei nº. 8213/91, artigo 19 da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT
(BRASIL, 2013), estabelece que acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo
desempenho de determinada função a serviço da empresa, e que pelo exercício do
trabalho, o acidente provoque lesão corporal, perturbação funcional ou doença, que
cause a morte, perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o
trabalho.
Os dados do Ministério da Previdência Social – MPAS (BRASIL, 2013)
apontam que em 2011 foram registrados 711.164 acidentes e doenças de trabalho,
número este alarmante mesmo se tratando apenas de trabalhadores assegurados
pela Previdência Social, ou seja, os dados não incluem trabalhadores autônomos e
empregadas domésticas. Entre esses registros contabilizou-se que parte destes
acidentes e doenças teve como consequência o afastamento das atividades de
611.576 trabalhadores devido à incapacidade temporária e 14.811 trabalhadores por
incapacidade permanente, e ainda o óbito de 2.884 cidadãos.
1.2 RISCOS E CAUSAS DOS ACIDENTES NO AMBIENTE DE TRABALHO
São diversos os riscos que expõem os trabalhadores nas indústrias de
cerâmicas vermelhas. De acordo com Paladino (2013), auditor fiscal da delegacia
regional do trabalho no Rio de Janeiro, os principais riscos relacionados às
atividades ceramistas encontram-se no setor de matéria prima, no setor de
maromba, setor de secagem e fornos e setor de expedição.
No setor de matéria prima e maromba existe o risco relacionado a ruídos,
caracterizado como risco físico, que segundo o autor Ferreira (1993, p. 615) significa
sons prolongados, barulhos indesejados com intensidade frequente, que pode não
haver consequências imediatas, mas ao longo do tempo causa perda auditiva. As
autoras Fernandes e Marota (2002, p. 706) afirmam que a Perda Auditiva Induzida
por ruídos - PAIR “são decorrentes de exposição ocupacional sistemática a níveis de
pressão sonora elevados”, não somente os ruídos causam perda auditiva nos
trabalhadores, outros fatores também influenciam como exemplo exposição a
temperaturas extremas.
9
Ainda no setor de matéria prima e maromba os trabalhadores do setor de
cerâmica vermelha também estão expostos à poeira, caracterizada como risco
químico. Segundo Santos (2001, p. 23) as partículas presentes no ambiente de
trabalho prejudicam o sistema respiratório, que em curto prazo causa irritações no
nariz e garganta e em longo prazo tornam difíceis de tratar, por exemplo, doenças
graves tais como pneumuconiose e câncer.
Há riscos relacionados a problemas ergonômicos, visto que ergonomia é a
ciência que estuda o método e condições de trabalho em função das relações entre
o homem e a máquina. Ferreira (1993, p. 277) afirma que problemas ergonômicos
são causados por esforço excessivo, movimentação de material, ambiente de
trabalho, arranjo físico de estações de trabalho, demandas do trabalho e fatores tais
como repetição, vibração, força e postura estática, relacionada com lesões
musculoesqueléticas, esses tipos de lesões são físicas.
Assim, os acidentes devem ser observados sob uma visão humana, pois, em
muitos casos os acidentes no trabalho são graves, podendo causar invalidez,
problemas psicológicos ou até mesmo serem fatais. Avaliar e considerar as falhas
humanas são muito importantes para administrar eficazmente a relação entre
trabalhador e a segurança no trabalho.
1.3 PREVENÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO Ambas as partes, empregador e empregado, precisam entender que a
prevenção de acidentes é a melhor solução. O trabalhador deverá entender que
trata-se de sua própria segurança, que em caso de acidente ele é o maior
prejudicado, pois dependendo da gravidade ficará sequelas para toda vida, devendo
submeter-se a cirurgias corretivas, tratamentos, fisioterapias, etc. O empregador
ficará sujeito a arcar com indenizações e punições variadas dependendo da
gravidade.
Segundo Binder (2003) os acidentes de trabalho podem ser prevenidos de
duas formas: neutralizando ou eliminando os fatores capazes de desencadeá-los.
Para evitar a os acidentes, as empresas adotam programas de prevenção de
acidentes que visam eliminar as condições inseguras e reduzir os atos inseguros.
A redução dos acidentes é um dos mais fortes desafios à inteligência do
homem, pois, apesar da aplicação de grandes somas de recursos no trabalho de
prevenção, os acidentes continuam ocorrendo (CARDELLA, 2010). Portanto, as
medidas preventivas aos acidentes de trabalho devem ser aplicadas de maneira
contínua para evitar a sua ocorrência.
Cabe também à organização oferecer condições favoráveis, orientando,
conscientizando sobre a importância da segurança no trabalho por meio da
realização da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT),
disponibilizando palestras relacionadas à segurança e a higiene e também como os
trabalhadores podem aplicar a segurança em todos os ambientes e não somente no
trabalho.
1.3.1 Equipamentos de Proteção
A melhor maneira de minimizar os custos de uma indústria é investir em
segurança do trabalho, pois, acidentes podem trazer inúmeros prejuízos à empresa,
gerando encargos com advogados, perdas de tempo, de materiais e de produção e
principalmente a perda da motivação do funcionário (PEDROTTI, 2006).
A empresa deve estar atenta à implantação de trabalho de prevenção e
orientação, atribuir o devido valor a um sistema de palestras e treinamentos. É
importante o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e Equipamento
de Proteção Coletiva (EPC’s) para minimizar os acidentes e as lesões em função
destes.
1.4 CONCEITO DE SEGURANÇA NO TRABALHO
Ao ser analisada a palavra segurança pode-se perceber sua estreita ligação
com proteção. Buscar formas de proteção para os funcionários é se voltar para uma
gestão que priorize a segurança. Segundo Ribeiro (1999) a segurança no trabalho
11
pode ser implantada quer seja pela instrução ou pelo convencimento das pessoas, o
autor a conceitua como um conjunto de metodologias para prevenção de acidentes.
Desta forma, devem-se conhecer os ambientes que possam oferecer riscos
dentro de uma empresa e também inserir os melhores métodos para garantir que
estes riscos sejam minimizados para que os trabalhadores exerçam suas atividades
de uma maneira mais eficaz, sem que sua saúde e qualidade de vida sejam
afetadas. Chiavenato (1998, p. 362) define segurança do trabalho como:
O conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas utilizadas para prevenir acidentes, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer instruindo ou convencendo as pessoas sobre a implantação de práticas preventivas. Chiavenato (1998, p. 362)
A segurança no trabalho está ligada inteiramente à administração de riscos
ocupacionais. A preocupação em incrementar a segurança do trabalho nas
empresas se justifica porque os danos decorridos dos acidentes podem muitas
vezes tornar o trabalhador incapacitado (perda de membros), causando sofrimentos
às pessoas, problemas sociais, bem como perdas econômicas e em muitos outros
casos podem ocorrer à morte.
Galafassi (1999) ressalta que algumas técnicas podem ser empregadas para
conciliarem o processo educativo dos trabalhadores quanto os aspectos
relacionados à saúde e segurança no trabalho. Assim, estas técnicas podem ser
estabelecidas conforme o quadro 01:
Quadro 01: Técnicas Educativas de Segurança no Trabalho Técnicas empregadas Objetivos esperados
Orientação individual: Estabelecer um contato direto entre o profissional da saúde com o trabalhador, no sentido de criar soluções adequadas para os problemas.
Palestras/reuniões/
discussões:
Tem o intuito de informar sobre temas importantes no quais estes possam estar inseridos.
Exibição de áudios: Técnica bastante eficaz que permite a visualização rápida e também a memorização da informação.
Folhetos: Informar os trabalhadores para sobre os cuidados básicos em relação a saúde e segurança
Cartazes: Devem ser utilizados em locais onde haja grande circulação de pessoas com finalidade de informar e salientar sobre a necessidade de adoção de ações preventivas
Fonte: Adaptado de Galafassi (1999, p. 42).
E é neste sentido, que a segurança do trabalho é de vital importância para
uma empresa, pois além de haver um comprometimento com a saúde e o bem estar
de seus colaboradores, evita gastos econômicos e agrega valor à organização. Na
visão de Cardella (2010) a função segurança é definida como um conjunto de ações
que possam reduzir danos e perdas provocados por agentes agressivos
O cliente externo exige o quesito qualidade, seja esta adquirida em produtos
ou serviços, enquanto que, o cliente interno da cadeia produtiva, ou seja, os
funcionários devem exigir segurança, condições favoráveis para ajudar o
desenvolvimento da empresa através de suas atividades desempenhadas. Neste
contexto Cardella (2010, p. 35) complementa:
As organizações têm quatro clientes: o consumidor, o componente, a sociedade e o patrocinador. [...]. Essas funções devem, portanto, ser tratadas com igual nível de importância. [...]. A produtividade proporciona salários aos componentes (empregados), lucros ao patrocinador (acionista), benefícios sociais à comunidade e recursos para desenvolver a organização. A qualidade dos produtos conquista consumidores e, consequentemente, gera recursos. Segurança evita danos a pessoas, meio ambiente e patrimônio, e aumentam a produtividade. (Cardella 2010, p. 35)
Desta forma, a segurança no trabalho deve ser levada a sério, e deve ser
destinada principalmente para garantir a segurança e condições favoráveis para que
os trabalhadores possam exercer suas atividades. Os empregados são clientes da
organização, sua importância no processo de lucratividade é fundamental.
1.5 SEGURANÇA NO TRABALHO E A LEGISLAÇÃO
Embora, o segmento das indústrias tenha avançado ao longo dos anos, o
sistema de prevenção de acidentes evoluiu em rimo diferenciado, um cenário
desfavorável para a classe dos trabalhadores e com consequências acentuadas no
financeiro da organização. Para Pacheco Júnior et. al. (2000, p.28):
As normas legais visam atender aos requisitos técnicos mínimos, nem sempre suficientes para tratar da questão de segurança e saúde ocupacional, existe a premissa de que a segurança e medicina do trabalho é apenas um peso legal que as empresas e os órgãos governamentais devem arcar, nem sempre contribuindo para os processos organizacionais e muito menos para com a sociedade. (Pacheco Júnior et. al. 2000, p.28)
13
O desafio da segurança do trabalho é garantir que os avanços na área da
produção em massa saiam do papel e sejam implementados, empregando no
processo de conscientização, metodologias eficazes distintas que melhorem as
condições do ambiente de trabalho e garantam segurança ao trabalhador e à
organização ao qual está inserido. No Brasil a proteção legal do trabalhador contra
doenças e acidentes de trabalho vem se desenvolvendo, a primeira Lei surgiu em
1919 com o Decreto legislativo nº. 3.724 de 15 de janeiro, que neste caso exigia
reparação apenas em caso de moléstia, a partir deste surgem novas leis e
alterações.
O ano de 1943 foi um marco para o direito à integridade do trabalhador, pois
foi o ano em que ocorreu a regulamentação do capítulo que trata da Segurança e
Medicina do Trabalho no Brasil, Consolidado nas Leis do Trabalho (CLT), as quais
foram alteradas em 1977, já em 1978 ocorre mais um avanço com a publicação da
Portaria n. 3.214, que aprova as Normas Regulamentadoras – NR (REIS, 2007).
Para a análise dos conceitos abordados neste trabalho, algumas normas devem ser
tomadas como base, para gerar um entendimento objetivo a respeito do assunto.
1.6 NORMAS DAS INDÚSTRIAS DE CERÂMICA VERMELHA
Existem 31 (trinta e uma) normas regulamentadoras relacionadas à
segurança e saúde do trabalhador – SST, estabelecidas na lei 6 514 de 22 de
dezembro de 1977, conforme Paladino (2013), listadas no Quadro 02:
Quadro 02: Normas Regulamentadoras Relacionado à SST NR1 – Disposições Gerais NR2 – Inspeção Prévia NR3 – Embargo e Interdição NR4 – SESMT NR5 – CIPA NR6 – EPI NR7 – PCMSO NR8 – Edificações NR9 – PPRA NR10 – Instalações Elétricas NR11 – Movimentação e Transporte NR12 – Máquinas e Equipamentos NR13 – Caldeiras e Vasos de Pressão NR14 – Fornos NR15 – Atividades e Operações Insalubres NR16 – Atividades e Operações Perigosas NR17 – Ergonomia
NR18 – Construção Civil NR19 – Explosivos NR20 – Substâncias Inflamáveis NR21- Atividades a céu aberto NR22 – Atividades subterrâneas NR23 – Proteção contra incêndio NR24 – Condições de Higiene e Conforto NR25 – Resíduos Industriais NR26 – Sinalização NR27 – Técnico de Segurança do Trabalho NR28 – Penalidades Nr29 – Operações Portuárias NR30 – Atividades Marítimas NR31 – Atividade Rural
Fonte: Adaptado de Paladino (2013)
As normas destacadas no quadro 05 são as que regulamentam os principais
riscos na área de segurança e saúde do trabalhador em cerâmica vermelha, estão
relacionadas aos riscos quanto a ruídos, poeiras, operação de equipamentos
motorizados, eletricidade, máquinas e equipamentos, edificações e ergonomia entre
outros. Para melhor esclarecimento serão relacionadas a seguir as NRs aplicáveis a
este estudo:
NR 05: CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes)
NR 06: EPI (Equipamento de Proteção individual)
NR12: Segurança em máquinas e equipamentos
A NR-5 (Norma Regulamentadora) trata da Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes de Trabalho, a CIPA, que é constituída em empresas que possuam
acima de 20 empregados, com representantes do empregador e dos empregados.
(MARTINS, 2005). A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) tem como
objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, tendo de
acordo com a norma que a regulamenta, algumas das atribuições são descritas no
Quadro 03:
Quadro 03: Atribuições da CIPA
Atribuições da CIPA
Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos;
Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho; Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;
Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando à identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;
Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;
Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho;
Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT.
Fonte: Adaptado de Martins (2005).
15
Cabe à CIPA atuar de forma contínua para a melhoria das condições de
trabalho dos colaboradores de uma determinada empresa, acreditando que suas
condições ambientais podem ser modificadas positivamente e incentivando a todos
a lutar por essa melhoria. Para isso, busca parceria com os demais departamentos,
bem como, assessoria de serviços especializados em segurança e medicina do
trabalho, norteando assim, um planejamento estratégico que contemple ações de
prevenção de acidentes.
A NR-06 trata dos equipamentos de proteção. Para Costa (2007, p.42) os
equipamentos de proteção podem ser divididos em Equipamentos de Proteção
Individual e Equipamentos de Proteção Coletiva:
EPI :De acordo com a NR- 6, Equipamento de Proteção Individual – EPI é todo dispositivo de uso individual utilizado pelo empregado, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho; EPC: Podem ser considerados os dispositivos, sistema, ou meio fixo ou. móvel de uso coletivo, cuja finalidade é preservar a integridade física e saúde dos trabalhadores e também de terceiros.
A norma ainda define como competência do empregador (no que se refere
ao uso de EPI): adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade e o mesmo deve
ser oferecido pela empresa, esta por sua vez deve fazer o acompanhamento
necessário quanto às orientações de uso dos equipamentos, conservação, troca
periódica ou quando o mesmo estiver danificado sem condições de uso, deve
substituir imediatamente.
Quanto ao empregado, compete a este usar o EPI apenas para a finalidade
a que se destina, ou seja, de acordo com a função que desempenha;
responsabilizar-se pela guarda e conservação; comunicar ao empregador qualquer
alteração que o torne impróprio para uso; e cumprir as determinações do
empregador sobre o uso adequado.
A NR 12 tem como princípios gerais a proteção do trabalhador, as garantias
e medidas seguras de trabalho, por parte do empregador e máquinas que atendam
ao princípio da segurança em sua utilização. Para que esses princípios sejam
cumpridos, a empresa precisa se organizar de obedecendo critérios descritos no
Quadro 04:
Quadro 04: Critérios que Contemplam a NR 12 CRITÉRIOS ITENS A SEREM OBSERVADOS
Arranjo físico nas instalações Máquinas, equipamentos, espaço, piso e locais fixos.
Instalações e dispositivos elétricos Prevenção contra falhas, proteção contra sobretenção e água, cuidados de instalação, observação às normas técnicas, acesso restrito e vias de acesso sempre fechadas.
Dispositivos de partida, acionamento e parada
Áreas seguras, utilizados em emergência, não serem automáticos, atuação síncrona, monitoração, devem ser operados por apenas 01 pessoa, mostrar sinal luminoso quando utilizado, sinal sonoro de alarme, medidas de alerta.
Sistema de segurança Apropriados com o local, atender aos requisitos: segurança, responsabilidade e paralisação de meios perigosos.
Meios de acesso permanente Elevadores, rampas, plataformas ou escadas de degraus fixos e seguros, grades ou gaiolas de proteção.
Componentes pressurizados Medidas de proteção contra riscos de vazamento e pressão.
Aspectos ergonômicos Atender as necessidades do empregado, garantir sua movimentação com postura e apoios adequados.
Riscos adicionais Adotar medidas de segurança de acordo com os riscos existentes: substâncias perigosas, radiação, vibração, ruído, calor, materiais pirofóricos e superfícies aquecidas
Manutenção, inspeção, preparação, ajustes e reparos
Realizar manutenção preventiva e corretiva apenas por profissionais habilitados, com registros disponíveis aos trabalhados envolvidos na operação. Atendimento às normas técnicas nacionais sempre que preciso.
Sinalização Cores, símbolos, inscrições, sinais luminosos ou sonoros em todas as fases de operação.
Procedimentos de trabalho de segurança Devem ser elaborados passo a passo, a partir da análise de riscos.
Projeto, fabricação, importação, venda, locação, leilão, cessão a qualquer título, exposição e utilização
Segurança intrínseca em todas as suas fases. Obrigatoriamente a exposição deve atender aos dispositivos da NR 12.
Capacitação O profissional deve estar devidamente habilitado, qualificado e autorizado.
Outros Requisitos específicos de segurança
Ferramentas e materiais adequados, proibir porte de ferramentas manuais em locais não apropriados.
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (2013) adaptado pela autora
17
A NR 12define medidas de proteção através de referências técnicas, visando
garantir a segurança e saúde do trabalhador, nas fases de projetos e utilização de
máquinas e equipamentos de todos os tipos. A NR-12, estabelecida pelo Ministério
do Trabalho e Emprego – MTE (2013) apresenta mais de 150 (cento e cinquenta)
itens de normas técnicas relacionadas à segurança no trabalho em máquinas e
equipamentos. Todas as empresas que possuem equipamentos que apresentam
riscos ao trabalhador, estão submetidas à NR-12, podendo para tanto adotar
medidas de proteção coletivas, administrativas, organização de trabalho e proteção
individual.
Entende-se com isso, que as medidas preventivas, além de necessárias,
devem ser levadas a sério no âmbito do planejamento estratégico de prevenção da
empresa. Esse planejamento assegurará tanto o empregador quanto ao empregado
para que o primeiro não tenha que se responsabilizar civilmente pelos danos
causados ou para se livrar de processos referentes a eles, bem como para que o
empregado trabalhe com segurança e possa ter estabilidade, tanto funcional quanto
de saúde junto à mesma.
O segmento da indústria de cerâmica vermelha brasileiro integra o ramo de
produtos de minerais não metálicos da Indústria de Transformação, tem como ramo
de atividade a produção de uma grande variedade de materiais, como blocos de
vedação e estruturais, telhas, tijolos maciços, lajotas e tubos, além de produtos para
fins diversos conforme dados da Associação Nacional da Indústria Cerâmica
(ANICER, 2013).
Durante o processo de fabricação o operário fica exposto a condições
sonoras, de temperaturas altas, ritmo de trabalho acelerado no desempenho da
função, dessa forma todas as indústrias de cerâmicas deve assegurar a saúde e a
integridade física do trabalhador, uma vez que a importância deste no processo de
produção é parte fundamental para a indústria.
A indústria de cerâmica exerce um papel importante dentro do contexto
industrial brasileiro econômico, sua importância e crescimento se devem ao aumento
da construção civil. A demanda cada vez maior de seus produtos exige
aceleramento da produção. Seu setor é bem diversificado e utiliza como matéria-
prima basicamente a argila comum (ANICER, 2013).
É importante esclarecer que as indústrias de cerâmicas da região leste
rondoniense, alvo deste estudo, utilizam mão de obra em sua linha de produção a
partir do processo de prensagem seguido pela secagem, queima, inspeção e
expedição. Desta forma a pesquisadora se limitará em analisar os fenômenos
ocorridos nestas etapas. .
A indústria de cerâmica vermelha deve obedecer aos requisitos de
segurança impostos pelas Normas Regulamentadoras, além disso, a mão de obra
empregada deve receber orientações e treinamentos periodicamente. Um ambiente
de trabalho seguro gera benefícios para a cerâmica e também para o operário.
2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Para execução da pesquisa foi necessário utilizar-se da metodologia
científica, sendo que, como técnica de coleta de dados foi realizada a pesquisa
bibliográfica onde foram analisados livros, artigos, teses, dissertações e outros
estudos científicos relacionados ao tema proposto. A pesquisa caracterizou-se como
estudo comparativo, o método utilizado foi o dedutivo, com caráter descritivo e
abordagem quantitativa. A pesquisa de campo contou com questionários contendo
02 (duas) perguntas fechadas e 20 (vinte) de múltipla escolha que foram aplicados
junto aos trabalhadores de produção cada cerâmica, entrevistas com roteiro pré-
estabelecido de 19 (dezenove) perguntas que foram aplicadas aos proprietários ou
gerentes e protocolo de observação não participante das visitas da autora nas
cerâmicas. O público alvo foram as cerâmicas da região leste de Rondônia com mais
de 50 (cinquenta) funcionários, distribuídas entre os municípios de Pimenta Bueno,
Cacoal, Vilhena e Ji-Paraná. Desta forma participaram da pesquisa 06(seis)
indústrias e a amostra populacional foram de 66 (sessenta e seis) pessoas, sendo
10(dez) funcionários da produção de cada cerâmica e seus respectivos proprietários
ou gerentes. Os resultados foram analisados através do método de triangulação de
dados e tabulados com a ajuda do programa Excel, os mesmos foram representados
através de gráficos e quadros.
19
4 RESULTADOS E ANÁLISES A pesquisa foi realizada nos meses de dezembro de 2013 e janeiro de 2014,
em horários de expediente, observando as datas agendadas e estabelecidas junto
às indústrias. Segundo o SINDICER-RO (Sindicato das Indústrias Cerâmicas de
Rondônia) as cerâmicas da região leste que possuem mais de 50 funcionários,
situadas no eixo da BR 364, estão localizadas nos municípios de Vilhena, Pimenta
Bueno, Cacoal e Ji-paraná. As adequações destas empresas em relação à
segurança de seus trabalhadores foi o alvo deste estudo comparativo, o resultado
faz menção a três fatores; as condições do ambiente de trabalho, as causas dos
acidentes de trabalho e a utilização de EPIs.
4.1 PERFIL DOS PARTICIPANTES
Essa pesquisa foi composta por uma amostra de 60 (sessenta)
trabalhadores de produção e 06 (seis) proprietários ou gerentes, de 06 (seis)
cerâmicas da região leste de Rondônia, sendo 01 em Vilhena (cerâmica A), 02 em
Pimenta Bueno (cerâmicas B e C), 02 em Cacoal (cerâmicas D e E) e 01 em Ji-
Paraná (cerâmica F). Ao definir o perfil dos participantes os resultados apontam que;
a maioria dos respondentes é do sexo masculino com 67% (sessenta e sete por
cento), 28% (vinte e oito por cento) possuem idade entre 34 e 38 anos, 77% (setenta
e sete por cento) possuem apenas o ensino fundamental e 37% têm entre 01(um) a
03 (três) anos de tempo de serviço na empresa.
4.2 CONDIÇOES DO AMBIENTE DE TRABALHO
Os resultados desta pesquisa apontam que no levantamento das condições
do ambiente de trabalho no qual os funcionários da produção estão inseridos,
verificou-se através do Protocolo de Observação não participante que as Cerâmicas
D e E (Cacoal) e F (Ji-paraná) possuem iluminação satisfatória, porém nas
cerâmicas A (Vilhena), B e C (Pimenta Bueno) o fator iluminação foi observado como
irregular para o desempenho de funções da produção. O que significa que a
claridade em alguns pontos é insuficiente.
Segundo a observação não participante as condições das prateleiras usadas
para secagem de produtos das cerâmicas B e C (Pimenta Bueno) e F(Ji-paraná) não
estão em boas condições, sendo que na cerâmica F elas são de madeira. Quanto à
proteção das partes moveis da maromba/correias de transmissão, apenas a
cerâmica B (Pimenta Bueno) se encontra irregular.
Nas entrevistas aplicadas aos proprietários/ gerentes, 50% deles utilizaram
as palavras poeira e ruídos para responderem sobre as condições que os
trabalhadores ficam expostos. Já as respostas dos funcionários sobre os fatores os
quais ficam expostos, o resultado se apresentada conforme o Gráfico 01:
Quadro 05: Fatores expostos aos funcionários da produção. CERAMICA
A CERAMICA
B CERAMICA
C CERAMICA
D CERAMICA
E CERAMICA
F
Exposição Ruídos
80%
60%
80%
60%
100%
40%
Exposição Calor
60%
60%
100%
60%
100%
30%
Esforço Excessivo
20%
40%
60%
50%
100%
10%
Repetição Movimentos
40%
60%
70%
70%
100%
60%
Exposição Poeira
80%
80%
80%
80%
100%
50%
Movimentação Material
50%
80%
70%
70%
100%
50%
Fonte: Dados da pesquisa.
De acordo com o Quadro 05, todos os funcionários da cerâmica E (Cacoal)
marcaram os seis fatores que segundo eles ficam expostos. Quanto à poeira pelo
menos 80% dos funcionários de cinco cerâmicas disseram estar expostos, o índice
de ruídos apenas na cerâmica F (Ji-Paraná) é inferior a 50% das respostas e o
mesmo se repete quanto ao fator exposição ao calor. Vale ressaltar que o percentual
de esforço excessivo na cerâmica F (Ji-Paraná) é mínimo.
Em relação às condições dos maquinários, as respostas dos funcionários se
apresentam conforme o Gráfico 01 a seguir:
21
Gráfico 01: Resultado das condições dos maquinários.
Fonte: Dados da pesquisa.
Conforme observa-se no Gráfico 01, 56% dos funcionários pesquisados
responderam que a condição dos maquinários está bom e 18% ótimo, sendo que o
maior índice de aprovação está nas cerâmicas D e F. Porém, segundo a
observação não participante as condições das prateleiras usadas para secagem de
produtos das cerâmicas B e C (Pimenta Bueno) e F(Ji-paraná) não estão em boas
condições, sendo que na cerâmica F elas são de madeira. Quanto à proteção das
partes moveis da maromba/correias de transmissão, apenas a cerâmica B (Pimenta
Bueno) se encontra irregular.
No questionário também havia espaço para sugestão do que deve ser feito
para melhorar o setor de trabalho, merece atenção à cerâmica que teve respostas
repetidas conforme o Quadro 05:
Quadro 05: Sugestão para melhorar o setor de trabalho. Melhorar ventilação Melhorar ventilação Melhorar ventilação Mais união entre os funcionários Melhorar ventilação Atenção do trabalhador Melhorar relação entre os funcionários Colocar algum tipo de protetor ou grade para batedor de bastão Melhorar ventilação
CERÂMICA B
Melhorar ventilação Fonte: Dados da pesquisa.
18%
56%
13%
8% 5%
Ótimo
Bom RegularPéssimo
Sem opinião
Nesta cerâmica em Pimenta Bueno (B), 60% dos funcionários pesquisados
sugerem mudança na ventilação, o que significa, que a falta de ventilação e
automaticamente a exposição ao calor é uma condição na qual estão inseridos. Já
na cerâmica C, também em Pimenta Bueno 02 funcionários sugerem nivelar o chão,
conforme demonstra o Quadro 06;
Quadro 06: Sugestão para melhorar o setor de trabalho. Nivelar o chão Sem opinião Revisão geral dos maquinários Sem opinião Mais um ajudante / mais união dos funcionários/ tirar a betoneira de perto do forno, pois atrapalha. Sem opinião Peças novas nas máquinas/ mais pessoas na produção/engraxar as engrenagens das máquinas Sem opinião Nivelar o chão
CERÂMICA C
Mudar o carrinho de madeira para carrinho de ferro/ melhorar a ventilação
Fonte: Dados da pesquisa
A falta de nivelamento de solo, citada por dois funcionários da cerâmica C ,
também foi observada durante a visita da pesquisadora, além desse fator há três
sugestões envolvendo as máquinas; fazer revisão geral, comprar peças novas e
ainda o engraxamento das mesmas. Segundo o protocolo de observação não
participante o ambiente é desorganizado e os maquinários precários.
Nas outras cerâmicas, ou seja, A, D, E e F as sugestões foram distintas não
sendo possível analisar quais são as prioridades segundo os funcionários, no
entanto vale ressaltar que a cerâmica em Ji-paraná (F) é a que possui ambiente
mais arejado pois a estrutura é alta o que contribui também para uma melhor
iluminação, alem disso é a única que trabalha com forno móvel e o processo de
produção possui mais automatização.
4.3 PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES EM CERÂMICAS
Dos 06 proprietários/gerentes que foram entrevistados, 05 afirmaram que a
empresa possui registro de ocorrência de acidentes de trabalho, apenas a cerâmica
23
F negou este tipo de ocorrência. Dos trabalhadores respondentes, 23% já sofreram
algum tipo de acidente de trabalho, no entanto na cerâmica E todas as respostas
foram negativas. Os acidentes em cerâmicas podem estar relacionados ao ritmo de
trabalho, pois 77% dos funcionários pesquisados responderam que possuem ritmo
de trabalho entre acelerado e muito acelerado.
Os resultados indicam outro fator que pode estar relacionado com a
ocorrência de acidentes no setor de produção das cerâmicas: a falta de atenção do
funcionário, pois quando os funcionários foram questionados sobre o que deve ser
feito para prevenir os acidentes, 53% responderam que depende da atenção do
próprio trabalhador.
Em relação à conscientização, todos os proprietários/gerentes afirmaram
que a empresa promove palestras e orientações para todos os funcionários com o
período máximo de 06 meses, afirmaram que existe CIPA constituída na empresa e
com relação às atribuições da CIPA eles responderam conforme o Quadro 07 a
seguir:
Quadro 07: Atribuições da CIPA segundo os proprietários. CERAMICA A Semanalmente se reúne com os membros para discutir e implementar melhorias...
CERAMICA B Se reúne e trabalha na prevenção de acidentes.
CERAMICA C Despertar a atenção dos funcionários para a prevenção de acidentes...
CERAMICA D Desenvolver algo que melhore o ambiente de trabalho...
CERAMICA E Indicar, sugerir e cobrar mudança de alguma situação que provoque riscos.
CERAMICA F Se reunir de 40 em 40 dias para adequar e proteger os funcionários.
Fonte: Dados da pesquisa
Em contraste com a afirmação do proprietário, na cerâmica E 80% dos
funcionários responderam que a empresa nunca ofereceu palestra desde que eles
trabalham lá e o mesmo percentual avaliou o trabalho da CIPA entre ruim e péssimo.
Nesse mesmo sentido, apesar do entrevistado da cerâmica B afirmar que a CIPA se
reúne e trabalha na prevenção de acidentes, cerca de 70% dos funcionários
pesquisados não sabem o que é a CIPA. Já nas cerâmicas A, C ,D e F os
funcionários avaliam o trabalho da CIPA entre bom e ótimo e confirmam que as
empresas oferecem palestras periodicamente.
4.4 ULTILIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
Com relação aos equipamentos de proteção utilizados pelos funcionários, as
respostas dos proprietários estão descritas no Quadro 08 a seguir:
Quadro 08: Equipamentos necessários aos funcionários de cerâmicas.. Cerâmica A Máscaras, avental, óculos, luvas, capacetes e protetor auricular
Cerâmica B Capacetes, protetor auricular, botinas...
Cerâmica C Luvas, protetor auricular, botinas, mascaras, capacetes...
Cerâmica D Luvas, protetor de ouvidos...
Cerâmica E Capacetes, botinas, uniforme, luvas, óculos, aventais..
Cerâmica F Luvas, capacetes, protetor auricular, botas... Fonte: Dados da pesquisa
Segundo o Quadro 08, as botinas, o protetor auricular, as luvas e os
capacetes são os equipamentos mais comuns nas cerâmicas e de acordo com o
protocolo de observação, todos os funcionários das 06 cerâmicas pesquisadas usam
as botas antiderrapantes, mais de 50% utilizam protetor auricular, luvas e capacetes,
menos de 50% utilizam óculos de proteção e nenhum utiliza mascaras ou outros
dispositivos filtrantes.
Sobre a utilização dos EPIs, os funcionários foram questionados sobre quais
são os motivos pelos quais eles deixam de usar os equipamentos de segurança, as
respostas se apresentam conforme o Gráfico 02:
Gráfico 02: Utilização de EPIs
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
120,00%
CERAMICA A
CERAMICA B
CERAMICA C
CERAMICA D
CERAMICA E
CERAMICA F
causa desconfortoesqueço de colocá-losatrapalha a minha funçãosempre uso os equipamentos
Fonte: Dados da pesquisa
25
De acordo com o Gráfico 02, é possível perceber que nas cerâmicas A, C, D
e E de 60% a 80% dos funcionários sempre utilizam os equipamentos, já nas
cerâmicas B e F os funcionários afirmam que os EPIs causam desconforto e
atrapalham a função.
Sobre a disponibilização dos EPIs, cerca de 85% dos funcionários
responderam que nunca precisaram comprar equipamentos de segurança para
trabalhar, nas entrevistas a informação se confirma pois segundo os proprietários a
empresa oferece os EPIs gratuitamente.
Estudos sobre o risco de acidentes no setor de trabalho em indústrias
cerâmicas ainda são poucos, não foi possível comparar os resultados obtidos neste
Artigo com possíveis fenômenos ocorridos em outras localidades do Brasil, haja
vista a pouca quantidade de trabalhos realizados no setor especifico da produção
em cerâmica vermelha.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O período escolhido para a pesquisa de campo não foi favorável, em razão
das férias e viagens dos proprietários das cerâmicas, devido a isso houve limitações
no agendamento das visitas. Além disso, o processo de coleta de dados apresentou
dificuldades, pois a maioria dos funcionários pesquisados possui baixo nível de
escolaridade, o que lhes dificultou o entendimento das questões. Os proprietários
ficaram receosos em participar da pesquisa porque o tema é pouco estudado no
seguimento. Pode-se perceber que a implantação e fiscalização de medidas de
segurança nas cerâmicas é algo recente, o que ainda gera falta de conscientização
e interesse dos funcionários.
As condições do ambiente de trabalho dos funcionários de cerâmicas são
insalubres, pois os mesmos ficam expostos à poeira, ao calor e a ruídos. Em 50%
das cerâmicas a iluminação e a ventilação são inadequadas. O processo de
produção carece de melhorias tecnológicas, pois na maioria das cerâmicas
pesquisadas é perceptível o desgaste físico dos trabalhadores devido ao ritimo
acelerado. Desta forma, algumas etapas do processo de fabricação de materiais
cerâmicos, que são feitas manualmente, deveriam ser substituídas por máquinas,
assim como já é feito na cerâmica F em Ji-paraná, onde o sistema mais
automatizado reduz o esforço e o ritimo dos funcionários.
Quanto à ocorrência de acidentes, é importante ressaltar que 66% dos
trabalhadores acreditam que o nível de risco de acidentes na função que
desempenha, está entre médio e alto. O percentual que já sofreu algum tipo de
acidente (23%) é alarmante, considerando que todas as empresas pesquisadas
possuem mais de 50 funcionários na produção e a amostra utilizada foi de 10
pessoas de cada empresa. As causas dessas ocorrências de acidentes podem ter
relação com o ritimo de trabalho, pois a maior parte dos funcionários (77%),
afirmaram que possuem jornada de trabalho acelerada. Outro fator que pode estar
relacionado é a falta de atenção do próprio trabalhador, pois 04 dos 06 proprietários
entrevistados disseram que os acidentes graves ocorridos na empresa foram por
descuido do funcionário, e 53% dos trabalhadores sugerem para prevenção de
acidentes, mais atenção no que está fazendo.
Quanto a utilização dos EPIs, constatou-se que os funcionários utilizam
basicamente protetor auricular, luvas, capacetes e botinas. Existe por parte das
empresas orientação necessária ao uso dos mesmos e foi identificada que na
maioria das cerâmicas os equipamentos são sempre utilizados, porém nas
cerâmicas B e F (Pimenta Bueno e Ji-paraná), 70% dos funcionários afirmaram que
deixam de utilizar os equipamentos porque causam desconforto e atrapalham a
função. Os equipamentos são disponibilizados gratuitamente pelas cerâmicas e
quando estes possuem defeitos ou já estão gastos, são imediatamente substituídos.
Com base na tabulação dos resultados as sugestões são adotar estratégias
para melhorar a estrutura das condições de trabalho no setor cerâmico. Mais diálogo
entre empresa e funcionário, ou seja, estar mais presente no que acontece no chão
de fabrica e ouvir o trabalhador em relação às necessidades de segurança, para
assim estabelecer quais são as prioridades a serem adotadas.
A função da CIPA é, entre outras, a de identificar situações que trazem
riscos para a segurança dos trabalhadores e elaborar um plano que possibilite ações
27
preventivas na solução desses problemas. Diante disso, sugere-se maior embate
por parte da CIPA das cerâmicas pesquisadas, principalmente na cerâmica B
(Pimenta Bueno), onde 70% dos funcionários pesquisados nem sabem o que é
CIPA. É necessário também o acompanhamento constante de um técnico
especializado em segurança do trabalho, que promova o cumprimento de normas e
ofereça orientações relativas à segurança.
Recomendam-se estudos aprofundados no contexto cerâmico da região, fica
a oportunidade de novas pesquisas sobre o tema, pois os resultados obtidos não
excluem a possibilidade de outras vertentes que devem ser exploradas. O processo
de produção das cerâmicas e as condições de segurança do ambiente de trabalho
são fatores que merecem ser examinados por novos estudos.
REFERÊNCIAS
01. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA CERÂMICA – ANICER. Este equipamento atende aos requisitos de segurança da NR- 12? Disponível emhttp://www.anicer.com.br/index.asp?pg=institucional_direita.asp&secao=10&id=108&revista=2WA004509087EWRTXLZ873BDG28. Acesso em 24 de julho de 2013. 02. BINDER, M.C.P.; ALEMEIDA, I.M. Acidentes de trabalho: caso ou descaso? / patologia do trabalho 2.ed. São Paulo, 2003 03. BRASIL Ministério do Trabalho e Emprego. Caminhos da analise de acidentes de trabalho. Brasília 2003. 04.________.Ministério da Previdência social – MPAS. Saude e Segurança Ocupacional. Disponível em. http://www.mpas.gov.br/conteudoDinamico.php?id=39. Acesso em 18/07/2013. 05._________Programa com o Programa Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho. Dados Estatísticos Nacional. Disponível em http://www.tst.jus.br/web/trabalhoseguro/dados-nacionais, acesso em 18/07/2013 06. CARDELLA, B. Segurança no trabalho e prevenção de acidentes: uma abordagem holística: segurança integrada à missão organizacional com produtividade, qualidade, preservação ambiental e desenvolvimento de pessoas. São Paulo : Atlas, 2010. 07 CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 5.ed. São Paulo:Atlas,1998. 08. CRISTINO, Sueli Gottselig. Segurança do trabalho: Estudo de caso na empresa Agua Mineral Lind´agua Ltda. UNIR/ADM ACC campus Cacoal 2010
09. COSTA, Hertz Jacinto. Manual de Acidente do trabalho. 2. ed. Curitiba: Juruá, 2007. 10. FERNANDES, Márcia. MATORA, Taís Catalini. Estudo dos Efeitos Auditivos e Extra-Auditivos da Exposição Ocupacional a Ruído e Vibração. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, disponível em http://www.scielo.br/pdf/%0D/rboto/v68n5/a17v68n5.pdf, acesso em 17/07/2013, ano 2002. 11. FERREIRA, Aurélio B. de Hollanda. Minidicionário da Língua Portuguesa. 3. ed. 1993. 12. GALAFASSI, Maria Cristina. Medicina do trabalho: Programa de controle Médico de Saúde Ocupacional (NR-7). 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999. 13. MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários à CLT. São Paulo: Atlas, 2005 14. PACHECO JÚNIOR, Waldemar. et. al. Gestão da Segurança e Higiene do Trabalho: contexto estratégico, análise ambiental, controle e avaliação das estratégias. São Paulo: Atlas, 2000. 15. PALADINO, Alexandro. Principais Riscos Na Área De Segurança E Saúde Do Trabalhador em Cerâmica Vermelha.Disponível em http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=books&cd=1&cad=rja&ved=0CDYQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.anicer.com.br%2Farquivos%2Fencontro34%2Fpalestras%2FAlexandre%2520Paladino%2Fapres_ceramica1.ppt&ei=KzTnUc70HfXA4APcqICwDA&usg=AFQjCNH_cqFY0o6rO9y7xVfRrYw0vLFWfQ&bvm=bv.49478099,d.dmg, acesso em 17/07/2013. 16. PEDROTTI, Irineu Antonio; PEDROTTI, William Antonio. Acidentes do trabalho..4.ed. São Paulo,2006. 17. RIBEIRO, Antonio de Lima. Gestão de pessoas. São Paulo: Atlas 1999 18. REIS, Linda G. Produção de monografia: da teoria à pratica. 2. ed. Brasília: Senac-DF, 2007. 19. SANTOS, Alcinéia M. dos Anjos. O tamanho das partículas de poeira suspensas no ar dos ambientes de trabalho. Ministério do trabalho e Emprego e Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho -FUNDACENTRO. 2001.
29
ANEXO
ANEXO A: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO O presente termo de consentimento refere – se a um convite de participação voluntária de pesquisa científica sobre SEGURANÇA NO AMBIENTE DE TRABALHO EM CERAMICA, com no caso de você concordar em participar, favor assinar ao final do documento. Sua participação não é obrigatória, e, a qualquer momento, você poderá desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador (a) ou com a instituição. Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e endereço do pesquisador (a) principal, podendo tirar dúvidas do projeto e de sua participação. PESQUISA CIENTÍFICA: UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA- UNIR PESQUISADOR (A) RESPONSÁVEL: SIRLEI S. SANTOS ENDEREÇO: RUA TAPAJOS 124, BAIRRO BELA VISTA CIDADE: PIMENTA BUNEO – RO./ TELEFONE: (69) 9989-4510 OBJETIVOS:
a) Detectar as condições do ambiente de trabalho; b) Determinar as principais causas dos acidentes de trabalho nas cerâmicas; c) verificar a utilização dos equipamentos de segurança (se estes forem
fornecidos)
JUSTIFICATIVA: A explanação sobre este tema justifica-se em razão de que, as empresas
devem garantir condições seguras de trabalho, não somente por ser obrigatório por lei, mas também por que traz benefícios diretos na produtividade e melhora as relações humanas no trabalho e na vida social PROCEDIMENTOS DO ESTUDO: Se concordar em participar da pesquisa serão aplicados questionários sobre segurança no setor de produção da cerâmica. Os dados coletados serão analisados para fechamento da dissertação do Artigo Científico que será apresentado à Universidade Federal de Rondônia – UNIR. RISCOS E DESCONFORTOS: a pesquisa não oferece nenhum risco ou prejuízo ao participante. BENEFÍCIOS: Resultados das ações, interferências e implementação do Projeto de segurança no ambiente de trabalho. CUSTO/REEMBOLSO PARA O PARTICIPANTE: Não haverá nenhum gasto ou pagamento com sua participação. CONFIDENCIALIDADE DA PESQUISA: Garantia de sigilo que assegure a sua privacidade quanto aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa. Os dados e o seu nome não serão divulgados.
Assinatura do Participante: _______________________________
31
APÊNDICE
APENDICE A: QUESTIONÁRIO Questionário Adaptado de Cristino Gottselig (Artigo. De Conclusão de Curso apresentado a UNIR Campus Cacoal, 2010), a ser aplicado aos colaboradores do setor de produção e responsáveis das cerâmicas da região leste de Rondônia. A pesquisadora responsável é Sirlei Soares Dos Santos do curso de Bacharel em Administração da UNIR campus Cacoal-RO. Perfil do participante Sexo: (...) Masculino. (...) Feminino. Escolaridade: (...)Ensino fundamental. (...)Ensino médio. (...)Ensino superior. Idade: (...)Entre 18 e 23 anos. (...)Entre 24 e 28 anos. (...)Entre 29 e 33 anos. ( )Entre 34 e 38 anos. ( )Entre 39 e 43 anos. ( )Entre 44 e 48 anos. ( )49 e 53 anos. ( )Acima de 54 anos. Tempo de serviço na empresa: (...) Até 01 ano. (...) De 01 a 03 anos. (...) De 03 a 05 anos. ( ) Acima de 5 anos. Função na empresa: ___________________________________. 1) Quantas horas você trabalha por dia? ( ) Menos de 7 Hs. ( ) De 7 a 8 Hs. ( ) De 8 a 9 Hs. ( ) De 9 a 10 Hs ( ) Acima de 10 Hs. 2) Como você classifica o seu ambiente de trabalho em relação a iluminação: ( ) Boa. ( ) Muito boa. ( ) Suficiente. ( ) Insuficiente. 3) Como você considera o seu ritmo de trabalho? ( ) Muito acelerado. ( ) Acelerado. ( ) Pouco acelerado. ( ) Nada acelerado. 4) Durante a jornada de trabalho diária você possui intervalos de descanso (fora o almoço): ( ) de 15 min. ( ) de 20 min. ( ) de 30 min. ( ) acima de 30 min. ( ) não tenho intervalos. 5) Como você avalia o estado de conservação das máquinas e equipamento quevocê manuseia: ( ) Ótimo. ( )Bom. ( ) Regular. ( ) Ruim. ( ) Péssimo. ( ) Sem opinião. 6) Você já sofreu algum acidente de trabalho?
33
Sim ( ) tipo de acidente: ( )queda de altura ( )atingido por objeto ( )corte/ ferida ( )lesão provocada por IPI ( )queimadura ( )prensagem ( ) choque com objetos ( )outros
Não ( ) 7) No seu entendimento a função que você desempenha exige um ou mais dos seguintes fatores:
( ) Exposição a ruídos. ( ) Exposição ao calor. ( ) Esforço excessivo. ( ) Repetição de movimentos. ( ) Exposição a poeira. ( ) Movimentação de material.
8) Em sua empresa existe CIPA constituída? ( ) Sim. ( ) Não. ( ) Não sei o que é. 9) Como você avalia o trabalho da CIPA da sua empresa? ( ) Ótimo. ( ) Bom. ( ) Ruim. ( )Péssimo. 10) Você recebeu algum tipo de treinamento de segurança em como utilizar extintores de incêndio? ( ) Sim quando entrei na empresa. ( ) Sim no último ano. ( ) Sim nos últimos 6 meses. ( ) Sim Nos últimos 3 meses. ( ) Sim No último mês. ( ) Nunca recebei treinamento. 11) Você deixa de utilizar os equipamentos de proteção por quê? ( ) Causa desconforto. ( ) esqueço de colocá-los. ( ) Não é obrigatório. ( ) atrapalha a minha função. ( ) Sempre uso os equipamentos. ( ) não sei utilizá-los. 12) Os equipamentos considerados inadequados, gastos, defeituosos são imediatamente substituídos em: ( )100% das vezes. ( ) 75% das vezes. ( ) 50% das vezes. ( ) 25 % das vezes. ( ) A substituição nunca acontece imediatamente. 13) Como você avalia o trabalho e investimento que a sua empresa realiza em Segurança do Trabalho? ( ) Ótimo. ( ) Bom. ( ) Regular. ( ) Ruim. ( ) Péssimo. 14) Em sua opinião a função que você desempenha apresenta qual nível de risco de acidente?
( ) Alto. ( ) Médio. ( ) Baixo. ( ) Não há risco de acidentes. 15)A empresa oferece palestras relacionadas a segurança do trabalho ( ) a cada 3 meses. ( ) de 6 em 6 meses. ( ) a cada um ano. ( ) Nunca ofereceu desde que trabalho aqui. 16)você recebeu treinamento sobre segurança no trabalho ( ) no último ano. ( ) nos últimos 2 meses. ( ) nos últimos 6 meses. ( ) no último mês. ( ) nos últimos 3 meses. ( ) nunca recebei treinamento. 17)Você já comprou algum equipamento de proteção para trabalhar nesta empresa? ( ) Sim, qual?________________________ ( )não 18) como você avalia a preocupação da empresa em relação a segurança dos funcionários? ( ) Ótima. ( ) Boa. ( ) Ruim. ( ) Péssima. 19)Na sua opinião a preocupação desta empresa com a segurança dos trabalhadores pode ser avaliada como: ( )100%. ( )75%. ( ) 50%. ( ) 25 %. ( ) não existe preocupação a empresa apenas cumpre com a legislação trabalhista. 20) Como se sente em relação aos métodos de segurança oferecidos pela empresa ( ) muito satisfeito. ( ) satisfeito. ( ) pouco satisfeito. ( ) insatisfeito. 21) O que você acha que poderia ser feito para melhorar a segurança no seu setor de trabalho?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 22) Na sua opinião o que deve ser feito pra prevenir acidentes? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
35
APENDICE B: Roteiro de entrevista a ser aplicada aos proprietários ou responsaveis da empresa. A pesquisadora responsável é Sirlei Soares Dos Santos do curso de Bacharel em Administração da UNIR campus Cacoal-RO. Perfil do participante Sexo: (...) Masculino. (...) Feminino. Escolaridade: (...)Ensino fundamental (...)Ensino médio. (...)Ensino superior. Idade: ______________ Tempo de serviço na empresa:___________________________ Função na empresa: ___________________________________. 1 ) O que você entende por Segurança do Trabalho? 2 ) Em sua opinião quais técnicas podem ser empregadas pra inserir a segurança em um ambiente de trabalho? 3 ) Existem pessoas especificas para cuidar da segurança no setor de produção da empresa? 4 ) Existe a CIPA na empresa? 5 ) Quais tem sido as atribuições da CIPA (se houver)? 6 ) Quais são os riscos expostos aos funcionários da produção? 7 ) Quais são os equipamentos de proteção necessários para os operários da produção? 8 ) A empresa promove palestras e orientações periodicamente aos funcionários? 9 ) Todos os funcionários admitidos receberam treinamento de Segurança no Trabalho? 10 ) A empresa oferece treinamentos para a função exercida e manuseio de maquinários? 11 ) Quais benefícios a Segurança do Trabalho proporciona para a empresa? 12 ) E para o empregado? 13 ) Existe uma equipe de combate a incêndio na Empresa? 14 ) São fornecidos gratuitamente a todos os funcionários, os Equipamentos de Proteção Individual adequados ? 15 ) Nos equipamentos acima citados ou outros, são feitas manutenções periódica para diminuir ruídos? Qual a periodicidade em que são feitas? 16 ) Quais consequências acarretam a falta de segurança na empresa? 17 ) E na vida do empregado? 18 ) Existe registro de ocorrência de acidente de trabalho grave na empresa? 19 ) Se houver, qual foi o gasto que o acidente gerou?