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SEGURIDADE SOCIAL - CONCEITO A Constituição Federal de 1988, pela primeira vez, trouxe o conceito de seguridade social. Conforme dispõe o art. 194, caput da CF, a Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos à saúde, previdência e assistência social. Princípios da seguridade social: -Universalidade da cobertura e do atendimento Visa cobrir todas as espécies de infortúnios sociais que possam ocorrer e atender a todos os residentes no Brasil, em termos de benefícios e serviços da Seguridade Social. - Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais As populações urbana e rural devam possuir os mesmos direitos a título de seguridade social. Os segurados e dependentes urbanos e rurais devem ter o mesmo tratamento. - Seletividade e distributividade dos benefícios e serviços A seletividade propicia ao legislador estudar as carências sociais, priorizando-as em relação às demais, viabilizando a promoção da Seguridade Social factível. Cobrem-se as necessidades mais essenciais e planeja-se, para o futuro, a cobertura das demais, visando alcançar a Seguridade Social ideal. A distributividade consagra que, após cada pessoa ter contribuído com o que podia, dá-se a cada um de acordo com suas necessidades - Irredutibilidade do valor dos benefícios Preceitua que haverá nenhuma redução efetiva dos valores nominais dos benefícios. Não poderá, também, sofrer redução real o benefício da previdência social, nos termos do art. 201, §4º, CF. - Equidade na forma da participação do custeio Está intimamente atrelado aos preceitos da igualdade e da capacidade contributiva. Aqueles contribuintes que apresentarem maior capacidade contributiva para o sistema da Seguridade Social arcarão com uma parcela maior de contribuição. Ver art. 195, §9º, CF.

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SEGURIDADE SOCIAL - CONCEITO A Constituição Federal de 1988, pela primeira vez, trouxe o conceito de seguridade social. Conforme dispõe o art. 194, caput da CF, a Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos à saúde, previdência e assistência social. Princípios da seguridade social: -Universalidade da cobertura e do atendimento

Visa cobrir todas as espécies de infortúnios sociais que possam ocorrer e atender a todos os residentes no Brasil, em termos de benefícios e serviços da Seguridade Social.

- Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais

As populações urbana e rural devam possuir os mesmos direitos a título de seguridade social. Os segurados e dependentes urbanos e rurais devem ter o mesmo tratamento.

- Seletividade e distributividade dos benefícios e serviços

A seletividade propicia ao legislador estudar as carências sociais, priorizando-as em relação às demais, viabilizando a promoção da Seguridade Social factível. Cobrem-se as necessidades mais essenciais e planeja-se, para o futuro, a cobertura das demais, visando alcançar a Seguridade Social ideal.

A distributividade consagra que, após cada pessoa ter contribuído com o que podia, dá-se a cada um de acordo com suas necessidades

- Irredutibilidade do valor dos benefícios

Preceitua que haverá nenhuma redução efetiva dos valores nominais dos benefícios. Não poderá, também, sofrer redução real o benefício da previdência social, nos termos do art. 201, §4º, CF.

- Equidade na forma da participação do custeio

Está intimamente atrelado aos preceitos da igualdade e da capacidade contributiva. Aqueles contribuintes que apresentarem maior capacidade contributiva para o sistema da Seguridade Social arcarão com uma parcela maior de contribuição. Ver art. 195, §9º, CF.

- Diversidade da base de financiamento Traz que a base de financiamento do sistema de seguridade social não se concentrará em uma só fonte de tributação, atingindo, em contrapartida, o maior número de pessoas capazes de contribuir e a maior constância de entradas. Isso pode ser verificado pelo disposto no art. 195 da Constituição Federal, que elenca a forma de financiamento da seguridade social de forma direta e indireta por toda a sociedade.

- Gestão democrática e descentralizada

Deriva dos princípios superiores atinentes à origem democrática do poder e à participação popular. A Seguridade Social terá caráter democrático e descentralizado na administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.

-Outros princípios da seguridade social.

PREVIDÊNCIA SOCIAL Organizada sob a forma de regime geral; Carácter contributivo; Filiação obrigatória; Equilíbrio financeiro e atuarial (art. 201, CF)

A Previdência Social atenderá: I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes. Alguns princípios da previdência social - Da recomposição monetária (Art. 201, §3º da CF) - Do valor mínimo (Art. 201, §2º, CF)

- Da preservação do valor real dos benefícios (Art. 201, §4º, CF) A Previdência Social, segundo a Lei n. 8.213/91, rege-se pelos seguintes princípios e objetivos: I - universalidade de participação nos planos previdenciários; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios; IV - cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição corrigidos monetariamente; V - irredutibilidade do valor dos benefícios de forma a preservar-lhes o poder aquisitivo; VI - valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário-de-contribuição ou do rendimento do trabalho do segurado não inferior ao do salário mínimo; VII - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação do governo e da comunidade, em especial de trabalhadores em atividade, empregadores e aposentados. REGIMES DE PREVIDÊNCIA

QUESTÃO

(CESPE/Defensor Público - ES/ 2012) No que se refere aos regimes previdenciários, julgue o próximo item. - Servidor público estadual que ocupe cargo efetivo no Poder Executivo do estado do Espírito Santo, além do cargo de professor em escola particular, mesmo sendo obrigado a contribuir tanto para o RPPS do estado quanto para o RGPS, só poderá se aposentar pelo regime próprio do estado. Resposta:errado REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL Incapacidade temporária ou definitiva, Diminuição da capacidade laborativa,

Idade avançada, Tempo de serviço ou de contribuição, Encargos familiares, Prisão ou morte, amparando nesses dois últimos casos, os dependentes dos segurados. BENEFICIÁRIOS DO RGPS

PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS- RGPS

BENEFICIÁRIOS DO RGPS – SEGURADOS OBRIGATÓRIOS O segurado obrigatório é a pessoa física que vai exercer, de forma lícita, atividade remunerada abrangida pelo RGPS. Sua filiação está ligada ao exercício da atividade remunerada e é obrigatória.

EMPREGADO o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado no exterior, em sucursal ou agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País

aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;

o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio;

o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do art. 14-A da Lei nº 5.889/73, para o exercício de atividades de natureza temporária por prazo não superior a dois meses dentro do período de um ano.

Entre outros, são empregados: o aprendiz; o exercente de mandado eletivo municipal, estadual ou federal, desde que não amparado por regime próprio de previdência social; o servidor que ocupa exclusivamente cargo em comissão na União, nos Estados, do Distrito Federal e nos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações. QUESTÃO (CESPE/Auditor Governamental/CGE-PI/2015) - A respeito do regime geral de previdência social, julgue o item a seguir. - A pessoa física que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados é segurada obrigatória da previdência social, na qualidade de empregado.

RESPOSTA: Item correto. TRABALHADOR AVULSO - Trabalho de caráter eventual para empresas urbanas ou rurais; - A intermediação feita pelo sindicato (não portuária) ou órgão gestor de mão de obra – OGMO - (portuário);

- não precisa ser o trabalhador avulso sindicalizado; - São assegurados direitos trabalhistas que têm os empregados. EMPREGADO DOMÉSTICO

Considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana (conceito trazido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 150/2015).

EMPREGADO DOMÉSTICO

– Trabalho doméstico para pessoa física ou unidade familiar – Caráter não eventual (mais de 02 dias na semana) – Atividades sem fins lucrativos

CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego;

a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não;

o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;

o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, presta serviço à

sociedade cooperativa mediante remuneração ajustada ao trabalho executado; o cooperado de cooperativa de trabalho;

o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro de conselho de administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade,

o Micro Empreendedor Individual – MEI – de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar n. 123/2006, que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais.

Condutor autônomo de veículo;

Vendedor ambulante; Síndico de condomínio remunerado; Pessoa física que realiza obra de construção civil; médico residente, ministro de confissão religiosa

a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos

a pessoa física, proprietária ou não, a que explora atividade de extração mineral – garimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua

QUESTÃO (CESPE/Advogado da União/AGU/2015) - Conforme entendimento do STJ, síndico de condomínio que receber remuneração pelo exercício dessa atividade será enquadrado como contribuinte individual do RGPS, ao passo que o síndico isento da taxa condominial, por não ser remunerado diretamente, não será considerado contribuinte do RGPS. o Certo o Errado RESPOSTA: Item incorreto.

SEGURADO ESPECIAL

a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de:

produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade:

1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais;

2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do

inciso XII do caput do art. 2º da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de vida; SEGURADO ESPECIAL

3. pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida

- não utilize embarcação; - utilize embarcação de pequeno porte (até 20 toneladas).

Poderá exercer determinadas atividades e auferir determinadas rendas sem perder a qualidade de especial - acompanhe as tabelas em pdf. a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de:

SEGURADO FACULTATIVO - a pessoa tem que ter mais de 16 anos; - não pode ser segurado obrigatório do RGPS ou de qualquer RPP; - a sua filiação se dá por ato volitivo (de vontade) com sua inscrição e o pagamento da primeira contribuição previdenciária sem atraso. SEGURADOS

Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao RGPS é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas; Caso o servidor civil ou militar venham a exercer, concomitantemente, uma ou mais atividades abrangidas pelo RGPS, tornar-se-ão segurados obrigatórios em relação a essas atividades; O dirigente sindical mantém, durante o exercício do mandato eletivo, o mesmo enquadramento no RGPS de antes da investidura.

FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO A FILIAÇÃO é o vínculo jurídico estabelecido entre o segurado e o Regime Geral de Previdência Social. É, conforme dispõe o art. 20 do Decreto nº 3.048/99, “o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a previdência social e esta, do qual decorrem direitos e obrigações”. A INSCRIÇÃO é o cadastramento do segurado perante o regime previdenciário. É o ato pelo qual o segurado é cadastrado no RGPS por meio de comprovação de dados pessoais e outros elementos necessários e úteis a sua caracterização. INSCRIÇÃO – SEGURADOS Empregado: feita diretamente pela empresa com a inscrição no FGTS. Trabalhador avulso: pelo preenchimento dos documentos que o habilitem ao exercício da atividade e pelo cadastramento e registro no sindicato ou órgão gestor de mão de obra. Acontece, também, quase que simultaneamente com a inscrição no FGTS, em que o trabalhador receberá um número de identificação Empregado doméstico: antes a inscrição era feita diretamente no INSS ou, mesmo, através da internet.

Com a Lei Complementar nº 150/2015 e a entrada em vigor da obrigatoriedade do depósito do FGTS pelo empregador: - a inscrição é feita através do sistema eSocial - Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas O empregador doméstico: - deve proceder ao cadastramento de seu empregado doméstico no eSocial, informando seus dados e de seu empregado doméstico. O procedimento é obrigatório para gerar a guia única de recolhimento das contribuições do empregado. Através do SIMPLES DOMÉSTICO, o empregador doméstico pagará as contribuições previdenciárias, o FGTS e a contribuição para formar o fundo em razão de demissão sem justa causa. CI: feita diretamente no INSS ou, mesmo, através da internet. A empresa tomadora de serviço e as cooperativas de trabalho e de produção são obrigadas a inscrever o CI que lhe prestar serviço Especial: feita pela apresentação de documento que comprove o exercício da atividade agropecuária, pesqueira artesanal ou extrativista vegetal. Sua inscrição pode ser feita após a morte pelos dependentes (inscrição post mortem). Segurado facultativo - feita diretamente no INSS ou, mesmo, através da internet, com a apresentação de documento de identidade e declaração expressa de que não exerce atividade que o enquadre na categoria de segurado obrigatório. QUESTÃO (CESPE /DPU/2010) - Quanto à filiação do segurado obrigatório à previdência social, vigora o princípio da automaticidade, segundo o qual a filiação desse segurado decorre, automaticamente, do exercício de atividade remunerada, independentemente de algum ato seu perante a previdência social. A inscrição, ato material de registro nos cadastros da previdência social, pode ser concomitante ou posterior à filiação, mas nunca, anterior.

RESPOSTA: Item correto. Manutenção da qualidade de segurado Período de graça: permite que o segurado, mesmo sem estar contribuindo para o RGPS, permaneça na qualidade de segurado por certo período. O segurado permanece vinculado ao RGPS, conservando os seus direitos. Manutenção da qualidade de segurado

- sem limite de prazo quando estiver em gozo de benefício; - até 12 meses após a cessação das contribuições, ou quando estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;* - até 12 meses após a cessação do benefício por incapacidade* - até 12 meses quando cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória; - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado detido ou recluso; - até 03 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar. - até 06 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo. IMPORTANTE Art. 15(...) § 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos. QUESTÃO (CESPE – Defensor Público - DF/2013) - Acerca do RGPS, julgue os itens a seguir. Considere a seguinte situação hipotética. Em julho de 2011, depois de pagar ininterruptamente por mais de dez anos contribuições mensais à previdência social, Maria foi demitida da empresa onde trabalhava como balconista e, desde então, ela não recolheu contribuições para a previdência social. Em face dessa situação hipotética, é correto afirmar que, em março de 2013, Maria ainda mantinha a qualidade de segurada.

RESPOSTA: Item correto.

DEPENDENTES DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL- VIGÊNCIA A PARTIR DE 03/01/2016

ANTES:

• Dependentes de 1ª classe têm dependência econômica presumida; • Dependentes de 2ª e de 3ª classe devem comprovar dependência econômica ;

Havendo dependentes na classe superior, exclui-se a possibilidade de habilitar dependentes das classes inferiores. O cônjuge, o companheiro e a companheira terão sua cota individual de pensão por morte cessada:

• após 04 meses, se o óbito ocorrer: - sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou - se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 02 (dois)

anos antes do óbito do segurado.

O cônjuge, o companheiro e a companheira terão sua cota individual de pensão por morte cessada:

• Transcorridos os períodos estabelecidos de acordo com a idade do cônjuge/companheiro(a) na data do óbito do segurado, se o óbito ocorrer:

- depois de vertidas 18 ou mais contribuições mensais pelo segurado falecido e - Após 02 anos ou mais de casamento ou de união estável, conforme tabela a seguir:

Ex-cônjuge, ex-companheiro(a) que têm direito à prestação alimentícia após a separação judicial ou o divórcio figuram como dependentes. Súmula 336 do STJ: A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente. Filhos menores de 21 anos não emancipado: - mesmo após 18 anos, continua sendo dependente até completar 21 anos; ensino em curso superior NÃO prorroga a condição de dependente. Filhos inválidos: - a invalidez deve ocorrer antes do filho completar 21 anos ou antes da emancipação Equiparam-se a filho: - menor sob tutela e enteado. - Precisam comprovar dependência econômica. Veja os quadros abaixo acerca da evolução legislativa quanto ao filho e ao irmão dependentes do RGPS.

INSCRIÇÃO DO DEPENDENTE – Sempre feita no momento do requerimento do benefício Filhos e irmãos menores de 21 anos: certidão de nascimento;

- filhos e irmãos inválidos: perícia médica para atestar a invalidez - Cônjuge: certidão de casamento - Companheiro(a): comprovação de união estável (pelo menos 03 documentos previstos no art. 22, Decreto 3048/99) - os pais: certidão de nascimento do segurado PERDA DA CONDIÇÃO DE DEPENDENTE – combinação com o art. 77, §2º, da Lei nº 8.213/91. - Filho, pessoa a ele equiparada ou irmão: ao completarem 21 anos, salvo se inválido ou com deficiência; - filho ou irmão inválido: quando cessar a invalidez - filho ou irmão com deficiência: pelo levantamento da interdição até a vigência em relação à deficiência grave. A partir de 03/01/16, pelo afastamento da deficiência. - os pais: com a morte - Cônjuge, companheiro ou companheira deixam de receber pensão: . após 04 meses se não houver 18 contribuições do segurado ou 02 anos de casamento ou u nião estável até a data do óbito.

Essa regra não é aplicada em caso de morte por acidente de qualquer natureza, doença profissional ou do trabalho. . após o prazo estabelecido pela tabela abaixo, caso o segurado tenha 18 ou mais contribuições e o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há, pelo menos, 02 anos da data do óbito.

Se o óbito for decorrente de acidente de qualquer natureza ou doença profissional ou do trabalho, MESMO QUE NÃO haja 18 contribuições e o casamento ou a união estável não tenha 02 anos até a data do óbito, a pensão será paga pelo prazo da tabela abaixo.

. se inválidos ou com deficiência: após a cessação da invalidez ou o afastamento da deficiência.

Nesse caso, há que se respeitar o prazo mínimo de 04 meses ou o da tabela já demonstrada.

CARÊNCIA – BENEFÍCIOS - O período de carência representa o número mínimo de contribuições mensais vertidas para que o beneficiário faça jus ao benefício a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.

O segurado especial tem como período de carência o tempo mínimo de efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses necessário à concessão do benefício. Não lhe é exigido um número de contribuições, mas, sim, o tempo de exercício efetivo na atividade rural igual ao número de contribuições exigido para os demais segurados. Art. 27 – Lei 8.213/91 Para cômputo do período de carência, serão consideradas as contribuições: I - referentes ao período a partir da data de filiação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), no caso dos segurados empregados, inclusive os domésticos, e dos trabalhadores avulsos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015) II - realizadas a contar da data de efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para este fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, no caso dos segurados contribuinte individual, especial e facultativo, referidos, respectivamente, nos incisos V e VII do art. 11 e no art. 13. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015). Art. 27-A. – Decreto 3048/99 - Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa perda somente serão computadas para efeito de carência depois que o

segurado contar, a partir da nova filiação do Regime Geral de Previdência Social, com, no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida no art. 29. Benefícios que não exigem carência - auxílio-acidente - salário-família - pensão por morte - auxílio-reclusão. • Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de: - acidente de qualquer natureza ou causa; - doença profissional ou do trabalho e - doenças ou afecções graves especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado. Art. 151, Lei 8213/91. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II do art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada. • salário-maternidade para: - empregados, empregados domésticos e trabalhadores avulsos; • serviço social e reabilitação profissional. QUESTÃO (CESPE/ Defensor Público da União – DPU/2015) - O salário-maternidade pago à segurada empregada, à segurada doméstica e à segurada avulsa, o auxílio-reclusão e o salário-família prescindem de carência.

ASSERTIVA CORRETA

SALÁRIO DE BENEFÍCIO – Lei 8.213/91

Art. 28. O valor do benefício de prestação continuada, inclusive o regido por norma especial e o decorrente de acidente do trabalho, exceto o salário-família e o salário-maternidade, será calculado com base no salário de benefício.

Decreto n. 3048/99 Art. 31. Salário de benefício é o valor básico utilizado para cálculo da renda mensal dos benefícios de prestação continuada, inclusive os regidos por normas especiais, exceto o salário-família, a pensão por morte, o salário-maternidade e os demais benefícios de legislação especial. - para o auxílio-doença e o auxílio-acidente e para as aposentadorias por invalidez e especial: consiste na média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo Alteração em relação à renda do auxílio-doença: Embora o cálculo do salário de benefício continue o mesmo, o valor do auxílio-doença não poderá ser superior à média aritmética simples dos últimos doze salários de contribuição, inclusive no caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de doze, a média aritmética simples dos salários de contribuição existentes. SALÁRIO DE BENEFÍCIO para as aposentadorias por idade, tempo de contribuição: é a média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário. Fator previdenciário

F = Tc x a x [1 + (Id + Tc x a)] Es 100

F = Fator Previdenciário Tc = Tempo Contribuição até o momento da aposentadoria A = Alíquota de contribuição correspondente a 0,31 Id = Idade no momento da aposentadoria Es = Expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria Fator previdenciário O segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pela não incidência do fator previdenciário, no cálculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de requerimento da aposentadoria, for de acordo com a seguinte tabela:

Salário de benefício – pontos importantes - Os ganhos habituais do segurado empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de apuração do salário de contribuição e respectiva repercussão no cálculo do salário de benefício. - Os salários de contribuição considerados no cálculo do valor do benefício serão corrigidos mês a mês de acordo com a variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC –, calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. - O valor do salário de benefício tem como limites o valor correspondente ao salário mínimo e o teto máximo do salário de contribuição, a partir do qual o segurado não pode verter contribuições. - O valor mensal do auxílio-acidente integra o salário de contribuição para fins de cálculo do salário de benefício de qualquer aposentadoria. Renda mensal inicial – RMI - Auxílio-doença = 91% do salário de benefício - Auxílio-acidente = 50% do salário de benefício - Aposentadorias por invalidez, por tempo de contribuição e especial = 100% do salário de benefício

- Aposentadoria idade = 70% do salário de benefício, acrescido de 1% para cada grupo de 12 contribuições mensais até o máximo de 30%, totalizando 100% do salário de benefício. No cálculo do valor da renda mensal do benefício, inclusive o decorrente de acidente do trabalho, serão computados: (Redação dada pela LC nº 150/2015) I - para o segurado empregado, inclusive o doméstico, e o trabalhador avulso, os salários de contribuição referentes aos meses de contribuições devidas, ainda que não recolhidas pela empresa ou pelo empregador doméstico, sem prejuízo da respectiva cobrança e da aplicação das penalidades cabíveis, observado o disposto no § 5o

do art. 29-A; (Redação dada pela LC nº 150/2015) II - para o segurado empregado, inclusive o doméstico, o trabalhador avulso e o segurado especial, o valor mensal do auxílio-acidente, considerado como salário de contribuição para fins de concessão de qualquer aposentadoria, nos termos do art. 31; (Redação dada pela LC nº 150/2015) QUESTÃO (CESPE/Juiz Federal Substituto 1ª Região/2011) - - Ao segurado trabalhador avulso que tenha cumprido todas as condições para a concessão do benefício pleiteado, mas não possa comprovar o valor dos seus salários de contribuição no período básico de cálculo, será concedido o benefício de valor mínimo, devendo esta renda ser recalculada quando da apresentação de prova dos salários de contribuição. RESPOSTA: Alternativa correta REAJUSTAMENTO DOS BENEFÍCIOS “Art. 41-A O valor dos benefícios em manutenção será reajustado, anualmente, na mesma data do reajuste do salário mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do último reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.” AUXÍLIO-DOENÇA Lei n. 8.213 - art. 59: “O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. Parágrafo único. Não será devido auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada como causa para o benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.”

- Nos casos de impossibilidade de realização de perícia médica pelo órgão ou setor próprio competente, assim como de efetiva incapacidade física ou técnica de implementação das atividades e de atendimento adequado à clientela da previdência social, o INSS poderá, sem ônus para os segurados, celebrar, nos termos do regulamento, convênios, termos de execução descentralizada, termos de fomento ou de colaboração, contratos não onerosos ou acordos de cooperação técnica para realização de perícia médica, por delegação ou simples cooperação técnica, sob sua coordenação e supervisão, com: (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) I - órgãos e entidades públicos ou que integrem o Sistema Único de Saúde (SUS). Carência mínima: 12 contribuições mensais, exceto se: - a incapacidade for decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa, - a incapacidade decorrer de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado. RENDA MENSAL INICIAL – RMI O valor inicial do auxílio-doença corresponde a 91% do salário de benefício, calculado pela média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo. Caso o segurado exerça mais de uma atividade remunerada e contribua em relação a cada uma delas, os salários de contribuição serão somados para o cálculo do salário de benefício e será apurada a renda mensal inicial. PORÉM: o auxílio-doença não poderá ser superior à média aritmética simples dos últimos doze salários de contribuição, inclusive no caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de doze, a média aritmética simples dos salários de contribuição existentes. O auxílio-doença será devido: - a partir de 16º dia da incapacidade, quando empregado; - a partir da data do início da incapacidade para os demais segurados, se requerido dentro de 30 dias do início da incapacidade; - na data do requerimento, se requerido após o 30º dia do afastamento da atividade, para todos os segurados. - O segurado empregado, inclusive o doméstico, em gozo de auxílio-doença é considerado pela empresa e pelo empregador doméstico como licenciado. Seu contrato de trabalho é suspenso e não há remuneração devida.

- Art. 63, parágrafo único, Lei n. 8213/91: “A empresa que garantir ao segurado licença remunerada ficará obrigada a pagar-lhe durante o período de auxílio-doença a eventual diferença entre o valor deste e a importância garantida pela licença.” Modalidades de auxílio-doença O auxílio-doença acidentário é assim caracterizado quando a incapacidade for decorrente de acidente de trabalho, incluindo as doenças profissionais e do trabalho. O auxílio-doença previdenciário é aquele cuja incapacidade decorre de qualquer outro motivo que não seja acidente do trabalho. A incapacidade pode decorrer de doença ou mesmo de acidente, desde que este não seja considerado um acidente do trabalho. Auxílio-doença acidentário - o segurado que receber auxílio-doença acidentário terá mantido o seu contrato de trabalho, pelo prazo mínimo de doze meses, após a cessação do referido benefício; - o empregador do segurado em gozo de auxílio-doença acidentário está obrigado a depositar a importância de título de FGTS na conta do empregado, conforme determina o disposto no art. 15, §5º da Lei nº 8.036/90; - o tempo recebido de auxílio-doença acidentário é computado como tempo de contribuição, embora não tenha havido contribuição para o RGPS. Esse tempo é computado como tempo de contribuição mesmo se não for intercalado entre períodos de atividade; - o tempo recebido de auxílio-doença previdenciário é computado como tempo de contribuição, embora não tenha havido contribuição para o RGPS (art. 60, III, Decreto nº 3.048/99), quando gozado entre períodos de atividade. Auxílio-doença – suspensão O segurado em gozo de auxílio-doença está sujeito, sob pena de suspensão do benefício, a exames médicos periódicos a cargo da Previdência Social e não poderá rejeitar os processos de reabilitação profissional prescritos e tratamentos dispensados gratuitamente, exceto transfusão de sangue e cirurgia que são facultativos. O não comparecimento à perícia médica a cargo INSS, quando convocado, terá o auxílio-doença suspenso. Auxílio-doença – cessação - pela recuperação total do segurado; - pela concessão de auxílio-acidente: quando se verificar que houve perda parcial da capacidade laborativa, nos moldes do art. 86 da Lei nº 8.213/91; - pela transformação em aposentadoria por invalidez: quando se constatar que o segurado tornou-se incapaz para exercer qualquer atividade que lhe garanta a subsistência; - com a morte do segurado.

Lei 8.213/91 - Art. 59 – §6º - O segurado que durante o gozo do auxílio-doença vier a exercer atividade que lhe garanta subsistência poderá ter o benefício cancelado a partir do retorno à atividade. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) § 7º - Na hipótese do § 6o, caso o segurado, durante o gozo do auxílio-doença, venha a exercer atividade diversa daquela que gerou o benefício, deverá ser verificada a incapacidade para cada uma das atividades exercidas. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) Auxílio-doença não se acumula com: - auxílio-doença; - auxílio-acidente, quando a causa for a mesma; - aposentadorias; - salário-maternidade; - BPC – LOAS; - seguro-desemprego. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ Lei n. 8.213 - art. 42: “A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser- lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição. § 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança. § 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. Carência mínima: 12 contribuições mensais, exceto se: - a incapacidade for decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa, - a incapacidade decorrer de algumas doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 03 anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado. Aposentadoria por invalidez- renda mensal inicial – RMI

O valor inicial da aposentadoria por invalidez corresponde a 100% do salário de benefício, calculado pela média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo. Acréscimo de 25% - O segurado aposentado por invalidez que necessitar da assistência permanente de outra pessoa terá o seu benefício acrescido de 25%. - Nesse caso, o valor total do benefício pode superar o teto máximo dos benefícios previdenciários e será cessado com a morte do segurado, não sendo incorporado ao valor da pensão por morte. A aposentadoria por invalidez será devida: a) quando vier precedida de auxílio-doença: a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença; b) quando for concedida diretamente: - a partir de 16º dia da incapacidade, quando empregado; - a partir da data do início da incapacidade para os demais segurados, se requerido dentro de 30 dias do início da incapacidade; - na data do requerimento, se requerido após o 30º dia do afastamento da atividade, para todos os segurados. Modalidades de aposentadoria por invalidez Aposentadoria por invalidez acidentária: a incapacidade decorre de acidente de trabalho, incluindo as doenças profissionais e do trabalho. Aposentadoria por invalidez não acidentária: incapacidade decorre de qualquer outro motivo que não seja acidente do trabalho. - o tempo recebido de aposentadoria por invalidez acidentária é computado como tempo de contribuição, embora não tenha havido contribuição para o RGPS. Esse tempo é computado como tempo de contribuição mesmo se não for intercalado entre períodos de atividade; - o tempo recebido de aposentadoria por invalidez previdenciária é computado como tempo de contribuição, embora não tenha havido contribuição para o RGPS, quando gozado entre períodos de atividade. Aposentadoria por invalidez – suspensão - O segurado em gozo de aposentadoria por invalidez está sujeito, sob pena de suspensão do benefício, a qualquer tempo, sem prejuízo do exame médico pericial de dois em dois anos, a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.

- O não comparecimento à perícia médica a cargo INSS, quando convocado, terá a aposentadoria por invalidez suspensa. A partir de 30/12/2014, com a alteração do art. 101 da Lei nº 8.213/91, trazida pela Lei nº 13.063/2014, o aposentado por invalidez estará isento do exame médico periódico a cargo da Previdência Social após completar 60 anos de idade. Aposentadoria por invalidez - cessação A aposentadoria por invalidez cessa: - com a cessação da incapacidade; - quando o segurado retornar voluntariamente ao trabalho; - com a morte do segurado. Aposentadoria por invalidez não se acumula com: - auxílio-doença; - auxílio-acidente; - aposentadorias; - salário-maternidade; - BPC – LOAS; - seguro-desemprego. AUXÍLIO-ACIDENTE Devido apenas aos segurados: - empregado; - empregado doméstico; - Trabalhador avulso; - Segurado especial. Decreto n. 3.048/99 - art. 104, §7º: “Cabe a concessão de auxílio-acidente oriundo de acidente de qualquer natureza ocorrido durante o período de manutenção da qualidade de segurado, desde que atendidas às condições inerentes à espécie.” Lei n. 8.213 - art. 86, §4º: “A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente, quando, além do reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a doença, resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.” - Benefício de natureza indenizatória;

- pago independentemente de qualquer remuneração auferida pelo segurado, exceto aposentadoria. Não exige carência mínima de contribuições. O benefício decorre de acidente de qualquer natureza que vai produzir sequelas irreversíveis e definitivas ao segurado a ponto de lhe diminuir a capacidade laborativa. Auxílio-acidente renda mensal inicial – RMI O valor inicial do auxílio-acidente corresponde a 50% do salário de benefício, calculado pela média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo. - Pode ser pago no valor inferir a 01 salário mínimo porque não substitui rendimento do trabalho ou salário de contribuição. - Não deve obedecer ao comando do art. 201,§2º, da CF. O auxílio-acidente será devido: - a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença; - a partir da data do requerimento se não houve prévia concessão de auxílio-doença. Auxílio-acidente - cessação O auxílio-acidente cessa: - com a concessão de qualquer aposentadoria; - com o óbito do segurado; - com a emissão da certidão de tempo de contribuição para contagem em outro regime de previdência. Auxílio-acidente não se acumula com: - auxílio-doença, quando o fato gerador for o mesmo; - auxílio-acidente (opta-se pelo mais vantajoso); - aposentadorias; - BPC – LOAS. SALÁRIO-FAMÍLIA Segundo a Lei n. 8.213/91, o salário-família é devido somente ao empregado, inclusive o doméstico, e ao trabalhador avulso de baixa renda com filhos menores de 14 anos ou inválidos. REQUISITOS

- ser segurado empregado, empregado doméstico ou trabalhador avulso; - ter filhos ou equiparados, menores de 14 anos ou inválidos; - ter salário de contribuição menor ou igual a R$ 1.089,72 (valor para o ano de 2015). O segurado deverá apresentar: - a certidão de nascimento do filho ou documentação relativa ao equiparado; - atestado de vacinação obrigatória até os seis anos de idade e - comprovação de frequência escolar a partir dos sete anos de idade O empregado doméstico somente deverá apresentar a certidão de nascimento do filho. O empregado receberá o benefício da empresa que será reembolsada quando for efetuar o recolhimento das contribuições previdenciárias. O trabalhador avulso receberá o salário-família diretamente do sindicato ou OGMO. O empregado doméstico receberá o salário-família do empregador doméstico, efetivando-se a compensação do recolhimento das contribuições, conforme dispuser o regulamento. Quando esses segurados estiverem recebendo auxílio-doença, aposentadoria por invalidez ou por idade receberão o salário-família juntamente com o valor do benefício. Caso esses mesmos segurados estejam aposentados por tempo de contribuição ou especial e tenham 65 anos de idade ou mais, se homem, ou 60 anos de idade ou mais, se mulher, receberão o salário-família juntamente com a aposentadoria. Quando pai e mãe forem segurados do RGPS, ambos terão direito ao benefício. O salário-família poderá ser pago a terceiros: - em caso de divórcio e separação judicial ou de fato dos pais, ou em caso de abandono legalmente caracterizado ou perda do poder familiar. O benefício passará a ser pago diretamente àquele a cujo cargo ficar o sustento do menor, ou a outra pessoa, se houver determinação judicial nesse sentido. O salário-família não exige carência mínima de contribuições. Será pago: a partir da data da apresentação da documentação exigida (certidão de nascimento do filho, comprovante da frequência escolar, atestado de vacinação). Será pago no seu valor integral, exceto nos meses de admissão e demissão do empregado e empregado doméstico. Salário-família – cessação O direito ao salário-família cessa automaticamente: - por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito; - quando o filho ou equiparado completar 14 anos, a contar do mês seguinte ao da data do aniversário;

- pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar do mês seguinte ao da cessação da incapacidade; ou - pelo desemprego do segurado. A empresa ou o empregador doméstico conservarão durante 10 (dez) anos os comprovantes de pagamento e as cópias das certidões correspondentes, para fiscalização da Previdência Social. QUESTÃO (CESPE/Analista Judiciário – Execução de Mandados/TRT-10 REGIÃO/2013) Jorge é sócio-gerente de sociedade limitada e recebe remuneração em decorrência dessa função e do trabalho que desempenha. Nessa situação, Jorge é considerado contribuinte individual da previdência social, e, como tal, não faz jus ao benefício denominado salário-família, em observância ao princípio da distributividade que rege a seguridade social.

RESPOSTA: Item correto QUESTÃO (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2008) Rubens e sua esposa Amélia têm, juntos, dois filhos, trabalham e são segurados do regime geral da previdência social, além de serem considerados trabalhadores de baixa renda. Nessa situação, o salário-família somente será pago a um dos cônjuges.

RESPOSTA: Item incorreto