Segurança na escavação a céu aberto: ABNT NBR 9061

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    1/31

    Copyright 1985,ABNTAssociao Brasileira deNormas TcnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

    Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 - 28 andarCEP 20003-900 - Caixa Postal 1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (021) 210-3122Fax: (021) 220-1762/220-6436Endereo Telegrfico:NORMATCNICA

    ABNT-Associao

    Brasileira deNormas Tcnicas

    NBR 9061SET 1985

    Segurana de escavao a cu aberto

    Palavras-chave: Escavao. Segurana 31 pginas

    Origem: Projeto NB-942/1984CB-02 - Comit Brasileiro de Construo CivilCE-02:004.06 - Comisso de Estudo de Segurana de EscavaesNBR 9061 - Safety - Open-pit excavation - ProcedureReimpresso da NB-942 de JUN 1985

    SUMRIO1 Objetivo2 Documentos complementares3 Definies4 Condies gerais5 Projeto6 Proteo das escavaes7 Escavaes taludadas8 Escavaes protegidas9 Escavaes em solo10 Escavaes em rocha11 Medidas de proteo aos operrios12 Escavaes padronizadas13 Acompanhamento e instrumentao

    1 Objetivo

    Esta Norma fixa as condies de segurana exigveis aserem observadas na elaborao do projeto e execuode escavaes de obras civis, a cu aberto, em solos erochas, no includas escavaes para minerao etneis.

    2 Documentos complementares

    Na aplicao desta Norma necessrio consultar:

    NBR 5629 - Estrutura ancorada no terreno - Ancora-

    gem injetada no terreno - Procedimento

    NBR 6118 - Projeto e execuo de obras de con-creto armado - Procedimento

    NBR 6122 - Projeto e execuo de fundaes - Proce-dimento

    Procedimento

    NBR 6484 - Execuo de sondagens de simples re-conhecimento dos solos - Mtodo de ensaio

    NBR 7190 - Clculo e execuo de estruturas demadeira - Procedimento

    NBR 7250 - Identificao e descrio de amostrasde solos obtidas em sondagens de simples reco-nhecimento dos solos - Procedimento

    NBR 8044 - Projeto geotcnico - Procedimento

    NBR 8800 - Projeto e execuo de estruturas de ao

    de edifcios (mtodo dos estados limites) - Procedi-mento

    3 Definies

    Para os efeitos desta Norma so adotadas as definiesde 3.1. a 3.5.

    3.1 Cortinas

    Elementos estruturais destinados a resistir s presseslaterais devidas terra e gua; so flexveis e tm o pe-so prprio desprezvel em face das foras atuantes.

    3.2 Empuxo de terra

    Ao produzida pelo macio terroso sobre as obras comele em contato. A variao dos empuxos em funo dosdeslocamentos dada pela Figura 1.

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    2/31

    2 NBR 9061/1985

    Figura 1

    3.3 Escora

    Pea estrutural para amparar e suster. Trabalha funda-mentalmente compresso.

    3.4 Ficha

    Trecho da cortina que fica enterrada no solo abaixo dacota mxima da escavao em contato com a cortina.

    3.5 Talude

    Superfcie inclinada do terreno natural, de uma escavaoou de um aterro, conforme a Figura 2.

    4.3 Edificaes vizinhas e redes de utilidades pblicas

    indispensvel o levantamento topogrfico do terreno,o levantamento das edificaes vizinhas (tipo de funda-es, cotas de assentamento das fundaes, distncia borda da escavao) e das redes de utilidades pblicas,no s para a determinao das sobrecargas como,tambm, no estudo das condies de deslocabilidade edeformabilidade que podem ser provocadas pela exe-cuo da escavao. Os levantamentos devem abrangeruma faixa, em relao s bordas, de pelo menos duasvezes a maior profundidade a ser atingida na escavao.

    4.4 Observaes da obra

    O controle das edificaes vizinhas e da escavao deveobedecer a um plano de acompanhamento, atravs deinspeo e de instrumentao adequada ao porte daobra e das edificaes vizinhas.

    a)inspeo:

    -tem por finalidade observar qualquer eventocuja anlise permite medidas preventivas ouconsideraes especiais para a segurana daobra;

    b) instrumentao:

    -visa a medida direta de grandezas fsicas ne-cessrias interpretao e previso do desem-penho das obras, com referncia aos critriosde segurana e econmicos adotados na fasede projeto.

    5 Projeto

    5.1 Fases do projeto

    O projeto tem grau de detalhamento varivel com o tipo ecaracterstica de cada obra. Deve ser compatvel com aNBR 8044 e pode desenvolver-se, de uma maneira geral,

    em quatro fases:

    a)viabilidade;

    b) projeto bsico;

    Figura 2

    4 Condies gerais

    4.1 Investigaes geotcnicas-geolgicas

    Tais investigaes so necessrias para a determinaodas condies geolgicas e dos parmetros geotcnicosdo terreno onde ser executada a escavao. Devemser executadas de acordo com as normas ABNT aplic-veis, levando-se em considerao as peculiaridades daobra.

    4.2 guas subterrneas

    Esta Norma pressupe que a presena de lenis aqfe-ros, existentes na regio onde ser executada a esca-vao, j foi devidamente estudada e equacionada deacordo com as normas ABNT aplicveis.

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    3/31

    NBR 9061/1985 3

    c) projeto executivo;

    d) projeto como executado.

    5.1.1 Viabilidade

    Nesta fase o projeto deve ter o nvel de detalhamento su-ficiente para permitir a previso de custos e prazos dasdiversas alternativas.

    5.1.2 Projeto bsico

    Nesta fase procede-se ao detalhamento de forma a quan-tificar os servios necessrios ao desenvolvimento doprojeto executivo.

    5.1.3 Projeto executivo

    Nesta fase o projeto define claramente os diversos com-ponentes da obra, incluindo memoriais descritivos, cl-

    culos estruturais, desenhos, especificaes tcnicas eexecutivas, planilhas de oramento e cronogramas b-sicos.

    5.1.4 Projeto como executado

    Esta fase compreende o acompanhamento sistemticoda execuo da obra, reexame dos critrios de dimen-sionamento em funo de dados obtidos durante a exe-cuo e elaborao de um relatrio final, comentando aexecuo com as dificuldades encontradas, sendo reco-mendada a complementao com fotografias.

    5.2 Caracterizao do subsolo

    5.2.1 O subsolo na regio onde vai ser executada a es-cavao deve ser caracterizado pelos seus parmetrosgeotcnicos, determinados atravs de anlises e interpre-tao dos resultados obtidos pelas investigaes geo-tcnicas.

    5.2.2 Devem ser elaboradas sees geotcnicas-geol-gicas longitudinais e transversais, tantas quantas foremnecessrias perfeita caracterizao da forma e dimen-ses da escavao, figurando a descrio de terrenosatravessados e respectivas profundidades, descontinui-dades superficiais de escorregamento e indicao de

    nveis aqferos.

    5.2.3 No caso de macio rochoso, detalhamento e anlisedos sistemas de fraturamento e descontinuidades, e clas-sificao em grupos com caractersticas homogneas.

    5.2.4 A execuo de sondagens normalizada pelaNBR 6484, e a identificao e descrio das amostras desolo normalizada pela NBR 7250.

    5.3 Cargas e carregamento

    5.3.1 As cargas atuantes so agrupadas em duas cate-gorias, a saber:

    a) cargas estticas:

    - empuxo lateral do solo;

    - presso hidrosttica;

    - cargas provenientes de construes prximas;

    - acmulo de material escavado na borda da es-cavao;

    b) cargas dinmicas:

    - trfego de veculos;

    - mquinas e equipamentos.

    5.3.2 Os casos de carregamento obtidos com a combi-nao das cargas atuantes devem ser feitos no s paraa configurao final da escavao, mas tambm para asfases intermedirias a serem atingidas durante a exe-cuo da escavao, bem como as fases intermediriasdurante o reaterro da cava da escavao, se existirem.

    5.4 Clculo do empuxo

    5.4.1 O empuxo das terras deve ser calculado de acordo

    com as teorias consagradas na mecnica dos solos.

    5.4.2 Quando a proteo da parede da escavao, pelasua prpria rigidez e pelo sistema de apoios previsto,puder ser considerada indeslocvel, o empuxo deve sercalculado no estado de repouso. Em caso contrrio, oempuxo calculado no estado ativo. Qualquer proteoda parede da escavao, que vier a ser incorporada auma estrutura permanente, deve ser verificada tambmpara o empuxo no estado de repouso.

    5.4.3 No clculo do empuxo passivo, fundamental con-siderar a compatibilidade entre a sua mobilizao e adeformao da proteo da parede da escavao.

    5.5 Distribuio de presses

    5.5.1 As presses decorrentes do empuxo das terras, nosestados de repouso, ativo e passivo, so consideradascom uma distribuio triangular nos casos da proteoda parede da escavao em balano ou com um nicoponto de apoio.

    5.5.2 Quando a proteo da parede da escavao tiverdois ou mais apoios, a distribuio do empuxo deve seradmitida segundo um diagrama trapezoidal ou retangularequivalente.

    5.6 Estabilidade das escavaes

    5.6.1 As condies de estabilidade das paredes de esca-vaes devem ser garantidas em todas as fases de exe-cuo e durante a sua existncia, devendo-se levar emconsiderao a perda parcial de coeso pela formaode fendas ou rachaduras por ressecamento de solos argi-losos, influncia de xistosidade, problemas de expansi-bilidade e colapsibilidade.

    5.6.2 A verificao de estabilidade deve atender aos se-guintes casos:

    a) ruptura localizada do talude;b) ruptura geral do conjunto;

    c) ruptura de fundo;

    d) ruptura hidrulica.

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    4/31

    4 NBR 9061/1985

    5.6.3 A verificao de estabilidade deve ser feita pelosmtodos de anlise das tenses, mtodos de equilbriolimites ou outros consagrados pela mecnica dos solos.

    5.6.4 As superfcies de ruptura podem ser consideradascomo formas planas, curvas, ou poligonais.

    5.6.5 Nas escavaes em encostas, devem ser tomadasprecaues especiais para evitar escorregamentos oumovimentos de grandes propores no macio adjacente,devendo merecer cuidados a remoo de blocos e pedrassoltas.

    5.7 Fatores de segurana

    5.7.1 O projeto de escavaes deve adotar fatores de se-gurana, globais ou parciais, compatveis em cada fasede seu desenvolvimento, considerando:

    a) grau de conhecimento das solicitaes e mate-

    riais a serem utilizados;

    b) caracterizao do subsolo pelos dados dispon-veis e sua disperso;

    c) complexidade das condies geotcnicas;

    d) complexidade da execuo do projeto;

    e) confiabilidade dos mtodos adotados, clculos eexecuo;

    f) permanncia das condies previstas durante o

    tempo da existncia da escavao;g) conseqncias em caso de acidentes envolven-

    do danos materiais e humanos;

    h) carter transitrio ou permanente.

    5.7.2 No projeto de escavaes, devem ser escolhidosmtodos e processos de execuo, tendo-se em vistaobter o mximo grau de segurana.

    5.7.3 Para os casos gerais, os coeficientes de seguranadevem atingir no mnimo o valor de 1,5, sendo necessriaa justificativa tcnica para a adoo deste valor.

    5.7.4 Para os casos especiais, fatores de segurana me-nores que 1,5 (no mnimo 1,2) podem ser aceitos se devi-damente comprovadas as caractersticas geotcnicas,geolgicas e hidrolgicas do terreno.

    5.8 Fenmenos decorrentes das escavaes

    No projeto de escavaes devem ser considerados osseguintes fenmenos:

    a) escoamento ou ruptura do terreno de fundao;

    b) descompresso do terreno de fundao;c) carregamento pela gua;

    d) rebaixamento do nvel dgua.

    5.8.1 Escoamento ou ruptura do terreno de fundao

    Quando a escavao atinge nvel abaixo da base de fun-daes num terreno vizinho, este terreno pode deslocar-se para o lado da escavao produzindo recalques ourupturas. Se a escavao no ultrapassa a cota de basedas fundaes vizinhas, pode ocorrer diminuio da pres-so normal confinante, causando deformao do terrenovizinho.

    5.8.2 Descompresso do terreno de fundao

    Quando a proteo das paredes de uma escavao sedeslocar ou se deformar, pode causar perturbao noterreno de fundao vizinho, produzindo recalques pre-judiciais construo.

    5.8.3 Carregamento pela gua

    Quando a escavao tiver de atingir cota abaixo do nveldgua natural e houver necessidade de esgotamento,esta pode causar instabilidade ou mesmo carreamentodas partculas finais do solo e solapamento do terrenodas fundaes vizinhas.

    5.8.4 Rebaixamento do nvel dgua

    Quando o terreno for constitudo de camada permevelsobrejacente a camadas moles profundas, deve ser veri-ficada a possibilidade de efeitos prejudiciais de recalquesnas construes vizinhas, decorrentes do adensamentodas camadas moles, provocadas pelo aumento, sobreestas, da presso efetiva da eliminao da gua na ca-mada permevel.

    5.9 Documentao tcnica

    Durante toda a fase de execuo e durante a existnciada escavao, indispensvel ter-se no canteiro de obraum arquivo contendo os seguintes documentos:

    a) resultados das investigaes geotcnicas;

    b) perfis geotcnicos do solo;

    c) profundidade e dimenses da escavao, bemcomo as etapas a serem atingidas durante a exe-cuo e reaterro;

    d) condies da gua subterrnea;

    e) levantamento das fundaes das edificaes vi-zinhas e redes de servios pblicos;

    f) projeto detalhado do tipo de proteo das pare-des da escavao;

    g) caso haja necessidade das ancoragens penetra-rem em terrenos vizinhos, deve-se ter autoriza-o dos proprietrios para permitir a sua instala-o.

    5.10 Clculo das cortinas

    5.10.1 As cortinas so elementos estruturais e se destinama resistir s presses laterais devidas ao solo e gua.As cortinas diferem estruturalmente dos muros de sus-tentao por serem flexveis e terem peso prprio despre-zvel, em face das demais foras atuantes.

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    5/31

    NBR 9061/1985 5

    5.10.2 Baseado em seu tipo estrutural e esquema de car-regamento, as cortinas se classificam em dois gruposprincipais:

    a) cortinas sem apoio ou em balano;

    b) cortinas apoiadas ou ancoradas.

    5.10.3 Conforme a cortina tenha ou no uma pequenaprofundidade (ficha) abaixo da escavao, so ditas:

    a) de extremidade livre;

    b) de extremidade fixa.

    5.10.4 Para o clculo estrutural das cortinas, admite-separa os esforos atuantes a distribuio das pressesativas e passivas, tal como prevem as teorias consagra-das da mecnica dos solos.

    5.10.5 Os elementos fundamentais a serem determinados

    so:

    a) comprimento da ficha;

    b) esforos atuantes nos apoios;

    c) momentos fletores, esforos cortantes e normais.

    5.10.6 Conhecidos estes valores, escolhe-se o tipo decortina a ser utilizado bem como as suas dimenses, oque deve ser detalhado para todas as fases de execuo.

    6 Proteo das escavaes

    As medidas de proteo das paredes das escavaesso adotadas com a finalidade de que, durante a exe-cuo das escavaes, no ocorram acidentes que pos-sam ocasionar danos materiais e humanos. As proteesadotadas so classificadas:

    a) quanto forma da proteo;

    b) quanto ao tipo de apoio das cortinas;

    c) quanto rigidez estrutural das cortinas.

    6.1 Classificao quanto forma da proteo

    Quanto forma da proteo das paredes da escavao,para fins desta Norma, so classificadas em trs grupos,a saber:

    a) escavao taludada - com as paredes em talu-des;

    b) escavao protegida - com as paredes protegi-das com estruturas denominadas cortinas;

    c) escavao mista - com as paredes em taludes eparedes protegidas por cortinas.

    6.1.1 Escavaes taludadas

    As escavaes so executadas com as paredes em ta-ludes estveis, podendo ter patamares (bermas ou plata-formas), objetivando somente melhorar as condies deestabilidade dos taludes. A fixao do ngulo de incli-nao dos taludes depende fundamentalmente das con-dies geotcnicas do solo.

    6.1.2 Escavaes protegidas

    Quando as escavaes no permitem ou justifiquem oemprego de taludes, as paredes so protegidas por cor-tinas como meio de assegurar a estabilidade das paredesda escavao. As cortinas usuais de proteo das pa-redes das escavaes so dos seguintes tipos:

    a) cortinas com peas de proteo horizontal apoia-das em elementos verticais introduzidos no solo,antes da escavao;

    b) cortinas de estacas-pranchas, constitudas pelaintroduo no solo, antes da escavao, de pe-as que se encaixam umas nas outras;

    c) cortinas de estacas justapostas, constitudas porestacas executadas uma ao lado da outra, antesda escavao;

    d) cortinas de concreto armado executadas com autilizao de lamas, antes da escavao;

    e) cortinas e concreto armado ancoradas, executa-das medida que a escavao vai sendo execu-tada.

    6.1.3 Escavaes mistas

    Quando na mesma escavao so utilizadas paredesem taludes e paredes protegidas.

    6.2 Classificao quanto forma dos apoios

    Quanto forma de apoio das cortinas de proteo dasescavaes, para fins desta Norma so classificadas emquatro grupos, a saber:

    a) cortinas escoradas;

    b) cortinas ancoradas;

    c) cortinas chumbadas;

    d) cortinas em balano.

    6.2.1 Cortinas escoradas

    Utilizam como apoio elementos estruturais horizontaisou inclinados dentro da rea escavada, denominadasescoras.

    6.2.2 Cortinas ancoradas

    Utilizam como apoio elementos estruturais horizontaisou inclinados ancoradas no terreno atravs de injeese protenso-ancoragens.

    6.2.3 Cortinas chumbadas

    Utilizam como apoio elementos estruturais horizontaisou inclinados, ancorados no terreno atravs de injees,

    no protendidos, atuando passivamente.6.2.4 Cortinas em balano

    No utilizam apoios, possuem o topo livre. A sua estabili-dade garantida pelo trecho que fica enterrado no soloabaixo da cota mxima de escavao, ou seja, pela ficha

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    6/31

    6 NBR 9061/1985

    da cortina. Neste tipo de cortina necessrio que sejacalculada a deformao no seu topo, a fim de ser verifi-cado se esta deformao no introduz descompressono terreno.

    6.3 Classificao quanto rigidez da cortina

    Quanto rigidez da cortina, para fins desta Norma, soclassificadas em:

    a) cortinas flexveis;

    b) cortinas semi-rgidas;

    c) cortinas rgidas.

    6.3.1 Cortinas flexveis

    So aquelas que permitem deformaes sem se rom-perem.

    6.3.2 Cortinas semi-rgidas

    So aquelas onde as deformaes so limitadas a pe-quenos valores.

    6.3.3 Cortinas rgidas

    So aquelas que no permitem, ou so mnimas, asdeformaes.

    7 Escavaes taludadas

    7.1 Generalidades

    7.1.1 O uso de escavaes com as paredes em taludespressupe que se possa obter taludes estveis que nointerfiram com construes vizinhas, bem como as redesde utilidades pblicas.

    7.1.2 A fixao do ngulo de inclinao dos taludesdepende fundamentalmente das condies geotcnicasdo subsolo.

    7.2 Tipos de ruptura das paredes em talude

    As formas de instabilidade das paredes das escavaesnem sempre se apresentam bem caracterizadas e defi-nidas. Entretanto, pode-se classificar estes tipos de mo-

    vimento nos seguintes grupos:

    a) desprendimentos;

    b) escorregamento;

    c) rastejo;

    d) complexo.

    7.2.1 Desprendimento

    uma poro de um macio terroso ou fragmentado derocha que se destaca do resto do macio, caindo livre e

    rapidamente, acumulando-se onde estaciona.7.2.2 Escorregamento

    o deslocamento de uma massa de solo ou de rochaque, rompendo-se do macio, desliza para baixo e parao lado, ao longo de uma superfcie de deslizamento, pre-

    dominantemente por uma rotao ou por uma translao,denominando-se respectivamente:

    a) escorregamento rotacional;

    b) escorregamento translacional.

    7.2.3 Rastejo

    o deslocamento lento e contnuo de camadas super-ficiais sobre camadas mais profundas, com ou sem limitedefinido entre a massa do terreno que se desloca e a quepermanece estacionria.

    7.2.4 Complexo

    o deslocamento que no pode ser classificado emnenhum dos casos anteriores.

    7.3 Proteo das paredes em taludes

    7.3.1 Os taludes das escavaes devem ser conveniente-mente protegidos, em todas as fases executivas, e du-rante toda a sua existncia, contra os efeitos de erosointerna e superficial.

    7.3.2 Nas bordas da escavao deve ser mantida umafaixa de proteo de no mnimo 1,00 m, livre de cargas,bem como a execuo de uma pequena mureta de0,30 m, para evitar a entrada de guas superficiais nacava da escavao.

    7.3.3 As camadas de solos argilosos superficiais expostasaos raios solares so sujeitas formao de rachadurasou fendas, que devem ser imediatamente preenchidas

    com material impermevel, para se evitar a penetraoda gua no talude junto s bordas das escavaes.

    7.3.4 Para escavaes com profundidade superior a5,00 m obrigatrio o uso de patamares (bermas ou pla-taformas), objetivando no s melhorar as condies deestabilidade como tambm reduzir a velocidade deescoamento das guas superficiais do talude.

    7.3.5 Nos patamares (bermas ou plataformas) devem tervaletas revestidas para coleta das guas superficiais. Asvaletas devem conduzir as guas para pontos preesta-belecidos, de onde so esgotadas com a utilizao debombas.

    7.3.6 Para escavaes com talude em solo e em rocha,na regio do incio da rocha, deve ser feito um patamarpara melhorar as condies de segurana do talude emsolo.

    8 Escavaes protegidas

    As protees dos taludes de escavao so utilizadascomo meio para assegurar a estabilidade dos referidostaludes, quando as condies locais peculiares a cadaobra no permitem ou justifiquem o emprego do taluda-mento.

    8.1 Cortinas com peas de proteo horizontalapoiadas em elementos verticais

    8.1.1 Generalidades

    8.1.1.1 As cortinas deste tipo quanto a sua rigidez soconsideradas como flexveis.

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    7/31

    NBR 9061/1985 7

    8.1.1.2 As cortinas so sempre executadas de cima parabaixo, devendo ser executadas progressivamente com arealizao da escavao.

    8.1.1.3 A escavao no trecho junto da cortina, em umafaixa de no mnimo 0,50 m, tem de ser executada manual-mente, a fim de possibilitar a colocao, um a um, doselementos horizontais.

    8.1.1.4 As cortinas deste tipo formam uma superfcie con-tnua no trecho superior da escavao e um trecho des-contnuo (apenas os elementos verticais) abaixo do nvelda escavao.

    8.1.1.5 Para o clculo considera-se o trecho abaixo do n-vel da escavao, onde atua o empuxo passivo descon-tnuo, atuando apenas em um trecho igual a trs vezes alargura do elemento estrutural vertical.

    8.1.2 Elementos verticais

    8.1.2.1 Os elementos estruturais verticais so introduzidosno solo por cravao ou colocados em furos executadospreviamente antes da execuo da escavao. A execu-o destes elementos deve obedecer normalizaocontida na NBR 6122.

    8.1.2.2 O seu comprimento deve ser determinado peloclculo dos esforos a que esto sujeitos, sendo que ocomprimento abaixo da cota de escavao, denominadoFicha, deve ser de no mnimo 1,50m.

    8.1.2.3 Se o elemento estrutural vertical for colocado em

    furos executados previamente no solo, aps a sua co-locao o furo deve ser preenchido com a finalidade dese evitar vazios entre o elemento colocado e o solo natu-ral, de acordo com os critrios de projeto:

    a) argamassa de cimento: quando se deseja um per-feito enchimento do furo;

    b) prprio solo.

    8.1.2.4 Quanto natureza dos materiais utilizados paraos elementos verticais, estes podem ser de:

    a) perfis metlicos - laminados ou soldados;

    b) concreto pr-moldado;

    c) madeira.

    Nota: A utilizao destes materiais deve obedecer s normaspertinentes, respectivamente: NBR 8800, NBR 6118 eNBR 7190.

    8.1.2.5 A forma da seo geomtrica, bem como a naturezado material a ser utilizado, so determinadas pelo clculoestrutural da pea. Considerando o seu melhor aproveita-mento nas condies como vai ser executada a esca-

    vao.

    8.1.2.6 O espaamento entre os elementos verticais de-terminado em funo do tipo de material e dimensesdas peas horizontais que vo ser utilizadas entre eles,bem como em funo dos empuxos atuantes na cortina.

    8.1.2.7 Os elementos verticais podem ser solidarizadospor vigas horizontais de solidarizao. Os apoios da corti-na devem estar situados sobre a viga de solidarizao,se esta existir.

    8.1.2.8 O nmero de vigas de solidarizao determinadopelo clculo da cortina e igual ao nmero de linhas deapoios da cortina.

    8.1.3 Elementos horizontais

    8.1.3.1 Os elementos horizontais so colocados no soloentre os elementos verticais, apoiados nestes a montantee comprimidos contra o solo por meio de cunhas. Se nose utilizar cunhas, deve ser procedido um perfeito enchi-mento entre o elemento horizontal e o solo.

    8.1.3.2 O comprimento, espessura e largura da pea de-vem ser determinados pelo clculo estrutural em funodos esforos solicitantes a que esto sujeitos.

    8.1.3.3 Quanto natureza dos materiais, os mais utilizadosso os seguintes:

    a) madeira: prancho;

    b) concreto armado: peas pr-moldadas;

    c) metlicos: chapas de ao.

    8.1.3.4 Cada pea tem de ser colocada uma a uma, quandotiver sido escavado o correspondente sua largura. Noreaterro da cava procede-se analogamente para a re-tirada das peas quando for possvel.

    8.1.3.5 Para solos argilosos moles que sequer permitemescavar o correspondente largura de uma prancha,devem-se utilizar chapas metlicas cravadas com reaode macacos hidrulicos e depois soldadas entre si, parano permitir a fuga de material pelas emendas daspranchas.

    8.1.3.6 Entre as peas horizontais e o solo no pode existirvazios.

    8.1.3.7 Para o caso de se querer evitar o carreamento departculas de solo pela gua, quando se utilizar pran-

    ches de madeira, deve-se colocar entre as juntas estopa,serragem ou capim e depois pregar uma ripa de madeiradenominada mata-junta.

    8.1.3.8 Quando se empregam peas horizontais de ma-deira, as peas devem ser solidarizadas entre si com autilizao de peas verticais de madeira com a finalidadede mant-las unidas caso haja um acidente com vaza-mento de gua, ruptura brusca de canos, provocandoum vazio no solo por trs da cortina. Este acidente deveser imediatamente sanado com o conserto do vazamentoe preenchimento do solo por trs da cortina antes de seprosseguir na escavao.

    8.2 Cortinas de estacas-pranchas

    8.2.1 As cortinas deste tipo so constitudas pela cravaono solo, antes da escavao, de peas que se encaixamuma na outra, formando uma superfcie de proteocontnua.

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    8/31

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    9/31

    NBR 9061/1985 9

    8.4.2.7 As caractersticas tixotrpicas obedecem:

    a) cake: 1,0 mm a 2,5 mm;

    b) filtrado API (gua separada por pressofiltrao)de 450 cm3 da suspenso a 6% nos primeiros

    30 min, presso de 0,7 MPa: 15 cm3

    a 20 cm3

    ;

    c) viscosidade da suspenso a 6% em gua destila-da, conforme a Tabela 1;

    d) resistncia ao cisalhamento,

    - resistncia do gel a 10 min: 1,4 Pa a 10 Pa.

    Tabela 1 - Viscosidade Marsh

    Tipo de solo Solo seco Solo comgua

    Argila 29 - 35 -

    Silte arenoso

    Argila argilosa 32 - 37 38 - 43

    Areia siltosa

    Areia fina 38 - 43 41 - 47

    Areia grossa e pedregulho 45 - 52 60 - 70

    8.4.2.8 Quando na presena de gua, a bentonita apre-senta um inchamento muito acentuado, por isto, antes dautilizao da lama na escavao, necessrio um perodode pelo 12 h para que seja atingido total inchamento debentonita. Este tempo denominado maturao.

    8.4.2.9 Durante o tempo de maturao da lama, esta deveser mantida em agitao por meio de uma bomba de cir-cuito fechado.

    8.4.2.10 A lama deve ser submetida aos seguintes ensaios:

    a) determinao da massa especfica:

    - utiliza-se um densmetro ou a balana Baroid;

    b) teor de slidos em suspenso:

    - o ensaio realizado com auxlio de Baroid SandContent;

    c) pH (concentrao hidrogeninica):

    - utilizam-se tiras de papel indicador de pH (sotiras impregnadas com substncias colorim-

    tricas que desenvolvem cores caractersticaspara vrios valores de pH);

    d) cakee filtrado API:

    - utiliza-se o filter press;

    e) viscosidade:

    - utiliza-se o funil Marsh;

    f) resistncia do gel:

    - utiliza-se o viscosmetro de Fann V-G.8.4.3 Escavao da vala

    8.4.3.1 A escavao guiada com auxlio da mureta-guia,que uma estrutura de concreto armado executada nadiretriz onde se procede escavao, e cujas principaisfunes so:

    a) locar a posio de parede onde deve ser escava-da;

    b) guiar o equipamento de escavao;

    c) conter o solo no trecho inicial da escavao;

    d) garantir uma altura de lama compatvel com o n-vel do lenol fretico.

    8.4.3.2 Antes do incio da escavao indispensvel aexecuo de ensaios com a lama, para saber se ela estem condies de ser utilizada, tendo em vista o tipo desolo a ser atingido durante a escavao.

    8.4.3.3 A escavao produzida pela penetrao da fer-ramenta de escavao no solo, e o corte pode ser feitopor movimento de rotao ou movimento vertical das man-

    dbulas do clam-shell.

    8.4.3.4 fundamental para a estabilidade das paredesque sempre seja mantido o nvel da lama, dentro daescavao, o mais alto possvel.

    8.4.3.5 Se ocorrer uma perda acentuada da lama no solo,tal que seja possvel manter o nvel estvel da lama, a es-cavao deve ser interrompida para uma anlise domotivo que est provocando a anormalidade constatada.

    8.4.3.6 Durante a operao de escavao deve sermantido um controle rigoroso na verticalidade. Se forconstatado um incio de desvio, esta deve ser imediata-mente paralisada e ser executada uma raspagem comferramenta apropriada, a fim de se evitar progresso nodesvio.

    8.4.4 Troca da lama

    8.4.4.1 Terminada a fase de escavao, a lama deve serensaiada para se determinar a quantidade de slidos(gros de areia) em suspenso. Se o ensaio determinarum teor maior que 3,0% em volume, a lama deve ser tro-cada antes da operao de concretagem.

    8.4.4.2 A troca da lama de escavao por uma lama nova

    pode ser feita de duas maneiras:

    a) substituio:

    - a lama contaminada deve ser bombeada para otanque de decantao na central de lama. Si-

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    10/31

    10 NBR 9061/1985

    multaneamente deve ser colocada na cava, lamanova;

    b) desarenao:

    - a lama contaminada deve ser bombeada atra-

    vs de desarenadores, onde, por centrifugao,so separadas as partculas slidas da lama,voltando esta para a cava. A operao deve serfeita at ser constatado, atravs de ensaios, queo teor de slidos em suspenso est dentro dasespecificaes da lama nova.

    8.4.4.3 No tanque de decantao a lama deve ser deixadaem repouso para que as partculas se depositem no fundo(decantado). Depois a lama deve ser bombeada atravsde desarenadores onde, por centrifugao, so separa-das as partculas slidas restantes na lama.

    8.4.4.4 Concluda a operao da troca da lama, efetua-sea limpeza de fundo da escavao da vala para se tercerteza que no houve deposio de partculas de areiano fundo da escavao.

    8.4.5 Concretagem

    8.4.5.1 A armadura constituda por barras longitudinaise estribos montados em forma de gaiola. Em funo daoperao de manobra e iamento da gaiola, indispen-svel que ela tenha ferros adicionais de enrijecimentopara garantir a sua rigidez. Deve-se tambm prever alasde posicionamento para a gaiola da armadura ser co-

    locada dentro da escavao.

    8.4.5.2 No detalhamento da gaiola da armadura, devesempre ser considerado que a concretagem submersa.

    8.4.5.3 No caso da gaiola da armadura ser de grandecomprimento, deve-se prever uma emenda que efe-tuada durante a colocao desta na vala da escavao.

    8.4.5.4 Terminada a operao de colocao da armadurana escavao, esta deve ser presa na mureta-guia, a fimde se evitar que suba, devido tendncia natural de su-bida do concreto na concretagem submersa.

    8.4.5.5 O processo de concretagem o submerso, ouseja, aquele executado de baixo para cima, de maneiracontnua e uniforme.

    8.4.5.6 O concreto utilizado na concretagem submersatem como caracterstica principal uma alta plasticidade -slump testentre 18 a 22. O consumo de cimento deve serde no mnimo 400 kg/m3, e os agregados utilizados de-vem ser areia e brita 1.

    8.5 Cortinas escoradas

    8.5.1 Vigas de solidarizao

    8.5.1.1 So elementos estruturais destinados a materializaruma condio de apoio previsto nos clculos das cortinasde proteo das escavaes.

    8.5.1.2 Quanto natureza dos materiais utilizados paraas vigas de solidarizao, estes podem ser:

    a) metlicos;

    b)madeira;

    c) concreto armado.

    8.5.1.3 A forma da seo geomtrica, bem como a naturezado material a ser utilizado so determinados pelo clculoestrutural da pea.

    8.5.1.4 As vigas de solidarizao devem ficar totalmenteapoiadas, em toda a sua extenso, na cortina. No casode a cortina ser constituda de peas de proteo hori-zontal apoiadas em elementos verticais, a viga de so-lidarizao s apoiada nos elementos verticais.

    8.5.1.5 A viga de solidarizao deve ser calculada comoviga contnua, e os esforos atuantes so as reaes deapoio provocadas pelas cortinas.

    8.5.2 Escoras

    8.5.2.1 So elementos estruturais destinados a absorveros esforos horizontais da reao de apoio das cortinasde proteo das escavaes.

    8.5.2.2 Quanto natureza dos materiais utilizados paraas escoras, estes podem ser:

    a) metlicos - perfis compostos, laminados ou sol-dados;

    b)madeira;

    c) concreto - elemento pr-moldado ou moldado nolocal.

    8.5.2.3 A forma da seo geomtrica da escora, bem comoa natureza do material a ser utilizado so determinadaspelo clculo estrutural da pea.

    8.5.2.4 O principal esforo atuante nas escoras o esforo

    de compresso; a pea deve ser verificada fundamental-mente aos esforos de flambagem.

    8.5.2.5 Durante a execuo da escavao, podem ocorrercasos de carregamentos verticais nas escoras(p.ex.: equipamentos de rebaixamento do nvel dgua,passarelas para pessoas e transportes de materiais,depsito de materiais, etc.), portanto as peas devem serverificadas tambm flexo composta.

    8.5.2.6 As escoras devem ser colocadas sob tenso, coma finalidade de se evitar uma deformao excessiva nacortina, para se diminuir o recalque superficial do solo

    adjacente.

    8.5.2.7 As escoras podem ter os seus comprimentos deflambagem diminudos com o emprego de apoios internosconstitudos por peas horizontais, verticais, e inclinadas,formando com as escoras um n indeslocvel.

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    11/31

    NBR 9061/1985 11

    8.5.2.8 Quando a escavao muito larga, para se evitarde escorar uma cortina contra a outra, pode-se recorrerao procedimento de colocar as escoras apoiadas emtrechos das estruturas j construdas.

    8.5.2.9 Para o caso de escoras metlicas, quando o seu

    comprimento for maior que 10,00 m, deve ser feita umaverificao, considerando-se o efeito da variao de tem-peratura na escora.

    8.5.2.10 Cada escora deve ser protegida nas suas extre-midades contra escorregamento, toro e deslocamentoaxial.

    8.5.2.11 As posies das escoras devem ser determinadaslevando-se em considerao a menor perturbao pos-svel na estrutura a ser construda na escavao.

    8.5.2.12 As escoras devem ser inspecionadas com

    freqncia, principalmente aps chuvas ou outras ocor-rncias que aumentem o risco de desabamento.

    8.6 Cortinas ancoradas

    8.6.1 So cortinas delgadas de concreto armado, pr-moldadas ou no, que so fixadas ao terreno atravs deancoragens protendidas instaladas no terreno.

    Nota: O uso de ancoragens est normalizado pela NBR 5629.

    8.6.2 As cortinas vazadas ou grelhas ancoradas soconstitudas de vigas de concreto armado e ancoragens,

    sendo aplicadas em taludes de rocha fraturada ou comoreforo de muros.

    8.6.3 O nmero de apoios (ancoragens) da cortina anco-rada calculado, devendo satisfazer aos seguintes cri-trios:

    a) ruptura externa da cortina:

    - ruptura onde o p da cortina desloca-se parafora e o conjunto cortina-solo gira como um cor-po nico, em torno do centro de rotao interior;

    b) ruptura interna:

    - ruptura caracterizada por superfcie profunda, aolongo da qual o equilbrio investigado.

    8.6.4 O sistema esttico adotado para o clculo estruturalconsidera as ancoragens como pontos de apoio da es-trutura.

    8.6.5 Os processos executivos so os seguintes:

    a) processo convencional (mtodo ascendente):

    - a escavao do terreno deve ser executada,deixando o talude com ngulo de inclinao ade-quado quanto estabilidade e em poca nochuvosa. Aps a escavao, a estrutura cons-truda, sendo o tardoz aterrado e incorporado

    camada drenante. O mtodo utilizado para ca-sos de trechos que necessitem de aterro.

    Nota: As ancoragens podem ser instaladas antes ou du-rante a execuo das fases citadas.

    b) processo brasileiro:

    - a execuo de cima para baixo (mtodo des-cendente) em submuramento. Neste processo,que oferece segurana em taludes instveis, emdeslizamentos j ocorridos ou em processo dedeslizamento, a obra realizada em faixas hori-zontais. Utilizam-se as fases de execuo cons-tantes do esquema da Figura 3.

    Nota: O mtodo utilizado para trechos em corte.

    8.6.6 As etapas na execuo de cortinas so as seguintes:

    8.6.6.1 Execuo de cortinas em trechos que necessitemde corte no terreno

    Deve ser programada de modo a no haver problemadurante a execuo da obra.

    a) a cortina pode ser executada por faixas horizon-tais, conforme o esquema bsico da Figura 3;

    b) no caso de utilizao de placas pr-moldadas as-sociadas s ancoragens, as placas devem ser pro-vidas de ferros de espera, para complementaoposterior da cortina com enchimento, entre pla-

    cas, de concreto moldado in loco(ver Figura 3). Asuperfcie do concreto colocado previamente, eque ligada ao concreto novo, deve ser apicoadae chanfrada de maneira adequada (emendas).

    8.6.6.2 Execuo de cortinas em trechos que necessitemde aterro

    Deve-se obedecer o disposto a seguir:

    a) na regio onde deve ser lanado o aterro, o terre-no deve encontrar-se limpo, isto , totalmente des-provido de mato, pedaos de madeira, etc.;

    b) o lanamento de aterro deve ser sistemtico, deacordo com a programao estabelecida, permi-tindo a imediata compactao do solo, evitando-se acmulos de terra que, em perodos chuvosos,podem acarretar srios problemas;

    c) antes do incio do servio, deve-se observar se operodo de cura do concreto foi obedecido, comotambm se todos os tirantes esto incorporados cortina, inclusive os dispositivos de axialidade (cu-nhas, arruelas, etc.);

    d) em hiptese alguma a terra deve ser lanada so-bre os tirantes instalados e sim nos intervalos cor-respondentes, sob o risco de dano aos tirantes;

    e) quando o aterro atingir o nvel dos tirantes, deveser feita uma proteo adicional destes, atravs

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    12/31

    12 NBR 9061/1985

    da argamassa. Na parte correspondente ao tre-cho livre podem ser usados tubos de plstico(100 mm) injetados com calda de cimento

    - antes da execuo da proteo adicional do tre-cho livre descrita acima, o tirante deve ser unta-

    do com leo fino;

    - o recobrimento mnimo deve ser da ordem de4 cm em todo o trecho a ser aterrado;

    f) medida que o aterro executado, a drenagemdeve ser feita, simultaneamente, com a coloca-o do material filtrante de acordo com o projeto;

    g) quando toda uma linha horizontal de tirantes en-contrar-se aterrada, deve ser programado o equi-pamento de protenso para a obra;

    h) salvo autorizao especial, o aterro de uma se-gunda linha horizontal de tirantes s pode ser exe-cutado quando a linha inferior encontrar-se pro-tendida;

    i) a programao de cargas deve ser obedecida ri-gorosamente, de acordo com as especificaesdo projeto;

    j) o aterro atrs de cortinas atirantadas deve ser fei-to de preferncia com compactao mecnica decontrole manual (sapos), sendo tolervel o em-prego de soquetes manuais com massa mnima

    de 15 kg e superfcie de contato com o solo de400 cm2;

    l) a compactao deve alcanar 90% do ensaioProctor Normal, sendo elevada para 95% nos ater-ros com solos predominantemente arenosos;

    m)devem ser feitos previamente ensaios decompactao dos materiais de aterro, em um n-mero mnimo de trs ensaios para cada volumede aterro at 500 m3 e mais trs ensaios para cada500 m3 excedentes ou frao. Esses ensaios defi-niro a umidade tima e a densidade mxima a

    utilizar;

    n) durante a obra, ocorrendo materiais diferentes,os ensaios de compactao devem ser repetidos,de acordo com as especificaes acima, paracada tipo de material;

    o) a qualidade do aterro deve ser controlada por de-terminaes in situda massa especfica e umida-de do aterro compactado, na base de um ensaiopara cada rea compactada de 30 m x 30 m, acada altura de camada a seguir indicada;

    p) at o aterro atingir 1m de espessura, as determi-naes (alnea anterior) so feitas para cada0,30 m de altura do aterro ou sempre que houverdvidas. Aps aquilatada a qualidade dos en-saios de controle iniciais, estes podem ser feitospara cada 0,50 m de camada executada, ao mes-

    mo tempo que se exera cuidadosa fiscalizaovisual;

    q) em aterros onde no haja viabilidade prtica paraatendimento das alneas l, m, n, oe p, as conse-qncias devem ser analisadas pelo projetista,

    que documentar a nova soluo, anexando-a aoprojeto.

    8.6.6.3 Consideraes gerais

    Deve-se observar o seguinte:

    a) o conjunto de fixao da ancoragem estrutura,chapa de distribuio de tenses, arruelas, cal-os e porcas deve ficar protegido contra corrosopor cobertura de concreto, moldada no local ouconstituda de caixa pr-moldada preenchida comargamassa ou pasta de cimento. Antes da execu-

    o desta proteo, deve ser feita a injeo de ci-mento complementar de tirante, para total envol-vimento do tirante, aps a protenso;

    b) no caso de cortina fechada devem ser previstosfuros de drenagem e, se for o caso, devem tam-bm ser previstos drenos profundos;

    c) o programa de escavao deve ser dirigido pelafiscalizao da obra, para evitar acidentes;

    d) no caso de protenso de encontro estruturapreexistente, deve-se verificar se a estrutura ca-

    paz de resistir, sem danos, fora de protensodo conjunto de ancoragens;

    e) devem ser previstas juntas de dilatao para tre-chos de cortina com extenso superior a 12 m,obedecendo-se o detalhe do projeto;

    f) as ancoragens devem ser mantidas retilneas eas cargas nelas aplicadas rigorosamente axiaiscom o auxlio das cunhas, placas, etc.;

    g) recomendvel o uso de instrumentao espec-fica com a finalidade de avaliar o comportamento

    da estrutura em execuo, como tambm de cons-truo adjacente tais como: controle de recalques,determinao de carga residual das ancoragens,medies de deslocamento, etc.

    8.6.7 Quando as ancoragens, por necessidade de exe-cuo, tiverem de invadir terrenos de terceiros, elas spodem ser executadas com autorizao expressa porescrito dos proprietrios dos terrenos a serem invadidos.Na autorizao devem constar as finalidades estruturais(provisria ou definitiva), processos executivos e plantasdetalhadas do projeto total de ancoragens a serem exe-cutadas.

    8.6.8 A execuo de ancoragens em solos expansivos,rochas muito alteradas, rochas com fissuras ou diclasedevem ser executadas com a utilizao de ar comprimido,devido s condies de estabilidade precrias apresen-tadas por estes macios.

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    13/31

    NBR 9061/1985 13

    FASE 1 - Escavao de nichos para colocao dostirantes alternados (1 fileira).

    FASE 2 - Perfurao, colocao do tirante, injeodo furo, colocao da placa, protensocom esforo de ensaio, ancoragem daplaca com esforo de incorporao.

    FASE 3 - Repetio das operaes das fases 1 e2, com relao s placas restantes da 1fileira.

    FASE 4 - Concretagem da cortina na faixa relativa 1 fileira. Repetio das operaes dasfases 1 e 2, com relao s placas al-ternadas da 2 fileira.

    FASE 5 - Repetio das operaes da fase 3, comrelao s placas da 2 fileira, concre-tagem da cortina na faixa relativa 2fileira.

    FASE 6 - Prosseguimento dos trabalhos da mesmamaneira at a concluso da cortina.

    Figura 3

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    14/31

    14 NBR 9061/1985

    9 Escavao em solo

    9.1 Generalidades

    9.1.1 A seqncia executiva de escavao deve seguirintegralmente o plano de escavao previsto no projeto.

    9.1.2 recomendvel que se elabore sees transversaisque sejam representativas da escavao a ser executada.Nestas sees devem constar informaes sobre o tipo equalidade do material a ser escavado.

    9.1.3 Os mtodos e equipamentos a serem utilizados de-pendem do tipo de material a ser escavado, seqnciaprevista da execuo e rea do canteiro de obra.

    9.1.4 Durante a execuo de uma escavao pode-seencontrar obstculos tais como rvores, razes, blocosde rocha, fundaes antigas. A retirada destes obstculosdeve ser efetuada com precauo, principalmente se fornecessrio o uso de explosivos.

    9.1.5 Os acessos para permitir a entrada, circulao esada de operrios devem ser amplos e permanentementedesobstrudos, para permitir um fluxo contnuo de pessoasem casos de emergncia.

    9.1.6 Em uma escavao pode-se ter as seguintes dife-rentes operaes:

    a) escavao propriamente dita;

    b) transporte do escavado: horizontal e vertical;

    c) colocao de material (para aterro);

    d) compactao.

    9.1.6.1 Escavao propriamente dita

    9.1.6.1.1 O material a ser escavado deve ser retirado pormeios manuais ou mecnicos, da cava, com o devidocuidado para no provocar acidentes pessoais ou commateriais.

    9.1.6.1.2 Para materiais arenosos deve-se verificar funda-

    mentalmente: ruptura hidrulica (fenmeno da areiamovedia), carreamento ou fuga de partculas finas domaterial.

    9.1.6.1.3 Para materiais argilosos muito moles deve-severificar fundamentalmente a estanqueidade da proteodos taludes adotada no projeto.

    9.1.6.2 Transporte do escavado

    O transporte deve ser feito com equipamentos adequados,sendo que o vertical mais sujeito a acidentes; portanto,devem ser adotadas medidas para se evitar tais aci-

    dentes.

    Nota: Quando a escavao realizada em regies urbanas, otransporte do escavado deve ser efetuado de modo ano provocar sujeira nas vias urbanas com a queda domaterial transportado.

    9.1.6.3 Colocao de material (aterro)

    A colocao do material para aterro deve seguir osmesmos cuidados que os adotados durante a escavao.Os materiais empregados devem ser sempre de qua-lidade igual ou superior ao existente no solo. Quando osolo for inconsistente ou mole, deve ser substitudo poroutro de melhor qualificao.

    9.1.6.4 Compactao

    As operaes mecnicas ou manuais de compactaodevem seguir o plano estabelecido no projeto.

    9.2 Medidas de proteo

    9.2.1 As escavaes em regies urbanas devem sercercadas e sinalizadas com cartazes de advertncia. Du-rante a noite devem ser colocados sinais luminosos.

    9.2.2 As passarelas provisrias que se fizerem neces-

    srias para a circulao de pessoas devem ser resistentese ter guarda-corpo de ambos os lados.

    9.2.3 As rampas de acessos que estejam sujeitas a usoconstante devem ser sempre inspecionadas.

    9.3 Escavaes superficiais

    Neste grupo esto includas as cavas de fundaes e asvalas para condutos e canais. Tais escavaes exigemuma cuidadosa preparao e execuo; s devem serrealizadas por especialistas que disponham dos ne-cessrios conhecimentos e experincia para garantir umacorreta execuo.

    9.3.1 Profundidade das escavaes

    9.3.1.1 Escavaes at 1,50 m de profundidade podem,em geral, ser executadas sem especial segurana comparedes verticais. Isto se as condies de vizinhana etipo de solo permitirem.

    9.3.1.2 Escavaes com mais de 1,50 m de profundidadedevem, em geral, ser protegidas com taludes ou esco-ramento.

    9.3.1.3 Para menores alturas pode ser necessria autilizao de proteo como nos casos de:

    a) cargas de trfego;

    b) o solo foi afofado por trabalhos anteriores;

    c) so esperadas vibraes junto a escavaes.

    9.3.2 Largura dos espaos de trabalho (cavas de fundao)

    9.3.2.1 Para trabalhos em cavas de fundao que devemser pisadas por pessoas, indispensvel que haja es-pao de trabalho com no mnimo 0,50 m de largura.

    9.3.2.2 O espao de trabalho definido como:

    a) para cavas de fundao em talude

    -a distncia horizontal livre medida no p do talu-de face externa de alvenaria ou face externada forma da construo;

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    15/31

    NBR 9061/1985 15

    b) para cavas de fundao escorada

    - a distncia livre entre a face externa (lado daobra) do escoramento e a face externa da alve-naria ou face da forma da construo. Se existi-rem vigas de solidarizao ou longarinas a me-nos e 1,80 m do fundo da cava de fundao, adistncia livre medida da face da viga ou lon-garina.

    9.3.3 Largura dos espaos de trabalho (valas para condutose canais)

    9.3.3.1 Para trabalhos em valas para condutos e canaisonde h trfego de pessoas, indispensvel que haja aslarguras livres indicadas abaixo:

    D = dimetro externo do fuste do tubo, largura do ca-nal ou largura da seo a ser executada

    L = largura livre

    D 0,40 m L = 0,80 m

    0,40 m < D 0,80 m L = D + 0,60 m

    D > 0,80 m L = D + 0,40 m

    Estes valores devem ser utilizados para valores at4,00 m. Para maiores profundidades, a largura livre deveser estabelecida em cada caso pelo projeto de esca-vao.

    9.3.3.2 A largura livre definida como:

    a) para valas em taludes

    - a distncia entre os ps dos taludes no fundo davala;

    b) para valas escoradas

    - a distncia livre entre as faces das vigas oulongarinas.

    9.3.4 Escavaes em logradouros pblicos e vias urbanas

    9.3.4.1 Qualquer escavao em logradouro pblico e viasurbanas somente pode ser iniciada aps o cumprimentodo rito processual normativo das reparties pblicascompetentes.

    9.3.4.2 A escavao se inicia pela remoo do reves-timento, que deve ser sempre reposto e cujo acabamentodeve ser sempre executado para se obter ao final a mesmatextura de superfcie que o pavimento adjacente.

    9.3.4.3 A escavao, quer se utilizem processos mecnicosou manuais, deve ser feita com cuidado, de forma a seresguardar a integridade de sistemas pblicos instalados

    que, por deficincia de informaes ou cadastros, notenham sido previamente detectados.

    9.3.4.4 Nos casos de logradouros cuja infra-estrutura sejaconhecida, por informaes ou cadastros, indicando aexistncia de grande densidade de redes pblicas, a es-

    cavao sempre de execuo cuidadosa e manual,para no danificar tais redes, bem como possibilitar oseu remanejamento pelas concessionrias pblicascompetentes.

    9.3.4.5 As escavaes, tanto em sua fase de execuo

    como no perodo entre sua abertura e fechamento, devemser preservadas secas, visando-se com isto no s apreservao higinica ambiental como tambm garantir-se a estabilidade de suas paredes.

    9.3.4.6 O reenchimento da escavao deve ser realizadoimediatamente aps a concluso dos servios que deramorigem escavao.

    9.3.4.7 Os materiais empregados no reenchimento ouaterro das escavaes devem ser sempre de qualidadeigual ou superior ao existente no subleito. Quando ocorrera existncia de solos inconsistentes ou moles, devemser substitudos por outros de melhor qualificao.

    10 Escavao em rocha

    10.1 Generalidades

    10.1.1 A escavao em rocha ou desmonte feita comtcnicas especficas e pode ser executada a frio (sem autilizao de explosivos) com o fissuramento prvio ou afogo (com a utilizao de explosivos).

    10.1.2 A escavao de rocha a cu aberto feita atravsde bancadas. Nas bancadas so encontradas trs

    regies caractersticas: praa, face e topo.

    a)praa

    - superfcie na qual operam os equipamentos decarga e transporte do material escavado;

    b)face

    - superfcie vertical ou levemente inclinada dei-xada pelo desmonte;

    c) topo

    - superfcie onde operam os equipamentos de per-furao, carregamentos de explosivos e drenos.

    10.1.3 Os servios de escavao devem obedecer rigoro-samente aos alinhamentos, declividade e taludes indi-cados nos desenhos do projeto.

    10.1.4 As superfcies que ficam expostas permanen-temente devem ter um acabamento tal que assegure umaperfeita drenagem, proporcione um aspecto agradveldo ponto de vista esttico e no ocasione eventuais que-das de blocos.

    10.1.5 O projeto do corte em rocha apresenta diferentesdificuldades e indispensvel que se leve em consi-derao os seguintes fatores: tipo da rocha, caractersticasda rocha, presena de falhas e diclases, veios de solo,presena de gua e direo de escoamento.

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    16/31

    16 NBR 9061/1985

    10.2 Perfurao na rocha

    10.2.1 Os furos na rocha so feitos por equipamentosespeciais denominados perfuratrizes ou marteletes. Naperfuratriz so acopladas uma ou mais hastes (broca)em uma das extremidades. Na extremidade inferior da(s)haste(s) acopla-se uma coroa ou bets na qual nor-malmente cravado material duro (pastilha) usualmentede tungstnio.

    10.2.2 As perfuratrizes, quanto ao modo de perfurar arocha, se classificam em: percussivas, rotativas, percus-sivo-rotativas e de furo-abaixo.

    10.3 Explosivos

    10.3.1 Os explosivos classificam-se em trs categorias:iniciadores ou primrios, altos explosivos e baixos ex-plosivos.

    10.3.2 As propriedades dos explosivos so: fora, velo-cidade, resistncia gua, densidade e segurana nomanuseio.

    10.3.3 Os principais acessrios de detonao utilizadosnas escavaes a cu aberto so: estopim, espoletacomum, espoleta eltrica, cordel detonante e acende-dores.

    10.3.4 O armazenamento, o manuseio e o transporte deexplosivos devem obedecer estritamente aos regula-mentos ditados pelo Ministrio do Exrcito.

    10.3.5 Os explosivos e espoletas devem ser conservadosem suas embalagens originais. As espoletas devem serguardadas em depsitos separados dos explosivos, cor-dis e retardadores.

    10.4 Uso de explosivos e acessrios

    10.4.1 A escavao com emprego de explosivos s deveser executada sob orientao e controle de pessoasespecializadas e autorizadas aps terem sido observadostodos os dispositivos de segurana, visando a proteodo elemento humano, da obra e das propriedades p-blicas e particulares.

    10.4.2 Em todas as detonaes deve ser respeitado olimite mximo da quantidade de explosivo que pode serdetonado por meio de retardo (carga mxima por espera),a fim de evitar danos causados pelas vibraes pro-venientes da onda de choque propagada atravs da rochas construes existentes nas proximidades. Esta cargadeve ser determinada atravs de testes com emprego devibrgrafos, para registro das vibraes ou fixada pormeio de valores obtidos em obras similares para o mesmotipo de material a ser escavado.

    10.4.3 Durante a execuo de escavaes, devem serefetuadas medidas de controle dos efeitos das vibraessobre estruturas vizinhas, para verificar se os limites decarga por espera adotados esto seguros. Devem, ainda,ser considerados os efeitos da onda de choque trans-mitida atravs do ar sobre as estruturas.

    10.4.4 Nenhum fogo pode, em hiptese alguma, serdetonado sem que o plano geral de execuo dos ser-

    vios e o esquema de fogo especfico tenham sido apro-vados. Tais planos devem ser efetuados para cada de-tonao contendo todos os elementos necessrios paraa sua perfeita caracterizao, tais como: quantidade,disposio, dimetros, comprimento e inclinao dos fu-ros, altura de bancada, tipo de explosivos e acessrios,carga de fundo, carga de coluna, carga total, seqnciade detonao, carga por espera, modo de iniciao, volu-me in situ, localizao do fogo, dispositivos de proteocontra lanamento ou projeo de fragmentos, data ehora prevista para a detonao.

    10.4.5 Em zona urbana, a frente da bancada, em cadadetonao, deve ser coberta por meio de rede de cabosde ao, correntes, lonas ou pneus, de modo a evitar olanamento de fragmentos de rocha sobre pessoas ouedificaes vizinhas.

    10.4.6 Antes do incio da perfurao da rocha, deve serverificado com cuidado que no existam minas no de-

    tonadas oriundas de fogos anteriores (negas) no localda perfurao. No caso da existncia de restos de ex-plosivos, estes devem ser afastados cuidadosamente porpessoal habilitado, com jato dgua ou saca, observandoque o material deve ser inerte, tipo alumnio ou cobre.

    10.4.7 Deve ser evitada a perfurao junto com car-regamento dos furos com explosivos. Em casos especiais,pode ser admitido o carregamento de furos a umadistncia mnima de 10 m do local da perfurao, ouigual profundidade do furo, se este exceder o limiteindicado anteriormente.

    10.5 Carregamento de explosivos

    10.5.1 Aps o trmino da perfurao, deve ser verificadaa existncia de obstruo no furo, por meio de uma varade madeira ou tubo plstico. Antes de ser introduzida acarga, os furos so expurgados a ar comprimido.

    10.5.2 A espingarda para limpeza pneumtica dos furosdeve ser de lato, alumnio, cobre ou plstico, sendoterminantemente proibido o uso de tubo de ferro ou ao.Todo o pessoal que operar com explosivos base denitroglicerina deve ser equipado com luvas protetoras.

    10.5.3 O carregamento dos furos deve ser efetuadoimediatamente antes da detonao.

    10.5.4 Os atacadores utilizados para o carregamento deexplosivos s podem ser de madeira ou plstico. Even-tuais luvas ou pinos de conexo dos atacadores so delato, alumnio ou plstico. O dimetro do atacador deveser sempre, pelo menos, 1 cm inferior ao dimetro dofuro.

    10.5.5 O cartucho-escorva sempre colocado primeiro,at o fundo do furo. Para eventual tampo, utilizadaareia ou terra completamente livres de fragmentos derocha de qualquer tamanho.

    10.5.6 No permitido fumar ou acender fogo de qualquer

    espcie no local do carregamento.10.6 Detonao

    10.6.1 Se a detonao for iniciada com espoletas eltricasde retardo, no permitido que as ligaes ou o troncoprincipal cheguem a uma distncia menor do que 10 m

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    17/31

    NBR 9061/1985 17

    de linhas eltricas, de qualquer tipo, e devem estar distncia segura de gua corrente ou empoada. Todosos cabos no podem ter emendas. Durante o carrega-mento os fios das espoletas devem ser mantidos em curto,at o momento do uso.

    10.6.2 A utilizao de espoleta eltrica, quando conjun-tamente na obra forem utilizados radiotransmissoresmveis com potncia inferior a 50W e freqncia supe-rior a 30 MHz (radiotransmissores instalados em carros),s permitida a uma distncia mnima de 15 m dotransmissor ou de estrada trafegada por carros com rdio.Devem ser colocadas placas e aviso para desligar o rdio,em lugar bem visvel, a uma distncia de 150 m do localdo carregamento.

    10.6.3 No caso de transmissores de freqncia inferior a30 MHz, no permitido o carregamento com espoletasa distncias da antena inferiores s indicadas na Tabe-la 2.

    Tabela 2 - Distncia mnima para detonao

    Potncia do transmissor Distncia mnima do localda detonao do

    transmissor(W) (m)

    25 30

    100 70

    500 150

    1.000 200

    5.000 400

    10.000 600

    10.6.4 Podem ser usadas espoletas eltricas de alta oubaixa sensibilidade e de micro ou macroespera, ligadasem srie ou srie-paralelo, mas nunca exclusivamenteem paralelo.

    10.6.5 As caractersticas dos dispositivos eltricos e de-tonadores devem ser sempre testados conforme indi-

    caes dos fabricantes, para que seja verificado seu graude eficincia.

    10.6.6 A ligao da corrente eltrica em nenhum casoser executada com baterias ou pilhas, ou outras fontesde energia com plos descobertos. No ser permitidotambm a utilizao de corrente alternada sem uso deretificador de corrente.

    10.6.7 A determinao da voltagem e amperagemnecessrias em cada caso, de acordo com o nmero deespoletas, comprimento e resistncia dos condutores, objeto de exame cuidadoso. Antes do fogo, deve ser me-

    dida a resistncia do circuito com galvanmetro de tipoaprovado para o trabalho desta natureza.

    10.6.8 Em nenhum caso autorizada a detonao de umfogo quando a resistncia medida no circuito no conferircom a resistncia indicada no esquema apresentado.

    No caso em que o exame rigoroso do circuito no permitalocalizar e corrigir qualquer defeito de ligao, devemser cuidadosamente retirados os tampes dos furos comjatos dgua e espingarda, e os furos com espoletas falhasso outra vez escorvados na parte superior da cargacom um novo circuito de espoletas.

    10.6.9 No caso de utilizao de cordel detonante, esteno deve ser aprovado quando se apresentar danificadomecanicamente ou por leo, umidade, querosene ou ga-solina.

    10.6.10 As ligaes devem ser feitas de acordo com asinstrues do fornecedor, utilizando as conexes por eleindicadas. O tronco principal de detonao deve ser colo-cado em forma de anel, de modo que a detonao alcancecada fileira sempre pelos dois lados.

    10.7 Evacuao e vigilncia do local do fogo

    10.7.1 Na obra devem ser instalados os devidos sinais dealerta em nmero e tamanho adequados, de que estsendo realizada na rea operao de escavao a fogo.Esta sinalizao deve estar claramente visvel por todosque entrem na rea ou passem perto da obra.

    10.7.2 Durante o carregamento, o local deve ser aban-donado por todo pessoal no diretamente ligado ope-rao. Deve ser completamente evacuada uma reamnima limitada por 250 m a jusante e 200 m a montante,10 min antes da detonao. Nos caminhos de acessodevem ser colocados elementos do servio de segurana

    com bandeiras vermelhas. Esses elementos tm sufi-ciente autoridade para impedir a passagem de qualquerpessoa no diretamente ligada operao de carrega-mento e controle final.

    10.7.3 O aviso final da detonao feito por meio de si-rene, de intensidade de som, tal que seja ouvido emtodos os setores de obra e vizinhana; deve ser efetuadosegundo o esquema seguinte:

    a) 10 min antes do fogo ............. um apito de 10 s;

    b) 5 min antes do fogo ............... dois apitos de 10 s,

    com 5 s de interva-lo entre os apitos;

    c) 1 min antes do fogo ............... trs apitos de 10 s,com 5 s de interva-lo entre os apitos.

    10.7.4 Logo aps a detonao so liberados os caminhosde acesso. Somente aps 5 min da detonao permitidoo acesso ao local da detonao.

    10.7.5 Os explosivos e espoletas no utilizados devemser recolhidos aps cada fogo aos seus respectivos de-psitos.

    10.7.6 Os resduos de explosivos no explodidos, comoas espoletas que falham, so destrudos mediante explo-so em local afastado, conforme legislao especfica.

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    18/31

    18 NBR 9061/1985

    11 Medidas de proteo aos operrios

    11.1 Trfego na rea de escavao

    11.1.1 Os pontos de acesso de veculos e equipamentos rea de escavao devem ter sinalizao de adver-tncia permanente.

    11.1.2 O trfego prximo s escavaes deve ser desviado.Quando no for possvel, deve ser reduzida a velocidadedos veculos.

    11.2 Andaimes

    11.2.1 Os andaimes devem ser dimensionados e cons-trudos de modo a suportar com segurana, as cargas detrabalho a que esto sujeitos.

    11.2.2 Os estrados de andaimes devem ter largura mnimade 1,20 m e ser formados por pranchas de madeira de0,025 m de espessura mnima, ser de boa qualidade,isentas de ns, rachaduras e outros defeitos capazes dediminuir sua resistncia.

    11.2.3 As pranchas devem ser colocadas lado a lado,sem deixar intervalos, de modo a cobrir todo o compri-mento da travessa.

    11.2.4 As pranchas no devem ter mais de 0,20 m debalano, e sua inclinao no deve ser superior a 15%.

    11.2.5 Os andaimes devem ser amarrados a estruturasfirmes, estaiados e ancorados em pontos que apresentemresistncia. Os montantes dos pontaletes devem apoiar-se em partes resistentes, e as cargas transmitidas aosolo devem ser compatveis com a sua resistncia.

    11.2.6 Os andaimes devem dispor de guarda-corpo de0,90 m a 1,20 m de altura e rodap de 0,20 m de alturamnima.

    11.2.7 Quando o vento ameaar a segurana dos oper-rios, deve ser determinada a suspenso do trabalho noandaime.

    11.2.8 obrigatrio o uso de corda e cinto de segurana,nos operrios que trabalham em andaimes.

    11.3 Escadas, passagens e rampas

    11.3.1 Escadas, passagens e rampas provisrias, paracirculao de operrios, devem ser de construo slidacom 0,80 m de largura mnima, dotadas de rodap eguarda-corpo laterais.

    11.3.2 As escadas de mo sem guarda-corpo devem serfirmemente apoiadas no plano inferior e superior, ul-trapassando o plano de acesso, no mnimo, de 0,90 m.

    11.3.3 As vias de circulao devem ser mantidas limpas edesimpedidas, visando a livre circulao dos operriosem caso de emergncia.

    11.4 Instalaes eltricas

    11.4.1 Todas as instalaes eltricas no canteiro de obradevem ser executadas e mantidas por pessoal habilitado,empregando-se material de boa qualidade.

    11.4.2 As partes vivas expostas dos circuitos e equipa-mentos eltricos devem ser protegidas contra contatosacidentais.

    11.4.3 As redes de alta-tenso devem ser instaladas emaltura e posio de modo a evitar contatos acidentais

    com veculos, equipamentos e operrios.

    11.4.4 O sistema de iluminao do canteiro de obra devefornecer iluminamento suficiente e em condio desegurana. Ateno especial deve ser dada iluminaode escadas, aberturas, passagens e rampas.

    11.5 Proteo individual

    11.5.1 obrigatrio o uso de equipamentos de proteoindividual pelos operrios.

    11.5.2 Os equipamentos de proteo individual utilizadospelos operrios em uma obra de escavao so:

    a) capacete de segurana, todos os operrios;

    b) cinto de segurana, nos trabalhos em que houverperigo de queda;

    c) mscara de soldador, luvas, mangas, perneiras eavental de raspa de couro, nos trabalhos de soldaeltrica;

    d) culos de segurana, nos trabalhos com ferramen-tas de apicoamento;

    e) luva de couro ou lona plastificada, para a proteodas mos no manuseio de materiais abrasivos oucortantes;

    f) luva de borracha, para trabalho em circuitos e equi-pamentos eltricos;

    g) botas impermeveis, para trabalho em terrenosencharcados;

    h) sapatos adequados que ofeream proteo con-tra pregos.

    12 Escavaes padronizadas

    12.1 Generalidades

    12.1.1 Quando as condies de vizinhana permitirem(construes vizinhas, redes de utilidades pblicas, etc.),bem como a ausncia do nvel dgua no trecho a serescavado, pode-se utilizar as prescries deste captulosem que seja feito um clculo mais rigoroso.

    12.1.2 Estas prescries, a serem utilizadas, pressupemum solo homogneo; se houver dvida quanto homo-geneidade do solo, ento o clculo deve ser realizado, eestas prescries no utilizadas.

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    19/31

    NBR 9061/1985 19

    12.2 Escavaes no protegidas para cava defundaes e valas

    12.2.1 Escavaes no mximo de 1,25 m de profundidadepodem ser construdas com paredes verticais sem me-didas de proteo especiais se a inclinao da superfcie

    do solo adjacente :a) menor que 1:10, em solos no coesivos;

    b) menor que 1:2, em solos coesivos.

    Em solos coesivos permitido escavar a uma profundi-dade de at 1,75 m, conforme as Figuras 4a e 4b.

    12.2.2 Escavaes com profundidades maiores que as jvistas no item anterior, at uma profundidade de 3,00 m,devem ser executadas com as paredes em taludes cujongulo com a horizontal no deve exceder:

    a) em solos no coesivos ou coesivos mdios ........................................................................... 45;

    b) em solos coesivos resistentes .................. 60;

    c) em rocha ................................................... 80.

    12.2.3 Escavaes com profundidades menores ou iguaisa 5,00 m devem utilizar patamares (bermas ou pla-taformas) com largura superior a 1,50 m (ver Figura 5).

    (a) (b)

    Figura 4

    Figura 5

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    20/31

    20 NBR 9061/1985

    12.3 Escavaes protegidas para cava de fundaese valas

    As escavaes devem ser protegidas se as espe-cificaes de 12.2 no forem obedecidas. Os esco-ramentos padronizados dados em 12.3.1 e 12.3.2 podemser utilizados, sem especial verificao esttica, se as

    seguintes condies forem verificadas:

    a) a superfcie do terreno apresenta-se aproximada-mente horizontal;

    b) ocorre solo no coesivo ou solo coesivo que, noseu estado natural apresente uma consistnciarija ou semidura ou por meio de rebaixamento donvel dgua adquira essa consistncia;

    c) cargas estruturais no tm influncia na distribui-o de presso do solo;

    d) veculos de carga e equipamentos da obra man-

    tm uma adequada distncia de pelo menos3,00 m at a face das pranchas de madeira.

    12.3.1 Escoramento com pranchas horizontais (verFigura 6)

    12.3.1.1 At uma profundidade de, pelo menos, 0,50 mabaixo da superfcie do terreno devem ser colocadaspranchas duplas.

    12.3.1.2 Os vos e os comprimentos em balano daspranchas, o dimetro, a distncia vertical e o comprimentoadmissvel de flambagem das estroncas regulam-se pelaespessura das pranchas e pela altura da parede.

    12.3.1.3 Para pranchas de 2,50 m a 4,50 m de comprimento

    com travas de 8,0 cm x 16,0 cm e estronca de dimetrocom 10,0 cm, as especificaes podem ser obtidas naTabela 3, segundo as indicaes contidas na prpriaTabela.

    12.3.1.4 Para pranchas de 2,50 m a 4,50 m de comprimentocom travas de 12,0 cm x 16,0 cm e estronca de dimetrocom 12,0 cm as especificaes podem ser obtidas naTabela 4, segundo as indicaes contidas na prpriaTabela.

    12.3.1.5 Se os comprimentos em balano l4 das travas demadeira indicadas nas Tabelas 3 e 4, linha 5, no bastam

    para se conseguir um suficiente espao de trabalho,devem ser utilizadas travas adicionais com, pelo menos,1,50 m de comprimento. Alm disto, a distncia lu da es-tronca inferior ao fundo da vala deve ser, no mximo, togrande quanto a distncia daquela estronca a que estimediatamente acima, contudo no maior que as indi-cadas nas Tabelas 3 e 4, linha 6.

    (a) (b)

    Figura 6

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    21/31

    NBR 9061/1985 21

    Tabela 3 - Escoramento com pranchas horizontaisTravas de 8,0 cm x 16,0 cm - Estronca 10,0 cm

    Espessura S das pranchasLinha Grandezas dimensionadas

    5 cm 6,3 cm 7,6 cm

    1 Altura mxima h 3,00 m 3,00 m 4,00 m 5,00 m 5,00 m

    2 Vo mximo l1 1,90 m 2,10 m 2,00 m 1,90 m 2,10 m

    3 Comprimento mximo do balano l2 0,50 m 0,50 m 0,50m 0,50m 0,50 m

    4 Vo mximo das escoras l3 0,70 m 0,70 m 0,65 m 0,60 m 0,60 m

    5 Balano l4 das travessas 0,30 m 0,30 m 0,30 m 0,30 m 0,30 m

    6 Balano lu das travessas 0,60 m 0,60 m 0,55 m 0,50 m 0,50 m

    7 Comprimento Sk das estroncas 1,65 m 1,55 m 1,50 m 1,45 m 1,35 m

    8 Carga mxima nas estroncas 31 kN 34 kN 37 kN 40 kN 43 kN

    Tabela 4 - Escoramento com pranchas horizontaisTravas de 12,0 cm x 16,0 cm - Estronca 12 cm

    Espessura S das pranchasLinha Grandezas dimensionadas

    5 cm 6,3 cm 7,6 cm

    1 Altura mxima h 3,00 m 3,00 m 4,00 m 5,00 m 5,00 m

    2 Vo mximo l1 1,90 m 2,10 m 2,00 m 1,90 m 2,10 m

    3 Comprimento mximo do balano l2 0,50 m 0,50 m 0,50 m 0,50 m 0,50 m

    4 Vo mximo das escoras 1,10 m 1,10 m 1,00 m 0,90 m 0,90 m

    5 Balano l4 das travessas 0,40 m 0,40 m 0,40 m 0,40 m 0,40 m

    6 Balano lu das travessas 0,80 m 0,80 m 0,75 m 0,70 m 0,70 m

    7 Comprimento Sk das estroncas 1,95 m 1,85 m 1,80 m 1,75 m 1,65 m

    8 Carga mxima nas estroncas 49 kN 54 kN 57 kN 59 kN 64 kN

    12.3.2 Escoramento com pranchas verticais (ver Figura 7)

    12.3.2.1 Para longarinas ou vigas de solidarizao demadeira com dimenses de 16 cm x 16 cm e para es-troncas de madeira com dimetro de 12 cm, as es-pecificaes podem ser obtidas na Tabela 5, segundoindicaes contidas na prpria tabela.

    12.3.2.2 Para longarinas ou vigas de solidarizao demadeira com dimenses de 20 cm x 20 cm e para es-troncas de madeira com dimetro de 14 cm, as es-pecificaes podem ser obtidas na Tabela 6, segundo

    indicaes contidas na prpria tabela.

    12.3.2.3 A distncia lo da superfcie do terreno at o pri-meiro nvel de escora, no deve ser maior que a distncia

    do primeiro ao segundo nvel de escoras, nem maior queos valores indicados nas Tabelas 5 e 6, na linha 2.

    12.3.2.4 A distncia lu do fundo da cava at o nvel deescora inferior, no deve ser maior que a distncia eixo aeixo daquele nvel ao nvel imediatamente acima, nemmaior que os valores indicados nas Tabelas 5 e 6, nalinha 4.

    12.3.2.5 Se as longarinas ou vigas de solidarizao soapoiadas pelas escoras nos pontos correspondentes s

    quintas partes de seu comprimento, ento os espaa-mentos l2 indicados nas Tabelas 5 e 6 podem ser aumen-tados de um tero.

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    22/31

    22 NBR 9061/1985

    (a) (b)

    Figura 7

    Tabela 5 - Escoramento com pranchas verticaisLongarinas (vigas) de 16 cm x 16 cm - Estronca 12 cm

    Espessura S das pranchasLinha Grandezas dimensionadas

    5 cm 6,3 cm 7,6 cm

    1 Altura mxima h 3,00 m 3,00 m 4,00 m 5,00 m 5,00 m

    2 Comprimento mximo do balano lo 0,50 m 0,60 m 0,60 m 0,60 m 0,70 m

    3 Vo mximo l1 1,80 m 2,00 m 1,90 m 1,80 m 2,00 m

    4 Comprimento mximo do balano lu 1,20 m 1,40m 1,30 m 1,20 m 1,40 m

    5 Vo mximo l2 das longarinas 1,60 m 1,50 m 1,40 m 1,30 m 1,20 m

    6 Comprimento mximo do balano l3 0,80 m 0,75 m 0,70 m 0,65 m 0,60 m

    7 Comprimento Sk das estroncas 1,70 m 1,65 m 1,50 m 1,30 m 1,25 m

    8 Carga mxima nas estroncas 61 kN 62 kN 70 kN 79 kN 80 kN

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    23/31

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    24/31

    24 NBR 9061/1985

    13.1.3 Na elaborao do programa de instrumentao,devem ser conhecidas as potencialidades e limitaesde cada sistema de medida a ser empregado. Usualmenteso utilizados os seguintes termos em instrumentao:

    a) acurcia (ou correo):

    - indica quanto uma medida aproxima de seu va-lor real;

    b) preciso:

    - a preciso do aparelho de medida indica quan-to cada uma, de um conjunto de observaespara o mesmo evento, se aproxima da mdia doconjunto de observaes;

    c) sensitividade:

    - menor unidade de medida detectvel pelo apa-relho;

    d) erro:

    - diferena entre o valor observado e o valor realda quantidade que est sendo medida.

    13.2 Resultados

    Os resultados obtidos com a instrumentao da esca-vao e estruturas prximas visam em geral quantificar:

    a) deslocamentos verticais (recalques) e horizontaisde estruturas;

    b) movimentos de abertura de fissuras;

    c) deslocamentos relativos de estruturas;

    d) deslocamentos superficiais e profundos de maci-os de solo e rocha;

    e) distribuio de tenses em regies crticas na reade influncia da escavao ou em estruturas a

    ela associadas;

    f) tenses e deformaes em tirantes, no caso deobras ancoradas;

    g) demais grandezas necessrias interpretao dealguma informao especfica.

    13.3 Tipos de instrumentao

    Os tipos de instrumentao mais difundidos no acom-panhamento so:

    13.3.1 Pinos de referncia (ver Figura 8)

    Utilizados em estruturas para o controle de recalques,medindo-se deslocamentos em relao a um marco dereferncia (Bench-Mark).

    13.3.2 Marco de referncia (Bench-Mark) (ver Figura 9)

    Deve ser instalado, fora ou dentro do permetro da obra,a salvo de influncias de vibraes ou quaisquer outrosfatores que possam alterar suas caractersticas de refe-rencial.

    13.3.3 Medidores de convergncia

    So medidores de deslocamentos relativos (geralmentehorizontais) entre duas estruturas ou entre partes da mes-ma estrutura.

    13.3.4 Fios de prumo

    Utilizados para medies de deslocamentos horizontaisde pontos da estrutura, com relao a um ponto da fun-dao suficientemente profundo para poder ser con-siderado como referncia fixa. Os fios de prumo podemser invertidos ou no, e o sistema de medies dos des-

    locamentos deve ser feito em funo da preciso de-sejada.

    13.3.5 Inclinmetros

    13.3.5.1 Utilizados para medir deslocamentos horizontaisdo macio ou estruturas, a partir da medida dos deslo-camentos de tubo instalado no terreno ou estrutura.

    13.3.5.2 Basicamente consiste de um pndulo agindo sobao da gravidade, que mede a inclinao de um tor-pedo (no interior do qual est instalado) em relao vertical, por meio de sinal eltrico, transmitido a um equi-

    pamento de leitura, na superfcie do terreno.

    13.3.6 Tassmetros (ver Figura 10)

    Utilizado na medio de recalques, com a finalidade dese controlar as movimentaes do terreno em profun-didade prefixadas.

    13.3.7 Instrumentao de obras ancoradas

    Deve ser feita atravs de dois tipos de medies:

    a) de deslocamentos;

    b) de cargas nas ancoragens.

    13.3.7.1 Para medio de deslocamentos (ver Figura 11):

    a) com instrumentos topogrficos de preciso;

    b) fio de prumo;

    c) ancoragens de referncia

    -mede-se deslocamentos horizontais absolutosdas estruturas ancoradas;

    d) observao do movimento de juntas

    -atravs de marcos, selos de gesso ou de arga-massa de cimento e placas metlicas coladasna estrutura.

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    25/31

    NBR 9061/1985 25

    13.3.7.2 Para medies de cargas (ver Figura 12):

    a) clulas de carga:

    - instaladas entre a cabea da ancoragem e aplaca de distribuio de tenses, apresentam,em geral, formato de anel achatado ou de al-mofadada plana, perfurada na parte central, sen-do instaladas conjuntamente com a ancoragem.Podem ser, quanto ao funcionamento: mecni-cas, fotoelsticas, eltricas e hidrulicas;

    b) conjunto macaco-bomba aferido:

    - o mesmo sistema utilizado para dar protensos ancoragens;

    c) ancoragem instrumentada com Strain-gages:

    - mede-se a carga atuante na barra ou fio, atravs

    do deslocamento do ao;

    d) alongmetros:

    -haste instalada dentro do tubo de injees.Mede-se a variao do alongamento do trecholivre da ancoragem.

    13.3.8 Piezmetros

    Utilizados para medio de presses de gua em pro-fundidades fixadas. Devem ser escolhidos em funesdo tempo de resposta da leitura desejado, devendo serinstalados com certa antecedncia ao incio das esca-vaes. Os tipos de piezmetros mais utilizados so:

    a) de tubo aberto - tipo Casagrande (ver Figura 13);

    b)hidrulicos;

    c) eltricos.

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    26/31

    26 NBR 9061/1985

    Figura 8 - Esquema do pino e instalao

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    27/31

    NBR 9061/1985 27

    Figura 9 - Esquema do marco de referncia (Bench-Mark)

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    28/31

    28 NBR 9061/1985

    Figura 10 - Esquema do tassmetro de haste (medidor de recalques)

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    29/31

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    30/31

    30 NBR 9061/1985

    Figura 12 - Esquemas de instrumentos de medio de cargas em ancoragens

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb

  • 7/31/2019 Segurana na escavao a cu aberto: ABNT NBR 9061

    31/31

    NBR 9061/1985 31

    Unid.: m

    Licena de uso exclusivo para Petrobrs S/A Cpia impressa pelo Sistema Target CENWeb