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1. BIOSSEGURANÇA De acordo com as normas de biossegurança o presente curso objetiva enfatizar e orientar a importância da Biossegurança nos centros de beleza, bem como desenvolver o conhecimento dos profissionais trabalhadoras como: manicure, pedicure, podologa, cabelereira e esteticista, massagista, como proceder com segurança no manuseio e utilização de materiais que possam ser fontes de disseminação e infecção de patógenos causadores de doenças infectocontagiosas, fungos e bactérias e parasitas. A biossegurança é a ciência que estuda o manuseio de substâncias biológicas avaliando todas as condições que serão necessárias para a atividade profissionais ligadas a saúde, bem como o correto manuseio dessas substâncias, que podem causar contaminação seja por: sangue, fluidos corporais, secreções manuseio de equipamentos perfuro- cortantes, etc.... Biossegurança ou segurança biológica refere-se á aplicação do conhecimento, técnicas e equipamentos com a finalidade de prevenir a exposição do trabalhador, laboratório e ambiente a agentes potencialmente infecciosos ou biorriscos. Biossegurança define as condições sobre as quais os agentes infecciosos podem ser seguramente manipulados e contidos de forma segura. A biossegurança possui uma abrangência em todos os ramos de atuação profissional e apresenta uma interdisciplinaridade, pois esta ciência é o conjunto de medidas (ações) voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos acidentes ocupacionais ou de trabalho de todas as profissões desenvolvidas pelo ser humano, inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviço, riscos que poderão acarretar danos à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados” (Teixeira; Valle, 1996). "A biossegurança pode ser entendida, hoje, como uma ocupação, agregada a qualquer atividade onde o risco à saúde humana esteja presente" (COSTA; COSTA, 2002, p. 4). Este foco de atenção retorna ao ambiente ocupacional e amplia-se para a proteção ambiental e a qualidade. Estas definições mostram que a biossegurança envolve as seguintes relações: Tecnologia risco homem agente biológico risco homem tecnologia risco sociedade biodiversidade risco economia. De acordo com Teixeira e Valle (1996), é fundamental conhecer as normas na manipulação dos agentes microbianos. Devido aos riscos de contaminação que os mesmos oferecem, devemos ter o conhecimento sobre a invasão, e a resistência aos métodos de controle de micro organismos e os mecanismos de patogenicidade. Neste sentido vale ressaltar que nos ambientes de estabelecimentos de estética e salões de beleza a adoção das medidas de biossegurança são imprescindíveis para a proteção tanto do profissional quanto a do cliente.

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  • 1. BIOSSEGURANA

    De acordo com as normas de biossegurana o presente curso objetiva enfatizar e

    orientar a importncia da Biossegurana nos centros de beleza, bem como desenvolver o conhecimento dos profissionais trabalhadoras como: manicure, pedicure, podologa, cabelereira e esteticista, massagista, como proceder com segurana no manuseio e utilizao de materiais que possam ser fontes de disseminao e infeco de patgenos causadores de doenas infectocontagiosas, fungos e bactrias e parasitas.

    A biossegurana a cincia que estuda o manuseio de substncias biolgicas

    avaliando todas as condies que sero necessrias para a atividade profissionais ligadas a sade, bem como o correto manuseio dessas substncias, que podem causar contaminao seja por: sangue, fluidos corporais, secrees manuseio de equipamentos perfuro- cortantes, etc....

    Biossegurana ou segurana biolgica refere-se aplicao do conhecimento,

    tcnicas e equipamentos com a finalidade de prevenir a exposio do trabalhador, laboratrio e ambiente a agentes potencialmente infecciosos ou biorriscos.

    Biossegurana define as condies sobre as quais os agentes infecciosos podem

    ser seguramente manipulados e contidos de forma segura.

    A biossegurana possui uma abrangncia em todos os ramos de atuao profissional e apresenta uma interdisciplinaridade, pois esta cincia o conjunto de medidas (aes) voltadas para a preveno, minimizao ou eliminao de riscos acidentes ocupacionais ou de trabalho de todas as profisses desenvolvidas pelo ser humano, inerentes s atividades de pesquisa, produo, ensino, desenvolvimento tecnolgico e prestao de servio, riscos que podero acarretar danos sade do homem, dos animais,

    a preservao do meio ambiente e a qualidade dos resultados (Teixeira; Valle, 1996).

    "A biossegurana pode ser entendida, hoje, como uma ocupao, agregada a qualquer atividade onde o risco sade humana esteja presente" (COSTA; COSTA, 2002,

    p. 4).

    Este foco de ateno retorna ao ambiente ocupacional e amplia-se para a proteo ambiental e a qualidade. Estas definies mostram que a biossegurana envolve as seguintes relaes: Tecnologia risco homem agente biolgico risco homem tecnologia risco sociedade biodiversidade risco economia.

    De acordo com Teixeira e Valle (1996), fundamental conhecer as normas na manipulao dos agentes microbianos. Devido aos riscos de contaminao que os mesmos oferecem, devemos ter o conhecimento sobre a invaso, e a resistncia aos mtodos de controle de micro organismos e os mecanismos de patogenicidade. Neste sentido vale ressaltar que nos ambientes de estabelecimentos de esttica e sales de beleza a adoo das medidas de biossegurana so imprescindveis para a proteo tanto do profissional

    quanto a do cliente.

  • O presente curso tem por objetivo capacitar e contribuir para a importncia das boas praticas da biossegurana nas clinicas de estticas e sales. A preocupao com a biossegurana faz parte de uma tendncia mundial, no estando restrita somente rea de sade.

    Segundo Nogueira (1996, p. 71-73), a biossegurana deve ser vista como a realizao de prticas destinadas a conhecer e controlar os riscos que o trabalho em sade, e tambm em esttica, pode afetar ao ambiente e vida, e deve ser um dos principais

    objetivos em uma clinica de esttica.

    Com o desenvolvimento econmico e as possibilidades de abrir novos negcios e a grande procura pela sade e a beleza tm aumentado a procura por estes servios, e de acordo com a demanda existe uma preocupao com a qualidade destes servios, j que a no adeso desses equipamentos de proteo individual e a falta de higiene de alguns materiais podem gerar inmeros transtornos e danos a sade desses clientes. Neste sentido as normas de biossegurana devem ser empregadas e executadas conforme legislao vigente respeitando as normas e conduta das boas prticas, voltadas para a execuo dos

    trabalhos nos ambientes de centros estticas.

    Com base no trabalho executado e a realizao da visita tcnica na clinica de esttica, elaboramos algumas perguntas sobre a Biossegurana nos centros de esttica e

    o conhecimento acerca deste assunto.

    PERGUNTAS:

    1) O que voc entende por biossegurana?

    2) Todos seus colegas no seu local de trabalho conhece o que Biossegurana?

    1.2 Nveis De Biossegurana

    A CTNBio Comisso Tcnica Nacional de Biossegurana, classifica a

    Biossegurana em 4 nveis:

    NB1: baixo risco individual e coletivo. Inclui microorganismos que nunca foram descritos como agente causal de doenas para o homem e que no constituem risco para o meio ambiente;

    NB2: representa risco individual moderado e risco coletivo limitado. Pouca probabilidade de alto risco para profissionais do laboratrio. Ex. Schistosoma mansoni (causador da esquistossomose);

    NB3: representa risco individual elevado e risco coletivo baixo.

    Enfermidades graves nos profissionais de laboratrio. Ex. Mycobacterium tuberculosis (causador da tuberculose);

    NB4: agrupa agentes que causam doenas graves para o homem.

  • Representam um srio risco para os profissionais de laboratrio e para a coletividade. Ex. vrus Ebola.

    2. DEFINIES BSICAS APLICADAS A BIOSSEGURANA

    AGENTES AMBIENTAIS: so elementos ou substncias presentes nos diversos

    ambientes humanos que, quando encontrados acima dos limites de tolerncia, podem causar danos sade das pessoas.

    AGENTES BIOLGICOS: so introduzidos nos processos de trabalho pela

    utilizao de seres vivos (em geral microorganismos) como parte integrante do processo produtivo, tais como vrus, baclos, bactrias, etc, potencialmente nocivos ao ser humano.

    AGENTES ERGONMICOS: so riscos introduzidos no processo de trabalho por agentes (mquinas, mtodos, etc) inadequados s limitaes dos seus usurios.

    AGENTES FSICOS: so os riscos gerados pelos agentes que tm capacidade de

    modificar as caractersticas fsicas do meio ambiente.

    AGENTES MECNICOS: So os riscos gerados pelos agentes que derrancam o contato fsico direto com a vtima para manifestar a sua nocividade.

    AGENTES QUIMICOS: so as substncias, compostos ou produtos que possam

    penetrar no organismo pela via respiratria, nas formas de poeiras, fumos, nvoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposio, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo atravs da pele ou por ingesto. So os riscos gerados por agentes que modificam a composio qumica do meio ambiente.

    GUA ESTRIL: aquela que sofreu tratamento fsico com a finalidade de eliminar

    qualquer tipo de vida microbiana ali presente.

    GUA TRATADA: aquela que sofreu tratamento fsico e/ou qumico com a finalidade de remover impurezas e germes patognicos.

    ANTI-SEPSIA: a eliminao de formas vegetativas de bactrias patognicas de um

    tecido vivo.

    ARTIGO CRTICO: todo o instrumental prfuro-cortante que penetra em tecidos e entra em contato com sangue e secrees.

    ARTIGO DESCARTVEL: o produto que aps o uso perde as suas caractersticas

    originais e no deve ser reutilizado e nem reprocessado.

    ARTIGO NO-CRTICO: todo artigo destinado apenas ao contato com a pele ntegra do paciente.

  • ARTIGO SEMI-CRTICO: todo o instrumental que entra em contato com a pele ou mucosas ntegras.

    ARTIGOS: compreendem instrumentos de natureza diversos, tais como utenslios

    (talheres, louas, comadres, papagaios, etc.), acessrios de equipamentos e outros.

    ASSEPSIA: o conjunto de medidas adotadas para impedir que determinado meio seja contaminado.

    BIODIVERSIDADE: a diversidade da natureza viva. Incluindo a variedade gentica

    dentro das populaes e espcies, a variedade de espcies da flora, da fauna, de fungos macroscpicos e de microrganismos, a variedade de funes ecolgicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, hbitats e ecossistemas formados pelos organismos.

    DESCONTAMINAO: o processo de eliminao total ou parcial da carga

    microbiana de artigos ou superfcies, tornando-os aptos para o manuseio seguro. Este processo pode ser aplicado atravs de limpeza, desinfeco e esterilizao.

    DESINFECO: o processo de eliminao de vrus, fungos e formas vegetativas

    de bactrias, porm no seus esporos. EPI: equipamento de proteo individual que se compe de culos, mscaras, botas,

    luvas e avental impermevel ou no e protetor para rudos.

    ESTERILIZAO: o processo de eliminao de todos os microorganismos presentes no instrumental, tais como vrus, fungos e bactrias, inclusive seus esporos.

    LIMPEZA OU HIGIENE: o asseio ou retirada da sujidade de qualquer superfcie.

    RISCO: a probabilidade de ocorrncia de um evento de interesse. Sob a tica da

    segurana do trabalho a combinao entre a frequncia de ocorrncia de um acidente e a sua consequncia.

    3. NOES BSICAS DE MICROBIOLOGIA 3.1 Histrico:

    Os microrganismos ou micrbios foram descritos pela primeira vez pelo

    microscopista holands Anton Van Leeuwenhoek no perodo compreendido entre 1670 a 1680.

    No entanto, permaneceram na obscuridade ou como meras curiosidades at

    meados do sculo XIX, quando Louis Pasteur, considerado o Pai da Microbiologia, e Robert

  • Koch atravs de experimentos deram microbiologia a importncia devida, fundando-a como cincia e disciplina.

    As contribuies de Pasteur vo desde a distribuio dos microrganismos no ambiente, os meios para control-los, da teoria da gerao espontnea, o desenvolvimento das teorias microbianas das fermentaes e doenas, ao desenvolvimento de vacinas efetivas para controle de doenas animais e a raiva humana.

    Na poca de Napoleo, em 1812, seu exrcito foi quase que completamente

    dizimado por tifo, disenteria e pneumonia, durante campanha de retirada de Moscou. No ano seguinte, Napoleo havia recrutado um exrcito de 500.000 jovens soldados, que foram reduzidos a 170.000, sendo cerca de 105.000 mortes decorrentes das batalhas e 220.000 decorrentes de doenas infecciosas.

    At a dcada de 30, este era quadro, quando Alexander Fleming, incidentalmente,

    descobriu um composto produzido por um fungo do gnero Penicillium, que eliminava bactrias do gnero Staphylococcus, um organismo que pode produzir uma vasta gama de

    doenas no homem. Este composto - denominado penicilina - teve um papel fundamental na desfecho da II Guerra Mundial, uma vez que passou a ser administrado s tropas aliadas, ao exrcito alemo continuava a sofrer nos campo de batalha.

    Em 1892, outra epidemia de peste bubnica, na China e ndia, foi responsvel pela

    morte de 6 milhes de pessoas. Alm destas epidemias, a gripe assolava o mundo, e continua a manifestar-se de forma bastante intensa at hoje.

    Temos ainda o problema mundial envolvendo a AIDS, o retorno da tuberculose (17

    milhes de casos no Brasil) e do aumento progressivo dos nveis de resistncia aos agentes antimicrobianos que vrios grupos de bactrias vm apresentando atualmente.

    Muito embora a microbiologia seja uma cincia relativamente nova, desenvolvida

    nos ltimos 100 anos, ela considerada importante por duas razes principais: Os microrganismos so os seres vivos ideais para estudo dos fenmenos biolgicos

    e excelentes instrumentos para compreender a biologia molecular das clulas; Muitos problemas ou transformaes importantes da sociedade humana so

    consequncia da atividade dos microrganismos.

    A microbiologia interessa vrios campos da biologia e das cincias da sade. A participao importante dos microrganismos em quase todos os campos da atividade humana promovendo mais benefcios do que prejuzos, qualquer pessoa deve se interessar e familiarizar-se com os microrganismos, suas propriedades e atividades.

    Significado de Microbiologia: Mikros (= pequeno) + Bio (= vida) + logos (= cincia)

    A Microbiologia a rea da cincia que dedica-se ao estudo dos microrganismos,

    (grupo de organismos unicelulares), que podem ser encontrados como clulas isoladas ou agrupados em diferentes arranjos (cadeias ou massas).

    Assim, com base neste conceito, a microbiologia envolve o estudo de organismos

    procariotos (bactrias, archaeas), eucariotos inferiores (algas, protozorios, fungos) e tambm os vrus.

    A microbiologia tambm estuda os vrus que so entidades no celulares, parasitas

    obrigatrios, que para manterem-se na natureza infetam clulas vivas e replicam-se utilizando os processos metablicos das mesmas.

  • 3.2 Vias de Penetrao dos Microorganismos

    As vias de penetrao dos microorganismos nos profissionais da rea de sade so:

    Via area: Pipetagem, centrifugao, macerao de tecidos, agitao, aberturas de ampolas, manipulao de fluidos orgnicos, abertura de frascos com cultura de clulas infectadas;

    Via cutnea: Agulhas contaminadas, recapeamento de agulhas, vidraria quebrada

    ou por instrumentos perfuro cortantes; Via ocular: Projeo de gotculas ou aerossis nos olhos; Via oral: Falta de procedimentos higinicos (no lavar as mos aps manusear

    materiais contaminados) - hbito de fumar e refeies no laboratrio. 3.3 Classificao dos Microorganismos: Os microorganismos so distribudos em trs classes por ordem crescente de risco:

    Patogenicidade do microorganismos: incluindo a incidncia e a gravidade da doena. Quanto mais grave a potencialidade da doena adquirida, maior o risco;

    Via de transmisso dos microorganismos: a qual pode no ser definitivamente

    estabelecida. A transmisso via aerossol a forma mais comum de infeco laboratorial;

    Estabilidade do microorganismos: que envolve no somente a infectividade dos

    aerossis, mas tambm a capacidade de sobreviver por mais tempo no ambiente em condies desfavorveis;

    A Vigilncia mdica, a qual faz parte do gerenciamento de risco e assegura que as normas de segurana surtam os resultados esperados. Nela est includo o exame admissional, peridico, demissional, alm do monitoramento das condies de sade e a participao em um gerenciamento ps-exposio.

    3.4 Classificao Dos Riscos:

    Classe de Risco 1: Constitudo por microorganismos no suscetveis de causar enfermidades no homem e animais. So considerados de baixo risco individual e para a comunidade.

    Classe de Risco 2: Integrado por microorganismos capazes de provocar

    enfermidades no homem e em animais. Podem constituir risco para os trabalhadores de sade, profissionais de esttica e sales de beleza, manicures. Sua propagao na comunidade, entre os seres vivos e o meio ambiente, considerada de menor risco. Geralmente, para os microorganismos desta classe de risco existe profilaxia e/ou tratamento. Considera-se que o risco individual moderado e o risco para a comunidade limitado. Ex: Hepatites.

    Classe de Risco 3: Composto por microorganismos capazes de provocar

    enfermidades graves no homem e em animais. Constituem srio risco para os trabalhadores de sade.

  • Os microorganismos desta classe de risco existem tratamento e profilaxia. O risco individual elevado, sendo limitado para a comunidade. Ex: mycobacterium tuberculosis.

    Classe de Risco 4: Constituda por microorganismos que produzem

    enfermidades graves no homem e em animais, representando grande risco para os trabalhadores de sade, sendo alto o risco de transmissibilidade na comunidade. No existem profilaxia nem tratamento eficazes.

    Apresentam elevado risco individual e para a comunidade. Ex: vrus Ebola.

    4. NOES BSICAS DE DOENAS INFECTO CONTAGIOSAS

    Algumas espcies de microrganismos exercem efeitos nefastos ao homem e outros

    animais causando as doenas, conhecidas como doenas infecciosas. O nosso contato com microrganismos no significa obrigatoriamente que

    desenvolveremos doenas, muito pelo contrrio, o homem, os animais e as plantas no apenas convivem com os germes, mas dependem direta ou indiretamente deles.

    Todas as reas da Terra, que renem condies de vida, so habitadas por

    microrganismos e ns sempre convivemos com eles; inclusive em nosso corpo, onde eles auxiliam na proteo de nossa pele e mucosas contra a invaso de outros germes mais nocivos.

    Estes seres vivos minsculos decompem matria orgnica transformando-a em

    sais minerais prontos para serem novamente sintetizados em substratos nutritivos que formaro os vegetais do qual homem e animais se alimentam.

    O homem (hospedeiro) e os germes (parasitas) convivem em pleno equilbrio.

    Somente a quebra desta relao harmoniosa poder causar a doena infeco. A doena infecciosa uma manifestao clnica de um desequilbrio no sistema

    parasito-hospedeiro-ambiente, causado pelo aumento da patogenicidade do parasita em relao aos mecanismos de defesa anti-infecciosa do hospedeiro, ou seja, quebra-se a relao harmoniosa entre as defesas do nosso corpo e o nmero e virulncia dos germes, propiciando a invaso deles nos rgos do corpo.

    Alguns microrganismos possuem virulncia elevada podendo causar infeco no

    primeiro contato, independente das nossas defesas. Outros microrganismos encontrados na nossa microbiota normal, no so to

    virulentos, mas podem infectar o nosso organismo se diminumos a nossa capacidade de defesa.

    A capacidade de defesa anti-infecciosa multifatorial, pois influenciada pela

    nossa idade (bebs e idosos), estado nutricional, doenas e cirurgias, stress, uso de corticides, quimioterapia, radioterapia, doenas imunossupressoras (HIV, leucemia), fatores climticos e precrias condies de higiene e habitao.

    Muito embora o sucesso da cincia microbiolgica seja evidenciado nos pases

    desenvolvidos atravs do controle das doenas infecciosas fatais como a Clera, Ttano, a Peste Negra (Bulbnica), a Difteria, Poliomielite, Botulismo, Raiva, dentre outras, o mesmo no acontece nos pases menos desenvolvidos onde essas doenas ainda so importante causa de morte.

  • 5. HISTRIA NATURAL E PREVENO DE DOENAS

    Dois importantes pesquisadores, Leavell e Clark, sistematizaram esse conhecimento e construram um modelo que buscava descrever tanto a histria natural quanto a preveno de doenas. Segundo Leavell & Clark (1976), a histria natural da doena compreende: as interrelaes do agente, do suscetvel e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras foras que criam o estmulo patolgico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estmulo, at as alteraes que levam a defeitos, invalidez, recuperao ou morte.

    possvel estabelecer medidas de preveno voltadas tanto para a fase anterior ao adoecimento (perodo pr-patolgico) como para a fase posterior (perodo patolgico). 6. EPI E EPC BARREIRAS DE CONTENO

    So classificados como equipamentos de proteo individual (EPI), que consistem em culos, luvas, calados, jaleco, etc; e equipamentos de proteo coletiva (EPC), que consistem em cabines de segurana biolgica, chuveiros de descontaminao, etc.

    No ambiente de trabalho, encontram-se numerosos contaminantes que podem ser

    tanto de origem biolgica como qumica, dependendo do trabalho que o profissional desenvolve. Desta forma, torna-se necessrio minimizar a contaminao do local de trabalho, adotando medidas de controle coletivo, projetados para eliminar ou minimizar as exposies aos materiais perigosos.

    A seleo dos EPIs deve seguir as determinaes da avaliao de risco realizada

    nos ambientes de trabalho, sendo esta essencial no contexto e atividades dos laboratrios que envolvam materiais perigosos, auxiliando a designar os nveis de biossegurana que reduzem para um risco mnimo a exposio dos trabalhadores e meio ambiente.

    Os equipamentos de segurana so considerados barreiras primrias de

    conteno, visando a proteger o trabalhador e o ambiente laboratorial junto s boas prticas em microbiologia. importante salientar que os equipamentos de proteo no devem ser inseridos de forma autoritria na rotina de trabalho. fundamental que o profissional tenha um prazo para se adaptar a esta rotina, caso contrrio, ao invs de proteger, tais equipamentos acabaro se tornando elementos geradores de acidentes. Cada trabalhador deve receber as informaes necessrias ao manuseio adequado desses equipamentos, obedecendo sempre aos prazos de validade determinados pelos fabricantes.

    6.1 EPI - Equipamentos de Proteo Individual para Salo de Beleza

    Considera-se EPI todo dispositivo de uso individual, de fabricao nacional ou estrangeira, destinado a proteger a sade e a integridade fsica do trabalhador.

    Como expressa a prpria sigla, EPI um equipamento de uso individual, no sendo

    adequado o uso coletivo por questes de segurana e higiene. A utilizao do EPIs encontra-se regulamentado pelo Ministrio do Trabalho atravs da NR-6.

    No mercado, h diversos tipos de EPI, diferentes fornecedores e material

    empregado, variando, assim, a proteo conferida ao profissional. EPI fornece proteo para determinadas tarefas e so baseados nos riscos aos quais os profissionais que trabalham na rea de sade ou outras reas na qual esto expostos.

  • Luvas:

    As luvas protegem de sujidade grosseira. Elas devem ser usadas em procedimentos que envolvam sangue, fluidos corporais, secrees, excrees (exceto suor), membranas mucosas, pele no ntegra e durante a manipulao de artigos contaminados. As luvas devem ser trocadas aps contato com material biolgico, entre as tarefas e procedimentos num mesmo paciente, pois podem conter uma alta concentrao de microrganismos.

    Remova as luvas logo aps us-las, antes de tocar em artigos e superfcies sem

    material biolgico e antes de atender outro paciente, evitando a disperso de microrganismos ou material biolgico aderido nas luvas.

    Lave as mos imediatamente aps a retirada das luvas para evitar a transferncia

    de microrganismos a outros pacientes e materiais, pois h repasse de germes para as mos mesmo com o uso de luvas.

    As luvas estreis esto indicadas para procedimentos invasivos e asspticos. Luvas grossas de borracha esto indicadas para limpeza de materiais e de

    ambiente.

    Mscaras, culos de Proteo ou Escudo Facial:

    A mscara cirrgica e culos de proteo so utilizados em procedimentos e servem para proteger as mucosas dos olhos, nariz e boca de respingos (gotculas) gerados pela fala, tosse ou espirro de pacientes ou durante atividades de assistncia e de apoio.

    Esse EPIs devem ser utilizados para profissionais de sales de beleza nos

    procedimentos de aplicao qumica e produtos txicos e manipulao de instrumental (alicate) na retirada de cutculas. 7. RISCOS OCUPACIONAIS

    A preocupao com riscos biolgicos surgiu a partir da constatao dos agravos

    sade dos profissionais que exerciam atividades em laboratrios onde se dava a manipulao com microrganismos e material clnico desde o incio dos anos 40.

    Para profissionais que atuam na rea clnica, entretanto, somente a partir da epidemia da Aids nos anos 80, as normas para as questes de segurana no ambiente de trabalho foram melhor estabelecidas.

    O risco um dos principais argumentos que fundamentam os programas e polticas

    de preveno. Risco pode ser definido como uma condio biolgica, qumica ou fsica que apresenta potencial para causar dano ao trabalhador, produto ou ambiente.

    Devido variabilidade da natureza do trabalho e s substncias e materiais

    manipulados, o potencial de gerar riscos tambm se modifica de acordo como tipo de trabalho desenvolvido. 7.1 Classificao Dos Riscos

    Os riscos no ambiente laboral podem ser classificados em cinco tipos, de acordo com a Portaria n 3.214, do Ministrio do Trabalho do Brasil, de 1978. Esta Portaria contem uma srie de normas regulamentadoras que consolidam a legislao trabalhista, relativas segurana e medicina do trabalho. Encontramos a classificao dos riscos na sua Norma

  • Regulamentadora n 5 (NR-5): riscos de acidentes, ergonmicos, fsicos, qumicos e biolgicos.

    Riscos de acidentes:

    Qualquer fator que coloque o trabalhador em situao vulnervel e possa afetar sua integridade, e seu bem estar fsico e psquico. So exemplos de risco de acidente: as mquinas e equipamentos sem proteo, probabilidade de incndio e exploso, arranjo fsico inadequado, armazenamento inadequado, etc.

    Riscos ergonmicos:

    Qualquer fator que possa interferir nas caractersticas psicofisiolgicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua sade. So exemplos de risco ergonmico: o levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho, etc.

    Riscos fsicos:

    Consideram-se agentes de risco fsico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: rudo, calor, frio, presso, umidade, radiaes ionizantes e no-ionizantes, vibrao, etc.

    Riscos qumicos:

    Consideram-se agentes de risco qumico as substncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratria, nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas, nvoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de exposio, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo atravs da pele ou por ingesto.

    Riscos biolgicos:

    Consideram-se como agentes de risco biolgico as bactrias, vrus, fungos, parasitos, entre outros. Os agentes biolgicos constituem-se no mais antigo risco ocupacional de que se tem notcia. Antes mesmo dos riscos qumicos e fsicos, o trabalhador j experimentava exposio a grande nmero de agentes biolgicos, que se constituem, de uma forma geral, em agentes etiolgicos ou infecciosos, tais como bactrias, fungos, vrus, parasitas, etc.

    A exposio aos agentes biolgicos o risco ocupacional mais comum a que o profissional da rea de sade e beleza est sujeito, este risco aumentou consideravelmente aps o surgimento da sndrome da imunodeficincia adquirida AIDS. O crescimento do nmero de indivduos infectados pelo HIV, bem como pelos vrus das hepatites B e C na populao geral, tem aumentado o risco para o profissional de sade e rea da beleza, principalmente nas manicures no uso de alicates de unhas ( retirada de cutculas) visto que, muitas vezes, esses indivduos infectados necessitam de atendimento em unidades de assistncia de sade e so submetidos a procedimentos diagnsticos e teraputicos nos quais o sangue e os fluidos corpreos podem estar envolvidos.

    De modo geral, os meios de transmisso dos agentes biolgicos so por contato

    direto ou indireto, por vetor biolgico ou mecnico e pelo ar, sendo as rotas de entrada por inalao, ingesto, penetrao atravs da pele e por contato com as mucosas dos olhos, nariz e boca. Nossa atitude se concentra, portanto, no princpio bsico da biossegurana e da segurana do trabalho: a preveno.

  • Quando possumos o conhecimento do perigo, ao desenvolvermos determinada

    atividade, certamente precisamos fazer uso dos equipamentos de proteo individual (EPI), os quais so desenvolvidos para proporcionar segurana ao trabalhador. Aliado a utilizao dos EPI faz-se necessria, tambm, a adoo das normas e dos procedimentos de biossegurana elaboradas com o intuito de propiciar trabalho seguro e minimizar a gerao de riscos.

    8. LAVAGEM DAS MOS

    A lavagem rotineira das mos com gua e sabo, elimina alm da sujidade (sujeira)

    visvel ou no, todos os microrganismos que se aderem a pele durante o desenvolvimento de nossas atividade mesmo estando a mo enluvada. A lavagem das mos a principal medida de bloqueio da transmisso de germes.

    Devemos lavar as mos sempre, antes de iniciarmos uma atividade e logo aps seu

    trmino, assim como fazemos em nosso dia a dia antes das refeies e aps a ida ao banheiro. Mantenha suas unhas curtas e as mos sem anis para diminuir a reteno de germes.

    Existem momentos, durante o nosso trabalho, que a lavagem das mos est

    indicada. Mesmo que, durante os procedimentos, as luvas sejam utilizadas, aps a retirada das luvas as mos devem ser lavadas. 9. MANIPULAO DE INSTRUMENTOS NOS ESTABELECIMENTOS DE BELEZA.

    Os instrumentos e materiais sujos com sangue, fluidos corporais, secrees e

    excrees devem ser manuseados de modo a prevenir a contaminao da pele e mucosas (olhos, nariz e boca), roupas, e ainda, prevenir a transferncia de microrganismos para outros pacientes e ambientes. Todos os instrumentos reutilizados tem rotina de reprocessamento.

    Verifique para que estes estejam limpos ou desinfetados/esterilizados

    adequadamente antes do uso em outro paciente ou profissional. Confira se os materiais descartveis de uso nico esto sendo realmente descartados e se em local apropriado.

    Para garantir a segurana e a qualidade na prestao do servio, o profissional da

    rea da beleza deve evitar procedimentos que apresentem riscos sua sade ou a de seus clientes.

    Prevenir a transmisso de doenas como Hepatites B e C, HIV, verrugas e micoses dever dos rgos de sade e tambm dos prestadores de servio da rea da beleza.

    Exemplo de caixa de descarte de materiais prfuro-cortantes

    Ao manusear, limpar, transportar ou descartar agulhas, lminas de barbear, tesouras e outros instrumentos de corte tenha cuidado para no se acidentar. A estes

  • materiais chamamos de instrumentos perfuro - cortantes. Eles devem ser descartados em caixas apropriadas, rgidas e impermeveis que devem ser colocadas prximo a rea em que os materiais so usados. Nunca recape agulhas aps o uso. No remova com as mos agulhas usadas das seringas descartveis e no as quebre ou entorte. 10. VACINAO

    Todos os profissionais de sade devem estar vacinados contra a hepatite B e o

    ttano. Estas vacinas esto disponveis na rede pblica municipal. Participe de todas as campanhas de vacinao que a Secretaria Municipal de Sade promove. Vacina proteo especfica de doenas.

    11. NORMA REGULAMENTADORA 6 - NR 6

    6.1 Para os fins de aplicao desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de Proteo Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado proteo de riscos suscetveis de ameaar a

    segurana e a sade no trabalho.

    6.1.1 Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteo Individual, todo aquele

    composto por vrios dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais

    riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetveis de ameaar a

    segurana e a sade no trabalho.

    6.2 O equipamento de proteo individual, de fabricao nacional ou importado, s poder

    ser posto venda ou utilizado com a indicao do Certificado de Aprovao - CA, expedido

    pelo rgo nacional competente em matria de segurana e sade no trabalho do Ministrio

    do Trabalho e Emprego.

    6.3 A empresa obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao

    risco, em perfeito estado de conservao e funcionamento, nas seguintes circunstncias:

    a) sempre que as medidas de ordem geral no ofeream completa proteo contra os riscos

    de acidentes do trabalho ou de doenas profissionais e do trabalho;

    b) enquanto as medidas de proteo coletiva estiverem sendo implantadas; e,

  • c) para atender a situaes de emergncia.

    6.4 Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no

    item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo

    com o disposto no ANEXO I desta NR.

    6.4.1 As solicitaes para que os produtos que no estejam relacionados no ANEXO I, desta NR, sejam considerados como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles ora elencados, devero ser avaliadas por comisso tripartite a ser constituda pelo rgo nacional competente em matria de segurana e sade no trabalho, aps ouvida a CTPP, sendo as concluses submetidas quele rgo do Ministrio do Trabalho e Emprego para

    aprovao.

    6.5 Compete ao Servio Especializado em Engenharia de Segurana e em Medicina do

    Trabalho SESMT, ouvida a Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPA e trabalhadores usurios, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.(alterado pela Portaria SIT/DSST 194/2010)

    6.5.1 Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientao de profissional tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e trabalhadores usurios. (alterado pela Portaria

    SIT/DSST 194/2010)

    6.6 Responsabilidades do empregador. (alterado pela Portaria SIT/DSST 194/2010)

    6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI :

    a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;

    b) exigir seu uso;

    c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo rgo nacional competente em matria

    de segurana e sade no trabalho;

    d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservao;

    e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

    f) responsabilizar-se pela higienizao e manuteno peridica; e,

    g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. h) registrar o seu fornecimento ao

    trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrnico. (Inserida

    pela Portaria SIT/DSST 107/2009)

    6.7 Responsabilidades do trabalhador. (alterado pela Portaria SIT/DSST 194/2010)

    6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:

    a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

    b) responsabilizar-se pela guarda e conservao;

  • c) comunicar ao empregador qualquer alterao que o torne imprprio para uso; e,

    d) cumprir as determinaes do empregador sobre o uso adequado.

    6.8 Responsabilidades de fabricantes e/ou importadores. (alterado pela Portaria SIT/DSST

    194/2010)

    6.8.1 O fabricante nacional ou o importador dever:

    a) cadastrar-se junto ao rgo nacional competente em matria de segurana e sade no trabalho; (alterado pela Portaria SIT/DSST 194/2010)

    b) solicitar a emisso do CA; (alterado pela Portaria SIT/DSST 194/2010)

    c) solicitar a renovao do CA quando vencido o prazo de validade estipulado pelo rgo nacional competente em matria de segurana e sade do trabalho; (alterado pela Portaria SIT/DSST 194/2010)

    d) requerer novo CA quando houver alterao das especificaes do equipamento aprovado; (alterado pela Portaria SIT/DSST 194/2010)

    e) responsabilizar-se pela manuteno da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado

    de Aprovao - CA;

    f) comercializar ou colocar venda somente o EPI, portador de CA;

    g) comunicar ao rgo nacional competente em matria de segurana e sade no trabalho quaisquer alteraes dos dados cadastrais fornecidos; h) comercializar o EPI com instrues tcnicas no idioma nacional, orientando sua utilizao, manuteno, restrio e demais referncias ao seu uso;

    i) fazer constar do EPI o nmero do lote de fabricao; e,

    j) providenciar a avaliao da conformidade do EPI no mbito do SINMETRO, quando for o

    caso;

    k) fornecer as informaes referentes aos processos de limpeza e higienizao de seus EPI, indicando quando for o caso, o nmero de higienizaes acima do qual necessrio proceder reviso ou substituio do equipamento, a fim de garantir que os mesmos mantenham as caractersticas de proteo original. (alterado pela Portaria SIT/DSST

    194/2010)

    6.8.1.1 Os procedimentos de cadastramento de fabricante e/ou importador de EPI e de emisso e/ou renovao de CA devem atender os requisitos estabelecidos

    em Portaria especfica. (Inserido pela Portaria SIT/DSST 194/2010)

    6.9 Certificado de Aprovao - CA

    6.9.1 Para fins de comercializao o CA concedido aos EPI ter validade: ((alterado pela Portaria SIT/DSST 194/2010)

    a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que no tenham

    sua conformidade avaliada no mbito do SINMETRO;

  • b) do prazo vinculado avaliao da conformidade no mbito do SINMETRO, quando for o

    caso.

    c) de 2 (dois) anos, quando no existirem normas tcnicas nacionais ou internacionais, oficialmente reconhecidas, ou laboratrio capacitado para realizao dos ensaios, sendo que nesses casos os EPI tero sua aprovao pelo rgo nacional competente em matria

    de segurana e sade no trabalho, mediante apresentao e anlise do Termo de

    Responsabilidade Tcnica e da especificao tcnica de fabricao, podendo ser renovado

    por 24 (vinte e quatro) meses, quando se expiraro os prazos concedidos (redao dada

    pela Portaria 33/2007); e,(Alnea excluda pela Portaria SIT/DSST 194/2010).

    d) de 2 (dois) anos, renovveis por igual perodo, para os EPI desenvolvidos aps a data da publicao desta NR, quando no existirem normas tcnicas nacionais ou internacionais, oficialmente reconhecidas, ou laboratrio capacitado para realizao dos ensaios, caso em que os EPI sero aprovados pelo rgo nacional competente em matria de segurana e sade no trabalho, mediante apresentao e anlise do Termo de Responsabilidade Tcnica e da especificao tcnica de fabricao.(Alnea excluda pela Portaria SIT/DSST

    194/2010).

    6.9.2 O rgo nacional competente em matria de segurana e sade no trabalho, quando necessrio e mediante justificativa, poder estabelecer prazos diversos daqueles dispostos

    no subitem 6.9.1.

    6.9.3 Todo EPI dever apresentar em caracteres indelveis e bem visveis, o nome

    comercial da empresa fabricante, o lote de fabricao e o nmero do CA, ou, no caso de

    EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricao e o nmero do CA.

    6.9.3.1 Na impossibilidade de cumprir o determinado no item 6.9.3, o rgo nacional competente em matria de segurana e sade no trabalho poder autorizar forma alternativa de gravao, a ser proposta pelo fabricante ou importador, devendo esta constar do CA.

    6.10 - Restaurao, lavagem e higienizao de EPI

    6.10.1 - Os EPI passveis de restaurao, lavagem e higienizao, sero definidos pela comisso tripartite constituda, na forma do disposto no item 6.4.1, desta NR, devendo manter as caractersticas de proteo original.(Item excludo pela Portaria SIT/DSST

    194/2010).

    6.11 Da competncia do Ministrio do Trabalho e Emprego / MTE

    6.11.1 Cabe ao rgo nacional competente em matria de segurana e sade no trabalho:

    a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI;

    b) receber e examinar a documentao para emitir ou renovar o CA de EPI;

    c) estabelecer, quando necessrio, os regulamentos tcnicos para ensaios de EPI;

    d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;

    e) fiscalizar a qualidade do EPI;

  • f) suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; e cancelar o CA.

    6.11.1.1 Sempre que julgar necessrio o rgo nacional competente em matria de segurana e sade no trabalho, poder requisitar amostras de EPI, identificadas com o

    nome do fabricante e o nmero de referncia, alm de outros requisitos.

    6.11.2 Cabe ao rgo regional do MTE:

    a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;

    b) recolher amostras de EPI; e,

    c) aplicar, na sua esfera de competncia, as penalidades cabveis pelo descumprimento

    desta NR. 6.12 e Subitens (Revogados pela Portaria SIT n. 125/2009).

    12. NORMA REGULAMENTADORA 17 - NR 17

    12.1 ERGONOMIA

    17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parmetros que permitam a adaptao das condies de trabalho s caractersticas psicofisiolgicas dos trabalhadores,

    de modo a proporcionar um mximo de conforto, segurana e desempenho eficiente.

    17.1.1. As condies de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobilirio, aos equipamentos e s condies

    ambientais do posto de trabalho e prpria organizao do trabalho.

    17.1.2. Para avaliar a adaptao das condies de trabalho s caractersticas psicofisiolgicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a anlise ergonmica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mnimo, as condies de trabalho, conforme

    estabelecido nesta Norma Regulamentadora.

    17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.

    17.2.1. Para efeito desta Norma Regulamentadora:

  • 17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga suportado inteiramente por um s trabalhador, compreendendo o levantamento e a

    deposio da carga.

    17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira

    contnua ou que inclua, mesmo de forma descontnua, o transporte manual de cargas.

    17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a dezoito anos e maior de quatorze anos.

    17.2.2. No dever ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um

    trabalhador cujo peso seja suscetvel de comprometer sua sade ou sua segurana.

    17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que no as leves, deve receber treinamento ou instrues satisfatrias quanto aos mtodos de trabalho que dever utilizar, com vistas a salvaguardar sua sade e prevenir acidentes.

    17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas devero ser usados

    meios tcnicos apropriados.

    17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual de cargas, o peso mximo destas cargas dever ser nitidamente inferior quele

    admitido para os homens, para no comprometer a sua sade ou a sua segurana.

    17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulso ou trao de vagonetes sobre trilhos, carros de mo ou qualquer outro aparelho mecnico devero ser executados de forma que o esforo fsico realizado pelo trabalhador seja compatvel com sua

    capacidade de fora e no comprometa a sua sade ou a sua segurana.

    17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecnico de ao manual dever ser executado de forma que o esforo fsico realizado pelo trabalhador seja compatvel com sua capacidade de fora e no comprometa a sua sade ou a sua

    segurana.

    17.3. Mobilirio dos postos de trabalho.

    17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posio sentada, o posto de trabalho

    deve ser planejado ou adaptado para esta posio.

    17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em p, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painis devem proporcionar ao trabalhador condies de boa postura,

    visualizao e operao e devem atender aos seguintes requisitos mnimos:

    a) ter altura e caractersticas da superfcie de trabalho compatveis com o tipo de atividade,

    com a distncia requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento;

    b) ter rea de trabalho de fcil alcance e visualizao pelo trabalhador;

    c) ter caractersticas dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentao

    adequados dos segmentos corporais.

    17.3.2.1. Para trabalho que necessite tambm da utilizao dos ps, alm dos requisitos estabelecidos no subitem 17.3.2, os pedais e demais comandos para acionamento pelos

  • ps devem ter posicionamento e dimenses que possibilitem fcil alcance, bem como ngulos adequados entre as diversas partes do corpo do trabalhador, em funo das

    caractersticas e peculiaridades do trabalho a ser executado.

    17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes

    requisitos mnimos de conforto:

    a) altura ajustvel estatura do trabalhador e natureza da funo exercida;

    b) caractersticas de pouca ou nenhuma conformao na base do assento;

    c) borda frontal arredondada;

    d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteo da regio lombar.

    17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da anlise ergonmica do trabalho, poder ser exigido suporte para os ps, que se adapte ao

    comprimento da perna do trabalhador.

    17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de p, devem ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os

    trabalhadores durante as pausas.

    17.4. Equipamentos dos postos de trabalho.

    17.4.1. Todos os equipamentos que compem um posto de trabalho devem estar adequados s caractersticas psicofisiolgicas dos trabalhadores e natureza do trabalho a

    ser executado.

    17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitao, datilografia ou

    mecanografia deve:

    a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa postura, visualizao e operao, evitando movimentao frequente do pescoo e fadiga visual;

    b) ser utilizado documento de fcil legibilidade sempre que possvel, sendo vedada a

    utilizao do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento.

    17.4.3. Os equipamentos utilizados no processamento eletrnico de dados com terminais de

    vdeo devem observar o seguinte:

    a) condies de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento iluminao do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ngulos de

    visibilidade ao trabalhador;

    b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajust-lo de

    acordo com as tarefas a serem executadas;

    c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as

    distncias olho-tela, olho- teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais;

    d) serem posicionados em superfcies de trabalho com altura ajustvel.

  • 17.4.3.1. Quando os equipamentos de processamento eletrnico de dados com terminais de vdeo forem utilizados eventualmente podero ser dispensadas as exigncias previstas no subitem 17.4.3, observada a natureza das tarefas executadas e levando-se em conta a anlise ergonmica do trabalho.

    17.5. Condies ambientais de trabalho.

    17.5.1. As condies ambientais de trabalho devem estar adequadas s caractersticas psicofisiolgicas dos trabalhadores e natureza do trabalho a ser executado.

    17.5.2. Nos locais de trabalho onde so executadas atividades que exijam solicitao intelectual e ateno constantes, tais como: salas de controle, laboratrios, escritrios, salas de desenvolvimento ou anlise de projetos, dentre outros, so recomendadas as seguintes condies de conforto:

    a) nveis de rudo de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada

    no INMETRO;

    b) ndice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e trs graus centgrados);

    c) velocidade do ar no superior a 0,75m/s;

    d) umidade relativa do ar no inferior a 40 (quarenta) por cento.

    17.5.2.1. Para as atividades que possuam as caractersticas definidas no subitem 17.5.2, mas no apresentam equivalncia ou correlao com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nvel de rudo aceitvel para efeito de conforto ser de at 65 dB (A) e a curva de avaliao de rudo (NC) de valor no superior a 60 dB.

    17.5.2.2. Os parmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos postos de trabalho, sendo os nveis de rudo determinados prximos zona auditiva e as demais

    variveis na altura do trax do trabalhador.

    17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminao adequada, natural ou artificial,

    geral ou suplementar, apropriada natureza da atividade.

    17.5.3.1. A iluminao geral deve ser uniformemente distribuda e difusa.

    17.5.3.2. A iluminao geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incmodos, sombras e contrastes excessivos.

    17.5.3.3. Os nveis mnimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho so os valores de iluminncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no

    INMETRO.

    17.5.3.4. A medio dos nveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxmetro com fotoclula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em funo do ngulo de

    incidncia.

    17.5.3.5. Quando no puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4,

    este ser um plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco centmetros) do piso.

  • 17.6. Organizao do trabalho.

    17.6.1. A organizao do trabalho deve ser adequada s caractersticas psicofisiolgicas

    dos trabalhadores e natureza do trabalho a ser executado.

    17.6.2. A organizao do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em considerao, no

    mnimo:

    a) as normas de produo;

    b) o modo operatrio;

    c) a exigncia de tempo;

    d) a determinao do contedo de tempo;

    e) o ritmo de trabalho;

    f) o contedo das tarefas.

    17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular esttica ou dinmica do pescoo, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da anlise ergonmica do

    trabalho, deve ser observado o seguinte:

    a) todo e qualquer sistema de avaliao de desempenho para efeito de remunerao e vantagens de qualquer espcie deve levar em considerao as repercusses sobre a sade

    dos trabalhadores;

    b) devem ser includas pausas para descanso;

    c) quando do retorno do trabalho, aps qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigncia de produo dever permitir um retorno gradativo aos nveis de produo vigentes na poca anterior ao afastamento.

    17.6.4. Nas atividades de processamento eletrnico de dados, deve-se, salvo o disposto em

    convenes e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte:

    a) o empregador no deve promover qualquer sistema de avaliao dos trabalhadores envolvidos nas atividades de digitao, baseado no nmero individual de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de remunerao e vantagens de qualquer espcie;

    b) o nmero mximo de toques reais exigidos pelo empregador no deve ser superior a 8.000 por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito desta NR, cada

    movimento de presso sobre o teclado;

    c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados no deve exceder o limite mximo de 5 (cinco) horas, sendo que, no perodo de tempo restante da jornada, o trabalhador poder exercer outras atividades, observado o disposto no art. 468 da Consolidao das Leis do

    Trabalho, desde que no exijam movimentos repetitivos, nem esforo visual;

    d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mnimo, uma pausa de 10 minutos

    para cada 50 minutos trabalhados, no deduzidos da jornada normal de trabalho;

  • e) quando do retorno ao trabalho, aps qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigncia de produo em relao ao nmero de toques dever ser iniciado em nveis inferiores do mximo estabelecido na alnea "b" e ser ampliada progressivamente.

    13. PREVENO DE ACIDENTES E DOENAS NO TRABALHO

    H um grande ndice de acidentes de trabalho que poderiam ser evitados, se os trabalhadores adotassem medidas preventivas de segurana nos postos de trabalho.

    Anualmente, as altas taxas de acidentes e doenas registradas pelas estatsticas

    oficiais expem os elevados custos e prejuzos humanos, sociais e econmicos que custam muito para o Pas, considerando apenas os dados do trabalho formal.

    As perdas, muitas delas irreparveis, avaliado e determinado levando-se em

    considerao os danos causados integridade fsica e mental do trabalhador, os prejuzos da empresa e os demais custos resultantes para a sociedade.

    As estatsticas da Previdncia Social, que registram os acidentes e doenas

    decorrentes do trabalho, revelam uma enorme quantidade de pessoas prematuramente mortas ou incapacitadas para o trabalho.

    Os trabalhadores que sobrevivem a esses infortnios so tambm atingidos por

    danos que se materializam em:

    Sofrimento Fsico e Mental; Cirurgias e Remdios; Prteses e Assistncia Mdica; Fisioterapia e Assistncia Psicolgica; Dependncia de Terceiros para Acompanhamento e Locomoo; Diminuio do Poder Aquisitivo; Desamparo Famlia; Desemprego; Depresso e Traumas.

    As estatsticas informam que os acidentes atingem, principalmente, pessoas na

    faixa etria dos 20 aos 30 anos, justamente quando esto em plena condio fsica. Isso, consequentemente, prejudica o desenvolvimento do Pas.

    Muitas vezes, esses jovens trabalhadores, que sustentam suas famlias com seu

    trabalho. importante ressaltar que, apesar de todos os clculos, o valor da vida humana no pode ser matematizado, sendo o mais importante no estudo o conjunto de benefcios que a micro ou pequena empresa consegue com a adoo de boas prticas de Sade e Segurana no Trabalho, pois, alm de prevenir acidentes e doenas, est vacinada contra os imprevistos acidentrios, reduz os custos, otimiza conceito e imagem junto clientela e potencializa a sua competitividade.

    O dia Nacional de Preveno aos Acidentes de Trabalho comemorado no dia 7 de julho. Todos os anos milhes de trabalhadores so vtimas de acidentes no trabalho. Grande parte deles so causados pela falta de ateno, e tambm pelo no uso de equipamentos adequados s atividades que exercem. Sendo assim, aqui vo algumas dicas para evitar que voc necessite ficar afastado de sua funo, afinal, prevenir o melhor remdio.

  • 1. Evite se distrair durante suas atividades, mantenha a ateno! Assim dificilmente acontecer algo com voc.

    2. Horrio de descontrair durante as horas de folga. Lugar de trabalhar lugar de trabalhar!

    3. J ouviu falar em a pressa inimiga da perfeio? Pois , procure fazer suas atividades com antecedncia. Seu trabalho com certeza ter mais qualidade e ser mais seguro para voc.

    4. Tem alguma dvida em relao a algum servio? Melhor perguntar a seu supervisor qual a melhor forma de realiza-lo para evitar que algo saia errado!

    5. Ao perceber que a mquina ou equipamento que opera est com algum problema ou apresentando falhas, comunique imediatamente a seu supervisor. Lembre-se que operar mquinas que no estejam em perfeito funcionamento so um grande risco para sua segurana. 6. Evite fumar em locais proibidos, principalmente se houver risco de exploso tenha produtos inflamveis por perto ou no local. Alm disso, cigarro faz mal sade, de modo geral.

    7. No d uma de inventor, improvisando ferramentas. Se as suas estiverem em ms condies, a empresa responsvel pea manuteno e troca delas. Comunique os responsveis.

    8. Tem um novo colega em seu setor? Seja cordial e avise-o dos perigos ali no ambiente do qual vocs fazem parte.

    9. Caso acontea algum acidente de trabalho, chame um profissional que entenda de verdade de como cuidar de voc ou de seu colega. Sempre vo aparecer os sabe tudo, mas importante lembrar que muitas vezes, uma atitude errada pode causar danos irreversveis sade.

    10. No eletricista? No se meta a fazer trabalhos ligados a essa funo. Alm de poder causar danos na rede, corre o risco de levar um choque e sofrer consequncias mais srias.

    11. Mquinas no pensam, apenas executam funes coordenadas por voc. Cuide delas, mas principalmente de sua segurana.

    12. Respeite as ordens de seu chefe ou mestre.

    13. Procure conhecer as normas e regras de segurana do ambiente em que voc trabalha.

    14. Anis, pulseiras, brincos, correntes, gravatas e demais acessrios no fazem parte do seu uniforme. Deixe os acessrios para o momento em que no estiver trabalhando.

    15. A mquina estragou? Pare ela para realizar consertos ou lubrifica-las.

    16. muito importante aprender como se usam os extintores e dispositivos de combate a incndio. Nunca se sabe quando vai precisar e para isso extremamente importante saber como funcionam.

    17. Por mais que alguns equipamentos de proteo sejam incmodos e no muito bonitos, eles so indispensveis! Adquira o hbito de trabalhar protegido sempre. 18. Suas mos levam o sustento para sua famlia. Evite exp-las a perigos e as proteja sempre com luvas adequadas sua atividade.

  • 14. DICAS DE MANUSEIO COM PRODUTOS QUIMICOS E PERFURO CORTANTES

    Nunca utilize as embalagens vazias dos produtos para outro fim.

    Ao terminar o trabalho, tome banho frio com bastante gua e sabo. A roupa de servio

    deve ser trocada e lavada diariamente.

    No fume, no beba e nem se alimente durante a aplicao de qualquer produto qumico.

    No lance restos de produtos, nem limpe equipamentos ou embalagens de produtos em

    cursos dgua ou junto a poos de gua potvel.

    No caso de intoxicao procure imediatamente um mdico, levando a ele o rtulo do

    produto.

    Durante a poca de aplicao de produtos qumicos, providencie exames mdicos

    peridicos.

    Normas para armazenamento de produtos qumicos

    Os depsitos para o armazenamento de produtos qumicos devem reunir as seguintes

    condies:

    1. Estar devidamente cobertos de maneira a protegerem os produtos contra as

    intempries.

    2. Ter boa ventilao.

    3. As embalagens para lquidos devem ser armazenadas com o fecho voltado para cima.

    4. O empilhamento das embalagens ou recipientes no deve exceder as recomendaes

    tcnicas do fabricante.

    No utilizar os veculos que transportam produtos qumicos antes da descontaminao

    dos mesmos.

    Deve-se evitar que o veculo de transporte tenha pregos e ou parafusos sobre salientes

    nos espaos onde sero colocadas as embalagens.

    Em caso de incndio sinalizar o acidente e afastar curiosos, ficar longe da carga

    incendiada e fora do alcance de fumaa, comunicar o corpo de bombeiros e o fabricante.

    14.1 Equipamentos de Proteo

    Mscara, luvas, camisas de mangas compridas, cala de tecido pouco absorvente e

    avental impermevel. Aps a utilizao, todo e qualquer equipamento de proteo dever

    ser recolhido, descontaminado, cuidadosamente limpo e guardado.

    Se alguma pessoa apresentar sintomas de intoxicao retir-la imediatamente da rea

    contaminada e seguir as instrues de primeiros socorros. Em seguida, encaminhar a

    pessoa ao servio mdico mais prximo, juntamente com o rtulo completo do produto.

  • 15. PRIMEIROS SOCORROS

    Retirar a vtima de intoxicao do local de trabalho, banhar a vtima com gua fria e

    sabo, trocar sua roupa, procurar imediatamente assistncia mdica, juntamente com o

    rtulo completo do produto.

    Em caso de ingesto acidental s provoque vmito com recomendao e instrues

    constantes no rtulo do produto. Caso seja recomendado observar se a pessoa est

    consciente, lcida, com capacidade para deglutir e se realmente est intoxicada por

    ingesto.

    Em casos de contato com os olhos, caso isto acontea, lave-os imediatamente com

    gua corrente durante 15 minutos e se houver irritao, procure um mdico.

    Para casos de inalao do produto, leve a pessoa para um local arejado, se houver

    sinais de intoxicao procure um mdico.

    Em contatos com apele, lave as partes atingidas imediatamente com gua e sabo em

    abundncia e se houver sinais de irritao procure o mdico.

    No fazer frices ou massagens, a excitao pode vir a agravar o quadro clnico

    facilitando a absoro do produto pela pele.

    Todo sistema sensorial do intoxicado est ativo, evitar despertar o paciente com

    tapinhas na face ou com chamados. Mant-lo em local escuro, evitar rudos, evitar

    movimentaes desnecessrias do intoxicado.

    Afastar curiosos.

    Se for acidente com material perfuro- cortante devera fazer o curativo no posto mais

    prximo do salo e pedir para que o medico emita uma CAT( Comunicado de Acidente

    de Trabalho, para fins de comprovao em casos de material infectocontagiosos.

    importante que todo o profissional que trabalho nos centros de esttica e Beleza,

    (imunizao) tomem a vacina contra a Hepatite B e antitetnica.

  • REFERENCIA BIBLIOGRAFICAS

    BRASIL. Ministrio da Sade. Coordenao de Controle de Infeco Hospitalar. Procedimentos de artigos e superfcies em estabelecimentos de sade. 2. ed. Braslia,

    1994. 50 p. COSTA, M. A. F. C; COSTA, M. F. B. Biossegurana: elo estratgico de SST. Revista CIPA, n. 253, jan. 2002. Disponvel em: . Acesso em: 05 maio. 2013. MINISTRIO do Trabalho e Emprego. Normas Regulamentadoras. Disponvel em: . MINISTRIO da Fazenda. Classificao Nacional de Atividades Econmicas (CNAE). Disponvel em: . MORAES, M. V. G. Enfermagem do trabalho: programa, procedimentos e tcnicas. So Paulo: Itria, 2007. NOGUEIRA, R. P. Gesto de qualidade e biossegurana. In: TEIXEIRA, P.; VALLE, S. Biossegurana: uma abordagem multidisciplinar. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1996. p. 71-73.

    VERNALHA, M. M.; DA SILVA, R. P; GABARDO, J. C.; RODRIGUES DA COSTA, F. A. Toxicologia dos produtos quimicos. Volume 7. Universidade Federal do Paran, Setor de

    Cincias Biolgicas. Curitiba - PR, 1977. 55 p.